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Estágio Supervisionado II em

Língua Portuguesa
Literatura
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)
145 pag.

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NOME DO ACADÊMICO: JANAINA DESIDÉRIO DO PRADO HORAS/AULA TOTAIS: 20
INSTITUIÇÃO / LOCAL DE ENSINO: COLÉGIO ESTADUAL LIONS CLUBE
DE PARAÍBA DO SUL ANO: 2009
ESTADO: RJ MUNICÍPIO: PARAÍBA DO SUL
NÍVEL/ ANO / TURMA: 1º ANO ENSINO MÉDIO - EJA
Nº DE AULAS: 20
DATAS- DE 07/10/2009 a 13/11/2009

PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÃO DE ESTÁGIO EM LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO

JUSTIFICATIVA:
Levando em consideração a competitividade do mercado de trabalho, estudos apontam que comunicar-se bem e corretamente é
cada vez mais importante na hora de disputar uma vaga de emprego. Sendo assim, torna-se evidente que a inserção no mercado de
trabalho não depende mais de um domínio somente técnico. Aqueles que ainda têm problemas com a língua materna terão de correr
atrás do prejuízo se quiserem encontrar colocação. Ainda que se possa usar o nível coloquial com os amigos e em situações
informais, tem-se que dominar o culto para apresentar um diferencial.
Pensando justamente neste cenário de disputas e competições, este planejamento foi elaborado para que o estudante possa aplicar
as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

OBJETIVO GERAL:
Permitir ao aluno, o domínio dos recursos de leitura e escrita da Língua Portuguesa a fim de ampliar sua capacidade comunicativa
e sua percepção para as várias possibilidades de leitura do mundo em que se insere.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
•Atentar para a necessidade de dominar a variante padrão da língua oral, para um pleno exercício da cidadania, nas mais diver sas
situações de comunicação em que essa variante é exigida;
•Debater sobre as diferentes formas de comunicação utilizadas pelo homem face às habilidades envolvidas em cada uma;
•Vivenciar os diferentes meios de transmitir informações para outras pessoas;
•Refletir sobre a importância de se comunicar bem neste mundo competitivo em que vivemos;
•Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de
comunicação;
•Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais;
•Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas;
•Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação;
•Desenvolver a linguagem oral, apropriando-se dos seus recursos característicos: gestual, entonação e tom de voz, postura
corporal;
•Comunicar-se oralmente e através da escrita (levantamento de suposições e dados, relacionar informações e construir
conclusões);
•Incentivar os alunos a emitir sua opinião sobre os trabalhos dos colegas, de forma a compreender a função da crítica para o autor;
•Problematizar e respeitar diferentes opiniões;
•Desenvolver a percepção dos alunos mediante o tema abordado, caracterizando-o com auxílio de textos, vídeos e imagens;
•Lançando mão destes recursos, ampliar o conhecimento prévio dos alunos em relação ao Processo de Comunicação e seus
Elementos, bem como das Funções da Linguagem;
•Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução;
•Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar compor-
tamentos e hábitos;
•Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos lingüísticos;
•Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumenta-
tivos utilizados;
•Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução,
comoção, chantagem, entre outras.

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
•Habilidade de comunicar, com concisão, informações de seu interesse;
•Domínio do registro linguístico adequado aos propósitos do trabalho proposto;
•Reconhecimento da função do uso de um determinado suporte textual;
•Habilidade de identificação de informações explícitas.

CONTEÚDOS:
•Comunicação e Sociabilidade •Interpretação e análise de anúncios publicitários
•Que é comunicação? •O processo comunicativo
• O ato de falar nem sempre significa se comunicar! •Os elementos da comunicação
• A comunicação no universo profissional •Os componentes da fala humana
• Analisando anúncios de emprego •Funções da Linguagem
• Entrevista de emprego: o que fazer?
•O que é linguagem?
•O papel da linguagem na humanidade
• A linguagem como interação social
• A relação entre a linguagem verbal e os elementos não-verbais

METODOLOGIA:
•Aulas Interativas e Expositivas (quadro-negro, músicas) ; •Seminários;
•Estudos dirigidos; •Debates;
•Discussões coletivas; •Apresentação de Vídeos;
•Leitura e interpretação de textos diversificados; •Pesquisas em Revistas,Letras de Músicas;
•Produções de Texto, •Mural e etc.

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PROBLEMATIZAÇÃO:
Verificar se os alunos conseguem entender com clareza as funções da linguagem num texto/contexto, e aplicá-las corretamente,
para que haja assim, uma comunicação eficiente em suas produções textuais, visuais e orais.

RECURSOS:
•Quadro
•Caneta
•Material Impresso
•Conexão com a internet
•Data show
•TV
•Vídeo
•Mural
•Anúncios de Emprego
•Capa de revista
•Cartaz, entre outros.

AVALIAÇÃO:
A avaliação será processual, baseada nas expectativas de aprendizagem do aluno. Desta forma estaremos nos avaliando também.
Sendo assim, será concretizada da seguinte forma:
•Questões Orais;
•Exercícios Individuais e em grupos;
•Dinâmicas;
•Produção de Textos Diversos (redação);
•Participação nas atividades em sala de aula;
•Apresentação de trabalhos individuais e em grupos.

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CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DAS AULAS

Índice Data Conteúdo Programático

1ª Parte: CHEGA DE BLÁ BLÁ BLÁ! VOCÊ SABE SE COMUNICAR?


1 →Aula 1: Comunicação e Sociabilidade
2 07/10/2009 →Aula 2: Que é comunicação?

3 08/10/09 → Aula 3: O ato de falar nem sempre significa se comunicar!

4 09/10/09 → Aula 4: A comunicação no universo profissional


→ Aula 5: Analisando anúncios de emprego
5 → Aula 6: Entrevista de emprego: o que fazer?
6 14/10/09
2ª Parte: INTRODUÇÃO À TEORIA DA LINGUAGEM
→ Aula 1: O que é linguagem?
7 21/10/09 → Aula 2: O papel da linguagem na humanidade
8
9 22/10/09 → Aula 3: A linguagem como interação social
10 23/10/09 → Aula 4: Correção das produções de texto e exposição das mesmas no mural
→ Aula 5: A relação entre a linguagem verbal e os elementos não-verbais
11 28/10/09 •A palavra e a imagem
29/10/09 •Jornalismo em HQ
•Campanha: “Crack nem pensar”
•Produzindo Notícias
•De olho no mundo do trabalho: Jornalista

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3ª Parte: INTERPRETANDO E ANALISANDO ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS
→ Aula 1: Quantas vezes você já se rendeu à sedução de um anúncio?
12 30/10/09 •Interpretação e análise (Docente)

13 → Aula 2: •Interpretação e análise (Exposição oral dos grupos de alunos)


14 04/11/09 → Aula 3: Produzindo anúncios publicitários
•De olho no mundo do trabalho: Publicitário
4ª Parte: INTENCIONALIDADE TEXTUAL – Entendendo as Funções de Linguagem
→ Aula 1: Revisão do processo comunicativo
15 05/11/09 •Análise dos elementos textuais e gráficos na capa de uma revista

→ Aula 2: Qual a sua intenção?


16 06/11/09 •Análise da Intencionalidade predominante na produção de mensagens
•Os elementos da comunicação
→Aula 3: Funções da Linguagem
•Função Poética
•Função Emotiva
17 11/11/09 •Função Referencial
18 •Função Apelativa
→Aula 4: •Relação entre os elementos da comunicação e as funções da linguagem
•Revisão: Os componentes da fala humana
•Função Matalinguística
•Função Fática
19 12/11/09 →Aula 5: •Produção de texto
20 13/11/09 →Aula 6: • Correção das produções de texto e exposição das mesmas no mural

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A Palavra e a Imagem COMENTAR: Em 2008, o Governo do Estado do Espírito
Santo promoveu a Semana Estadual sobre Drogas, com a
pretensão de despertar na sociedade e principalmente nas
A comunicação não se faz apenas por meio da linguagem famílias, a necessidade do diálogo aberto com os jovens.
verbal. Os elementos não verbais, como um desenho e A programação foi marcada por atividades educativas e
culturais, além da divulgação de ações antidrogas nas áreas de
uma fotografia, também expressam significados. Saiba como prevenção, tratamento, repressão, redução de danos e
a relação entre eles produz os sentidos de um texto… reinserção social.
EXPLICAR: O folder da campanha “Se você não abrir o
diálogo, as drogas podem calar de vez a nossa juventude”, é
um bom exemplo para observarmos a importância das
linguagens verbal e não verbal para a criação dos sentidos de
um texto: perceba o quanto a imagem e o slogan
contribuíram para dar força às informações transmitidas
pelas palavras.

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O TEXTO: leitura
e reflexão

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EXPLICAR: A INTERPRETAÇÃO DE UM TEXTO parte
2. O título “CHAPAQUISTÃO, O TERRITÓRIO DO CRACK” antecipa o
sempre de algumas perguntas que podemos fazer sobre aquilo
assunto central do texto? Comente.
que lemos. No caso de textos que combinam diferentes
3. Para atingir o objetivo desejado, o autor de um texto pode fazer uso
LINGUAGENS, como as HISTÓRIAS EM QUADRINHOS e os
de recursos verbais e não verbais e obtém, desse modo, um efeito
ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS, é preciso também estar atento
sobre aquele que lê – seja de humor, de compaixão, de indignação etc.
às relações entre os elementos verbais e não verbais (imagens).
Verifique que impacto o texto causou em você e que reações a leitura
COMENTAR: A repórter SAMANTA SALLUM despertou.
percorreu o labirinto de um dos pontos de tráfico da “PEDRA 4. O JORNALISMO EM QUADRINHOS se consolida cada vez mais como
DA MORTE” na capital Gaúcha. No caminho se deparou com um meio para informar, refletir e formar opiniões, como qualquer
criminosos, viciados, e a perversa realidade do submundo da veículo e COMUNICAÇÃO. Vale lembrar e frisar que as CHARGES e
droga nos morros e nas favelas. Samanta queria mostrar como CARTUNS também são FORMAS JORNALÍSTICAS. Cartunistas
era a vida dentro de uma área dominada pela violência e pelas como Henfil, Ziraldo, Jaguar, entre muitos outros, foram
drogas. Mas seria impensável subir o morro com máquina CRONISTAS POLÍTICOS e do cotidiano na imprensa, e causaram
fotográfica ou gravador. A única forma de registrar a visita muita dor de cabeça à censura e DITADURA MILITAR na época.
seria através de seus olhos e sua memória... Mas, como passar ao Veja este CARTUM de HENFIL: Em que reside o humor da tira?
leitor a sensação de medo e perigo que ela havia experimentado
no CHAPAQUISTÃO. E como fazer isso sem expor a identidade
das pessoas que ela encontrou no caminho? A saída foi fazer
uma REPORTAGEM EM QUADRINHOS com o apoio do
ilustrador e quadrinista KLEBER SALLES.

1. Na sua opinião, a união dos elementos verbais e não verbais,


presentes neste trabalho inovador de Samanta e Kleber,
oferece credibilidade ao veicular informações através de uma
linguagem que toma como real um gênero ligado à ficção?

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De olho no mundo do trabalho
JORNALISTA

O texto - seja ele publicado em jornais ou revistas, falado


em programas de rádios e TV ou divulgados em sites de internet
- é o resultado final de uma série de atividades do profissional
da notícia. É por meio desse texto que o JORNALISTA
transmite fatos e informações de interesse público ou
especializado. Mas, antes que a primeira linha seja escrita, há
uma série de atividades envolvidas. Primeiro, o REPÓRTER
levanta dados por meio de entrevistas e pesquisas em arquivos e
bibliotecas. Com a reportagem em mãos, o EDITOR monta o
texto para torná-lo atraente ao leitor. Isso significa que,
dependendo do público a que a reportagem se destina, ela fará
uso de um vocabulário e uma construção sintática específica.
Não é difícil perceber essas diferenças. Compare os termos e as
frases de uma revista de negócios com os de outra, de
variedades. O JORNALISTA encontra trabalho em diversas
frentes, de editoras de jornais e revistas e sites de internet a
escritórios de assessoria de imprensa.

Pra saber mais: www.guiadoestudante.com.br

http://www.youtube.com/watch?v=W30kN4Yw-q8

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PONTO DE PARTIDA:

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Quantas vezes você já se rendeu OBSERVE
à sedução de um anúncio?
Veja este anúncio publicitário da
Sadia. Ele te seduz? Para despertar o desejo do consumidor, um
publicitário deve produzir campanhas criativas e
atraentes. Embora a intenção final seja a divulgação de
uma marca ou de uma idéia, os anunciantes costumam
focar na emoção do público e tentam a persuadi-lo a
comprar um objeto ou a aderir a um ponto de vista. Os
recursos utilizados são os mais diversos: ilustrações
engraçadas, narrativas comoventes ou estimulação dos
sentidos. Recentemente, a Sadia apresentou uma
campanha publicitária que remete o espectador aos
prazeres do convívio familiar e das refeições
saborosas. Um jogo interessante é proposto com um
recurso da língua portuguesa: a marcação do plural. O
efeito alcançado, ao final, relaciona a linha de produtos
da empresa a momentos agradáveis da vida do
consumidor.

