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Análise Custo-Benefício do

Investimento em Segurança e
Saúde no Trabalho – SUCH
GRAÇA PEREIRA

11 dez 2020
❑ O que é e para que serve o SUCH?

❑ Processo de Gestão do Risco – Metodologia

❑ Processo de Gestão do Risco – Identificação do Perigo

❑ Processo de Gestão do Risco – Análise e Avaliação do Risco

❑ Processo de Gestão do Risco – Controlo do Risco

❑ Processo de Gestão do Risco – Comunicação e Participação

❑ Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH

❑ Conclusão/Sugestões/Proposta
O que é e para que serve o SUCH?…

Satisfação
do Inovação e
Associado Diversidade

Matriz Associação

SUCH Ambiente
SUCH Engenharia

SUCH Nutrição

SUCH Serviços
Original de Privada
Serviços • Gestão e
Sem Fins
Partilhados Lucrativos
Tratamento de • Gestão de
Roupa Serviços de
Sustentabilid Tutelada
Eficiência
• Manutenção de Hospitalar Transporte
ade e Criação pelos Mins. Instalações e
Saúde e e
de Valor Excelência Equipamentos • Gestão e
Finanças Hospitalares • Gestão de
Tratamento de Arquivos e
Resíduos • Alimentação Armazéns
M • Projetos e Hospitalares Hospitalar Centrais
Obras
I • Gestão e • Alimentação • Gestão de
• Energia Reprocessamen Pública
S to de
Parques de
Estacionamento
• Segurança e Dispositivos
S Médicos
Controlo • Laboratório de
à Técnico Metrologia em
• Gestão de Saúde
O Limpeza
Hospitalar
O que é e para que serve o SUCH?…

696 Contratos 63 Associados


Geridos
14 Unidades de
2 005 30 319 841 Kg
Prestação 409 Clientes
Relatórios de Roupa Tratada
SCT
11 796 063
Refeições
Servidas
16 029 379 Kg
Resíduos
1 266 783 11 Parques de Tratados
104 483
Estacionamento 37 242 UTE a
Horas de Intervenções
Geridos Vapor + 1 648
Limpeza de Manutenção
12 Projetos de UTE a Bx
Hospitalar
Engenharia Temp.
(Esterilização)
1 400 918 94 Viaturas ao
Clientes Serviço dos
Atendidos em Associados 2 Obras
Cafetarias Geridas e 8
210 Fiscalizadas
3 585
Equipamentos
Colaboradores
583 435 para
Processos em Calibração
Custódia
O que é e para que serve o SUCH?…
• A atividade do SUCH prima pela garantia da Qualidade e melhoria contínua dos processos e métodos relacionados com prestação
de serviços aos Associados e Clientes.

 APCER – Associação Portuguesa de Certificação Sistema de Gestão da Qualidade, desde 2002

 Sistema de Gestão Ambiental, desde 2012.

 Sistema de Segurança Alimentar, desde 2012.

 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, desde junho de 2014.

 DGERT – Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho

 Formação Técnica – Interna e Externa (a nível Nacional e Internacional), desde 2014. Abrange um leque de 10
atividades formativas certificadas.

✓ CERTIF – Associação para a Certificação, desde 2014 (Serviços de Instalação, Manutenção e Assistência Técnica de
Equipamentos Fixos de Refrigeração, Ar Condicionado e Bombas de Calor que contenham Gases Fluorados com
efeito de Estufa.
O que é e para que serve o SUCH?…

POLÍTICA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Ambiente de Avalia os
Trabalho Riscos
Seguro e Associados às
Saudável Atividades
Garantir Boas Sucesso e
Condições de SST Competitividade
Assegura o Melhoria
Cumprimento Contínua
dos Requisitos Através de
Legais e Revisão
Outros Periódica
Processo de Gestão do Risco - Metodologia
ITG-004

