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LEI COMPLEMENTAR Nº 001, DE 12 DE AGOSTO DE 2013.

Dispõe sobre o Código de Posturas do


Município de Paço do Lumiar e dá outras
providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PAÇO DO LUMIAR (MA), no uso das


atribuições que lhe confere o art. 80, inciso III cumulado com o art. 72, parágrafo único
da Lei Orgânica, faz saber que a Câmara Municipal, aprovou e ele sanciona e promulga
a seguinte lei:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Compete ao Município zelar pela manutenção da cidade visando à melhoria do
ambiente urbano de modo a garantir o desenvolvimento social e econômico sustentáveis,
e conforto público.

Art. 2º. Este Código contém medidas de polícia administrativa de competência do


município em matéria de higiene e ordem pública, costumes locais, bem como de
funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de serviços,
estatuindo as necessárias relações entre o poder público local e os munícipes, visando
disciplinar o exercício dos direitos individuais para o bem-estar geral.

TÍTULO II
DA PROTEÇÃO DO CIDADÃO

Art. 3º. Terão especial proteção do Poder Público:


I - a gestante;
II – o idoso conforme a legislação;
III- o portador de deficiência;
IV - a criança e o adolescente;
V – o consumidor.
§1º Homens ou mulheres acompanhados de crianças de colo terão os mesmos direitos
concedidos às gestantes.
§2º Para os efeitos desta lei, entende-se por portador de deficiência toda pessoa incapaz
de assegurar, por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades individuais e a
participação ativa na sociedade, em decorrência de uma deficiência temporária ou
duradoura, congênita ou não, em suas capacidades físicas, sensoriais ou mentais;

Art. 4º. À gestante, desde que seja evidente ou comprovada a gravidez, e aos homens
ou mulheres acompanhados de criança de colo até 3 (três) anos de idade assistem os
seguintes direitos, entre outros:
I - terão preferência no atendimento ao público, sem discriminação de espécie
alguma;
II - terão preferência nos assentos dos meios de transporte público coletivo, só sendo

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permitido a esses estar em movimento se tais pessoas se encontrarem devidamente
sentadas;
III - poderão ter acesso aos meios de transporte público coletivo pelas portas dianteiras,
desde que efetuem o pagamento aos trocadores ou aos motoristas.

Art. 5º. Aos idosos assistem os seguintes direitos, entre outros:


I - terão preferência no atendimento ao público, sem discriminação de espécie alguma;
II - facilitação de acesso aos meios de transporte público coletivo pelas portas
dianteiras, gratuitamente.
III - terão preferência nos assentos dos meios de transporte público coletivo, só sendo
permitido a esses estar em movimento se tais pessoas se encontrarem devidamente
sentadas.

Art. 6º. Às pessoas portadoras de deficiência assistem os seguintes direitos, entre


outros:
I - terão preferência no atendimento ao público, sem discriminação de espécie alguma;
II - facilitação de acesso, com acompanhante, aos meios de transporte público coletivo
pelas portas dianteiras, desde que efetuem o pagamento;
III - terão preferência nos assentos dos meios de transporte público coletivo, só sendo
permitido a esses estar em movimento se tais pessoas se encontrarem devidamente
sentadas;
IV - facilitação de acesso aos locais abertos ao público em geral, inclusive das
respectivas instalações sanitárias;
V - instituição de vagas especiais em estacionamentos, devidamente sinalizadas,
garantida a localização privilegiada.
VI - facilitação de acesso nas vias públicas, através de rampas construídas de acordo
com os padrões determinado em legislação específica.

Art. 7º. Na proteção da criança e do adolescente será especialmente considerada a


importância da entidade familiar no sadio desenvolvimento da pessoa.

Art. 8º. É proibida a exposição ao público em geral de materiais de cunho pornográfico


ou violento em revistas, jornais, videocassetes, discos, dvd’s ou qualquer outro meio.
§1º Entende-se por pornografia toda violação do direito à privacidade do corpo humano
em sua natureza masculina e feminina, violação que reduz a pessoa humana e o corpo
humano a um objeto despersonalizado, com o intuito de oferecer, ainda que
gratuitamente, satisfação libidinosa.
§2º Entende-se por violenta toda apresentação de atos que descrevem a agressividade
exercida de maneira profundamente ofensiva ou passional, desrespeitando a dignidade
da pessoa, em seus aspectos físico ou psíquico, e os valores sociais de convivência,
diálogo e respeito mútuo.
§3º A exposição de tais produtos deverá ser feita em local privado, devendo o
comerciante ou prestador de serviços impedir a entrada de crianças e adolescentes.
§4º Sendo impossível ao comerciante ou prestador de serviços dispor de local
conveniente, nos termos do parágrafo antecedente, deverá manter catálogo ou álbum
das obras a fim de que os mesmos possam ser consultados, sendo a consulta vedada a
crianças e adolescentes.

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Art. 9º. Os provedores de acesso à internet que prestem serviço no Município deverão
instalar programas que impeçam o acesso a sites que transmitam conteúdo incluído no
artigo antecedente, podendo ser liberados a pedido expresso do consumidor,
comprovada a idade adequada e mediante senha a ser fornecida pelo provedor.

Art. 10. É proibido alienar, emprestar ou de qualquer forma deixar na posse de


crianças e adolescentes os seguintes materiais:
I - armas, munições e explosivos;
II- bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica ainda
que por utilização indevida;
IV - fogos de estampido e de artifícios, exceto aqueles que pelo seu reduzido
potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização
indevida;
V- materiais de cunho violento ou pornográfico, incluído neste conceito os brinquedos,
comestíveis, peças de vestuário, cosméticos e quaisquer outros produtos que se
apresentem de forma contrária à dignidade da pessoa humana ou se destinem a
utilização inadequada;
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes;
VII - publicações que contenham ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou
anúncios dos materiais citados no inciso V.
Parágrafo único. Os estabelecimentos que comercializem os produtos enumerados
acima deverão afixar nos acessos uma placa de, no mínimo, 30 x 20 cm, informando
sobre a proibição disposta neste artigo.

