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Tradução:
Maria Lucília Ruy
2ª Edição
São Paulo
2020
Título original: La sinistra assente - Crisi, società dello spettacolo, guerra
copyright@2014 by Carocci Editore
ISBN: 978-65-990905-8-5
CDD 320
CDU 32
2020-2591
CONSELHO EDITORAL
Ana Maria Prestes Augusto Cesar Buonicore (in memoriam) Cláudio Gonzalez
Fábio Palácio de Azevedo Fernando Garcia de Faria João Quartim de Moraes
Júlio Vellozo Manuela D’Ávila Mariana de Rossi Venturini Nereide Saviani
Nilson Araújo Nilson Weisheimer Osvaldo Bertolino
Recordando com saudades
as apaixonadas discussões
com meu irmão Vito Luigi
SUMÁRIO
11 Entrevista
23 Prefácio
Alento para uma esquerda presente e lúcida | Walter Sorrentino
33 Introdução
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SUMÁRIO
A ESQUERDA AUSENTE DOMENICO LOSURDO
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SUMÁRIO
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SUMÁRIO
A ESQUERDA AUSENTE DOMENICO LOSURDO
Conclusão
Referência bibliográficas
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entrevista
A ESQUERDA AUSENTE E A GUERRA PRESENTE
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ENTREVISTA
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ENTREVISTA
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Durante séculos, no mundo liberal, direito de votar e ser eleito era so-
mente para os ricos, os proprietários. Isto é: o monopólio proprietário
dos direitos políticos. Os estratos populares não possuíam políticos.
Schlesinger Jr. disse que essa discriminação censitária está supe-
rada historicamente. Ele não compreende que ela foi superada graças
ao movimento comunista. No entanto, essa discriminação hoje está
representada de uma forma diferente, porque quem quiser se apre-
sentar como candidato se não tiver uma quantia enorme de dinheiro
não pode participar com alguma esperança de êxito. É por isso que
disse esse Schlesinger Jr. que a discriminação censitária, expulsa pela
porta, está retornando pela janela.
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ENTREVISTA
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ENTREVISTA
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ENTREVISTA
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prefácio
à segunda edição
Walter Sorrentino*
E
sta segunda edição brasileira do livro de Losurdo – A Esquer-
da Ausente: Crise, Sociedade do Espetáculo, Guerra – se dá num
contexto modificado, em medida significativa com relação à
anterior, datada de 2016 (na Europa originalmente foi editada em
2014). Em primeiro lugar, pela morte inesperada do próprio Dome-
nico, ocorrida num triste dia de junho de 2018. Foi-se um amigo
leal dos comunistas e de toda a esquerda brasileira, com seu jeito
simples, saudável ceticismo e ironia, inclusive quanto a si próprio,
de memória e cultura histórica espantosas. Poucos pensadores des-
se nível se dedicaram à teoria geral do conflito, como a intitulou, com
sua dialética radical que expôs as vísceras do liberalismo e fez uma
adensada crítica ao marxismo ocidental, renovando o arcabouço re-
volucionário marxista.
Não por acaso, sua obra recebeu uma fortuna crítica digna de
merecimento e que não para de crescer. No Brasil, seus livros fo-
ram publicados por diversas editoras, com várias reedições; o que
confirma palavras do próprio Domenico, cheias de graça, ao dizer
várias vezes que ele recebia mais atenção no Brasil do que em seu
próprio país… Medida maior ainda da mudança, Losurdo foi re-
ferência central recentemente, num assunto cheio de repercussão
cultural, pelo fato de Caetano Veloso, poeta-profeta da brasilidade,
admitir ter modificado sua relação com o liberalismo e estar reven-
do posições sobre o ideário socialista após ter conhecido a crítica
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PREFÁCIO
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A ESQUERDA AUSENTE
CRISE, SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, GUERRA
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Introdução
O
futuro historiador não poderá fazer menos do que ex-
pressar a sua surpresa por um fenômeno que caracteriza
a nossa sociedade e o nosso tempo. Por um lado, não é
difícil encontrar em livros, revistas e jornais análises realistas e
cruas da condição atual do Ocidente, dos problemas e dos dramas
do nosso presente. A crise econômica se entrelaça à crise política:
assiste-se – como observam respeitáveis estudiosos – ao exauri-
mento da democracia, que cede lugar ao poder da grande riqueza
e à “plutocracia”. Mas há no Ocidente uma esquerda capaz de
repropor esta análise e esta denúncia e sobre tal base articular um
projeto de luta, e de transformação política do existente? No que
se refere à política internacional, até mesmo órgãos de imprensa
– que de costume não se distinguem por sua coragem – deixam
escapar a admissão do caráter neocolonial assumido pelas mais
recentes guerras desencadeadas pelos EUA e pela Otan no Orien-
te Médio. Diante dos olhos de todos estão os horrores de Gaza
e a tragédia que o domínio e o expansionismo colonial de Israel
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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Ataque ao Estado de
Bem-Estar Social, barbárie
neocolonial, guerra.
O Ocidente e a esquerda
ausente
1.1. Declínio de uma “grande divergência” e ascensão de
uma outra
E
m comparação à Grande Depressão que irrompeu a partir
de 1929, a crise eclodida em 2008 no Ocidente – mesmo
que em meio a sinais brandos de recuperação e novas per-
turbações, e atingindo de modo desigual e inconstante diferen-
tes países e diferentes áreas –, no geral, não para de manifestar
os seus efeitos: é a calamidade descrita com precisão por Marx,
da qual os apologetas do capitalismo haviam imprudentemen-
te anunciado a superação. A devastação que dela derivou está
diante dos olhos de todos: “No final da década havia 50 milhões
de pobres nos Estados Unidos”, enquanto na União Europeia
havia “120 milhões de pessoas, ¼ da população, com risco de
chegarem à pobreza ou à exclusão social” (GALLINO, 2013, p. 9).
