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ÉRICA LUANA – MED XI – UNIRV – 4ºP

ONCOPEDIATRIA II
Tumores em pediatria: Quadro clínico
 SNC – Gliomas, Meduloblastoma
 Leucocoria
 Olhos – Retinoblastoma
 Estrabismo
 Ósseos – Osteossarcoma, Sarcoma de Ewing
 Fotofobia
 Partes moles – Rabdomiossarcoma
 Massa ocular
 Massas mediastinais/abdominais – Neuroblastoma,
 Bilateral (20-30%)
Nefroblastoma, Tumor de céls germinativas,  Retinoblastoma trilateral
Hepatoblastoma
 Leucemias e linfomas – LLA, Linfoma Linfoblástico,
Linfoma de Burkitt

RETINOBLASTOMA
Origina-se de células embrionárias da retina
(fotorreceptoras) o Pinealoblastoma e outros tumores
20-30% são bilaterais intracranianos associados a mutação
RB1
Epidemiologia o A maioria se apresenta com
 2,5% dos tumores entre 0 a 14 anos pineoblastoma
 80% são diagnosticados antes de 3-4 anos o ¼ em outras regiões, principalmente
 Idade média, diagnóstico de 2 anos na região supra ou parasselar,
estando na maioria dos casos na
Fatores de risco pineal
 Protótipo da hereditariedade e genética nas
neoplasias
 Hereditários: 40% - o paciente herda o gene do
retinoblastoma e sofre uma mutação no outro
gene
 Esporádico: 60% - não há herança do gene,
porém o paciente tem uma primeira mutação
seguindo com uma segunda mutação
Na maioria, ambas as mutações alélicas surgem
espontaneamente em uma única célula somática
da retina, resultando em um tumor unilateral
unifocal
 Diagnóstico:
Genética o Exame oftalmológico (fundo de olho):
 Gene Rb (13q14) – supressor tumoral  Massa única ou múltiplas
 Hipótese dos dois golpes → padrão recessivo ou  Branca
casos esporádicos (ambos os alelos são perdidos)  Neovascularizada
– no retinoblastoma é necessário perder as duas  Calcificada
copias do gene, por ser um gene supressor  Invade cavidade vítrea ou
tumoral, então se ainda tiver uma copia do gene cresce para espaço
pode ter supressão do tumor subretiniano
 Também aumenta o risco de osteossarcoma e  Descolamento de retina
sarcoma de partes moles  Hemorragia de vítreo
Cerca de metade são associadas a um alto nível de
amplificação de MYCN – a amplificação MYCN pode
iniciar o Retinoblastoma em um pequeno subconjunto  Exames complementares:
de pacientes sem mutações RB1 o RX de crânio
o USG de olho
o Tomografia de crânio e órbita  Especialmente se história familiar positiva
– em caso de suspeita de que  Sociedade Brasileira de Oftalmologia – consulta com
a lesão não é localizada oftalmo com 1 ano

 Diagnóstico:
o Metástases não são comuns ao NEUROBLASTOMA
diagnóstico e devem ser investigadas
se tumor fora da órbita, e nesse caso  Neoplasia de células embrionárias precursoras
é necessário investigar o SNC, órbita, do SN simpático pós-ganglionar – crista
osso, medula óssea, fígado e palpar os neural (originam adrenal e migram pelo
linfonodos neuroeixo originando todos os gânglios do
o Exames complementares: plexo simpático)
 Mielograma
 Hemograma
 LCR
 Cintilografia
 Tratamento:
 Enucleação
 Termoterapia transpupilar
 Crioterapia
 Laser
 Braquiterapia
 Radioterapia externa
 Quimioterapia

