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Adriana Cristina Vaso Nunes – RA: 28260035

Adriana Faulhaber Rabello Pancheri – RA: 28260915


Célia Cristina Navarro da Silva – RA: 28263348
Gabriele Nascimento de Queiroz – RA: 28265098
Kamila Polyana da Costa – RA: 28260574
Karolina de Carlo Sousa – RA: 28258422
Sandra Faria Freitas Machado – RA: 28261298

PSICOSSOMÁTICA
DAS NEUROSES ATUAIS À PSICOSSOMÁTICA

Prof.ª: Dra. Sônia Maria da Silva

GUARULHOS
2021
NEUROSES ATUAIS

Conceito criado por Freud, para explicar as origens da angustia nas neuroses
de transferência e nas neuroses de defesa. Que correspondem às primeiras
observações psicanalíticas, ligadas com o acúmulo de tensão sexual, porém
atualmente é coerente o termo pulsional, que consegue dar retorno ao que
Freud pretendia descrever como – pulsão não satisfeita.
Neuroses atuais para Freud, simplesmente era todo um impedimento sexual na
vida atual através de intermediação psíquica, de fixação e desvio da libido da
infância se transforma em uma patologia. Freud, utilizava-se que as neuroses
atuais seriam semelhantes aos quadros de intoxicação orgânica, o que na
psicanálise deixou pouco espaço para atuação terapêutica. Ainda assim, ele
conseguiu descrever três grupos: a Neurastenia, que era a doença da moda na
época, chamada doença do nervosismo, onde o sujeito está altamente
suscetível aos estímulos do meio ambiente, aquele indivíduo que não tolera o
barulho, em ser contrariado, em ver as coisas fora do lugar, intolerante com si e
com os outros. Freud ligou a neurastenia na presente vida sexual do paciente
que não tinha uma maturação sexual com relação a masturbação, o que na
época causou conflitos na sociedade onde existia um tabu enorme sobre o
tema. E que se demonstrava que os indivíduos eram mecanizados, ou não se
doavam para pratica em si do prazer, o que transferia o acúmulo da
masturbação aos quadros clínicos da neurastenia.
Em 1895, uma síndrome especifica dentro da neurastenia chamada: neurose
de angustia, extremamente comum em mulheres o que diferencia da
neurastenia que era quase comum entre os homens, com características tais
como: taquicardia, desarranjos intestinais, dores de cabeça, sensação de
opressão no peito ou na base do pescoço e, uma sensação de medo e
angustia eminente, o que Freud descreveu sendo como “ataques de angústia”,
onde o paciente sente medo de morrer, de deixar de ser você mesmo e, que
hoje é popularmente chamada de síndrome do pânico. Estava associado ao
coito interrompido (que na época era o método contraceptivo utilizado), onde se
deixa uma frustação na mulher que estava esperando pelo orgasmo, gerando
uma curva libidinal ocasionando uma angústia. Freud, ainda relata inúmeros
quadros dentro da neurose de angústia: angústia das virgens, angústia dos
presidiários, angústia das freiras, que sempre terá como base a insatisfação
sexual.
O último quadro é a hipocondria, onde o paciente se descreve como doente e
com inúmeras sintomatizações, e que intriga os psicopatólogos desde o século
XIX, de como a pessoa tem convicção que está doente. E não adianta
contradizer o paciente com exames, pois o sujeito tem em sua consciência e
em seu corpo o parecer, ele realmente sente que seu corpo está doente. Vale
uma ressalva, o hipocondríaco não é um mentiroso, porque ele experimenta
verdadeiramente que está doente (este é o sintoma psíquico), a relação do
indivíduo com o próprio corpo e do indivíduo com fenômenos e sensações
psicossomáticos, tem como resultado as experiências psicoformes. Para Freud
o hipocondríaco demonstra dificuldades de sustentação da libido e dificuldades
de entrada da libido na fantasia, são considerados indivíduos com sexualidade
rebaixada, de um fantasiado de um devaneio sexual.
É importante que o relato das neuroses atuais de Freud, foram suspensas à
medida que ele evolui seu diagnóstico da angústia, então, inibição, sintoma e
angústia Freud declara com mais maturidade que há uma associação de
grupos e sintomas; a histeria coloca o indivíduo diante do seu desejo e isso
acarreta preferencialmente o desenvolvimento dos sintomas da neurose de
angústia, assim como a neurose obsessiva permite através da impossibilitação
crônica do seu desejo para a formação de uma neurastenia secundária, da
mesma maneira
uma significante contribuição sobre os quadros hipocondríacos, que podem
sinalizar às vezes o desencadeamento de uma psicose. Ocasionalmente ao
invés de aparecer uma psicose aparece ideias hipocondríacas.
Atualmente as neuroses atuais, ou seja, as práticas que hoje regem a vida dos
indivíduos com relação a sexualidade (que não é só coito), como registros
corporais e funcionais, elas vão se ligar com as modalidades de repressão,
recalque, da renegação da sexualidade no sentido histórico, recriando assim
uma estrutura mais concreta de um diagnóstico de estrutura clínica.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DUNKER, C. O que são neuroses atuais? Canal Falando nisso...


https://www.youtube.com/watch?v=ydMkjsXmFeI Acesso em: 21/02/2021
JUNQUEIRA, C. & JUNIOR, N, E, C. Freud e as neuroses atuais: as primeiras
observações psicanalíticas dos quadros borderline? Psicol. Clín. Vol 18 n.2 Rio
de Janeiro, 2006.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
56652006000200003#:~:text=Para%20Freud%20(1905%2C%201923%2C,psic
oneuroses%20eram%20vistas%20como%20conseq%C3%BC%C3%AAncia
Acesso em: 21/02/2021

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