Você está na página 1de 26

D.

CAIO

Era um alfaiate muito poltrâo, que estaba a trabalhar à porta da rua. Como ele tinha medo de
tudo, o seu maior gosto era fingir de Valente. Vai de uma vez, viu muitas moscas juntas e de
uma pancada matou sete. Daqui em diante, nâo fazia senâo gabar-se:

- Eu cá mato sete de uma vez!

Ora o rei andava muito triste, porque lhe tinha morrido na guerra o seu general D. Caio, que
era o maior Valente que havia. Como sabiam que o país nâo tinha quem mandasse combatê-
las, as tropas inimigas puseram-se a camino. Os que ouviam o alfaiate andar a dizer por toda a
parte “ Eu cá mato sete de uma vez!” foram logo contá-lo ao rei. Este lembrou-se de que quem
era assim tâo Valente seria capaz de ocupar o posto de D. Caio. Assim, o gabarola foi levado à
presença do rei, que lhe perguntou:

- É verdade que matas sete de uma vez?


- Saberá Vossa Majestade que sim
- Entâo quero que vás comandar as minhas tropas e atacar o inimigo, que já nos está a
cercar.

Mandou vir o fardamento de D. Caio e fê-lo vestir ao alfaiate, que era muito baixinho, e ficou
com o chapéu de dois bicos enterrado até às orelhas. Depois disse que trouxessem o cavalo
branco de D. Caio para o alfaiate montar. Ajudaram-no a subir para o cavalo, e ele já estaba a
tremer como varas verdes. E, assim que o cavalosentiu as esporas, botou à desfilada. Aflito, o
alfaiate desatou a gritar:

- Eu caio! Eu caio!

Todos os que o ouviam por onde ele passava diziam:

Ele agora diz que é o D. Caio! Já temos homem!

O cavalo, que andava acostumado às batalhas, correu para o sítio em que estavam os soldados
já a lutar, e o alfaiate sempre com medo de cair, a gritar como um desesperado:

- Eu caio! Eu caio!

O inimigo, assim que viu vir o cavalo branco do general Valente e temido e ouviu o grito “Eu
caio! Eu caio!”, conheceu o perigo em que estaba. Logo disseram os soldados uns para os
outros:

- Estamos perdidos, que lá vem D. Caio! Lá vem D. Caio!

E deitaram a fugir em debandada. Os soldados do rei foram-lhe no encalço e mataram neles.

O alfaiate ganhou a batalha assim só a agarrar-se ao pescoço do cavalo e a gritar “Eu caio!”. O
rei ficou muito contente com ele e em paga da vitória deu-lhe a princesa em casamento, e a
verdade é que ninguém regateava os maiores louvores à bravura do sucesor do general D.
Caio…
Era un sastre muy educado, que trabajaba en la puerta de entrada. Como le tenía miedo a
todo, su mayor gusto fue fingir a Valente. Yendo a la vez, vio muchas moscas juntas y de un
solo golpe mató a siete. A partir de ahora, solo se jactó:

- ¡Maté a siete aquí a la vez!

Ahora el rey estaba muy triste, porque su general Don Caio, que era el mayor Valiente, había
muerto en la guerra. Como sabían que el país no tenía a nadie para combatirlos, las tropas
enemigas partieron. Aquellos que escucharon al sastre caminar diciendo "¡Voy a matar a siete
a la vez!" inmediatamente fueron a avisar al rey. Este último recordó que quien fuera tan
valiente podría ocupar el puesto de D. Caio. Así, la gloria fue llevada ante el rey, quien le
preguntó:

- ¿Es cierto que matas a siete a la vez?


- Su Majestad sabrá que sí
- Entonces quiero que comandes mis tropas y ataque al enemigo, que ya nos rodea.

Pidió el uniforme de don Caio y le hizo vestir al sastre, que era muy bajito, y mantuvo el
sombrero de dos cabezas enterrado hasta las orejas. Luego les dijo que trajeran el caballo
blanco de D. Caio para que lo montara el sastre. Lo ayudaron a subir al caballo y ya estaba
temblando como palos verdes. Y, en cuanto el caballo sintió las espuelas, se fue al desfile.
Angustiado, el sastre comenzó a gritar:

- ¡Me caigo! ¡Me caigo!

Todos los que lo escucharon dondequiera que fuera dijeron:

- ¡Ahora dice que es D. Caio! ¡Ya tenemos un hombre!

El caballo, que estaba acostumbrado a las batallas, corrió hacia el lugar donde los soldados ya
peleaban, y el sastre siempre tuvo miedo de caer, gritando como un hombre desesperado:

- ¡Me caigo! ¡Me caigo!

El enemigo, en cuanto vio el caballo blanco del general Valente, se asustó y escuchó el grito de
“¡Caigo! ¡Me caigo! ”, Sabía el peligro que corría. Entonces los soldados se dijeron unos a
otros:

- ¡Estamos perdidos, que viene D. Caio! ¡Aquí viene D. Caio!

Y huyeron en estampida. Los soldados del rey lo siguieron y los mataron.

El sastre ganó la batalla así simplemente agarrándose al cuello del caballo y gritando "¡Me
caigo!" El rey estaba muy contento con él y a cambio de la victoria que la princesa le dio en
matrimonio, y lo cierto es que nadie regateó el mayor elogio a la valentía del sucesor del
general D. Caio ...
OS DOIS COMPADRES

Era uma vez dois compadres- um era muito rico e o outro muito pobre. Este, querendo
apanhar dinheiro ao rico, disse para a mulher:

- Olha, tu vai lá à mina mulher e diz-lhe que arranje uma perdiz guisada e que faça conta
com o nosso compadre.

Deu um sopapo ao coelho, que desatou a fugir. O compadre rico estava ansioso de ir a casa do
outro a ver se o coelho tinha dado o recado.

Quando chegaram lá dos matos, disse o homem para a mulher:

- Cuido que falta pouco para o guisado estar na mesa. O nosoo coelho trouxe o recado,
nâo foi?
- Pois nâo havia de trazer?! A perdiz está pronta e contaba já com o compadre, tal como
o coelho me recomendou da tua parte.

Pediiu o rico ao pobre:

- Compadre, venda-me o seu coelho!


- Isso é que eu nâo vendo, que ele faz-me os mandadinhos todos.
- Compadre, venda-me o coelho, que eu dou-lhe muito dinheiro por ele.

Vendeu-lhe o coelho bem vendido. Claro, entregou-lhe um dos que tinha na coelheira. E a
primeira vez que o compadre rico andou o ceolho a um recado, nunca mais lhe apareceu.

Entretanto, quando estavapara acabar o dinheiro ao pobre, disse este para a mulher:

- Temos de ver se arranjamos outra marosca para apanharmos bagos ao nosso


compadre. Olha, tu arranjas a burra velha, eu junto-lhe dinheiro com raçâo e depois
dizemos que ela deita pelo rabo muito dinheiro e que já somos muito ricos!

Assim foi. Um dia, na caçada, o compadre rico reparou que a burra deitava dinheiro pelo rabo.

- Compadre, venda-me a burra!


- Isso nâo vendo eu, que já estou muito rico e quando preciso de dinheiro ela é que mo
dá. Nâo vendo. E nâo se lembra do coelho? Vendi-lho por uma bagatela e logo o
deixou fugir!
- Compadre, venda-me a burra

Tanto teimou que ele lha vendeu por muito dinheiro.

Assim, foi para casa o compadre rico com a burra velha comprada e em casa deu-lhe uma boa
raçâo. Mas a besta nâo largava dinheiro nenhum. Passados dias, era a mesma coisa, e foi
reclamar:

- Ó compadre, a burra nâo faz dinheiro nenhum.


