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Atividade 4
Procedimentos de transporte, armazenagem
e descontaminação de materiais
e equipamentos contaminados com os inseticidas............76
Organização
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Objetivos
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Apresentação
Olá, tudo bem? Seja bem-vindo(a) à Unidade Trabalhando com de populações de insetos vetores transmissores de doenças ao
inseticidas: procedimentos de segurança, manejo e logística! homem.
Esta unidade aborda os riscos do uso incorreto de inseticidas Para evitar problemas relacionados a saúde dos profissionais 7
em saúde pública à saúde humana, assim como medidas que atuam nesse campo torna-se fundamental uma melhor
de prevenção para minimizar os riscos de intoxicação e compreensão dos procedimentos de segurança na aplicação,
contaminação do meio ambiente. cuidados no manuseio, armazenamento e transporte de
inseticida e de descontaminação de equipamentos e vestuários
De um modo geral, ainda é muito comum e frequente a utilizados nas operações de controle de insetos com importância
utilização de substâncias químicas para controlar a densidade na saúde pública.
Atividade 1
Riscos existentes nas atividades
de aplicação de inseticidas em saúde pública
As normas regulamentadoras (NRs) constituem-se de um conjunto de requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina
do trabalho, existem deste o ano de 1977, e foram aprovadas por meio da Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978 (BRASIL, 2018b).
É interessante falarmos um pouco mais sobre as NRs nessa Unidade, destacamos que na NR 1 está determinado que as NRs,
relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos
públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (BRASIL, 2018c).
Na NR 1 também consta a afirmação de que a observância das NRs não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições
que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras,
oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho (Brasil, 2018c), ou seja, há várias normativas que podem contribuir também
para a segurança do trabalhador e precisam ser respeitadas.
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A NR 9 estabelece o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) como uma parte integrante do conjunto mais amplo
das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores (Brasil, 2018d). A NR 9 ainda
determina que o PPRA deve estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO) previsto na NR 7.
Enquanto o PPRA é um programa relativo a segurança do trabalhador diretamente expostos aos riscos das condições de trabalho
(NR 9), o PCMSO é relativo à preservação da saúde (NR 7), e ambos são de implementação obrigatória pelos empregadores.
Nas atividades de exposição ocupacional aos inseticidas utilizados em saúde pública há o risco de intoxicação, que depende da
toxicidade (periculosidade), do produto e da intensidade da exposição do aplicador em diversas situações de campo (TURNBULL
et al., 1985).
A toxicidade é uma propriedade intrínseca dos inseticidas e é avaliada por meio de
Mas, o que ensaios com animais de laboratório, seguindo-se os procedimentos estabelecidos em
entendemos normas editadas organizações nacionais (Associação Brasileira de Normas Técnicas
- ABNT) ou internacionais (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
como toxicidade? Económico - OECD).
E a intensidade
A exposição ocupacional é determinada pela atividade e a forma como é realizada,
de exposição, as condições ambientais locais e do tipo de formulação do produto.
do que se trata?
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Durante as atividades de campo com inseticidas existem riscos ocupacionais importantes que devem ser levados em consideração.
Os riscos ocupacionais estão classificados na NR 9 (BRASIL, 2018d) e na Portaria nº 25 da Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho (SSST), de 1994 (BRASIL, 2018e).
Na NR 9 os riscos ambientais em que os trabalhadores ficam expostos são: agentes físicos, químicos e biológicos que, em função
de sua natureza, a concentração ou intensidade e o tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador
(BRASIL, 2018d).
A Portaria nº 25 apresenta os riscos ocupacionais, eles são classificados em cinco grupos: físicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes, de acordo com o anexo 4 da NR 9, (BRASIL, 2018e).
Vamos conhecer mais sobre os cinco grupos de riscos ocupacionais?
https://www.youtube.com/watch?v=6ECYMLB72NQ
Vamos seguir na leitura para detalharmos como essas avaliações acontecem na prática.
Gestão do risco de intoxicação com os inseticidas
A gestão do risco de intoxicação com os inseticidas consiste na avaliação do risco que é realizada por meio de estudos qualitativos
e quantitativo para se determinar o grau de segurança da condição de trabalho (LARINI, 1999).
A NR 9 determina a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) por
parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados. O PPRA visa a preservação da saúde
e da integridade dos trabalhadores (BRASIL, 2018d).
O PPRA dever ser elaborado e implementado, de acordo com a NR 9, através das seguintes etapas: antecipação, reconhecimento,
avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (BRASIL, 2018d).
a. Antecipação e reconhecimentos dos riscos.
g.
Monitoramento da exposição aos riscos
que possam persistir mesmo com o uso das
medidas de controle implementadas.
Os riscos podem ser previstos de forma antecipada na fase de planejamento da atividade produtiva, na aquisição de novos
equipamentos e/ou materiais (inclusive substâncias químicas), na necessidade de implementação dos planos de manutenção
preventiva e na determinação do processo de trabalho.
Para responder estas perguntas há a necessidade de conhecimentos dos produtos envolvidos no processo, dos métodos de trabalho,
do fluxo do processo, e do layout das instalações (SALIBA, 2013).
Reconhecimento dos riscos
Na Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 59, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (ANVISA, 2010), está determinado
que os produtos saneantes são classificados como de risco 1 quando:
I. Apresentem DL50 oral para ratos superior a 2000mg/kg de peso corpóreo para produtos líquidos e superior a 500mg/kg de
peso corpóreo para produtos sólidos.
II. O valor de pH na forma pura, à temperatura de 25º C (vinte e cinco graus Celsius), seja maior que 2 ou menor que 11,5.
III. Não apresentem características de corrosividade, atividade antimicrobiana, ação desinfestante e não sejam à base de
microrganismos viáveis.
Ácidos inorgânicos:
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a. fluorídrico (HF)
b. nítrico (HNO3)
c. sulfúrico (H2SO4)
d. seus sais que os liberem nas condições de uso do produto.
§ 2º No inciso I será admitido o método de cálculo teórico de DL50 oral recomendado pela OMS.
§ 3º No caso dos produtos tratados no inciso II cujo pH não possa ser medido na forma pura, esses devem ser avaliados na diluição
a 1% p/p.
Os produtos saneantes são classificados como de risco 2 quando
I. Apresentem DL50 oral para ratos superior a 2000mg/kg de peso corpóreo para produtos líquidos e superior a 500mg/kg de
peso corpóreo para produtos sólidos.
II. O valor de pH na forma pura, à temperatura de 25º C (vinte e cinco graus Celsius), seja igual ou menor que 2 ou igual ou maior
que 11,5.
III. Apresentem características de corrosividade, atividade antimicrobiana, ação desinfestante ou sejam à base de microrganismos
viáveis.
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A fase de reconhecimento dos riscos de intoxicação com os inseticidas pode ser executada por
meio da análise da bula dos agrotóxicos, que obrigatoriamente tem informações relativas ao
produto, ao meio ambiente e proteção da saúde humana.
Na bula tem, obrigatoriamente, também informações sobre intoxicação, toxicidade aguda e crônica dos agrotóxicos,
tratamento dos intoxicados e medidas de prevenção de proteção dos trabalhadores.
A identificação das condições de trabalho e o posto de trabalho, que são as atividades ou operações realizadas,
são fundamentais na determinação do risco de intoxicação com os inseticidas, pois determinam a intensidade da
exposição do trabalhador.
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A legislação sobre segurança no trabalho com agrotóxicos (NR 31) considera trabalhadores em
exposição direta os que manipulam os agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, em qualquer
uma das etapas de armazenamento, transporte, abertura de embalagens, preparo de caldas,
aplicação, descarte, descontaminação de equipamentos e vestimentas (BRASIL, 2015a). Esta
definição também pode ser aplicada ao trabalhador com os inseticidas em saúde pública.
Com base nesta legislação se identifica o grupo homogêneo de trabalho (GHT), ou seja, os
trabalhadores que exercem a mesma atividade cujas medidas de segurança serão similares
para todos os trabalhadores que atuam na mesma condição de trabalho (CAMPOS, 1999).
Na RDC nº 59 está determinado que a notificação e o registro dos produtos saneantes são efetuados levando-se em conta a
avaliação e o gerenciamento do risco, finalidade, categoria e devem atender regulamentos específicos (ANVISA, 2010).
Neste documento está determinado ainda que na avaliação e gerenciamento do risco são considerados:
A quantificação do risco pode ser realizada por meio de métodos qualitativos ou quantitativos. Os métodos qualitativos são restritos
e não identificam com precisão a necessidade de controle do risco e a eficácia das medidas de controle implementadas.