 O neuroblastoma se origina de células da


 Prognóstico: Intraoculares – 90% de crista neural que formam a medula da
sobrevida glândula adrenal e os gânglios simpáticos
o Os tumores podem ocorrer em
qualquer lugar ao longo do tronco
simpático, no pescoço, tórax,
retroperitôneo, pelve ou glândula
adrenal
 Tumor sólido extracraniano mais comum na
infância
 Idade:
o Média – 2 anos
o 75% antes dos 4 anos de idade
 Sexo masculino
 Fatores de risco:
Rastreamento e diagnóstico precoce
o Consumo de opiáceos
“Teste do olhinho” – teste do reflexo vermelho (particularmente codeína) durante a
gravidez
 Ambliopia, estrabismo e acuidade visual em crianças o Deficiência de folato – fortificação da
5 anos farinha para prevenir defeitos do tubo
 Apesar de detectar alguns casos, o resultado normal neural
não Retinoblastoma o Exposições tóxicas – poucas
 Não substitui a oftalmoscopia indireta em RN, evidências convincentes de exposição
visando o diagnóstico precoce, pois pode não ambiental tóxica ou infecciosa
disagnosticas lesões pequenas e localizadas na
periferia da retina o Anormalidades congênitas –
associação com a presença de
É fundamental para o diagnóstico precoce:
grandes anormalidades congênitas
 Oftalmoscopia binocular indireta (oftalmologista o Tamanho para a idade gestacional –
com experiência) associação com pequeno ou grande
 Semestralmente até a idade de 2 anos e meio para a IG
o DM gestacional – correlação: efeito  Dor óssea
foi maior nas crianças diagnosticadas  Invasão do canal espinhal (sintomas
antes de 1 ano de idade neurológicos)
 Genética:  Pode apresentar remissão
o 80% dos casos tem alterações espontânea ou se diferenciar em
o Perda de material genético (perda de ganglioneuroma
heterozigosidade - LOH) – 50% Síndromes Paraneoplásicas:
 11q23 (40-45%)  Efeitos metabólicos do excesso de catecolaminas:
 14q32 (20-25%) rubor, hipertensão, sudorese, taquicardia, cefaleia
 1p36 (19-36%) - associado a  Síndrome de Verner-Morrison:
alterações no myc  Clássica, mas incomum
 Ganho de material genético:  Diarreia aquosa crônica (importante)
 17q • Amplificação do n-myc  Hipocalcemia
(20-25%) - cromossomo 2p  Distensão abdominal
 Doença grave e  Polipeptídeo intestinal vasoativas (VIP)
disseminada  Opsoclonus-mioclonus – Kinsbourne:
 Anormalidades congênitas e  Encefalopatia cerebelar aguda
hereditárias associadas:  Presente em doença localizada

 Doença de Hirshprung
 Megacólon
 Caracterizada pela falha da
crista neural em migrar para o
intestino fetal – segmento
aganglionar Ataxia e movimentos oculares rápidos
 Obstrução intestinal Possível origem autoimune
 Neurofibromatose Alterações neurológicas podem persistir
 Síndrome de Turner (45,X ou 46,X-) mesmo após remoção cirúrgica do tumor
Síndrome de Horner:
 Fisiopatologia:
 Adrenal – 40%
 Paraespinhal – 25%
 Torácico – 15% (mais comum em lactente)
 Pélvico – 5%  Mais comum quando envolvimento cervical
 Cervical – 3% paravertebral e inferior (gânglio estrelado)
 Secreção de catecolaminas:  Ptose ipsilateral
 Crista neural - SN simpático periférico  Miose
 Expressam o gene transportador da  Anidrose
norepinefrina (NAT) e enzimas  Íris heterocromática
necessárias ao metabolismo da
catecolaminas
 Metástases:
o 50-70% ao diagnóstico (> 1 ano)
 Quadro clínico: o Vias linfática e hematogênica
o Variável o LN comprometidos são vistos em 35%
o Massa: dos casos com doença aparentemente
 Abdominal – dura irregular, ultrapassa a localizada
linha média
 Cervical – mais comum à direita
 Mediastino posterior
 Hipertensão:
 Compressão de artéria renal
 Raramente secundário aos níveis de
catecolaminas
 Febre, hiperemia, ansiedade e
irritabilidade
 Edema de MMII
o Sítios mais comuns:  Diagnóstico:
o Tomografia ou ressonância

o Hemograma, DHL e Ferritina


o Radiografia do esqueleto
o Catecolaminas – urina 24h (HVA e
 Medula óssea – 78% (dor, alterações no
VMA)
hemograma, febre) o Exame histológico é fundamental para
 Osso – 69%
diagnóstico:
 Fígado – 20% (comum e leva a
 Tumor primário (informa grau
comprometimento respiratório) histológico)
 SNC e pulmão – tardio ou recaída
 Medula óssea bilateral
(biopsia e mielograma)
 Status do N-myc
 Metástase em osso esfenoide ou retro-orbitário:  Pliodia
o Proptose e equimose ocular (pálpebra
 Tumores com pouco estroma e
superior) características histopatológicas
desfavoráveis e prognóstico ruim  
taxa de sobrevida inferior a 10%

