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Entre Belerofonte e Quimera
Entre Belerofonte e Quimera
ISBN 978-85-67589-44-2
entre belerOfOnte
e a quimera:
Reflexões sobre a Ciência
na Contemporaneidade
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
RONDÔNIA – IFRO
CAMPUS COLORADO DO OESTE
REITOR
Uberlando Tiburtino Leite
DIRETORA DE ENSINO
Salete Borino
DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
Eduardo Norberto Aquino
entre belerOfOnte
e a quimera:
Reflexões sobre a Ciência
na Contemporaneidade
ISBN: 978-85-67589-44-2
SOBRE OS AUTORES................................................................................................................139
APRESENTAÇÃO
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fórmulas químicas, desmistificar algumas crenças e credos sobre
os solos amazônicos.
O capítulo seguinte, Meio Ambiente e Sociedade: transformação
e história, escrito pela professora Roberta Carolina Ferreira Galvão
de Holanda (IFRO), apresenta uma interessante discussão sobre
o avanço do consumismo na sociedade capitalista ocidental e a
consequente transformação e deterioração do meio ambiente.
Em Trabalho, consumo e preservação ambiental: discurso
capitalista para uma prática inerente ao sistema, o acadêmico
Marcos Antonio Oliveira Rodrigues (IFRO) e o professor William
Kennedy do Amaral Souza (IFRO), amparados pelo diálogo entre
as teses de Marx e muito dos seus interlocutores contemporâneos,
apresentam como os discursos do capitalismo objetivam a práticas
mais simbólicas do que reais, em torno da preservação ambiental.
A professora Beatriz dos Santos de Oliveira Feitosa (UFMT), no
capítulo intitulado Entre os “imprescindíveis” e os “redundantes” —
olhares sobre as relações de trabalho no Brasil, nos apresenta, por
meio de discursos de trabalhadores, mapas de violência e outras
fontes, a problemática relacionada entre o avanço do “progresso” e
as relações de trabalho no Brasil.
O professor Alisson Diôni Gomes (UNIR), no capítulo VI,
intitulado A Ciência, a Tecnologia e o Desenvolvimento: Em busca
de um caminho voltado para o homem apresenta uma reflexão
sobre como a produção científica e tecnológica contemporânea
podem fornecer subsídios para um desenvolvimento humano, de
fato, em meio a muitos absurdos oriundos do capitalismo.
A produção de verdades científicas, em torno das questões
de gênero e sexualidade na história, é a temática central do
capítulo VII, intitulado Ciência, gênero e sexualidade: A influência
epistemológica dos estudos de gênero no discurso biológico, escrito
pelos professores Emerson R. de A. Pessoa (UNIR), Franciele
Monique Scopetc dos Santos (UNESP) e Gustavo Piovezan (UTFPR).
O capítulo que fecha esta coletânea é o escrito pelos
professores Raphaela Rezzieri (UNEMAT) e João Paulo Rossatti
(UFMT), intitulado Arte e Ciência: Contribuições para a pesquisa
social na contemporaneidade. Através de uma breve abordagem
histórica, esse texto apresenta a consonância entre arte e ciência
na transformação da sociedade ocidental.
Boa leitura!
Os organizadores
9
CAPÍTULO I
O “Prometeu acorrentado”:
à guisa de uma introdução
Introdução
Era intenção, aqui, fazer uma introdução sobre a construção do co-
nhecimento científico, seus métodos de investigação e publicação. Mas,
após a analogia realizada entre a metáfora de Prometeu acorrentado e
a nossa ciência atual, por Mauro Henrique Miranda de Alcântara no pri-
meiro capítulo deste livro, nossas colocações tornam-se dispensáveis e
até irrelevantes.
Apenas como contextualização, podemos citar que o processo de
construção do conhecimento científico, e das tecnologias decorrentes
desse, é predominantemente acumulativo. A Ciência do Solo, como nesse
aspecto não difere das outras áreas, está inserida nesse cenário.
