PUC MANUTEC A01 Introducao A Manutencao

PUCMINAS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – Manutenção Mecânica
Unidade 01 – Introdução à Manutenção Mecânica
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

DE MINAS GERAIS
Departamento de Engenharia Mecânica
Unidade 01 – Introdução à
Manutenção Mecânica
Disciplina: Manutenção Mecânica

Professor: FELIPE LAGE TOLENTINO 1
Referências Bibliográficas
1. KARDEC, A. & NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. 5a ed. Rev. Ampl., Rio
de Janeiro: QualityMark, ISBN 9788541403627, 2019
2. KARDEC, A.; NASCIF, J.; e BARONI, Tarcísio. Gestão estratégica e técnicas

preditivas. Rio de Janeiro: ABRAMAN, Qualitymark, 2002. xv, 136p. ISBN
3. KARDEC, A., ARCURI FILHO, R.; CARVALHO, N. C. Gestão estratégica e avaliação

do desempenho. Rio de Janeiro: QualityMark, ISBN 9788573038996, 2002.
4. COSTA JUNIOR, E. L. Gestão em processos produtivos. Curitiba: Intersaberes,

ISBN 9788582122426, 2012.
5. XENOS, H. G. D'P. Gerenciando a manutenção produtiva. Belo Horizonte: Falconi,

ISBN 9788598254647, 2014.
6. WIKIPEDIA – pt.wikipedia.org
7. GOOGLE IMAGES – www.google.com.br/images

2
Conteúdo Programático
●
Introdução e Importância da Manutenção
●
Evolução da Manutenção – 6 Gerações
●
Fases do Ciclo de Vida dos Ativos
●
Manutenção – Definições e Conceitos Básicos
3
Introdução
●
Indústria e Manutenção
●
Nos últimos 70 anos, a manutenção tem passado por grandes mudanças,
devido:
●
Aumento rápido do numero e diversidade de itens;
●
Aumento da instrumentação, automação e monitoramento;
●
Projetos mais complexos;
●
Novas técnicas de manutenção;
●
Nova visão da manutenção nas organizações;
●
Importância da manutenção para os resultados;
●
Introdução da Gestão como fator indispensável para melhoria da
manutenção.
4
Introdução
●
O que é manutenção?
●
Consertar as máquinas.
●
Trocar peças defeituosas.
? ? ? Mas será que é só isso ? ? ?
5
Introdução – Quadro Comparativo – Homem x Máquina

Saúde Humana Saúde das Máquinas
Conhecimento do Homem Conhecimento Tecnológico

Entra em
Nascimento
Operação Conhecimento dos Modos de
Conhecimento das Doenças
Falhas
Carnê de Saúde Histórico

Longevidade Durabilidade
Dossiê Médico Dossiê da Máquina
Diagnóstico, Exame, Visitas

Diagnóstico, Perícia e Inspeção
Médicas
Boa Saúde Confiabilidade
Conhecimento das Ações
Conhecimento dos Tratamentos
Corretivas
Retirada do Estado de Pane e/ou

Tratamentos Curativos
Sucata Defeito
Morte
(Obsolescência)
Operações Renovação, Modernização e Troca
6
MEDICINA MANUTENÇÃO
Importância da Manutenção
●
Visão nas Empresas
●
Nas empresas vencedoras, a manutenção tem reagido rápido a estas mudanças,
gerando maior conscientização:
●
De quanto uma falha afeta a segurança, o meio ambiente e os resultados da
empresa;
●
Da relação entre manutenção e qualidade do produto;
●
Necessidade de garantir alta disponibilidade e confiabilidade;
●
Otimização dos custos.
●
Isto exige mudança dos profissionais de manutenção.
7
HARDWARE SOFTWARE
●
Equipamentos
GESTÃO ●
Sistemas e TI
DA Métodos
●
●
Instrumentos de Medição ●
Padrões
Materiais
MANUTENÇÃO
●
●
Procedimentos
PEOPLEWARE
●
Profissionais
●
Qualificação
●
Certificação
●
Conhecimento, Competência e Habilidades 8
●
Presença em Todas as Áreas Industriais e os Setores da Economia
Máquinas e Equipamentos Petróleo e Petroquímica
Têxtil Aeronáutico
Transportes Alimentos e Bebidas
Papel e Celulose Agropecuária Predial
Siderurgia Informática e Telecomunicações
Hospitais e Clínicas Financeiro Saneamento
Educacional Construção Civil
9
Energia Elétrica
●
Custo de Manutenção no Brasil
Custo da Manutenção no Brasil
(Fonte: Doc. Nacional – Abraman 2013)
PIB CTM/FB Custo