 Classificação do INPC (International


Neuroblastoma Pathology
Classification), modificação da
Classificação de Shimada:
 Metástases subcutânea (2%) o Tumores com estroma rico (cerca
o Nódulos doloridos e avermelhados na pele de 20%) - são subclassificados
histologicamente em:
 Bem diferenciado
 Intermisto
 Nodulares
 Tumores de estroma pobre: são
subclassificados em relação ao
grau de diferenciação histológica
em:
 Indiferenciado (menos de 5%
 Diagnóstico pré-natal: de população diferenciada)
o Em média detectado no USG da 32ª semana  Diferenciado (mais de 5% de
(mínimo de detecção - 18ª semana) população diferenciada)
o Como é um tumor presente antes do parto,  Estadiamento:
está aumentada a incidência de detecção o Imagem + medula óssea + cintilografia
antepartum e em menores de 3m com MIBI (capta tecidos com
o Se tumor adrenal no PN e gestação produção adrenérgica aumentada)
progredindo normalmente: o 1, 2ª, 2b, 3, 4, 4s
 Repetir USG após o parto  4s (menores de 1 ano) - tem
 Catecolaminas urinárias – se positivas, disseminação para pele, fígado
podem ser uteis na investigação ou medula óssea, com doença
 Diagnostico diferencial – hemorragia estágio 1 ou 2
adrenal, malformação vascular  Tratamento:
 Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e
transplante de medula óssea
 Prognóstico:  Tumor de wilms familiar:
 Diagnóstico: o Síndrome de WARG está associada ao
 In útero ou no 1º ano de vida (SG > Tumor de Wilms, aniridia,
90%) anormalidades do sistema
 4s – pode ter sobrevida de 85%, se genitourinário e retardo mental
histologia favorável o O risco de pessoas que são portadoras
da síndrome de WAGR de ter o
tumor de Wilms é de 45%
 Tumor de Wilms – Nefroblastoma: o 15% das crianças com WAGR
desenvolvem tumor de Wilms
bilateral
o Mutação no gene WT1 11p13
 Síndrome de Denys-Drash:
caracterizada por Tumor de Wilms +
doença renal + pseudo-
hermafroditismo masculino
o Neoplasias embrionárias de céls do blastema  Síndrome de Beckwith-Wiedmann:
metanéfrico primitivo que formam o tecido caracterizada por onfalocele (hérnia
renal umbilical) + macroglossia + aumento
o São geralmente trifásicos com 3 dos órgãos internos
componentes: epitélio, blastema e estroma

TUMOR RENAL  Quadro clínico:


o TRÍADE CLÁSSICA:
 4-7% dos tumores entre 0-14 anos  Massa abdominal geralmente
 0,7% dos tumores entre 15-19 anos indolor + Hipertensão (60%) +
 Idade: Hematúria microscópica
o Pico entre 2-3 anos  A massa não costuma ultrapassar a
o Raro antes dos 6 meses e após 10 anos linha média
 Distribuição igual em ambos os sexos  Circulação colateral – trombose de
veia cava
Tumor de Wilms:  Estado geral melhor que no
 Fatores de risco: neuroblastoma
o Associação com desordens genéticas
representadas por malformações: aniridia,
hemihipertrofia e anormalidades  Diagnóstico e estadiamento:
genitourinárias (hipospadia, criptorquidia) o Medir PA
o VMA negativo
o US de abdome
o TC de abdome   avaliar rim
contralateral, trombose de veia renal,
calcificações e hemorragias são mais
comuns no neuroblastoma
o RX ou TC de tórax   avaliar metástase
pulmonar (15% dos casos)