À medida que se acumula conhecimento sobre a natureza e as
propriedades do solo, podem-se construir modelos teóricos sobre a dinâ-
mica dos diversos processos que ocorrem no mesmo de modo que pos-
teriormente seja possível desenvolver inovações, originando processos
tecnológicos (como técnicas de manejo de solo) ou novos produtos (como
inoculantes ou fertilizantes). Essa inovação tecnológica; sendo incre-
mental ou radical, ou mesmo quando restrita a um contexto peculiar de
investimentos em tempo, recursos e conhecimentos; é produto do conhe-
cimento adquirido pela coletividade.
Há quarenta anos, o Brasil estava se reorganizando no âmbito da pes-
quisa agropecuária. Com relação aos órgãos governamentais, destaca-se a
criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no início da déca-
da de 1970; e a criação dos primeiros programas de Pós-Graduação na área
e subáreas da Ciência do Solo, nas Universidades Federais e em algumas
Estaduais, onde hoje se concentra a maior parte da capacidade criativa
e inovadora. Reconhece-se, portanto, o significativo avanço obtido pela
Ciência do Solo nesse período. Podendo pressupor que os profissionais
possuem melhor formação e criticidade para enfrentar os desafios que se
colocam frente à contínua modernização da agricultura brasileira.
Figura 1. Trajetória em linha reta entre Porto Maldonado, Peru, e a foz do Rio Amazonas,
formando um relevo macrorregional plano
1 Solos que passaram por longo processo de intemperismo. O intemperismo, por sua vez, é
conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e
decomposição das rochas, e a consequente formação do solo.
2 Solos lateríticos são formados pelo processo de laterização, o qual se caracteriza pela
ocorrência de intensa lixiviação de bases, que ocorre pelo excesso de chuvas, formando
solos profundos, ricos em óxidos de ferro e alumínio. Quando o processo é muito intenso
pode e a laterização é quase total, o solo se chama laterita, após desidratação originam-se
crostas, cangas e concreções, que impedem o desenvolvimento das raízes.
3 Lixiviação é o processo de extração de uma substância presente em componentes sólidos
através da sua dissolução em um líquido. Portanto solos lixiviados são aqueles que perde-
ram nutrientes, por percolação no perfil, a partir da dissolução dos mesmos em água.
4 Solos que sofreram pouca atuação das forças do intemperismo. Ainda se encontram no
início do processo de formação.
5 Solos pouco desenvolvidos. Possuem o horizonte B incipiente, que resumidamente, ca-
racteriza-se pela presença de 4% ou mais de minerais primários, elevada relação silte/
argila (acima de 0,7), capacidade de troca de cátions acima de 17 cmolc dm-3 e 5% ou
mais do volume do solo apresenta estrutura da rocha original.
6 Presença de minerais de argila de alta atividade expansivos, que devido aos movimen-
tos de expansão e contração dos minerais formam fendas e “slickensides” (superfícies
de fricção), ou estrutura cuneiforme e, ou, paralepipédica, em quantidade e expressão
insuficientes para caracterizar o próprio horizonte vértico.
7 Solos minerais, formados sob condições de restrição à percolação da água, sujeitos ao
efeito temporário de excesso de umidade, de maneira geral imperfeitamente ou mal dre-
nados, que se caracterizam fundamentalmente por apresentar expressiva plintitização
com ou sem petroplintita
8 Solos constituídos por minerais de argila de alta atividade e expansivos. Em época seca
apresentam fendas profundas, e evidências de movimentação da massa do solo, sob a
forma de superfície de fricção (slickensides). São desenvolvidos normalmente em am-
bientes de bacias sedimentares ou a partir de sedimentos com predomínio de materiais
de textura fina e com altos teores de cálcio e magnésio, ou ainda diretamente de rochas
básicas ricas em cálcio e magnésio.
9 Solos com B textural de argila de atividade alta, saturação por bases alta, ligeiramente
ácidos a alcalinos e pouco profundos.
Figura 10. Renovação da vegetação do Yellowstone National Park (EUA) após um grande
incêndio em 1988.