Por outro lado, os métodos quantitativos são mais onerosos, mas possibilitam a determinação e a classificação do risco das condições
de trabalho em aceitável e não aceitável.
Esta classificação é baseada no critério de aceitabilidade de risco estabelecido com base na toxicidade do inseticida e na exposição
proporcionada ao trabalhador pelas diversas condições de trabalho existentes.
A exposição dos trabalhadores aos inseticidas pode
ser potencial ou real. Vamos entender o que isso significa?
A exposição potencial refere-se à quantidade do composto Já a exposição real refere-se à quantidade absoluta do composto
tóxico coletada sobre a pele e nas vias respiratória e oral tóxico que entra em contato e fica prontamente disponível
do trabalhador, ou com potencial de atingi-la na ausência para ser absorvida nas vias dérmica, respiratória ou oral, em
ou completa permeabilidade das roupas, ou vestimentas, um determinado período de trabalho (BONSALL, 1985).
utilizadas no momento da operação (TURNBULL et al. 1985).
Portanto, a exposição real é uma parte da exposição potencial,
Assim, exposição proporcionada pelas condições específicas de pois uma parte da exposição potencial é interceptada devido
trabalho é a exposição potencial, resultante da interação dos ao uso de alguma medida de proteção coletiva ou individual,
fatores de risco dominantes nas condições especificas de trabalho. ou, no mínimo, pela roupa de uso pessoal (calça, camisa, etc.).
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As principais vias de exposição ocupacional aos agrotóxicos são: a dérmica, em maior proporção, e a respiratória, em menor proporção.
Em estudos realizados em diversas condições de campo de aplicação de agrotóxicos na agricultura em geral tem-se observado que
99% ou mais da exposição total ocorre na via dérmica e apenas 1% ou menos, na via respiratória (WOLFE et al., 1972; VAN HEMMEN,
1992; OLIVEIRA, 2000).
Além da proporção da distribuição da exposição nas vias de contato no corpo do trabalhador deve ser considerado também o
potencial de alcance da corrente sanguínea ou de absorção dos agrotóxicos nas vias de exposição.
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Nas nebulizações da solução oleosa de malathion com equipamento a Ultra Baixo Volume costal para o controle
do mosquito Aedes aegypti em área residencial, Botti (2010) também constatou que mais de 99% da exposição
potencial total ocorre na via dérmica e menos de 1% na via respiratória.
Na via respiratória a absorção do agrotóxico que chega aos pulmões é rápida e completa e, na dérmica, a absorção dos agrotóxicos
é mais lenta e parcial, pois a pele é uma eficiente barreira natural de proteção do organismo (DURHAM e WOLFE, 1962).
Na via respiratória as partículas mais nocivas são as inaláveis e respiráveis. As inaláveis normalmente se depositam nas vias
respiratórias superiores e as respiráveis adentram as vias respiratórias superiores e inferiores, atingem os pulmões e os alvéolos
pulmonares. Nos alvéolos os compostos tóxicos permeiam as membranas alveolares, atingem a corrente sanguínea e o sítio de
ação tóxica no organismo.
Portanto, o tamanho das gotas pode ser mais um dos fatores que explicam a baixa exposição
respiratória determinadas em condições de campo (WOLFE et al., 1972; VAN HEMMEN, 1992;
OLIVEIRA, 2000).
Na norma PD ISO/TR 14294:2011 (BSI, 2011) estão citados e descritos os métodos quantitativos
de interceptação da exposição dérmica que quantifica a massa do agente contaminante, ou
marcador da massa.
A quantificação das deposições nessas vestimentas é o valor da exposição dérmica da parte do corpo sobreposto (VAN HEMMEN, 1992).
Por outro lado, a quantificação da exposição respiratória é Nesta fórmula:
avaliada por meio de bombas pessoais de fluxo de ar contínuo,
com filtros de coleta específicos para partículas, gases e • NOEL (sigla em inglês de nível de efeitos não observados)
vapores dentro de cassetes, ou porta filtros (SALIBA, 2005), expresso em mg do agrotóxico/kg/dia.
posicionados na região da respiração do trabalhador. Nos • P = peso corpóreo médio do trabalhador, considerado
filtros de amostragem da exposição respiratória também são como 70 kg.
quantificados os mesmos marcadores da exposição dérmica. • QAE = Quantidade Absorvível da Exposição: Via dérmica =
10% da exposição dérmica e na Via - respiratória = 100%
O critério de aceitabilidade do risco de intoxicação ocupacional a da exposição respiratória (Feldman e Maibach, 1974,
com os agrotóxicos é baseado no cálculo da margem de citados por BYERS et al., 1992).
segurança (MS), com a fórmula abaixo, proposta por Machado • O valor 10 no denominador é um fator de segurança,
Neto (1997): multiplicado a QAE (BROUWER et al., 1990).
Observa-se que este critério de aceitabilidade de risco depende da toxicidade do agrotóxico e a intensidade do risco depende diretamente
da intensidade da exposição do trabalhador aos compostos tóxicos.
Os valores da MS são calculados para as atividades e tempos de exposição diária de acordo com as condições de trabalho. Para as formulações
com dois ou mais ingredientes ativos a classificação da segurança do produto comercial é baseada no menor valor de MS calculado entre
os ingredientes ativos.
Após as avaliações das exposições e calculados os valores da MS as condições de trabalho podem ser classificadas pela segurança de acordo
com o critério utilizado por MACHADO NETO (1997). Veja a seguir:
se MS ≥ 1 a exposição ocupacional é tolerável e o risco de intoxicação aceitável.
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• Tipo de equipamento de aplicação: Este fator destaca-se com grande relevância, pois geralmente as aplicações
de inseticidas podem ser feitas com mais de um tipo de equipamento que proporcionam exposições com
diferentes intensidades (MACHADO NETO et al., 1996):
• Alta ou baixa pressão de trabalho.
• Tamanho do tanque do equipamento de aplicação.
• Bicos de pulverização.
• Altura ou direção da aplicação.
• Volume de aplicação.
• Modo de aplicação.
• Tipo de formulação (pó seco, grânulos, pó molhável, concentrado emocionável etc.).
• Volatilidade dos defensivos agrícolas.
• Tipo de atividade (misturador, carregador, etc.)
• Duração do tempo de aplicação ou manuseio.
30 • Volume de aplicação.
• Atitudes do trabalhador: mau uso, manuseio displicente ou descuidado (HAYES, 1975).
• Frequência das exposições, medidas de segurança, de proteção e de higiene adotadas (GARCIA e ALMEIDA, 1991).
Outras variáveis ambientais como temperatura do ambiente, condições de vento etc., podem alterar a intensidade da
exposição do trabalhador. Porém, deve-se tomar cuidado com a extrapolação de dados de exposição entre condições de
trabalho similares quando algumas destas variáveis podem ter efeito profundo na intensidade da exposição (FRANKLIN
et al., 1982).
Não obstante, os inúmeros fatores influentes, a exposição no trabalho com agrotóxicos está diretamente relacionada à
concentração do ingrediente ativo no veículo de diluição que o trabalhador está exposto e com o tempo de exposição
efetiva (BONSALL, 1985).
Medidas de controle do risco de intoxicação
A implementação de medidas de segurança deve ser baseada na avaliação do risco e no critério de aceitabilidade. Pelo critério de
aceitabilidade de risco as condições de trabalho podem ser classificadas em seguras ou inseguras.
Classificar as condições de trabalho pela segurança dos trabalhadores é fundamental para determinar a necessidade e a seleção de
medidas de segurança mais adequadas e suficientes para reduzir os riscos de intoxicações a níveis aceitáveis.
De acordo com a NR 9 (BRASIL, 2018d) deverão ser adotadas as medidas de segurança necessárias e suficientes para a eliminação,
a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
c. Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos 31
na NR-15 (BRASIL, 2018f) ou na ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional adotados serão os estabelecidos
pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação
coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos. Os valores limites de exposição
ocupacional contidos na NR 15 (BRASIL, 2018f) e na lista da ACGIH são as concentrações dos pesticidas no ar do ambiente de
trabalho e geralmente são compostos voláteis, não diluídos e a exposição ocorre em ambiente fechado. Entretanto, no caso do
risco químico de intoxicação com os pesticidas, o critério de aceitabilidade de risco é baseado na toxicidade do pesticida e na
exposição ocupacional, pois os pesticidas são compostos químicos de baixa volatilidade, diluídos em água ou óleos e aplicados
em ambiente aberto, com livre circulação de ar.
d. Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos
trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
Chegamos ao final da Atividade 1
Nesta atividade foi possível notar a importância do conceito de risco e da realização periódica
32 e sistemática de avaliações de riscos, principalmente durante as aplicações de inseticidas
utilizados em saúde pública, no intuito de reduzir as probabilidades de contaminação do
aplicador aos compostos utilizados no controle de insetos vetores.