•Identificação de •Grau de Deficiência


Não Conformidades •Grau de Exposição
•Impresso 301301 – •Grau de
Matriz IPAR Probabilidade
• SSST + •Grau de Gravidade
Responsáveis •Grau de Risco
Identificação Avaliação de
de Perigo Riscos

ATUALIZAÇÃO FORNECEDORES
INFORMAÇÃO DE SERVIÇOS

Comunicação Controlo dos


•Eliminação
e Participação Riscos •Substituição
•Divulgação por
todas as vias de •Controlos de
comunicação Engenharia
•Envolvidos os •Sinalização/advertê
trabalhadores ncia e/ou controlos
relevantes Administrativo
•EPI
Processo de Gestão do Risco – Identificação do Perigo
Matriz IPAR
• A identificação das fontes de risco é efetuada num impresso próprio 301301, em cada local de
(301301)
atividade.

• Esta fase é dinamizada pelo SSST, com a colaboração dos Diretores das UP. Diretores de
Exploração, Coordenadores.

• O Procedimento Funcional Geral – 022 descreve todo o processo

PFG-022
Processo de Gestão do Risco – Análise e Avaliação do Risco

Análise de Riscos Avaliação do Risco

Compara os resultados

Compreender a
natureza risco

Magnitude • Aceitável
Critérios do Risco • Tolerável
Determinar o nível
do risco
Consequência
(baseada em cenários)

Tomada de
Probabilidade
decisão (baseada no histórico)
Processo de Gestão do Risco – Análise e Avaliação do Risco
A Probabilidade (P) tem em conta a
Deficiência (D) e a Exposição (E).
P=DxE R=PxG
O Risco (R) resulta da combinação entre
a Probabilidade (P) e a Gravidade (G)

Grau de Grau de Grau de Grau de Grau de


(1) Articulação entre fatores de risco e relação causal
Deficiência Exposição Probabilidade Gravidade Risco direta com o possível acidente.
(1) (2) (3) (4) (5)
(2) Frequência em que ocorre a exposição ao risco.
Muito Mortal /
Continuada Alta Inaceitável
deficiente Catastrófico (3) É determinado em função das deficiência das
medidas de prevenção e da exposição ao risco.
Deficiente Frequente Grave Critico
(4) Resulta da conjugação dos níveis das lesões e
Média danos materiais.
Melhorável Ocasional Moderado Melhorável
(5) Resulta da agregação dos valores calculados tendo
Baixa em conta a deficiência, a exposição e a gravidade,
Aceitável Esporádica Ligeiro Aceitável preenchidos na Matriz IPAR
Processo de Gestão do Risco – Controlo do Risco

✓Instruções para a suspensão


imediata do processo, da atividade,
Riscos etc. Riscos
Inaceitáveis Aceitáveis
✓Isolar o perigo até à possibilidade de
implementação de medidas de
controlo permanentes.

Eliminação Eliminar o agente

Substituição Substituir o agente

Controlos de Isolar a equipa dos


Engenharia riscos físicos

Controlos Ajustar o método de


administrativos trabalho

EPI Utilização de
EPI
Processo de Gestão do Risco – Comunicação e Participação

São envolvidos todos os trabalhadores relevantes para o processo


Comunicação
• Ações de
Sensibilização/formação

• Correio eletrónico

• Intranet

• Outras formas de
comunicação
Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)

Permite avaliar se os investimentos efetuados com as medidas


preventivas são economicamente viáveis (B/C)
ACBSST
Permite avaliar a sensibilidade do retorno do investimento face a
variações do nível de eficácia e custo das medidas de prevenção (ROP)

A redução esperada dos acidentes é superior ao


investimento efetuado para os prevenir
Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)
RAASST
Reduzida implementação de
medidas
O SUCH manteve a
Dificuldade na obtenção da
estratégia em termos de informação fundamental para
gestão de prevenção a ACBSST
Dificuldade de intervenção em
instalações/infraestruturas cedidas

Origem a ajustes na metodologia aplicada:


✓ O número de medidas preventivas implementadas é calculado em função do número de trabalhadores em cada área
de apoio/prestação, do número e custo dos AT, do número e valor de dias perdidos e do tipo de lesões sofridas;

✓ Atribuído um valor médio de investimento das intervenções por cada uma das áreas de apoio/prestação;

✓ Redução de 30% dos Acidentes de Trabalho

✓ As medidas de prevenção são replicadas 3 vezes durante o período em análise.


Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)

N.º Incidentes por categoria profissional e por Serviço (620)

N.º de dias perdidos por categoria profissional e por serviço (6 198)


Apuramento Custos Totais dos AT que não conduzem a baixa (≤ 3 dias) e dos AT que conduzem
a baixa > 3 dias
METODOLOGIA Custos totais referentes à Incapacidades Temporárias Absolutas (ITA) e
APLICADA (c/ recurso Incapacidades Temporárias Parciais (ITP),
aos pressupostos
definidos) Externalidades: Custos económicos para o trabalhador, para a Sociedade

Estimativa N.º das medidas preventivas/corretivas aplicadas por serviço

Custo total e custo médio das medidas preventivas/corretivas por serviço

Redução dos AT em 30%

Replicação das medidas preventivas/corretivas 3 vezes durante o período


Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)
Informação apurada
N.º DIAS CUSTOS Serviços com maior n.º de
ÁREAS N.º TRAB. N.º AT
PERD. DIRETOS trabalhadores: Nutrição e Gestão e
Tratamento de Roupa Hospitalar
NUTRIÇÃO 1 207 233 3 176 119 806,16 €

APOIO 148 3 90 4 106,07 € Serviços com maior n.º de AT:


Nutrição e Gestão e Tratamento de
GRDM 36 5 9 452,73 € Roupa Hospitalar
RESÍDUOS 164 28 159 5 616,80 €

ROUPA 1 058 142 1 545 55 504,14 € Serviços com maior n.º de dias
perdidos: Nutrição e Gestão e
LIMPEZA 87 7 43 1 458,63 € Tratamento de Roupa Hospitalar
MANUTENÇÃO 608 54 789 31 811,90 €

SERVIÇOS 227 20 387 15 318,19 €


Serviços com Custos Diretos em AT
mais elevados Nutrição e Gestão e
TOTAL 3 535 492 6 198 234 074,62 € Tratamento de Roupa Hospitalar

Todavia, não é absoluto que nº de trabalhadores corresponda ao maior número


de AT. Por ex.º, a Manutenção tem cerca de 50% do n.º de trabalhadores da
Nutrição, já o n.º de AT é cerca de ¼ e os custos diretos correspondem também
a pouco mais de ¼ .
Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)
Informação estimada

MEDIDAS ACIDENTES RÁCIO


SERVIÇOS APOIO / LOCAIS
CUSTOS DIRETOS
• Os custos total e médio das medidas PRESTAÇÃO TRABALHO N.º CUSTO TOTAL (€) CUSTO MÉDIO (€)
(€)
B/C

que se presumem necessárias foram NUTRIÇÃO 21 112 3 997,32 € 35,69 € 119 806,16 € 3,00
calculados com base na proporção do
APOIO 2 4 352,71 € 88,18 € 4 106,07 € 1,16
valor dos custos diretos dos AT vs. o
GRDM 1 3 82,30 € 27,43 € 452,73 € 0,55
n.º de trabalhadores de cada uma
RESÍDUOS 15 82 587,84 € 7,17 € 5 616,80 € 0,96
das áreas de apoio/prestação.
ROUPA 25 109 3 527,05 € 32,36 € 55 504,14 € 1,57

• O B/C foi calculado, tendo por base LIMPEZA 4 23 352,71 € 15,34 € 1 458,63 € 0,41

os custos evitados em AT vs. os MANUTENÇÃO 23 115 2 116,23 € 18,40 € 31 811,90 € 1,50

custos das medidas de prevenção SERVIÇOS 11 215 787,71 € 3,66 € 15 318,19 € 1,94

TOTAL 102 663 11 803,86 € 17,80 € 234 074,62 € 1,98

B/C = Custos evitados (redução de acidentes)