Considerações finais
Com essa explanação, podemos observar que o processo de cria-
ção e disseminação do conhecimento e o conflito de interesses entre
atores da sociedade como o poder público, o mercado privado e a mídia
podem vir a criar mitos em relação a determinados assuntos.
Com relação à Amazônia, consideramos que esses mitos se tor-
naram verdadeiras crenças pregadas e seguidas por muitos, por moti-
vações e interesses diversos, os quais não foram objeto de nossa dis-
cussão. Objetivamos, apenas, contribuir para a desmistificação dessas
“verdades” absolutas.
Como não rompemos aqui nenhum paradigma com relação ao
processo de construção do conhecimento atual, utilizamos para nossa
análise as mesmas ferramentas inerentes ao método científico, resul-
tados pautados na observação e experimentação. Entretanto, nos per-
mitindo usar da subjetividade e inferências, valores esses intrínsecos
ao ser humano.
Com isso demonstramos três aspectos principais relacionados
ao bioma amazônico: a) a Amazônia não é constituída de solos inva-
riavelmente de baixa fertilidade, mas sim de um mosaico de solos de
fertilidade variável; b) a floresta amazônica não é o pulmão do mundo
e a sua retirada por meios naturais ou antrópicos não resultaria, em
longo prazo, em consequências sérias ao ciclo do carbono, pois o pla-
neta possui mecanismos de sequestro não relacionados à floresta; c)
Considerações Finais
Uma crise socioambiental vem se estabelecendo no mundo: polui-
ção de solos, rios e da atmosfera, contaminação por elementos-traço
e agrotóxicos, tragédias, doenças e mortalidade tem sido amplamente
divulgadas. A História revela que problemas atuais são o reflexo de
problemas que já ocorreram no passado.
O consumismo tem colaborado para o desperdício e para a degra-
dação do meio ambiente. O lixo eletrônico é um exemplo de fonte de
contaminação que, associado ao modo de produção agrícola, gera um
passivo ambiental que talvez jamais seja remediado.
O Brasil é referência na elaboração de leis que visam proteger o
meio ambiente, mas o cumprimento dessas leis está limitado ao pe-
queno número de agentes ambientais, o que possibilita mecanismos
de descumprimento das leis e até o próprio conhecimento das leis que
não são divulgadas na medida em que deveriam sê-lo.
Introdução
Na sociedade regida pelo capital, o movimento real das classes e
de seus antagonismos é transformado em algo invisível. O trabalhador
e o capitalista são vistos como agentes dos imperativos do consumo. Os
planificadores desse modelo de sociedade querem nos fazer crer que as
classes não são portadoras de projetos, são apenas compradores ávidos
da última moda transformada em necessidade. A propósito da questão
em causa, Dias (1998), em um artigo muito esclarecedor, destaca que:
Para os seus teóricos e práticos o capitalismo apareceu
sempre como o fim da história, plena realização da
espécie humana, negação da existência de classes
antagônicas. Para eles os antagonismos são coisas do
passado. Capital e trabalho são parceiros ativos (p. 45).
Considerações finais
Esse aparelho produtivo, criado pelo capitalismo ocidental, indus-
trial, moderno, é incompatível com a preservação do meio ambiente, por
sua matriz energética e por sua forma de funcionamento, que inclui o
agronegócio, o uso de pesticidas, entre toda uma série de características
que mostram que esse aparelho produtivo não serve. Temos que pensar
em uma profunda transformação, não só das relações de produção, mas
do aparelho produtivo.
Mas não é só isso: precisamos pensar em uma transformação do pa-
drão de consumo. É insustentável o padrão de consumo do capitalismo
moderno, mas há uma diferença enorme entre o consumo ostentatório
das elites dominantes e o consumo das classes populares: uns comem
feijão e milho e outros compram iates enormes, helicópteros, etc. Não é
a mesma coisa. Não é o que come milho que vai ter que comer menos mi-
lho. É o que compra palácios de luxo que deve reduzir drasticamente seu
consumo ostentatório.
