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• O desafio associado ao

atendimento escolar de alunos


autistas tem sido alvo de
reflexões e propostas
diferenciadas.
• A primeira descrição clínica 1943
Leo Kanner

• As mais diferentes ainda não existe


áreas cientificas
um esclarecimento
Guedes (2002) cita duas vertentes que explicam a causa do
autismo:
Vertente inglesa
• Evidencia falhas biológicas
neuroanatômicas no
indivíduo
• Kaplan (1997) salienta que
as crianças autistas
apresentam mais
evidências de complicações
pré-natais.
• Acredita-se ainda que o
transtorno está associado
com condições em que há
lesões neurológicas.
Vertente Francesa

• que considera a origem


relacionada a fatores
psicossociais,
• falhas na interação mãe–
bebê, nos primeiros anos de
vida.
• Para Melanie Klein,o autismo
é uma defesa do momento
traumático do nascimento,
ou seja, o contato forçado
com o mundo externo
• Para os estudiosos da Psicanálise
de Jacques Lacan, o autismo é
ocasionado por uma falha da
figura materna em antecipar ou
investir, a nível satisfatório, afeto
no bebê.
O indivíduo procura defender-se
dessa falha elidindo-se, ou seja,
embotando o seu sistema
perceptivo, eliminando a percepção
dos objetos e suas relações
funcionais (e afetivas). Kirk &
Gallagher
CID-10, 1993
• O autismo se apresenta como um
transtorno invasivo de desenvolvimento
que se manifesta até os três anos de
idade, com desenvolvimento anormal e
característico nas áreas da sociabilização
e da linguagem, com presença de
comportamento restritivo e repetitivo.
Gauderer (1993) considera que é uma
síndrome das mais difíceis de
compreender, devido ao seu aspecto
variável de gravidade:
- à mudança periódica de sintomas,
- à inconsistência na nosologia
- e à falta de sinais físicos específicos.
Caracteriza-se por dificuldades em
diferentes áreas como:
1-habilidade de comunicação,
2-Interação social e uso da imaginação
3-funcionamento cognitivo,
4-processo sensorial
5- comportamento.
Podem entretanto apresentar incríveis
habilidades motoras, musicais, de memória
e outras.
Classifica-se em
Sindrome de Asperger
• A Síndrome de Asperger é um
Transtorno Global do
Desenvolvimento (TGD), resultante
de uma desordem genética, e que
apresenta muitas semelhanças com
relação ao autismo.
• Foi descrito pela primeira vez em
1944 por Hans Asperger, pediatra
vienense.
• Ele considerava a síndrome que havia
observado como uma perturbação
da personalidade, denominando-a
de “psicopatia autística”.
• Ao contrário do que ocorre no
autismo, contudo, crianças com
Asperger não apresentam grandes
atrasos no desenvolvimento da fala e
nem sofrem com comprometimento
cognitivo grave.
• Em 1983, Wing enuncia as principais características
do SA:
• falta de empatia;
• interação social unidirecional, ingênua e
inapropriada;
• pouca ou nenhuma capacidade de criar amizades;
• discurso repetitivo e pedante;
• parca comunicação não verbal;
• interesse intenso em determinados assuntos;
• movimentos pouco coordenados e posturas
estranhas.
• A partir dos anos 90, a síndrome de Asperger
ganha notoriedade, integrando a Classificação
Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados com a Saúde – 10ª
Revisão (ICD-10) e o Manual de Diagnóstico e
Estatística das Perturbações Mentais – IV
(DSM-IV).
Asperger
• Variante do autismo
• Perturbação Global Invasiva do
Desenvolvimento
• Alguns autores o Asperger como entidade
nosológica distinta dentro do grupo das
Perturbações Globais do Desenvolvimento,
• Outros continuam a defender que deve ser
considerado um autismo de “alto
funcionamento”.
Caracteristicas- área de interesses
Asperger Autismo
• Peculiar área de interesse • Interesses por objetos
especial (Interesses
intelectuais )
• Interesses obsessivos por áreas
como matematica, geografia
• Querem aprender tudo sobre o
tema e falam todo o tempo
sobre o mesmo.
• Podem mudar com o tempo
• Interesse que formam a base
para a carreira profissional.
Socialização
Asperger Autismo
• Gostam de estar no seu • São distantes da realidade
mundo • Falta de interações
• Expressam o desejo de viver
em sociedade e ter amigos
• Mostram-se frustradas com
as dificuldades sociais.
• Falta de afetividade nas
interações
• Dificuldade em apre(en)der
códigos e regras de conduta
• Gillberg descreveu isso como uma “desordem
de empatia”, a inabilidade de efectivamente
“ler” as necessidades e perspectivas dos
outros e responder apropriadamente.
• Como resultado, tendem a interpretar
erradamente as situações sociais e as suas
respostas são muitas vezes consideradas
estranhas.
• Apresentam dificuldades em :
Linguagem
• Aspectos da linguagem falada, como volume,
entoação e velocidade, são amiudadamente
diferentes, soando por vezes formais ou
pedantes.
• Expressões idiomáticas e gírias não são usadas
ou são usadas erroneamente, tudo é
interpretado de forma literal
• A compreensão da linguagem tende para o
concreto, aumentando as dificuldades quando
a linguagem se torna mais abstracta.
• A comunicação efectiva é quase sempre fraca,
uma vez que os discursos tendem a ser
unidireccionais, revertendo para áreas de
interesse especial e havendo dificuldade de
sustentar o "dar e receber" das conversas
• Muitos têm dificuldades na utilização do humor,
particularmente com trocadilhos ou jogos de
palavras.
• Alguns tendem a ser hiperverbais, não entendendo
que isso interfere com as suas interações com os
outros, afastando-os.
• São também frequentes dificuldades na
metacomunicação, nomeadamente na utilização
dos pronomes, havendo trocas entre o “eu” e o
“tu”.
• Relativamente à história inicial da linguagem
destas crianças não há padrões simples:
algumas delas atingem normalmente, e às
vezes até prematuramente, os marcos,
enquanto outras mostram claros atrasos na
fala com rápida recuperação da linguagem
quando começa a fase escolar.
• O seu leque de relações sociais é pobre,
podendo existir interesse na constituição
de relações íntimas que,
maioritariamente, não se concretizam
por dificuldades de interacção e de
compreensão do outro, com pouca
reciprocidade afectiva.
• Da associação destas capacidades de
memória a interesses de características
obsessivas pode resultar um conhecimento
invulgar em determinadas áreas, o que
acaba por contribuir para a
“excentricidade” que quase unanimemente
é a avaliação que deles é feita.
Diagnóstico
• O diagnóstico é eminentemente clínico, sendo fulcral
uma avaliação por médico especializado nessas
alterações de comportamento e/ou desenvolvimento.
• Exame físico e exame do estado mental, adquirindo
particular relevância a história do desenvolvimento
do doente.
• Também é necessária a avaliação por uma equip
multidiesciplinar (que deverá incluir um psicólogo
clínico) para estudo adequado das competências
cognitivas, funcionais.
Formalmente, o diagnóstico deverá ser baseado nos critérios de diagnóstico segundo o DSM-IV :