Art. 11. No atendimento ao consumidor, deverão ser respeitadas as seguintes regras:


I - nos casos em que houver hora marcada para atendimento, o tempo de espera além do
combinado não poderá ultrapassar 30 (trinta) minutos;
II - nos casos em que houver fila em que se espere de pé, o tempo de espera não poderá
ultrapassar 20 (vinte) minutos;
III - nos casos em que houver fila em que se espere sentado, o tempo de espera não
poderá ultrapassar 40 (quarenta) minutos.
§ 1º Para ser aplicado o inciso III, a quantidade de assentos disponíveis não poderá ser
inferior a 5 (cinco), caso em que será atendida a regra estabelecida no inciso II.
§ 2º Nos locais de atendimento ao público destinado à espera, deverá ser afixada uma
placa de, no mínimo, 30 x 20 cm, contendo a íntegra do artigo anterior, de forma
legível.

Art. 12. No atendimento ao consumidor:


I - fica proibida a utilização de embalagens devassáveis de molhos, temperos de mesa e
congêneres, nos bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, carrocinhas, veículos
automotores, instalações removíveis e similares.
II - ficam os bares, casas de sucos e lanchonetes obrigados a utilizar apenas copos
descartáveis para atendimento ao público, salvo nos casos de possuírem equipamentos
esterilizadores.
III - as mercadorias expostas à venda, ainda que em vitrine, em qualquer espécie de
comércio, deverão conter de maneira clara o respectivo preço.
§1º Consideram-se embalagens descartáveis, para os efeitos do inciso I deste artigo, os

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tubos e potes que permaneçam abertos após o uso e aqueles que não possuam
fechamento hermético, data de fabricação, prazo de validade, procedência, composição
química e demais exigências previstas na Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de
1990.
§2º Consideram-se molhos e temperos de mesa os molhos de tomate, mostarda,
maionese, molho inglês, sal, açúcar e demais produtos utilizados às refeições.
§3º Fica autorizado o uso de sachês descartáveis para uso individual dos produtos
referidos no inciso I deste artigo.
§4º Para fins da ressalva prevista no inciso II, os equipamentos esterilizadores deverão
ficar à vista dos consumidores, de tal modo que seu real funcionamento seja evidente.

Art. 13. Na infração de qualquer artigo deste Título, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

TÍTULO III
DAS MEDIDAS REFERENTES AO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I
REGRAS GERAIS

Art. 14. É proibido causar poluição de qualquer natureza que:


I - resulte ou possa resultar em danos à saúde humana, ou que provoque a mortandade
de animais ou a destruição significativa da flora;
II - torne uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
III - cause poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
IV - cause poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público
de água de uma comunidade;
V - dificulte ou impeça o uso de bens de uso comum do povo, tais como ruas, praças e
parques;
I - ocorra por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou
substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos municipais.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas previstas às infrações enumeradas neste
artigo quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas
de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Art. 15. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO II
DA PRESERVAÇÃO DO AR

Art. 16. Considera-se poluição atmosférica a alteração da composição ou das


propriedades do ar atmosférico, produzida pela descarga de poluentes, de maneira a
torná-lo prejudicial ao meio ambiente, conforme as normas pertinentes.

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Art. 17. Os estabelecimentos poluidores do ar, já existentes, terão prazo de 120 (cento
e vinte) dias, contados a partir da data de notificação, para instalar dispositivos
adequados que eliminem ou reduzam os fatores de poluição aos índices permitidos.
Parágrafo único. Não será permitida reforma ou ampliação que resulte em poluição
atmosférica.

Art. 18. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO III
DA PRESERVAÇÃO DAS ÁGUAS

Art. 19. Os resíduos líquidos ou sólidos somente poderão ser lançados nas águas,
superficiais ou subterrâneas, situadas no território do Município, após o tratamento
adequado para eliminar ou reduzir o índice de poluição, de acordo com o determinado
pelo órgão Municipal competente.

Art. 20. O Município, em consonância com o órgão estadual competente, deverá


proceder à classificação das águas situadas no território do Município.

Art. 21. Ficam sujeitos à aprovação da Administração, e anuência prévia do órgão


estadual competente, os projetos de instalações de tratamento de esgoto a serem
construídos no Município.

Art. 22. Devem ser mantidos os mananciais, os cursos e reservatórios de águas e demais
recursos hídricos do Município, sendo proibidas a sua alteração, obstrução ou aterro,
sem a aprovação prévia da Administração e prévio parecer autorizativo do órgão
estadual competente.

Art. 23. Os proprietários deverão manter permanentemente limpos os cursos d'água ou


veios em sua propriedade, e submeter às obras à prévia licença, às exigências do
Município e à anuência prévia do órgão estadual competente.

Art. 24. Nas vias onde existir rede pública de esgotos sanitários, todas as edificações
deverão obrigatoriamente lançar seus dejetos na rede pública.

Art. 25. Onde não existir rede pública de esgotos sanitários, serão obrigatórias as
instalações individuais ou coletivas de fossas ou sistemas alternativos de tratamento de
esgotos sanitários.
Parágrafo único. A construção de fossas deverá satisfazer a todos os requisitos
sanitários, devendo atender ainda às seguintes exigências:
I - as fossas sépticas deverão ser construídas e mantidas obedecendo às prescrições da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
II - as fossas não deverão causar, direta ou indiretamente, a poluição do solo;
III - não deverá haver perigo da fossa poluir água subterrânea;
IV - devem ser evitados o mau cheiro, proliferação de insetos e os aspectos

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desagradáveis à vista.

Art. 26. A limpeza das fossas deverá ser feita de modo a não causar poluição do
ambiente.
Parágrafo único. As empresas particulares, que trabalhem no ramo de limpezas de
fossas, deverão ter autorização especial da Administração Pública.

Art. 27. As fossas existentes em desacordo com os artigos anteriores deverão ser
corrigidas, de modo a satisfazer as exigências dos mesmos, em prazo a ser estabelecido
pela Administração.

Art. 28. É proibido todo e qualquer desperdício de água, devendo o proprietário ou


ocupante zelar pela manutenção e conservação das instalações.

Art. 29. Quando o sistema de abastecimento público não puder promover o pleno
suprimento de água a qualquer edificação, este poderá ser feito por meio de poços,
segundo as condições hidrológicas do local, mediante autorização do SAAE.

