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DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Artigos 18 a 33 da CF
Conceito de ESTADO

Pessoa jurídica que tem como


elementos básicos o povo (elemento
humano), território (base), governo
(poder condutor), soberania. Um
elemento teleológico = finalidade bem-
estar.
Conceito de ESTADO

É a sociedade politicamente
organizada dentro de determinado
espaço físico e que tem por fim o
bem-estar de todos.
Entes da Federação
União
Estados (26)
Distrito Federal (1)
Municípios (5.570)
FEDERAÇÃO

Conceito:
FEDERAÇÃO
Conceito: é uma aliança de Estados
para a formação de um Estado único,
onde as unidades federadas preservam
parte de sua autonomia política,
enquanto que a soberania é transferida
para o Estado Federal.

É a divisão geográfica do poder político.


FEDERAÇÃO
CF 1891 = Federalismo Rígido

CF 1934 = Federalismo Cooperativo

CF 1967/69 = Federalismo Nominal

CF 1988 = Federalismo Centralizador (Art. 21,


22, 23 e 24 da CF)
Brasília = Capital Federal
(Art. 18, § 1° da CF)
Regiões administrativas do Distrito Federal por população

Posição Região Administrativa População

1 Ceilândia 489351
2 Samambaia 254439
3 Taguatinga 222598
4 Plano Piloto 220393
5 Planaltina 189421
6 Águas Claras 148940
7 Recanto das 145304
8 Gama 141911
9 Guará 132685
10 Santa Maria 125123
Entes da Federação
União
Estados (26)
Distrito Federal (1)
Municípios (5.570)
Código Civil
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;
(Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas
de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado,
regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas
normas deste Código.
Entes da Federação

União (duplo papel)


União Federal X Estado Federal
(Art. 41, CC) (P.J. Dto. Int)
Autonomia Política

Auto-organização

Autolegislação

Autogoverno

Autoadministração
FUSÃO
Incorporar-se entre si
FUSÃO
Incorporar-se entre si
Hipótese de Fusão
INCORPORAÇÃO DE
ESTADOS - Exemplo
Pela Lei complementar
número 20, de 1 de julho de
1974, durante a presidência
do general Ernesto Geisel,
decidiu-se realizar a
incorporação dos estados
da Guanabara e do Rio de
Janeiro, a partir de 15 de
março de 1975, mantendo a
denominação de estado do
Rio de Janeiro.
INCORPORAÇÃO DE
MUNICÍPIOS - Exemplo
Santo Amaro é um distrito
situado na zona centro-sul do
município de São Paulo. Foi um
município independente até ser
incorporado por São Paulo em
1935.

Em 1833, foi elevado a


município, se desmembrando
de São Paulo, e permaneceu
assim até 1935, quando voltou a
ser incorporado por São Paulo.
CISÃO
Subdivide-se
CISÃO
Subdivide-se
CISÃO
Subdivide-se
Hipótese de cisão
DESMEMBRAMENTO
Anexação
DESMEMBRAMENTO
Anexação
Desmembramento por anexação
DESMEMBRAMENTO
Formação
DESMEMBRAMENTO
Formação
Desmembramento por formação
Exemplo: Estado do Pará
Plebiscito em 11-12-2011
Se aprovado o BRASIL
teria mais dois Estados
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
ANTES DA CF/88
 LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1967.

Art. 1º - A criação de Município depende de lei estadual que será precedida de comprovação
dos requisitos estabelecidos nesta Lei e de consulta às populações interessadas.

Parágrafo único - O processo de criação de Município terá início mediante representação


dirigida à Assembléia Legislativa, assinada, no mínimo, por 100 (cem) eleitores, residentes ou
domiciliados na área que se deseja desmembrar, com as respectivas firmas reconhecidas.

Art. 2º - Nenhum Município será criado sem a verificação da existência, na respectiva área
territorial, dos seguintes requisitos:

I - população estimada, superior a 10.000 (dez mil) habitantes ou não inferior a 5 (cinco)
milésimos da existente no Estado;

II - eleitorado não inferior a 10% (dez por cento) da população;

III - centro urbano já constituído, com número de casas superior a 200 (duzentas);

IV - arrecadação, no último exercício, de 5 (cinco) milésimos da receita estadual de impostos.