Dado que o Estado de Bem-Estar Social – desde sempre ausente e
ainda hoje debilitado nos EUA – vem se desmantelando na pró-
pria Europa, o número crescente de pobres se encontra cada vez
mais sem uma rede de proteção social. Alastram-se as demissões,
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Na verdade:
“As vítimas de hoje são em grande parte filhos e netos dos mem-
bros da classe operária e da classe média que foram afetadas,
principalmente nos EUA, pela estagnação dos salários ocorrida
desde os anos 1970 (...). Em outras palavras, a crise quando chega
não apenas sempre toca duas vezes, mas quando retorna fica
bem atenta para todas as vezes tocar à mesma porta de antes”
(GALLINO, 2013, p. 11).
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1- ATAQUE AO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL, BARBÁRIE NEOCOLONIAL, GUERRA.
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“Os 300 mil americanos mais ricos – que não são o famoso 1%,
mas sim uma elite ainda mais restrita: o 0,1% – (...), sozinhos, em-
bolsam uma cota do rendimento nacional que representa mais
da metade da receita ganha por 60% da população da parcela
baixa, isto é por 180 milhões de seus concidadãos” (RAMPINI,
2012, p. 22).
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“Os autores dessa fraude não se colocaram acima das leis, não
saíram fora do sistema, eles eram a lei e o sistema. Conseguiram
realizar, legalmente (ou quase), uma enorme transferência de ri-
queza (...) das classes pobres e médias para os bolsos dos ladrões
financeiros. Uma parte da oligarquia (quase) legalizou o roubo”
(IDEM, p. 147).
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Uma análise tão crua foi um apelo para fazer malograr o peri-
go que indicava? Nada disso:
“A este ponto, uma trégua prolongada é o único resultado que
não seria prejudicial para os interesses americanos (...). Há ape-
nas uma saída que pode ser favorável aos Estados Unidos: um
empate por tempo indeterminado. Imobilizando o exército de
Assad e seus aliados (Irã e Hezbollah) em uma guerra contra os
combatentes extremistas aliados do Al-Qaeda, quatro inimigos
de Washington estariam empenhados em uma guerra de uns
contra os outros e ficariam, por conseguinte, impossibilitados
de atacar os americanos e os aliados da América” (LUTTWAK,
2013).
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Sim:
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mente isso ocorreu a reflexão não veio a público. Mais uma vez
impiedosa se revela a ironia da história. À sua época, enquanto
se alastrava a carnificina do primeiro conflito mundial, foram os
bolcheviques que difundiram, junto com outros acordos do mes-
mo tipo, o pacto Sykes-Picot propriamente dito, e denunciaram
a realidade da partilha das colônias que se escondia por detrás
da ideologia da guerra de Prevenção, hipocritamente empenhada
em defender a causa da democracia e da paz no mundo. Hoje
em dia, o novo Sykes-Picot foi de fato endossado pela secretária
de um sindicato que ao longo da história se distinguiu inclusive
na vanguarda da luta anticolonialista e antimilitarista, e por uma
figura de destaque de um “diário comunista” que geralmente de-
senvolveu, e desenvolve, um significativo papel na oposição às
aventuras bélicas do poder dominante.
Da mesma forma que em relação à sucessão de guerras neo-
coloniais também no que se refere ao agravamento do perigo de
guerra em larga escala, é fraca, ou totalmente inexistente, a res-
posta da esquerda ocidental; enquanto isso, vão se ampliando os
focos de um conflito que pode ser catastrófico e, inclusive, cruzar
os umbrais de uma guerra nuclear. E se poderia dizer até que
esteja apagada da memória histórica uma grande época de luta
contra a guerra e os perigos da guerra!
Certamente, o quadro que se afigura da esquerda no Ocidente
varia de país para país. Aqui e ali se notam sintomas de recupera-
ção, enquanto – já dado como morto – o movimento comunista dá
sinais de vida. E, no entanto, no geral falta uma resposta adequa-
da aos processos de desemancipação em curso e aos graves peri-
gos que se delineiam no horizonte. Como explicar – a esta altura
da situação – a ausência, nos EUA e na Europa, de uma esquerda?
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2
O mundo capitalista-
imperialista como
“mundo livre”?
N
ão há dúvida: nos Estados Unidos e na também Euro-
pa, e talvez mais do que nunca, continua com crédito
a ideologia que foi imposta com a eclosão da Guerra
Fria, que representa o atual mundo capitalista-imperialista como
o “mundo livre”, ou como a ilha da liberdade (e da civilização)
rodeada por um violento e ameaçador oceano de países que não
compreendem e não conseguem assimilar plenamente o valor da
liberdade. No entanto, exatamente por causa do êxito alcançado
ao longo da Guerra Fria, as condições dentro do Ocidente piora-
ram.
À sua época, A sagrada família percebeu que, em relação à ques-
tão social e à miséria em massa, o Estado burguês se limita “a fe-
char os olhos e a declarar que certas oposições reais não possuem
caráter político, e que elas não lhe causam aborrecimento”, dado
que possuem caráter meramente privado (MARX, ENGELS,
1955-1989, vol. 2, p. 101). Na verdade, justamente o movimento
que foi iniciado por dois pensadores e militantes revolucionários
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(1) Para a análise do unipartidarismo competitivo e para a história da sua consolidação nos EUA e no
Ocidente ver LOSURDO (1993), cap. 5, §§ 2 e 4 e cap. 8, § 4.