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Anúncio 1

Para melhor visualizar a imagem, clique no LINK: http://admeister.files.wordpress.com/2009/03/skol-beats1.jpg

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ANÚNCIO 2

Para melhor visualizar a imagem, clique no LINK: http://dkeiniti.files.wordpress.com/2009/02/outdoorsaga-mulher1.jpg

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ANÚNCIO 3

http://www.youtube.com/watch?v=pCL-95dc19E

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Para melhor visualizar a imagem, clique no LINK: http://admeister.files.wordpress.com/2009/03/havaianas.jpg

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GRUPO 2

Para melhor visualizar a imagem, clique no LINK http://www.zell.com.br/pub-anuncios/anuncio-revista-1-g.jpg

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GRUPO 3 Para assistir o vídeo clique no LINK http://www.youtube.com/watch?v=KYto7b4EK0U

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De olho no Mundo do Trabalho

PUBLICITÁRIO
Criatividade é palavra-chave em publicidade e propaganda.
Essa é a característica essencial aos profissionais que
produzem, nas agências publicitárias, os comerciais a serem
veiculados em rádio e televisão e os anúncios que são
publicados em jornais e revistas ou outdoors e cartazes.
Quem executa essa tarefa são bacharéis em Publicidade e
Propaganda, que atuam na área de criação. Normalmente
trabalham em equipes compostas de especialistas em texto-
redatores- e outros que entendem de imagens, como
desenhistas, artistas gráficos ou plásticos. Enquanto estes
últimos pensam em como utilizar fotos, ilustrações,
animações ou filmes, os redatores elaboram a mensagem a
ser escrita ou falada, o slogan e as letras de jingles.
Tudo muito bem combinado, para chamar a atenção do
público e fixar na mente do consumidor determinada idéia
sobre um produto, uma empresa, um serviço ou uma pessoa.
Mas a criatividade não é tudo. Informação é fundamental.
Para que uma peça publicitária seja eficaz, os profissionais
de criação têm de estar atentos ao comportamento dos
consumidores, às tendências do mercado e a tudo que
acontece à sua volta. Só assim eles conseguem COMUNICAR
bem.

Pra saber mais: www.guiadoestudante.com.br

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http://www.youtube.com/watch?v=VkYolwdU37g&feature=related

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http://www.youtube.com/watch?v=zWdGgau6zEs

http://www.youtube.com/watch?v=twBauZ4GOWE

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Projeto de leitura
RELATOS E MEMÓRIAS: ANTOLOGIA

Apresentação
Ler devia ser proibido
Guiomar de Grammon
A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler
faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os
incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à
loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não
me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado,
de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a
crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre
Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e
bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

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Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso,
inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra
forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem
excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram.
Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho
com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o
sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos
casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que
dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para
caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode
estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Transportam-nos a
paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Fazem-nos
acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a
descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas
jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de
aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los
a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal
diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e
civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não

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contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida
destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus
direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem
nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os
seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas
demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de
conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões
utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais
etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria
um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões,
menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo.
Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais
subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir
deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem
trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler
deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para
executar ordens, a palavra é inútil.

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Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros
sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o
secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a
outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a
leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

Introdução
Conhecer nossa história pessoal nos dá segurança sobre nossa identidade, sobre
nosso lugar no mundo. Talvez seja por esse motivo que as pessoas gostam muito de relatar
fatos de sua vida, recordando acontecimentos e personagens que tornaram significativo
algum momento da sua existência.
Na antologia Relatos e memórias, anexada neste projeto, foram reunidos alguns
registros de memórias – ficcionais ou não – compostos em diferentes linguagens: em prosa
ou versos – quando escritos -; em desenho, fotografia, pintura ou quadrinhos – quando a
linguagem plástica foi a escolhida.
Comparando os diferentes relatos, pode-se observar como as escolhas dos recursos
de linguagem contribuem para distinguir uma produção de outra, pois, ao relatar o que é
pessoal, cada autor imprime sua “marca” especial.

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Este projeto foi elaborado com finalidade de incentivo à leitura, tendo como público
alvo os alunos do 1º Ano do Ensino médio e da comunidade sócio-educacional do
Colégio Estadual Lions Clube de Paraíba do Sul, na faixa etária de 20 a 45 anos.
Um público exigente, porém disperso, cujo centro de interesse se encaminham para
outras áreas.
Para que se possa explorar todas as possibilidades que a reunião desses relatos e
memórias oferecem, este projeto foi estruturado em atividades desafiadoras, que
possibilitam interação com os textos, com a arte e com os colegas, desfrutando do prazer
de criar, cantar, desenhar, escrever…

Justificativa
Por que um Projeto de Leitura?
No mundo em que vivemos, caracterizado pela circulação social de um grande e
diversificado volume de informações, a capacidade de ler e de interpretar textos em
múltiplas linguagens é imprescindível.
A leitura é um instrumento valioso para a apropriação de conhecimentos relativos ao
mundo exterior. Não apenas isso: ela pode se constituir também em um poderoso
instrumento para o autoconhecimento.
Você conta histórias para o seu filho? Não é uma delícia? Mais cedo ou mais tarde,
ele vai pedir para ouvir uma particularmente importante: a dele. Pode acontecer de
repente, enquanto observa um retrato antigo na parede ou durante a lição de casa. Ou

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quando você conta que aquele molho de macarrão foi a sua avó que ensinou. Ao
mergulhar no papo, pode talvez descobrir que não sabe tudo que queria. "A família é
nossa matriz de identidade", diz Marilene Krom, psicoterapeuta e autora do livro Famílias e
Mitos: Resgatando Histórias – Prevenção e Terapia (Ed. Summus). Ela influencia quem
somos e o que nos tornamos – e é exatamente por isso que devemos entendê-la. "Até
compreendermos muitas de nossas atitudes, pois existem comportamentos ruins que se
repetem nas gerações". Nessa linha do tempo, é possível descobrir acontecimentos que
mudaram rumos, compreender os costumes, pensamentos e até as manias de cada um.
O “Projeto Relatos e Memórias: Antologia” surgiu da necessidade de não deixar
morrer essas belíssimas histórias de nossas vidas, sejam elas de amor, de experiência, de
aventura, de lutas, ou de superações. Além de preservar a história de uma família, os
relatos podem mostrar as pessoas por inteiro ou a esconderem sob personagens ou sob
um eu lírico. Registram fatos do dia-a-dia ou aqueles que, pela sua significância,
permanecem na memória.
Este projeto envolve a leitura de relatos de autores diversos. Todos os textos revelam
clara intenção de registrar fatos vividos e lembrados ou imaginados, alguns em linguagem
verbal, outros em linguagem também visual.
Para estimular e sensibilizar os alunos ao exercício da capacidade de representação
pelo discurso de experiências vividas e situadas no tempo, na pequena antologia
preparada para o Projeto de Leitura, reuniram-se: fotos de álbum de família, pinturas que
representam acontecimentos de infância, poemas e letras de músicas sobre lembranças
do tempo de criança e relatos em primeira pessoa de escritores conhecidos e premiados.

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Relatos e memórias: os fatos, as emoções, os acontecimentos, as lembranças…a
vida.

Fundamentação Teórica
A leitura desenvolve potencialidades intelectuais e espirituais. É um dos meios mais
eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade. É de grande
importância, na formação do ser humano aberto, de horizontes ilimitados, com
criatividade.

“Não lemos todos um mesmo texto da mesma maneira. Há leituras respeitosas,


analíticas, leituras para ouvir as palavras e as frases, leituras para reescrever, imaginar,
sonhar, leituras narcisistas em que se procura a si mesmo, leituras mágicas em que seres e
sentimentos inesperados se materializam e saltam diante de nossos olhos espantados."
(MORAIS, José.A arte de ler.São Paulo: Editora da Unesp, 1996, p.13.)

A necessidade de ler é criada por desafios diversos: querer conhecer, apoderar-se de


bens culturais guardados pela escrita, descobrir outros mundos, perceber e buscar outras
leituras que "conversem" com sua leitura (intertextualidade), ou que conversem com o
leitor ... São desafios que podem gerar prazer, estimular repertórios ativos ou latentes, fazer
sonhar, ajudar a ler/ver o mundo.

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Segundo Petit (1999), o que determina a vida dos seres humanos é o peso que as
palavras têm para eles. Quanto mais os indivíduos são capazes de nomear o que vivem,
mais preparados estarão para vivê-lo e transformá-lo.
É através da leitura, acredita Petit (1999), que as pessoas elaboram e conquistam
outro tempo para si mesmos, uma forma de terem-se a si mesmos disponíveis.
A eficácia da leitura e da escrita é um hábito, ou seja, um conjunto de práticas. E
estas podem ser aprendidas, através da repetição, até se tornar um reflexo condicionado,
impensado, um hábito arraigado. Tornar a leitura verdadeiramente significativa implica
em criar nos alunos motivos para ler, ou, em outras palavras, ajudá-los a ter necessidade
de ler. Da mesma forma, a escrita torna-se hábito, na medida em que sua prática for
constante. Partindo do pressuposto de que leitura e escrita ocorrem simultaneamente,
não podem ser aprendidos e ensinados separadamente.
Portanto, é de suma importância desenvolver em nós uma “cultura de leitura e
escrita” de qualidade, pois só assim seremos aprendizes e formadores de opinião em todo
ambiente social e democrático em que estivermos.

Público Alvo
Alunos do 1º ano do Ensino Médio e Comunidade Sócio-educacional do Colégio
Estadual Lions Clube de Paraíba do Sul.

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Objeto Detonador
Apresentação do filme “Forrest Gump – O contador de histórias”.

Objetivos
•Favorecer a leitura, o estudo e a apropriação da estrutura e da linguagem de textos
que pertencem ao domínio do relatar: os que expressam experiências vividas e
lembranças (memória).
•Exercitar aas diferentes formas de relato: diário, memória, utilizando ou não os
recursos da linguagem visual.
•Exercitar as habilidades de: observar, localizar, seqüenciar, relacionar fatos e dados,
sentimentos e emoções para relatar o que foi relevante nas experiências vividas.
•Reconhecer e apropriar-se de recursos de linguagem utilizados para dar conta da
intenção de quem produz o texto: dar testemunho, registrar lembranças, sentimentos,
sensações…

Metodologia
As atividades estão esquematizadas em oficinas que abrangem:
•atividades em sala de aula:
-coletivas;
-em grupos;

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-individuais.
•atividades em casa: individuais.

Cronograma
Elaboração do PROJETO: 14, 15, 16, 17 de Novembro de 2009.
Execução do PROJETO: 18, 19, 25, 26 e 27 de Novembro de 2009.
Culminância do PROJETO: 28 de Novembro de 2009 (Sábado Letivo).

Recursos Humanos
Professor, alunos, familiares e comunidade.

Recursos Materiais
Todos os materiais usados para o desenvolvimento e culminância do projeto. Como
por exemplo: Antologia Relatos e Memórias (anexadas ao projeto), bloco de anotações,
fotografias, vídeos, cartaz de divulgação, convite, etc.

Culminância
Oficina de breves narrativas e grandes histórias.

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ROTEIRO PARA REGISTRO DAS ATIVIDADES DOCENTES

Nome da Aluna: JANAINA DESIDÉRIO DO PRADO


Local do Estágio: COLÉGIO ESTADUAL LINOS CLUBE DE PARAÍBA DO SUL
Estado: RIO DE JANEIRO Município: PARAÍBA DO SUL
Nível/ Ano/ Turma de Estágio: 1º ANO DO ENSINO MÉDIO (SUPLETIVO)

Relato das Atividades Semanais de Docência referente à 1ª Parte do Planejamento:

“CHEGA DE BLÁ BLÁ BLÁ! VOCÊ SABE SE COMUNICAR?”

