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Controle Estatístico da Qualidade

Gestão da Qualidade
Era do Controle Estatístico da Qualidade

• As atividades de inspeção se tornaram muito custosas, repetitivas e cansativas;

• Para corrigir este cenário surgiu o Controle Estatístico da Qualidade;

• CEQ: utilização de conceitos e ferramentas estatísticas para o controle dos


processos de produção;

• Shewhart desenvolveu os conceitos fundamentais do CEQ a partir de 1924 no


Bell Telephone Laboratories;
Melhorias com o Controle Estatístico da Qualidade (I)

• O tempo e recursos gastos com verificação são reduzidos porque:


• Pode-se determinar e julgar a qualidade do produto por meio de amostragem;
• O tempo de duração da inspeção passa a ser mais curto;
• 0 custo financeiro do processo de inspeção passa a ser menor;
• Passa a ser possível a inspeção simultânea ao processo de fabricação
• Não precisa mais parar a produção para a inspeção;
• Torna viável o teste destrutível de produtos;
• Torna viável o teste acelerado de vida útil do produto.
Melhorias com o Controle Estatístico da Qualidade (II)

• Surge o processo sob inspeção (comprovar a qualidade dos produtos que estão
sendo fabricados)
• Inspeção junto à máquina ao invés da inspeção centralizada;
• Diminui o espaço físico na fábrica para a realização da inspeção;
• Reduz o deslocamento de produtos;
• Reduz o tempo de parada de etapas intermediárias da produção;
• Diminuem os desperdícios;
• Diminui a necessidade de remanufatura.
Controle Estatístico da Qualidade - Mudanças nas organizações

• O conceito de qualidade industrial passa a ser parte da cultura da organização;


• A função qualidade é institucionalizada dentro das empresas;
• A qualidade passa a ser objetivo não apenas do setor de produção, mas também
da direção da empresa;
• Os procedimentos estatísticos de controle da qualidade aceitos por todos como
método eficaz de controle e redução de custos de produção;
• Surgem estruturas e departamentos formados por especialistas em controle
estatístico da qualidade na estrutura organizacional das empresas.
Características da Era do Controle Estatístico da Qualidade

Identificação das características Descrição das características


Período Décadas de 1940 e 1950
Objetivo da qualidade Controle do processo de produção
Preocupação básica ou visão da qualidade Controle / um problema a ser resolvido
Ênfase Uniformidade do produto com menos inspeções
Métodos da qualidade Instrumentos e técnicas estatísticas
Perfil dos profissionais da qualidade Solução de problemas e aplicação de métodos estatísticos
Que é o responsável pela qualidade Departamentos de produção e engenharia
Orientação da qualidade Em direção ao processo
Caráter ou base de atuação da qualidade Técnico
Abordagem ou enfoque da qualidade Controla a qualidade
Função comprometida Produção e projetos do produto e do processo
Fundamentos do Controle Estatístico de Processos

Gestão da Qualidade
Controle Estatístico da Qualidade

• Controle Estatístico da Qualidade (CEQ): utilização de conceitos e ferramentas


estatísticas para o controle dos processos de produção;

• Shewhart desenvolveu os conceitos fundamentais do CEQ a partir de 1924 no


Bell Telephone Laboratories;
Causas de variabilidade de processos (I)

• “Todo processo, por mais bem projetado e por mais bem controlado que seja,
possui uma variabilidade impossível de ser eliminada” (SHEWHART);

• Trata-se da variabilidade natural do processo, que é causada por pequenas


perturbações (causas aleatórias), contra as quais pouco ou nada pode-se fazer;

• O efeito conjunto de todas estas perturbações resulta na variabilidade natural do


processo, uma variabilidade inevitável, com a qual é preciso conviver;
Causas de variabilidade de processos (II)

• Quando o processo apresenta apenas a variabilidade natural, devido às causas


aleatórias, diz-se que ele está em estado de controle estatístico, ou
simplesmente, em controle;

• Em um processo em controle, a medição de uma característica X é representado


por uma distribuição de probabilidade que se mantem estável (distribuição
normal, com média e dispersão inalteradas).
Causas de variabilidade de processos (III)

• No entanto, todo processo está sujeito à ocorrência ocasional de perturbações


maiores, chamadas de causas especiais;
• Deslocam a distribuição da variável X, tirando sua média do valor alvo ou
alterando sua dispersão;