Aniridia - ausência congênita


da íris (parte mais visível e colorida do olho)
Hipospadia - deformação congênita das vias
urinárias, na qual a
abertura da uretra se
encontra na face inferior
ou ventral do pênis e, na
mulher, dentro da vagina:
 Tratamento: TUMOR DE CÉLULAS GERMINATIVAS
o Cirúrgico – retirada do rim acometido
o Quimioterápico:
 3,4% dos tumores entre 0-14 anos
 SIOP QT Neoadjuvante (antes da
 12,3% dos tumores entre 15-19 anos
biopsia)  Grupo heterogêneo composto por neoplasias
 CCG CIRURGIA PRIMEIRO:
benignas ou malignas, compostas por células
 O tratamento quimioterápico está
germinativas primordiais de gônadas
relacionado diretamente ao embrionárias ou de elementos das camadas
estadiamento do tumor e a resposta germinativas do embrião
a quimioterapia  Durante a embriogênese, as células
 Actinomicina, Doxorrubicia e
germinativas primordiais (derivadas do
vincrista e/ou Etoposide, endoderma do saco vitelínico) migram para a
Ciclofosfamida, Carboplatina, linha média urogenital e dão origem às
Doxorrubicina gônadas
o Essa migração pode ser imperfeita e o
 Radioterápico: depende do tipo de
histologia, idade e estadiamento tecido gonadal primordial pode se
localizar em locais extragonadais,
geralmente na linha média
 Prognóstico:  Localização:
o Sacrococcígeo – 42%
o Bom – 80-85% de cura
o Ovário – 29%
o Problema   RECIDIVA!!
o Testículo – 9%
o Mediastino – 7%
TUMORES HEPATICOS o SNC – 6%
o Cabeça e pescoço – 5%
 2/3 das massas hepáticas são malignas o Retroperitôneo – 4%
 Entre os tumores hepáticos primários o Vulva, vagina, estômago, retrofaringe
malignos, os mais comuns são: – 3%
 Hepatoblastoma  Metástases são encontradas em - pulmão,
 Hepatocarcinoma fígado, SNC, linfonodos regionais e osso
 3ª neoplasia intrabdominal mais comum na o Raramente envolve a medula óssea
infância
 1% dos cânceres pediátricos
 Ictéricia rara no hepatoblastoma, mais
comum no hepatocarcinoma
 O hepatoblastoma ocorre principalmente
entre lactentes e pré-escolares, entre 6 meses
e 3 anos de idade
 O hepatocarcinoma aparece principalmente
após 10 anos

HEPATOBLASTOMA
 Tumor intra-hepático mais comum na infância
 Crianças menores de 3 anos  Tipos histológicos:
 Teratomas – subtipo mais frequente entre os
 Marcador: alfa fetoproteína
 Critérios de ressecabilidade: < 5 anos, seguido de tumor de seio
o Índice do tamanho do tumor (TI)
endodérmico, (27,3%), germinomas (18,3%),
o Grupo do tumor
tumores mistos (12,7%), coriocarcinoma
o Extensão tumoral extra-hepática
(2,2%) e carcinoma embrionário (2,2%)
 Marcadores tumorais:
 Tumores com elementos do saco vitelínico
produzem AFP e os derivados do tecido
trofoblástico a BHCG
 Os teratomas maduros e os germinomas não
secretam AFP ou BHCG
 Osteogênicos (osteoma,
osteossarcoma)
 Tumores osteoclásticos rico em
grandes células
 Tumores fibrohistiociticos
 Tumores notordais
 Tumores vasculares
 Imuno-histoquímica:
 Diagnóstico = padrão morfológico + IH
 Marcadores: alguns característicos,
 Tratamento:
outros não
o Cirurgia – cirurgia de revisão (second
 Desmina: diferenciação mitogênica
look) recomendada em pacientes com
(rabdomiosarcoma, e de forma
doença avançada, não ressecada no
menos importante, no
momento do diagnóstico, quando os
leiomiossarcoma)
marcadores persistirem alterados ou
 S100: origem neural
quando existirem massas residuais
 Citoqueratina: distingue sinovial de
mensuráveis e ressecáveis. Tumores
epitelioide (ambos têm
recidivados, detectados
citoqueratina) do fibrossarcoma
precocemente, tem um tempo de
 Fator VIII: tumores de origem
sobrevida maior
endotelial
o Quimioterapia – cisplatina, etoposide,
bleomicina, vimblastina
SARCOMA DE PARTES MOLES:
o Radioterapia