(...)
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
Art. 18, § 4° (redação originária)

  § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de Municípios preservarão a
continuidade e a unidade histórico-cultural do
ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual,
obedecidos os requisitos previstos em Lei
Complementar estadual, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações diretamente interessadas.
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
Art. 18, § 4° (redação EC n° 15/96)
  § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após
divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na
forma da lei.    (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 15, de 1996)   Vide art. 96 -
ADCT
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
Art. 18, § 4° (redação EC n° 15/96)
REQUISITOS

A) Lei Complementar Federal fixará prazo para


criação de novos Municípios.

B) Realização de Estudos de Viabilidade


Municipal.

C) Plebiscito com a população diretamente


interessada = Municípios envolvidos.

D) Lei Estadual (pode ser lei ordinária).


CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
Art. 96, ADCT (EC n° 57/2008)

Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão,


incorporação e desmembramento de Municípios, cuja
lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006,
atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do
respectivo Estado à época de sua criação.    (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008).

(Beneficiou 57 Municípios criados irregularmente)


PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DE
TERRITÓRIOS = Art. 18, § 2º é 3º, CF
1) Criação: regulados em Lei Complementar.

2) Procedimento: CN aprova Decreto Legislativo convocando plebiscito


(população diretamente interessada).

3) Natureza: integra a União (descentralização).

4) Representação no CN: 4 Deputados Federais (não tem Senador).

5) Poder Executivo: Governador nomeado pelo PR com aprovação do


SF (Art. 84, XIV, CF).

6) Poder Legislativo: Câmara Territorial (Art. 33, § 3º, CF).

7) Poder Judiciário: Art. 33, § 3º, CF + Art. 21, XIII, CF (União)

8) Divisão em Municípios: Art. 33, § 1º, CF + Art. 29 CF.

9) Controle de Contas: CN com apoio do TCU(Art. 33, § 2º, CF).


PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DE
TERRITÓRIOS = Art. 18, § 2º é 3º, CF
PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DE
TERRITÓRIOS
EXEMPLO DE QUESTÃO
Questão (FCC – TRT2 – Analista Judiciário): No que concerne
à Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários
novos Estados-membros, todos com personalidades
diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário,
ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna denominada

A) Desmembramento-anexação.

B) Fusão.

C) Cisão.

D) Desmembramento-formação.

E) Contração.
EXEMPLO DE QUESTÃO

Resposta: Letra C.

Comentário: A questão descreve o


processo de cisão, em que um Estado se
divide em 2 ou mais Estados-membros, com
personalidades jurídicas distintas do
a n t e r i o r, q u e d e i x a d e e x i s t i r
completamente.
TITULARIDADE DOS
BENS PÚBLICOS
São agrupados em 3 categorias: (Art. 99 do CC).

BENS DE USO COMUM

BENS DE USO ESPECIAL

BENS DOMINICAIS ou DOMINIAIS


Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como
rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como
edifícios ou terrenos destinados a
ser viço ou estabelecimento da
administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os
de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o
patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas
entidades.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 da CF

Art. 20. São bens da União:


I - os que atualmente lhe
pertencem e os que lhe vierem a
ser atribuídos;
I - os que atualmente lhe
pertencem e os que lhe vierem a
ser atribuídos;

DECRETO-LEI Nº 9.760, DE 05
DE SETEMBRO DE 1946.
Dispõe sobre os bens imóveis da
União e dá outras providências.
DECRETO-LEI Nº 9.760, DE 05 DE SETEMBRO DE 1946.

Art. 1º Incluem-se entre os bens imóveis da União:

        a) os terrenos de marinha e seus acréscidos ;

              b) os terrenos marginais dos rios navegáveis, em Territórios Federais, se, por qualquer título legítimo, não
pertencerem a particular;

              c) os terrenos marginais de rios e as ilhas nestes situadas na faixa da fronteira do território nacional e nas zonas
onde se faça sentir a influência das marés;

              d) as ilhas situadas nos mares territoriais ou não, se por qualquer título legítimo não pertencerem aos Estados,
Municípios ou particulares;

        e) a porção de terras devolutas que fôr indispensável para a defesa da fronteira, fortificações, construções militares e
estradas de ferro federais;

        f) as terras devolutas situadas nos Territórios Federais;

        g) as estradas de ferro, instalações portuárias, telégrafos, telefones, fábricas oficinas e fazendas nacionais;

              h) os terrenos dos extintos aldeamentos de índios e das colônias militares, que não tenham passado, legalmente,
para o domínio dos Estados, Municípios ou particulares;

        i) os arsenais com todo o material de marinha, exército e aviação, as fortalezas, fortificações e construções militares,
bem como os terrenos adjacentes, reservados por ato imperial;

        j) os que foram do domínio da Coroa;

k) os bens perdidos pelo criminoso condenado por sentença proferida em processo judiciário federal;

        l) os que tenham sido a algum título, ou em virtude de lei, incorporados ao seu patrimônio.
LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986.
Código Brasileiro de Aeronáutica