A ARTE DE OUVIR

Comunicação é um processo de duas vias. Se você não consegue ouvir e entender o que estão dizendo,
não há comunicação. Para que uma comunicação seja efetiva, você precisa ouvir ativamente. Isto pode parecer
óbvio, na medida em que a ação de ouvir é passiva, no entanto existe sim uma grande diferença entre escutar o
que está sendo dito e ouvir ativamente e, consequentemente, compreender o significado da comunicação.
Vale destacar que esta habilidade está sendo hoje considerada crítica quando o assunto é comunicação.
Isso acontece porque normalmente colocamos a responsabilidade e foco da ação no emissor. Como
emissores, estamos tão voltados para nós mesmos, cuidando do que queremos comunicar, cuidando dos meios
que iremos usar para transmitir e com isso esquecemos de colocar foco no receptor. Quem é meu receptor? Que
linguagem será mais adequada? Ele entendeu a mensagem e está pronto a dar o resultado que esperamos?

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Ouvir ativamente, observar e olhar cuidadosamente seu interlocutor são habilidades importantes, porque
desta forma você poderá primeiro reconhecer quem é seu interlocutor e segundo perceber se a mensagem está
alcançando seu êxito.
Muitos estudos e observações demonstram como é deficiente nossa capacidade de ouvir e quanto tempo,
energia e dinheiro é jogado fora por causa disso.
O Departamento de Oratória da Universidade de Minesota realizou pesquisas nesse sentido tendo
concluído que em media 40% do trabalho diário de um funcionário de escritório é dedicado a ouvir e que a
eficiência dessa atividade não passa de 25%.
A simples observação das atividades de qualquer pessoa nos mostra claramente que a grande maioria
está bem mais preocupada em falar, em se fazer compreender e em persuadir do que em escutar integralmente.
A natureza nos deu dois ouvidos e uma só boca. A velha filosofia chinesa ensina que falar é plantar e
ouvir é colher.
A comunicação no século XXI é mais do que importante, ela é fundamental. Rádio, TV, internet, jornais,
revistas, pessoas (por que não?); vários são os elementos que estão a nossa disposição. Para uma comunicação
eficiente é preciso estar bem informado. Pensando no caso da população em geral, essa informação é obtida
através dos meios de comunicação, que nos dão essa informação pronta, basta lê-la e interpretá-la de acordo
com as margens que ela nos dá. Comunicação não implica necessariamente em troca de ideias formais, nem é
um fato recente.
Desde os primórdios da existência humana os homens tentam se comunicar. Ainda hoje, temos desafios de
comunicação pela frente. Em um passado muito distante, na época dos homens das cavernas, um deles tenta se
comunicar com o outro:
- Huia-huia! Ana-nana! Uga-buga!!!
-?
- Huia-huia! Ana-nana! Uga-buga!!!

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- ???
- Uah!!!

NHAC! E o homem foi devorado pelo grande tigre!

O homem não entendeu que “Huia-huia! Ana-nana! Uga-buga!!!“ significava “Ei, cara! Cuidado! O
grande tigre está atrás de você!!!”. Imagine quantos homens das cavernas morreram por causa disso!
Provavelmente este foi um dos principais motivos para os homens criarem e desenvolverem os métodos de
comunicação. Não há nenhuma dúvida de que, sem a comunicação, a humanidade não evoluiria como evoluiu.
Hoje em dia, ainda vemos que este problema de um passado tão distante ainda acontece, claro que em
menor escala. A humanidade continua evoluindo sempre, e que bom que é assim! A evolução nos permite
perceber que as técnicas de comunicação são mais ricas do que a gente pensa. Por isso mesmo, existem
profissionais especializados em comunicação. Mas mesmo não sendo um profissional da área, o universo da
internet nos permite obter conhecimento, desde que a gente queira. Não existe desculpa para não utilizar os
métodos e meios de comunicação disponíveis.
Falhas de comunicação existem aos montes. Pode-se citar como exemplo, um caso de uma marca de
macarrão que resolveu promover um aumento no consumo de massas. A técnica de comunicação utilizada foi,
basicamente ―comprem mais macarrão, faz bem, etc. e tal…‖. O problema é que, nesta campanha, eles nem
ao menos citavam a própria marca. A comunicação foi totalmente direcionada para promover um aumento no
consumo de massas. O que aconteceu? O consumo de massas realmente aumentou, só que da marca
concorrente! Nesse caso, a concorrência agradece!
Este é um caso de falha de comunicação conhecida há muito tempo. Acontece sempre. Por isso, é
importante saber o que falar e pra quem falar. Independente das complexidades da comunicação (que não são
tão complexas assim), não pode deixar de se comunicar. É vital para a sobrevivência. Senão, um dia alguém vai

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tentar falar com você e você vai entender “Huia-huia! Ana-nana! Uga-buga!!!“ e NHAC! Você foi devorado pelo
concorrente.

O “PORQUÊ” DESTA PRIMEIRA PARTE DO PLANEJAMENTO ABORDAR O TEMA


“COMUNICAÇÃO”

. As pessoas, no cotidiano, estão cercadas pela comunicação, ora agindo como emissores, ora como
receptores. O ato de se comunicar pode ser exercido por gestos, pela escrita ou pela fala. No entanto, para o
século XXI, pensando no meio acadêmico ou no mercado de trabalho, quanto mais culto, objetivo, claro, conciso
e informado a respeito do mundo se for, mais chances de se tornar um profissional valorizado e respeitado se
tem. Na sociedade em geral isto não é diferente. Quanto mais atualizado, mais bem visto você será. Enfim, a
comunicação rodeia o homem desde o início da sua existência e sua função é majoritariamente a de interação.
Pensando no século XXI, além da questão do "status", a comunicação é fundamental; visto que leva a
uma discussão, troca de ideias, mostrando os dois lados de um argumento, complementando-o, visando levá-lo a
perfeição, e diminuindo, assim, as chances de grandes prejuízos, sejam eles financeiros ou morais.

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ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 07/10/2009 a 14/ 10 / 2009

O tema de abertura das ATIVIDADES DOCENTES teve como pretensão levar os alunos a se envolverem
com a importância de se comunicar bem neste mundo competitivo em que vivemos . Pensando justamente neste
cenário de disputas e competições, o trabalho desenvolvido teve como objetivo, oportunizar aos estudantes o
domínio dos recursos de leitura e escrita da Língua Portuguesa, a fim de ampliar sua capacidade comunicativa e
sua percepção para as várias possibilidades de leitura do mundo em que se insere.
No dia 7 de Outubro de 2009 iniciou-se o Estágio de Intervenção, com as aulas “Comunicação e
Sociabilidade” e “Que é comunicação?”. Num primeiro momento, após a leitura de um texto retirado da BULA
de um conhecido medicamento: Analgésico e Relaxante Muscular; foram introduzidas algumas questões para
que os alunos refletissem sobre o tema abordado. Esses questionamentos contribuíram para que os discentes
aferissem o que os eles sabiam sobre a importância da COMUNICAÇÃO, levando-os a pensarem na forma como
se comunicavam. Com certeza, essa foi uma estratégia para que eles analisassem: "A quantas anda minha
COMUNICAÇÃO?" Para nortear este momento, foi feito um comentário com o propósito de que os jovens
refletissem sobre suas expectativas para o futuro: “A maioria das coisas tem apenas uma forma de ser
impossível - não tentar. Em contraste, existem muitas maneiras diferentes de tornar algo possível. E
comunicar-se continua sendo uma das melhores maneiras de transformar planos, projetos e ideias em
realidade.”
Num segundo momento, a turma foi dividida em grupos para a leitura crítica do texto: ―A gramática
simbólica”, que aborda as muitas maneiras de se comunicar: através do gesto, da expressão corporal, do
som e da palavra. O autor, Claudius Ceccon, argumenta que ainda que sejamos regidos pela escrita, em leis,

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códigos e contratos, a realidade é que vivemos cercados de imagens. Literalmente bombardeados o tempo todo
por elas, acabamos por absorvê-las, sem nos dar conta, tornando-as parte de nosso modo de pensar e sentir. O
olhar é o principal agente desse processo. No desenvolvimento do texto, muitas perguntas são feitas com o
intuito de nos fazer refletir sobre a maneira como recebemos as inúmeras informações que nos chegam pela
publicidade em outdoors, em vitrines de grandes lojas, em anúncios luminosos, e nas bancas de jornal: “Como
ser capaz de uma leitura da vida cotidiana que proporcione uma visão crítica do que nos chega pela
mídia, considerando-nos um dócil rebanho de consumidores passivos?”, “O que seria, hoje, aprender a
ler e a escrever com as novas tecnologias?”
Com mediação docente, os grupos apresentaram e discutiram suas conclusões.
Após as conclusões a respeito da leitura crítica, foi apresentada uma TIRINHA que representa uma
situação de comunicação, e através das observações dos discentes, foram destacados os conceitos dos
componentes essenciais do processo de comunicação: emissor, codificador, mensagem, canal, decodificador
e receptor.
Em seguida, antecipando o tema da próxima aula, foi apresentado um vídeo muito interessante sobre “O
que é comunicação?”. E para encerrar esta primeira aula, foi feita uma pergunta reflexiva sem necessidade de
resposta, e sim de uma leitura silenciosa do texto a quem a interrogativa se referia: “Quem não gosta de
conversar para ouvir sobre o que está acontecendo ou para contar alguma coisa?”
A segunda aula, “Que é comunicação”, foi iniciada com diálogos a respeito dos ATOS COMUNICATIVOS
que realizamos a todo instante, e sobre a necessidade que todo ser humano tem de se comunicar, fazendo uso
da Linguagem. Com o intuito de sensibilizá-los pela leitura de mais um texto, foi feita a pergunta: “Você tem
noção de quantos atos comunicativos realizamos num só dia?”. Para um contato mais significativo com o
assunto abordado, foi oportunizada uma roda de conversas onde os discentes puderam expor suas opiniões.
Em seguida, foi apresentado um pequeno texto, “O jogo da expressão”, que aborda a diferença entre a
Língua Falada e a Língua Escrita.

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Após as reflexões a respeito da leitura do texto acima citado, foi apresentado um vídeo – “FANTÁSTICO
BICHO-HOMEM” – que além de abordar um tema muito discutido na atualidade - “COMUNICAÇÃO", também
mostra de forma bem criativa, a necessidade que toda espécie tem de se COMUNICAR; seja para se alimentar,
se defender, ou se reproduzir. Através deste vídeo, que põe o tema “COMUNICAÇÃO” em debate, pôde-se
refletir sobre muitas questões: “Quem se comunica melhor, o Homem ou o animal?”, “Você diria que sua
comunicação é eficiente?”, “Às vezes, a melhor forma de se comunicar é não dizer nada. Você concorda?
Por quê?”.
Atendendo às exigências dos Parâmetros Curriculares quanto à formação profissional, a atividade de
Produção de Textos, ―PROFISSIONALIZAÇÃO- Comunicação Oral”; foi planejada para auxiliar de maneira
positiva na correção de comportamentos e posturas que poderão ser prejudiciais em entrevistas com
empregadores e demais apresentações orais exigidas pelas atividades profissionais e discentes.
A terceira aula aconteceu no dia 08 de Outubro de 2009, abordando o tema “O ato de falar nem sempre
significa se comunicar”. Para a sensibilização inicial do assunto em questão, num primeiro momento, foi
apresentada uma charge que retrata situações da realidade comunicativa de muitos falantes, seja no âmbito do
trabalho, numa roda de conversas, ou até mesmo nos relacionamentos amorosos. Em seguida, foram citados
alguns obstáculos que podem impedir a eficácia de uma mensagem; tanto da parte do EMISSOR quanto do
RECEPTOR. E para avaliar a capacidade de comunicação dos discentes, foi reservado um tempo antes do
término da aula, para o desenvolvimento de uma dinâmica bem legal: TELEFONE-SEM-FIO.
No dia 09 de Outubro de 2009, a quarta aula iniciou-se com o tema ―Comunicação no Universo
Profissional‖ e para maior cálculo de sentido, foi apresentado um vídeo – ―O Cometa Halley‖ – que retratou
como as constantes falhas na comunicação, podem atrapalhar o objetivo de uma mensagem. O vídeo não só
evidenciou as falhas cometidas pelo uso da comunicação oral, mas também pelo descuido na comunicação
escrita. Foram citados, alguns comentários provenientes de uma consultora empresarial, chamada Sandra
Regina Gouveia Moreira. Segundo suas afirmações, a forma como o profissional escreve e fala é avaliada nos

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processos de seleção. Já os comentários da consultora de Português do SENAC, Laurinha Grion, forma usados
para alertar os alunos em relação à redação dos e-mails; pois eles oferecem muito mais riscos de erros, por
causa do uso da linguagem mais informal, e em função disso, as pessoas não se preocupam em revisá-los. Para
exemplificar essa afirmação, foi proposta a leitura de uma piada muito engraçada sobre uma gafe cometida no
envio de um e-mail: ―O poder de um EMAI-L errado‖.
Atendendo às exigências dos Parâmetros Curriculares quanto à formação profissional, a atividade de
Produção de Textos, ―PROFISSIONALIZAÇÃO- Memorando”, foi planejada para que o aluno pudesse conhecer
as normas de padronização vigentes para elaboração de textos técnicos, observando suas especificidades e
características.
As duas últimas aulas da 1ª Parte do Planejamento aconteceram no dia 14 de Outubro de 2009:
―Analisando Anúncios de Emprego‖ e ―Entrevista de Emprego: O que fazer?‖. Para iniciar a quinta aula, os
alunos foram divididos em grupos, e cada grupo recebeu alguns anúncios de emprego para analisar e
posteriormente responder algumas questões norteadoras; com o objetivo de traçar um plano de ação para
participar de um processo seletivo. Com mediação docente, os grupos apresentaram suas conclusões quanto à
importância de se preparar com antecedência para uma oportunidade como esta, e a consciência de que se deve
ter objetivos pré-definidos e não se candidatar sem ter a noção das exigências para ocupação de uma vaga.
A partir das colocações dos discentes, foi destacada a importância do CURRÍCULO nos processos de
seleção de emprego. Em seguida, para enriquecer o tema da aula, foi exibido o vídeo ―Dicas para um currículo
campeão‖. Em ―Profissões em debate: a construção do currículo‖, os alunos foram indagados sobre as
profissões que atualmente estão empregados. Foi criada uma tabela com o levantamento dessas profissões após
a enquete realizada com a turma. Com os dados coletados, os alunos foram indagados se alguma vez lhes foi
solicitado, a apresentação do Curriculum Vitae. Foi evidenciada a importância do mesmo, sobretudo, quando
houver necessidade de mudança de emprego, ou até mesmo para o primeiro emprego.