• 1. Déficit qualitativo da interação social manifestado por, pelo menos, duas


das seguintes características:

• Acentuado déficit no uso de múltiplos comportamentos não verbais, tais


como: contacto ocular, postura corporal e gestos reguladores da interação
social;

• Incapacidade para desenvolver relações com os pares, adequadas ao nível


de desenvolvimento;

• Ausência da tendência espontânea para partilhar com os outros prazeres,


interesses ou objectos (por exemplo, não mostrar, trazer ou indicar objectos
de interesse);
• Falta de reciprocidade social ou emocional.
• 2. Padrões de comportamento, interesses e actividades restritos,
repetitivos e estereotipados, que se manifestam por, pelo menos, uma
das seguintes características:

• Preocupação absorvente por um ou mais padrões estereotipados e


restritivos de interesses que resultam anormais, quer na intensidade
quer no objectivo;
• Adesão, aparentemente inflexível, a rotinas ou rituais específicos não
funcionais;
• Maneirismos motores estereotipados e repetitivos (por exemplo,
sacudir ou rodar as mãos ou dedos, ou movimentos complexos de todo
o corpo);
• Preocupação persistente com partes de objectos.
• 3. A perturbação produz um défice clinicamente significativo da
actividade social, laboral ou de outras áreas importantes do
funcionamento.

• 4. Não há um atraso geral da linguagem clinicamente significativo (por


exemplo, uso de palavras simples aos 2 anos de idade, frases
comunicativas aos 3 anos de idade).