Art. 30. O SAAE autorizará a perfuração ou ampliação de poço particular, desde que o
proprietário ou possuidor do imóvel apresente:
I - Requerimento dirigido ao Diretor Geral;
II - Comprovação da propriedade ou da posse do imóvel;
III - Documentos de identificação;
IV - Planta de localização do imóvel;
V - Projeto de perfuração ou ampliação contendo: a distribuição da água no imóvel, a
capacidade cúbica do poço, a estimativa da quantidade a ser utilizada mensalmente, a
distância de outro poço já perfurado no imóvel, ou em imóvel vizinho ou conexo, a
distância de fossas, banheiros ou qualquer outra utilidade que possa contaminar o lençol
freático.
VI - Projeto de destinação do esgoto do imóvel;
VII - Estudo de Impacto Ambiental – EIA;
VIII - Relatório de Impacto do Meio Ambiente - RIMA;
IX - Estudo geológico e sobre a potabilidade da água;
X - Pagamento da taxa de perfuração ou ampliação de poço.

Art. 31. A perfuração de poços artesianos e semi-artesianos deverá ser executada por
firma especializada, podendo localizar-se em passeio público, vedada em vias públicas,
desde que:
I - em caso de necessidade de uso do passeio público pelo órgão público competente,
não será devida qualquer indenização aos construtores, proprietários ou possuidores;
II - não haja qualquer saliência ou obstrução no passeio público.
Parágrafo único. Além de serem submetidos aos testes dinâmicos, de vazão e do
equipamento de elevação, quando for o caso, os poços artesianos e semi-artesianos
deverão ter a necessária proteção sanitária, por meio de encamisamento e vedação
adequados.

Art. 32. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário

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mínimo vigente.

CAPÍTULO IV
DAS QUEIMADAS E DOS CORTES DE ÁRVORES E PASTAGENS

Art. 33. A Prefeitura colaborará com o Estado e a União no sentido de evitar a


devastação das florestas e estimular a plantação de árvores.

Art. 34. Para evitar a propagação de incêndios, observar se-ão, nas queimadas, as
medidas preventivas necessárias.

Art. 35. Não é permitido atear fogo em roçados, palhadas ou matos que limitem com
terras de outrem, sem tomar as seguintes precauções:
I - Preparar aceiros de, no mínimo 7,00 m (sete metros) de largura;
II - Mandar aviso aos confinantes com antecedência mínima de 12:00 (doze horas),
marcando o dia, hora e lugar para lançamento de fogo.

Art. 36. A ninguém é permitido atear fogo em matas, capoeiras, lavouras ou campos
alheios.
Parágrafo único. Salvo acordo entre os interessados, é proibido queimar campos de
criação em comum.

Art. 37. A derrubada de mata dependerá de licença da Prefeitura.


§ 1º A Prefeitura só concederá licença quando o terreno se destinar à construção ou
plantio executados pelo proprietário.
§ 2º A licença será negada se a mata for considerada de utilidade pública.

Art. 38. É expressamente proibido o corte ou danificação de árvore ou arbusto nos


logradouros, jardins e parques públicos.

Art. 39. Fica proibida a formação de pastagens na Zona Urbana do Município.

Art. 40. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20 a 100% do salário mínimo vigente na região.

CAPÍTULO V
DO CUIDADO DOS ANIMAIS

Art. 41. Os proprietários dos animais deverão cuidar da saúde e higiene dos mesmos.

Art. 42. É proibido praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.

Art. 43. É proibida a permanência de animais soltos ou abandonados nas vias e


logradouros públicos ou em locais de livre acesso ao público, sendo responsabilidade de
seus proprietários a guarda dos mesmos, bem como os danos que venham a causar.

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Art. 44. É proibida a permanência de qualquer animal em estabelecimento onde são
fabricados, manipulados ou armazenados gêneros alimentícios.

Art. 45. Os animais encontrados nas vias, ruas, praças, estradas, logradouros públicos
serão recolhidos ao depósito da Prefeitura.

Art. 46. O animal recolhido no disposto neste capítulo será retirado no prazo máximo
de 48 horas (quarenta e oito horas) mediante o pagamento de multa e da taxa de
manutenção respectiva.
Parágrafo único. O órgão responsável pela apreensão, com base em critérios definidos
dará aos animais apreendidos a seguinte destinação:
I - resgate;
II - leilão em hasta pública,
III - doação;
IV - eutanásia.

Art. 47. É proibida a criação ou engorda de suínos no perímetro urbano do município.


Parágrafo único- Aos proprietários de pocilgas, atualmente existentes no perímetro
urbano do município, fica marcado o prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação
deste Código, para remoção dos animais.

Art. 48. É igualmente proibida a criação no perímetro urbano do município de qualquer


outra espécie de gado.

Art. 49. Os cães que forem encontrados nas vias públicas serão apreendidos e
recolhidos passando por uma avaliação médica veterinária.
Parágrafo único - Tratando-se de cão portador de zoonose (doenças de animais
transmissíveis ao homem), será o mesmo eutanaziado conforme legislação.

Art. 50. É permitida a permanência de cães nas vias e logradouros conduzidos com
coleira e guia, por pessoas com tamanho e força necessários a mantê-los sob controle.
§ 1° Cães de grande porte, de raças destinadas à guarda ou ataque, usarão focinheira
quando em trânsito por locais de livre acesso ao público.
§ 2° O ingresso e a permanência de animais em prédios e conjuntos habitacionais serão
regulamentados pelos respectivos condomínios.

Art. 51. Não será permitida a passagem ou estacionamento de rebanhos no perímetro


urbano do município, exceto em logradouros para isso designados.

Art. 52. Ficam proibidos os espetáculos de feras e as exibições de cobras e quaisquer


animais perigosos, sem as necessárias precauções para a segurança dos espectadores.

Art. 53. É expressamente proibido:


I - Criar abelhas nos locais de maior concentração urbana;
II - Criar galinhas nos porões e interior das habitações no perímetro urbano;
III - Criar pombos nos foros das casas de residência.