Ano da Pesquisa Ano Base
(Milhões de R$) (%) (Milhões de R$)
2013 2012 4.403.000 4,69 206.500,70
2011 2010 3.675.000 3,95 145.162,50
2009 2008 2.900.000 4,14 120.060,00
2007 2006 2.322.000 3,89 90.325,80
2005 2004 1.769.202 4,10 72.537,28
2003 2002 1.346.028 4,27 57.475,40

2001 2000 1.101.255 4,47 49.226,10 10
●
Presença na Internet
●
Consulta do Verbete Manutenção – Fonte: www.google.com
●
Consulta do Verbete Maintenance – Fonte: www.google.com
11
●
●
●
●
12
Revisão Histórica
●
Evolução
●
Embora os conceitos e as atividades características afins da Manutenção
remontem a antiguidade, especialmente o Império Romano e o Exército de
Napoleão Bonaparte, é apenas a partir de 1930, que a mesma se formaliza.
●
Desde então, a manutenção pode ser dividida em seis gerações.
13
Revisão Histórica
●
Manutenção – 1a Geração – Período: Da Origem à Década de 1950.
●
Características:
●
Equipamentos simples e superdimensionados;
●
A produtividade não era prioritária;
●
Não era necessário Manutenção Sistematizada;
●
Sistema Quebra-Conserta (Run To Fail), puramente Corretiva Não
Planejada;
●
Visão: “Todos os equipamentos se desgastam com o passar dos anos,
vindo a sofrer falhas e quebras.”
●
Competência: “Habilidade de realizar o reparo necessário.”
●
Resultados:
●
Auto Custo;
●
Baixa Disponibilidade.
14
Revisão Histórica
●
Manutenção – 2a Geração – Período: Década de 1950 à Década de 1970.
●
Características:
●
Aumento da demanda devido período pós-guerra;
●
Redução disponibilidade da mão de obra;
●
Aumento da mecanização;
●
Início da complexidade das instalações industriais;
●
Lema: “As falhas deveriam ser evitadas.”
●
1960 – Surge o conceito de Manutenção Preventiva, que consistia em
intervenções a intervalos fixos;
●
Custo de manutenção se eleva em comparação aos custos operacionais;
●
Surgem os sistemas de Planejamento e Controle de Manutenção – PCM.
●
Resultados:
●
Custo Melhorado;
●
Maior Disponibilidade; 15
●
Baixa Confiabilidade.
Revisão Histórica
●
●
Características:
●
Aceleração do processo de mudança nas industrias;
●
Paralisação da produção, que diminui o volume produzido, aumenta os
custos e afeta a qualidade do produto era preocupação generalizada;
●
Maior efeito das paralisações em função da utilização de sistemas
Just-in-time;
●
Crescimento da automação e da mecanização;
●
Maior automação significa falhas mais frequentes e dificuldade de manter
os padrões;
●
As falhas tem consequências maiores sobre a segurança e o meio ambiente;
●
Plantas que não atendem padrões de segurança e meio ambiente ficam
impedidas de operar;
●
Reforça-se o conceito e utilização da manutenção preventiva;
●
Início do conceito de Confiabilidade pela Engenharia e Manutenção; 16
Revisão Histórica
●
●
Características:
●
1990 – Manutenção Centrada em Confiabilidade (RCM), apoiada pela
indústria aeronáutica, inicia sua implantação no Brasil;
●
Busca pela quantificação dos resultados, utilização de Índices de
Performance de Desempenho – KPI’s.
●
Inicio da Manutenção Preditiva, ou seja, monitoramento de condições;
●
Manutenção corretiva visto como ineficiência da Manutenção;
●
Adoção de técnicas:
●
Análises dos Modos e Efeitos das Falhas – FMEA;
●
Análises de Falhas e Causas Raiz – RCFA.
●
Resultados:
●
Custo Ótimo;
●
Alta Disponibilidade; 17
●
Alta Confiabilidade.
Revisão Histórica
●
Manutenção – 4a Geração – Período: Anos de 2000 a 2005.
●
Características:
●
Expectativas persistem;
●
Disponibilidade torna-se uma das medidas mais importantes;
●
Confiabilidade de equipamentos torna-se fator de busca constante;
●
Consolidação das atividades de Engenharia de Manutenção dentro da
estrutura organizacional da Manutenção.
●
Garantida da disponibilidade, da Confiabilidade e da Manutenibilidade
●
Desafio: Minimização das falhas prematuras ou falhas de mortalidade
infantil – Case da American Airlines (Moubray – RCM – 1970);
●
Análise de Falhas e Causa Raiz (RCFA) torna-se metodologia fundamental
para melhorar desempenho dos equipamentos;
●
Redução da intervenção nas plantas pela consolidação de técnicas
preditivas e pelo monitoramento de condição dos equipamentos;
●
Redução gradual e constante das intervenções preditivas ou programadas.
18
Revisão Histórica
●
●
Características:
●
Enfoque nos resultados empresariais;
●
Novos projetos devem privilegiar confiabilidade e disponibilidade ( Início do
Custo do Ciclo de Vida da Instalação );
●
Aprimoramento da contratação ou da terceirização de longo prazo em uma
relação de parceria com indicadores de performance ( disponibilidade e
confiabilidade );
●
Surge o conceito de Gestão de Ativos ( Asset Management), os ativos devem
produzir na sua capacidade máxima para obter melhor Retorno sobre os
Ativos – ROA, ou Retorno sobre o Investimento – ROI;
●
Aumento da manutenção preditiva e monitoramento de condição on-line e
off-line;
●
Participação efetiva da manutenção no projeto, aquisição instalação,
comissionamento, operação e manutenção dos ativos;
19
Revisão Histórica
●
●
Características:
●
Constante implementação de melhorias para redução das falhas;
●
Utilização plena de ferramentas de TI no suporte dos processos de análise e
execução da manutenção
●
Melhoria na relação entre departamentos par garantir a gestão dos ativos;
●
Resultados:
●
Excelência em Engenharia de Manutenção;
●
Gestão de Ativos – Fim do conceito de máquina;
●
Consolidação da boa pratica gerencial;
●
Consolidação da contratação por resultados.
20
Revisão Histórica
●
Manutenção – 6a Geração – Período: Anos de 2010 a . . . . .
●
Características:
●
Alemanha (Hannover – 2010) – Introdução do conceito de INDÚSTRIA 4.0
– 4a. Revolução Industrial.  2012 – Programa Estratégico Alemão.
●
Tecnologias Inovadoras: Robótica Autônoma, A.I., Sensores Inteligentes,
Computação em Nuvem, Internet das Coisas (IoT), Captura e Análise de
Dados (Big Data), Manufatura 3D, Realidades Aumentada e Virtualização.
●
Adoção dos ambientes cyber físicos.
●
Aprimoramento de monitoramento e controle de máquinas e sistemas
industriais.
●
Introdução do conceito Manutenção Prescritiva, baseada na análise
prescritiva. Significa mais do que predizer, significa oferecer alternativas de
solução por meio de algorítimos de estudo e análise de dados.
●
Resultados:
●
Aprendizado dos equipamentos. 21
●
Autonomia das máquinas e equipamentos.
Revisão Histórica – Quadro Evolutivo