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Retomando o assunto do vídeo exibido, no qual foram dadas dicas e sugestões de como preencher o
currículo; os alunos foram sensibilizados a responderem se eles tinham clareza daquelas informações e que
diferenças esses esclarecimentos contribuíram para suas vidas profissionais.
Para um maior cálculo de sentido das informações contidas em um Curriculum Vitae, foi entregue um
modelo para que os alunos observassem, atenciosamente, os mínimos detalhes.
Atendendo às exigências dos Parâmetros Curriculares quanto à formação profissional, as atividades de
Produção de Textos, ―PROFISSIONALIZAÇÃO- Curriculum Vitae e Carta de Apresentação” foram elaboradas
para auxiliarem os discentes quanto à importância de ser sincero na elaboração dos mesmos. E também de fazê-
los entender que o CURRÍCULO é a primeira forma de contato que o candidato tem com o selecionador. E é a
via de acesso que conduz às entrevistas de seleção. Por isso, especialistas alertam: é importante colocar
informações verdadeiras para não entrar em contradição diante do recrutador, pois tudo o que está no
currículo pode ser checado na entrevista e também com os antigos empregadores. Quanto à redação do
texto da CARTA DE APRESENTAÇÃO, os alunos foram orientados a seguirem algumas regras básicas para não
se perderem no meio do caminho, entre elas: ter atenção redobrada para o vocabulário e o tom que vai
adotar no texto, pois a primeira impressão sempre é a que fica; não mencionar aspectos negativos ou que
não tenham relação com o cargo; e antes de enviar a carta, ler diversas vezes para evitar erros
gramaticais e certificar-se de que as informações foram colocadas em uma ordem lógica.
O início da sexta aula teve como motivação, algumas frases escritas na lousa, onde os alunos deveriam
situá-las em qual contexto costumam ser apresentadas para uma pessoa. Após as diferentes respostas dos
discentes, foi explicado que essas frases se referiam a uma entrevista de emprego, sendo este o tema da aula.
Com o objetivo de discutir sobre os erros mais comuns nas entrevistas de emprego, foi apresentada uma
TIRINHA intitulada ―Procurando emprego‖; onde o personagem se apresenta para o entrevistador usando um
boné. Apresentada a figura, perguntou-se aos alunos se eles achavam que o personagem da tirinha (o que
estava de boné), havia se comportado corretamente na entrevista de emprego.

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Após a audição das respostas, dividiu-se a turma em grupos de quatro componentes, e estando no
laboratório de informática, lhes foi pedido que pesquisassem na internet alguns erros comuns de candidatos em
entrevistas de emprego. Com o intuito de nortear este momento, foi sugerido um roteiro a ser respondido durante
as pesquisas. Com mediação docente, houve uma roda de conversa sobre os erros encontrados e as maneiras
de evitá-los.
Dando prosseguimento à aula, ainda em grupos, a orientação docente foi para que os alunos formulassem
perguntas a serem feitas por um entrevistador a um candidato a uma vaga de emprego, escrevendo-as em uma
folha de caderno. Foi feita referência às perguntas apresentadas no início da aula para facilitar. Sendo importante
a supervisão nesse momento, algumas dúvidas foram sanadas e alguns conceitos errôneos corrigidos, pelo
docente.
Os alunos puderam escolher hipoteticamente um cargo a ser preenchido, e discriminaram quais
características são importantes para o preenchimento da vaga em questão. Desta forma, vivenciaram como uma
entrevista é pensada e estruturada pelo entrevistador. Formuladas as perguntas, os grupos elegeram as 15
melhores, as quais foram utilizadas na próxima atividade – ―Dramatização de uma entrevista de emprego‖;
onde dois alunos se voluntariaram para serem, entrevistador e candidato, enquanto os outros foram a platéia,
e tiveram que escolher o tipo de empresa onde seria feita a entrevista. Os alunos escolhidos tiveram 1 minuto
para decidir quem seria o candidato e quem seria o entrevistador. Terminado esse 1 minuto, a plateia contou aos
escolhidos qual a empresa que foi escolhida. Utilizando as perguntas escritas na lousa (escritas na atividade
anterior), o entrevistador fez as perguntas ao candidato, o qual teve que responder como se realmente estivesse
em uma entrevista de verdade. Após entrevista, a plateia teve que dizer o que havia achado da mesma, o que o
candidato poderia ter feito para ter um melhor desempenho e em quais momentos ele teve um bom desempenho.
Tendo como objetivo discutir formas de se preparar para uma entrevista, foi exibido o vídeo ―Emprego de A
a Z – a temível entrevista de seleção‖. Discutido o vídeo, os alunos escolhidos ―entrevistador e candidato‖

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refizeram a cena de entrevista – desta vez, o candidato pode seguir as dicas descritas no texto, preparando-se
para a esta. Ele pode coletar informações sobre a empresa imaginária antes do início da dramatização (o que
não foi permitido anteriormente).
Após a dramatização, os escolhidos disseram o que acharam desta, e qual foi melhor (a primeira ou a
segunda - quando tiveram oportunidade de se preparar). Foi ouvida a opinião de todos os alunos, e perguntou-se
o que eles acharam das duas dramatizações. Foi solicitado que comentassem sobre a diferença de uma
entrevista quando a pessoa está preparada para ela.
Durante a abordagem do tema ―COMUNICAÇÃO‖, que é certamente um diferencial na hora de conquistar
uma colocação no mercado de trabalho, muitos discentes se mostraram tímidos, mas todos procuraram vencer
seus próprios limites; empenhando-se ao máximo durante o decorrer das aulas.

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ROTEIRO PARA REGISTRO DAS ATIVIDADES DOCENTES

Nome da Aluna: JANAINA DESIDÉRIO DO PRADO


Local do Estágio: COLÉGIO ESTADUAL LINOS CLUBE DE PARAÍBA DO SUL
Estado: RIO DE JANEIRO Município: PARAÍBA DO SUL
Nível/ Ano/ Turma de Estágio: 1º ANO DO ENSINO MÉDIO (SUPLETIVO)

Relato das Atividades Semanais de Docência referente à 2ª Parte do Planejamento:

“INTRODUÇÃO À TEORIA DA LINGUAGEM”

O PODER DA LINGUAGEM

O que move as pessoas? O mundo? Pode-se pensar que é o dinheiro. Quem detêm esse ‗poder‘, causa
essa impressão, por teoricamente poder fazer o que lhe interessa. Mas existe algo que transcende qualquer
teoria. Algo que move o mundo. E fez tudo isso que vivemos hoje tornar-se realidade. A LÍNGUA.
A internet é um bom exemplo de como as pessoas através da LÍNGUA podem interagir cada vez mais no
mundo. Os blogs fazem parte desse novo conceito de LINGUAGEM. Qualquer pessoa que escreva pode ter um
e expressar seus conhecimentos e opiniões. Isso é uma tremenda evolução da LINGUAGEM.
A recursividade é responsável pela conclusão lógica das ideias e um denominador comum a todos os
indivíduos da nossa espécie, mas o que aconteceria se um grupo humano talvez fosse desprovido de
recursividade?

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Recursividade é a diferença principal entre a LINGUAGEM HUMANA e a COMUNICAÇÃO DOS
ANIMAIS. Existem seres humanos que se comunicam de uma forma extremamente rudimentar, o que não quer
dizer que não seja LINGUAGEM.
Os PIRARRÃS, uma tribo de 350 índios caçadores-coletores que vivem à beira do rio Maici no Amazonas,
conta tudo em 1, 2, bastante e de acordo com dados colhidos por quase 30 anos pelo pesquisador americano
Daniel Everett sua língua tem 8 consoantes, 3 vogais e uma imensa quantidade de tons e comprimentos de
sílabas. Segundo Everett eles não nomeiam cores, não possuem mitos de criação, ficção e nem possuem
memória individual ou coletiva que ultrapasse duas gerações. Não cultivam terras ou guardam alimentos.
Dormem no chão, sobre ramos de árvores e não têm cultura artística. Sendo assim, fica uma incógnita sobre
onde se encaixa sua LINGUAGEM dentro da TEORIA DA GRAMÁTICA UNIVERSAL, pensamento
CHOMSKIANO – (do também americano Noam Chomsky).
Através da linguagem, a espécie humana pôde adaptar-se a todos os habitats que existem no Planeta
Terra, desde as zonas gélidas até ao fundo dos oceanos, conseguindo ainda transportar para o Espaço, veículos
e estações espaciais que permitem a manutenção da vida.
Ainda não sabemos tudo sobre a língua e principalmente como uma cultura pode influenciar no infinito das
formas de LINGUAGEM.
A LINGUAGEM é a base da cultura, sem a qual o homem moderno não existiria.

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ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 07/10/2009 a 14/ 10 / 2009

O tema de abertura das ATIVIDADES DOCENTES referentes à 2ª Parte do Planejamento teve como
pretensão levar os alunos a entenderem a LINGUAGEM como condição do homem social e suas implicações na
formação de sua cidadania, visto que a inclusão social está diretamente ligada ao fato de que a linguagem
mundial exclui as vivências simples das classes menos favorecidas. O homem como responsável pela sua
realização, em parceria com os demais, constrói nessa interação suas crenças, suas leis, suas verdades, sua
cultura, trazendo na realidade, inúmeras implicações. Ter essa consciência participativa é fundamental, sobretudo
se não for só teórica. A LINGUAGEM faz do homem o artífice do seu saber, um ser capaz de comunicar-se e
expandir seus conhecimentos, posto que, o mundo globalizado requer que ultrapassemos nossas fronteiras
culturais e físicas. Portanto o professor que pretende ser um mediador de conhecimentos concretos, capazes de
proporcionar uma real mudança no indivíduo, deve ter em mente que o mundo globalizado exige hoje um cidadão
informado, conhecedor de sua linguagem e de seu mundo.
Por acreditar que ensinar a Língua Portuguesa e suas variantes de linguagem requer um comprometimento
sério com a mudança social, foi dada continuidade ao Estágio de Intervenção, considerando os diferentes níveis
de conhecimento prévio, para que cada aluno pudesse ser capaz de interpretar diferentes textos que circulam
socialmente, de assumir a palavra e, como cidadão, de produzir textos eficazes nas mais variadas situações.
A 2ª Parte do Planejamento iniciou-se no dia 21 de Outubro de 2009 com as aulas ―O que é linguagem?‖ e
―O papel da linguagem na humanidade‖. Num primeiro momento, após alguns comentários sobre as conquistas
que o homem alcançou no curso de sua história, concluiu-se que todas de alguma forma estavam ligadas à
LINGUAGEM. Foram introduzidas algumas questões sobre as diferentes formas de se expressar que cada povo

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tem; sendo a linguagem, todo um sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação.
Ainda seguindo essa mesma linha de pensamento, a mediação docente oportunizou aos alunos, uma
reflexão mais profunda sobre o tema da aula. Com isso, eles enriqueceram esse momento com suas percepções,
intervindo com outras leituras; como por exemplo, a linguagem varia conforme o contexto socioeconômico e
cultural no qual o indivíduo está inserido. Neste sentido os humanos utilizam-se da linguagem para relacionar-se
e comunicarem-se como os outros seres.
Após a sensibilização inicial da aula, foi apresentada uma imagem contendo alguns recursos de que o
homem dispõe para se comunicar com outros homens. Os discentes observaram atentamente e perceberam que
todos aqueles recursos veiculavam LINGUAGEM. Em seguida, considerando esse sentido amplo de linguagem,
pôde-se falar de várias outras linguagens, exemplificando cada uma delas: a Linguagem Verbal e as Não-
Verbais. Num segundo momento, mais duas imagens foram apresentadas, afim de que os alunos pudessem
identificar qual delas era capaz de veicular a mesma informação com maior rapidez. As duas imagens
transmitiam a mesma mensagem: ―NÃO FUME‖; só que a primeira utilizava a Linguagem Visual e a segunda, a
Linguagem Verbal.
Comparando as linguagens utilizadas, os jovens perceberam que Linguagem Verbal é mais eficaz, porque
é mais clara, enquanto a Linguagem Visual é a mais econômica, porque veicula a informação com maior
rapidez.
Para introduzir o conceito de LÍNGUA, foi feita uma comparação com o jogo de futebol e o voleibol, pois
qualquer um desses pressupõe a existência de um determinado número de jogadores (unidades) e de regras que
orientam suas jogadas. Então, para concluir esta linha de raciocínio, explicou-se que a Língua também se
organiza a partir de certas unidades – as palavras – e de algumas regras – as regras gramaticais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais fazem uma alusão contundente no sentido de não podermos ignorar
o poder da linguagem.
O Ministério da Educação afirma que;

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[...] o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade
plena de participação social, pois é por meio dela que o homem
se comunica, tem acesso a informação, expressa e defende
pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz
conhecimento.