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Art. 54. É expressamente proibido a qualquer pessoa maltratar os animais ou praticar
ato de crueldade contra os mesmos, tais como:
I - Transportar nos veículos de tração animal, carga ou passageiros de peso superior às
suas forças;
II - Carregar animais com peso superior a 150 kg (cento e cinqüenta quilos);
III - Montar animais que já tenham a carga permitida;
IV - Fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados, aleijados, enfraquecidos ou
extremamente magros;
V - Obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 08:00h (oito horas) contínuas sem
descanso e mais de 06:00h (seis horas), sem água e alimento apropriado;
VI - Martirizar animais para deles alcançar esforços excessivos;
VII - Castigar de qualquer modo animal caído, com ou sem veículo, fazendo-o levantar
a custo de castigo e sofrimento;
VIII - Amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem água, ar, luz e alimentos;
IX - Usar arreios sobre partes feridas, contusões ou chagas do animal;
X - Praticar todo e qualquer ato, mesmo não especificado neste código, que acarrete
violência e sofrimento para o animal;

Art. 55. A utilização de animais para a tração de charretes, vitórias e similares será
regulamentada por Decreto do Prefeito Municipal, que poderá impor as penalidades
cabíveis.

Art. 56. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20 a 100% do salário mínimo vigente.

TÍTULO IV
DA HIGIENE PÚBLICA

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 57. A fiscalização sanitária abrangerá especialmente a higiene e limpeza das vias
públicas, das habitações, incluindo todos os estabelecimentos onde se fabriquem ou
vendam bebidas e produtos alimentícios, dos estábulos, cocheiras e pocilgas.

Art. 58. Em cada inspeção em que for verificada irregularidade, apresentará o


funcionário competente um relatório circunstanciado, sugerindo medidas ou solicitando
providências à bem da higiene pública.
Parágrafo único: A Prefeitura tomará as providências cabíveis ao caso, quando o
mesmo for da alçada do Governo Municipal, ou remeterá cópia do relatório às
autoridades federais ou estaduais competentes, as providências necessárias forem da
alçada das mesmas.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 59. Os serviços regulares de limpeza urbana, coleta, transporte e disposição do lixo,
capina e varrição, lavagem e higienização das vias e demais logradouros públicos devem

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ser executados diretamente pela Prefeitura Municipal ou por prestadores de serviços,
mediante concessão e sob supervisão e coordenação da administração municipal.

CAPÍTULO III
DA HIGIENE E CONSERVAÇÃO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 60. Os moradores são responsáveis pela limpeza de passeio e sarjeta fronteiriços à
sua residência.
§ 1º. A lavagem ou varredura do passeio e sarjeta deverá ser efetuada em hora
conveniente e de pouco trânsito.
§ 2º. É absolutamente proibido em qualquer caso, varrer lixo ou detritos sólidos de
qualquer natureza para os ralos de logradouros públicos.

Art. 61. É proibido fazer varredura do interior dos prédios, dos terrenos e dos veículos,
para a via pública, e bem despejar ou atirar papéis, anúncios, reclames ou qualquer
detrito sobre o leito de logradouros públicos.

Art. 62. A ninguém é lícito, sob qualquer pretexto, impedir ou dificultar o livre
escoamento das águas pelos canos, valas, sarjetas ou canais das vias públicas,
danificando ou obstruindo tais servidões.

Art. 63. Para preservar a estética e higiene pública, fica vedado:


I - lavar animais em logradouros públicos;
II - banhar-se ou lavar roupas em chafarizes, fontes ou torneiras públicas;
III - fazer varrição de lixo do interior das residências, estabelecimentos comerciais ou
industriais, terrenos ou veículos, jogando-o em logradouros públicos;
IV - colocar, nas janelas das habitações ou estabelecimentos, vasos e outros objetos que
possam cair nos logradouros públicos;
V - pintar, reformar ou consertar veículos ou equipamentos nos logradouros públicos;
VI- derramar nos logradouros públicos óleo, graxa, cal e outros produtos capazes de
afetar-lhes a estética e a higiene;
VII- admitir o escoamento de águas servidas das residências, pontos comerciais e
industriais para a rua, quando por esta passar a rede de esgotos;
VIII – obstruir caixas públicas receptoras, sarjetas, valas e outras passagens de águas
pluviais, bem como reduzir sua vazão;
IX – depositar lixo, detritos, animais mortos, material de construção e entulhos,
mobiliário usado, material de podas, resíduos de limpeza de fossas, óleos, graxas, tintas
e qualquer material ou sobras em logradouros públicos, terrenos baldios e margens e
leitos dos rios e lagoas.

Art. 64. É proibido comprometer, por qualquer forma, a limpeza das águas destinadas
ao consumo público ou particular.

Art. 65. É expressamente proibida a instalação dentro do perímetro da cidade e


povoações, de indústrias que pela natureza dos produtos, pelas matérias primas
utilizadas, pelos combustíveis empregados, ou por qualquer outro motivo, possam
prejudicar a saúde pública.

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Art. 66. Não é permitido, senão à distância de 800,00 m (oitocentos metros) das ruas e
logradouros públicos, a instalação de estrumeiras, ou depósitos em grande quantidade,
de estrume animal não beneficiado.

Art. 67. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO IV
DO LIXO

Art. 68. Entende-se por lixo o conjunto heterogêneo de resíduos sólidos provenientes
das atividades humanas que, segundo a natureza dos serviços de limpeza urbana, são
classificados em:
I - lixo domiciliar;
II - lixo público;
III - resíduos sólidos especiais.
§ 1º Considera-se lixo domiciliar, para fins de coleta regular, aquele produzido pela
ocupação de imóveis públicos ou particulares, residenciais ou não, acondicionado na
forma estabelecida em regulamento.
§ 2º Considera-se lixo público aquele resultante das atividades da limpeza urbana em
passeios, vias e locais de uso público e aquele de recolhimento dos resíduos depositados
em cestos públicos.
§ 3º Consideram-se resíduos sólidos especiais aqueles cuja produção diária exceda o
volume ou peso fixado para a coleta regular ou os que, por sua composição qualitativa
ou quantitativa, requeiram cuidados especiais no acondicionamento, coleta, transporte
ou destinação final.