SARCOMAS  6,6% dos tumores entre 0-14 anos


 6,8 dos tumores entre 15-19 anos
 1% dos tumores de adultos, 12% dos tumores  Tumores derivados do mesênquima
de crianças embrionário
 80% de tecidos e restante (20%) de osso  São normalmente classificados como sendo
 Apesar de ectodérmico em sua origem, os rabdomiossarcomas ou não-
tumores malignos de nervos periféricos são rabdomiossarcoma
incluídos, por sua similaridade na clínica, o Os não-rabdomiossarcomas são:
manejo e prognóstico  Fibrossarcoma
 Classificação histológica – WHO 2013:  Fibrohistiocitoma maligno
o Tumores de adipocitos  Sarcoma sinovial
o Tumores fibroblasticos/  Leiomiossarcoma
miofibroblasticos  Lipossarcoma
o Tumores fibro-histiociticos  Angiossarcoma
o Tumores de músculo liso (leiomiomas,  Hemangiopericitoma maligno
leiomiosarcomas)  Condrossarcoma
o Tumor pericítico (perivascular)
o Tumores de músculo esquelético
(rabdomioma, rabdomiossarcoma)  Rabdomiossarcoma:
o Tumores vasculares (hemangioma, o Neoplasia proveniente das céls
sarcoma de kaposi) mesenquimatosas embrionárias (as
o Tumores estromais gastrointestinais mesmas que originam as céls
(gist) musculares esqueléticas)
o Tumores da bainha neural o 50% dos sarcomas de partes moles na
(neurofibroma, tumor de triton infância
maligno) o 2/3 dos casos em crianças com idade
o Tumores de diferenciação incerta inferior a 6 anos e há um pequeno
(sarcoma sinovial, ewing) pico de incidência durante
o Sarcomas nao-classificados/ adolescência
indiferenciados o A maioria parece esporádico, mas
o Tumores ósseos: alguns casos estão relacionados a
 Condrogênicos síndromes genéticas
(osteocondroma, condrossarcoma) (neurofibromatose, síndrome de Li-
Fraumeni, Beckwith-Wiedmann e  Prognóstico:
Costello)  80-90% de sobrevida livre de
doença nos tumores
ressecáveis
 Alteração genética associada:  50-60% em pacientes com
o Translocação característica massas irressecáveis
envolvendo:  Sombrio em doença
 Crom. 2 (PAX7 e PAX3) – ou disseminada
mais raramente 1: promotores
de crescimento SARCOMAS ÓSSEOS
 Crom. 13 (KFHR): ativa outros
genes  4,4% dos tumores entre 0-14 anos
Quadro clínico: varia conforme o sítio,  6,6% dos tumores entre 15-19 anos
os locais mais acometidos são:  Sarcomas ósseos:
Cabeça e pescoço: parameníngeos – nasofaringe, o 0,2% de todas as neoplasias (SEER)
cavidade nasal, seio paranasal, osso temporal, fosse o 6% de todos os tumores de crianças
pterigopalatina, fossa infratemporal  Nas crianças:
Genitourinário o Osteossarcomas 56%
Extremidades o Ewing 34%
Retroperitôneo o Condrossarcoma 10%
 Etiologia:
 Patologia: o Radiação e inflamação crônica são
 “Tumores de céls redondas, pequenas bem estabelecidos
e azuis” da infância o Suspeitos:
 Microscopia óptica: presença de  Crômio, níquel, cobalto, alumínio,
estriações semelhantes à titânio, metil-metacrilato e
musculatura esquelética polietileno
 Imunohistoquimica: anticorpo contra  Implantes metálico e próteses de
actina musculo-específica, articulações
desmina, antígeno Myo-D
 4 tipos histológicos:  Exames de imagem em tumores ósseos:
 Embrionário (60% dos casos) – o Combinação de achados histológicos e
prognóstico intermediário radiológicos é o mais apropriado para
 Botrioide – projeta-se para diagnóstico
cavidades, semelhante a o Clínica e radiologia definem
“cachos de uvas”. Nasofaringe, necessidade de biópsia que pode não
útero, bexiga e ouvido médio ser necessária se:
 Alveolar (10 a 15%) –  Defeito fibroso na metáfise
prognóstico sombrio,  Osteocondroma
extremidades e tronco  Encondroma
 Pleomórfico – raro  Cisto simples de osso
 20% - Sarcomas indiferenciados  Hemangioma vertebral
 Diagnóstico e estadiamento:  Idade é muito útil na avaliação, já que
 CT de tórax – metapulmonar um tumor maligno provavelmente
 Cintilografia óssea – meta será:
óssea  < 5 anos: metástase de
 Biopsia de medula óssea neuroblastoma
 Sítios parameningeos – líquor  5-15 anos: osteossarcoma de
 Tratamento: Ewing
 Cirurgia: margem livre e  > 40 anos: metástase ou
