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08/09/2013

DEFINIÇÃO

 Registro contínuo e simultâneo da Frequência


Cardíaca Fetal, Contratilidade Uterina e
Movimentos Fetais no período anteparto ou
intraparto.

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA


UNASP Profª Me. Ivanilde M. S. Rocha

FUNDAMENTOS FISIOLÓGICOS CARDIOTOCOGRAFIA INTERNA

Sangue materno e fetal em


níveis adequados

Tecidos fetais capazes de utilizar


O2 Feto bem
oxigenado
Quantidade suficiente de Hb
para transportar o O2

Débito cardíaco fetal eficiente


para o transporte da HbO2

CARDIOTOCOGRAFIA EXTERNA CARDIOTOCÓGRAFO

Um transdutor no Fundo Uterino


Outro transdutor no Tórax Fetal

Tocodinamômetro

Cardiotransdutor

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CLASSIFICAÇÃO IMPORTÂNCIA

 Repouso ou Basal;  Orientação eficaz ao tocólogo;


 Estimulada: estímulo mecânico ou vibroacústico;  Análise imediata;
 Com sobrecarga:  Acurácia;
 Teste do esforço (Stemberg)
 Simplicidade e inocuidade;
 Teste do estímulo mamilar
 Facilidade de repetição.
 Teste da ocitocina

ÉPOCA IDEAL PARA


REALIZAÇÃO INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

 INÍCIO: 26 a 28 semanas de gestação.  Evitar jejum maior que 3 horas


 Abstenção do fumo por 2 horas
 PERIODICIDADE: variável, dependendo da  Posição livre
 Anotar drogas usadas que possam interferir nos
patologia materna e/ou e do resultado dos testes resultados
anteriores. Intervalos de 07 dias (em nível  PA: após alguns minutos de exame
 P: se taqui ou bradicardia fetal
ambulatorial), diários, repetições no mesmo dia e  T: se taquicardia fetal
até resgistros contínuos podem ser necessários.  Duração do exame: mínimo 20 minutos
 Estimulação fetal: toque ou estimulador vibroacústico

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

 POSIÇÃO DA PACIENTE: sentada em poltrona


confortável ou deitada em decúbito lateral  Após o exame, retirar papel no picote (não usar
esquerdo; tesouras ou réguas)

colocar corretamente os transdutores  Laudo – Ato médico

para evitar traçados duvidosos.  Explicar à gestante somente o essencial

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INDICAÇÕES INDICAÇÕES

 ANTEPARTO: patologias maternas, fetais e/ou  Para mulheres saudáveis, sem complicações na
placentárias; gestação, recomenda-se MOBILOGRAMA no
período anteparto e AUSCULTA FETAL

 INTRAPARTO: Trabalho de parto distócico, induzido INTERMITENTE no período intraparto.

ou estimulado  A CTG está indicada, neste grupo, nas gestantes


com alterações nas condutas recomendadas.

OBJETIVOS PROBLEMAS

 Avaliar indiretamente a oxigenação fetal  Aumenta ansiedade


 Identificar a depressão fetal  Aumenta o desconforto
 Estimar a reserva fetal  Diminui a mobilidade
 Permitir procedimentos oportunos e terapêutica  Diminui o contato com o acompanhante
fetal para evitar morte perinatal e dano
 Aumenta “desneCesárias”, ´Fórceps e Vácuo-
neurológico
extrações
 Otimizar a época do parto
 Decidir a via e o tipo de parto  Aumento os custos

CTG COMO TRIAGEM INTERPRETAÇÃO


 Limitações  DR. - Defina o Risco
 Baixa especificidade  CO – Contrações
 Traçado não tranqüilizador não prediz maus resultados  NI - Nível da linha de base
neonatais
 V – Variabilidade
 Valor preditivo baixo
 A - Acelerações
 Vantagens
 D - Desacelerações
 Alta sensibilidade
 O - Opinião
 Traçado tranquilizador prediz bons resultados

 Valor preditivo alto

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PARÂMETROS ANALISADOS NA CTG PARÂMETROS ANALISADOS NA CTG

 DEFINA O RISCO  CONTRAÇÕES UTERINAS: avaliar frequência,


Alto, baixo, com fator de risco
duração,coordenação, média.
Fatores de risco pré-natal
Fatores de risco intra-parto  MOBILIDADE FETAL: avaliar comportamento fetal
Reserva fetal (reposuso, vigília) através do número e tipos de
movimentos (isolados, múltiplos, ausentes…)

PARÂMETROS ANALISADOS NA CTG PARÂMETROS ANALISADOS NA CTG

 FREQÊNCIA CARDÍACA FETAL (FCF): -VARIABILIDADE: Alterações na FCF de 10 a 15bpm com relação
 Nível da linha de base (média da frequência dos BCF) a linha de base;
- São desejadas e mostram vitalidade fetal.
 Normal:
- Melhor preditor de bem-estar fetal.
 110-160 (TERMO)
 120 -160 (PRÉ-TERMO)  Ausente
 Bradicardia:
 Leve 100 – 110 (120)  Mínima: < 6bpm
 Acentuada < 100
 Taquicardia:
 Moderada: 6 a 25 bpm
 Leve: 160-180
 Acentuada: > 25 bpm
 Acentuada: > 180