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2. O MUNDO CAPITALISTA-IMPERIALISTA COMO “MUNDO LIVRE”?
tos de colaborar com o Irã” (OLIMPIO, 2003). Para ser mais exato,
vimos que mesmo contribuir, ou ser suspeito de contribuir, com o
projeto ou a produção de drones iranianos pode ser fatal. E, então,
seja iraniano ou não, basta a suspeita, e a suspeita de desenvolver
uma atividade por si só – mesmo se considerada inadmissível pe-
los EUA e por Israel – torna legítimo que seja proferida a conde-
nação à morte. Sem falar, para além disso, dos “líderes dos grupos
palestinos” que, “onde quer que se encontrem”, podem ser assas-
sinados com a ativa colaboração, ou com o tácito consentimento,
de Washington. A “kill list” tende a aumentar cada vez mais. Ape-
sar do abrandamento da tensão entre o Ocidente e a república is-
lâmica, de maneira nenhuma se dissipou o perigo de guerra e do
retorno – antes até de um eventual início de hostilidades – das exe-
cuções extrajudiciais de cidadãos iranianos ou de outros países.
Trata-se de uma prática que foi usada primeiro pelo país que se
autoelogia, e é elogiado por seus aliados e adeptos, como a única
democracia existente no Oriente Médio. Ainda no início deste sé-
culo, um respeitável periódico estadunidense criticou duramente
as execuções extrajudiciais realizadas por Israel e “a política ina-
ceitável de assassinar líderes palestinos suspeitos de organizar
ataques” (The Washington Post, 2001). Nos dias atuais, graças aos
EUA, essa prática passou por uma difusão em escala intencional-
mente planetária e se tornou uma trivial rotina. E o burocrata que
atualmente se encontra no centro dessa rotina pode até se vanglo-
riar pelo Prêmio Nobel pela paz.
Sim, os drones exterminadores estadunidenses não conhecem
limites. Operam, por exemplo, no Paquistão. Certamente, o go-
verno e a opinião pública protestam indignados seja pela viola-
ção da soberania, por obra de um país teoricamente aliado, seja
pelo considerável e crescente número de vítimas inocentes: em
alguns vilarejos na fronteira com o Afeganistão o efeito combina-
do de execuções extrajudiciais e danos colaterais parece que teria
resultado em uma espécie de dizimação (BECKER, SHANE, 2012).
As manifestações de protesto se tornam cada vez mais intensas e
raivosas, mas nem assim se observam em Washington sinais de
inquietação e de reflexão.
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Sociedade do
espetáculo, terrorismo
da indignação e guerra
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a realidade, a viragem de 1989-1991 não é o bastante para
explicar o abatimento que ainda afeta a esquerda no Oci-
dente, apesar da crise econômica e política e da sucessão
de guerras desencadeadas em violação do direito internacional,
de natureza claramente neocolonial e portadoras de catástrofes
em escala bem mais ampla. Convém aprofundar a análise, investi-
gando as mudanças ocorridas no interior da metrópole capitalista.
Para compreendê-las começamos a nos questionar sobre uma ob-
servação feita por Marx nos anos 40 do século XIX:
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(1) Para além do bem e do mal, 26; sobre tudo isso ver LOSURDO (2002), cap. 32, § 2.
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* Centro aparelhado para a produção cinematográfica em escala industrial; o nome da “Città del Ci-
nema” (Cidade do Cinema), projetada em Roma pelo regime fascista e inaugurada em 1937 (Nota da
tradutora).
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“O ELK sabe que não tem condições de, sozinho, derrotar os sér-
vios. A técnica adotada é a de provocar os sérvios, assassinando
policiais e civis, à espera de que a sua reação se diferencie pela
brutalidade e seja desprezada pela população civil, como fre-
quentemente ocorre, de modo a fazer com que haja intervenção
da Otan e dos americanos” (MOROZZO DELLA ROCCA, 1999,
p. 16-17).
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tadas pelo veto dos EUA. Neste caso, mesmo uma censura branda,
destituída de consequências militares, econômicas ou diplomáticas,
foi considerada por Washington intolerável.
Aliás, a crise líbia irrompeu quando as tropas da Arábia Saudita
intervieram em Bahrein para respaldar a dura repressão executa-
da por autoridades locais. Sobre este último aspecto, foi eloquente
o testemunho reproduzido no International Herald Tribune:
A ainda:
E não foi só isso: “nos últimos dias as coisas vão muito pior”.
Mesmo antes da repressão, a violência já ocorria na vida cotidiana:
a maioria xiita foi obrigada a amargar um regime de “apartheid”.
O aparato de repressão foi reforçado (e ainda é) por “mercenários
estrangeiros” e “tanques, armas e gás lacrimogêneo” estaduni-
denses. Determinante foi (e é) o papel dos EUA, como esclareceu
o jornalista do International Herald Tribune, referindo-se a um epi-
sódio por si só esclarecedor:
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fazer triunfar uma tese que não apenas era destituída de “prova”
como também tinha contra si a “prova” da foto do avião de guerra
pilotado por um dos “mais experientes” pilotos rebeldes. Após a
intervenção da Otan, novamente a Líbia ficou consideravelmente
indefesa e desarmada em relação a seus inimigos que a tinham
bombardeado impunemente, matando milhares e milhares de lí-
bios (civis na maior parte), sem medo de serem atacados. No en-
tanto, o dogma apregoado por Washington e nas capitais euro-
peias continuou valendo exatamente enquanto dogma: em outras
palavras, do mesmo modo que contra os verdadeiros bombardea-
mentos a Líbia de Gaddafi também ficou impotente contra o bom-
bardeamento multimidiático ocidental e o uso soberano ocidental
das categorias.