Art. 38. Os aeroportos constituem


universalidades, equiparadas a bens
públicos federais, enquanto mantida a
sua destinação específica, embora não
tenha a União a propriedade de todos
os imóveis em que se situam.
Lei 7.661, 16-05-1988.
Art. 10. As praias são bens públicos de uso comum do
povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso
a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido,
ressalvados os trechos considerados de interesse de
segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas
por legislação específica.
§ 1º. Não será permitida a urbanização ou qualquer
forma de utilização do solo na Zona Costeira que
impeça ou dificulte o acesso assegurado no caput
deste artigo.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 da CF
Art. 20. São bens da União:
II - as terras devolutas indispensáveis à
defesa das f ro n t e i r a s , das
fortificações e constr uções
militares , das vias federais de
c o m u n i c a ç ã o e à p re s e r v a ç ã o
ambiental, definidas em lei;
Terras Devolutas
Lei n° 601, de 18 de setembro de 1850.

Art. 3º São terras devolutas:

§ 1º As que não se acharem applicadas a algum uso publico nacional,


provincial, ou municipal.

§ 2º As que não se acharem no dominio particular por qualquer titulo legitimo,


nem forem havidas por sesmarias e outras concessões do Governo Geral ou
Provincial, não incursas em commisso por falta do cumprimento das condições
de medição, confirmação e cultura.

§ 3º As que não se acharem dadas por sesmarias, ou outras concessões do


Governo, que, apezar de incursas em commisso, forem revalidadas por esta
Lei.

§ 4º As que não se acharem occupadas por posses, que, apezar de não se


fundarem em titulo legal, forem legitimadas por esta Lei. (SIC)
Terras Devolutas
Lei n° 601, de 18 de setembro de 1850.

Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras


devolutas por outro titulo que não seja o de
compra.

Exceptuam-se as terras situadas nos limites do


Imperio com paizes estrangeiros em uma zona de
10 leguas, as quaes poderão ser concedidas
gratuitamente.(SIC)
DECRETO-LEI Nº 9.760, DE 05 DE SETEMBRO DE 1946.

Art. 5º São devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito Federal, as
terras que, não sendo próprios nem aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial
ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado:
        a) por força da Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850, Decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de
1854, e outras leis e decretos gerais, federais e estaduais;
        b) em virtude de alienação, concessão ou reconhecimento por parte da União ou dos Estados;
        c) em virtude de lei ou concessão emanada de governo estrangeiro e ratificada ou reconhecida,
expressa ou implícitamente, pelo Brasil, em tratado ou convenção de limites;
        d) em virtude de sentença judicial com força de coisa julgada;
              e) por se acharem em posse contínua e incontestada com justo título e boa fé, por termo
superior a 20 (vinte) anos;
        f) por se acharem em posse pacífica e ininterrupta, por 30 (trinta) anos, independentemente de
justo título e boa fé;
        g) por força de sentença declaratória proferida nos termos do art. 148 da Constituição Federal,
de 10 de Novembro de 1937.
              Parágrafo único. A posse a que a União condiciona a sua liberalidade não pode constituir
latifúndio e depende do efetivo aproveitamento e morada do possuidor ou do seu preposto,
integralmente satisfeitas por estes, no caso de posse de terras situadas na faixa da fronteira, as
condições especiais impostas na lei.
FAIXA DE FRONTEIRA
Art. 20°, § 2°, CF
§ 2º - A faixa de até cento e cinquenta
quilômetros de largura, ao longo das
fronteiras terrestres, designada como faixa
de fronteira, é considerada fundamental
para defesa do território nacional, e sua
ocupação e utilização serão reguladas em
lei.
Terras Devolutas
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao


Poder Público:

(...)

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou


arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
Bens da União
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a


Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira
são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
Bens da União
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou


arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de
água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de
limites com outros países, ou se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham,
bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;
A Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável por regular os
rios de domínio da União, isto é, aqueles que  passam por mais de
um estado brasileiro ou por território estrangeiro.

É a ANA que assegura o direito de acesso a essas águas, sendo


sua competência a emissão e a fiscalização das outorgas de direito
de uso de recursos hídricos. 