 Padrão sinusoidal

PARÂMETROS ANALISADOS NA CTG ALTERAÇÕES DA FCF


 ACELERAÇÕES:
 Afastar situaçãoes, que nãos estão relacionadas com  Podem estar relacionadas com movimentos fetais
sofrimento fetal e que podem causar bradicardia (drogas, (transitórias) ou contrações uterinas (periódicas);
bloqueios cardíacos fetais…)e taquicardia  INÍCIO: 20ª semana de gestação;
(prematuridade, drogas, febre materna, …);  Primeiro padrão a alterar frente hípóxia;
 Afastar situaçãoes, que nãos estão relacionadas com  Padrão normal: amplitude 15bpm e duração 15seg
sofrimento fetal e que podem diminuir a variablilidade (10 bpm e duração 10 seg antes de 32 semanas de
(prematuridade, reposuo fetal…) gestação)

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es es

ALTERAÇÕES DA FCF DESACELERAÇÕES

 DESACELERAÇÕES:  PRECOCE OU CEFÁLICO (DIP I): queda uniforme,

 PERIÓDICAS: relacionadas com contrações uterinas. gradual (início até nadir > 30 segundos), coincide com o
pico da contração.
 DESACELERAÇÃO PROLONGADA: desacelerações
com duração maior que 03 minutos, relacionada com
hipotensão postural materna, bloqueios anestésicos,  TARDIO (DIP II): queda uniforme, gradual (início
hiperatividade uterina, compressões funiculares e até nadir > 30 segundos), ocorre após o pico da
duradouras. Quando são sempre patológicas. contração (decalagem 20 segundos);

DIP I -FISIOPATOLOGIA DIP II -FISIOPATOLOGIA


CONTRAÇÃO UTERINA
CONTRAÇÃO UTERINA

COMPRESSÃO DO PÓLO CEFÁLICO


CESSA A CIRCULAÇÃO ÚTERO-PLACENTÁRIA (feto utiliza O2 do espaço interviloso)
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

REDUÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL pO2 normal pO2 diminuido

HIPÓXIA LOCAL (ESTIMULO VAGAL)


NÃO HÁ HIPÓXIA HIPÓXIA
RESPOSTA VAGAL

AUSÊNCIA DESACELERAÇÃO

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CARDIOTOCOGRAFIA CARDIOTOCOGRAFIA
ANTEPARTO INTRAPARTO

CARDIOTOCOGRAFIA
INTRAPARTO DESACELERAÇÕES
• VARIÁVEL (DIP III ou UMBILICAL): início,
decalagem e formas variáveis, queda abrupta
(início para nadir < 30 segundos);

• ESPICA ou DIP 0: Desaceleração com duração <


15 segundos relacionada com compressão funicular
de curta duração ou soluço fetal, mais comum no
prematuro.

PADRÕES DE GRAVIDADE
DIP III -FISIOPATOLOGIA

CONTRAÇÃO UTERINA

COMPRESSÃO DO CORDÃO UMBILICAL

HIPÓXIA TEMPORÁRIA

HIPEERTENSÃO ARTERIAL FETAL

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PADRÕES DE GRAVIDADE DESACELERAÇÃO PROLONGADA

INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
 Opinião (interpretação dos resultados)

CONCLUSÃO DO TRAÇADO

 NORMAL: CTG onde todos os 4 parâmetros são da


categoria reativa

 SUBNORMAL: CTG onde 1 dos parâmetros e da categoria


hiporreativa e os outros 3 são da categoria reativa.

 PATOLÓGICA: CTG onde 2 ou mais parâmetros são da


categoria hiporreativa ou 1 ou mais parâmetros são da
categoria não reativa.

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FLUXO DE CONDUTAS

FLUXO DE CONDUTAS FLUXO DE CONDUTAS

 Quando a CTG subnormal é repetida e continua  Quando a CGT intraparto é subnormal ou patologica

com o mesmo padrão considerar propedêutica verificar se ha hipercontratilidade uterina e corrigi-la,

complementar antes de indicar a interrupção da antes de indicar a interrupção da gestação, através

gestação: perfil biofísico fetal, dopplerfluxometria, das seguintes medidas: suspender indução, administrar

CTG com sobrecarga (conforme o caso). uterolítico, oxigenação e hidratação maternas,


decubito lateral esquerdo.

EXEMPLOS ESQUEMÁTICOS CARDIOTOCOGRAFIA


DE CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO

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CARDIOTOCOGRAFIA CARDIOTOCOGRAFIA
INTRAPARTO INTRAPARTO

PADRÕES DE GRAVIDADE PADRÕES DE GRAVIDADE

DESACELERAÇÃO PROLONGADA DESACELERAÇÃO PROLONGADA

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REFERÊNCIAS Ufa, acabou…


ALSO – Advanced Life Support in Obstetrics (suporte Avançado
de Vida em Obstetrícia). 4ª ed.
FREITAS, F. et al. Rotinas em obstetrícia. 4ªed. Porto Alegre:
Artmed,2001. LOWDERMILK, D. L.; PERRY, S. E.; BOBAK, I. M. O
cuidado em enfermagem materna. 5 ed. Porto Alegre: Artmed,
2002.
 www.meac.ufc.br/obstetrícia/manual.../CARDOTOCOGRAFIA.
acessado em 05/09/2010
 IBC – Instituto Brasileiro de Cardiotocografia – 45º curso
teórico e prático (dados apostila), 2011.

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