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4
M
ais do que ao presente, o terrorismo da indignação pode
ser ligado ao passado. É possível, por assim dizer, fazer
uma imagem – verdadeira ou falsa, mas seja como for
meticulosa e instrumentalmente selecionada – grudar em um con-
corrente, um inimigo em potencial, um inimigo a ser desacredita-
do ou, mais exatamente, para ser exposto ao escárnio da opinião
pública internacional. Ao recordar todo ano a tragédia da Praça
Tienanmen, no início de junho os meios de comunicação ociden-
tais reapresentam infalivelmente a fotografia do jovem chinês que,
desarmado, enfrenta com coragem um tanque do exército. A men-
sagem que se quer transmitir é clara: quem desafia a prepotência
e o despotismo é um combatente pela liberdade ao qual o Ociden-
te não se cansa de render homenagens, e apenas no Ocidente ele
pode encontrar a sua pátria escolhida.
Mas realmente tudo é tão óbvio? Realmente não há espaço
para dúvida e indefinição? Procurar refletir um pouco, antes de
internalizar e tornar verídica a mensagem maniqueísta que nos é
mostrada, ou que se procura impor, é só sinônimo de uma postu-
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haverá paz nos Bálcãs “até que Milosevic não seja corrompido,
derrotado ou arrastado para fora do poder num caixão” (HOA-
GLAND, 2000).
Ao “criminoso de guerra” procurado pelo “tribunal interna-
cional” até tinha sido oferecido muito dinheiro, além da liberda-
de, com a condição – bem entendido – de que cedesse à vontade
dos patrões do mundo. Caso contrário... Para além de uma pes-
soa concreta, um povo inteiro foi mantido na mira, e não apenas
pela ameaça da continuação, a qualquer custo, de um embargo
devastador: “os Estados Unidos enviaram porta-aviões ao Adri-
ático poucos dias antes da votação, quase como se eles já estives-
sem preparados para o pior” (BILOSLAVO, 2000). Não faltaram,
no entanto, as maquinações. Se tivesse votado de modo politica-
mente correto, o povo iugoslavo teria se livrado do embargo, do
perigo de morrer de fome e de frio; ou melhor, teria sido genero-
samente ajudado a consertar o que foi destruído e curar as feridas
ocasionadas pelos mesmos que se faziam de salvadores enviados
pelo céu.
E, no entanto, por mais pesadas e infames que fossem, apenas
chantagens e ameaças não bastavam para fazer prevalecer a von-
tade da Otan. Queria ali uma “revolução”. Procuramos recons-
truí-la confiando exclusivamente em jornais e revistas de grande
credibilidade e comprovadamente anticomunistas. Comecemos
com “Il Giornale”, um diário italiano ultrarreacionário que, justa-
mente por isso, não sentia necessidade de formalidades verbais.
Já o título era de uma clareza inequívoca: “Assim a América em
pouco tempo inventou o anti-Slobodan” (isto é, anti-Milosevic).
Mas vejamos o conteúdo por escrito (tenha-se presente que se tra-
ta de um artigo veiculado antes da consagração formal do triunfo
de Vojislav Koshtunitsa):
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A construção do
universalismo imperial
A
s declarações universalistas que procedem de Washin-
gton são repetidas, insistentes, intimidatórias e mesmo
ultimativas: portanto, elas nos levam a pensar que tal po-
lítica representa uma constante na história dos EUA. Pois bem,
não poderia haver conclusão tão precipitada e tão falaciosa! Na
realidade, temos de lidar com um país há muito tempo defensor
do protecionismo econômico e político-ideológico. No que se re-
fere ao primeiro ponto, basta refletir sobre uma circunstância: em
meados do século XIX, para desenvolver a sua indústria nacional
a União não hesitou em consentir até mesmo a (sanguinaríssima)
guerra de secessão e o confronto com os estados do Sul, prejudi-
cados pelas altas tarifas alfandegárias que permitiam a decolagem
da indústria do Norte, e tornavam muito difícil a exportação dos
produtos agrícolas do Sul.
No que se refere ao “protecionismo” político-ideológico, ele
foi mostrado com clareza pela doutrina Monroe. Os governantes
de Washington anunciaram ao mundo: decididos a permanecer
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(1) Sobre tudo isso, ver LOSURDO (1992), cap. 12, § 1; (1997), cap. 14, §§ 11-12.
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Do colonialismo ao
neocolonialismo:
descontinuidade e
continuidade
O
universalismo imperial não tem dificuldades em justifi-
car ou enaltecer as guerras que, no próprio Ocidente, ter-
minaram sendo reconhecidas como guerras neocoloniais
pelos círculos e órgãos de imprensa, embora alinhados com o po-
der dominante. Mas o colonialismo não tinha acabado de uma vez
por todas com a conquista da independência da parte das ex-co-
lônias? Na realidade, se observarmos com mais atenção, podemos
constatar a persistência do conflito entre colonialismo e anticolo-
nialismo; tanto que está bem longe de terminar.
Desde o seu início, a política de sujeição dos povos deparou-se
com a resistência das suas vítimas. Mas durante todo um perío-
do histórico, essa resistência precisou ter em conta as relações de
força desfavoráveis e, portanto, seus resultados foram limitados
e de curta duração. Pensamos, para dar um exemplo tirado da
história da América Latina, na série de rebeliões que culminaram
em 1780-1781 na revolta de Túpac Amaru, descendente dos anti-
gos governantes Inca, que procurou ganhar para a sua causa os
negros, libertando-os dos grilhões da escravidão. Partindo do sul
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não declarada durante anos, mas nem por isso menos sangrenta:
Washington tinha patrocinado os bandos armados dos contras,
tinha imposto um bloqueio econômico e militar, tinha destruído
os portos. Já arruinada e esgotada, com uma faca no pescoço –
em uma situação internacional que anunciava a invencibilidade
da então única superpotência –, a grande maioria do povo nica-
raguense decidiu que não havia mais chance de êxito para a re-
sistência e, portanto, confiou o poder ao partido pró-americano,
aferrando-se à doutrina Monroe. Mas tudo isso ainda não bastava
para Washington. Em julho de 1991, enquanto a URSS se debatia
agonizante, em viagem para Moscou Bush pai apresentou decla-
rações, assim resumidas pelo título de um dos mais importantes
diários italianos: “Em Moscou pedirei a cabeça de Castro”. O jor-
nalista mencionaria depois o ponto de vista do presidente esta-
dunidense: a presença de um regime comunista “a oitenta milhas
do nosso litoral é intolerável” (CARETTO, 1991). E novamente foi
evocada a doutrina Monroe que parecia a ponto de obter o seu
triunfo mais estrondoso.