Art. 69. O lixo deve ser acondicionado em recipientes adequados, de acordo com a sua
classificação.
Parágrafo único - A coleta dos resíduos provenientes de hospitais, casas de saúde,
sanatórios, ambulatórios e similares deve ser feita em veículos com carrocerias
fechadas, nas quais conste a indicação "lixo hospitalar", devendo o destino final ser
determinado pela administração municipal através de ato próprio do Poder Executivo.

Art. 70. Não é permitida a queima de lixo na área urbana, bem como dar outro destino
que não seja a apresentação para coleta.

Art. 71. Os veículos de transporte de lixo, resíduos, terra, agregados, adubos, e qualquer
material a granel devem trafegar com carga rasa, limitada à borda da caçamba ou com
lona protetora, sem qualquer derramamento, devendo, ainda, ter o equipamento de
rodagem limpo, antes de atingir a via pública.

Art. 72. O transporte de ossos, sebos, vísceras, resíduos de limpeza ou de esvaziamento


de fossas e outros produtos pastosos ou que exalem odores desagradáveis somente
poderão ser transportados em veículos com carrocerias fechadas.

Art. 73. Os estabelecimentos comerciais devem dispor internamente, para uso público,

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de recipiente para recolhimento de lixo em pequena quantidade.

Art. 74. É obrigatória a colocação de lixeiras destinadas exclusivamente à coleta de


pilhas e baterias de energia de quaisquer tipos pelos estabelecimentos comerciais que as
vendem.
Parágrafo único. As lixeiras devem ficar em local de fácil acesso e visualização dos
clientes dos estabelecimentos, de preferência próximas à entrada, e devem conter um
aviso com os dizeres: "LIXO TÓXICO - pilhas e baterias".

Art. 75. O recolhimento dos acumuladores de energia fica sob responsabilidade dos
distribuidores e fabricantes, que devem dar destinação adequada aos dejetos, de
preferência à reciclagem, ficando expressamente proibido o envio desses resíduos ao
aterro municipal.

Art. 76. Os estabelecimentos comerciais que vendem pneus de veículos devem receber
os pneus usados que os compradores quiserem deixar e dar a destinação adequada.

Art. 77. Os estabelecimentos comerciais que vendem lâmpadas devem receber as


lâmpadas usadas e dar a destinação adequada.

Art. 78. A administração municipal deve informar e cobrar dos estabelecimentos o


cumprimento desta lei, nos procedimentos de fiscalização a de emissão de alvarás.

Art. 79. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO I
DO LIXO INDUSTRIAL

Art. 80. É obrigação do gerador de lixo industrial realizar o acondicionamento,


transporte e destino final dos resíduos sólidos industriais, conforme a legislação
pertinente.
Parágrafo único. A Administração Pública poderá, direta ou indiretamente,
desempenhar a atividade disposta neste artigo, mediante pagamento de taxa ou preço
público.

Art. 81. Na infração do artigo desta seção, será imposta a multa correspondente ao valor
de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário mínimo vigente.

SEÇÃO II
DA RECICLAGEM DO LIXO

Art. 82. A Administração Municipal incentivará a implantação de serviços de coleta


seletiva de lixo, com vistas à sua reciclagem.

Art. 83. A reciclagem do lixo ficará a cargo de cooperativas ou empresas destinadas a

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este fim.

Art. 84. A Administração Municipal poderá, direta ou indiretamente, se incumbir da


reciclagem de lixo, sem prejuízo do disposto no artigo anterior.

CAPÍTULO V
DOS TERRENOS NÃO EDIFICADOS

Art. 85. Compete ao proprietário do imóvel ou ao seu ocupante, a execução e


conservação de passeios, muros e cercas.

Art. 86. Todo proprietário de terreno urbano não edificado fica obrigado a mantê-lo
capinado, drenado, murado e em perfeito estado de limpeza, evitando que seja usado
como depósito de lixo, detritos ou resíduos de qualquer natureza.
Parágrafo único. Na inobservância do disposto deste artigo, o proprietário deve ser
notificado para promover os serviços necessários, conforme prazos e formas
estabelecidos na notificação.

Art. 87. É proibido depositar, despejar ou descarregar lixo, entulhos ou resíduos de


qualquer natureza, em terrenos localizados nas zonas urbana e de expansão urbana do
Município, mesmo que aquele esteja fechado e estes se encontrem devidamente
acondicionados.
§ 1 °. A proibição de que trata este artigo é extensiva às margens das rodovias, estradas
vicinais e ferrovias.
§ 2°. A violação deste artigo sujeitará o infrator à apreensão do veículo e sua remoção,
sem prejuízo da aplicação de outras penalidades.

Art. 88. Os terrenos deverão ser preparados para permitir o fácil escoamento das águas
pluviais e drenados os pantanosos e alagadiços.

Art. 89. Os proprietários dos terrenos sujeitos a erosão, com o comprometimento da


limpeza ou da segurança das áreas adjacentes, ficam obrigados a realizar as obras
determinadas pelos órgãos competentes da Prefeitura.

Art. 90. Quando águas pluviais colhidas em logradouros públicos transitarem ou


desaguarem em terreno particular, com volume que exija sua canalização, será buscada
solução que dê ao Município o direito de escoar essas águas através de tubulação
subterrânea, como contraprestação das obras impeditivas da danificação do imóvel.

Art. 91. Os proprietários de terrenos marginais às rodovias, ferrovias e estradas vicinais


são obrigados a permitir o livre fluxo das águas pluviais, sendo proibida a sua obstrução
e/ou a danificação das obras feitas para aquele fim.