• Uma causa especial é um problema ou modo de operação anormal de um


processo que pode ser corrigido ou eliminado;
• Por exemplo, o ajuste incorreto de uma máquina, o rompimento de um tubo,
ou um lote de matéria-prima com defeitos;
Causas de variabilidade de processos (IV)

• As causas especiais são sempre possíveis de serem eliminadas, porém, certos


casos demandam correções significativas no processo;

• Quando, além das causas aleatórias, causas especiais estão presentes em um


processo, diz-se que ele está fora de controle.
Monitoramento dos processos por gráficos de controle (I)

• Os processos devem ser permanentemente monitorados, para detectar a presença de


causas especiais que aumentam sua dispersão ou tiram sua média de um valor alvo;

• Detectada esta presença, deve-se identificar a(s) causa(s) especial(is) e eliminá-la(s);

• Os gráficos de controle de média e amplitude servem para monitorar processos cuja


característica X é mensurável;

• O monitoramento é feito através de análises periódicas de amostras: para cada amostra


é calculada a média X e a amplitude amostral R (diferença entre o menor e o maior valor
da amostra);
Monitoramento dos processos por gráficos de controle (II)

• Os gráficos de controle possuem um limite superior de controle (LSC) e um limite


inferior de controle (LIC);

• Quando as medidas distribuem-se em torno da média X, no intervalo entre o LSI


e O LSC, o processo encontra-se em controle e não é necessário interferir;

• Porem, quando ocorrem medidas fora do intervalo, acima do LSC ou abaixo do


LSI, o processo está fora de controle e é necessário interferir no processo.
Monitoramento dos processos por gráficos de controle (III)

• Para a determinação da média X e dos limites LIC e LSC de um gráfico de controle


é preciso conhecer profundamente o processo;

• Após a determinação dos parâmetros de um gráfico de controle, sua utilização é


bastante simples, podendo ser aplicados pelos operários para monitorar os
processos;

• Existem dois tipos básicos de gráficos de controle:


• gráficos de controle de variáveis;
• gráficos de controle de atributos;
Gráficos de controle de variáveis

• Gráficos de variáveis são utilizados quando as características podem ser medidas


numericamente:
• Peso; dimensões (altura, comprimento, diâmetro, espessura etc.); dureza, rugosidade
superficial, pH etc.;

• Os gráficos de controle de variáveis podem ser:


• Gráficos de controle de média e amplitude;
• Gráficos de controle de mediana e amplitude;
• Gráficos de controle de valores individuais e de amplitude;
Gráficos de controle de atributos

• Gráficos de atributo são utilizados quando não é possível medir numericamente a


característica da qualidade que se quer controlar;
• Exemplo: lâmpada funciona ou não funciona, ou é conforme ou não conforme;

• Gráficos de atributos são utilizados quando:


• Existem muitas características para controlar e é suficiente e conveniente classificar o produto
como “conforme” ou “não-conforme”;
• Ao invés de medir, é mais conveniente utilizar calibradores do tipo “passa” ou “não passa”;
• O custo de mensuração é elevado em relação ao custo da peça;
• A verificação da qualidade pode ser feita por inspeção visual.
Inspeção por Amostragem (I)

• As técnicas de Inspeção por Amostragem se consolidaram como ferramenta de


controle de qualidade rapidamente;

• Estas técnicas simplificaram muito e aumentaram a precisão do processo de


inspeção;

• Na primeira metade do século passado, as práticas de controle da qualidade


eram voltados para a inspeção e controle dos resultados dos processos de
fabricação, para garantir a conformidade dos resultados com as especificações.
Inspeção por Amostragem (II)

• A partir da década de 50, a prática de gestão da qualidade ganhou uma nova


dimensão, expandindo-se para as etapas a montante e a jusante do ciclo de
produção, envolvendo toda a organização;

• Contribuíram para isso as teorias dos gurus da qualidade, como Juran,


Feigenbaum, Deming e Ishikawa, apresentadas a seguir.
Questões

1. Quais foram as melhorias introduzidas pelo Controle Estatístico da Qualidade?

2. Explique a diferença entre causas aleatórias e causas especiais.

3. Desenhe um gráfico de controle e o explique que significa limite inferior de controle e


limite superior de controle.

4. O que significa quando um processo está fora de controle? O que precisa ser feito?

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