Atividade 2
Medidas de segurança no trabalho
com os inseticidas em saúde pública
a) Medidas que eliminam ou b) Medidas que previnam a c) Medidas que reduzam os níveis
reduzam a utilização ou a formação liberação ou disseminação desses ou a concentração desses agentes
34 de agentes prejudiciais à saúde. agentes no ambiente de trabalho. no ambiente de trabalho.
É importante observar que a implantação das medidas de segurança deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores
quanto aos procedimentos que assegurem a eficiência e a informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam
(NR 9; BRASIL, 2018d).
Medidas de segurança preventivas
Estas medidas de segurança atuam nos fatores de risco e são agrupadas em medidas que
eliminam ou reduzem os riscos de intoxicação.
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As medidas preventivas visam garantir um ambiente de trabalho seguro, trabalhadores
capacitados, motivados e em condições normais de saúde. Portanto, a maioria das medidas
de segurança determinadas na legislação específica para o trabalho com os inseticidas são
preventivas.
Para os produtos registrados para uso em saúde pública a legislação específica é a RDC nº
36 59, de 2010 (ANVISA, 2010) que dispõe sobre os procedimentos e requisitos técnicos para a
notificação e o registro de produtos saneantes e dá outras providências.
Ressalte-se que esta legislação também segue o mesmo rigor da legislação de agrotóxicos
quanto `a saúde e segurança ocupacional.
III - Componente que apresente efeitos comprovadamente mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos em mamíferos.
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Parágrafo único. Excluem-se deste artigo os produtos exclusivos para exportação.
Neste documento também está determinado que os produtos de risco 1 somente podem ser comercializados após a
notificação realizada por meio do peticionamento totalmente eletrônico e divulgada na página da Anvisa, na rede mundial
de computadores - internet.
Os produtos de risco 2 somente podem ser comercializados após a concessão do registro publicada em Diário Oficial da
União.
Os produtos saneantes são classificados
quanto à venda e emprego em:
Produtos de uso
profissional ou de venda
Produtos de venda livre restrita a empresa
especializada
Pela legislação sobre o trabalho com os agrotóxicos NR 31 (BRASIL, 2015a) é obrigatória a elaboração de um plano de gestão de
segurança, saúde e meio ambiente de trabalho rural.
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Esta determinação pode ser aplicada também nas atividades de aplicação de inseticidas em saúde pública.
De acordo com os riscos existentes nos locais de trabalho o programa de gestão de riscos ainda deve comtemplar o PCA - Programa
de Conservação Auditiva, o PP - Programa de Proteção Respiratória, o PDO - Programa de Dermatoses Ocupacionais, e o PAE –
Programa de Ação Ergonômica (CAMPOS, 1999).
Como norma interna e específica cada empresa deve ter escrito o Procedimento Operacional (PO) para cada atividade, ou grupo
homogêneo de trabalho (GHT), ou as Instruções de Operação (IO), baseadas nos manuais das máquinas e equipamentos de aplicação
nas atividades específicas e a OS, de acordo com o PO.
A segurança preventiva ainda contempla a capacitação dos trabalhadores sobre prevenção de acidentes, medidas ergonômicas,
de segurança de máquinas e equipamentos, acessos aos locais de trabalho e vias de circulação, transporte de trabalhadores e de
cargas, áreas de vivência (para refeições no campo e instalações sanitárias), e as medidas de proteção coletivas e pessoais.
Medidas de higiene, limpeza, manutenção
e segurança do ambiente de trabalho
As instituições que desenvolvem atividades com inseticidas ainda devem ter outras normas internas para regulamentar as condições
de saúde e segurança dos trabalhadores, como medidas de higiene, limpeza e manutenção de máquinas e equipamentos de
aplicação e manuseio dos inseticidas, materiais diversos de uso e de vestimentas em geral.
As medidas de higiene do trabalho consistem em ações e procedimentos para evitar, ou reduzir ao mínimo, a contaminação do
ambiente e dos trabalhadores com os produtos tóxicos. Essas ações devem ser aplicadas em todas as etapas da operação de
trabalho.
A higiene do trabalho destinada aos aplicadores deve resultar em hábitos de higiene (de forma similar aos hábitos de
higiene pessoal) para reduzir as exposições e evitar a contaminação de materiais, equipamentos e objetos de trabalho 39
com os produtos tóxicos.
Os trabalhadores devem ser instruídos a realizar a limpeza imediatamente após a ocorrência das contaminações para
manter todos os componentes higienizados e limpos. Algumas ações devem ser realizadas antes e outras imediatamente
após o trabalho com os produtos tóxicos.
Por exemplo, fazer a descontaminação das luvas imediatamente após o manuseio e a contaminação com os produtos tóxicos. Esta
medida de segurança administrativa preventiva deve ser realizada todas as vezes que ocorrer o manuseio e ou a contaminação das
luvas durante a jornada de trabalho. Este procedimento deve ser realizado duas, três ou quantas vezes as luvas forem usadas no
dia.
A segurança preventiva da saúde e do ambiente após o uso dos produtos tóxicos está presente também na legislação brasileira
sobre o registro de agrotóxicos, Decreto Lei nº 4.074 (Brasil, 2015b), e na trabalhista referente ao trabalho com agrotóxicos, a NR 31
(BRASIL, 2015a); mas pode ser aplicada também, por similaridade operacional ao uso dos inseticidas em saúde pública.
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A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos só poderão ser realizadas por pessoas previamente treinadas
e protegidas. A limpeza dos equipamentos será executada de forma a não contaminar poços, rios, córregos e quaisquer outras
coleções de água (NR 31; BRASIL, 2015a).
No caso específico do uso de EPIs descartáveis não há a necessidade das operações de limpeza e manutenção. Não obstante,
diante desta vantagem, há pelo menos duas grandes desvantagens dos EPI descartáveis: elevação do custo com o EPI e a grande
quantidade de material para descarte.
Embalagem e rotulagem de inseticidas
No Decreto nº 79.094 de 1977 (BRASIL, 2018g), que regulamenta a Lei nº 6.360 de 1976, está determinado que os produtos abrangidos
pelo regime de vigilância sanitária, inclusive os importados, somente serão entregues ao consumidor nas embalagens originais, a
não ser quando o órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde autorize previamente a utilização de outras
embalagens.
A legislação de registro de produtos saneantes (RDC nº 59, ANVISA, 2010) determina que o material da embalagem primária deve
possuir composição e porosidade adequadas de modo a não permitir que ocorram:
É proibido o reaproveitamento de embalagens usadas de alimentos, bebidas, produtos dietéticos, medicamentos, drogas,
produtos de higiene, cosméticos e perfumes, para acondicionamento dos produtos saneantes.
É proibida a inscrição de lote, data de fabricação e validade sobre partes removíveis para o uso.
As informações obrigatórias não podem estar escritas sobre partes removíveis para o uso, como tampas, travas de segurança e
outras, que se inutilizem ao abrir a embalagem.
Quando a superfície da embalagem primária não permitir a indicação de todos os dizeres de rotulagem, nesta deve constar,
obrigatoriamente, no mínimo: o nome do produto; componente ativo ou matéria ativa ou princípio ativo; identificação do lote; data
de validade; e a frase advertência: “Antes de usar leia as instruções do prospecto explicativo” ou frase similar.
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As demais informações que não constem na superfície da embalagem primária devem ser indicadas em prospecto ou equivalente
que acompanhe obrigatoriamente o produto.
Na legislação referente aos agrotóxicos, Decreto Lei nº 4.074:2002 (BRASIL, 2015b), determina que os usuários deverão efetuar a
devolução das embalagens vazias dos agrotóxicos miscíveis em água e respectivas tampas aos estabelecimentos responsáveis em
que foram adquiridos no prazo de até um ano, contado da data da compra, e ainda que: os usuários deverão manter à disposição
dos órgãos fiscalizadores os comprovantes de devolução de embalagens vazias, fornecidas pelos estabelecimentos responsáveis,
postos de recebimento ou centros de recolhimento, pelo prazo de, no mínimo, um ano após a devolução da embalagem.