Portanto, ao término dessa primeira aula, além dos alunos terem assimilado que a LÍNGUA é a parte
social da LINGUAGEM, puderam ter acesso aos saberes lingüísticos, necessários para o exercício da cidadania;
direito inalienável de todos.
A segunda aula, o ―Papel da Linguagem na Humanidade‖ iniciou-se com algumas reflexões sobre o
tema a ser abordado, retomando alguns conceitos já explorados na aula anterior. Foi promovida uma discussão
com o intuito de estimular os discentes a argumentarem sobre a importância da LINGUAGEM para a sociedade.
Nesse momento, foi feita uma referência ao vídeo exibido na 1ª Parte do Planejamento – Fantástico Bicho-
Homem – onde Evandro Mesquita afirma que a LINGUAGEM é o mais poderoso instrumento que o Homem
inventou para ser entendido.
Após a sensibilização inicial sobre o papel da linguagem na humanidade, a mediação docente, fez com
que os alunos percebessem que pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente, ao
imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir o seu projeto de vida.
Sem abrir espaço para perguntas, foi feito o comentário - Sem linguagem, pode-se dizer que o homem
não é humano – com o objetivo de despertar a curiosidade dos alunos em relação à próxima atividade. Logo em
seguida, foi apresentado o texto ―Meninas Lobas‖ como forma de exemplificar o comentário proposital.

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Num segundo momento, foram feitas algumas reflexões sobre a história de KAMALA e AMALA, duas
irmãs que viveram com os lobos, e em função disso não aprenderam a falar, a andar em pé, e a usar objetos
culturais, e a desenvolver o raciocínio lógico.
Através de um debate, os alunos puderam opinar com auxílio da intervenção docente, concluindo que é
possível afirmar que nos tornamos humanos na convivência social, por meio da qual não apenas sobrevivemos
fisicamente (satisfação da fome, abrigo, integridade física), mas também, psicologicamente, o que significa:
proteção, segurança, afeto, conhecimentos, etc. É no mundo da cultura que interagimos com o outro,
construímos nossa identidade pessoal, social e desenvolvemos a LINGUAGEM.
Para enriquecer esse momento, ainda foram introduzidas algumas curiosidades em relação à
LINGUAGEM: ―Realizar tarefas do cotidiano, planejar ações futuras e pensar sobre acontecimentos do passado
são atos humanos constituídos pela linguagem e na linguagem. Emocionar-se ao ler um poema, identificar-
se com uma personagem de ficção, gostar das cores e formas de uma pintura, fechar os olhos e retomar
lembranças a partir da audição de uma música são atos humanos atravessados pela linguagem‖.
No dia 22 de Outubro de 2009, a terceira aula ―A Linguagem como Interação Social”, iniciou-se com
uma explicação sobre o tema a ser abordado, onde foi dito que a LINGUAGEM como interação pressupõe
construção entre sujeitos que agem, por meio da própria linguagem.
Num primeiro momento após esse breve comentário, foi feita uma pergunta: ―Você sabia que a palavra
texto, na sua origem está relacionada à ideia de tessitura ou tecido?”. Logo em seguida, apresentou-se uma
imagem de duas agulhas tricotando um diálogo monótono – Blá Blá Blá – e foi proposta uma análise do
desenho, procurando compará-lo com a concepção de linguagem como interação social. Com o intuito de nortear
esse momento, foi sugerido aos alunos que refletissem sobre algumas questões: O novelo pode ser comparado
à situação de comunicação entre as pessoas e seu repertório linguístico? O tecido sendo tricotado pode
ser a materialização do conceito de "texto"? A expressão "blábláblá" também pode representar uma
conversa?

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Para auxiliar, foram feitas algumas reflexões docentes para o cálculo de sentido: Os sinais semicurvos
nas extremidades das duas agulhas lembram sinais gráficos das histórias em quadrinhos, não é mesmo?
E o ponto de intersecção entre as duas agulhas? O que estaria indicando ele? Você acredita que as
palavras têm o mesmo significado, independente do lugar e das pessoas que as usam? Pense numa
pessoa vestida de determinada maneira. Imagine-a inteira. Quem é ela? Como está vestida? Por que está
vestida assim? Qual é o lugar em que ela está? Em que momento/tempo? Bem, sabemos que pessoas,
em circunstâncias diferentes, usam roupas a depender da situação, não é mesmo? Sabemos que se vai à
praia de maiô, mas não se vai trabalhar no escritório dessa forma. Seria inadequado, certo? E com a
LINGUAGEM, será que acontece o mesmo?
Atendendo às exigências dos Parâmetros Curriculares quanto à cidadania, a atividade de Produção de
Textos foi planejada com a finalidade de auxiliar na formação do caráter do educando, orientar suas vivências,
para que ele seja um sujeito crítico e questionador de valores, o que lhe permitirá saber aproveitar fatos e
informações obtidos de outras fontes que não somente as da escola e, a partir deles, estruturar sua
personalidade. Fazê-lo entender que a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, implica no respeito aos direitos
humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de uma vida digna, respeito mútuo nas
relações interpessoais, públicas e privadas.
A atividade foi constituída, primeiramente da leitura individual e silenciosa do poema ―O bicho‖ (Manoel
Bandeira). Logo depois, o poema foi proferido pelo docente, em voz alta, de modo a chamar a atenção dos
alunos. Em seguida, sem abertura para comentários e discussões, apresentou-se a paródia ―O político‖ (autor
desconhecido). Na tentativa de resgatar um pouco da cidadania na escola de hoje, trazendo valores morais,
éticos e humanos para o cotidiano do ensino atual, ao término da leitura, foi promovido um debate provocando a
participação total da turma, levantando questões sobre cidadania, ética, democracia e educação.

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Usando de estratégia para sensibilizar os jovens quanto à atividade de Produção de Texto, foi
apresentada uma breve análise dos três textos: ―Meninas Lobas‖, ―O bicho‖ e ―O político‖. As análises
versaram sobre um mesmo tema: fatores que levam os homens a se tornar um “Bicho-Homem”.
Em relação ao texto que contou a história das duas irmãs que foram criadas por lobos – Meninas Lobas–
a análise nos remeteu a uma verdade: a falta de convívio humano impossibilita ao homem, o
desenvolvimento do pensamento lógico e da linguagem, e a construção da identidade pessoal e social.
O poema de Manoel Bandeira – O bicho – é capaz de nos levar a uma análise da situação sócio-
econômica do Brasil: a má distribuição de renda causa a desigualdade social, e aqueles que vivem abaixo
da linha da pobreza tentam driblar a fome através de atos de desespero, agindo com se fossem “bichos”
acostumados a consumir o resto dos restos.
Parodiando o poema de Manoel Bandeira, ―O político‖ de autoria desconhecida, também nos remete a
uma verdade: aquele que rompe com os valores éticos que regem a sociedade, tende a agir com se fosse
desprovido da razão, com mentalidade degradada, habituado ao caos e à corrupção. Como dizia
Aristóteles: “O homem é por natureza, um animal político.”
As abordagens relativas à proposta para a PRODUÇÃO DE TEXTO estiveram voltadas para questões do
tipo: “São freqüentes as notícias sobre desigualdade social, criminalidade, corrupção e impunidade em
nosso país. Como você vê esses problemas? Que fatores estão levando os homens a se comportarem
como animais nesta selva chamada sociedade?”
No dia 23 de Outubro de 2009 aconteceu a quarta aula, que foi reservada para a correção das produções.
A metodologia escolhida está fundamentada em SERAFINI(1992), que deixa bem claro que há três razões para
utilizar os alunos na correção de textos: a primeira é que em geral eles são mais críticos e juízes que produtores
de texto; a segunda é que a correção feita pelos colegas é um excelente estímulo à escrita; a terceira é que a
correção entre colegas permite entre eles um diálogo que é muito limitado na relação aluno-professor.

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A correção interativa permite que o autor do texto explique ao colega e para si mesmo aquilo que
pretende expressar. É possível organizarmos esse tipo de avaliação da seguinte forma:

1º Leitura de um texto com análise da coesão, coerência, intencionalidade, informatividade e aceitabilidade


textuais;
2º Seleção coletiva das ideias principais;
3º Elaboração individual de um novo texto, enfocando o mesmo tema, com enfoques iguais ou diferentes,
observando os critérios de correção oferecidos;
4º Troca das redações entre os colegas para que façam uma correção atenta e criteriosa;
5º Entrega para o(a) professor(a) que vai fotocopiar a redação preliminarmente corrigida;
6º Avaliação escrita, feita pelo professor, das correções feitas pelos alunos;
7º Avaliação oral e no quadro, feita pelo professor e alunos, de alguns trechos melhores ou piores, observando os
critérios já conhecidos;
8º Reescrita da redação pelo primeiro autor do texto;
9º Avaliação final feita pelo professor.

À primeira vista, esta metodologia parece dar muito trabalho ao professor, mas não é assim. Lançando-se
mão da estratégia da correção interativa, aguça-se a curiosidade do aluno pela interação comunicativa como algo
que possibilite troca de conhecimento e experiências. Em pouco tempo, torna-se um mecanismo prazeroso, pois

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os resultados positivos logo aparecem. Essa metodologia deixa bem claro que se pretende privilegiar a
abordagem da escrita como processo, e, sendo assim, é preciso entender o texto como fruto de um trabalho que
implica reflexão sobre a linguagem e conhecimento sobre a constituição e funcionamento da língua.
A proposta feita procura mostrar que o que se deve fazer é principalmente um ensino produtivo para a
aquisição de novas habilidades lingüísticas e para o desenvolvimento do prazer e da competência de escrever.
Acredita-se, então, que se possa avançar no estudo do processo / produto da produção textual como fenômenos
observáveis.
Nos dias 28 e 29 de Outubro de 2009, iniciou-se a quinta e última aula da 2ª Parte do Planejamento – A
relação entre a Linguagem Verbal e os Elementos Não-Verbais – por meio de alguns comentários para o
cálculo de sentido de como a PALAVRA e a IMAGEM se unem na criação de uma mensagem, pois a
comunicação não se faz apenas por meio da Linguagem Verbal. Os elementos não-verbais, como um desenho
ou uma fotografia, também expressam significados. Saber como acontece a relação entre eles é o que produz os
sentidos de um texto.
Após a sensibilização inicial acerca do tema da aula, foi apresentado o folder da campanha ―Se você não
abrir o diálogo, as drogas podem calar de vez a nossa juventude‖, um bom exemplo para observarmos a
importância das LINGUAGENS VERBAL E NÃO-VERBAL para a criação dos sentidos de um texto. Através da
visualização desse material usado pelo Governo do Estado do Espírito Santo na Semana Estadual sobre Drogas,
os discentes puderam perceber o quanto a imagem e o slogan contribuíram para dar força às informações
transmitidas pelas palavras.
Dando continuidade à primeira abordagem sobre o poder que a PALAVRA e a IMAGEM exercem no
sentido de um texto, foi apresentado outro bom exemplo por meio de uma Campanha criada pela Agência Matriz,
de Porto Alegre: ―CRACK, NEM PENSAR‖. As peças publicitárias visualizadas pelos alunos mostraram em
cenas duras — com o mesmo realismo da campanha anterior — o sofrimento que o uso da droga causa a
familiares, como pai, mãe e filhos, e amigos e parceiros dos usuários. Os rostos retratados pelo fotógrafo gaúcho