- Eu é que sou uym grande burro em lhe vender as coisas. Nâo sabe tratar delas e
depois diz que o engano. É boa!

Ia-se outra vez acabando o dinheiro, quando se lembrou:

- Olha lá, ó mulher, tu arranjas um papo de peru e mete-lhe dentro as tripas do animal.
Pôe o papo à cintura debaixo do avental e eu dou-te uma navalhada. No papo, está
bem de ver! Tu casi logo morta e com as tripas de fora! Depois toco numa gaitinha que
vou comprar e tu levantas-te!

Preparada a coisa, convidou o compadre para outra caçada.

- Ó mulher, arranja aí o alforge num instante.


- Nâo basta ser todos dias esta seca, senâo andas semre às pressas!
- Cala-te, mulher, nâo resmungues!
- E ainda terei de me calar? Pois nâo faço nada!

Armou-se uma grande discussâo e ele deu-lhe umas navalhadas. As tripas saltaram logo e a
mulher deixou-se cair redonda no châo. O compadre ficou todo aflito:

- Ó desgraçado, olha o que fizeste! Mataste a tua mulher!


- Nâo se incomode. Tenho aquí uma gaita que dá vida aos mortos!

Começou o pobre a tocar uma musiquinha e a mulher levantou-se logo. E o rico de boca
aberta:

- Compadre, venda-me a gaita!


- Qual vender, nem qual diablo!

E tudo era lembrar-lhe o coelho e mais a burra. Por fim, vendeu a gaita. Foi o compadre rico
para casa, armou uma grande briga com a mulher e mandou-lhe uma navalhada na barriga.
Caída ela por terra, morta, e ele pega na gaitinha e vá de tocar, tocar a bomtocar. Mas a
mulher nâo se mexia.

Veio a Juntiça. Ele pôs-se a contar o sucedido com o compadre pobre e levaram este preso. No
camino, os guardas quiseram descansar, amarraram o pobre a uma árvore e deitaram-se a
dormir a sesta.

Passou um pastor com uns carneiros e perguntou-lhe o que era.

- Ora, querem à força que eu me case com a princesa, mas eu nâo quero. Por isaso me
levam preso.
Diz-lhe o pastor:
- Bem podias casar com a princesa e nâo te levavam para a forca.

E o preso:

- E tu estás interesado em casar come la? Queres vir para o meu lugar?
- Pois quero

E mudaram. Depois, o pastor, amarrado à árvore, começou a gritar:

- Eu já quero! Eu já quero!
- Já queres o quê? – perguntaram os guardas, acordando, estremunhados.
- Já quero casar com a princesa!
- Ora essa! Explica lá o que estás a dizer!

E ele contou tudo.

- Bem- disse o chefe dos guardas-, soltem lá ese homem!


Ele foi-se embora. O outro ia todo contente com os carneiros do pastor quando encontrou o
compadre, que lhe perguntou:

- Entâo tu nâo foste preso?


- Eu nâo, pois se a mina gaita dá vida aos mortos, como havia de ser preso?
- Entâo esses carneiros quem tos deu?
- Ora, arranjei-os eu.
- Mas como?
- Olha, anda comigo, que eu te ensio como nascem carneiros!

Levou-o para o pé de um pego, onde a agua era muito funda. Perguntou-lhe se quería um
carneirinho ou um carneirâo. O rico disse que um carneirâo. Entâo o pobre agarrou nele e
disse com voz forte:

Cada mergulhinho,

Um carneirinho.

Cada mergulhâo,

Um carneirâo.

E atirou com ele para dentro do pego e safou-se com o rebanho, que logo foi vender na feira
de S. Mateus.
LOS DOS COMPARADORES

Érase una vez dos compadres, uno era muy rico y el otro muy pobre. Este último, queriendo
quitarle dinero al rico, le dijo a la mujer:

- Mira, ve a la mía de la mujer y dile que se haga un guiso de perdiz y que cuente con
nuestra amiga.

Le dio al conejo una bofetada, de la que comenzó a huir. El rico estaba ansioso por ir a la casa
del otro para ver si el conejo le había dado el mensaje.

Cuando llegaron del bosque, el hombre le dijo a la mujer:

- Cuido que el puchero esté sobre la mesa. Nuestro conejo trajo el mensaje, ¿no?
- ¡¿Por qué no debería traerlo?! La perdiz está lista y ya tenía el compadre, tal y como
me recomendó el conejo de tu parte.

Los ricos preguntaron a los pobres:

- ¡Compadre, véndeme tu conejo!


- Eso es lo que yo no vendo, que él hace todo el trabajo por mí.
- Compadre, véndeme el conejo, te daré mucho dinero por él.

Le vendió el conejo bien vendido. Por supuesto, ella le entregó uno de los que estaban en la
conejera. Y la primera vez que el amigo rico se acercó a un mensaje, nunca volvió a aparecer.

Sin embargo, cuando el pobre estaba a punto de quedarse sin dinero, le dijo a su esposa:

- Tenemos que ver si podemos encontrar otro arbusto para recoger bayas de nuestro
amigo. Mira, te llevas el burro viejo, le pongo dinero y luego decimos que se tira
mucho dinero por la cola y que ya somos muy ricos!

Y así fue. Un día, en la caza, el rico notó que el burro tiraba dinero por la cola.

- ¡Compadre, véndeme el burro!


- Ése no lo vendo yo, ya que soy muy rico y cuando necesito dinero me lo da. No vendo.
¿Y no te acuerdas del conejo? ¡Lo vendí por una nimiedad y luego lo dejé ir!
- Compadre, véndeme el burro

Insistió tanto que lo vendió por mucho dinero.

Así que el rico con el burro viejo que había comprado se fue a casa y le dio una buena ración.
Pero la bestia no dejó caer ningún dinero. Después de días, fue lo mismo, y se quejó:

- Amigo, el burro no hace dinero alguno.


- Yo soy el que es un gran burro vendiéndote cosas. No sabe cómo lidiar con ellos y
luego dice que está equivocado. ¡Es buena!

Se estaba quedando sin dinero nuevamente, cuando recordó:

- Mira, oh mujer, tú arreglas un pavo y metéis dentro las tripas del animal. Pon la charla
alrededor de tu cintura debajo de tu delantal y te daré una navaja. En el chat, es
¡es bueno verlo! ¡Pronto estabas muerto y tus tripas estaban fuera! Luego toco una armónica
que me voy a comprar y ¡te levantas!

Con la cosa lista, invitó a su amigo a otra cacería.

- Oh mujer, trae tu bolso ahí en un instante.


- ¡No basta con ser esta sequía todos los días, o siempre tienes prisa!
- ¡Cállate mujer, no te quejes!
- ¿Y todavía tendré que callarme? Bueno, yo no hago nada!

Surgió una gran discusión y le dio unos cuchillos. Las tripas saltaron rápidamente y la mujer
cayó al suelo. El compadre estaba angustiado:

- ¡Oh bastardo, mira lo que hiciste! ¡Mataste a tu esposa!


- No te molestes. ¡Aquí tengo una armónica que da vida a los muertos!

El pobre se puso a tocar una cancioncita y la mujer se levantó inmediatamente. Y el rico con la
boca abierta:

- ¡Compadre, véndeme la armónica!


- ¡Cuál vender o qué diablo!