Além disso, segundo Löwy (2014), existe no capitalismo algo que se
chama “obsolescência planificada dos objetos de consumo”. Dentro do ca-
pitalismo, os objetos de consumo já têm, em sua própria concepção, sua
obsolescência prevista para o mais rápido possível. Todo mundo sabe que
a geladeira de quarenta anos atrás durava quarenta anos, e as geladeiras
de agora duram três anos. Isso é necessário: para o capital vender mais
Entre os “imprescindíveis” e os
“redundantes” — olhares sobre as
relações de trabalho no Brasil
Beatriz dos Santos de Oliveira Feitosa
Introdução
A existência lhes foi negada, da mesma forma que um
espaço próprio no Lebenswelt (mundo da vida). Foram
desse modo destruídas — porém com uma destruição
criativa. “Eliminar”, afirmou admiravelmente Mary
Douglas, “não é um movimento negativo, mas um esforço
positivo para organizar o ambiente”.
A Ciência, a Tecnologia e o
Desenvolvimento: Em busca de um
caminho voltado para o homem
(II) após o fim da guerra, da qual foi o país que teve mais
baixas — tanto civis quanto militares — e para a qual
uma das consequências foram grandes estragos em sua
infraestrutura interna, a URSS se recuperou em um
curtíssimo período de tempo, e já no início da década
de 1950, mostrava que já se encontrava recuperada do
conflito (MARTENS, 2003; MARCOU, 2013).
Vale destacar que tal feito foi alcançado sem apoio externo. Neste
período, os Estados Unidos chegaram a oferecer apoio por meio do Plano
Marshall, mas tal apoio não foi aceito, pois tinha como uma de suas con-
dições a aceitação, por parte da URSS, da inspeção de sua infraestrutura
por parte de técnicos vinculados ao Plano (MARCOU, 2013), o que, tendo
em vista o contexto posto, poderia significar um problema de segurança
nacional. Desta forma, observa-se que, contando apenas com suas pró-
prias forças, a URSS foi capaz não apenas de se levantar dos escombros
da guerra, como também sair dela como a segunda potência econômica e
militar do planeta, fazendo frente a hegemonia estadunidense.
Outro exemplo que pode ser tomado como um demonstrativo da
potencialidade do socialismo é Cuba. Este país passa, sobretudo após o
fim da URSS, por numerosas dificuldades materiais, fruto do embargo
econômico que por mais de cinquenta anos lhe foi imposto pelos EUA,
e apenas recentemente foi posto abaixo. Ainda que nestas condições,
Cuba mostra uma série de importantíssimas conquistas sociais, e seus
sistemas de educação e saúde são reconhecidos como exemplos por ins-
tituições de grande prestígio em nível global. No que tange ao campo
da educação, o sistema cubano é reconhecido pelo Banco Mundial como
18 Os textos citados pelo autor que forem apresentados aqui serão referenciados no final
deste artigo, como forma de dar ao leitor um meio — por mínimo que seja — para que pos-
sa se reportar ao texto original, caso assim deseje. A referência será feita conforme os
métodos do autor citante.
Com base nestes elementos, Losurdo (2004) afasta a tese de que te-
ria havido uma implosão, um colapso ou um desmoronamento da URSS
e de boa parte do mundo socialista no início da década de 1990, dando
preferência à terminologia “ruptura” (break-up), utilizada pelo próprio
serviço secreto dos EUA, para se referir ao fenômeno.