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Raul Krebs expressam as sensações de medo, desistência, vergonha, desespero, fuga, afastamento e repulsa
experimentadas pelos que vivem ao lado dos usuários.
O projeto mostrou o efeito devastador do CRACK e os malefícios físicos e psicológicos causados a quem
experimenta. A resposta foi uma grande mobilização da sociedade em todos os níveis.
Atendendo às exigências dos Parâmetros Curriculares quanto à leitura, que é uma das competências
mais importantes a serem trabalhadas com o educando, principalmente após recentes pesquisas que apontam
ser esta uma das principais deficiências do estudante brasileiro, a atividade – Leitura e Reflexão – foi planejada
com o objetivo de estimular e motivar o ato de ler. Pois quando o leitor deixa de ser passivo no processo de
construção do conhecimento, a leitura passa a ter uma significação no processo de ensino-aprendizagem, pois
ser co-autor ou até mesmo autor, confere ao leitor uma participação autônoma no processo, despertando no
mesmo o interesse e o prazer em ler e escrever. Isso porque o conhecimento funcional do gênero a ser lido ou
produzido, bem como os recursos tecnológicos utilizados para a viabilização de uma prática de leitura e produção
textual, implica em uma perspectiva de ensino-aprendizagem de língua portuguesa que considere o aluno como
sujeito ativo do processo.
O texto trabalhado – CHAPAQUISTÃO, o território do CRACK – combina diferentes LINGUAGENS, por
isso é preciso estar atento às relações entre os elementos verbais e não verbais (imagens), como é o caso das
histórias em quadrinhos. Essa nova forma de fazer jornalismo foi publicada pelo CORREIO BRAZILIENSE – o
principal jornal de Brasília – como parte de uma série de reportagens sobre o crescimento do tráfico de
CRACK na capital e em outras diferentes regiões do país. O ponto alto da série foi a publicação de uma página

em quadrinhos que conta a visita da repórter SAMANTA SALLUM ao Morro de Santa Teresa, em Porto Alegre.
O local, chamado de CHAPAQUISTÃO é dominado pelo tráfico. Mas é lá também que se encontra uma das
principais vozes de resistência contra o crime organizado e o tráfico de drogas na capital gaúcha: MANOEL
SOARES, presidente da Associação de Moradores e conselheiro nacional da Central Única das Favelas (CUFA).

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A repórter SAMANTA SALLUM percorreu o labirinto de um dos pontos de tráfico da ―PEDRA DA MORTE‖
na capital Gaúcha. No caminho se deparou com criminosos, viciados, e a perversa realidade do submundo da
droga nos morros e nas favelas. Samanta queria mostrar como era a vida dentro de uma área dominada pela
violência e pelas drogas. Mas seria impensável subir o morro com máquina fotográfica ou gravador. A única
forma de registrar a visita seria através de seus olhos e sua memória... Mas, como passar ao leitor a sensação de
medo e perigo que ela havia experimentado no CHAPAQUISTÃO. E como fazer isso sem expor a identidade das
pessoas que ela encontrou no caminho? A saída foi fazer uma reportagem em quadrinhos com o apoio do
ilustrador e quadrinista KLEBER SALLES.
O trabalho de SAMANTA SALLUM e KLEBER SALLES é inovador e pioneiro. Os alunos se mostraram
entusiasmados com a leitura desse novo gênero que leva a linguagem dos quadrinhos para o cotidiano do jornal.
Uma história vibrante, real e impactante, onde os jovens leitores conseguiram sentir o clima asfixiante que a
repórter viveu ao subir o morro e encontrar-se pessoalmente com os líderes do tráfico.
Lançando mão dessa linguagem dos quadrinhos utilizada para contar histórias verdadeiras e fazer
denúncias, oportunizou-se a compreensão, a crítica e o posicionamento dos seus alunos.
Por meio deste trabalho de leitura e reflexão, elucidou-se que a interpretação de um texto parte sempre
de algumas perguntas que podemos fazer sobre aquilo que lemos. Assim sendo, foram introduzidas algumas
questões interrogativas sobre esse trabalho inovador de Samanta e Kleber. Entre elas, se a união dos elementos
verbais e não-verbais, presentes no texto, oferecia credibilidade ao veicular informações através de uma
linguagem que toma como real um gênero ligado à ficção; e se o título ―CHAPAQUISTÃO, o território do
CRACK‖ antecipava o assunto central do texto.
O JORNALISMO EM QUADRINHOS se consolida cada vez mais como um meio para informar, refletir e
formar opiniões, como qualquer veículo e comunicação. Vale lembrar e frisar que as charges e cartuns também
são formas jornalísticas. Cartunistas como Henfil, Ziraldo, Jaguar, entre muitos outros, foram cronistas políticos
e do cotidiano na imprensa, e causaram muita dor de cabeça à censura e ditadura militar na época.

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Para um maior cálculo de sentido sobre profissões relacionadas à área de LINGUAGENS, os alunos foram
convidados a conhecer um pouco do trabalho do talentoso jornalista MANOEL SOARES – Presidente da
Associação de Moradores e Conselheiro Nacional da Central Única de Favelas (CUFA) – através de um
vídeo que foi parte do lançamento da Campanha ―CRACK, NEM PENSAR‖, realizada pela filial da Rede Globo –
RBSTV.
A proposta para a atividade ―PRODUZINDO NOTÍCIAS” procurou simular situações concretas, levando os
alunos a produzir sobre o gênero estudado e pesquisado. Pois a produção de textos deve ser significativa –
como tudo na relação ensino/aprendizagem. O aluno tem de saber o que está escrevendo, por que está
escrevendo, em que situação está escrevendo e para quem está escrevendo. Ao tomar consciência de que é
capaz de produzir textos de diversas modalidades em diversos contextos, para diversos interlocutores, sobre
diversos assuntos, o aluno percebe que possui um saber e que, portanto, o objeto da sua produção (o texto) pode
ser sentido como produto do seu trabalho, como reflexo de sua experiência de vida, como revelador dos seus
próprios pensamentos.
A linguagem é capaz de expressar infinitas idéias e informações, indo além da vida cotidiana, do "aqui e
agora". É capaz de levar às novas gerações o que foi vivenciado pelas mais antigas, permitindo uma manutenção
do que foi construído, ou criando as condições para possíveis transformações. Ela vai além do que é falado,
organiza pensamentos; faz-se presente nos sentimentos e nas percepções. Se é possível sentir sem o auxílio
das palavras, já a reflexão sobre este sentimento, no entanto, sempre se relaciona com a linguagem, que não se
constitui isoladamente, mas contém elementos que envolvem a socialidade e historicidade do indivíduo e de seu
grupo social; antecede não só aos sentimentos, percepção e ao pensamento; é próprio do indivíduo presente;
chega a ele como uma herança de seus infinitos antepassados.

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Relato das Atividades Semanais de Docência referente à 3ª Parte do Planejamento:

“INTERPRETANDO E ANALISANDO ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS”

Basta sairmos pelas ruas que tão logo nos deparamos com uma infinidade de faixas, cartazes, anúncios,
outdoors... Todos envoltos por um único objetivo: o de atrair a atenção do leitor mediante o ato comunicativo.
O discurso apresenta-se de forma variada – divulgando um determinado evento, como por exemplo, um
show, uma feira cultural, de moda, anunciando uma promoção referente ao comércio logístico, anunciando um
produto que acabara de ser lançado no mercado. Enfim, vários são os objetivos traçados por parte do emissor,
tentando persuadi-lo de alguma forma.
Diante de tal finalidade discursiva, a linguagem, necessariamente, precisa não somente ser clara e
objetiva, mas também, bastante atrativa. Para tanto, torna-se indispensável o predomínio de uma linguagem não

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só verbal, uma vez que imagens tendem a ser mais chamativas e, consequentemente, contribuem para a
concretização dos objetivos propostos. E, falando sobre linguagem, é essencial que saibamos sobre um aspecto
bastante peculiar – a presença de alguns recursos estilísticos voltados para a conotação, ou seja, passíveis de
múltiplas interpretações. Assim, metáforas, comparações, hipérboles, dentre outras, são indispensáveis.
Barbosa (2002) afirma que o ser humano necessita da interação com essa complexidade de textos
produzidos para se apropriar do conhecimento das diferentes formas de saberes articulados socialmente.
Destaca-se, nesta perspectiva, a língua como espaço de construção discursiva, relacionada com os
contextos existentes nas diversas esferas sociais.
Desta forma, não se pode subestimar a importância da interação na linguagem entre a voz do eu e a do
outro, ou seja, o processo da comunicação discursiva real acontece tanto na posição de ―falante‖ quanto na de
―ouvinte‖ que discorda, concorda, completa, aplica - essa atividade responsiva acontece desde o início da
conversa (BAKTHIN, 2003).
Nessa visão, a linguagem concebida como sistema mediador de todos os discursos, com a potencialidade
de mediar nossa ação sobre o mundo (declarando e negociando), de levar outros a agir (persuadindo), de
construir mundos possíveis (representando e avaliando), aumenta a necessidade e a relevância de novas
práticas educacionais relacionadas ao uso de um letramento adequado ao contexto social (MEURER, 2002, p.
10).
Desta maneira, trabalhar a linguagem por meio de gêneros textuais é uma das formas de explorar a língua
de uma maneira contextualizada e dinâmica, como também de desenvolver e organizar as práticas de leitura,
oralidade e escrita de acordo com a interação e o processo sócio-histórico.
No que tange ao ensino da Língua Portuguesa, é fundamental que se apresente aos alunos e que estes
conheçam textos em diferentes gêneros textuais para identificarem suas diferenças estruturais e funcionais, sua
autoria, o público a que se destinam. O trabalho com os gêneros dá condições para que o aluno se aproprie dos

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discursos presentes na prática social, sendo possível, através deste, desenvolver a oralidade, a leitura e a escrita
de forma imbricada, possibilitando, assim, uma comunicação eficiente. Sendo possível analisar o anúncio
publicitário e suas características, como: intertextualidade, texto lingüístico, público-alvo, imagens, significação
das cores, fontes e discurso.
A linguagem deste gênero textual, utilizado na publicidade midiática como um meio pelo qual o ser humano pode
entrar em contato com um universo totalmente abstrato e idealizado, capaz de convencer e nortear os seus
desejos mais recônditos e suas artimanhas encantadoras de persuasão, não pode deixar de ser analisada sob o
ponto de vista crítico e ideológico (GARCIA, 1988).
Referindo-se a esse tipo de linguagem, Carvalho (1996) comenta que a publicidade elabora um discurso,
uma linguagem que sustenta uma argumentação icônico-lingüística com fins de convencimento consciente ou
inconsciente do público-alvo.
Desta forma, este gênero utiliza elementos lingüísticos como frases curtas e concisas; palavras-chaves,
carregadas de significação; adjetivos; verbos; advérbios; imperativo; elipses; linguagem figurada e outros. Além
destes recursos, podem ser usados também modismos, gírias, regionalismos e neologismos, de acordo com o
contexto vivenciado pelo anúncio que está sendo elaborado.
Podemos dizer que o anúncio publicitário se caracteriza como um promotor de pesquisas e de avanços
científicos. Ele sempre esteve presente em todos os níveis de entendimento humano e a serviço de interesses
revelados ou não revelados. Ele cumpre com muita eficiência os seus objetivos propostos, é utilizado para testar
idéias e produtos ou provocar ações, e tem se tornado um poderoso mecanismo de dominação desde as mais
remotas origens da humanidade.
Afirmamos que o mesmo funciona como um estímulo motivador para sensibilizar e condicionar
psicologicamente os desejos do indivíduo, criando uma necessidade, através da repetição e da visualização,
principalmente no campo dos conceitos e das imagens, interferindo no comportamento individual e coletivo,
porque possui uma finalidade utilitarista que o aliena plenamente.