No caso de embalagens contendo produtos impróprios para utilização, ou em desuso, ou produtos em que o rótulo estiver danificado,
o usuário observará as orientações contidas nas respectivas bulas dos agrotóxicos.
Cabe às empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, promover o recolhimento e a destinação dos produtos.
Destaca-se que a maioria destas características das embalagens de agrotóxicos também são observadas nas embalagens
de inseticidas de uso em saúde pública.
As obrigações dos usuários e das empresas titulares dos registros de agrotóxicos sobre a descontaminação e a devolução
das embalagens vazias ainda não estão definidas em legislação específica sobre os saneantes. Portanto, neste aspecto, a
legislação para os saneantes poderia ser seguida de forma similar às dos agrotóxicos.
Os agrotóxicos são classificados pela toxicidade aguda nas seguintes classes e cores das faixas: Classe I - produtos
extremamente tóxicos, a cor da faixa é vermelha. Classe II - produtos altamente tóxicos, faixa amarela. Classe III - produtos
medianamente tóxicos, faixa azul, e Classe IV - produtos pouco tóxicos, faixa verde.
Ressalte-se que embora os saneantes não classificados pela periculosidade ou toxicidade aguda, pela legislação vigente (RDC nº 59,
ANVISA, 2010), os saneantes são classificados em duas classes de risco: classe 1 e classe 2.
Ressalte-se que os saneantes estão classificados em duas classes de risco, mas baseadas apenas na toxicidade. Não foi considerado
o outro fator de risco: a exposição ambiental, para se ajustar ao conceito de risco.
A composição do rótulo dos agrotóxicos de acordo com o Decreto Lei nº 4.074:2002 (BRASIL, 2015b) é a seguinte:
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No painel frontal, na faixa colorida, deve ser incluído um círculo branco com diâmetro igual à altura
da faixa, contendo uma caveira e duas tíbias cruzadas na cor preta com fundo branco, com a legenda:
cuidado veneno.
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Deve conter ainda as expressões: “é obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual. Proteja-
se.” e “é obrigatória a devolução da embalagem vazia”.
Nas últimas linhas, deve conter a classe da classificação toxicológica e a classe da classificação do
potencial de periculosidade ambiental.
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Figura 12. Faixas coloridas para a sinalização do perigo dos agrotóxicos, obrigatória na parte inferior no rótulo, e os pictogramas
sobre o uso dos EPI recomendados para usar na abertura da embalagem e preparo de caldas, na aplicação e segurança ambiental.
Na bula dos inseticidas ainda devem constar os dados relativos à proteção da saúde humana, que são os seguintes: mecanismos
de ação, absorção e excreção para animais de laboratório ou, quando disponíveis, para o ser humano; os sintomas de alarme; os
efeitos agudos e crônicos para animais de laboratório ou, quando disponíveis, para o ser humano; e os efeitos adversos conhecidos.
A descrição dos sintomas de intoxicação, que somente a pessoa exposta sente ou percebe, e os sinais da intoxicação, que são per-
cebidos por outrem, são conhecimentos fundamentais que os trabalhadores expostos devem ter.
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Assim que o trabalhador começar a sentir algum dos sintomas descritos na bula do agrotóxico em uso devem parar de
trabalhar imediatamente, para cessar a exposição, e receber as medidas de primeiros socorros.
Estes conhecimentos devem ser transmitidos aos trabalhadores por meio de cursos de capacitação e treinamentos e,
principalmente, na atividade denominada de diálogo diário de segurança (DDS). Sugere-se que seja realizado o estudo da
bula dos agrotóxicos em uso (NR 31; BRASIL, 2015a).
Profissional para trabalhar com inseticidas
Em complementação às medidas de segurança preventivas estabelecidas na legislação sobre registro de agrotóxicos, a legislação
trabalhista, a NR 31 (BRASIL, 2015a), proíbe a manipulação de quaisquer agrotóxicos não registrados e autorizados pelos órgãos
governamentais competentes.
Pela NR 31 é proibida a manipulação por menores de dezoito anos, maiores de sessenta anos e por gestantes, e a manipulação de
quaisquer inseticidas nos ambientes de trabalho em desacordo com a receita e as indicações do rótulo e bula (BRASIL, 2015a).
Pela NR 31 é proibido o trabalho em áreas recém-tratadas antes do término do intervalo de reentrada estabelecido no rótulo, salvo
com o uso de equipamento de proteção recomendado e a entrada e permanência de qualquer pessoa na área a ser tratada durante
a pulverização aérea (BRASIL, 2015a).
O processo de seleção de pessoal para a manipulação e uso dos produtos químicos tóxicos é fundamental para evitar a ocorrência
de acidentes de trabalho. Para trabalhar com atividades de risco os trabalhadores devem ter o perfil físico e psicológico adequados
48
às condições de trabalho.
Todo trabalhador, devido ao desenvolvimento físico e psíquico ao longo dos anos e o conhecimento do ambiente de trabalho em
que convive, adquire características pessoais que formam a personalidade. Essas características podem ser fortes e marcantes,
positivas e negativas, tais como: qualidades e defeitos, como irresponsabilidade, teimosia, irritabilidade etc. (BARSANO et al., 2014).
Uma vez selecionado adequadamente o trabalhador deve receber capacitação e treinamentos para realizar as atividades de risco.
A personalidade do trabalhador é levada para o ambiente de trabalho e pode dar margem aos atos inseguros ou à criação
de condições inseguras de trabalho.
Devido as características negativas o trabalhador pode praticar atos inseguros como ignorar as regras de segurança,
cometer falhas na execução das atividades o que pode resultar em acidente de trabalho.
49
Os atos inseguros são a forma, consciente ou inconsciente, como as pessoas se expõem aos riscos de acidentes. Por
exemplo: utilizar máquinas sem habilitação ou permissão, não utilizar os EPI necessários etc. (BORSANO, et al., 2014).
Portanto, o processo de seleção deve levar em conta o perfil físico e psicológico necessário do trabalhador para atuar nas
atividades de risco. Desta forma, se consegue prevenir e evitar a ocorrência de acidentes de trabalho.
Capacitação dos trabalhadores diretamente expostos
O homem, mesmo com capacitação técnica, ainda pode falhar por descuido, desatenção, arrogância, persistência de falta de
conhecimento técnico, fatores mecânicos e emocionais (BORSANO, et al., 2014).
O trabalhador deve receber conhecimentos detalhados sobre o armazenamento e o transporte corretos dos inseticidas e das
condições de uso de cada produto. Essas informações estão descritas no rótulo e nas bulas dos agrotóxicos.
Ele também deve ter orientação e conhecimentos corretos sobre o programa de manutenção de equipamentos, tanto dos
pulverizadores, ou nebulizadores, manuais, como dos equipamentos de aplicação mecanizados.
Os trabalhadores devem ser capacitados a observar a maneira de aplicação que traga o menor contato com o agrotóxico. Por outro
lado, o empregador deve criar condições de mecanizar e automatizar as operações para o menor contato do trabalhador com o
agrotóxico e selecionar os produtos menos tóxicos.
50
A capacitação sobre o manuseio e a aplicação dos agrotóxicos em condições de campo é fundamental para reduzir riscos e evitar
intoxicações. A legislação trabalhista, NR 31 (BRASIL, 2015a), determina que as máquinas e implementos devem ser utilizados
segundo as especificações técnicas do fabricante, dentro dos limites operacionais e restrições indicados.
Portanto, os equipamentos de aplicação dos inseticidas devem ser operados por trabalhadores capacitados, qualificados ou
habilitados para tais funções.
Além da capacitação na operação a NR 31 (BRASIL, 2015a) também determina que o empregador rural, ou equiparado, deve
proporcionar capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos a todos os trabalhadores diretamente expostos.
A capacitação prevista na NR 31 deve ser proporcionada aos trabalhadores em exposição direta mediante programa, com carga
horária mínima de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias, durante o expediente normal de trabalho.
No conteúdo da capacitação deve ter conhecimentos das formas de exposição direta e indireta aos agrotóxicos; conhecimento
de sinais e sintomas de intoxicação e medidas de primeiros socorros; rotulagem e sinalização de segurança; medidas de higiene
durante e após o trabalho; uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal; limpeza e manutenção das roupas, vestimentas
e equipamentos de proteção pessoal.