1a. Geração 2a. Geração 3a. Geração 4a. Geração 5a. Geração 6a. Geração
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2005 2010 2015 2020 2025
no
A
●
Maior disponibilidade.
Maior confiabilidade. Elevada confiabilidade.
Aumento das
Expectativas
● ●
●
Maior disponibilidade.
●
Melhor relação custo- ●
Gerenciar os ativos. ●
Elevada disponibilidade.
●
Disponibilidade ●
Maior confiabilidade.
benefício. ●
Otimizar o ciclo de ●
Otimizar o ciclo de vida
crescente. ●
Melhor relação custo-
●
Conserto após a falha. ●
Preservação do meio vida dos ativos. dos ativos.
●
Maior vida útil do benefício.
ambiente. ●
Influir nos resultados ●
Influir nos resultados do
equipamento ●
Preservação do meio ●
Segurança. do negócio. negócio.
ambiente.
●
Influir nos resultados ●
Manutenção inteligente.
do negócio.
●
Reduzir Falhas monitoradas por
●
Todos os ●
Todos os ●
Existência de 6 drasticamente Planejamento do ciclo

Visão
● ●
equipamentos equipamentos se sensores inteligentes e
padrões de falhas falhas prematuras de vida desde o algoritmos.
desgastam com a comportam de acordo
(Nowlan & Heap e dos padrões A e F. projeto para reduzir
idade e por isso com a curva da ●
Aprendizado das
moubray) (Nowlan & Heap e falhas.
falham. banheira. máquinas.
moubray)
●
Aumento da
●
Aumento da Manutenção Preditiva ●
Adoção da Manutenção
Manutenção Preditiva e Monit. da Condição Prescritiva.
Monitoramento de e Monitoramento da
Mudanças das Técnicas
●
On-line e Off-line. ●
Manutenção Preditiva
condição. Condição. ●
Participação efetiva associada a análise
●
Computadores Redução das no projeto, aquisição, complexas.
de Manutenção
pequenos e rápidos. Manutenções instalação,