Y todo fue para recordarle al conejo y al burro. Finalmente, vendió la armónica. El hombre rico
se fue a casa, entabló una gran pelea con su esposa y le envió un tajo en el vientre. Ella cayó al
suelo, muerta, y él toma la armónica y sigue tocando, tocando y tocando. Pero la mujer no se
movió.

Llegó la justicia. Empezó a contar lo que le pasó al pobre amigo y se lo llevaron prisionero. En
el camino, los guardias querían descansar, ataron al pobre a un árbol y se echaron a dormir la
siesta.

Un pastor pasó con unas ovejas y le preguntó qué era.

- Bueno, quieren obligarme a casarme con la princesa, pero yo no quiero. Por cierto, me
llevan a la cárcel.

El pastor le dice:

- Bien podrías casarte con la princesa y no te llevarían a la horca.

Y el prisionero:

- ¿Y estás interesado en casarte? ¿Quieres venir a mi casa?


- Quiero

Y cambiaron. Entonces, el pastor, atado al árbol, comenzó a gritar:

- Ya quiero! Ya quiero!
- ¿Qué quieres ya? Preguntaron los guardias, despertando, pasmados.
- ¡Ya quiero casarme con la princesa!
- ¡Vamos! ¡Explique lo que está diciendo allí!

Y lo contó todo.

- Bueno -dijo el jefe de los guardias- ¡dejen ir a ese hombre!


Él se fue. El otro estaba todo feliz con las ovejas del pastor cuando conoció a su amigo, quien le
preguntó:

- ¿Entonces no fuiste arrestado?


- Yo no, porque si la armónica mía da vida a los muertos, ¿cómo sería detenido?
- ¿Entonces esas ovejas que te las dieron?
- Bueno, los tengo.
- ¿Pero cómo?
- ¡Mira, camina conmigo, te enseño cómo nacen las ovejas!

Lo llevó al pie de una pesca, donde el agua era muy profunda. Le preguntó si quería un cordero
o un cordero. El rico dijo que era una oveja. Entonces el pobre lo agarró y dijo con voz fuerte:

Cada inmersión
Un corderito.
Cada inmersión
Una oveja.
Y lo arrojó a la trampa y se escapó con el rebaño, que pronto fue a vender en la feria de S.
Mateus.
A BELA E A COBRA

Era uma vez um rei que tinha três filhas, uma das quais era muito Formosa e ao mesmo tempo
dotada de bas qualidades. Chamava-se Bela. O rei tinha sido muito rico. Mas, por causa de um
naufragio, ficou completamente pobre.

Um dia foi fazer uma viagem. Antes, porém, perguntou às filhas o que queriam que ele lhes
trouxesse.

- Eu-disse a do meio- quero um guarda-sol de cetim.


- E tu queres? –perguntouele à mais nova.
- Uma rosa tâo linda como eu –respondeu ela.
- Pois sim –disse ele.

E partiu.

Passado algum tempo, trouxe as prendas de suas filhas. E disse à mais nova:

- Pega lá esta linda rosa. Bem cara me ficou ela ¡

Bela ficou muitop preocupada e perguntou ao pai porque é que lhe tinha dito aquilo. Ele, a
principio, nâo lho quería dizer, mas ela tantas instancias fez que ele lhe respondeu que no
jardín onde tinha colhido aquela rosa encontrara uma cobra, que lhe perguntou para queme la
era. Respondeu-lhe que era para a sua filha mais nova e ela disse que lha havia de levar, senâo
que era morto.

Consolou-o a menina:

- Meu pai, nâo tenha pena, que eu vou.

Assim foi. Logo que ela entrou naquele palacio, ficou admirada de ver tudo tâo asseado, mas ia
com muito medo. O pai esteve lá um pouco de tempo e depois foi-se embora. Bela, quando
ficou só, dirigiu-se a uma sala e viu a cobra. Ia deitar-se quando sentiu uma coisa fría. Deu um
grito e disse-lhe uma voz:

- Nâo tenhas medo.

Em seguida foi ver o que era e apareceu-lhe a cobra. A menina, a principio, assustou-se, mas
depois começou a afagá-la. Ao outro dia de manhâ apareceu-lhe a mesa posta com o almoço.
Ao jantar viu pôr a mesa, mas nâo lobrigou ninguém. À noite foi deitar-se e controu a mesmo
cobra. Assim viveu durante muito tempo, até que um dia foi visitar o pai. Mas quando ia a sair
ouviu uma voz que lhe disse:

- Nâo te demores acima de três, senâo morrerás.

Lá seguiu o seu camino, já esquecida do que a voz lhe tinha dito. E chegou a casa do pai. Iam a
pasar os três dias quando se llembrou que tinha de voltar. Despediu-se de toda a sua familia e
partiu a galope. Chegou já à noite e foi deitar-se, como tinha de costume, mas já nâo sentiu o
tal bichinho. Cheia de tristeza, levantou-se pela manhâ muito cedo, foi procurá-lo no jardín e
qual nâo foi a sua admiraçâo ao vê-lo no fundo dum poço! Ela começou a afagá-lo, chorando, e
caiu-lhe uma légrima no peito da cobra. Assim que a lágrima lhe tocou, a cobra transformou-se
num príncipe, que ao mesmo tempo lhe disse:

- Só tu, mina donzela, me podias salvar! Estou aquí há uns poucos de anos e, se nâo
chorases sobre o meu peito, ainda aquí estaría cem anos mais!

O príncipe gostou tanto dela que casaram e lá viveram durante muitos anos

LA BELLEZA Y LA COBRA

Érase una vez un rey que tenía tres hijas, una de las cuales era muy hermosa y al mismo
tiempo estaba dotada de grandes cualidades. Se llamaba Bela. El rey había sido muy rico. Pero,
debido a un naufragio, se volvió completamente pobre.

Un día se fue de viaje. Antes, sin embargo, les preguntó a sus hijas qué querían que les trajera.

- Yo-dijo el del medio- Quiero un paraguas de raso.


- ¿Y tú quieres? Preguntó al más joven.
- Una rosa tan hermosa como yo- respondió.
- Sí - dijo.

Y partió.

Después de un tiempo, trajo los regalos de sus hijas. Y ella le dijo al más joven:

- Consigue esta hermosa rosa. Buen hombre consíguemela

Bela estaba muy preocupada y le preguntó a su padre por qué le había dicho eso. Al principio,
él no quiso decírselo, pero ella hizo tantas instancias que él respondió que en el jardín donde
había recogido esa rosa había encontrado una serpiente, quien preguntó para quién era. Él
respondió que era para su hija menor y ella dijo que se lo llevaría, pero lo mataron.

La niña lo consoló:

- Padre mío, no te arrepientas, eso lo haré.

Y así fue. En cuanto entró en ese palacio, se asombró al ver todo tan limpio, pero se asustó
mucho. El padre estuvo allí un rato y luego se fue. Bela, cuando estaba sola, fue a una
habitación y vio a la serpiente. Iba a acostarse cuando sintió algo frío. Dio un grito y una voz le
dijo:

- No tengas miedo.

Luego fue a ver qué era y se le apareció la serpiente. La niña, al principio, se sobresaltó, pero
luego comenzó a acariciarla. El otro día por la mañana apareció la mesa puesta con el
almuerzo. En la cena, vio la mesa puesta, pero no llamó a nadie. Por la noche se fue a la cama y
se encontró con la misma serpiente. Así vivió mucho tiempo, hasta que un día fue a visitar a su
padre. Pero cuando se iba escuchó una voz que decía:

- No tomes más de tres, de lo contrario morirás.