Para completar o quadro internacional, é preciso enfim ter pre-
sente que a morte do marechal Tito, em 1980, abriu novos espaços
para a intervenção do Ocidente e dos EUA nos Bálcãs, que estava
sob a proteção da Rússia da qual alguns analistas e estrategistas
estadunidenses anunciaram uma subsequente fragmentação.
É verdade, em 1979, em Teerã triunfou uma revolução com forte
caráter antiamericano; mas em seguida ocorreu a providencial
guerra contra o Irã, desencadeada pelo Iraque de Saddam Hussein
– que, sob os olhos benévolos dos EUA, não hesitou em recorrer,
em larga escala, às armas químicas. O resultado foi o sangramento
e o enfraquecimento dos dois adversários e o subsequente
fortalecimento de Israel (e dos EUA) no Oriente Médio.
Parecia, portanto, incontrolável o avanço do Império; na rea-
lidade, com a radical viragem geopolítica ocorrida entre 1989 e
1991, iniciava-se a terceira etapa da luta entre colonialismo e anti-
colonialismo. Podemos assim resumir essa luta: a primeira etapa
vai da Revolução de Outubro (e do apelo à resistência enviado por
Lênin aos escravos das colônias) a Stalingrado e à derrota ocorri-
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série de guerras (de caráter mais ou menos colonial) das quais por
enquanto não se avista o fim.
Mas para compreender essa viragem não basta referir-se à mu-
dança do quadro político internacional. Há uma outra circunstân-
cia que devemos levar em conta e que convém analisar a partir
de um tempo bastante longínquo. Quando, em 1840, os navios de
guerra ingleses se perfilaram no litoral e em cidades da China, os
agressores dispunham de poder de fogo de várias centenas de ca-
nhões e podiam disseminar destruição e morte em larga escala,
sem o temor de serem atacados pela artilharia inimiga, cujo alcan-
ce era bem mais reduzido. Foi o triunfo da política das canhonei-
ras: ela não se limitava mais a atacar povos destituídos de organi-
zação estatal articulada, mas se arremetia contra uma civilização
milenar e um Estado que tinha dado provas de extraordinária es-
tabilidade ao longo de sua história. O grande país asiático foi obri-
gado a ceder, e a amargar, a partir daquele momento, o “século
das humilhações”.
Hoje em dia, a assim chamada Revolution in Military Affairs “Re-
volução nos Assuntos Militares” (RMA, na sigla em inglês) criou
em inúmeros países do Terceiro Mundo uma situação parecida
àquela enfrentada pela China por ocasião das guerras do ópio.
Ao atacar a Líbia de Gaddafi, a Otan realizou tranquilamente mi-
lhares e milhares de bombardeamentos, e não apenas não sofreu
nenhuma perda como também nem mesmo correu o risco de vir
a sofrê-la. É um dado real: a renovada desproporção tecnológica
e militar relança as ambições e as tentações colonialistas de um
Ocidente que, como demonstra a aclamada autoconsciência e falsa
consciência que continua a mostrar, recusa-se a realmente acer-
tar as contas com a sua história. E não se trata apenas de aviões,
navios de guerra e satélites: ainda mais clara é a vantagem com a
qual Washington e os seus aliados podem contar no que se refere
à capacidade de bombardeamento multimidiático.
À grande desproporção de forças (no plano militar e
multimidiático) corresponde uma dupla jurisdição que abre
uma profunda fissura entre os povos em condições coloniais
ou semicoloniais, de um lado, e povos “civilizados” e potências
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por mim citado várias vezes, ressalta que ele pode contar sobre o
apoio fornecido pelas Organizações Não Governamentais (FER-
GUSON, 2005, p. 11-13 e 15). Não é de se espantar: os missionários
cristãos de antigamente favoreceram fortemente o expansionismo
e o domínio colonial do Ocidente, e hoje os frequentes ativistas pe-
los direitos humanos assumiram o lugar dos missionários cristãos
de outrora.