• 5. Não há atraso clinicamente significativo no desenvolvimento


cognitivo ou no desenvolvimento das aptidões de auto-ajuda próprias
da idade, no comportamento adaptativo (distinto da interacção
social) e na curiosidade acerca do meio ambiencial durante a infância.
• 6. Não preenche os critérios para outra Perturbação
Global do Desenvolvimento ou esquizofrenia.

Perante uma suspeita de síndrome de Asperger é


essencial realizar o diagnóstico diferencial com:
perturbação autista; perturbação desafiadora
opositiva; perturbações afectivas; esquizofrenia;
personalidade esquizóide ou esquizotípica;
perturbação semântica da linguagem.
Tratamento
Baseia-se essencialmente em processos psicoterapêuticos
individualizados.
Ele requer intervenção a diferentes níveis:
psicológico e educacional, juntamente com
médicos pediatras, pedopsiquiatras, psicólogos, professores
regulares e especializados).
Este apoio deve incidir nas dificuldades específicas da
criança.
No entanto, ele deve, de uma maneira geral, incluir as
seguintes áreas:
• Competências sociais:
• dificuldade em compreender as regras da interação social
• pode ser ingênuo
• interpreta literalmente o que é dito
• dificuldade em ler as emoções dos outros
• falta de tacto
• problemas com distância social
• dificuldade em compreender as regras sociais que «não
estão escritas» e, quando as aprendem, pode aplicá-las
demasiado rigidamente
EStratégias
• Apresente expectativas claras e regras para o
comportamento
• ensine explicitamente regras da conduta social
• ensine ao estudante como interagir usando as
histórias sociais, e “role-playing”
• eduque os pares sobre como responder à inabilidade
do estudante na interação social
• use outras crianças como sugestão/modelo para lhe
indicar o que deve fazer
• incentive jogos de equipe
• pode necessitar de apoiar o estudante quando este falha
• use o sistema do «camarada» para ajudar o estudante nas
atividades não -estruturadas
• ensine ao estudante como começar, manter e terminar um
jogo
• ensine flexibilidade, a cooperação e a partilhar
• ensine aos estudantes como monitorizar seu próprio
comportamento
• pode sugerir técnicas de relaxação e ter um lugar sossegado
para o estudante relaxar
• Linguagem
• tendência fazer comentários irrelevantes
• tendência a interromper
• tendência para falar em sobreposição ao
discurso de outro
• dificuldade em compreender linguagem
complexa, seguir direções, e compreender a
intenção das expressões/palavras com
significados múltiplos.
Estratégias
• ensine comentários apropriados no início das
conversas
• ensine o estudante a procurar o auxílio quando
confuso
• forneça instruções como conversar em pequeno grupo
• ensine regras sobre quando participar na
conversação,quando responder, interromper, ou mudar
o tópico
• use conversações gravadas em áudio e vídeo
• explique metáforas e palavras com significado duplo
• audio
Estratégias
• incentive o estudante a pedir que repitam uma
instrução, simplificada ou escrita se não a
compreender faça pausa entre instruções e
verifique que o aluno compreendeu
• limite as perguntas orais a um número que o
estudante possa controlar
• mostre vídeos para identificar expressões não
verbais e seus significados
• Interesses e rotinas:
• limite discussões e perguntas obsessivas
• trace expectativas firmes para a sala de aula,
mas forneça também oportunidades para o
estudante perseguir seus próprios interesses
• incorpore e expanda os interesse do aluno nas
atividades e nas tarefas
Estratégias
• Insistência na rotina
• sempre que possível prepare o estudante para
qualquer mudança
• use desenhos e histórias sociais para ajudar às
mudanças
• Concentração pobre
• frequentemente fora da tarefa
• distraído
• pode ser desorganizado
• dificuldade em manter a atenção
Estratégias
• sessões de trabalho com tempo marcado
• reduzir trabalho de casa
• assento na parte da frente da sala
• use deixas não-verbais para chamar e centrar
a atenção
• Motricidade: aspectos da motricidade
grosseira (a coordenação dos membros e o
equilíbrio na marcha e corrida), e da
motricidade fina (a escrita e o desenho),
devem ser trabalhados desde cedo para
melhorar as competências motoras e impedir
agravamento.
Estratégias