Allí siguió su camino, ya olvidando lo que había dicho la voz. Y llegó a la casa de su padre. Iban
a pasar los tres días cuando recordó que tenía que regresar. Se despidió de toda su familia y se
fue al galope. Llegó de noche y se acostó, como de costumbre, pero ya no sintió a la mascota.
Llena de tristeza, se levantó muy temprano en la mañana, fue a buscarlo al jardín y ¡cuál fue su
admiración cuando lo vio en el fondo de un pozo! Ella comenzó a acariciarlo, llorando, y una
lágrima cayó sobre el pecho de la serpiente. Tan pronto como la lágrima lo tocó, la serpiente
se convirtió en príncipe, quien al mismo tiempo le dijo:

- ¡Solo tú, mi doncella, podrías salvarme! He estado aquí por algunos años y, si no lloras
en mi pecho, ¡todavía estaría aquí cien años más!

Al príncipe le gustó tanto que se casaron y vivieron allí durante muchos años.

A GAITA MILAGROSA

Havia numa terra um indivíduo que possuía uma gaita com a virtude de fazer bailar os ouvintes
quando tocava. De uma ocasiâo, passava um sujeito com um jumento carregado de louça e o
dono da gaita pôs-se a tocá-la.

Taanto o dono do jumento como este puseram-se logo a bailar, e com tantos saltos, que em
pouco tempo toda a louça se fez em cacos.

Gritava o dono da louça ao tocador da gaita que nâo tocasse, mas este só tirou a gaita dos
lábios quando já nÂo havia uma única peça de louça inteira. Exasperado, o pobre homem foi
queixar-se ao juiz e o tocador foi chamado à sua presença.

- És acusado de ter quebrado a louça deste homem- disse o juiz ao gaiteiro.


- Eu nâo sou culpado. Toquei a mina gaita, e ese senhor e o seu jumento puseram-se a
dançar.
- Tens contigo a gaita?
- Tenho
- Toca- ordenou o juiz, sentado na sua poltrona.

O gaiteiro tirou a gaita do bolso e pôs-se a tocar. O dono da louça, que a ese tempo estava
encostado a uma cadeira, pegou na cadeira e bailou come la. O juiz, qui ia tomar uma pitada
de rapé da sua Caixa de ébano, começou a pular, batendo com os dedos na tampa à maneira
de castanholas. A mâe do juiz, que estava entrevada na cama, no quarto próximo, lenvantou-
se imediatamente, bailando, batendo as palmas e cantando:

Vá de folia,

Vá de folia,

Que há sete anos

Me nâo mexia!

E assim se converteu o escritorio do juiz numa animada sala de baile, pois que até as
caddeiras, os tinteiros e todos os mais móveis se puseram a saltar e a bailar.

Passados momentos, pediu o juiz ao tocador que cessasse de tocar a gaita, e o homem
obedeceu imediatamente, pois viu que tanto o dono da louça como o juiz e a mâe suavam com
abundância.

O juiz, depois de limpiar o suor disse para o tocador:


- Podes-te ir embora sem culpa nem pena, porque é sum homem que até curou a mina
mâe, que há muitos anos se nâo podía mexer na cama.

E o tocador saiu da presença do juiz voltou para a cama.

LA ARMÓNICA MILAGROSA

Había una persona en la tierra que tenía una armónica con la virtud de hacer bailar a los
oyentes cuando tocaba. En una ocasión pasó un tipo con un burro cargado de vajilla y el dueño
de la armónica empezó a tocarla.

Tanto el dueño del burro como este se puso a bailar, y con tantos saltos, que en poco tiempo
todos los platos se hicieron en pedazos.

El dueño de los platos le gritó al armónico que no tocaba, pero solo se quitó la armónica de los
labios cuando ya no quedaba ni una sola vajilla. Exasperado, el pobre fue a quejarse al juez y el
jugador fue llamado a su presencia.

- Se le acusa de romper los platos de este hombre- dijo el juez al flautista.


- No soy culpable. Toqué la armónica en la mía, y este hombre y su burro empezaron a
bailar.
- ¿Tienes la armónica contigo?
- Tengo.
- Toca- ordenó el juez, sentado en su silla.

El gaitero sacó la gaita del bolsillo y se puso a tocar. El dueño de los platos, que en ese
momento estaba apoyado en una silla, tomó la silla y bailó con ella. El juez, que estaba a punto
de tomar una pizca de rapé de su caja de ébano, comenzó a saltar, golpeando la tapa como
castañuelas con los dedos. La madre del juez, que estaba acostada en la cama en la habitación
contigua, inmediatamente se levantó de un salto, bailando, aplaudiendo y cantando:

Ve a la juerga

Ir de fiesta,

Que hace siete años

¡No me movería!

Y así la oficina del juez se convirtió en un animado salón de baile, ya que hasta las sillas, los
cartuchos de tinta y todos los más móviles empezaron a saltar y bailar.

Luego de unos momentos, el juez le pidió al jugador que dejara de tocar la armónica, y el
hombre obedeció de inmediato, al ver que tanto el dueño de los platos como el juez y su
madre sudaban profusamente.

El juez, tras secarse el sudor, le dijo al jugador:

- Puedes irte sin culpa ni lástima, porque es un hombre que incluso curó a mi madre,
que no pudo mover la cama durante muchos años.

Y el jugador dejó la presencia del juez y volvió a la cama.


O COELNHINHO BRANCO

Era uma vez uma pricesa que costumava pentear-se sempre à janela do seu palacio, que
deitava para o jardín. Todos os dias ia um coelhinho branco muito bonito passear debaixo da
janela. Um dia, estando a princesa a pentear-se, vai o coelhinho e levou-lhe o pente.

Passados dias, estando outra vez a princesa a pentear-se, veio o mesmo coelho e levou-lhe o
laço, e, pasados mais uns dias, tendo a princesa tirado um anel e posto na janela, o coelho
tornou a aparecer e levou-o.

Passaram-se uns poucos dias e o coelho nunca mais voltou. A princesa, com muitas saudades
por ele nâo aparecer, adoeceu.

Vieram os médicos e nÂo atinaram com a molestia. O rei, mjuito aflito por ver que a filha nâo
podía resistir à doença nâo fazia senâo chorar.

A princesa tinha uma aia que era muito sua amiga e que sabia a razâo de tudo aquilo. A doente
sonhou uma noite que bebendo um copo de agua duma fonte que havia no meio de um
bosque distante do palacio lhe daría saúde. Pediu à aia que lha fosse buscar, porque só da sua
mÂo a queria beber, pois só nela confiava.

A aia foi, chegou `fonte e , quando ia a encher o copo, abriu-se o châo e saiu um preto,
chegando ao sítio por onde tinha aparecido, disse:

- Abre-te, châo!

Imediatamente o châo se abriu e apareceu um palacio muito rico. A aia entrou e escondeu-se,
muito admirada por ver semelhante riqueza.

O preto veio, trouxe uma bacia e um jarro de ouri, deitando os barris de agua dentro da bacia.
Despois foi-se embora. Daí a poco viu ela vir o coelhinho branco, que costumava ir ao jardín da
princesa. O coelho meteu-se na bacia de agua e fez-se logo um formoso prícipe. Depois abriu
uma gaveta e, tirando um pente, um laço e um anel, começou a dizer:

- Pente, laó, anel de mina senhora! Vejo a ti e nâo vejo a ela! Ai, que morro por ela, ai
de mim!

Depois arrecadou tudo, voltou a banhar-se, tornou-se logo em coelho e fugiu. A aia, quando se
vi usó, chegou ao sítio por onde tinha entrado e disse:

- Abre-te, châo!

O châo imediatamente se abriu, saiu ela e chegou ao palacio muito contente, com um copo de
agua da fonte.