Inúmeras, múltiplas e variegadas são as ONGs e, consequen-
temente, amplo é o espaço que se abre às agências e aos serviços
secretos das grandes potências. Há alguns anos, causou rebuliço
o reconhecimento, que involuntariamente escapou, do então mi-
nistro das relações exteriores francês, Bernard Kouchner, conhe-
cido defensor das guerras “humanitárias”, durante a sua visita a
Jerusalém: “Oficialmente não temos contatos com o Hamas, mas
oficiosamente existem inúmeras organizações internacionais, em
particular francesas, que entram na Faixa de Gaza e nos fornecem
informações” (NAVA, 2008). Foram “informações” úteis apenas
para a França ou também para Israel e para as contínuas execuções
extrajudiciais e os bombardeamentos constantes? Não faltam nem
mesmo ONGs, claramente influenciadas pelo Ocidente, que, seja
de modo dissimulado ou cauteloso, procuram fomentar a quebra
ou então o desmembramento da China. Leiamos uma correspon-
dência de Pequim publicada no International Herald Tribune:
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sam por isso também os direitos civis e políticos que, inclusive nos
países de sólida tradição liberal, sofrem pesadas restrições quan-
do a segurança nacional está em perigo. No entanto, a “liberdade
de não sentir medo” é desviada do campo de atenção das ONGs
de maneira ainda mais radical do que a “liberdade de não passar
necessidade”. Os processos de Nuremberg e de Tóquio, que pu-
seram um ponto final na Segunda Guerra Mundial, condenaram
os réus também, e principalmente, como culpados pelo desenca-
deamento da guerra. E em 24 de novembro de 1948, ao confirmar
as sete condenações à morte emitidas pelo Tribunal de Tóquio, o
general MacArthur afirmou: “Que a Providência Todo-Poderosa
recorra a essa trágica expiação como símbolo para prevenir todas
as pessoas de boa vontade a se darem conta da total inutilidade da
guerra – o flagelo mais terrível e o maior pecado da humanidade
– e consiga em definitivo que todas as nações a ela renunciem”
(HARRIES, HARRIES, 1987, p. 172). Da condenação à morte por
ter fomentado uma guerra, e assim violado o direito humano à “li-
berdade de não sentir medo”, às guerras desencadeadas em nome
da defesa dos direitos humanos dos quais, porém, termina exclu-
ída a “liberdade de não sentir medo”: as ONGs são corresponsá-
veis por essa infeliz inversão!
Contudo, por mais extraordinária que seja, essa inversão é com-
preensível. Para levar a sério a “liberdade de não sentir medo” se
deveria reconhecer que hoje os EUA são os primeiros a colocá-la
radicalmente em questão, ou eliminá-la por completo, pois insta-
laram poderosas bases militares em todos os cantos do mundo e se
reservam o direito soberano de atacar todos os países. E o mesmo
esquecimento que envolve a “liberdade de não passar necessida-
de” não se explica apenas com o triunfo do neoliberalismo. É pre-
ciso não perder de vista a dimensão geopolítica do problema. Va-
mos tentar levar a sério a “liberdade de não passar necessidade”.
É necessário então reconhecer uma verdade ignorada e desusada:
o país que mais se distinguiu na concretização desse fundamental
direito humano foi a República Popular da China que, mesmo de-
pois de um penoso processo de aprendizagem, retirou centenas de
milhões de pessoas da miséria absoluta; aquela miséria absoluta
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mas que até aquele momento ainda não tinha conseguido se tornar
um regular frequentador e protegido da Casa Branca. Nos anos da
Guerra Fria os EUA precisaram agir com cautela: mesmo Taiwan
era decididamente contra a independência do Tibete. Mas com a
crise cada vez mais grave e já no horizonte o aniquilamento do
“campo socialista” e da União Soviética, era Pequim o novo alvo
da política de Washington e... do júri do Prêmio Nobel pela paz!
Depois do presidente estadunidense Obama, em 2010 foi agra-
ciado com o Prêmio Nobel pela paz um outro adversário da Re-
pública Popular da China, Liu Xiaobo. Eu disse “adversário” pelo
motivo já visto: Liu Xiaobo não se limitou a condenar o governo
de Pequim; ele expressou a sua nostalgia pela tão curta duração da
dominação colonial ou semicolonial, imposta a um país de grande
e antiga civilização, a partir das guerras particularmente hedion-
das como as do ópio; enalteceu o período anterior à fundação da
República Popular da China, que poderia ser simbolizado pelo
cartaz, já mencionado, no qual chineses são comparados a cães.
Entre os primeiros a se alegrarem com essa escolha estava a
senhora Shirin Ebadi. A “dissidente” iraniana, Prêmio Nobel pela
paz de 2003, esclareceria logo depois que não se tratava tanto de
homenagear uma pessoa, e sim para além disso de expor ao ridí-
culo um país por ela assinalado como responsável por todas as
maldades, desde o apoio a ditaduras no plano internacional até a
“exploração dos operários” no plano interno. Naturalmente, nesse
quadro não há espaço nem para as ditaduras impostas ou protegi-
das pelo Ocidente (por exemplo, no Irã do xá), nem para a retirada
de centenas de milhões de pessoas da fome, como havia ocorrido
no grande país asiático; não havia espaço para os fundamentais
direitos humanos da “liberdade de não passar necessidade” e da
“liberdade de não sentir medo”. E assim a “dissidente” e “Prêmio
Nobel pela paz” pôde divulgar a sua Cruzada: era preciso boico-
tar “os produtos chineses” e “limitar o mais possível as mudanças
econômicas e comerciais com a China” (MAZZA, 2010). Foi um
apelo a uma guerra comercial de efeitos potencialmente devasta-
dores. Uma pergunta se impõe: Prêmio Nobel pela paz ou pela
guerra (ainda que inicialmente apenas fria)?
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Ainda mais porque o que foi expressado por Liu Xiaobo não
é uma simples opinião. Se apenas a ficção política pode imaginar
um retorno ao poder do nazismo na Alemanha, sobre a China con-
tinua a pesar de uma maneira ou de outra a pressão das grandes
potências que no passado provocaram a sua “crucificação” ou a
sua catástrofe. Podemos, porém, chegar a uma conclusão: é bem
difícil identificar a causa dos “dissidentes” com a causa da demo-
cracia, muito menos com a causa da democracia nas relações in-
ternacionais, da qual eles são inimigos implacáveis e declarados.
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Contrarrevolução
neocolonial e “pivot”
antichinês
É
muito mais necessário e urgente refletir sobre a história
do colonialismo velho e novo pelo fato de a situação
internacional e o conflito de longa data entre colonialismo
e anticolonialismo estarem a ponto de sofrer uma viragem.
