Você está na página 1de 41

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ


CAMPUS PARAUAPEBAS

LENTES ESFÉRICAS

Professor: Sebastião Rodrigues Moura


DISCIPLINA: Física II
CURSO: Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio – P2082ID

Parauapebas - PA
21 de outubro de 2020
Objetivos de Aprendizagem

Ao final da aula, você deverá ser capaz de:


 Compreender as lentes esféricas e suas propriedades;
 Diferir os tipos de lentes esféricas;
 Construir e caracterizar imagens formadas em lentes esféricas;
 Ampliar o sentido de dioptrias ou “grau” de uma lente.

2 Lentes Esféricas
Conteúdos Programáticos

 Lentes Esféricas
Conceitos
Tipos
Propriedades
Raios Notáveis
 Formação de imagens
 Vergência
 Síntese da Aula
 Exercícios

3 Lentes Esféricas
Refletindo sobre a temática...

O que são as lentes


esféricas?

4 Lentes Esféricas
Refletindo sobre a temática...

Uma mesma lente


serve para várias
funções?

5 Lentes Esféricas
Refletindo sobre a temática...

Uma mesma lente


serve para vários
tipos de objetos?

6 Lentes Esféricas
Refletindo sobre a temática...

O que são, fisicamente, os famosos “graus” dos óculos?

7 Lentes Esféricas
Lentes Esféricas

 As lentes surgiram da necessidade humana de melhorar


a própria capacidade visual – fosse corrigindo
distúrbios do olho, fosse para permitir a observação de
estruturas microscópicas ou analisar objetos situados a
distâncias astronômicas.

8 Lentes Esféricas
Lentes Esféricas

 Chamamos de lente esférica, a associação de dois


dioptros, sendo um necessariamente esférico e o outro
plano ou esférico. Sendo transparentes, quando as
superfícies são atravessadas pela luz, nota-se a
predominância do fenômeno da refração em relação ao
da reflexão.

9 Lentes Esféricas
De que são feitas?

 São lentes nas quais pelo menos uma das superfícies é


uma calota esférica. As mais comuns são as de vidro,
imersas no ar.

Convergência

Se a lente for de vidro e estiver imersa no ar, vale a seguinte regra:


 a lente cujas bordas são mais largas que a região central
será divergente;
 a lente cujo centro for mais largo que as bordas será convergente.

10 Lentes Esféricas
Propriedades - Lentes Esféricas

 Variam de acordo com o meio em que elas se encontram. Quando


inseridas em um meio cujo índice de refração é menor que o da própria
lente, as lentes convexas convergem a luz, enquanto as lentes
côncavas divergem a luz.

 Depois de atravessar a lente convergente, os raios de luz cruzam-se;


na lente divergente, separam-se.

11 Lentes Esféricas
Tipos de Lentes Esféricas

 No meio de cada lente é possível


ver traços com setas para dentro
e para fora. Esses símbolos são
usados para representar as lentes
de bordas finas (convexas) e de
bordas largas (côncavas). Ao
todo, existem três formatos de
lentes côncavas e três formatos
de lentes convexas.

Imagem: HernandoJoseAJ / GNU Free Documentation License.

12 Lentes Esféricas
Tipos de Lentes Esféricas

Biconvexa Côncavo-convexa

Plano-convexa

Bicôncava Plano-côncava Convexo-côncava

13 Lentes Esféricas
Classificação quanto ao formato

Bordas Finas

Representação

14 Lentes Esféricas
Classificação quanto ao formato

Bordas Grossas

Representação

15 Lentes Esféricas
Classificação Óptica

1º caso (nlente > nmeio)

16 Lentes Esféricas
Classificação Óptica

2º caso (nlente< nmeio)

17 Lentes Esféricas
Elementos de Lentes Esféricas

A
F Eixo
2 Principal

A F O F A

Centro óptico (O) ou vértice: cruzamento do eixo principal com a lente.


Ponto Antiprincipal (A): pontos localizados a uma distância igual a 2f do centro
óptico (O), ou seja, a uma distância f de um dos focos principais (F ou F')
Foco (F): distância focal, definida pelo ponto médio entre A e O.
18 Lentes Esféricas
O que muda para cada lente?