A princesa bebeu-a e começou a achar-se melhor. A aia, entâo, contou-lhe o que tinha visto e a
princesa ainda mais contente ficou. Depressa se achou boa e foi um dia passear com aia ao
mesmo sítio e esconderam-se. Daí a pouco tempo abriu-se o châo e apareceu o preto. Encheu
os barris, carregou-os no burro e fooi-se embora. Chegou ao tal sítio e fez que o châo e
aoareceu o tal rico palacio. Entraram a princesa e a aia e foram seguindo o preto sem que ele
as visse. Depois esconderam-se no mesmo sítio onde estivera a aia da outra vez. O preto foi
buscar a bacia e o jarro de ouri, despejou a agua dentro e depois retirou-se.

Daí por um bocado, veio o coelhinho braco, banhou-se dentro da bacia e tornou-se no tal
príncipe. Abriu a gaveta e repetiu as mesmas palabras diante do pente, do laço e do anel.

Só que dessa vez apareceu a princesa, que lhe disse:

- Se morres por mim, meu amor, aquí me tens!

Acabou-se imediatamente o encanto so príncipe, que ficou muito contente por tornar a ver a
princesa.

Ajustou-se o casamento, casaram e o pai dela ficou muito ssatisfeito.

EL CONEJITO BLANCO

Érase una vez un precio que siempre se peinaba en la ventana de su palacio, que se extendía
hacia el jardín. Todos los días, un conejito blanco muy lindo salía a caminar debajo de la
ventana. Un día, mientras la princesa se peina, el conejito va y le quita el peine.

Pasados unos días, cuando la princesa se estaba peinando nuevamente, llegó el mismo conejo
y le quitó el lazo, y luego de unos días más, luego de que la princesa se quitó un anillo y lo puso
en la ventana, el conejo apareció nuevamente O.

Pasaron unos días y el conejo nunca volvió. La princesa, que lo extrañaba mucho, cayó
enferma.

Los médicos vinieron y no notaron la enfermedad. El rey, muy ansioso por ver que su hija no
podía resistir la enfermedad, no hizo más que llorar.

La princesa tenía una criada que estaba muy cerca de ella y que conocía el motivo de todo
esto. La paciente soñó una noche que beber un vaso de agua de una fuente que estaba en
medio de un bosque lejos del palacio le daría salud. Le pidió a la criada que lo trajera, porque
solo de su mano quería beberlo, porque solo él confiaba en ella.

La criada se fue, llegó a la fuente y, cuando iba a llenar el vaso, se abrió el piso y salió una
negra, llegando al lugar donde había aparecido, dijo:

- ¡Ábrete, tierra!

Inmediatamente se abrió el piso y apareció un palacio muy rico. La criada iba y venía a
esconderse, muy admirada de ver tanta riqueza.

Llegó el negro, trajo una palangana y una jarra de erizo, vertiendo los barriles de agua en la
palangana. Luego se fue. Entonces vio venir al conejito blanco, que solía ir al jardín de la
princesa. El conejo se metió en la palangana de agua y pronto se convirtió en un hermoso
príncipe. Luego abrió un cajón y, sacando un peine, un lazo y un anillo, empezó a decir:

- ¡Peine, lao, señorita del anillo mío! ¡Te veo y no la veo a ella! Oh, me muero por ella,
¡ay!
Luego recogió todo, se bañó de nuevo, pronto se convirtió en un conejo y se escapó. Cuando la
criada nos vio, llegó al lugar por donde había entrado y dijo:

- ¡Ábrete, tierra!

Inmediatamente se abrió el piso, ella se fue y llegó al palacio muy contenta, con un vaso de
agua de la fuente.

La princesa lo bebió y empezó a sentirse mejor. La doncella le contó lo que había visto y la
princesa se puso aún más feliz. Rápidamente pensó que estaba bien y un día salió a caminar
con la criada al mismo lugar y se escondieron. Al poco tiempo, el suelo se abrió y apareció el
negro. Llenó los barriles, los cargó en el burro y se fue. Llegó a ese lugar e hizo el piso y
apareció el rico palacio. La princesa y la criada entraron y siguieron al negro sin que él las viera.
Luego se escondieron en el mismo lugar donde había estado la enfermera la otra vez. El negro
fue a buscar el cuenco y la jarra de erizo, echó el agua dentro y luego se retiró.

Luego, por un tiempo, llegó el conejo blanco, se bañó en la palangana y se convirtió en ese
príncipe. Abrió el cajón y repitió las mismas palabras delante del peine, el lazo y el anillo.

Solo que esta vez apareció la princesa, quien dijo:

- ¡Si mueres por mí, amor mío, aquí me tienes!

El encanto del príncipe se acabó de inmediato, y estaba muy feliz de volver a ver a la princesa.

El matrimonio se ajustó, se casaron y su padre quedó muy satisfecho.


O GALO E A RAPOSA

Um galo, cercado de um serralho de galhinas, pressentiu a aproximaçâo duma raposa e


empoleirou-se logo numa árvore, dando sinal para que todas fizessem o mesmo. A raposa
chegou à árvore e disse para cima:

- Já vejo que vocÊs nâo sabem que há agora uma orden do Governo para nem os
homens nem os bichos fazarem mal un saos outros!
- Agora!

O galo ouviu bulha a certa distancia, olhou e exclamou:

- Acolá vêm uns caçadores!


- De que banda vêm?- perguntou a raposa, assustada.
- De acolá!

Mas neste momento já os câes dos caçadores tinham dado com as pegadas da raposa e
corriam para ela.

A raposa deitou a fugir, os câes e caçadores atrás dela, e o galo começou entâo a gritar:

- Mostra-lhe a ordem! Mostra-lhe a ordem!

EL GALLO Y EL ZORRO

Un gallo, rodeado por un serrallo de cerdos, sintió la proximidad de un zorro e


inmediatamente se encaramó a un árbol, dando la señal para que todos hicieran lo mismo. El
zorro se acercó al árbol y dijo hacia arriba:

- ¡Ya veo que no sabes que ahora hay una orden del Gobierno para que ni hombres ni
animales hagan daño a otros!
- ¡Ahora!

El gallo escuchó ruido desde la distancia, miró y exclamó:

- ¡Vienen cazadores!
- ¿De qué banda vienen? - Preguntó el zorro, asustado.
- ¡Desde allí!

Pero ahora los perros de los cazadores habían encontrado las huellas del zorro y corrían hacia
él.

El zorro se escapó, los perros y los cazadores detrás de ella, y el gallo comenzó a gritar:

- ¡Muéstrale el pedido! ¡Muéstrale el pedido!


PEDRO DAS MALAS-ARTES

Uma mulher tinha um filho maluco. Um dia precisou de ir à feira e recomendou ao filho, que
ficava em casa, que olhasse por tudo. Tinha também um filhinho de peito, que ficava no berço,
e ensinou-o que quando chorasse o devia embalar. Também ficava uma galinha no choco: que
lhe cobrisse os ovos quando ela saísse.

No regresso, a mulher perguntou ao filho se tinha feito tal qual o que ela dissera. O rapaz fez
que sim com a cabeça. O menino chorara, mas ele catara-o e espetara-lhe galinha, quendo
dexou os ovos, que fora ele chocá-los para nâo arrefecerem: estavam esborrachados. A pobre
mulher lamentava-se da sua triste vida, chorando muito a sorte do seu querido filhinho, e
jurou que nunca mais deixaria o tolo a guardar a casa.