A NR 31 (BRASIL, 2015a) também determina que o empregador rural deve disponibilizar a todos os trabalhadores informações sobre
o uso de agrotóxicos no estabelecimento, como: área tratada, descrição das características gerais da área da localização, e do tipo
de aplicação a ser feita, incluindo o equipamento a ser utilizado; nome comercial do produto utilizado; classificação toxicológica;
data e hora da aplicação; intervalo de reentrada; intervalo de segurança/período de carência; medidas de proteção necessárias aos
trabalhadores em exposição direta e indireta; medidas a serem adotadas em caso de intoxicação.
Ressalta-se que a capacitação dos trabalhadores diretamente expostos aos agrotóxicos também deveria ser obrigatória para os
trabalhadores envolvidos com o uso dos inseticidas e pesticidas em geral em saúde pública.
A legislação específica sobre saúde dos trabalhadores expostos a risco ocupacionais é a NR 7, que estabelece a obrigatoriedade de
51
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados,
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto
dos seus trabalhadores (BRASIL, 2018h).
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo
estar articulado com o disposto nas demais NR.
Neste programa deve-se considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores e privilegiar o
instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre a saúde e o trabalho.
O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho,
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde
dos trabalhadores.
Na NR 7 está determinado que compete ao empregador:
a. Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia.
c. Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da
empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO.
d. No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar
médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO.
52
O exame médico periódico deverá ser realizado de acordo com os intervalos mínimos de tempo discriminados na NR 7.
O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador
ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas
orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção
do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.
Os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes discriminados nos
Quadros I e II desta NR 7. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos deverá ser, no mínimo, semestral, e pode ser
reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação
coletiva de trabalho.
Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não-constantes dos Quadros I e II desta NR 7 outros indicadores biológicos 53
poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses
indicadores. A avaliação clínica destes trabalhadores, como parte integrante dos exames médicos, deverá obedecer aos prazos e à
periodicidade estabelecidos na NR 7.
Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas)
vias:
• A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras,
à disposição da fiscalização do trabalho.
• A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.
Na NR 7 também está determinado que todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado
e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
O trabalhador, ao interagir no ambiente de trabalho como um todo (espaço, físico ou abstrato), sofre influência de maneira positiva
ou negativa e sofre alterações no seu estado físico, psíquico e social. Por outro lado, é natural que o trabalhador leve problemas
pessoais para o ambiente de trabalho (BORSANO, et al., 2014).
Nas atividades de trabalho existe o fator pessoal de insegurança quando o trabalhador executa o trabalho com má vontade,
condições físicas anormais (doenças, deficiência física, psíquica), sem nenhuma experiência, conhecimento e treinamento etc.
Devido aos fatores pessoais de insegurança, o trabalhador, por atos voluntários ou involuntários, por negligência, imprudência, ou
imperícia, provoca o desencadeamento de acidentes e doenças do trabalho (BORSANO, et al., 2014).
Para controlar os efeitos do fator humano no risco de intoxicação com os produtos tóxicos as empresas devem implementar
ações de valorização dos trabalhadores ao possibilitar o desenvolvimento profissional e pessoal. Essa ação proporcionará
a elevação da autoestima, a melhoria do desempenho, maior comprometimento e torna o ambiente de trabalho mais
agradável.
54 O ambiente de trabalho deve ser um local harmonioso e receptivo para que todos possam desenvolver as atividades com satisfação
e entusiasmo. As normas e regras estabelecidas pela empresa também são importantes para promover uma boa comunicação.
As principais regras de comportamento desejável são: respeite e chame as pessoas pelo nome, seja gentil, participe com ânimo
das atividades que lhe são delegadas, se coloque à disposição para ajudar, não faça julgamento das pessoas e desempenhe as
atividades da forma mais eficiente possível.
O diálogo sempre é importante para não gerar conflitos, respeito às diferenças das pessoas, evite intrigas, e nada de comentários
pejorativos ou conversas paralelas.
As empresas buscam por profissionais que saibam trabalhar em grupo, pro-atividade e vocação para liderança. Uma
empresa brasileira cita em seu website na referência à disponibilidade de vagas e seleção empregados: Para todas as
oportunidades, a Eldorado Brasil busca profissionais com boa comunicação e relacionamento interpessoal e atitude de
‘dono’ (ELDORADOBRASIL, 2015).
O equipamento de aplicação é a causa primária da exposição no trabalho, cuja intensidade está diretamente relacionada
à sua estrutura e funcionamento.
Aumentar a segurança das máquinas de aplicação constitui-se em medida de segurança coletiva, pois se atua na principal
causa do risco.
Entre os elementos ambientais, o vento no momento das aplicações de produtos tóxicos pode ser utilizado como fator de segurança,
quando afasta, ou de risco, quando aproxima as gotas de pulverização para o corpo do trabalhador.
A intensidade deste efeito vai depender da observação do posicionamento do trabalhador, em relação ao deslocamento da névoa
de gotas de aerossóis, durante os tratamentos com inseticidas.
56
O equipamento de aplicação é a causa primária da exposição no trabalho, cuja intensidade está diretamente relacionada
à sua estrutura e funcionamento.
As medidas de proteção coletivas também atuam eliminando o risco por meio do uso de técnicas de controle alternativos
aos produtos tóxicos, como a retirada e/ou eliminação de potenciais criadouros de mosquitos transmissores de doenças
do intra e peridomicílio das áreas urbanas.
Aumentar a segurança das máquinas de aplicação constitui-se em medida de segurança coletiva, pois se atua na principal
causa do risco.
Medidas de Proteção Individual
As medidas de proteção individual controlam somente as exposições dérmicas e respiratórias dos trabalhadores expostos aos
agrotóxicos. Portanto, são aplicadas por meio de vestimentas de proteção, denominadas de equipamentos de proteção individual
(EPI). Os EPIs ficam posicionados sobre as partes do corpo do trabalhador exposto e impedem o contato direto do agrotóxico com
as vias dérmica e respiratória na superfície do corpo.
As peças legalmente classificadas como EPIs têm etiqueta com o número do CA (Certificado de Aprovação) emitido pelo Departamento
de Saúde e Segurança no Trabalho (DSST) do Ministério do Trabalho. O CA garante que a peça passou pelo processo de avaliação e
atende aos requisitos determinados em normas adotadas pelo DSST.
As peças similares, ou mesmo que tenha CA mas que não tem a etiqueta, de modo que não são peças legalmente identificadas
e não podem ser usadas como EPI.
57
Os EPIs atuam reduzindo a exposição respiratória por meio da filtragem do ar contaminado que o trabalhador respira e a exposição
dérmica, por meio de dois princípios de proteção: impermeabilização e repelência.
58
A proteção por impermeabilização é obtida com materiais impermeáveis como plásticos, napas e emborrachados em geral.
A proteção por repelência é obtida com o tratamento de tecidos confeccionados com fios de algodão puro ou misturados com fios
sintéticos de poliamidas com calda de fluorcarbono quente. O tratamento com o fluorcarbono dá a propriedade de repelir as gotas
de pulverização que atingem as vestimentas.
Proteção da via dérmica ou da pele
59
Figura 14. Usuário com os EPIs, e peças de EPIs para o trabalho com os inseticidas.
• Capuz – Peça única ou afixada na camisa do conjunto de
EPI hidro-repelente, confeccionada em tecidos de brim, o
mesmo tecido da camisa e da calça. O capuz tem a impor-
tante função na proteção da área da nuca, orelhas, couro
cabeludo e pescoço contra o contato de aerossóis tóxicos
e raios solares.
60
As luvas devem ser confortáveis (tamanho adequado ao tamanho das mãos do usuário), flexíveis e com boa sensibilidade
para manuseio dos recipientes, materiais contaminados e equipamentos. Recomenda-se a utilização de luvas nitrílicas.
As luvas devem ser lavadas ainda nas mãos e após cada uso ou contaminação.
__________________________
Nas operações com UBV pesado e costal pode se utilizar botas de borracha brancas com cano longo. As botas devem ser
higienizadas adequadamente ao final de cada jornada de trabalho.
• armazenamento,
• manuseio,
62 • transporte, e
• aplicações de inseticidas residual ou espacial.
Todas as peças de EPI devem ser higienizadas após o uso e devem ser usadas somente após a higienização.
Proteção da via respiratória
O aparelho respiratório humano possui conformação para a evitar que as partículas maiores cheguem ao interior do pulmão.
Porém, essa proteção não tem eficácia contra uma fração de partículas pequenas que podem chegar ao interior dos alvéolos.