Acesse: http://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/webappviewer/
index.html?id=ef7d29c2ac754e9890d7cdbb78cbaf2c

( mapa interativo que informa a dominialidade (Estadual ou União)


dos principais rios do Brasil)
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas
l i m í t ro f e s co m o u t ros p a í s e s ; a s p ra i a s
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras,
excluídas, destas, as que contenham a sede
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas
ao serviço e a unidade ambiental federal, e as
referidas no art. 26, II; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 46, de 2005)
Prevê duas exceções a essa
regra: (a) ilhas que contenham a
sede de municípios (São
Luís,Vitória e Florianópolis, p.ex.)
e (b) ilhas referidas no art. 26, II.
Art. 26 da CF
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes,
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem
no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União,
Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da
União.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF

V - os recursos naturais da
plataforma continental e da
zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
LEI Nº 8.617/93.
Art. 1º O mar territorial brasileiro
compreende uma faixa de doze milhas
marítima de largura, medidas a partir da
linha de baixa-mar do litoral continental e
insular, tal como indicada nas cartas
náuticas de grande escala, reconhecidas
oficialmente no Brasil.
LEI Nº 8.617/93.

Art. 2º A soberania do Brasil


estende-se ao mar territorial, ao
espaço aéreo sobrejacente, bem
como ao seu leito e subsolo.
LEI Nº 8.617/93.
Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende
uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas
marítimas, contadas a partir das linhas de base que
servem para medir a largura do mar territorial.
Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos
de soberania para fins de exploração e aproveitamento,
conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-
vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do
mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades
com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para
fins econômicos.
LEI Nº 8.617/93.
Art. 11. A plataforma continental do Brasil
compreende o leito e o subsolo das áreas
submarinas que se estendem além do seu mar
territorial, em toda a extensão do prolongamento
natural de seu território terrestre, até o bordo
exterior da margem continental, ou até uma
distância de duzentas milhas marítimas das linhas
de base, a partir das quais se mede a largura do
mar territorial, nos casos em que o bordo exterior
da margem continental não atinja essa distância.
Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre
a plataforma continental, para efeitos de exploração
dos recursos naturais.
PLATAFORMA CONTINENTAL

É a porção dos fundos marinhos que


começa na linha de costa e desce com um
declive suave até a talude continental
(onde o declive é muito mais pronunciado).
Em média, a plataforma continental desce
até uma profundidade de 200 metros,
atingindo as bacias oceânicas.
DECRETO Nº 98.145, DE 15 DE SETEMBRO DE 1989

O Plano de Levantamento da Plataforma


Continental Brasileira (LEPLAC), é o
programa de Governo instituído pelo Decreto
nº 98.145, de 15 de setembro de 1989, com o
propósito de estabelecer o limite exterior da
nossa Plataforma Continental no seu
enfoque jurídico, ou seja, determinar a área
marítima, além das 200 milhas, na qual o
Brasil exercerá direitos de soberania para a
exploração e o aproveitamento dos recursos
naturais do leito e subsolo marinho.
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do
Mar (CNUDM)

A Plataforma Continental de um Estado costeiro,


conforme estabelece o Artigo 76 da Convenção
das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
(CNUDM), compreende o leito e o subsolo das
áreas submarinas que se estendem além do seu
mar territorial, em toda a extensão do
prolongamento natural de seu território terrestre,
até o bordo exterior da margem continental, ou
até a distância de duzentas milhas marítimas (M)
das linhas de base, a partir das quais se mede a
largura do mar territorial, nos casos em que o
bordo exterior da margem continental não atinja
essa distância.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF
VII - os terrenos de marinha e seus
acrescidos;

V I I I - o s p o te n c i a i s d e e n e rg i a
hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os
do subsolo;
Decreto-lei nº 9.760/46
Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33
(trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da
terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831:
a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens
dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés;
b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se faça
sentir a influência das marés.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das
marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros
pelo menos, do nível das águas, que ocorra em qualquer época do
ano.
ENFITEUSE
Art. 49, ADCT
Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da
enfiteuse em imóveis urbanos, sendo facultada
aos foreiros, no caso de sua extinção, a remição
dos aforamentos mediante aquisição do domínio
direto, na conformidade do que dispuserem os
respectivos contratos.
§ 3º A enfiteuse continuará sendo aplicada aos
terrenos de marinha e seus acrescidos, situados
na faixa de segurança, a partir da orla marítima.
Decreto-lei nº 3438/41
Art. 4º, Parágrafo Único
Enfiteuse sobre os terrenos de marinha

O foro é de 0,6%, calculado sobre o


valor do domínio pleno do terreno,
deduzido o valor das benfeitorias
porventura existentes.
Decreto-lei nº 9.760/46
Art. 4º São terrenos marginais os que
banhados pelas correntes navegáveis,
fora do alcance das marés, vão até a
distância de 15 (quinze) metros,
medidos horizontalmente para a parte
da terra, contados desde a linha média
das enchentes ordinárias.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF

V I I I - o s p o te n c i a i s d e e n e rg i a
hidráulica;
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais
recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento,
e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.

