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Olhando para o céu em uma noite escura podemos ver um incrível número de estrelas. Incrível? Nem tanto. Um
pouco mais de 5000 objetos entre os 400 bilhões de estrelas que moram na nossa Galáxia, a Via Láctea.
Nossa curiosidade vai aumentando à medida que observamos com cuidado o céu que parece nos envolver. Nele
podemos distinguir muitos objetos completamente diferentes. Alguns são brilhantes (por quê?), outros são difusos
(por quê?). Alguns cintilam (por quê?), outros parecem ter uma luz fixa (por quê?). Nem todas as estrelas parecem ter
a mesma cor (por quê?). Algumas regiões parecem indicar ausência de estrelas, mostrando-se muito escuras (por
quê?) e se destacando entre regiões brilhantes. Em algumas épocas um cometa aparece no céu, com sua estranha
cauda (de onde vêm? Por que são tão diferentes das estrelas?). Subitamente, um risco luminoso no céu chama a
nossa atenção (o que foi isso?).
Se uma simples observação a olho nu nos mostra uma variedade tão grande de corpos a serem estudados imagine o
que é revelado quando usamos potentes telescópios. Em todo o Universo, seja qual for a distância considerada,
encontramos corpos celestes com propriedades diferentes. A física que ocorre nestes corpos, e que é a responsável
pelas propriedades que observamos, é a mais ampla possível. A astronomia incorporou todas as áreas da física. É esta
enorme riqueza da astronomia que nos obriga a estudar os vários corpo celestes com equipamentos e técnicas cada
vez mais sofisticadas e completamente diferentes. Cada objeto traz uma pergunta, cada pergunta uma surpresa, e
cada surpresa a certeza de que ainda sabemos muito pouco sobre o Universo.
Vamos fazer uma viagem saindo da Terra e passando por alguns dos corpos celestes que são objetos de estudo
dos astrofísicos
Rua General José Cristino, 77 – Rua General Bruce, 586 – Bairro Imperial de São Cristóvão – Rio de Janeiro – RJ
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Caminhando na direção do Sol chegamos
a Vênus, o planeta mais quente do
Vênus Sistema Solar. Sua atmosfera ácida e a
enorme pressão na sua superfície têm
dificultado bastante o seu estudo.
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Situados entre as órbitas de Marte e
Júpiter estes fragmentos de rochas são
resíduos da formação do Sistema Solar.
Conhecemos as órbitas bem
determinadas de cerca de 50000
asteróides e com menor precisão de mais
Cinturão de Asteroides 100000 deles. Quantos existirão nesta
região? Estão eles tão próximos uns dos
outros a ponto de oferecer perigo para
uma espaçonave, como aparece nos
filmes de ficção? A imagem ao lado
mostra o asteróide Ida acompanhado pelo
seu satélite, o asteróide Dactyl.
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Com o nome do deus dos mares da
mitologia grega, Netuno só poderia ter a
cor azul dos oceanos terrestres. Uma pena
Netuno
que esta cor não seja conseqüência da
presença de água mas sim dos gases que
formam a sua atmosfera.
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astrônomos, até mesmo por seu
descobridor, Clyde Tombaugh. Há muitas
décadas os astrônomos já vinham
travando acirradas discussões sobre este
assunto.
Saímos do Sistema Solar e começamos a viajar pela nossa Galáxia. O que mais nos impressiona é que, ao contrário
do que vemos quando olhamos o céu a partir da Terra, o espaço à nossa volta não está apinhado de estrelas. Ele é
escuro e muito frio. Fora do Sistema Solar é que a grande vastidão do espaço se torna ainda mais evidente.
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Estamos viajando ao longo do plano da
nossa Galáxia, ao qual damos o nome de
Via Láctea. É na Via Láctea que iremos
encontrar muitos objetos para estudo,
não só as estrelas mas também
Via Láctea nebulosas, aglomerados abertos,
supernovas, estrelas de neutrons, etc.
Quando estamos em algum lugar
bastante escuro e com um céu limpo, a
faixa brilhante de estrelas que vemos no
céu é a Via Láctea.