A proteção da via respiratória é realizada com o uso de equipamentos de proteção respiratória (EPR). Todos os respiradores são
afixados por tirantes reflexíveis ou elásticos ajustáveis no entorno do crânio do usuário.
63
As peças faciais são classificadas em: Quanto ao material utilizado os respiradores são classificados
em descartáveis ou reutilizáveis.
a. Quarto-facial: a borda da peça cobre o nariz e a boca e se
posiciona sobre o queixo. a. Os respiradores descartáveis são compostos por uma
peça semifacial recoberta pelo filtro.
b. Semi-facial: a borda da peça facial cobre o nariz, a boca e
se posiciona embaixo do queixo. b. Os respiradores reutilizáveis podem ser compostos por
peças quarto-facial, semifacial ou facial.
c. Facial: a boda da peça facial cobre toda a face do usuário.
O respirador preferido são os que têm as peças faciais com válvulas de inalação e exalação. O acionamento das válvulas de inalação
e exalação é o seguinte:
64 Os filtros de ar dos EPR de pressão negativa são diferenciados para os respiradores descartáveis e reutilizáveis. Para os respiradores
descartáveis os filtros são posicionados sobre as peças faciais e são denominados pela sigla PF. Nos respiradores reutilizáveis os
filtros são cartuchos com partículas de carvão ativado afixados na peça facial.
Pela norma NBR 13.698 (ABNT, 2011), os respiradores descartáveis PFF são classificados em PFF1, PFF2 e PFF3 (Tabela 1), de acordo
com o nível de penetração e resistência à respiração, medidas em condições de ensaio. A proteção proporcionada por uma peça,
ou respirador, PFF2 ou PFF3 inclui a proteção proporcionada por uma PFF de classe ou classes inferiores.
As PFFs podem ser classificadas pela capacidade de reter partículas sólidas e líquidas à base de água; identificadas com letra S, se
aprovadas no ensaio com aerossol de cloreto de sódio. Estes respiradores também podem ser identificados pelas letras SL,se apro-
vados nos ensaios com aerossol de cloreto de sódio e de óleo de parafina ou de doctil ftalato (DOP).
Tabela 1. Valores limites para ensaios de laboratório para avaliar a resistência máxima à respiração, pela passagem do fluxo de ar
contínuo na inalação e na exalação, e penetração máxima dos aerossóis usados nos ensaios (NBR 13.698; ABNT, 2011).
65
EPR descartável
66
Figura 15. Modelos de respiradores descartáveis para proteção contra produtos
químicos. A) Com um filtro contra partículas e B)
Com filtros contra partículas e produtos químicos.
A norma NBR 13.698 (ABNT, 2011) determina que os materiais das PFFs devem ter as seguintes características:
a. Suportar o manuseio e o uso durante o período de uso para a qual foi projetada.
b. Os materiais das partes que entrarem em contato com a pele não podem causar irritação ou efeitos adversos à
saúde do usuário.
c. Qualquer material liberado pelo meio filtrante e pelo fluxo de ar através deste meio não pode constituir risco ou
incômodo para o usuário.
d. O acabamento de qualquer parte da PFF que possa entrar em contato com usuário deve ser livre de rebarbas
ou cantos vivos.
e. Todas as partes desmontáveis (se existirem) devem ser facilmente conectadas e mantidas firmemente na peça,
preferivelmente sem o uso de ferramentas.
A inspeção visual das PFFs deve ser feita observando-se as marcações, as informações fornecidas pelo fabricante, as
instruções de uso e as características dos materiais utilizados.
EPR reutilizável
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Figura 16. Modelos de respiradores reutilizáveis para proteção contra produtos
químicos. A) Peça semifacil e B) Peça facial.
• eletrostáticos,
• mecânicos, e
• para partículas.
Nos filtros mecânicos a captura é devido às forças de inércia, interceptação direta, movimento browniano, a ação eletrostática é
muito pequena.
Nos filtros para partículas o elemento filtrante retém os aerodispersóides, e dependendo dos mecanismos de captura das partículas
pelas fibras do filtro, os filtros podem ser de dois tipos: mecânico ou eletrostático NBR 13.697 (ABNT, 2010a).
Os filtros para partículas são classificados em P1, P2 e P3 de acordo com o nível de penetração de aerossol e de resistência à
respiração (Tabela 2).
Tabela 2: Valores limites para ensaios de laboratório para avaliar a resistência máxima à respiração dos filtros para partículas, pela
passagem do fluxo de ar contínuo, e penetração máxima dos aerossóis usados nos ensaios NBR 13.697 (ABNT, 2010a).
68
Os filtros de classe P1, P2 e P3 são classificados pela capacidade de remover partículas sólidas e líquidas (SL) ou somente sólidas
(S). A proteção proporcionada por um filtro P2 ou P3 inclui aquela proporcionada por um filtro de classe ou classes inferiores NBR
13.697 (ABNT, 2010a).
• vapores orgânicos,
• gases ácidos,
• amônia, e
• especiais.
Os filtros múltiplos são uma combinação de dois ou mais tipos e que satisfazem os requisitos de cada tipo. Os filtros combinados
são químicos ou filtros múltiplos que incorporam um filtro para partículas.
Os filtros para partículas
são classificados em P1, P2
e P3 de acordo com o nível
de penetração de aerossol
e de resistência à respira-
ção (Tabela 2).
A proteção proporcionada por um filtro de uma dada classe inclui a proteção dada pelo filtro correspondente de classe ou
classes inferiores. A máxima concentração de contaminante em que um filtro para gases e vapores de uma classe e tipo
pode ser usado encontra-se na Tabela 3 (NBR 13.696; ABNT, 2010b).
Controle da exposição respiratória
Para o controle da exposição respiratória no trabalho com os agrotóxicos, entre os respiradores listados na NR 6:2015 (BRASIL,
2015f), são indicados os respiradores purificadores de ar não motorizado contra partículas (gotas de pulverização) e gases e vapores
70 tóxicos com as seguintes combinações:
a. Peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas.
b. Peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias
contra gases e vapores e ou material particulado.
Seleção do respirador
Entre as etapas para seleção do respirador do Programa de Proteção Respiratória (PPR) proposto e publicado pela FUNDACENTRO
em 2002 (FUNDACENTRO, 2015), recomenda que:
2) Se o fator de proteção
1) Se o contaminante for um requerido for menor que 10, se o
agrotóxico e o veículo orgânico contaminante for um agrotóxico
usar filtro combinado: em veículo água:
• filtro químico contra vapores orgâ- • fusar filtro mecânico classe P2, ou
nicos e filtro mecânico classe P2, ou
• peça semifacial filtrante para par-
• filtro químico de baixa capaci- tículas PFF2, se o fator de proteção
dade FBC1 para vapor orgânico atribuído for menor que 10. 71
combinado com peça semifacial
filtrante para partículas PFF2.
• Este é caso das atividades de
• Este é o caso das atividades re- aplicações de caldas com os agro-
alizadas com as embalagens dos tóxicos diluídos no veículo aquoso
agrotóxicos, as formulações puras: ou oleoso.
transporte e preparo de caldas;
abertura e dosagem dos produtos,
e abastecimentos dos tanques.
Para as formulações de pronto uso, sólidas ou líquidas, podem-se utilizar as mesmas recomendações: 1) ou 2), em função das
condições da exposição respiratória.
Para que servem os filtros?
Os filtros dos respiradores podem ser para filtrar partículas ou vapores. Os tipos de filtros para filtrar partículas estão listados na
Tabela 2 e os para vapores na Tabela 3.
Atualmente, no mercado existem respiradores leves e com pouco espaço morto. O espaço morto consiste no espaço entre a parede
da máscara e a pele do usuário. Se o espaço morto é muito grande o gás carbônico não é eliminado e, consequentemente, provoca
um cansaço respiratório a cada nova respiração, devido à presença constante desse gás.
É importante lembrar que barba e costeleta grande e cicatrizes marcantes na face diminuem contato da peça facial no rosto e a
perfeita vedação, facilitando a passagem de produtos tóxicos pelas frestas laterais e causando efeitos negativos ao usuário.
A peça facial é a ideal para ações de aplicações com inseticidas, pois, seu fator de proteção (boca, nariz, queixo e olhos) é
maior que na semifacial.
Em ambas as peças devem ser usados os filtros mecânicos P2 e cartucho químico classe 1, para exposição a vapores
orgânicos. O filtro mecânico P2 apresenta boa capacidade de retenção de partículas e exige pouco esforço respiratório.