preservação do órgão mieloma
 Radioterapia – tumores com  Osteolítico:
margem comprometida ou  Osteoblastos não conseguem
irressecáveis produzir os so suficiente
 Quimioterapia VAC  Osteoclastos ativados
quebram o osso
 Osteoblástico:  Patologia:
 Osteoblastos são estimulados o Etiologia pouco clara, mas
a produzir osso pela célula associada ao crescimento e
neoplásica remodelação ósseos
 AMBOS AUMENTAM O RISCO DE  Pico de incidência no estirão
FRATURA de crescimento na
adolescência
 Ocorre frequentemente em
 Diagnóstico – como realizar a biópsia: sítios de crescimento em
o Cuidadosamente planejado para comprimento e tamanho
obter o tecido de diagnóstico (metáfise)
adequado, sem comprometer uma  Ocorre mais cedo em
operação mais tarde e, em particular, meninas, coincidindo com o
a oportunidade para salvar de estirão
membro  Não há achado molecular clássico:
o Biópsias: cariótipo complexo
 Após a conclusão dos estudos  É comum a inativação combinada da
de imagem do sítio principal p53 e do gene Rb
 Oncocirurgião, oncologista,  Quadro clínico:
pediatra e patologista devem  Dor localizada e típica, com meses de
rever esses estudos em duração, pode acordar o paciente a
detalhe noite
 Estadiamento:  Sintomas sistêmicos: geralmente
ausentes!!
 Massa de consistência macia e grande
é o achado mais importante do
exame físico
 Fraturas patológicas são raras
 Localização em ordem de frequência:
 Fêmur distal
 Tíbia proximal
 Úmero proximal
 Fêmur – porção média e
proximal
 Outros
 10-20% são diagnosticados com
metástase
 Osteossarcoma:  Diagnóstico:
 3% dos tumores de crianças
 80% ocorre em ossos longos (75% na
metáfise distal do fêmur)
 Mais em negros e em homens
 Idade:
o Predomina em menores de 20 anos –
pico entre 13-16 anos
 RX reação perio steal está
o Nos menores de 20 anos, uma
pequena parte envolve outras partes frequentemente presente e tem
do esqueleto (craniofacial, coluna, uma aparência de “raios de sol”
 Pode haver também o conhecido
pelve)
o A predileção pelo esqueleto
“triângulo de Codman” que
apendicular reduz com a idade representa o levantamento do
 Fatores de risco:
periósteo, ocasionado pelo
o Li Fraumeni
crescimento do tumor
 No triangulo, há osso
o Retinoblastoma hereditário
o Radioterapia prévia
neoformado normal
 Cintilografia óssea com técnico
o QT com etoposide
 PET-CT ainda com resultados o Tumor neuroectodérmico primitivo
incompletos, mas já recomendado periférico (PPNET) – quando
pelo NCCN e COG apresenta características de
 Aumento da fosfatase alcalina diferenciação neural
 Tratamento:  PPNET na parede torácica: é
 Doença localizada:sobrevida melhorou referido como Tumor de Askin
devido ao avanço da quimioterapia  Tumores indiferenciados que ocorrem
 QT adjuvante melhora a sobrevida em partes moles são denominados
quando comparado apenas com Sarcoma de Ewing extra-ósseo
QT  Tumores de tecido mole com
 Protocolo que contenha características neurais são
Metotrexate em alta dose denominados PPNET
 Não há papel para RT adjuvante  A localização mais comum é nos
 Doença metastática: sobrevida ossos:
comprometida  80% Sarcoma de Ewing
 Metástase pulmonar isolada: pode  20% PPNET
ser curada com cirurgia e QT  Podem ocorrer em quase todos os
 Se não houver opção cirúrgica, não ossos do corpo
há consenso do protocolo a ser  Esqueleto axial (54%)
seguido, sendo sugerido MAP, com  Pelve – 25%
ou sem EI (Etoposideo com  Costelas – 12%
Ifosfamida)  Coluna – 8%
 Prognóstico:  Esqueleto apendicular (42%)
 < 12cm, totalmente ressecados e sem – diáfise mais comum que
metástase: 75% metáfise
 >12cm, totalmente ressecados e sem  Fêmur – 16%
metástase – 50%  Tíbia – 7,6%
 35-40% dos com metástase isolada  Fíbula – 6,7%
pulmonar pode ser curada.  Úmero – 4,8%
 Sobrevida a longo prazo esperada em  Fisiopatologia:
menos de 20% dos com doenças  A causa é desconhecida, não parece
metastáticas ser hereditária
 Pior prognóstico em adultos do que  Característica antigênica comum:
em crianças molécula de adesão, a glicoproteína
MIC2