(...)

§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão


o aproveitamento do potencial de energia
renovável de capacidade reduzida.
Lei 9.074/95 x Art. 176, §4° CF
Potencial de energia renovável de capacidade reduzida

Art. 8º O aproveitamento de potenciais


hidráulicos iguais ou inferiores a 3.000 kW
(três mil quilowatts) e a implantação de usinas
termoelétricas de potência igual ou inferior a
5.000 kW (cinco mil quilowatts) estão
dispensadas de concessão, permissão ou
autorização, devendo apenas ser
comunicados ao poder concedente.
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF

IX - os recursos minerais, inclusive os


do subsolo;
JAZIDAS
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e
os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta
da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem
à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos


potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser
efetuados mediante autorização ou concessão da União, no
interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da
lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades
se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)

§ 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos


resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
JAZIDAS
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à
União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
(...)

§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por


prazo determinado, e as autorizações e concessões
previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou
transferidas, total ou parcialmente, sem prévia
anuência do poder concedente.
(...)
Recursos minerais
Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM)

Órgão (autarquia federal) Lei 8876/94 =


competente:

Alvará de pesquisa.

Portaria de lavra.
Recursos minerais
Compensação Financeira pela Exploração de
Recursos Minerais (CFEM)
alíquota de 3% para: minério de alumínio,
manganês, sal-gema e potássio.

alíquota de 2% para: ferro, fertilizante, carvão e


demais substâncias.

alíquota de 0,2% para: pedras preciosas, pedras


coradas lapidáveis, carbonatos e metais nobres.

alíquota de 1% para: ouro.


Lei nº 8.001/90
Art. 1º A distribuição mensal da compensação financeira de
que trata o inciso I do § 1o do art. 17 da Lei no 9.648, de 27
de maio de 1998, com a redação alterada por esta Lei, será
feita da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 9.984, de
2000)
I – quarenta e cinco por cento aos Estados;
II - quarenta e cinco por cento aos Municípios;
III - três por cento ao Ministério do Meio Ambiente; (
IV - três por cento ao Ministério de Minas e Energia;
V – quatro por cento ao Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – FNDCT, criado pelo Decreto-Lei no
719, de 31 de julho de 1969, e restabelecido pela Lei no
8.172, de 18 de janeiro de 1991. (Redação dada pela Lei nº
9.993, de 2000) (Regulamenta)
Decreto-lei n. 227/67
(Código de Minas)
Art. 11. Serão respeitados na aplicação dos regimes de
Autorização, Licenciamento e Concessão: (...)

b) o direito à participação do proprietário do solo nos


resultados da lavra. (Redação dada pela Lei nº 8.901, de 1994)

§ 1º A participação de que trata a alínea b do caput deste


artigo será de cinqüenta por cento do valor total devido aos
Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da administração
direta da União, a título de compensação financeira pela
exploração de recursos minerais, conforme previsto no caput do
art. 6º da Lei nº 7.990, de 29/12/89 e no art. 2º da Lei nº 8.001, de
13/03/90. (Incluído pela Lei nº 8.901, de 1994)
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF

X - as cavidades naturais
subterrâneas e os sítios
arqueológicos e pré-históricos;
BENS DA UNIÃO
Art. 20 CF

X I - a s te r ra s t ra d i c i o n a l m e n te
ocupadas pelos índios.
TERRAS TRADICIONALMENTE
OCUPADAS PELOS ÍNDIOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários
sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por
eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas
atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as
necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus
usos, costumes e tradições.
TERRAS TRADICIONALMENTE
OCUPADAS PELOS ÍNDIOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 231. (...)

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas


pelos índios destinam-se a sua posse
permanente, cabendo-lhes o usufruto
exclusivo das riquezas do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes.
TERRAS TRADICIONALMENTE
OCUPADAS PELOS ÍNDIOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 231. (...)
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e
indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os


atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das
terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado
relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a
indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei,
quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.

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