19 Castro figura no Guiness Book como a pessoa que mais sofreu tentativas de assassinato
ao longo de sua vida, totalizando 638 delas (UOL NOTÍCIAS, 2011). O Jornal Tribuna
Hoje (2014) divulgou uma entrevista concedida por um ex-guarda costas de Castro ao
portal RT Notícias (2014) em que são relatadas, de acordo com o jornal, as dez formas
mais curiosas que a CIA se utilizou para tentar assassinar o líder cubano, dentre as
quais se destaca um charuto explosivo, que “tão potente que poderia explodir sua ca-
beça pelos ares”. Além desta, “um plano de esboço médio [!] foi elaborado para colocar
sal de tálio (um produto químico usado em depilatórios) nos sapatos de Fidel Castro
ou um de seus charutos. O produto químico seria absorvido pela pele ou inalado pelo
líder, fazendo com que sua barba caísse”. Tal plano, ainda que não tenha sido realizado,
é cogitado porque “de acordo com o relatório do Comitê de Inteligência do Senado dos
EUA, em 1975, havia o pensamento de que o poder de Castro estava em sua barba. A CIA
estimava que a perda da barba mostrasse aos cubanos que Castro era fraco e falível”. O
mais curioso a se observar nestas circunstâncias, ainda que seja necessário observar
que se trata de situações de alta gravidade, é o fato de a superpotência se utilizar de
planos dignos do personagem Willy Coyote, dos desenhos animados, para se desfazer
de um de seus inimigos.
20 Aqui podemos referenciar: Nancy Leys Stepan (2005); Richard C. Lewontin (1987).
Não houve censura, o que houve foi uma fomentação do discurso re-
gulador e polimorfo. E foi a partir da necessidade, urgência de natureza
econômica e política, que os discursos foram criados, sempre limitados,
codificados, para mantê-los em segredo. Contudo, este segredo, à me-
dida que o movimento feminista e de liberação sexual procederam em
suas análises sobre a natureza e o discurso científico, foi se esvaindo. As
análises identificaram problemas, os quais entravam em desacordo com
o discurso biológico — como no caso que mencionamos da reprodução
bacteriana ou das descrições comportamentais. Com a intensa produção
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Raphaela Rezzieri
João Paulo Rossatti
21 É necessário frisar que o desenvolvimento da ciência e da arte não ocorreu sem que hou-
vesse um contra movimento de reação, por exemplo, o caso de Giordano Bruno que foi
queimado na fogueira pelo Santo Ofício acusado de blasfêmia.
22 Cf.: CHARTIER, Roger. Leitura e leitores na França do Antigo Regime. São Paulo: EdU-
NESP, 2003.
23 A discussão mediante “razão”, para Habermas, acontece quando dois sujeitos, ou mais,
que se compreendem como iguais, reúnem-se para discutir política, arte, etc., mediante
processos argumentativos racionais. A imprensa tem importante papel nesse processo,
pois, por meio dela se estabeleceu uma audiência crítica de indivíduos. Cf.: HABERMAS,
Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. São Paulo: Edunesp, 2014.
24 Cf.: LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades. São Paulo: Edunesp, 1998.
25 Para uma noção mais ampla sobre o desenvolvimento do pensamento capitalista no seio
da sociedade europeia a partir do século XV, ver os três volumes de “Civilização material
e capitalismo” do historiador francês Fernand Braudel.
26 Cf.: BURKE, Peter. O renascimento cultural italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 2010.
27 Segundo Ginzburg a cultura funciona como “uma jaula flexível e invisível dentro da qual
se exercita a liberdade condicionada de cada um”. In: GINZBURG. C. op cit. p. 20.
28 Cf.: WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
29 Conforme defende, por exemplo, o antropólogo norte-americano Clifford Geertz em ar-
tigo chamado “o anti antirrelativismo”. In: GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropolo-
gia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. p. 47-67.
OBRE OS AUTORES
Capítulo I
O “Prometeu acorrentado”: à guisa de uma introdução
Mauro Henrique Miranda de Alcântara – Professor do Instituto Federal de Rondônia,
Campus Colorado do Oeste. Graduado, Mestre e Doutorando em História pela
Universidade Federal de Mato Grosso.
Capítulo II
Crenças e credos em Ciência dos Solos na Amazônia
Stella Cristiani Gonçalves Matoso – Professora do Instituto Federal de Rondônia,
Campus Colorado do Oeste. Graduada em Agronomia pela Universidade Federal
de Rondônia. Mestre em Produção Vegetal pela Universidade Federal do Acre.
Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela Rede BIONORTE.
Paulo Guilherme Salvador Wadt – Pesquisador na Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, bolsista Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão
Inovadora (nível 2) do CNPq e, docente permanente nos Programas de Pós-Graduação:
Doutorado e Mestrado em Agronomia (UFAC) e doutorado em Biodiversidade e
Biotecnologia (Rede Bionorte). Graduado em Engenharia Agronômica e Mestre em
Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Doutorado em Solos
e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa. Realizou pós-doutorado
em Geomática pela Universidade da Flórida.
Capítulo III
Meio ambiente e sociedade: transformação e história
Roberta Carolina Ferreira Galvão de Holanda – Professora do Instituto Federal
de Rondônia, Campus Colorado do Oeste. Graduada em Ciências Biológicas pela
Universidade Federal de Rondônia. Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente pela Universidade Federal de Rondônia. Doutoranda em Fisiologia Vegetal
pela Universidade Federal de Viçosa.
Capítulo IV
Trabalho, consumo e preservação ambiental: discurso
capitalista para uma prática inerente ao sistema
Marcos Antonio Oliveira Rodrigues – Acadêmico do curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas do Instituto Federal de Rondônia, Campus Colorado do Oeste. Bolsista do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Formado em Técnico
em Agropecuária pelo Instituto Federal de Rondônia, Campus Colorado do Oeste.
139
Capítulo V
Entre os “imprescindíveis” e os “redundantes” —
olhares sobre as relações de trabalho no Brasil
Beatriz dos Santos de Oliveira Feitosa – Professora do Departamento de História
da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis.
Graduada, Mestre e Doutoranda em História pela Universidade Federal de Mato
Grosso. Fez especialização em Metodologia do Ensino de História, pelo Instituto
Cuiabano de Educação (ICE).
Capítulo VI
A ciência, a tecnologia e o desenvolvimento: em busca de um
caminho voltado para o homem
Alisson Diôni Gomes – Professor da Universidade Federal de Rondônia. Bacharel
em Informática, em Ciências Sociais e Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente pela Universidade Federal de Rondônia
Capítulo VII
Ciência, gênero e sexualidade: a influência epistemológica
dos estudos de gênero no discurso biológico
Emerson Roberto de Araujo Pessoa – Professor da Universidade Federal de Rondônia,
Campus de Vilhena. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de
Maringá. Mestre nesta mesma área e instituição.
Franciele Monique Scopetc dos Santos – Doutoranda em Educação Escolar na
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP/Araraquara.
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá. Mestre em Educação
para o Ensino de Ciências e a Matemática na Universidade Estadual de Maringá.
Gustavo Piovezan – Professor do Departamento de Ciências Humanas e Sociais da
Universidade Federal de Rondônia, Campus Ji-Paraná.. Graduado em Filosofia, mestre
e doutor em Educação para a Ciência e o Ensino de Matemática pela Universidade
Estadual de Maringá.
Capítulo VIII
Arte e Ciência: contribuições para a pesquisa social na
contemporaneidade
Raphaela Rezzieri – Professor na Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra
do Bugres. Graduada e mestre em História pela Universidade Federal de Mato Grosso.
João Paulo Rossatti – Graduado em História pela Universidade Estadual do Centro-
Oeste e mestre em História pela Universidade Federal de Mato Grosso.
Ficha Catalográfica
Soraya Lacerda | CRB1/1320 — MC&G Design Editorial
Programação Visual
MC&G Design Editorial
Editoração Eletrônica
Glaucio Coelho — MC&G Design Editorial
Formato 15 x 21cm
Tipologia das famílias Helvética Neue , Apex Serif e Diogenes
Couchet Foscco 300g/m2 capa • Off set 75g/m2 miolo
144 p.
Tiragem: 500 exemplares
Ano: 2016
INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO FEDERAL DE
Colorado do Oeste
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Colorado do Oeste
ISBN 978-85-67589-44-2