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Resumo:
Este trabalho tem como pressuposto o tema de comportamento fobico, proposto pelo
docente na unidade curricular de Diagnóstico e Intervenção nas Perturbações de
desenvolvimento socio afetivas, em crianças. Apresentado pela seguinte ordem de
etapas; a) ansiedade normal / patológica; b) Fobias especificas c) Perturbação de
ansiedade generalizada d) Ansiedade de Separação e) Mutismo Seletivo e d) Ansiedade
nas perturbações do desenvolvimento. As intervenções nesta perturbação faz-se na sua
maioria, através das Terapias de Terceira Geração, Terapias elaboradas da restruturação
de técnicas anterior, como as Terapias Cognitivo-Comportamentais.
Introdução
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O desenvolvimento Infantil, não pode ser analisado, sob padrões rígidos, pois
cada criança tem o seu tempo de desenvolvimento, assim como existem pessoas baixas,
e altas, pessoas gordas e magras, também as etapas do desenvolvimento têm variações
dentro da normalidade, algumas de base biológica (genética), outras que se prendem
com fatores sociais, como a estimulação cultural ou emocional (Antunes, 2019).Nos
primeiros meses, a criança começa por explorar os brinquedos e objetos, de seguida
começa a brincar ao faz de conta, a fantasiar, e a recriar as suas experiências, designado
de jogo simbólico . Na ansiedade como estado emocional “normal “o conteúdo dos
medos varia em função da idade e a forma como se manifesta também muda á medida
que a criança cresce (Antunes, 2019).
Quadro 1
aparência física.
Adolescência O foco mantém-se nas questões sociais e
alarga-se ás de ordem moral, como as
associadas ao sucesso no futuro, avaliação
negativa pelos outros, procura de um grupo
que reflita a identidade própria e a angústia
de acontecimentos com repercussão
mundial.
Ansiedade Generalizada
Ansiedade de separação.
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Fobias especificas.
Quadro 2
Fobias especificas
palhaços , ruídos …
Mutismo seletivo
regra geral estas crianças revelam distorções e rigidez na sua forma de pensar ,
transversais á generalidade dos contextos , e não apenas nas circunstancias em que o
Mutismo Seletivo se manifesta , esta rigidez pode revelar-se um obstáculo importante á
terapia , porque estas crianças têm mais dificuldade em generalizar estratégias , ou seja
se uma situação é trabalhada segundo uma determinada lógica , elas associam esse
lógica àquela situação , mas não necessariamente a outra , mesmo que similares
( Perednik , 2011) .
pensarmos que muitas destas crianças passam por repetidas experiências de insucesso ,
torna-se fácil perceber que vão criando uma visão negativa das suas competências , o
que gera ansiedade , contudo é preciso ter em conta que a impulsividade muitas vezes
associada a esta perturbação pode ser também uma expressão de ansiedade (Beck et al ,
2001) . Estes autores, chamam atenção, para os comportamentos de oposição e
agressividade, que muitas vezes são explicados por uma perturbação de oposição e
desafio, quando podem ser apenas, expressão de ansiedade, ainda nas perturbações de
desenvolvimento, temos a dislexia, discalculia e disortografia, que poderão também
desencadear estados de ansiedade (Antunes, et al , 2019).
Mindfulness.
Desfusão cognitiva
Aceitação da Ansiedade
A aceitação pode ser difícil quando alguns pensamentos, sentimentos e sensações são
lidos como “reais”. Se uma criança / adolescente, acreditar que é ansioso “por natureza
“, e deve lutar contra essa condição, é improvável que esteja disposto a aceitar a sua
presença. A aceitação da ansiedade pode ser facilitada ao descobrir a diferença entre “si
mesmo “e “uma parte de si “ansiosa, esta diferença pode ser descrita pela metáfora do
Tabuleiro de Xadrez (Hayes et al 1999):
“Parece que o que se esta a passar comigo é como um grande tabuleiro de xadrez; de
um lado estão os pensamentos bons, os sentimentos bons, as ações boas (as peças
brancas) ; e do outro lado , estão as ações , pensamentos , e sentimentos maus (peças
pretas ) . As peças ficam a lutar em diversas linhas, porém nessa história, a criança
/adolescente, é o tabuleiro que contém as peças, e para o tabuleiro não importa quem
ganha o jogo, não importa que as peças pretas e brancas queiram ir de um lado para o
outro, pois é o tabuleiro que decide mover-se, e levar as peças todas consigo “.
Para a ACT, o “eu “não são os pensamentos e sentimentos (“o fato de eu estar com
ansiedade não significa que eu me defina como uma pessoa ansiosa “), mas o contexto
em que eles ocorrem (“a ansiedade aparece quando vou ao quadro, porque a minha
cabeça diz que vou começar a tremer “). Nesse sentido a criança / adolescente
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compreende que “se eu posso observar isto, então é porque eu sou mais do que isto
“(Ciarrochi et al, 2012).
Valores
Ação e compromisso
consiste em remover os filhos das situações que lhes causam “mal-estar “, o que é o
inverso do que se recomenda com as terapias ACT. A ajuda as famílias têm como
principal objetivo, prestar-lhes apoio para lidarem com as suas próprias ansiedades em
relação aos filhos (Hayes et al 1999).
Conclusão
Fica clara a evidência cientifica entre a ansiedade normal (que passa com o tempo) e
aquela que pode tornar-se patológica se não existir uma intervenção precoce. É
importante ter em conta a ansiedade camuflada nas perturbações de desenvolvimento,
pois são suscetíveis de serem desvalorizadas devido a condição da perturbação. As
Terapias de Terceira Geração, surgiram da reformulação de técnicas anteriores, as
psicoterapias Cognitivas-comportamentais, mas mais dirigidas ao contexto em que a
perturbação ocorre, ao tentar adaptar a pessoa as situações com a exposição ao
acontecimento gerador de ansiedade e não tanto a mudança de pensamento como
acontecia anteriormente. O Mindfulness é um aliado fundamental, quanto a questão de
aceitação da ansiedade, ao alargar a sua tolerância em situações futuras, geradoras de
ansiedade.
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Referências
Antunes, N., L., & Equipa Técnica do PIN (2019) Sentidos: O Grande Livro Das
Beck, G Emery, & Greenberg, R, L. (2005) Anxiety Disorders and Phobia: A Cognitive
Ciarrochi, J. V., Hayes, L., & Bailey, A. (2007). Get out of your Mind and Into Your
Life for Teens: Guide to Live an Extraordinary Live. New Harbinger. Oakland.
Eisen, Andrew, R, Engler, & Linda, B, (2006). Helping You Child Overcome
Friedberg, R. & McClure, J., (2007). A Prática Clinica de Terapia Cognitiva com
Greco, L, A., Blackledge, J.T., Coyne, L, W., & Ehrenreich, J., (2004) Integrating
acceptance and mindfulness into treatment for child and adolescent anxiety
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Greco, L.A., & Hayes, S. C. (2008). Acceptance and Mindfulness Treatments for
Greenland, S. K., (2010) the Mindful Child, Free Press, Nova Iorque
Hayes, S. C., Strosahl, K., & Wilson, K. G. (1999). Acceptance and Commitment
York.
Perednik, R., (2011) The Selective Mutism Treatment Guide: Manual for Parent
Rapee, R. Wignall , A ., Spence , S , Cobham , V .& Lyneham ,H., (2008) Helping Your
Stallard, P., (2007) Guia do terapeuta para Bons Pensamentos –Bons Sentimentos:
Anexos
Anexo 1
Anexo 2
Fobias especificas
(2019)