19 Lentes Esféricas
Lentes Convergentes

A F O F’ A’

20 Lentes Esféricas
Lentes Divergentes

A’ F’ O F A

21 Lentes Esféricas
Referencial de Gauss

De acordo com o referencial de Gauss:


• qualquer ponto ou elemento que esteja localizado acima do eixo de simetria possui
sinal positivo;
• qualquer ponto ou elemento localizado abaixo do eixo de simetria possui sinal
negativo;
• qualquer ponto ou elemento localizado à direita do centro óptico da lente possui sinal
positivo;
• qualquer ponto ou elemento localizado à esquerda do centro óptico da lente possui
sinal negativo.
22 Lentes Esféricas
Raios Notáveis

1) Qualquer raio de luz paraxial que incidir em uma lente paralela ao


seu próprio eixo, irá emergir em uma direção, que passa pelo foco
imagem principal F´.

2) Qualquer raio de luz paraxial que incidir na lente em uma direção


que passa pelo foco objeto principal F, emerge paralelamente com
o eixo principal.

3) Qualquer raio de luz paraxial que incidir na lente, passando pelo


centro óptico C, irá atravessar a lente sem se desviar.

4) Qualquer raio de luz paraxial que incidir na lente em uma direção


que passa por A, irá emergir em uma direção que passa por A´.

23 Lentes Esféricas
Nota!

Além das convenções arbitradas pelo referencial de Gauss, há algumas


informações úteis que podem ser levadas em conta na hora de resolver
exercícios:
• Tanto o foco principal quanto o foco antiprincipal das lentes
divergentes, como as lentes côncavas, são negativos;

• Além disso, quando o tamanho da imagem (i) tiver o sinal negativo,


isso indicará que ela está invertida;

• Se descobrirmos que a posição de uma imagem (p') é positiva, isso


indica que essa imagem é real; do contrário, se a posição da
imagem fosse negativa, essa imagem seria virtual.

24 Lentes Esféricas
Raios Notáveis –
Lentes Convergentes

A F O F A

25 Lentes Esféricas
Raios Notáveis –
Lentes Divergentes

A F O F A

26 Lentes Esféricas
Formação de Imagens

1º CASO: câmera fotográfica e olho


Imagem:
Real
Invertida
Menor

A F O F’ A’

Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-


Share Alike 3.0 Unported.

27 Lentes Esféricas
Formação de Imagens

2º CASO: máquina copiadora


Imagem:
Real
Invertida
Igual

A F O F’

Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-


Share Alike 3.0 Unported.

28 Lentes Esféricas
Formação de Imagens

3º CASO: projetor de slides


Imagem:
Real
Invertida
Maior

A F O F’ A’

Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-


Share Alike 3.0 Unported.

29 Lentes Esféricas
Formação de Imagens

4º CASO:
Imagem:
Imprópria

A F O F’ A’

Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-


Share Alike 3.0 Unported.

30 Lentes Esféricas
Formação de Imagens

5º CASO: Lupa, Correção de Hipermetropia e Presbiopia


Imagem:
Virtual
Direita
Maior

A F O F’ A’

Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-


Share Alike 3.0 Unported.

31 Lentes Esféricas
Formação de Imagens

CASO ESPECIAL: Correção de miopia


Imagem:
Virtual
Direita
Menor

A F O F A

Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-


Share Alike 3.0 Unported.

32 Lentes Esféricas
Estudo Analítico
p

A F O F’ A’
Imagem: Eugenio Hansen / Creative Commons Attribution-
Share Alike 3.0 Unported. i

p’
Equação de Gauss: Aumento Linear:
1 1 1 i  p' f i  p'
  A A A 
f p p' o p f p o p
33 Lentes Esféricas
Vergência (V)
Também chamada de Convergência ou Grau da lente.

1 V  Medida em m-1 ou di (dioptria).


V Popularmente chamada de “grau”.
f Medido em metros (m)

Equação de Halley
(Fabricantes de Lentes).

 nlente   1 1 
R1
R2
V    1.  
 nmeio   R1 R2 
R>0  Face convexa V>0  Lente convergente
R<0  Face côncava V<0  Lente Divergente
34 Lentes Esféricas
Convenções Matemáticas

p = posição do objeto (distância deste até a lente).


p’ = posição da imagem.
p’>0  Imagem Real
p’<0  Imagem Virtual
o = altura do objeto.
i = altura da imagem.
i > 0  Imagem Direita.
i < 0  Imagem Invertida.
f = Foco (distância focal)
f > 0  Lente Convergente.
f < 0  Lente Divergente.
35 Lentes Esféricas
Síntese da aula

- Lentes esféricas são associações de dois dioptros, sendo um


necessariamente esférico e o outro plano ou esférico. ;

- Muito objetos do cotidiano utilizam as lentes esféricas, por


exemplo: óculos, lupa, microscópios, telescópios, câmeras
fotográficas, filmadoras e projetores;

- De acordo com a curvatura, a lente pode ser divergente (lentes


côncavas) ou convergente (lentes convexas);

- A imagem que se forma em uma lente esférica convergente


depende da localização do objeto;

- Para uma lente esférica divergente a imagem será sempre virtual,


direita e menor que o objeto;

36 Lentes Esféricas
Síntese da aula

- Estudo analítico das imagens:

1 1 1 i A   p' A  f i  p'

  A
f p p' o p f p o p

- Vergência (V): também chamada de Convergência ou “Grau” da


lente.