• envolva -o em atividades de manutenção física


• pode preferir atividades da aptidão aos desportos de
competição
• tenha em consideração uma velocidade mais lenta da
escrita no ao atribuir-lhe tarefas (a extensão tem
frequentemente de ser reduzida)
• forneça tempo extra para testes
• considere o uso de um computador para tarefas escritas,
pois alguns estudantes podem ser mais hábeis em usar um
teclado do que a escrita manual.
• Habilidades organizacionais pobres
• use programações e calendários
• mantenha listas das atribuições
• ajude o estudante a usar listas de
• (a fazer ) e listas ( pronto)
• Competências cognitivas: a criança deve
ser ensinada a compreender a
perspectiva e pensamentos do outro,
usando, por exemplo, role-plays em
que a criança para antes de agir ou
falar para pensar no que o outro vai
sentir.
Estratégias
• A flexibilidade no pensamento deve ser
também estimulada, treinando a capacidade
de pensar em alternativas e estimulando a
imaginação e pensamento criativo. A
memória, sobretudo a visual, pode ser
aproveitada e estimulada, nomeadamente
com diagramas e analogias visuais.
Dificuldades acadêmicas

• Inteligência média e frequentemente acima da média


• Boa evocação da informação factual
• As áreas de dificuldade incluem resolução e compreensão
de problemas, e dificuldade com conceitos abstratos
• Frequentemente fortes no reconhecimento de palavras
podem aprender a ler muito cedo,
• mas com dificuldade na compreensão
• Podem ter bom desempenho em computações
matemáticas, mas têm dificuldade em resolver problemas
• Excelente memória visual
Estrategias
• Não suponha que o estudante compreendeu simplesmente
porque ele/ela pode repetir a informação
• Seja tão concreto quanto possível ao apresentar conceitos
novos e o material abstrato
• Use aprendizagens baseadas na prática, sempre que
possível
• Use ajudas visuais como mapas semânticos
• Divida as tarefas em etapas menores ou apresente formas
alternativas
• Forneça instruções diretas acompanhadas de exemplos
• Mostre exemplos de o que é requerido
Estratégias
• Ensine técnicas para ajudar o estudante a tirar
notas e organizar e categorizar a informação
• evite a sobrecarga verbal
• capitalize os pontos fortes, por exemplo, a
memória
• não suponha que compreenderam o que leram
• verifique para ver se há a compreensão, reforce
instruções e use apoios visuais
Vulnerabilidade emocional

• Dificuldade em lidar com as


exigências sociais e
emocionais da escola
• Elevada ansiedade devido à
sua inflexibilidade
• Dificuldade em tolerar os
próprios erros
• Propensão à depressão
• Reações da raiva e
rompantes temperamentais
é importante
ficar atento ao
aluno, pois os
adolescentes
podem
desenvolver
quadros
depressivos com
baixa auto-
estima.
Estratégias
• elogie sempre que faz algo bem
• ensine o estudante a pedir ajuda
• ensine técnicas para lidar com as situações difíceis e para lidar
com o stress
• ensaie as situações
• crie experiências em que a pessoa pode fazer escolhas
• ajude o estudante a compreender os comportamentos e as
reações dos outros
• eduque outros estudantes
• use apoio de pares tais como sistemas do «camarada» e suporte
de grupo
Hipersensibilidades Sensoriais

A maioria das hipersensibilidades envolve a audição e o tato, mas podem incluir


também o gosto, a intensidade da luz, as cores e os aromas
Os tipos de ruídos que podem ser percebidos como extremamente intensos são:

1. ruídos repentinos, inesperados tais como um telefone


que soa, alarme de incêndio
2. ruído contínuo de alta frequência
3. sons confusos, complexos ou múltiplos como em
centros comerciais
Estratégias
• Níveis normais de percepção visual e auditiva podem se
apreendidos pelo estudante como demasiado baixos ou
altos
• Mantenha o nível de estimulação dentro da capacidade do
estudante
• Pode ser necessário evitar alguns sons
• A audição de música pode abafar sons desagradáveis
• Minimize ao máximo o ruído de fundo
• Nos casos extremos use auscultadores
• Ensine e exemplifique estratégias de relaxação e jogos para
reduzir a ansiedade
• O professor precisa criar um ambiente
amigável, baseado nas habilidades sociais,
linguísticas e cognitivas da criança.
• Para criar tal ambiente, é essencial que o
professor tenha acesso a informações sobre a
Síndrome de Asperger.
• O maior progresso cognitivo e
acadêmico tem sido alcançado por
professores que mostram um
entendimento empático com a criança.
Tais professores são flexíveis em suas
estratégias de ensinar, avaliações e
expectativas.
• Eles invariavelmente
gostam, admiram
respeitam as
habilidades e
conhecem o perfil de
motivação e
aprendizado do
aluno.
• Uma das principais causas de
angústia para crianças e
adolescentes com Síndrome de
Asperger, suas famílias e professores
é a execução completa e satisfatória
das lições de casa.
O lugar onde o aluno trabalha em
casa deve propiciar concentração e
aprendizado. É extremamente útil
quando os pais criam uma tabela
diária de lição de casa para que eles
se organizem .
• O professor pode sublinhar os aspectos
principais da tabela de lições de casa,
provendo explicações escritas e fazendo
questões para assegurar que a criança
saiba quais aspectos do material da lição
de casa são relevantes para sua
preparação do exercício.
Segundo Baptista (2002),
• A educação inclusiva para autistas requer,
inicialmente, uma acurada habilidade de avaliação
da situação contextual:
• Quem é o sujeito?
• Quais os seus vínculos?
• Quais os pontos de partida para um trabalho
pedagógico?
• Essas perguntas permitem um levantamento de
possibilidades que considera o que falta e o que o
sujeito possui.
• A partir dessa identificação, são desenvolvidas
estratégias plurais a fim de adquirir as
habilidades básicas de desenvolvimento.
• Segundo Baptista (2002), os objetivos de trabalho
• com o aluno devem ser definidos tomando o
aluno como parâmetro de si mesmo.
• O conhecimento prévio acerca da intensidade do
comprometimento é importante no sentido de
dar prioridade a metas específicas.
• Quanto à operacionalização, é necessário
compatibilizar, por meio de um quadro flexível
de ação, as necessidades do aluno e as
propostas do currículo.
• Para viabilizar essa articulação, busca-se
ampliar o tempo do aluno em sala de aula,
podendo ser atendido individualmente ou
com colegas, em pequenos grupos.
Nessa perspectiva
• A escola inclusiva deve partir de um
trabalho pedagógico dinâmico, que exige
uma postura de confiança na capacidade
do outro, viabilizando um contexto
colaborativo e permitindo a evolução do
aluno por intermédio de mecanismos de
individualização do processo
educacional.
• Do educador exige-se
flexibilidade, escuta,
acolhimento dos múltiplos
significados das ações dos
sujeitos
• Para Serra (2000) os critérios
para uma flexibilização das
escolas e a
operacionalização da inclusão
dos autistas seriam:
• A necessidade da escola conhecer as
características do aluno e prover as
acomodações físicas e curriculares necessárias
•O treinamento dos profissionais deve ser
constante e a busca de novas informações
deve ser um ato imperativo;
•Deve-se buscar consultores para avaliar
precisamente esses alunos.
• A escola deverá preparar-se, bem como os
seus programas, para atender a diferentes
perfis, visto que os autistas podem possuir
diferentes estilos e potencialidades;
• Os professores devem estar cientes que a
avaliação da aprendizagem deve ser adaptada;
• É preciso analisar o ambiente e evitar
situações que tenham impacto sobre os alunos;
• A escola deverá prover todo o suporte físico e
acadêmico para garantir a aprendizagem dos
alunos incluídos;
• A atividade física regular é indispensável para o
trabalho motor;
• A inclusão não elimina os apoios terapêuticos;
• É necessário desenvolver um programa de
educação paralelo à inclusão, especialmente
com atividades socializadoras;
• A escola deverá demonstrar sensibilidade às
necessidades do indivíduo e habilidade
para planejar com a família.
• O que deve ser feito ou continuado em casa.
• A educação na escola inclusiva é, portanto,
indispensável à criança autista e cabe-nos
ampliar a discussão de modelos e as melhores
formas de educá-los.
• A escola tem um papel muito importante na vida
das pessoas, mas precisa se adaptar aos mais
recentes desafios a que se impõe a educação,
tendo em vista que este espaço de cidadania e
formação social do indivíduo permanece sempre
mudando seus conceitos e valores, em prol da
melhor oferta da educação, onde os desejos,
necessidades e anseios das pessoas possam ser
atendidos de forma igualitária e justa.

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