Art. 92. Todo e qualquer terreno, edificado ou não, localizado em via pavimentada,
deve ser, obrigatoriamente, dotado de passeio em toda a extensão da testada do lote e
fechado em todas as suas divisas.
§ 1º Os passeios serão executados de acordo com especificações técnicas fornecidas
pelo órgão municipal competente, que observará, obrigatoriamente, o uso de material

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liso e antiderrapante no leito, sem obstáculos de qualquer natureza, exceto os
indispensáveis e de utilidade pública, previstos oficialmente.
§ 2º É proibida a execução, na área urbana do Município, de cerca de arame farpado ou
similar, no alinhamento frontal, a menos de dois metros de altura em referência ao nível
de passeio.
§ 3º Os responsáveis pelos terrenos de que trata o caput deste artigo, terão prazo
máximo de 90 (noventa) dias, após notificados, para execução dos passeios, e prazo de
180 (cento e oitenta) dias, após notificação, nos casos de vias que tiverem efetivamente
concluída sua pavimentação.
§ 4º Os responsáveis pelo terreno enquadrado no caput deste artigo, que possuírem
passeios deteriorados, sem a adequada manutenção, serão notificados, para no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias executarem os serviços determinados.
§ 5º Ficará a cargo da Prefeitura a reconstrução ou conserto de passeios ou muros,
afetados por alterações de nivelamento e das guias, ou por estragos ocasionados pela
arborização dos logradouros públicos, bem como o conserto necessário decorrente de
modificação do alinhamento das guias ou dos logradouros públicos.
§ 6º Ao serem notificados pela Prefeitura a executar o fechamento de terrenos e outras
obras necessárias, os proprietários que não atenderem à notificação ficarão sujeitos,
além de multa correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% do salário
mínimo vigente, ao pagamento do custo dos serviços feitos pela Prefeitura, acrescido de
20% (vinte por cento), a título de administração.

CAPÍTULO VI
DA CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DAS CALÇADAS

Art. 93. Os proprietários devem manter limpas as calçadas relativas aos respectivos
imóveis.

Art. 94. Constituem atos lesivos à conservação e limpeza das calçadas:


I - depositar, lançar ou atirar direta ou indiretamente nas calçadas, papéis, invólucros,
ciscos, cascas, embalagens, resíduos de qualquer natureza, confetes e serpentinas,
ressalvadas quanto aos dois últimos a sua utilização nos dias de comemorações públicas
especiais;
II - distribuir manualmente, ou lançar nas calçadas, papéis, volantes, panfletos, folhetos,
comunicados, avisos, anúncios, reclames e impressos de qualquer natureza;
III - realizar trabalhos que impliquem em derramar óleo, gordura, taxa, tinta,
combustíveis, líquidos de tintura, nata de cal, cimento e similares nos passeio e no leito
das vias;
IV - realizar reparo ou manutenção de veículos e ou equipamentos sobre calçadas;
V - varrer lixo ou detritos sólidos de qualquer natureza para as calçadas;
VI - descarregar ou vazar águas servidas de qualquer natureza;
VII - praticar qualquer ato que prejudique ou impeça a execução da varrição ou de outro
serviço da limpeza urbana;
VIII - colocar lixo nas calçadas fora do horário de recolhimento da coleta regular e dos
padrões de higiene e acondicionamento adequados;
IX - depositar, lançar ou atirar direta ou indiretamente quaisquer outros resíduos não
relacionados nos incisos anteriores.

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Art. 95. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO VII
DAS OBRAS E SERVIÇOS NOS PASSEIOS, VIAS E LOGRADOUROS
PÚBLICOS

Art. 96. Nenhuma obra, qualquer que seja a sua natureza, pode ser realizada, em vias e
logradouros, sem a prévia e expressa autorização da administração municipal.
§ 1º O disposto neste artigo compreende todas as obras de construção civil, hidráulicas e
semelhantes, inclusive serviços auxiliares e complementares, reconstrução, reforma,
reparo, acréscimos e demolições, mesmo quando realizados pelos concessionários dos
serviços de água, esgoto, energia elétrica e comunicações, ainda que entidades da
administração indireta, federal e estadual.
§ 2º O executor da obra é obrigado a apresentar à Prefeitura, para aprovação, o
respectivo projeto, dispensável este apenas nos casos de reparo.
§ 3º O Poder Executivo Municipal pode celebrar convênio com as concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos, visando à liberação antecipada de suas obras.

Art. 97. Todos os responsáveis por obras ou serviços nos passeios, vias e logradouros
públicos, quer sejam entidades contratantes ou agentes executores, são obrigados a
proteger esses locais mediante a retenção dos materiais de construção, dos resíduos
escavados e outros de qualquer natureza, estocando-os convenientemente, sem
apresentar transbordamento.
§1º Os materiais e resíduos de que trata este artigo serão contidos por tapumes ou por
sistema padronizado de contenção e acomodados em locais apropriados e em
quantidades adequadas à imediata utilização, devendo os resíduos excedentes ser
removidos pelos responsáveis, obedecidas às disposições e regulamentos estabelecidos.
§2º Dispensa- se tapume quando tratar-se de:
I - Construção ou reparo de muros ou gradis com altura não superior a 2,00 m (dois
metros);
II - Pinturas ou pequenos reparos.

Art. 98. Os andaimes deverão satisfazer às Seguintes condições:


I - Apresentarem perfeitas condições de segurança;
II - Terem a largura do passeio até o máximo de 2,00 m (dois metros);
III - Não causarem dando às árvores, aparelhos de iluminação e redes telefônicas e de
distribuição de energia elétrica,
Parágrafo único: O andaime deverá ser retirado quando houver paralisação da obra por
mais de 30 (trinta) dias.

Art. 99. Durante a execução de obras ou serviços nos passeios, vias e logradouros
públicos, os responsáveis devem manter limpas as partes reservadas ao trânsito de
pedestres e veículos, mediante o recolhimento de detritos e demais materiais.

Art. 100. Só é permitido preparar concreto e argamassa nos passeios públicos mediante

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a utilização de caixas apropriadas.

Art. 101. Os responsáveis pelas obras concluídas de terraplenagem, construção ou


demolição, devem proceder, imediatamente, à remoção do material remanescente, assim
como à limpeza cuidadosa dos passeios, vias e logradouros públicos atingidos.
Parágrafo único - Constatada a inobservância, o responsável deve ser notificado para
proceder à limpeza no prazo fixado pela notificação.

Art. 102. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO VIII
DAS FEIRAS LIVRES E DOS VENDEDORES AMBULANTES

Art. 103. Nas feiras livres instaladas em logradouros públicos e autorizados pelo
Município, os feirantes são obrigados a manter varridas e limpas as áreas de localização
de suas barracas e as de circulação adjacentes, inclusive as faixas limitadas com o
alinhamento dos imóveis ou muros divisórios.

Art. 104. Após o encerramento das atividades diárias, os feirantes devem proceder à
varrição das áreas utilizadas, recolhendo e acondicionando adequadamente os resíduos e
detritos de qualquer natureza, para fins de coleta e transporte pela Prefeitura Municipal
ou concessionária.