Os filtros devem ser de alta qualidade e se encaixar perfeitamente ao corpo das máscaras e conferir proteção simultânea
contra gases, vapores e partículas em suspensão.
Higienização dos respiradores reutilizáveis
A limpeza e descontaminação da peça facil dos respiradores é de fundamental importância para diminuir os riscos de intoxicação.
Antes de iniciar a higienização os respiradores devem ser desmontados e as partes lavadas separadamente.
A limpeza deve ser realizada diariamente, ou após o uso diário, com um pedaço de pano macio com água morna e sabão ou
detergente neutro nas partes externa e interna da peça. A higienização completa deve ser realizada sempre que o respirador for
destinado a outra pessoa, caso ainda esteja em boas condições de uso.
O procedimento de descontaminação se inicia com a separação ou desconexão de todas as peças. Em seguida, pode se utilizar uma
das soluções desinfetantes indicadas a seguir:
Após a descontaminação, as peças deverão ser cuidadosamente enxaguadas para retirar o excesso de material descontaminante,
secar na sombra e guardar em local adequado, limpo e protegido do sol e de excessiva umidade do ar.
Após a limpeza e descontaminação deverá ser realizada inspeção no equipamento que inclui a verificação da estrutura, sinais de
vazamento, estado dos tirantes, das válvulas, etc.
Todo componente de borracha deve ser inspecionado para verificação da elasticidade e sinais de deterioração. As peças danificadas
devem ser substituídas e quando o respirador não mais apresentar condições de uso deve ser descartado.
Recomendação legal do uso de respiradores
Na NR 9 (BRASIL, 2018d) está determinado que a utilização de EPI no âmbito do PPRA deverá considerar as normas legais e
administrativas em vigor e envolver no mínimo, as seguintes ações:
a. Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a
eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário.
b. Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que
o EPI oferece.
c. Estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação,
a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas.
d. Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI utilizados para os riscos
ambientais.
Os diversos aspectos inerentes aos EPIs estão regulamentados na norma regulamentadora nº 6 (NR 6) específica sobre EPI (BRASIL,
74
2018i).
De acordo com a NR 6 considera-se como EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado
à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Na NR 6 está determinado que compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT,
ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado
ao risco existente em determinada atividade.
Na NR 6 (BRASIL, 2018i) está determinado que a instituição é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a. sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de
doenças profissionais e do trabalho.
b. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.
c. para atender a situações de emergência.
Na NR 6 (BRASIL, 2018i) está determinado que atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, o empregador deve
fornecer aos trabalhadores os EPI adequados aos riscos proporcionados pelas condições de trabalho aos trabalhadores. E que as
responsabilidades, quanto aos EPIs, do empregador, do empregado, do fabricante e do importador que são as seguintes.
O uso correto e a manutenção adequada dos EPI garantem a redução de riscos potencias de intoxicação humana e devem fazer
parte de programa de treinamento constante, contínuo e periódico dos aplicadores.
Atividade 4
Procedimentos de transporte, armazenagem
e descontaminação de materiais
e equipamentos contaminados com os inseticidas
• NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos.
• NBR 7501 – Transporte de Produtos Perigosos - Terminologia.
• NBR 7503 – Fichas de Emergência e Envelope para Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, Características,
Dimensões e Preenchimento.
• NBR 9735 – Conjunto de Equipamentos para Emergência no Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
• NBR 14619 – Incompatibilidade Química.
• NBR 15481 – Condições Mínimas de Segurança para o Transporte de Produtos Perigosos e Anexo A – Lista de Verificação
“Check List” de veículos, carga e documentos antes e depois de carga ou antes da descarga de produtos perigosos.
77
As embalagens de inseticidas deverão ser resistentes o suficiente para suportar os riscos do carregamento, transporte,
descarregamento e transbordo, sendo proibido o transporte junto com animais, alimentos e medicamentos.
O expedidor deve informar ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) sobre o trajeto de transporte dos produtos
perigosos, na qual deve evitar vias de tráfego em áreas densamente povoadas, de proteção de mananciais e reservatórios de água,
assim como vias de grande fluxo de trânsito, nos horários de maior intensidade de veículos.
Os veículos utilizados no transporte de inseticidas em vias públicas devem portar os seguintes documentos:
a. certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos a granel do veículo e dos equipamentos,
b. documento fiscal do produto transportado, e
c. ficha de emergência e envelope para o transporte, emitidos pelo expedidor.
Os veículos que transportam produtos voláteis, assim como embalagens vazias não descontaminadas, mas que tenham
contidos inseticidas, devem estar munidos de luvas, botas e respiradores faciais para assegurar a proteção das pessoas
envolvidas nessa atividade. Além de pás e enxadas para construir diques de terra, caso seja necessário.
Recomenda-se que, para maior segurança, todos os veículos usados no transporte de inseticidas estejam em condições
adequadas de tráfego e, em viagens longas, o motorista seja acompanhado de um auxiliar, o que pode agilizar as
providências em caso de acidentes.
Preferencialmente, os inseticidas deverão ser distribuídos às frentes de trabalho através de veículo próprio para esta finalidade,
podendo ficar encarregado dessa tarefa, o inspetor ou supervisor da área. No entanto, se não houver outro meio de transporte
para levar pequenas quantidades de praguicidas, é essencial que os produtos estejam devidamente isolados, usando, por exemplo,
uma caixa separada, mesmo se tratando de embalagens pequenas. O cuidado é o fator primordial para qualquer operação com as
embalagens de praguicidas.
78 Nas operações de carga e descarga, o piso do compartimento de carga do veículo deve estar livre de pregos ou parafusos salientes,
evitando-se danos às embalagens. Quando essas forem frágeis ou passíveis de ruptura recomenda-se que sejam protegidas por
materiais e estruturas apropriadas. Os produtos embalados em baldes ou tambores devem ser colocados na vertical, evitando-se
que, durante o trajeto, venham a rolar.
As embalagens não deverão ser jogadas no chão ou sobre o caminhão, pois podem romper e provocar contaminação humana e
ambiental. Em situações de acidente, avaria ou outro fator que obrigue a parada do veículo, o condutor deve adotar as medidas
indicadas na ficha de emergência e no envelope para transporte.
Dependendo da natureza, extensão e características da emergência, o condutor deve informar a ocorrência, o local, as classes e
quantidades dos inseticidas transportados para autoridades de trânsito, na qual determinará ao expedidor ou ao fabricante do
produto a presença de técnicos ou pessoal especializado, no local do acidente.
No caso de acidentes com produto líquido o caminhão deverá ser estacionado em local onde o vazamento não atinja esgoto e
cursos de água. O vazamento será contido com colocação de terra ou abertura de valetas. Em caso de acidentes com inseticidas em
pós, as precauções deverão ser as mesmas, tomando-se o cuidado para não ocorrer o espalhamento do produto pelo vento.
Em caso de acidentes, com vazamentos de produtos no meio ambiente, qualquer descumprimento ao Regulamento do Transporte de
Produtos Perigosos, Resolução Nº 5.232/16 ANTT e normas da ABNT poderá ser caracterizado como prática de um crime ambiental,
sujeito à multa e pena de reclusão de 1 a 4 anos.
As embalagens rompidas devem ser reembaladas e rotuladas. A terra utilizada na contenção de vazamentos será embalada e
identificada como material tóxico e, posteriormente, enterrada em local apropriado ou transportada para destino adequado,
quando a situação exigir.
Após o acidente, a carroceria do caminhão deverá ser descontaminada com detergente, solução saturada de carbonato de sódio a
10% ou solução de soda cáustica a 5%. A recomendação é que seja realizada em local afastado, distante de residências, esgotos e
cursos de água.
Conforme a NBR 9735, os veículos que transportam inseticidas deverão portar um Kit de Emergência contendo:
Para maiores informações a respeito do preparado de soluções neutralizadoras recomendamos a leitura do item 10.1.5
do manual de procedimentos de segurança no controle de vetores publicado pela Fundação Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde, em 2001.
Armazenamento de inseticidas
O armazenamento de inseticidas deve ser realizado em depósitos, cujo prédio fica em área isolada do corpo principal de qualquer
outro prédio, obrigatoriamente localizado em piso térreo, distante de residências e cursos de água.
A construção deve ser realizada em alvenaria, com boa iluminação e ventilação e piso de cimento, liso e de fácil limpeza, com
resistência para suportar grandes pesos. Recomenda-se que sejam construídos em áreas elevadas para evitar inundações.