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Outras maravilhas da nossa Galáxia são
as nebulosas de reflexão. Nuvens de gás
e poeira que refletem a luz das estrelas
nebulosas que estão na sua vizinhança. Existem
de reflexão muitas destas nebulosas no plano da
nossa Galáxia entre elas a nebulosa de
reflexão Corona Australis mostrada na
imagem.
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Quando uma estrela atinge uma idade
madura (para os padrões astronômicos),
dependendo do seu tamanho, ela pode
terminar seus dias de vida em uma
violenta explosão, fenômeno que recebe
supernovas
o nome de supernova. A explosão de
uma supernova ou destrói
completamente a estrela ou deixa uma
estrela residual chamada estrela de
neutrons.
Saímos da nossa Galáxia. Notamos imediatamente que, à medida que nos aproximamos da fronteira da nossa
Galáxia as estrelas foram ficando cada vez mais raras. Agora estamos viajando no meio intergaláctico, um local
escuro e frio onde salpicam, separadas por distâncias imensas, as galáxias que formam a grande estrutura do
nosso Universo. Aqui temos a maior prova das dimensões do Universo, pois o afastamento entre as galáxias é
imenso. No entanto, a nossa Galáxia não está sozinha nesta parte do Universo. Ela interage com várias outras
galáxias, relativamente próximas, formando um grupo que recebe o nome de Grupo Local de Galáxias, uma
reunião de cerca de 30 galáxias a maioria delas relativamente fracas quando vistas da Terra.
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descoberta em 1994 se tratava na época
a galáxia conhecida mais próxima à
galáxia SagDEG nossa. A SagDEG, uma galáxia elíptica
(Sagittarius Dwarf anã, perdeu o título em 2003 para a
Elliptical Galaxy) Galáxia Anâ do Cão Maior, que até então
é considerada a galáxia mais próxima da
nossa.
Saímos do Grupo Local de Galáxias, do qual a nossa Galáxia faz parte. Agora estamos indo na direção dos
aglomerados de galáxias, muito maiores do que o nosso, que povoam o Universo.
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Este aglomerado contém mais de 2500
galáxias sendo portanto bem maior do
que o nosso Grupo Local. Ele é o
aglomerado de galáxias grande mais
aglomerado próximo do Grupo Local de Galáxias onde
Virgo de galáxias "vivemos". Este aglomerado atrai outras
galáxias, incorporando-as ao seu
domínio. Nosso Grupo Local de Galáxias
também não vai escapar e, no futuro,
será incorporado ao aglomerado Virgo.
Ao nos afastarmos dos aglomerados de galáxias, podemos observar estruturas ainda maiores, aglomerados de
aglomerados de galáxias. Estes são os "superaglomerados de galáxias", o domínio da cosmologia observacional.
Nós fazemos parte do "superaglomerado local", que reúne os aglomerados de Coma e Virgo. Mas este é apenas
um entre inúmeros superaglomerados que existem no Universo.
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Chegamos à região mais distante do
Universo até hoje observada. Nela estão
galáxias que se formaram há menos de
um bilhão de anos após o Big Bang. O
Hubble Space Telescope, da NASA,
obteve uma imagem de uma pequenina
parte desta região, correspondente a
o limite do Universo apenas 1/30 do diâmetro da Lua cheia, e,
visível para surpresa dos astrônomos, nela havia
centenas de galáxias nunca vistas antes,
de todas as formas e cores. Foram dez
dias contínuos de observações feitas de
18 a 28 de dezembro de 1995, e esta
"olhadinha pelo buraco da fechadura"
mostrou o pouco que ainda conhecemos
sobre o Universo.
Viajamos até o "fim" do Universo. Fim? Será que o nosso Universo é finito ou infinito? Vivemos em um Universo
fechado, plano ou aberto? Como ele foi formado? Será que ele foi formado ou sempre existiu? Qual a origem do
tempo? Para responder a estas questões temos que entrar nos domínios da Cosmologia Teórica.
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