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Nesta atividade você terá que analisar a crônica abaixo com base na segunda geração do

modelo social da deficiência (contribuições das autoras feministas).


Você deve:
a) Publicar um comentário apontando uma importante contribuição das autoras feministas
para o campo dos estudos da deficiência (entre 200 e 500 palavras).
Karla Garcia traz no seu relato a leveza e a pureza do ser rousseaniano tratando-se de
construções sociais acerca da deficiência. Seu sobrinho de apenas dois anos, convivendo com
pessoas com deficiência desde o seu nascimento, enxergava-a como algo comum, mais uma
identidade dentre tantas que abarcam o ser humano. Este é um levantamento elaborado já na
segunda geração do modelo social da deficiência, o qual obteve contribuições diretas de
autoras feministas, como Rosemarie Garland-Thomson, a qual criticou a visão determinista
produzida socialmente do corpo “normal”, sendo a sua alteridade o corpo que divirja desse
padrão, ou seja, o corpo com deficiência. Karla expõe como o tecido social, de maneira
retrógrada, não enxerga a diversidade de formas corporais como um fator inerente à espécie
humana, uma problemática excludente e que é evidentemente social, visto que, como a
blogueira mesma diz, até o seu sobrinho de dois anos é capaz de entender um pensamento
complexo desse.

Outro aspecto interessante citado pela autora da crônica é a origem do conceito de


normalidade presente no tecido social, classificando-a como relativa e desnecessária, afinal
“somos todos singulares, potenciais e limitados em alguns aspectos”. A deficiência cerca todos
os indivíduos ao longo de suas vidas e deve ser vista como um caráter intrínseco ao ser
humano, afinal, todos corremos riscos de sofrer lesões a qualquer instante, além de que vamos
todos envelhecer. É nesse sentido que a ativista dos direitos da pessoa com deficiência Eva
Kittay afirmou “todos somos filhos de uma mãe”, remetendo ao fato de que somos todos
interdependentes.

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