Planejamento manual
●
Monitoramento via
Preventiva e Corretiva comissionamento,
●
●
Softwares potentes. imagens.
●
Habilidades voltadas da manutenção. Não Planejada. operação e
●
Análise de risco. Redução significativa
para o reparo.
●
●
Computadores ●
Análise de Falhas. manutenção dos
grandes e lentos.
●
Grupos de trabalho ativos. dos demais tipos de
●
Manutenção Corretiva Projetos focados na
multidisciplinares. ●
Garantia dos ativos manutenção
Não Planejada. ●
Manutenção Confiabilidade,
●
Preventiva.
●
Projetos voltados para em eficiência ●
Big Data concentra
a confiabilidade. Manutenibilidade e todas as informações
máxima.
Disponibilidade permitindo auto
●
Manutenção ●
Redução de Falhas.
Preditiva.
●
Manutenibilidade Excelência na Eng. diagnóstico e atuação
22
●
●
Eng. de Manutenção. Manutenção. seletiva.
●
Contratos por
●
Consolidação dos ●
Capacitação do pessoal
Resultados contratos por em T.I. e Comunicações.
resultados.
●
●
●
●
23
Interação das Fases do Ciclo de Vida dos Ativos
}
●
Fase do Ciclo de Vida
●
Projeto;
●
Aquisição;
●
Fabricação; Da perfeita e sincronizada
interação das fases dependem a
●
Instalação;
confiabilidade, a disponibilidade e
●
Comissionamento; os recursos empresariais.
●
Operação e
●
Manutenção
24
●
Fase do Ciclo de Vida – Projeto
●
Inclui projeto básico e projeto detalhado
●
Fundamental o envolvimento dos
●
Usuários diretos: Operação e Manutenção
●
Usuários Indiretos: Suprimentos, Segurança e Meio Ambiente
●
Como desempenho pode ser avaliada a confiabilidade, produtividade, qualidade
final do produto, segurança e preservação ambiental, e as econômicas.
●
Características dos equipamentos devem ser consideradas para sua adequação
ao projeto:
●
Dimensionamento correto;
●
Capacidade inerentes esperadas;
●
Qualidade;
●
Manutenibilidade;
●
Custo-eficiência;
25
●
Padronização com outros equipamentos.
●
Fase do Ciclo de Vida – Aquisição
●
Deve conter as exigências técnicas que garantirão a performance esperada do
que está sendo comprado:
●
Embalagem
●
Preservação
●
Sobressalentes
●
Expectativas de falhas
●
Assistência Técnica de montagem
●
Comissionamento
●
Devem ser exigidos e verificados integral atendimento aos itens dos
documentos de engenharia.
26
●
Fase do Ciclo de Vida – Fabricação
●
Deve ser devidamente acompanhada e ter garantido o cumprimento do Plano
de Inspeção e Testes
●
Elaboração do “Data-Book” com:
●
Documentos e Certificados de inspeção dos materiais
●
Relatórios de testes
●
Certificados de processo e mão de obra
●
Todos estes dados mais histórico do equipamento são importantes para uma
decisão de compra futura e peças de reposição.
27
●
Fase do Ciclo de Vida – Instalação
●
Deve prever cuidados com a qualidade da implantação do projeto.
●
Falta de cuidado na instalação pode gerar falhas que ficam ocultas até o
momento em que o equipamento é solicitado ao máximo.
●
Um equipamento corretamente especificado, fabricado e testado pode ser
prejudicado por uma instalação malfeita.
●
Falhas prematuras podem ser causadas por falhas na instalação.
28
●
Fase do Ciclo de Vida – Manutenção e Operação
●
Deve garantir a função dos equipamentos, sistemas e instalações no decorrer
da vida útil
●
Nesta fase, são detectadas as falhas de projeto, seleção, e instalação.
●
A taxa de falha é constante e os custos são previsíveis.
●
Na fase de envelhecimento a taxa de falhas e custo crescem e a decisão
gerencial pode determinar reforma ou descarte do equipamento.
29
●
●
●
●
30
Manutenção – Definição
●
ABNT – NBR 5462/1994
●
Conjunto de ações técnicas e administrativas que tange todo o ramo ou a área
industrial como um sistema único que destina manter ou recolocar um
equipamento, instalação ou maquinário de um determinado setor, ou seja, sua
principal função é manter em ordem o funcionamento dos equipamentos
através de intervenções corretas e oportunas.
●
ABRAMAN – Dicionário de Termos de Manutenção, Qualidade e
Confiabilidade
●
Conjunto de todas as ações tanto técnicas quanto administrativas que visem
preservar o estado funcional de um equipamento ou sistema, ou para recolocar