Quando houve outra feira e ela teve precisÂo de lá ir, mandou o filho, a quem fez mil
recomendaçôes: que comprasse um porco, para o que lhe deu uma cordinha para o trazer
preso; um cántaro, que trouxesse às costas; um vintén para sardinhas, e que as deitasse
dentro d cántaro, e, finalmente, dez réis para agulhas, que as espetasse na gola da jaqueta.

Ficou a mulher muito descansada, pois como lhe recomendara tudo, calculava que ele nâo
faria asneira.

Espantada afinal ficou quando o viu chegar com tudo trocado, às avessas do que dissera: o
porco às costas, já morto de tanto que tinha gritado; o cántaro todo quebrado, nâo restando
dele senâo a asa, que tinha presa à corda; das agulhas, que ele trazia lá dentro, neem uma
apareceu, e as sardinhas espetadas na gola da jaqueta, que nem sardinhas pareciam,
esborrachadas que estavam! A pobre mulher, aflitíssima, chorou lágrimas, protestou e trejurou
nunca mais mandar o filho à feira nem deixá-lo só em casa.

PEDRO DAS MALAS-ARTES

Una mujer tuvo un hijo loco. Un día tuvo que ir a la feria y recomendó que su hijo, que estaba
en casa, se ocupara de todo. También tuvo un niño, que estaba en la cuna, y le enseñó que
cuando lloraba debía empacarlo. También había una gallina en la sepia: para cubrir sus huevos
cuando se fuera.

En el camino de regreso, la mujer le preguntó a su hijo si había hecho exactamente lo que dijo.
El chico asintió. El niño había llorado, pero lo había levantado y lo había atravesado con gallina,
cuando dejó los huevos, que tenía que incubarlos para que no se enfriaran: estaban volcados.
La pobre lamentó su triste vida, lloró mucho por su querido hijito, y juró que nunca más dejaría
al tonto cuidando la casa.

Cuando hubo otra feria y tuvo que ir, envió a su hijo, a quien le hizo mil recomendaciones:
comprar un cerdo, para lo cual le dio una cuerda para que lo trajera; un cántaro, que se llevó a
la espalda; un vintén por sardinas, y verterlas en el tarro, y, finalmente, diez reis por agujas,
para clavarlas en el cuello de la chaqueta.

La mujer estaba muy a gusto, ya que, como ella le había recomendado todo, supuso que él no
la cagaría.

Al fin y al cabo, se asombró cuando lo vio llegar con todo cambiado, a pesar de lo que le había
dicho: el cerdo en el lomo, ya muerto de tanto gritar; el cañón completamente roto, sin nada
más que el ala, que había sido atada a la cuerda; de las agujas, que trajo adentro, nadie
apareció, y las sardinas se clavaron en el cuello de su chaqueta, que ni siquiera parecía
aplastada, ¡gomosa! La pobre, muy angustiada, lloró, protestó y lloró para no mandar nunca a
su hijo al mercado ni dejarlo solo en casa.

O CALDO DE PEDRA

Um frade andava no peditório. Em determinada altura, cheio de forme, chegou à porta de um


lavrador e aí nada lhe quiseram dar. E ele disse aos da casa:

- Vou ver se faço um caldinho de pedra

Apanhou uma pedra do châo, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela a ver se era boa
para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e da sua lembrança. Perguntou oo
viandante:

- Entâo nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa muito boa!

Responderam-lhe:

- Sempre queremos ver isso.

Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, falou assim:

- Se me emprestassem aí uma panelinha…

Deixaram. Assiem que a panelsa começou a chiar, disse ele:

- Com um bocadinho de unto é que oo caldo ficava um primor!

Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada do que via.
Provando o caldo, exclamou o frade:

- Esta um bocadicho ensosso, bem precisava de uma predrinha de sal.

Também lhe deram o sal. Temperou, provou, e:

- Agora é que uns olhinhos de couve caíam bem aquí! Até os anjos comeriam!

A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras. O frade limpou-as, ripou-as com os
dedos, deitando as folhas na panela.

Quando os olhos já estavam cozidos, comentou o frade:

- Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava graça!


Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço e ele deitou-o na panela. E enquanto tudo aquilo cozia,
torou pâo do alforge e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era um regalo.
Comeu e lambeu o beiço. Depois, despejada a panel, ficou a pedra no fundo.

A gente da casa, que estava com os olhos no frade, perguntou-lhe:

- Ó Irmâo, entâo a pedra?

Respondeu-lhes o frade:

- A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez!

E assím comeu o frade em casa de quem nada lhe queria dar.

EL CEPILLO DE PIEDRA

Un fraile caminaba en el pedestal. En un momento, lleno de forma, llegó a la puerta de un


granjero y no había nada que quisieran darle. Y dijo a los de la casa:

- Veré si hago una sopa de piedra

Cogió una piedra del suelo, sacudió la tierra y empezó a mirarla para ver si era buena para
hacer un caldo. La gente de la casa se echó a reír del fraile y de su recuerdo. El viajero
preguntó:

- ¿Así que nunca comiste caldo de piedra? ¡Solo te digo que es algo muy bueno!

Ellos respondieron:

- Siempre queremos ver eso.

Eso era lo que quería oír el fraile. Después de lavar la piedra, dijo:

- Si pudiera pedir prestada una olla pequeña allí ...

Dejar. Firmar que la panelsa empezó a chisporrotear, dijo:

- ¡Con un poquito, el caldo quedaría genial!

Fueron a buscar un pedazo. Hirvió, hirvió, y la gente de la casa se asombró de lo que vieron.
Degustando el caldo, el fraile exclamó:

- Esto es un poco de ensosso, realmente necesitaba un poco de sal.

También te dieron la sal. Condimentado, probado y:

- ¡Ahora que unos ojos de repollo cayeron aquí mismo! ¡Incluso los ángeles comerían!

La dueña de la casa fue al huerto y le trajo dos coles tiernas. El fraile las limpió, las rasgó con
los dedos y puso las hojas en la olla.

Cuando los ojos ya estaban cocidos, el fraile comentó:

- ¡Ay, fue un poco de chorizo lo que le dio gracia!

Le trajeron un trozo de chorizo y lo vertió en la sartén. Y mientras todo eso se cocinaba, sacó
pan de la cartera y se dispuso a comer despacio. El caldo olía como si fuera un verdadero
placer. Comió y se lamió el labio. Luego, después de que se arrojó el panel, la piedra
permaneció en la parte inferior.

La gente de la casa, que tenía los ojos puestos en el fraile, le preguntó:

- Oh hermano, entonces la piedra?

El fraile les respondió:

- ¡La piedra lo lavará y me lo volverá a llevar!

Entonces el fraile comió en casa de alguien que no quería nada para darle.

S. PEDRO E A FERRADURA

Quando Nosoo Senhor Jesus Cristo e mais S. Pedro andavam pelo mundo, toparam num
camino uma ferradura velha. Disse o Senhor:

- Pedro, apanha essa ferradura, que pode ter alguma serventía.


- Senhor, nâo apanho! Está velha e ferrugenta, nâo pode servir para nada.

O Senhor deixou ir Pedro adiante, abaixou-se e apanhou a ferradura.

Chegaram às portas de uma cidadde. O Senhor deixou outra vez Pedro ir adiante e, sem ele dar
por isso, vendeu-sa a um ferrador por dez réis. Passou por um sítio onde se vendia fruta e
comprou-os de cerejas.

Passaram depois a cedida e meteram por outra estrada. Estava muito calor e disse S. Pedro:

- Ah, se eu tivesse com que refrescar a boca!