 Sarcoma de Ewing:  ALTERAÇÃO GENÉTICA


 Família de tumores de RECORRENTE:
Ewing : espectro de o Família PPNET compartilham a
neoplasias de céls mesma anormalidade
neuroectodérmicas citogenética:
primitivas (céls  t(11;22), ou menos
embrionárias que migram comumente t(21;22)
da cristal neural) – origem  Ocorre em cerca de 90% dos
de célula mesenquimal casos
 Apenas brancos  Fusão de EWS/FLI-1
 Idade:  Quadro clínico:
o 2ª década de vida o Traumas, mesmo que
(64%) pequenos, podem ser o evento
o 1ª década de vida (27%) inicial
o 3ª década de vida (9%) o Dor ou edema no sítio
 Acometem primariamente osso e tecido mole primário do tumor são os sinais
 Dependendo do grau de diferenciacao neural, de apresentação mais comuns
são denominados:  Dor moderada incialmente,
o Sarcoma de Ewing – quando é um tumor pode piorar rapidamente
indiferenciado  Piora com exercícios e à noite
 Massa com aspecto fibroelástico, firmemente  RT ou uma combinação de RT e cirurgia
aderido ao osso adjacente se não se consegue margens negativas
 Geralmente não tem eritrema associado preservando a função
 Se na coluna, pode haver compressão de raiz  Escolha entre a cirurgia e RT: idade do
nervosa paciente, a localização, o tamanho do
 10-20%: sintomas sistêmicos: febre /perda de primário, alterações funcionais,
peso (Pode confundir com osteomielite) consequências a longo prazo da terapia
 Sintomas podem durar meses antes que (isto é, inibição do crescimento induzida
procure médico em até 50% dos casos por radiação ou malignidade
 Metástases ao diagnóstico: secundária)
 Pulmão (70-80%, pp causa de óbito), osso e  Segue-se QT por 10 -12 m
medula óssea  Prognóstico:
 Supostas metástases subclínicas, já que 80-  Fatores prognósticos diversos:
90% vão recair  Metástases ao diagnóstico (SG em 5
 Localização pélvica: maior chance de anos 33% x 70%)
metástases (25% x 16%)  Doença localizada melhor que
 Fatores de risco para metástase: doença espalhada (SG 5 anos
 DHL elevado 21% x 55%
 Febre  Metástases pulmonares
 Tempo entre início dos sintomas e ressecáveis - oportunidade de
diagnostico < 3m cura
 Idade > 12 anos  Localização axial pior que extremidades
A) Nenhum fator de risco: 4% de (SG 5 anos: 40% x 61%)
metástases ao diagnóstico  Tumores grandes
B) 2 fatores: 23%  >100 ml ou >8 cm em diâmetro,
C) 3+ fatores: 44% febre, anemia, DHL elevado
 Diagnóstico:  Idade superior a 17 anos
o Radiografia simples:  QT sem Ifosfamida/Etoposide
 Lesões líticas ou mistas - lítica e  Extra-ósseo, PNET não tem influência
esclerótica no prognóstico
 Aspecto característico de "casca de  Tumores ressecáveis não metastáticos:
cebola". (Série de lesões destrutivas 75%
finas que se tornam confluentes com  Tumores metastáticos: <10%
o tempo)  SEER: sobrevida aumentou de 36 para
 Tumores costumam ser grandes, 56% (1975-1984 para 1985-1994),
marginais e associados a atualmente chega a 70-80%.
comprometimento de tecidos moles  10 a 30%: desenvolvem um segundo
 Diagnóstico e estadiamento: tumor em área irradiada.
 Tomografia: Delineia melhor a lesão cortical e o
comprometimento de partes moles que Rs
 Ressonância: Melhor que TC para partes moles
 PET-CT:
 Papel não muito bem definido
 Não avalia bem todos os ossos, pescoço a
pelve
 Melhor para doença esclerótica que
doença lítica
 Papel promissor no acompanhamento
pós tratamento
 Biópsia de medula óssea:
 Alguns clínicos advogam para todos os
pacientes ao diagnóstico
 Tratamento:
 Doença localizada: sobrevida de 10-20% apenas
com cirurgia e RT
 Normalmente: quimioterapia: ressecção
cirúrgica

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