o equipamento ou sistema de retorno a um estado funcional no qual ele possa
cumprir a função para o qual ele foi adquirido ou projetado.
31
Manutenção – Definição
●
OCDE – 1963
●
É uma importante função empresarial, com objetivo de controlar
continuamente as atividades de reparo e revisão de um processo industrial e
garantir o funcionamento regular e conservação dos equipamentos produtivos e
serviços prestados.
●
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R – Administração da Produção –
2002
●
Manutenção é o termo utilizado para abordar a forma pela qual as organizações
tentam evitar as “falhas” ao cuidar de suas instalações, especialmente daqueles
“ativos” que desempenham papel fundamental nas suas atividades produtivas.
32
ABNT NBR 5462/1994 – Definições e Conceitos Básicos
●
Item
●
Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional,
equipamento ou sistema que possa ser considerado individualmente.
●
Função Requerida
●
Função ou combinação de funções de um item que são consideradas
necessárias para prover um dado serviço.
●
Serviço
●
Conjunto de funções oferecidas a um usuário por uma organização.
●
Operação
●
Combinação de todas as ações técnicas e administrativas destinadas a permitir
que um item cumpra uma função requerida, reconhecendo-se a necessidade de
adaptação na ocorrência de mudanças nas condições externas.
●
OBS.: Entende-se como condições externas, por exemplo: a demanda do
33
serviço e as condições ambientais.
●
Desempenho do Item – Eficácia
●
Capacidade de um item atender a uma demanda de serviço de determinadas
características quantitativas.
●
OBS.: Esta capacidade depende dos aspectos combinados da capabilidade e da
disponibilidade do item.
●
Desempenho do Item – Durabilidade
●
Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob dadas
condições de uso e manutenção, até que um estado-limite seja alcançado.
●
OBS.: O estado-limite de um item pode ser caracterizado pelo fim da vida útil,
inadequação por razões econômicas ou técnicas e outros.
●
Desempenho do Item – Dependabilidade
●
Termo coletivo usado para descrever o desempenho da disponibilidade e seus
fatores de influência: confiabilidade, mantenabilidade e suporte logístico.
●
OBS.: A dependabilidade é usada para descrições genéricas, sem
34
expressão quantitativa.
●
Desempenho do Item – Capabilidade
●
Capacidade de um item atender a uma demanda de serviço de determinadas
características quantitativas, sob dadas condições internas.
●
OBS.: As condições internas se referem, por exemplo, a qualquer combinação
de subitens em pane ou não.
●
Desempenho do Item – Disponibilidade
●
Capacidade de um item estar em condições de executar uma certa função em
um dado instante ou durante um intervalo de tempo determinado, levando-se
em conta os aspectos combinados de sua confiabilidade, mantenabilidade e
suporte de manutenção, supondo que os recursos externos requeridos estejam
assegurados.
●
OBS.: O termo “disponibilidade” é usado como uma medida do desempenho de
disponibilidade.
35
●
Desempenho do Item – Confiabilidade
●
Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições
especificadas, durante um dado intervalo de tempo.
●
OBS.: O termo “confiabilidade” é usado como uma medida de desempenho de
confiabilidade.
●
Desempenho do Item – Manutenabilidade
●
Capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar
suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a
manutenção é executada sob condições determinadas e mediante
procedimentos e meios prescritos.
●
OBS.: O termo “mantenabilidade” é usado como uma medida do desempenho
de mantenabilidade.
36
●
Defeito  Não impede o funcionamento do item.
●
Qualquer desvio de uma característica de um item em relação aos seus
requisitos.
●
OBS.:
a) Os requisitos podem, ou não, ser expressos na forma de uma especificação.
b) Um defeito pode, ou não, afetar a capacidade de um item em desempenhar
uma função requerida.
●
Falha  Impede o funcionamento do item.
●
Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida.
●
OBS.:
a) Depois da falha, o item tem uma pane.
b) A “falha” é um evento; diferente de “pane” que é um estado.