1
V
f
37 Lentes Esféricas
Exercícios

Desenhe, na ilustração abaixo, a imagem do objeto O formada pela


lente convergente L, e caracterize-a quanto a natureza, orientação e
tamanho em relação ao objeto.
Solução:
Dado que a distância do objeto (O) à lente é o dobro da distância focal (f),
conclui-se que o objeto se encontra sobre o ponto antiprincipal objeto (Ao).
Para determinar a imagem graficamente, é suficiente a escolha de dois raios
de luz cujo comportamento ao emergir da lente seja conhecido.

Características da imagem:
real, invertida e do mesmo
tamanho do objeto.

38 Lentes Esféricas
Exercícios

Um objeto real é disposto perpendicularmente ao eixo principal de


uma lente convergente, de distância focal de 30 cm. A imagem obtida
é direita e duas vezes maior que o objeto.
Nessas condições, qual a distância entre o objeto e a imagem, em
cm?
Solução:
Dado que a lente é convergente, então f > 0. Logo f = 30 cm.
Além disso, a imagem é direita e duas vezes maior que o objeto: 𝒚′ = 𝟐𝒚
Do aumento linear transversal, temos
𝒚′ 𝒑′ 𝟐𝒚 𝒑′
=− =− 𝒑′ = −𝟏𝟓𝒄𝒎
𝒚 𝒑 𝒚 (𝟑𝟎𝒄𝒎)
A distância entre o objeto e a imagem será: 𝒅 = |𝒑| − |𝒑′|
𝒅 = |𝟑𝟎| − |𝟏𝟓|
𝒅 = 𝟏𝟓𝒄𝒎
39 Lentes Esféricas
Exercícios

A distância entre um objeto e uma tela é de 80 cm. O objeto é


iluminado e, por meio de uma lente delgada posicionada
adequadamente entre o objeto e a tela, uma imagem do objeto, nítida
e ampliada 3 vezes, é obtida sobre a tela.
Para que isso seja possível, descubra qual deve ser o foco e a lente.
Solução:
A imagem é projetada, então é real e invertida em relação ao objeto.
Logo a lente é CONVERGENTE.
Nessas condições, temos: 𝒚′ = −𝟑𝒚 𝒆 𝒑 + 𝒑′ = 𝟖𝟎 → 𝒑′ = 𝟖𝟎 − 𝒑
𝒚′ 𝒑′ −𝟑𝒚 (𝟖𝟎 − 𝒑)
Do aumento linear transversal, vem =− =−
𝒚 𝒑 𝒚 𝒑
−𝟑𝒑 = −𝟖𝟎 + 𝒑 −𝟒𝒑 = −𝟖𝟎 𝒑 = 𝟐𝟎 𝒄𝒎 𝒆 𝒑′ = 𝟔𝟎 𝒄𝒎
O foco será
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟑+𝟏
= + = + = 𝟒𝒇 = 𝟔𝟎 𝒇 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎
𝒇 𝒑 𝒑′ 𝒇 𝟐𝟎 𝟔𝟎 𝒇 𝟔𝟎
40 Lentes Esféricas
Exercícios

Uma pessoa usa lente divergentes, pois não enxerga nitidamente


objetos colocados a distâncias maiores do que 40 cm de seus olhos.
Qual valor absoluto da convergência de suas lentes corretoras, em
dioptrias?
Solução:
Como a lente usada para correção é divergente, então
𝒇<𝟎
Ou seja
𝒇 = −𝟒𝟎 𝒄𝒎 = −𝟎, 𝟒𝒎
Logo, a convergência da lente será
𝟏
𝑽=
𝒇
𝟏
𝑽=−
𝟎, 𝟒
𝑽 = −𝟐, 𝟓 ∴ 𝑽 = −𝟐, 𝟓 𝒅𝒊
41 Lentes Esféricas

Você também pode gostar