O Senhor ia entâo adiante e deixou cair uma cerja na estrada. Pedro ia a pasar e viu a cereja,
abaixou-se para a apanhar e meteu-a na boca, depois de a limpar do pó.

O Senhor foi deixando cair, aquí e ali, uma cereja, e Pedro sempre pronto para as apanhar,
sem ver que era o Senhor que as deitava. Quando já nâo havia mais cerejas, disse o Senhor:

- Que trabalho tiveste em apanhar as cerejas! Se tivesses apanhado a ferradura, tê-las-


ias mais frescas!
- Como é isso, Senhor?

O Senhor contou-lhe tudo e ele arrependeu-se

S. PEDRO Y LA HERRADURA

Cuando Nuestro Senhor Jesús Cristo y S. Pedro dieron la vuelta al mundo, encontraron una
vieja herradura en un camino. Dijo el Señor:

- Pedro, toma esa herradura, que puede ser de alguna utilidad.


- ¡Señor, no estoy vencido! Es viejo y oxidado, no se puede usar para nada.

El Señor dejó que Pedro se adelantara, se inclinó y recogió la herradura.

Llegaron a las puertas de un ciudadano. El Señor volvió a dejar que Pedro siguiera adelante y,
sin que él se diera cuenta, lo vendió a un herrador por diez reis. Pasó por un lugar donde se
vendían frutas y las compró con cerezas.
Luego pasaron y tomaron otro camino. Hacía mucho calor y dijo S. Pedro:

- ¡Ah, si tuviera que refrescarme la boca!

Entonces, el Señor se adelantó y dejó caer un alquitrán en el camino. Pedro pasaba y vio la
cereza, se inclinó para recogerla y llevársela a la boca, después de limpiarla del polvo.

El Señor dejaba caer una cereza aquí y allá, y Pedro siempre estaba dispuesto a recogerlos, sin
ver que era el Señor quien los estaba poniendo. Cuando se acabaron las cerezas, el Señor dijo:

- ¡Qué trabajo tuviste para recoger las cerezas! Si hubieras atrapado la herradura, ¡las
habrías tenido más frescas!
- ¿Cómo está, señor?

El Señor le dijo todo y se arrepintió.

PARA QUEM CANTA O CUCO?

Dois vizinhos ouviram cantar o cuco e tomaram como agouro que era sinal de infidelidade de
esposa. Disse um:

- O cuco cantou mas foi para ti.


- Nada, isso nâo pode ser. Para ti é que ele cantou.

Pegaram a teimar, e como nenhum cedia resolveram ir consultar um letrado. Chegaram lá,
contaram o que se passava e o letrado, depois de folhear uns quantos libros, ordenaou_

- Deposite cada um duas moedas antes do mais.

Os vizinhos entregaram o dinheiro no bolso, fingiu u mar triste e suspirou:

- Vâo-se embora na paz do Senhor, porque para mim é que cantou o cuco.

¿PARA QUIÉN CANTA CUCO?

Dos vecinos escucharon cantar al cuco y lo tomaron como un presagio de que era una señal de
la infidelidad de una esposa. Dijo uno:

- Cantó el cuco pero era para ti.


- Nada, no puede ser. Fue para ti que cantó.

Insistieron, y como ninguno se rindió, decidieron consultar a un erudito. Llegaron allí, contaron
lo que estaba pasando y el erudito, después de hojear algunas libras, ordenó

- Deposite dos monedas cada uno primero.

Los vecinos se entregaron el dinero en el bolsillo, fingieron un mar triste y suspiraron:

- Vete en la paz del Señor, porque el cuco me cantó.

A TORRE DE BABILÓNIA
Era um vez um pescador que, indo certo dia ao mar, encontrou o rei dos peixes- a pescada. O
rei dos peixes pediu-lhe que o nâo levasse. O pescador consentiu, mas a mulher tanto fez com
ele, dizendo que lhe levasse o rei dos peixes, que o pescador nâo teve remédio senâo levá-lo. A
pescada mandou estâo ao homem que a partisse em cinco postas: uma para a mulher, outra
para a égua, outra oara a cadela e duas para serem enterradas no quintal. Assim aconteceu.

Da mulher nascerem dois rapazes; da égua dois cavalos; da cadela dois leôes; e do quintal duas
lanças.

Os rapazes cresceram. Quando estavam já grandes, pedirá, ao pai que os deixasse ir viajar.

Partiram cada um com sua lança, seu leâo e seu cavalo.

Ao chegarem a um sótio onde havia dois caminos, um tomou por um e outro, prometendo
auxiliarem-se se algum deles precisasse de socorro.

Um deles foi ter a um monte, onde viu uma donzela quase a ser vítima de uma bicha de sete
cabeças. O rapaz matou a bicha e casou com a donzela.

Um dia estavam ambos à janela e o rapaz, ao avistar ao longe uma torre, perguntou:

- Que torre é aquela?


- É a Torre da Babilónia! Quem lá vai nunca mais torna!
- Poise u hei-de ir e hei-de tornar.

Fez-se acompanhar do leâo, pegou na lança, montou a cavalo e seguiu.

Na torre havia uma velha, que ao ver o cavaleiro cortou um cabelo da cabeça e disse:

- Cavaleiro, prende o teu leâo a este cabelo.

O cavaleiro assim fez, mas, vendo que a velha que a velha se dirigía contra ele, disse:

- Avança, meu leâo!

E a velha respondeu:

- Engrossa, meu cabelâo!

Nisto, o cabelo da velha transformou-se em grossas correntes de ferro, e o cavaleiro caiu num
alçapâo da torre.

Algum tempo depois, o outro rapaz chegou a casa do irmâo, mas como ambos eran muito
parecidos- este apenas tinha mais un sinal na cara do que o ooutro-, a cunhada fácilmente o
tomou pelo marido e deu-lhe pusada nessa noite.

Ao outro dia, estavam ambos à janela, e o cunhado, ao avistar a torre da velha, perguntou:

- Que torre é aquela?


- Já te disse ontem que é a Torre da Babilónia. Quem lá vai nunca mais torna!
- Pois hei-de ir lá e hei-de voltar.

Aprontou-se extactamente como o irmâo e caminhou em direccaçâo à leâo ao cabelo. O rapaz


fingiu que o prendeu, mas deixou cair o cabelo. EntÂo a velha correu para ele. O rapaz
exclamou:

- Avança, meu leâo!


E a velha:

- Engrossa, meu cabelâo!

O cabelo nâo engrossou e o leâo avançou.

A velha:

- Nâo me mates, e aquí ten sum vidrinho que desencanta todas as pessoas que estâo
encantadas na torre.

O cavaleiro recebeu o vidro, mandou avançar o leâo e matou a velha. Depois desencantou
todos os que estavam na torre. O irmâo, porém, apenas soube que a mulher, por engano,
havia quebrado os laços conjugais, assassinou o seu salvador.

LA TORRE DE BABILONIA

Érase una vez un pescador que, yendo un día al mar, encontró al rey del pescado, la merluza. El
rey pez le pidió que no lo tomara. El pescador consintió, pero la mujer le hizo tanto, diciendo
que el rey de los peces debería llevarlo, que el pescador no tuvo más remedio que llevarlo. La
merluza mandó al hombre a partirla en cinco pedazos: uno para la mujer, otro para la yegua,
otro para el perro y dos para ser enterrados en el patio. Así sucedió.

De la mujer nacen dos niños; dos caballos de la yegua; del perro dos leones; y dos lanzas del
patio.

Los chicos crecieron. Cuando ya sean grandes, le pedirá a su padre que los deje ir de viaje.