c) Este conceito, como definido, não se aplica a itens compostos somente por
software. 37
●
Defeito x Falha – Quem possui mais importância?
●
Exemplo:
●
Um pneu “careca” de um carro, é um defeito ou falha?
●
Um pneu “vazio” é um defeito ou falha?
●
Qual dos dois casos tem prioridade?
38
●
Exercício 01:
●
Classifique cada um dos “problemas” abaixo como sendo defeito ou falha.
(a) A tinta da impressora acabou.
(b) A quebra do dente da engrenagem de uma caixa de redução.
(c) Falta de lubrificação no rolamento.
(d) A mangueira do botijão de gás furou.
(e) O portão de entrada dos caminhões de transporte parou.
(f) A ferramenta de corte de uma torno.
39
●
Falha – Gradual
●
Falha devida a uma mudança gradual com o tempo de dadas características de
um item.
●
OBS.: Falha gradual pode ser prevista por um exame anterior ou monitoração e
pode, às vezes, ser evitada por ações de manutenção.
●
Falha – Crítica
●
Falha que provavelmente resultará em condições perigosas e inseguras para
pessoas, danos materiais significativos ou outras consequências inaceitáveis.
●
Falha – Parcial
●
Falha que resulta na incapacidade do item desempenhar algumas, mas não
todas, funções requeridas.
●
Falha – Completa
●
Falha caracterizada pelo fato de o item não conseguir desempenhar
40
nenhuma das funções requeridas.
●
Pane ( ou Quebra )
●
Estado de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar uma
função requerida, excluindo a incapacidade durante a manutenção preventiva
ou outras ações planejadas, ou pela falta de recursos externos.
●
OBS.: Uma pane é geralmente o resultado de uma falha de um item, mas pode
existir sem uma falha anterior.
●
Pane – Crítica
●
Pane que provavelmente resultará em condições perigosas e inseguras para
pessoas, danos materiais significativos ou outras consequências inaceitáveis.
●
Falha – Completa
●
Pane caracterizada pelo fato de o item não conseguir desempenhar nenhuma
das funções requeridas.
41
●
Pane – Temporária
●
Pane que persiste por uma duração limitada, após a qual o item recupera sua
capacidade de executar a função requerida sem ser submetido a qualquer ação
de manutenção corretiva.
●
OBS.: Esta pane normalmente se repete.
●
Pane – Intermitente
●
Pane temporária, que se repete.
●
Pane – Determinada
●
Pane cuja resposta é sempre a mesma para todas as ações (para itens que
produzem uma resposta como resultado de uma ação).
●
Pane – Indeterminada
●
Pane em que o erro que afeta a resposta depende da ação aplicada (para itens
que produzem uma resposta como resultado de uma ação).
42
●
OBS.: Um exemplo é a pane evidenciada por dados e consequências.
●
Erro
●
Diferença entre um valor ou uma condição observada ou medida e a
correspondente condição ou valor verdadeiro especificado ou teórico.
●
OBS.:
a) Um erro pode ser causado por um item em pane; por exemplo, um erro de
cálculo feito por um computador em pane.
b) O termo “erro” pode também designar um erro humano.
●
Erro Humano – Engano
●
Ação humana que produz um resultado diferente daquele que se pretendia ou
que se deveria obter.
43

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Transportes Alimentos e Bebidas

Papel e Celulose Agropecuária Predial

Siderurgia Informática e Telecomunicações

Hospitais e Clínicas Financeiro Saneamento

Educacional Construção Civil

PIB CTM/FB Custo

2013 2012 4.403.000 4,69 206.500,70

2011 2010 3.675.000 3,95 145.162,50

2009 2008 2.900.000 4,14 120.060,00

2007 2006 2.322.000 3,89 90.325,80

2005 2004 1.769.202 4,10 72.537,28

2003 2002 1.346.028 4,27 57.475,40

Revisão Histórica – Quadro Evolutivo

Existência de 6 drasticamente Planejamento do ciclo

pequenos e rápidos. Manutenções instalação,

Interação das Fases do Ciclo de Vida dos Ativos

Interação das Fases do Ciclo de Vida dos Ativos

Interação das Fases do Ciclo de Vida dos Ativos

Interação das Fases do Ciclo de Vida dos Ativos

Interação das Fases do Ciclo de Vida dos Ativos

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ABNT NBR 5462/1994 – Definições e Conceitos Básicos

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