Art. 105. Os feirantes devem manter, em suas barracas, recipientes adequados para o
recolhimento de detritos e lixo de menor volume.

Art. 106. Os vendedores ambulantes devem conduzir recipientes adequados para o


recolhimento de detritos e lixo de menor volume, evitando que usuários sujem os
logradouros públicos.

Art. 107. São obrigações comuns a todos os que exercerem atividades nas feiras livres:
I - ocupar especificamente o local e área delimitada para o seu comércio;
II - manter a higiene no seu local de comércio e colaborar para a limpeza da feira e das
imediações;
III - somente colocar à venda gêneros em perfeitas condições para o consumo;
IV - observar na utilização das balanças e na aferição de pesos e medidas, o que
determinarem as normas pertinentes;
V - observar rigorosamente o horário de início e término da feira livre.

Art. 108. É proibido sob quaisquer circunstâncias:


I – utilizar, durante a feira, bancas e/ou barracas em desacordo com os padrões fixados
pela Administração Municipal;
II – utilizar bancas e/ou barracas que não tenham cobertura contra os raios solares para
proteção dos gêneros alimentícios;
III – comercializar carnes, pescados entre outros, bem como produtos de laticínios,
passíveis de refrigeração sem que os mesmos estejam protegidos contra o sol, a poeira e

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as moscas;
IV – comercializar carne que tenha sido abatida em matadouros não licenciados pela
Administração Municipal;
V – embalar ou transportar carnes, pescados entre outros, com jornais, lona, saco para
lixo e similares.

Art. 109. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO IX
DA HIGIENE DAS HABITAÇÕES

Art. 110. As residências urbanas e suburbanas devem receber pintura externa e interna
e, sempre que necessário, devem ser restauradas as suas condições de asseio, higiene e
estética.

Art. 111. É vedado conservar água parada nos quintais ou pátios dos prédios situados
na zona urbana.
Parágrafo único - As providências para o escoamento em terrenos particulares
competem aos respectivos proprietários.

Art. 112. As habitações multifamiliares devem dispor de instalação coletora de lixo,


convenientemente disposta, perfeitamente vedada e dotada de dispositivo para limpeza e
lavagem.

Art. 113. Nenhum prédio atendido pelas redes de abastecimento d`água e serviços de
esgotos pode ser habitado sem que disponha dessas utilidades e seja provido de
instalações sanitárias.
§1º Nos prédios não atendidos pela rede de esgotos, devem ser construídos sumidouros
ou filtros biológicos.
§2º Os prédios de habitação coletiva terão abastecimento d'água, banheiras e privadas
em número proporcional ao dos seus moradores.

Art. 114. As chaminés de qualquer espécie de fogões de casas particulares, de


restaurantes, pensões, hotéis e de estabelecimentos comerciais e industriais de qualquer
natureza, terão altura suficiente para que a fumaça, a fuligem ou outros resíduos que
possam expelir não incomodem os vizinhos.
Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da Prefeitura, as chaminés poderão ser
substituídas por aparelhamento eficiente que produz idêntico efeito.

Art. 115. Os proprietários ou inquilinos são obrigados a conservar em perfeito estado de


asseio os seus quintais, pátios, prédios e terrenos.
Parágrafo único. Não é permitida a existência de terrenos cobertos de inatos
pantanosos ou servindo de depósito de dentro dos limites da cidade, vilas e povoados.

Art. 116. Não serão considerados como lixo ou resíduos de fábricas e oficinas, os restos
de materiais de construção, os entulhos provenientes de demolições, as matérias

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excrementícias e restos de forragem das cocheiras e estábulos, as palhas e outros
resíduos das casas comerciais, bem como terra, folhas e galhos dos jardins e quintais
particulares, os quais serão removidos à custa dos respectivos inquilinos ou
proprietários.

Art. 117. As casas, apartamentos e prédios de habitação coletiva deverão ser dotados de
instalação incineradora e coletora de lixo e está convenientemente disposta,
perfeitamente vedada e dotada de dispositivos para limpeza e lavagem.

Art. 118. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO X
DA HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO

Art. 119. A Prefeitura exercerá, fiscalização sobre a produção, o comércio e o consumo


de gêneros alimentícios em geral.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, consideram se gêneros alimentícios
todas as substâncias, sólidas ou líquidas, destinadas a ser ingeridas pelo homem,
excetuados os medicamentos.

Art. 120. Não será permitida a produção, exposição ou venda de gêneros alimentícios
deteriorados, falsificados, adulterados ou nocivos à saúde, os quais serão apreendidos
pelo funcionário encarregado da fiscalização e removidos para local destinado à
inutilização dos mesmos.
§ 1º A inutilização dos gêneros não eximirá a fábrica ou estabelecimento comercial do
pagamento das multas e demais penalidades que possam sofrer em virtude da infração.
§ 2º A reincidência na prática das infrações previstas neste artigo determinará a
cassação da licença para o funcionamento da fábrica ou casa comercial.

Art. 121. Nas casas comerciais ou congêneres, além das disposições gerais
concernentes aos estabelecimentos de gêneros alimentícios, deverão ser observadas
ainda o seguinte:
I - O estabelecimento terá, para depósito de verduras, que devam ser consumidas
recipientes ou dispositivos de superfície impermeável e à prova de moscas, poeira e
quaisquer contaminações;
II - As frutas expostas à venda serão colocadas sobre mesas ou estantes, rigorosamente
limpas e afastadas um metro, no mínimo, das ombreiras das portas externas;
III - As gaiolas para aves serão de fundo móvel, para facilitar a sua limpeza, que será
feita diariamente.

Art. 122. É proibido ter em depósito ou expostos à venda:


I - Aves doentes;
II - Frutas não sazonadas;
III - Legumes, hortaliças, frutas ou ovos deteriorados.

Art. 123. Toda a água que tenha de servir na manipulação ou preparo de gêneros

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alimentícios, desde que não provenha abastecimento público, deve ser
comprovadamente pura.

Art. 124. O gelo destinado ao uso alimentar deverá ser fabricado com água potável,
isenta de qualquer contaminação.