Dejaron a cada uno con su lanza, león y caballo.

Cuando llegaron a un salón donde había dos caminos, uno tomó uno y el otro, prometiendo
ayudarse mutuamente si alguno de ellos necesitaba ayuda.

Uno de ellos fue a una colina, donde vio a una doncella a punto de ser víctima de un maricón
de siete cabezas. El chico mató al maricón y se casó con la doncella.

Un día estaban los dos en la ventana y el niño, cuando vio una torre a lo lejos, preguntó:

- ¿Qué torre es esa?


- ¡Es la Torre de Babilonia! ¡Quien va allí nunca regresa!
- Entonces iré y volveré.

Lo acompañó el león, tomó la lanza, montó en su caballo y lo siguió.

En la torre había una anciana, que vio al caballero cortarse un cabello de su cabeza y dijo:

- Caballero, sujeta tu león a este cabello.

El caballero así lo hizo, pero al ver que la anciana que la anciana iba en su contra, dijo:

- ¡Adelante, mi león!

Y la anciana respondió:

- ¡Grueso, mi pelo!
Ante esto, el cabello de la anciana se convirtió en gruesas cadenas de hierro, y el caballero
cayó por una trampilla en la torre.

Algún tiempo después, el otro niño llegó a la casa de su hermano, pero como eran muy
similares - él solo tenía un signo más en la cara que el otro -, la cuñada fácilmente lo tomó por
su esposo y lo hospedó esa noche.

El otro día, ambos estaban en la ventana, y el cuñado, al ver la torre de la anciana, preguntó:

- ¿Qué torre es esa?


- Te dije ayer que es la Torre de Babilonia. ¡Quien va allí nunca regresa!
- Bueno, iré allí y volveré.

Se preparó exactamente como su hermano y caminó hacia el león hasta el pelo. El niño fingió
haberlo arrestado, pero dejó caer su cabello. Entonces la anciana corrió hacia él. El niño
exclamó:

- ¡Adelante, mi león!

Y la anciana:

- ¡Grueso, mi pelo!

El cabello no se espesó y el león avanzó.

El viejo:

- No me mates, y aquí tengo una botellita que desencanta a toda la gente que está
encantada en la torre.

El caballero recibió el vaso, envió al león hacia adelante y mató a la anciana. Luego,
desencantó a todos en la torre. El hermano, sin embargo, solo se enteró de que la mujer, por
error, había roto los lazos matrimoniales, asesinó a su salvador.

O MELEIRO

Trabalhava no seu moinho um moleiro, quando chegou o rei e a comitiva.

- Há dois dias que nos perdemos na floresta e estamos cheios de fome. Tens alguma
coisa que nos sirvas?
- Tenho pâo de cevada e mel.
- Ficaram todos muito contentes. O moleiro foi buscar um tabuleiro de pâo, que
desapareceu num momento.
- Venha a mel!- ordenou o rei.
- O mel comeram os senhores com a pâo…

O rei compreendeu a resposta do moleiro: nâo há melhor apetite do que a fome-até o pâo de
cevada sabe a mel!

EL MELEIRO

Un molinero estaba trabajando en su molino cuando llegaron el rey y su séquito.


- Llevamos dos días perdidos en el bosque y estamos llenos de hambre. ¿Tienes algo
que nos sirva?
- Tengo pan de cebada y miel.
- Todos estaban muy felices. El molinero fue a buscar una bandeja de pan, que
desapareció en un momento.
- ¡Ven cariño!- Ordenó el rey.
- La miel te comió con pan ...

El rey comprendió la respuesta del molinero: no hay mejor apetito que el hambre, ¡hasta el
pan de cebada sabe a miel!

O SABOR DOS SABORES

Era uma vez um rei que tinha três filhas muito lindas.

Um dia, em que estava a jantar, o rei perguntou à mais velha:

- Diz-me, mina fliha, como gostas de mim.


- Gosto tanto do papá como gosto do Sol!

A outra respondeu:

- Gosta tanto do papá como gosto dos meus olhos!

E a mais nova disse que gostava tanto do pai como a agua do sal.

- Tu dizes-me isso?! És muito ingrata!

Ao outro dia, quando o criado ia a sair com a liha mais nova, o rei entregou-lhe uma bandeja e
uma toalha.

- Aquí me trarás os seus olhos e sua língua.

O criado teve pena da princesa e lembrou-se de matar uma cadelinha que levava consigo.
Assim fez, arrancou-lhe os olhos e a língua, pôs tudo na bandeja e levou ao rei. A menina, essa,
seguiu por uma estrada fora e foi bater à porta de um outro rei e lá perguntou se precisavam
de uma criada. Precisavam e ficou.

Passado algum tempo, o rei em casa de quem a princezinha servia deu um banquete. E el alá
conseguiu que a comida destinada ao rei seu pai, também convidado, fosse posta à parte.

Todos os comensais acharam bom a jantar e comeram regaladamente, à excepçâo do pai dela.
O rei anfitriÂo estranhou e perguntou-lhe se chava má a comida. Ele dizia que só nâo lhe
apetecia comer. Mas quem descobriu tudo foi a princesa quando se apresentou diante do pai
e lhe perguntou:

- Acomida nâo tem sal, pois nâo?


- Em boa verdade, fiquei desconsolado porque o que como nâo tinha pitada de sal-
confessou o rei convidado.
- Ah, meu pai, nâo se lembra da sua filha mais nova?

Nâo se lembra que eu lhe disse que gostava de si como a agua do sal?

O pai, lembrando-se, suspirou:


- Ah, monha querida filha, ti nhas razâo! Perdoa-me!

Abraçaou-se a ela e nisto caiu para o lado e morreu.

EL SABOR DE LOS SABORES

Érase una vez un rey que tenía tres hijas muy hermosas.

Un día, cuando estaba cenando, el rey le preguntó a la anciana:

- Dime, hija mía, cómo te gusto.


- ¡Me gusta papá tanto como me gusta el sol!

El otro respondió:

- ¡Te gusta papá tanto como a mí me gustan mis ojos!

Y la más joven dijo que le gustaba tanto su padre como el agua salada.

- Dímelo tú?! ¡Eres muy ingrato!

El otro día, cuando el criado salía con su hija menor, el rey le entregó una bandeja y una toalla.

- Aquí traerás tus ojos y tu lengua.

El criado se apiadó de la princesa y se acordó de matar a un perrito que llevaba. Así lo hizo, le
sacó los ojos y la lengua, puso todo en la bandeja y se la llevó al rey. La niña, ésta, bajó por un
camino y fue a llamar a la puerta de otro rey y allí preguntó si necesitaban una doncella.
Necesitaban y se quedaron.

Después de un tiempo, el rey en la casa de quien servía la princesita dio un banquete. Y


consiguió que los alimentos destinados al rey, su padre, también invitado, fueran apartados.

Todos los comensales pensaron que era bueno cenar y comieron bien, excepto su padre. El rey
anfitrión se sorprendió y le preguntó si la comida era mala. Dijo que simplemente no tenía
ganas de comer. Pero fue la princesa quien lo descubrió todo cuando se presentó a su padre y
le preguntó:

- No hay sal en el plato, ¿verdad?


- La verdad, me quedé desconsolado porque lo que, como no había ni una pizca de sal,
confesó el rey invitado.
- Ah, padre mío, ¿no te acuerdas de tu hija menor? ¿No recuerdas que te dije que me
gustabas como el agua salada?

El padre, recordando, suspiró:

- ¡Ah, querida hija, tenías razón! ¡Perdóname!

La abrazó y cayó a un lado y murió.

Você também pode gostar