Custos das medidas de prevenção
Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)
N.º DE REPLICAÇÕES

Constata-se que:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5% 0,99 0,50 0,33 0,25 0,20 0,17 0,14 0,12 0,11 0,10
• A variação dos níveis de eficácia das
10% 1,98 0,99 0,66 0,50 0,40 0,33 0,28 0,25 0,22 0,20
medidas e das replicações SUCH, para
15% 2,97 1,49 0,99 0,74 0,59 0,50 0,42 0,37 0,33 0,30
uma diminuição de 30% e para uma

NÍVEIS DE EFICÁCIA
replicação das medidas 3 vezes por 20% 3,97 1,98 1,32 0,99 0,79 0,66 0,57 0,50 0,44 0,40

ano. 25% 4,96 2,48 1,65 1,24 0,99 0,83 0,71 0,62 0,55 0,50

30% 5,95 2,97 1,99 1,49 1,19 0,99 0,85 0,74 0,66 0,59
• Como apenas são considerados os 35% 6,94 3,47 2,31 1,74 1,39 1,16 0,99 0,87 0,77 0,69
custos diretos, exige-se níveis do rácio
40% 7,93 3,97 2,64 1,98 1,59 1,32 1,13 0,99 0,88 0,79
B/C superiores a 2 (normal seria 1)
50% 9,20 4,96 3,31 2,48 1,98 1,65 1,42 1,24 1,10 0,99

Conclui-se que, quanto maiores os níveis de eficácia das medidas preventivas/corretivas


menor é o número de replicações das mesmas (melhores são os rácios B/C), ou seja,
quanto mais eficazes forem as medidas menores serão as necessidades de investimento.
Aplicação do Modelo ACBSST – SUCH (Ramos, 2013)

RESULTADOS:

Tendo em conta a informação disponibilizada e estimada, pode concluir-se que:

✓ Houve uma fraca implementação das medidas preventivas/corretivas identificadas nas


Matrizes IPAR

✓ Os serviços que apresentam maiores investimentos em medidas preventivas são a Nutrição e


a Gestão e Tratamento de Roupa Hospitalar

✓ Quanto maiores os custos evitados (benefícios) e menor o investimento nas medidas, maior
será o retorno das medidas

✓ O estudo da sensibilidade demonstrou que quanto maior a exigência dos níveis de eficácia
das medidas, mais replicações serão possíveis realizar. Todavia, maior será o investimento e,
consequentemente, menor será o retorno (ROP)
Conclusão/Sugestões/Proposta

Sugestões
Conclusão

Proposta
A metodologia apresentada Envolvimento dos Diretores de
permitiu estender o modelo Desenvolvimento de
ferramenta que permita a Serviços de Apoio/Prestação,
com a análise da sensibilidade Serviço de RH, Serviço de SST;
ROP e do Rácio B/C face a disponibilização da
necessária informação de RH; Serviço Jurídico;
variações nos parâmetros com
maior relevo e maior retorno Disponibilização de
das medidas preventivas; informação mais detalhada, Delinear nova estratégias e
por parte da seguradora; principais áreas de atuação
Para além do cálculo dos em SST;
custos dos AT, da avaliação do Responsabilização das Áreas
investimento em medidas de Apoio/Prestação para
Colocar nova linha estratégica
preventivas e correspondente efetuar propostas de
à consideração do CA.
ACB, foi importante estudar a melhoria contendo medidas
sensibilidade que permitiu preventivas, replicações
uma compreensão mais necessárias e respetivo
alargada do rácio Custo- orçamento;
Benefício e do Retorno da
Prevenção. Criação de uma rubrica
contabilística orçamental
específica para as medidas de
prevenção em SST.
Análise Custo-Benefício do Investimento em Segurança
e Saúde no Trabalho - SUCH

Obrigada!

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