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O gênero anúncio publicitário se torna algo natural e simples, presente na vida social e individual dos
sujeitos, por meio de uma linguagem simbólica carregada de força e de poder.
Desta maneira, de acordo com Garcia (1988), as respostas provocadas pela linguagem simbólica no ser
humano podem induzir a diferentes sentidos, observados em todas as culturas e comunidades, desde grupos
mais primitivos até as sociedades mais complexas. A linguagem visual ou escrita de acordo com o gênero,
sempre provocará uma ação e uma reação. Contudo, há um acordo tácito, um contrato entre produtores e
consumidores (PINHEIRO apud DIONISIO et al, 2005, p. 275). E neste sentido, a linguagem significa uma
aproximação entre a realidade e uma ―liberdade‖ mesmo que fictícia e ilusória.
As mudanças, em textos midiáticos, objetivam a atrair e/ou atender exigências de audiências seletivas que,
muitas vezes não suportam o ―novo‖, com sabor de ineditismo, mas também não suportam o ―velho‖, totalmente
velho, sem maquilagens ou nova roupagem. Essa exigência conecta-se, com certeza, ao fato de os textos
midiáticos serem barômetros sensíveis às trocas culturais que manifestam na sua heterogeneidade a desordem
da natureza das trocas (PINHEIRO apud DIONISIO et al, 2005, p. 278).
Conhecer os aspectos que dizem respeito aos anúncios publicitários, os quais são ―apreciação valorativa do
agente produtor a respeito do tema dos destinatários, das relações sociais, institucionais e interpessoais da
parceria locutor-interlocutor na instância social‖ (CRISTOVÃO; NASCIMENTO, 2004, p.22), proporciona aos
sujeitos estarem aptos a discutir sobre os problemas sociais diversos, através de exposições e argumentações
ampliando os seus saberes, não se alienando ou se deixando manipular pelos mais diferentes meios de
comunicação, traduzindo os mais diferentes objetos para que haja uma interação social do sujeito com o seu
meio a fim de transformá-lo.

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ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 30/10/2009 a 04/ 11 / 2009

Na sociedade são diversas as esferas das atividades humanas nas quais circulam e são produzidos
diferentes gêneros discursivos. Eles podem estar presentes em jornais, revistas, slogans, cartazes informativos,
outdoors, internet e outros.
Com o desejo de interagir com essa complexidade de textos produzidos, a 3ª Parte do Planejamento
procurou tornar a aula de Língua Portuguesa um espaço de construção de sentidos, de relações com os diversos
tipos de textos existentes nas diversas esferas sociais.
Acredita-se que por meio do trabalho com gêneros discursivos, os alunos terão condições de ler nas
entrelinhas, desvelar e desmistificar as intenções, desenvolver uma fruição estética do seu próprio pensamento
quando em contato com todo e qualquer tipo de texto, pois o conceito de gênero discursivo não se limita a
considerar apenas aspectos estruturais ou formais do texto. Ele incorpora elementos de caráter social e histórico,
porque considera a situação de produção de um dado discurso, fundamental à compreensão e à produção de
textos (Barbosa, 2005).
Nesta etapa da Intervenção Docente em Língua Portuguesa no Ensino Médio, o gênero anúncio
publicitário foi escolhido para que o aluno amplie a sua visão de mundo, observando as relações de poder e
ideologias que podem estar presentes neste gênero, e conseqüentemente, transforme as suas atitudes e
maneiras de entender o anúncio publicitário. Esta percepção torna-se possível quando analisadas as formas de
produção e circulação destes textos, a linguagem, a relação entre palavra e imagem e todos os outros recursos
possíveis para persuadir ou provocar uma ação no interlocutor. Por isso, as atividades foram planejadas para que
o conhecimento do gênero ―ANÚNCIO PUBLICITÁRIO” provocasse no aluno a curiosidade investigativa e a

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capacidade de análise em relação à leitura crítica de textos verbais e não-verbais que são produzidos
socialmente.
O objetivo de trabalhar com este gênero é o de ampliar a visão do aluno em relação ao mundo,
observando as relações de poder e ideologias presentes no anúncio publicitário e em outros gêneros, com os
quais o educando pode entrar em contato no meio social em que vive.
A primeira aula ―Quantas vezes você já se rendeu à sedução de um anúncio?‖, aconteceu no dia 30 de
Outubro de 2009. Para a sensibilização inicial quanto ao tema a ser abordado, foi apresentado um anúncio
publicitário da SADIA, e em seguida, perguntou-se se aquele anúncio era sedutor. Após a observação da
imagem, os alunos responderam positivamente.
Através das explicações docentes, os jovens puderam entender que para despertar o desejo do
consumidor, um publicitário deve produzir campanhas criativas e atraentes. Embora a intenção final seja a
divulgação de uma marca ou de uma idéia, os anunciantes costumam focar na emoção do público e tentam a
persuadi-lo a comprar um objeto ou a aderir a um ponto de vista. Os recursos utilizados são os mais diversos:
ilustrações engraçadas, narrativas comoventes ou estimulação dos sentidos. E que o anúncio da SADIA
que foi lhes foi apresentado, pertence a uma campanha publicitária que remete o espectador aos prazeres do
convívio familiar e das refeições saborosas. Onde um jogo interessante é proposto com um recurso da língua
portuguesa: a marcação do plural. O efeito alcançado, ao final, relaciona a linha de produtos da empresa a
momentos agradáveis da vida do consumidor.
Após este primeiro momento, outros anúncios foram analisados com os alunos mostrando como o criador
da publicidade articula as linguagens e as estratégias argumentativas em prol do objetivo do anúncio, que é o de
vender um produto e/ou uma ideia.
Todas essas análises foram relatadas oralmente aos alunos junto com o anúncio.
No dia 04 de Novembro de 2009, aconteceram as duas aulas restantes desta 3ª Parte do Planejamento.
Depois das reflexões docentes da aula anterior, os alunos, trabalhando em grupos, analisaram um anúncio

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publicitário escolhido pelo professor para mostrar como o criador do anúncio construiu argumentativamente seu
intento, conforme havia feito o professor anteriormente. Para isso, tiveram que responder a questões elaboradas
pelo docente. Essas perguntas serviram de auxílio aos alunos na exposição oral que eles foram desafiados a
fazer sobre a publicidade, aos colegas da classe.
A exposição oral dos anúncios publicitários pelos grupos de alunos foi surpreendente. Os estudantes
mostraram aos colegas todas as estratégias e recursos linguísticos e visuais utilizados pelo produtor textual para
vender um produto e/ou uma ideia.
Depois da sequência didática que se iniciou no conhecimento do gênero, sua finalidade e meio em que
circula, passou-se à reflexão sobre estratégias textuais para a construção do sentido, finalmente, chegando o
momento de produção do gênero. Logo, a última aula foi dedicada à produção de um anúncio publicitário para ser
exposto no mural da escola, a fim de que os alunos pudessem se sentir prestigiados por suas idéias criativas e
argumentativas.
Na percepção do aluno quanto às estratégias e recursos utilizados pelo produtor dos anúncios publicitários
para vender um produto e/ou uma ideia, pude perceber que os estudantes foram capazes de identificar as
relações intertextuais presentes no texto, de ativar os conhecimentos prévios e de mundo, e ainda de realizar
inferências para o cálculo do sentido. Na criação do anúncio, os jovens demonstraram ter capacidade reflexiva e
de escolha quanto aos recursos de que dispõe a língua, bem como as estratégias de outras ordens, como o
layout, as cores, a disposição gráfica, as imagens, etc. Nesse momento a criatividade foi essencial.
Nesse planejamento, os alunos realizaram a leitura e análise da composição do gênero – ANÚNCIO
PUBLICITÁRIO – quanto ao seu conteúdo, sua estruturação e relações estabelecidas entre os interlocutores e
seu estilo. Estes conhecimentos proporcionaram a superação de uma leitura superficial e linear somente como
extração de informações, e os alunos passaram a perceber os discursos presentes nas diversas esferas sociais e
suas implicações sociais, históricas e ideológicas.

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ROTEIRO PARA REGISTRO DAS ATIVIDADES DOCENTES

Nome da Aluna: JANAINA DESIDÉRIO DO PRADO


Local do Estágio: COLÉGIO ESTADUAL LINOS CLUBE DE PARAÍBA DO SUL
Estado: RIO DE JANEIRO Município: PARAÍBA DO SUL
Nível/ Ano/ Turma de Estágio: 1º ANO DO ENSINO MÉDIO (SUPLETIVO)

Relato das Atividades Semanais de Docência referente à 4ª Parte do Planejamento:

INTENCIONALIDADE TEXTUAL – “ENTENDENDO AS FUNÇÕES DE LINGUAGEM”

Diferentes mensagens veiculam significações as mais diversificadas, mostrando na sua marca e traço, no
seu efeito, o seu modo de funcionar.
O funcionamento da mensagem ocorre tendo em vista a finalidade de transmitir — uma vez que
participam do processo comunicacional: um emissor que envia a mensagem a um receptor, usando do código
para efetuá-la; esta, por sua vez, refere-se a um contexto. A passagem da emissão para a recepção faz-se
através do suporte físico que é o canal.
Aí estão, portanto, os fatores que sustentam o modelo de comunicação: emissor, receptor, canal, código,
referente, mensagem.
Nem sempre foi assim. Na Antiguidade Clássica, Aristóteles fundou a Teoria do Pensamento, na qual a
linguagem era a externalização do mesmo. Sua função seria a expressiva. Logo surgiram críticas que contra-

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argumentavam que, então, quem não sabia se expressar não seria capaz de pensar. Posteriormente, Karl Bühler,
psicólogo austríaco, propôs uma nova teoria da linguagem, partindo de um modelo triádico: o destinador, no qual
as mensagens teriam caráter expressivo, sendo sua função expressiva; o destinatário, no qual as mensagens
teriam caráter apelativo, sendo sua função de sinal; o contexto, no qual as mensagens teriam caráter
comunicativo, sendo sua função descritiva. Desde então, a linguagem deixara de ser meramente a externalização
do pensamento, passando a ter o propósito de comunicar (MAGNANTI, 2001).
O lingüista, Jakobson (2005) ampliou a tríade de Bühler para seis funções da linguagem. Segundo ele, há
um perfil da mensagem para cada aspecto da comunicação: emissor, receptor, canal, código, referente e
mensagem. Quando o enfoque da mensagem for o aspecto comunicacional: referente, a função da linguagem é
referencial; quando for o emissor, a função é emotiva; quando for o receptor, é conotativa; quando for o canal, é
fática; quando for a mensagem, a função é poética; e quando for o código, é metalingüística.
A multiplicidade de funções da linguagem verbal possibilita a cada homem participar da sociedade,
integrando-se em um processo cultural mais amplo. Partindo do pressuposto de que a língua representa uma
cultura e tem, portanto, um valor de representação, inúmeros lingüistas desenvolveram hipóteses teóricas na
tentativa de descrever um conjunto mais amplo de funções.
É preciso esclarecer que as seis funções não se excluem - dificilmente temos, em uma mensagem,
apenas uma dessas funções. Entretanto, é engano pensar que todas estejam presentes simultaneamente. O que
pode ocorrer é o domínio de uma das funções; assim, temos mensagens predominantemente referenciais,
predominantemente expressivas, etc.
Embora se reconheça que o estudo das funções da linguagem, centradas nos componentes do ato da
fala, seja importante para perceber como o texto se constrói, é preciso lembrar que este estudo não deve se
restringir a si mesmo, como é comum em diversos livros didáticos de Língua Portuguesa. Esta orientação tem
trazido como conseqüência, para o estudante, uma visão estanque da linguagem, como se as funções pudessem
existir independentes umas das outras, desvinculadas dos mecanismos de construção da textualidade.

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Lingüistas como Lyons (1977), Brown e Yule (1983) retomaram o estudo das funções da linguagem, com
outras abordagens. Brown e Yule enfatizam a importância da análise da língua em uso e apontam apenas dois
termos para definir as mais importantes funções da linguagem: a transacional - relacionada com a expressão do
conteúdo - ,e a interacional, que expressa relações sociais e atitudes pessoais.
Atualmente, a tendência é considerar duas grandes funções da linguagem: a cognitiva ou referencial e a
pragmática ou interacional.
"A Pragmática é uma dimensão no estudo da linguagem que pretende compreender o estudo da língua
como meio de ação, de atuação sobre os ouvintes ou leitores. Ela leva em conta os interlocutores e o contexto de
situação. Quais são os elementos lingüísticos capazes de atuar no leitor? Eles são variados e ocorrem nos
diferentes níveis lingüísticos, isto é, na seleção vocabular (léxico), na construção sintática, no uso de figuras
(estilística) e nas estratégias semântico-pragmáticas ao apresentar idéias e argumentos." (Souza e
Carvalho,1992)
Ingedore Koch, em Linguagem e Interação, ao procurar descrever e explicar as estratégias lingüísticas
utilizadas pelo ser humano para interagir socialmente, discute as diferentes concepções de linguagem:
"A linguagem humana tem sido concebida, no curso da História, de maneiras bastante diversas, que podem ser
sintetizadas em três principais:

a) como representação ("espelho") do mundo e do pensamento;


b) como instrumento ('ferramenta") de comunicação;
c) como forma ("lugar") de ação ou interação.