Com a guerra contra a Líbia e com o “novo Sykes-Picot” que foi
concebido no Oriente Médio, vemos surgir uma nova divisão de
trabalho no âmbito do imperialismo, obviamente sob o comando
de Washington, mas não destituída de contradições em seu
interior. As grandes potências coloniais tradicionais, como a
Inglaterra e a França, se concentram no Oriente Médio e na África,
enquanto a Alemanha – como demonstra a atitude assumida por
esta por ocasião da crise iugoslava e depois ucraniana – concentra
as suas atenções e estende o seu ativismo para os Bálcãs e a Europa
oriental; os EUA poderiam, assim, transferir cada vez mais o seu
dispositivo militar para a Ásia visando com o “pivot” à República
Popular da China.
Voltamos assim ao país surgido daquela que pode ser definida
como a maior revolução anticolonial da história. Não se trata ape-
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8
P
erseguida pelo terrorismo da indignação ligado ao presente
ou ao passado, a esquerda como um todo não sabe opor
uma real resistência à ofensiva reacionária; ou melhor, não
poucas vezes a ela se soma, às vezes tratando até de se distinguir
como um dos seus protagonistas mais zelosos e intransigentes. Ao
menos no que se refere à política internacional, desenvolveu-se
uma dialética às vezes amargamente divertida.
Vejamos o que ocorreu em 1999 por ocasião da guerra contra
a Iugoslávia. Os estrategistas, os estudiosos da geopolítica e os
analistas políticos mais familiarizados em relação ao poder polí-
tico e militar no Ocidente falavam uma linguagem que remetia
de modo explícito aos interesses materiais, às relações de força,
mas também ao caráter benéfico e envolvente do Império. Alguns
anos antes do início dos bombardeamentos, na mais respeitável
imprensa estadunidense já se podia ler: “Parece que as regiões que
por algum tempo foram governadas pelo Império otomano se tor-
naram o centro do terceiro Império americano”: o primeiro se es-
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ses, mas eles não constituirão uma classe”, ainda mais que há um
“aparato estatal” que é “potente” e tem condições de controlá-los;
de outra parte, algo de semelhante ocorreu quando Lênin “adotou
a Nova Política Econômica” (DENG XIAOPING, 1992-1995, vol. 3,
p. 142-143; cf. LOSURDO, 2013, cap. 8, § 7).
Certamente, não faltaram (e não faltam) desvios, desafios
e perigos. E, no entanto, “as tentativas iniciais da parte das em-
presas estrangeiras de conquistar o mercado interno da China,
em setores como o automobilístico e dos produtos industriais,
não tiveram êxito” (HARVEY, 2007, p. 150). À mesma conclusão
chegou um historiador conservador britânico: as multinacionais
estadunidenses esperavam colonizar o grande país asiático e es-
tavam convencidas de poderem se valer, com tal objetivo, das
Zonas Econômicas Especiais. Na realidade, elas permitiram que
a China adquirisse “um know how tecnológico de vital importân-
cia” (FERGUSON, 2008, p. 585-586). E agora dito com as palavras
do autor marxista britânico: “A China foi aberta, mesmo que sob
uma severa supervisão do Estado, ao comércio com o exterior e
aos investimentos estrangeiros, pondo fim ao seu distanciamento
do mercado mundial” (e da tecnologia mundial mais avançada)
(HARVEY, 2007, p. 140). Pode-se acrescentar que à sua época Mao
levou em consideração acelerar o retorno à pátria mãe de Hong
Kong e de Macau, justamente com o objetivo de impedir a política
de estrangulamento econômico e de apartheid tecnológico prati-
cada por Washington; as colônias ainda não recuperadas podiam
desempenhar, em escala mais reduzida, a função mais tarde atri-
buída às Zonas Econômicas Especiais.
E novamente se impõe a questão: à luz de tudo isso, qual o sen-
tido em se falar, a propósito do novo percurso iniciado por Deng,
de neoliberalismo e até de “confluência com a onda neoconser-
vadora que está se alastrando pelos Estados Unidos”? (IDEM, p.
173). Para tornar plausível tal imputação basta remeter à “rápida
polarização social”, ao fato de que “foram aprofundadas as desi-
gualdades regionais” (IDEM, p. 164) e que foi cancelada a “tigela
de ferro de arroz” com base na qual aos trabalhadores emprega-
dos na economia pública (mas não aos camponeses), independen-
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(1) Para as referências a Hegel e ao debate do século XIX sobre a questão social, bem como para as
sucessivas referências a Constant e Hansemann, que aparecem neste parágrafo, ver LOSURDO (1992),
cap. 8, § 5 e cap. 10, § 5.
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Mas, por mais memorável que seja, esta lição parece ter sido
totalmente esquecida. Certamente, depois do processo da radi-
cal secularização que ocorreu nesse ínterim, hoje em dia não se
fala mais de “amor cristão” e de “caridade” (cristã), como faziam
Schleiermacher e Stahl, respectivamente; mas não é diferente o
significado da homenagem feita por Sloterdijk à “beneficência”, à
“generosidade”, à “doação”, à “ética da doação”. E vai na mesma
direção a advertência de Robert Nozick (1981, p. 35 e 247): pode-se
até apelar a um indivíduo rico para que faça um “sacrifício” em
benefício dos pobres, mas “ninguém tem autorização para impor
isso, e muito menos um Estado e um governo”; de resto, se alguém
decide obter uma sociedade mais ou menos igualitária, ninguém o
impede de “transferir uma parte, ou todas, das suas propriedades
de modo a se aproximar o máximo possível da realização (pelo
menos temporária) do modelo que deseja”.
