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CONTROLE ESTATÍSTICO DE

PROCESSOS

CURSO AVANÇADO DE CEP


HERBERT OLIVEIRA, Editado
Tópicos Abordados

 Causas Comuns e Especiais de variação


 Gráficos de Controle para variáveis
 Base Estatística dos Gráficos de Controle
 Limites de Controle versus Limites de
Especificação
 Diretrizes para o planejamento dos gráficos
de controle
 Uso e Interpretação de Gráficos de Controle

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Causas de Variação
 As causas de variação podem ser separadas
em:

 Causas comuns ou aleatórias

 Causas assinaláveis ou especiais

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Causas de Variação
 Causas comuns ou aleatórias
 Inerentes ao próprio processo
 Relativamente difíceis de serem identificadas
 Consistem em uma quantidade muito grande
de pequenas causas.
 Exemplos Típicos
 Compra sistemática de matérias-primas com
baixa qualidade
 Inexistência de treinamento
 Falta de padronização das operações
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Causas de Variação
 Causas assinaláveis ou especiais
 Representam um descontrole temporário do
processo.
 Possíveis de serem identificadas e corrigidas.
 As causas e os efeitos são facilmente
observáveis.
 Exemplos Típicos
 Lote isolado de matéria-prima com problema
 Desregulagem ocasional do equipamentos de
produção
 Quebra de equipamentos de medição
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Causas de Variação

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Causas de Variação

Extraído de acordo com HERBERT OLIVEIRA,


(2016)

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Causas de Variação

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Causas de Variação

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Causas de Variação
 A maioria dos problemas de qualidade tem a
sua origem em causas comuns (problemas
de projeto) e não em causas especiais
(problemas de operação).

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Causas de Variação

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Causas de Variação

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Variação e Previsibilidade
 Não existem na natureza dois objetos que
sejam absolutamente iguais. Sempre há
variação.
 Contudo, a variação devida somente a
causas comuns é previsível.

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Variação e Previsibilidade

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Variação e Previsibilidade

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Melhoria através do CEP

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Melhoria através do CEP

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Gráficos de Controle
 Objetivos
 Verificar se o processo é estável
 Manter o processo estável
 Melhorar o desempenho do processo
 Tipos de gráficos de controle
 Variáveis
 Medidas
 Atributos
 Contagem
 Classificação

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Gráficos de Controle
Estado Ideal
 Processo sob controle
 100% Produto em conformidade
 Cartas de Controle
Mantém o processo sob controle
Alertam a ocorrência de problemas

Estado Pseudo-Ideal
 Processo sob controle
 Algum Produto não conforme
 Possibilidades
Mudanças no processo ou
Mudanças nas especificações
 Cartas de Controle
Mantém o processo sob controle
Avalia esforços para a melhoria

Estado Pré-Caótico
 Processo fora de controle
 Produto 100%Conforme
 aparentemente bem, mas...
Causas especiais determinam o que é
produzido pelo processo
 Qualidade e conformidade podem
Estado Caótico mudar a qualquer momento
 Processo fora de controle
 Algum Produto não conforme
 Causas especiais ainda dominam
 Flutuações Randômicas devido a
causas especiais irão eventualmente
frustrar esforços na melhoria da
qualidade
 Qualidade e conformidade podem
mudar a qualquer momento
 O único caminho para a sair do
caos é eliminar as causas especiais

Estados possíveis de um processo


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Planejamento do Gráfico de Controle
Pontos importantes:

 Limites de Controle

 Frequência de Amostragem

 Tamanho da Amostra

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Planejamento do Gráfico de Controle

 Limites de Controle
 Limite de ação padrão: +/- 3
 Justificativa: resultados práticos.
 Limite de alerta: +/- 2
 Maior “sensitividade”
 Confuso para pessoal da operação
 Aumento do risco de “falsos alarmes”

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Planejamento do Gráfico de Controle

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Gráficos de Controle para Variáveis
 Quando são empregadas variáveis são
necessários dois gráficos:
 um para controlar a centralização do processo
(média)
 outro para controlar a sua variabilidade
(dispersão)

Importante: Cada gráfico de controle tem


uma finalidade bem especifica e um não
substitui o outro.
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Gráficos de Controle para Variáveis

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Desenvolvimento e Uso das Cartas de
Controle X-Barra e R
 Na seção anterior, foram apresentadas as bases para a as
cartas de controle X-Barra e R.

 O exemplo a seguir evidencia o uso prático dessas cartas.

 Exemplo: Anéis de pistão para a um motor automotivo são


produzidos por um processo de forja. Deseja-se estabelecer um
controle estatístico do diâmetro interno dos anéis produzidos
por esse processo usando cartas de controle X-barra e R. Vinte
e cinco amostras, cada uma com tamanho igual a 5, foram
tomadas num instante em que o processo é considerado sob
controle. Os dados de medidas do diâmetro interno são os
mostrados na tabela a seguir:

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Desenvolvimento e Uso das Cartas de
Controle X-Barra e R
Amostra Observações Xi Ri
1 74,030 74,002 74,019 73,992 74,008 74,010 0,038
2 73,995 73,992 74,001 74,011 74,004 74,001 0,019
3 73,988 74,024 74,021 74,005 74,002 74,008 0,036
4 74,002 73,996 73,993 74,015 74,009 74,003 0,022
5 73,992 74,007 74,015 73,989 74,014 74,003 0,026
6 74,009 73,994 73,997 73,985 73,993 73,996 0,024
7 73,995 74,006 73,994 74,000 74,005 74,000 0,012
8 73,985 74,003 73,993 74,015 73,988 73,997 0,030
9 74,008 73,995 74,009 74,005 74,004 74,004 0,014
10 73,998 74,000 73,990 74,007 73,995 73,998 0,017
11 73,994 73,998 73,994 73,995 73,990 73,994 0,008
12 74,004 74,000 74,007 74,000 73,996 74,001 0,011
13 73,986 74,002 73,998 73,997 74,012 73,998 0,029
14 74,006 73,967 73,994 74,000 73,984 73,990 0,039
15 74,012 74,014 73,998 73,999 74,007 74,006 0,016
16 74,000 73,984 74,005 73,998 73,996 73,997 0,021
17 73,994 74,012 73,986 74,005 74,007 74,001 0,026
18 74,006 74,010 74,018 74,003 74,000 74,007 0,018
19 73,984 74,002 74,003 74,005 73,997 73,998 0,021
20 74,000 74,010 74,013 74,020 74,003 74,009 0,020
21 73,982 74,001 74,015 74,005 73,996 74,000 0,033
22 74,004 73,999 73,990 74,006 74,009 74,002 0,019
23 74,010 73,989 73,990 74,009 74,014 74,002 0,025
24 74,015 74,008 73,993 74,000 74,010 74,005 0,020
25 73,982 73,984 73,995 74,017 74,013 73,998 0,035

  1850,028 0 , 581
X  74 , 001 R  0 , 023
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Desenvolvimento e Uso das Cartas de
Controle X-Barra e R
 Recomendação: iniciar utilizando a carta de
amplitude (R), pois os limites de controle da carta
X-barra dependem da variabilidade do processo e
sem que a variabilidade esteja sob controle, esses
limites não têm muito significado.
 Usando os dados da tabela , encontra-se a linha
central da carta R:
25

 Ri 0,581
R i 1
  0,023
25 25

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Desenvolvimento e Uso das Cartas de
Controle X-Barra e R
 Uma vez que a carta de controle R indica que a
variabilidade do processo está controlada, pode-se
então utilizar a carta X-Barra. A linha central é:
25

 Xi 1850,028
X  i 1
  74,001
25 25
 Da tabela, tem-se A2 = 0,577 para a amostras de
tamanho n = 5. Os limites de controle da carta X-
barra são:

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Desenvolvimento e Uso das Cartas de
Controle X-Barra e R
 A carta X-barra é mostrada na figura a seguir. O
gráfico indica que o processo está controlado.

LSC = 74,014
74,015

74,010

74,005

74,000

73,995

73,990 LIC = 73,988

Número da Amostra

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R
 Antes de analisar o comportamento das cartas de controle X-
barra, torna-se necessário verificar se as cartas R estão em
condição de controle.

 Se ambas as cartas de controle X-barra e R apresentam


comportamento não randômico, a melhor estratégia é
eliminar inicialmente as causas especiais das cartas R.

 Em alguns casos, isso automaticamente elimina o


comportamento não randômico das cartas X-barra.

 Deve-se evitar a qualquer custo analisar as cartas X-barra


isoladamente, quando as cartas R indicam uma condição de
saída de controle.

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R
Comportamento Cíclico

 Carta X-barra:
 Mudanças sistemáticas no ambiente do processo
 Temperatura, fadiga do operador, troca regular de
operadores e equipamentos

 Flutuação anormal das condições de operação dos


equipamentos
 Voltagem, pressão de vapor, dentre outras.

 Cartas R:
 Procedimentos de manutenção e fadiga do operador,
dentre outros.

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R

LSC

LIC

Número da Amostra

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R
Comportamento de Mistura

 É verificado quando os pontos tendem a se


localizar muito aproximadamente ou levemente
fora dos limites de controle.
 Principais Causas:
 Sobre controle, devido a ajustes freqüentes no
processo.
 Quando produtos oriundos de diversas fontes
(por exemplo, tanques paralelos) são alimentados
numa corrente comum de retirada de amostra para
o monitoramento do processo.

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R

LSC

LIC

Número da Amostra

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R
Comportamento de Mudança de Nível

 Principais causas:

 Utilização de novos operadores, métodos,


materiais ou equipamentos.

 Mudanças nos métodos de inspeção ou padrões

 Mudança na motivação dos operadores

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R

LSC

LIC

Número da Amostra

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R
Comportamento de Tendência
 Movimento contínuo em uma direção.

 Principais causas:
 Desgaste gradual ou deterioração de partes de
algum equipamento crítico do processo

 Causas humanas:
 Fadiga do operador

 Ineficiência da supervisão

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R

LSC

LIC

Número da Amostra

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R
Comportamento de Estratificação

 Distribuição artificial de um grupo de pontos em


torno da linha central
 Ausência evidente de variabilidade natural no
processo.

 Causa potencial:
 Determinação inadequada dos limites de
controle.

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Interpretação de Cartas de Controle X-
Barra e R

LSC

LIC

Número da Amostra

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Guia para Implementação de Cartas de
Controle

I. Determinação das características de qualidade a


serem controladas.
II. Determinação do local no processo onde as
cartas de controle devem ser implementadas.
III. Seleção dos tipos de cartas de controle a serem
utilizadas.
IV. Tomada de ações corretivas para a melhoria do
processo, a partir dos resultados obtidos pela
análise das cartas de controle.

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Reflexão

“No meio de uma corrida pela vantagem


competitiva, não devemos procurar por um
melhoramento, devemos considerar a
implantação de um processo de
aprimoramento contínuo”

(Eliyahu M. Goldratt)

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