Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ONCOPEDIATRIA II
Tumores em pediatria: Quadro clínico
SNC – Gliomas, Meduloblastoma
Leucocoria
Olhos – Retinoblastoma
Estrabismo
Ósseos – Osteossarcoma, Sarcoma de Ewing
Fotofobia
Partes moles – Rabdomiossarcoma
Massa ocular
Massas mediastinais/abdominais – Neuroblastoma,
Bilateral (20-30%)
Nefroblastoma, Tumor de céls germinativas, Retinoblastoma trilateral
Hepatoblastoma
Leucemias e linfomas – LLA, Linfoma Linfoblástico,
Linfoma de Burkitt
RETINOBLASTOMA
Origina-se de células embrionárias da retina
(fotorreceptoras) o Pinealoblastoma e outros tumores
20-30% são bilaterais intracranianos associados a mutação
RB1
Epidemiologia o A maioria se apresenta com
2,5% dos tumores entre 0 a 14 anos pineoblastoma
80% são diagnosticados antes de 3-4 anos o ¼ em outras regiões, principalmente
Idade média, diagnóstico de 2 anos na região supra ou parasselar,
estando na maioria dos casos na
Fatores de risco pineal
Protótipo da hereditariedade e genética nas
neoplasias
Hereditários: 40% - o paciente herda o gene do
retinoblastoma e sofre uma mutação no outro
gene
Esporádico: 60% - não há herança do gene,
porém o paciente tem uma primeira mutação
seguindo com uma segunda mutação
Na maioria, ambas as mutações alélicas surgem
espontaneamente em uma única célula somática
da retina, resultando em um tumor unilateral
unifocal
Diagnóstico:
Genética o Exame oftalmológico (fundo de olho):
Gene Rb (13q14) – supressor tumoral Massa única ou múltiplas
Hipótese dos dois golpes → padrão recessivo ou Branca
casos esporádicos (ambos os alelos são perdidos) Neovascularizada
– no retinoblastoma é necessário perder as duas Calcificada
copias do gene, por ser um gene supressor Invade cavidade vítrea ou
tumoral, então se ainda tiver uma copia do gene cresce para espaço
pode ter supressão do tumor subretiniano
Também aumenta o risco de osteossarcoma e Descolamento de retina
sarcoma de partes moles Hemorragia de vítreo
Cerca de metade são associadas a um alto nível de
amplificação de MYCN – a amplificação MYCN pode
iniciar o Retinoblastoma em um pequeno subconjunto Exames complementares:
de pacientes sem mutações RB1 o RX de crânio
o USG de olho
o Tomografia de crânio e órbita Especialmente se história familiar positiva
– em caso de suspeita de que Sociedade Brasileira de Oftalmologia – consulta com
a lesão não é localizada oftalmo com 1 ano
Diagnóstico:
o Metástases não são comuns ao NEUROBLASTOMA
diagnóstico e devem ser investigadas
se tumor fora da órbita, e nesse caso Neoplasia de células embrionárias precursoras
é necessário investigar o SNC, órbita, do SN simpático pós-ganglionar – crista
osso, medula óssea, fígado e palpar os neural (originam adrenal e migram pelo
linfonodos neuroeixo originando todos os gânglios do
o Exames complementares: plexo simpático)
Mielograma
Hemograma
LCR
Cintilografia
Tratamento:
Enucleação
Termoterapia transpupilar
Crioterapia
Laser
Braquiterapia
Radioterapia externa
Quimioterapia
Doença de Hirshprung
Megacólon
Caracterizada pela falha da
crista neural em migrar para o
intestino fetal – segmento
aganglionar Ataxia e movimentos oculares rápidos
Obstrução intestinal Possível origem autoimune
Neurofibromatose Alterações neurológicas podem persistir
Síndrome de Turner (45,X ou 46,X-) mesmo após remoção cirúrgica do tumor
Síndrome de Horner:
Fisiopatologia:
Adrenal – 40%
Paraespinhal – 25%
Torácico – 15% (mais comum em lactente)
Pélvico – 5% Mais comum quando envolvimento cervical
Cervical – 3% paravertebral e inferior (gânglio estrelado)
Secreção de catecolaminas: Ptose ipsilateral
Crista neural - SN simpático periférico Miose
Expressam o gene transportador da Anidrose
norepinefrina (NAT) e enzimas Íris heterocromática
necessárias ao metabolismo da
catecolaminas
Metástases:
o 50-70% ao diagnóstico (> 1 ano)
Quadro clínico: o Vias linfática e hematogênica
o Variável o LN comprometidos são vistos em 35%
o Massa: dos casos com doença aparentemente
Abdominal – dura irregular, ultrapassa a localizada
linha média
Cervical – mais comum à direita
Mediastino posterior
Hipertensão:
Compressão de artéria renal
Raramente secundário aos níveis de
catecolaminas
Febre, hiperemia, ansiedade e
irritabilidade
Edema de MMII
o Sítios mais comuns: Diagnóstico:
o Tomografia ou ressonância
HEPATOBLASTOMA
Tumor intra-hepático mais comum na infância
Crianças menores de 3 anos Tipos histológicos:
Teratomas – subtipo mais frequente entre os
Marcador: alfa fetoproteína
Critérios de ressecabilidade: < 5 anos, seguido de tumor de seio
o Índice do tamanho do tumor (TI)
endodérmico, (27,3%), germinomas (18,3%),
o Grupo do tumor
tumores mistos (12,7%), coriocarcinoma
o Extensão tumoral extra-hepática
(2,2%) e carcinoma embrionário (2,2%)
Marcadores tumorais:
Tumores com elementos do saco vitelínico
produzem AFP e os derivados do tecido
trofoblástico a BHCG
Os teratomas maduros e os germinomas não
secretam AFP ou BHCG
Osteogênicos (osteoma,
osteossarcoma)
Tumores osteoclásticos rico em
grandes células
Tumores fibrohistiociticos
Tumores notordais
Tumores vasculares
Imuno-histoquímica:
Diagnóstico = padrão morfológico + IH
Marcadores: alguns característicos,
Tratamento:
outros não
o Cirurgia – cirurgia de revisão (second
Desmina: diferenciação mitogênica
look) recomendada em pacientes com
(rabdomiosarcoma, e de forma
doença avançada, não ressecada no
menos importante, no
momento do diagnóstico, quando os
leiomiossarcoma)
marcadores persistirem alterados ou
S100: origem neural
quando existirem massas residuais
Citoqueratina: distingue sinovial de
mensuráveis e ressecáveis. Tumores
epitelioide (ambos têm
recidivados, detectados
citoqueratina) do fibrossarcoma
precocemente, tem um tempo de
Fator VIII: tumores de origem
sobrevida maior
endotelial
o Quimioterapia – cisplatina, etoposide,
bleomicina, vimblastina
SARCOMA DE PARTES MOLES:
o Radioterapia