Ao recorrer a uma linguagem mais coloquial, o atual neoli-
beralismo gosta de assumir muitas vezes movimentos rebeldes
e mesmo anarquistas. É uma tendência que encontra a sua ex-
pressão mais completa no “anarco-capitalismo”, que continua
a sustentar o velho dogma conservador da absoluta inviolabi-
lidade da propriedade privada e da esfera da economia, mas
agitando a nova e mais cativante bandeira de um antiestatismo
tão radical que se aproxima do anarquismo! E não por acaso o
“anarco-capitalismo” tomou pé, sobretudo nos EUA (pensando
particularmente em Murray N. Rothbard), onde desde sempre
as tentativas de introdução do Estado de Bem-Estar Social são
tachadas pelo conservadorismo hegemônico como sinônimo de
despotismo e totalitarismo.
Mas, hoje manifesta-se um fenômeno novo e assombroso. O ne-
oliberalismo radical de Sloterdijk, enquanto gerou ríspidas e exas-
peradas polêmicas nos círculos liberais, pôde contar amplamen-
te com a simpática reação de Žižek. Este reservou a sua ironia à
“(previsível) oposição ressentida da esquerda contra Sloterdijk” e
contra a “revolução cultural” planejada por este último. Segundo
Žižek, é paradoxal que a “premissa misantrópica” seja “defendida
com grande força justamente por aquele setor da esquerda que de
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vos negros e terras (em última análise, extorquidas dos nativos). Por
detrás do “Estado de Bem-Estar Social” fascista e nazista (2) está a
história do Ocidente colonialista e liberal em seu conjunto.
Aliás, na Alemanha o nazismo chegou ao poder quando, após
a Grande Depressão, o Estado de Bem-Estar Social da república
de Weimar já havia sido desmantelado. Antes de entregar o po-
der a Hitler e de se tornar por algum tempo o seu vice-chanceler,
Franz von Papen declarou: seria preciso acabar com a pretensão
de “transformar o Estado numa espécie de Estado assistencial, en-
fraquecendo assim as energias morais da nação”; era necessário
acabar de uma vez por todas com o “socialismo de Estado” (in:
PEUKERT, 1996, p. 160). O Terceiro Reich reforçou as “energias
morais da nação” colocando-as à prova na conquista do Império
colonial a ser construído no Leste; o “Estado de Bem-Estar Social”
e o “socialismo do sangue bom” do qual falavam, respectivamen-
te, Hitler e Himmler eram o oposto do Estado de Bem-Estar Social
e do socialismo que nasceram na Alemanha com a revolução de
novembro e, indiretamente, com a Revolução de Outubro.
Não resiste a uma análise séria o balanço histórico feito por
Hayek, infelizmente assinado por Foucault. Um e outro – que com
desenvoltura buscam aproximar o socialismo marxista, o “socia-
lismo do sangue bom” e o Estado de Bem-Estar Social que Hitler
se propôs a construir, expropriando e escravizando as raças “infe-
riores”, ou submetendo nações ao domínio colonial – demonstram
considerar irrelevantes exatamente a questão colonial e a opressão
racial. Na realidade, se hoje existe algo que de algum modo pode
levar a pensar no “Estado de Bem-Estar Social” caro ao nazismo
são os constantes incentivos financeiros que recebem nos EUA
aqueles que, para fugir da miséria, se alistam no exército, e que
só podem ter esperanças de obter uma melhoria das condições de
vida, e algumas vezes até a cidadania estadunidense, à medida
que se empenharem nas guerras neocoloniais e imperiais decidi-
das por Washington.
(2) Para Virgínia ver LOSURDO (2005), cap. 2, § 6; e para o “Estado de Bem-Estar Social” colonialista no
nazismo e na tradição à qual dá continuidade, e a clara antítese em relação a tudo isso apresentada por
Lênin, ver LOSURDO (2013), cap. 6, § 5.
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(3) Cf. LOSURDO (2013), para as três frentes da luta de classe; (2010), cap. 3, § 3 para a luta anticolo-
nislista do movimento socialista; cap. 3, § 8, para a “profunda amargura” de Lênin.
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Conclusão
O novo quadro
mundial, os crescentes
perigos de guerra e
a dispersa esquerda
ocidental
T
oda viragem histórica exige das forças políticas em campo
uma reflexão profunda: é preciso proceder a uma análise
da nova situação que veio a ser criada e definir uma estraté-
gia a seguir. Trata-se de uma regra geral que, no entanto, vale em
particular para os movimentos e as organizações que não se reco-
nhecem na ordem existente e se dedicam a um processo de trans-
formação e a um projeto de emancipação; isto é, vale em particular
para a “esquerda”. Não há dúvidas em relação à radicalidade da
viragem histórica que foi produzida e que ainda está em curso.
O Terceiro Mundo, o conjunto dos países que têm como re-
ferencial um período mais ou menos prolongado de dominação
colonial e semicolonial, passou do estágio político-militar para o
estágio político-econômico da luta pela independência nacional. O
que Lênin chamou de “anexação política” – isto é, o domínio colo-
nial direto exercido sobre um povo ao qual era negado o direito de
se constituir como Estado nacional independente – foi amplamen-
te dissipado. Resta a “anexação econômica”, nos dias atuais incre-
mentada pela ameaça militar (representada por uma gigantesca
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Este livro foi impresso em outubro de 2020, pela Gráfica
RenovaGraf, em São Paulo, para a Editora Anita Garibaldi.
Composto com a fonte Palatino Linotype corpo 11/15.
O papel do miolo é Polen Soft LD 80g/m2 e o da capa Supremo
Alta Alvura LD 300g/m2, com acabamento Soft Touch.
Tamanho do livro: 15,5x23cm