As paredes e a cobertura devem ter bom isolamento térmico, já que as elevadas temperaturas contribuem na degradação do
inseticida. As portas e janelas deverão proteger os inseticidas contra radiação solar, assim como impossibilitar a entrada de água
em dias de chuva.
Também devem possuir uma área para armazenar material absorvente, tais como serragem ou terra argilosa, assim como um
banheiro em boas condições de higiene com chuveiro de emergência e dispositivo “lava-olhos” para eventuais casos de contaminações
dérmica. Os extintores de incêndio devem estar dentro da validade e vistoriados periodicamente.
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Os recipientes com inseticidas deverão permanecer sobre estrados de madeira, sempre obedecendo as recomendações do
fabricante a respeito do número máximo de embalagens por empilhamento. O local deve ser seguro e bem sinalizado, ou seja,
as janelas e fechaduras devem ser apropriadas, o telhado resistente e sem goteiras e as placas indicativas de não fumar, perigo e
entrada de pessoas somente autorizadas devem estar visíveis, nítidas e conservadas.
O empilhamento de inseticidas deve ser organizado de forma que haja amplo espaço para manuseio e/ou movimentação, bem
como arejamento entre as pilhas, não devendo ser encostados nas paredes e teto.
O armazenamento não pode impedir a passagem nas portas de saída, ou seja, é necessário que estejam livres para a rápida retirada
do pessoal em serviço, em caso de acidente.
No depósito pode ocorrer acidentes e vazamentos. Os vazamentos nos depósitos ocorrem principalmente quando as embalagens
são deslocadas ou quando os inseticidas são manuseados inadequadamente. Portanto, deve-se assegurar que as embalagens que
forem abertas sejam tampadas adequadamente depois do seu uso. Além disso, deve-se examinar as embalagens na chegada e
periodicamente em busca de vazamentos e outros danos.
Caso a embalagem original esteja muito danificada e não possibilite a manutenção do inseticida na embalagem original, o produto
deve ser transferido de preferência para outra embalagem vazia do mesmo produto, de modo que não possa ser confundida 81
com outros inseticidas. No caso de pós ou granulados recomenda-se cobrir com areia ou terra seca, em seguida transferi-los para
vasilhames com tampa, de maneira que não levante muito pó.
No caso de incêndio do depósito de armazenamento de inseticidas o corpo de bombeiros deve ser acionado imediatamente.
Não se deve jogar jato de água, pois existe o risco de levar os produtos para esgotos ou fontes de água. Algumas vezes, se
o prédio é isolado e contém materiais altamente tóxicos, o procedimento mais seguro é deixar incendiar, sob supervisão.
Descontaminação de materiais e equipamentos
contaminados com os inseticidas
Primeiramente, nunca se deve manusear inseticidas ou material contaminado sem os EPIs, principalmente nas atividades de
preparação, mistura e transferência de produtos.
Antes de manusear qualquer tipo de inseticida recomenda-se a leitura das informações contidas no rótulo ou na bula, a fim de
garantir a segurança, tanto do aplicador, quanto de toda a comunidade. É importante destacar que o manuseio seja realizado,
sempre que possível, em ambiente aberto e ventilado.
Para os procedimentos da lavagem as roupas usadas durante as aplicações de inseticidas devem ser separadas das demais peças
de roupa. Antes do processo de lavagem propriamente dito, as peças deverão submetidas a três molhos com água e sabão.
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A lavagem de roupas utilizadas nas atividades de controle de insetos vetores minimizará a contaminação do usuário, de
modo a evitar exposição dos toxicantes nas vestimentas e possíveis intoxicações. No entanto, essa atividade não deve ser
realizada por gestantes, idosos e crianças.
Equipamentos de proteção
O trabalhador que realiza a lavagem das vestimentas deve usar sempre luvas de borracha nitrílicas. Um par de luvas deve ser
separado para uso exclusivo da lavagem. O tempo de permanência em cada molho deverá ser de uma hora.
As águas provenientes dos molhos podem ser escoadas na rede comum de águas servidas, sem problemas de contaminação, uma
vez que passaram por elevada diluição. Após ficarem de molho, as roupas poderão ser manuseadas com segurança, praticamente
sem risco de contaminação, mas o trabalhador ainda deve usar as luvas de proteção.
Antes de proceder a lavagem dos materiais utilizados nas atividades de controle deve-se recolher todos os restos dos produtos,
caldas e embalagens vazias.
Nas embalagens devem ser verificadas se não há restos de produtos que porventura sobraram no fundo do recipiente, mesmo que
durante o abastecimento, todo conteúdo tenha escorrido.
Recomenda-se que o frasco, após o esvaziamento, continue inclinado por mais 30 segundos, em um tanque específico de descarte
de materiais.
Após isso, as embalagens rígidas e que as formulações que contenham são para diluir em água devem ser submetidas à operação
de tríplice lavagem.
A tríplice lavagem da embalagem consiste na colocação de água no interior da embalagem, em cerca de 1/4 do volume total, tampar
e agitar vigorosamente por 30 segundos. Este procedimento deverá ser repetido três vezes.
A água de lavagem no interior da embalagem deverá ser colocada no interior do tanque do equipamento de aplicação, juntamente
com a calda preparada. Ressalte-se que é muito importante observar que não exceda à capacidade volumétrica do tanque do
equipamento. Tal procedimento elimina cerca de 99,8% do produto da embalagem, assegurando menor risco para o descarte.
Após a realização da tríplice lavagem e inutilização da embalagem (perfuração, esmagamento, etc.) as embalagens deverão ser
transportadas o local de armazenamento de embalagens vazias para, posteriormente, serem devolvidas ao fornecedor ou destinadas
a outras finalidades, como reciclagem industrial, por exemplo.
Para formulações de diluição em óleo de soja envasadas em tambores metálicos, estas embalagens metálicas poderão ser reutilizadas para
conter a mesma formulação do inseticida. Os tambores metálicos vazios deverão ser usados para conter temporariamente o óleo de soja
usado para a descontaminação de outros tambores, desde que se tenha absoluta certeza que todo o conteúdo foi devidamente esvaziado.
A descontaminação do tambor metálico usado como embalagem de formulações de inseticidas de diluição em óleo deve ser feita
com cerca de 50 litros de óleo de soja. Em seguida a colocação do óleo de soja dentro do tambor tampar completamente o bocal da
embalagem, realizar movimentos vigorosos até que o óleo tenha lavado os restos de inseticida.
84 Depois da lavagem interna da embalagem com o óleo de soja, guardar o óleo da lavagem em tambor identificado com a palavra
veneno. O óleo da lavagem deve ser usado em diluições posteriores quando da preparação de solução para uso a Ultra Baixo Volume.
Após a retirada do óleo o tambor deverá ser lavado com água pressurizada, podendo ser usado para fins específicos de coleta e
armazenamento de lixo.
Os tambores plásticos não deverão ser reaproveitados, pois as paredes do recipiente podem estar impregnadas com o produto.
Essa unidade finalizará com os procedimentos de equipamentos motorizados costais e acoplados a veículos.
Para a limpeza dos equipamentos motorizados adota-se também a tríplice lavagem que consiste nos seguintes procedimentos:
2. seguida de três passagens consecutivas com acionamento da máquina (com ou sem os bicos), promovendo o esvaziamento
total do tanque.
A água da lavagem dos equipamentos deverá ser recolhida em caixa de cimento, onde sofrerá a devida neutralização, evitando
assim a contaminação do ambiente. Limpar também viaturas e materiais de operação.
Chegamos ao final!
Esperamos ter ajudado a apreensão do uso correto sobre armazenamento, transporte e des-
contaminação dos equipamentos contaminados com inseticidas. Para maior aprofundamento 85
consulte a biblioteca virtual disponível.
Bons estudos!
MAPA MENTAL
Abaixo apresentamos um mapa conceitual que revisita os conhecimentos que você trabalhou nesta Unidade.
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REFERÊNCIAS
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de materiais. jan. 1994. 63 p.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7501: Transporte de cargas perigosas: terminologia. dez. 1983. 7 p.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9735: Conjunto de equipamentos para situações de emergência para o
transporte rodoviário. mai. 2016. 3 p.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14619: Incompatibilidade química. fev 2003. 8 p.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15481: Lista de verificação (check-list) para o transporte rodoviário de
produto perigoso – Produto a granel e fracionado. jan 2017. 6 p.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 13.696 - Equipamentos de proteção respiratória – Filtros químicos e 87
combinados. Rio de Janeiro, 2010, 16p. 2010b.
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Rio de Janeiro, 2010, 13p. 2010a.
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