A mais antiga destas concepções é, sem dúvida, a primeira, embora continue tendo seus defensores na
atualidade. Segundo ela, o homem representa para si o mundo através da linguagem e, assim sendo, a função
da língua é representar (= refletir) seu pensamento e seu conhecimento de mundo. A segunda concepção

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considera a língua como um código através do qual um emissor comunica a um receptor determinadas
mensagens. A principal função da linguagem é, neste caso, a transmissão de informações. A terceira concepção,
finalmente, é aquela que encara a linguagem como atividade, como forma de ação, ação interindividual
finalisticamente orientada; como lugar de interação que possibilita aos membros de uma sociedade a prática dos
mais diversos tipos de atos, que vão exigir dos semelhantes reações e/ou comportamentos, levando ao
estabelecimento de vínculos e compromissos anteriormente inexistentes. Trata-se, como diz Geraldi (1991), de
um jogo que se joga na sociedade, na interlocução, e é no interior de seu funcionamento que se pode procurar
estabelecer as regras de tal jogo."
Essa interação se realiza de maneiras diferentes conforme a modalidade de uso da língua: na língua
escrita, por exemplo, o emissor não está em intercâmbio direto com o receptor, e, por isso, a explicitação de
todos os elementos é fundamental para a compreensão da mensagem e o contexto extralingüístico deve ser
descrito em detalhe; na conversação natural, são muitas as informações que não precisam aparecer sob a forma
de palavras, já que o contexto situacional e os dados que falante e ouvinte dominam, um do outro, permitem a
seleção das informações que serão subtendidas.
Na língua falada, portanto, a compreensão não depende apenas de uma decodificação linear dos
componentes semânticos dos vocábulos utilizados no enunciado -- a compreensão deve ir mais além. É aí que
surge o conceito de implicatura conversacional, exigindo inferências por parte do interlocutor -- esse é o espaço
de estudo da pragmática.
Quando alguém se dirige a outra pessoa, dizendo: "Ufa, que calor, hein!", pode estar querendo abrir a
janela, ou ligar o ventilador, sem um pedido direto. A mensagem só será entendida se o interlocutor estiver ligado
na situação, decodificando possíveis gestos e expressões faciais do falante. Também as piadas são textos que
exigem inferências por parte do ouvinte, já que seu conteúdo ultrapassa o âmbito da mera significação das
palavras, jogando sim com uma contextualização mais ampla e com dados que são de conhecimento restrito de
um grupo social, de uma comunidade específica, de um momento histórico. Não é à toa que não entendemos

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piadas de americanos e ingleses, por exemplo, que se consideram grandes humoristas. Por não dominarmos as
referências culturais, contextuais ou situacionais das suas piadas, não conseguimos fazer as inferências
necessárias.
No entanto, nem só de mensagens verbais vive o ser humano. A linguagem participa de aspectos mais
amplos que apenas o verbo.
O corpo fala, a fotografia flagra, a arquitetura recorta espaços, a pintura imprime, o teatro encena o verbal,
o visual, o sonoro, a poesia — forma especialmente inédita de linguagem — surpreende, a música irradia sons, a
escultura tateia, o cinema movimenta etc.

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ATIVIDADES REALIZADAS NA SEMANA DE 05/11/2009 a 13/ 11 / 2009

Para entendermos com clareza as FUNÇÕES DA LINGUAGEM, é bom primeiramente conhecermos as


etapas da COMUNICAÇÃO. Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente quando
falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou quase todos) os
momentos. Comunicamos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os
documentos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo de ―boa noite‖.
É o que diz Bordenave quando se refere à comunicação: ―A comunicação confunde-se com a própria vida. Temos
tanta consciência de que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a sua
essencial importância quando, por acidente ou uma doença, perdemos a capacidade de nos comunicar‖.
(Bordenave, 1986. p.17-9)
A proposta de abertura desta última parte do Planejamento de Intervenção Docente constitui-se em uma
análise da função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução, mas para que
houvesse a compreensão e o uso dos sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização
cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação; foram
introduzidas algumas questões para revisar as etapas da comunicação.
No dia 05 de Novembro de 2009, iniciou-se a primeira aula retomando os conceitos básicos do PROCESSO
DE COMUNICAÇÃO por meio da capa do GUIA DO ESTUDANTE sobre o novo Enem e chamou-se atenção dos
alunos para os elementos textuais e gráficos que a compõem: chamada da capa, ilustração e boxes,
ressaltando conteúdos.
Para dar continuidade e ampliar esse estudo, os discentes foram desafiados a identificar o emissor, o
receptor e a mensagem principal da capa. Em seguida, tiveram que indicar esses elementos de comunicação.

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Através dessa sensibilização inicial acerca do tema a ser desenvolvido, elucidou-se que todo e qualquer ato
comunicativo produz uma mensagem, e que há muitas formas de estabelecer comunicação.
Após essa breve recordação do Processo Comunicativo, e da identificação dos seus elementos na capa da
revista, os alunos responderam, oralmente, a algumas perguntas orientadas ao cálculo de sentido. Entre elas,
―Que elementos procuram seduzir, persuadir o leitor?‖; ―O emissor consegue atingir seu objetivo de
convencer o estudante quanto à importância do GUIA para se preparar para o novo ENEM?‖; ―Qual é a
relação da chamada da capa com a imagem do estudante no primeiro plano?‖.
A segunda aula ―Qual a sua intenção?‖, aconteceu no dia 06 de Novembro de 2009, e as atividades foram
planejadas com o intuito de alertar os alunos para o fato de que qualquer mensagem – seja um texto, uma
charge ou um anúncio – tem uma função predominante, que expressa os objetivos de quem a produz.
Num primeiro momento, foi apresentada uma breve explanação sobre a vitória do Rio de Janeiro para
sediar os Jogos Olímpicos de 2016, e de que forma essa divulgação repercutiu na imprensa mundial. Assim, os
alunos tiveram subsídios para compreender a intencionalidade predominante na produção das notícias que
pipocaram nos veículos de comunicação. Sites de notícias, blogs, charges, tirinhas, jornais, anúncios
publicitários; cada um, à sua maneira, tinha uma intenção predominante conforme o propósito do autor –
emocionar o torcedor, informar o cidadão, ou associar uma determinada marca a uma mensagem.
Num segundo momento, os alunos refletiram que conforme a intenção da mensagem, o autor se concentra
mais em determinado elemento da comunicação. Resultando assim, as principais FUNÇÕES DA LINGUAGEM:
apelativa, que tem ênfase no receptor (aquele que recebe e interpreta a mensagem como o leitor); emotiva,
ênfase no emissor (aquele que articula e envia uma mensagem); referencial, ênfase no assunto; fática, ênfase
no canal de comunicação (meio); metalinguística, ênfase no código da língua; e poética, que possui ênfase na
própria mensagem.
A terceira e a quarta aula aconteceram no dia 11 de Novembro de 2009. Nessas duas aulas, dando
continuidade ao trabalho com as funções da linguagem, a compreensão pôde ser ampliada através da análise de

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vários gêneros textuais. Nas análises propostas, procurou-se elucidar que nenhum texto apresenta apenas e
exclusivamente uma única função da linguagem. E que há sempre uma função que predomina, mas ela nunca é
exclusiva.
Para trabalhar com as diferentes funções da linguagem, foram introduzidos vários exemplos, em diferentes
contextos, além de um maior aprofundamento nas explicações quanto à intencionalidade das notícias divulgadas
sobre o Brasil ser a sede das Olimpíadas de 2016.
Depois da sequência didática que se iniciou na análise das escolhas do produtor da capa da revista ―Guia
do Estudante‖, em relação à maneira que ele pretendia que o interlocutor lesse a revista/matéria da capa; no
conhecimento da intencionalidade predominante na produção de mensagens; passou-se à reflexão dos
elementos envolvidos em uma situação de uso da linguagem, e finalmente, na quinta aula realizada no dia 12 de
Novembro de 2009, os alunos puderam exercitar o que aprenderam no decorrer das aulas e produzir textos, ou
seja, ser autores de uma mensagem.
Antes de iniciar a produção de texto propriamente dita, foram apresentados trechos de poemas, resenhas,
sinopses, contos e artigo científico, versando sobre um mesmo tema; PAIXÃO. Em seguida, foi proposta a leitura
dos textos, levando em conta as informações e os argumentos contidos na coletânea, afim de que
desenvolvessem umas das propostas apresentadas.
As propostas de produção foram as seguintes: ―Criação de um texto, a partir do tema PAIXÃO, cuja
FUNÇÃO DE LINGUAGEM predominante fosse a EMOTIVA‖, e ―Com base na FUNÇÃO CONATIVA
(APELATIVA) DA LINGUAGEM, produção de uma propaganda, anunciando, como produto, a PAIXÃO por
alguém‖. Ainda foram introduzidas algumas sugestões que tinham por objetivo, auxiliar os discentes no
desenvolvimento da atividade.
Considerando que todo texto produzido tem a possibilidade de ser melhorado, aconteceu no dia 13 de
Novembro de 2009, a sexta aula que foi reservada para que os discentes pudessem refletir sobre suas produções

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após a correção fundamentada na metodologia de SERAFINI(1992), que deixa bem claro que há três razões
para utilizar os alunos na correção de textos: a primeira é que em geral eles são mais críticos e juízes que
produtores de texto; a segunda é que a correção feita pelos colegas é um excelente estímulo à escrita; a terceira
é que a correção entre colegas permite entre eles um diálogo que é muito limitado na relação aluno-professor.
A correção interativa permite que o autor do texto explique ao colega e para si mesmo aquilo que pretende
expressar.
À primeira vista, esta metodologia parece dar muito trabalho ao professor, mas não é assim. Lançando-se
mão da estratégia da correção interativa, aguça-se a curiosidade do aluno pela interação comunicativa como algo
que possibilite troca de conhecimento e experiências. Em pouco tempo, torna-se um mecanismo prazeroso, pois
os resultados positivos logo aparecem. Essa metodologia deixa bem claro que se pretende privilegiar a
abordagem da escrita como processo, e, sendo assim, é preciso entender o texto como fruto de um trabalho que
implica reflexão sobre a linguagem e conhecimento sobre a constituição e funcionamento da língua.
A proposta feita procura mostrar que o que se deve fazer é principalmente um ensino produtivo para a
aquisição de novas habilidades lingüísticas e para o desenvolvimento do prazer e da competência de escrever.
Acredita-se, então, que se possa avançar no estudo do processo / produto da produção textual como fenômenos
observáveis.
Ao final, as criações foram expostas no mural da escola. Divulgar os trabalhos dos alunos, além de ter sido
um momento prazeroso, também se constituiu em uma forma de incentivo para futuras produções.

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FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DO(A) ESTAGIÁRIO (A)

Nome da Aluna: JANAINA DESIDÉRIO DO PRADO


Local do Estágio: COLÉGIO ESTADUAL LINOS CLUBE DE PARAÍBA DO SUL
Estado: RIO DE JANEIRO Município: PARAÍBA DO SUL
Nível/ Ano/ Turma de Estágio: 1º ANO DO ENSINO MÉDIO (SUPLETIVO)

Durante o estágio fui capaz de demonstrar que sou aberta à crítica, pois sem liberdade para criticar,
nenhum elogio é válido.
Através da Ética Profissional, que já está inserida no meu caráter, ficou mais fácil firmar o compromisso de
auxiliar na formação de cidadãos capazes de atuar com autonomia e responsabilidade no meio social em que
está inserido.
Antes de iniciar minhas atividades de estágio, estava meio que preocupada se eu teria domínio dos
conteúdos, mas à medida que fui pesquisando entre um material e outro, socializando minhas dúvidas e
ansiedades, fui também adquirindo confiança, e a certeza de que eu poderia fazer uso dos meus conhecimentos
prévios para planejar aulas com metodologias renovadoras.
Sempre demonstrando interesse, e de que eu estava disponível para auxiliá-los no que fosse preciso,
consegui um ótimo entrosamento com a turma.
Consegui administrar meu tempo para que nenhum imprevisto me impedisse de manter a pontualidade.
Para que o processo de ensino e aprendizagem tivesse resultados satisfatórios, foi preciso que instaurasse
na sala de aula um clima de cooperação e interação entre todos. Então pude perceber que ao tomar esta atitude,

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eu estava atingindo a minha maturidade como futura docente de Língua Portuguesa, que além de ser líder, tem
que ser democrática.
Sempre soube que para um professor atingir os objetivos de seu planejamento, precisa não só do
conhecimento, como também da comunicabilidade e da criatividade. E analisando minha postura perante aos
alunos, posso garantir que a comunicação foi estabelecida em todos os momentos, e a criatividade pode ser
observada em minhas todas as minhas aulas que foram administradas durante o estágio de intervenção.

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