Art. 125. As fábricas de doces e de massas, as refinarias, padarias, confeitarias e os


estabelecimentos congêneres deverão ter:
I - O piso e as paredes das dependências de elaboração dos produtos, revestidos de
ladrilhos até a altura dos 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros);
II - As salas de preparo dos produtos com as janelas e aberturas coladas e à prova de
moscas.

Art. 126. Não é permitido o consumo carne fresca de bovinos, bubalinos, suínos,
caprinos e ovinos que não tenham sido abatidos em matadouro sujeito à fiscalização.

Art. 127. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 120% (cem e vinte por cento) do
salário mínimo vigente.

CAPÍTULO XI
DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 128. Os hotéis, restaurantes, bares, cafés, botequins e estabelecimentos congêneres


deverão observar o seguinte:
I - A lavagem da louça e talheres deverá fazer se em água corrente, não sendo permitida
sob qualquer hipótese a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;
II - A higienização da louça e talheres deverá ser feita com água fervente;
III - Os guardanapos e toalhas serão de uso individual;
IV - Os açucareiros serão do tipo que permitam a retirada do açúcar sem o levantamento
da tampa;
V - A louça e os talheres deverão ser guardados em armários, com portas e ventilados,
não podendo ficar expostos à poeira e às moscas.

Art. 129. Os estabelecimentos a que se refere o artigo, anterior são obrigados a manter
seus empregados ou garçons limpos, convenientemente trajados, de preferência
uniformizados.

Art. 130. Nos salões de barbeiros e cabeleireiros é obrigatório o uso de toalhas e golas
individuais.
Parágrafo único. Os oficiais ou empregados usarão durante o trabalho blusas brancas,
apropriadas, rigorosamente limpas.

Art. 131. Nos hospitais, casas de saúde e maternidade deverão obedecer às normas
estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Art. 132. A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio isolado,
distante, no mínimo, 20,00 m (vinte metros) das habitações vizinhas e situadas de

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maneira que o seu interior não seja devassado ou descortinado.

Art. 133. As cocheiras e estábulos existentes na cidade, vilas ou povoações do


Município deverão, além da observância de outras disposições deste Código, que lhes
forem aplicadas, obedecer ao seguinte:
I - Possuir muros divisórios, com 3,00 m (três metros) de altura mínima, separando as
dos terrenos limítrofes;
II - Conservar a distância mínima de 2,50 m (dois metros e cinquenta) entre a
construção e a divisa do lote;
III - Possuir sarjetas de revestimento impermeável para águas residuais e sarjetas de
contorno para as águas das chuvas;
IV - Possuir depósito para estrume, à prova de insetos e com a capacidade para receber
a produção de 24:00h (vinte e quatro horas), a qual deve ser diariamente removida;
V - Possuir depósito para forragens, isolado da parte destinada aos animais e
devidamente vedado aos ratos;
VI - Manter completa separação entre os possíveis compartimentos para empregados e a
parte destinada aos animais;
VII - Obedecer a um recuo de pelo menos 20,00 m (vinte metros) do alinhamento do
logradouro.

Art. 134. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

TÍTULO V
DA POLÍCIA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA

CAPÍTULO I
DA ORDEM E SOSSEGO PÚBLICO

Art. 135. Não são permitidos banhos em locais perigosos de rios, córregos, represas ou
lagoas.

Art. 136. Os proprietários de estabelecimentos comerciais são responsáveis pela


manutenção da ordem dos mesmos.

Art. 137. É proibida a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos de idade.

Art. 138. É vedado o pichamento de casas, igrejas, muros, ou qualquer inscrição


indelével em outras superfícies quaisquer.
Parágrafo único. Não deve ser observada a proibição quando o proprietário do imóvel
autorizar a pichação.

Art. 139. É vedado afixar cartazes, anúncios, cabos ou fios nas árvores dos logradouros
públicos, salvo em datas festivas ou ocasiões especiais, com o expresso consentimento
da administração municipal.

Art. 140. Para impedir ou reduzir a poluição proveniente de sons ou ruídos excessivos,

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cabe à administração municipal sinalizar convenientemente as áreas próximas a
hospitais, clínicas, maternidades, casas de saúde, escolas e bibliotecas.

Art. 141. A partir das 22 horas são expressamente vedados, independentemente de


medição de nível sonoro, os ruídos produzidos por:
I - veículos com equipamento de descarga aberto ou silencioso adulterado ou
defeituoso;
II - carrocerias semi-soltas;
III - anúncios ou propaganda a viva voz, na via pública;
IV - instrumentos musicais, aparelhos receptores de rádio e televisão, gravadores e
similares ou, ainda, viva voz, em residências, edifícios de apartamentos, vilas ou
conjuntos residenciais, de modo a incomodar a vizinhança, provocando desassossego,
intranqüilidade ou desconforto;
V - bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido, armas de fogo e similares;
VI - apitos ou silvos de sirenes de fábricas, cinemas ou estabelecimentos, por mais de
30 segundos consecutivos, espaçados de duas horas, no mínimo, e das 22 às 7 horas;
VII - batuques e outros divertimentos congêneres que perturbem a vizinhança, sem
prévia licença da Prefeitura Municipal;
VIII - buzinas a ar comprimido ou similares.
Parágrafo único. Não se incluem nas proibições deste artigo:
I - os tímpanos, sinetas ou sirenes dos veículos de assistência, corpo de bombeiros e
polícia, quando em serviço;
II - as vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral, de acordo com a legislação
própria;
III - os apitos das rondas e guardas policiais;
IV - as manifestações em festividades religiosas, comemorações oficiais, reuniões
desportivas, festejos típicos, carnavalescos e juninos, passeatas, desfiles, fanfarras,
bandas de música, desde que se realizem em horários e local previamente autorizados
pelo órgão municipal competente;
V - os apitos, buzinas ou outros aparelhos de advertência de veículos em movimento,
dentro do período compreendido entre 7 e 22 horas;
VI - a propaganda sonora feita através de veículos automotores, mediante prévia
autorização da Prefeitura Municipal, e observadas as condições estabelecidas na licença;
VII - os explosivos empregados nas demolições, desde que detonados em horários
previamente deferidos pelo órgão municipal competente.

Art. 142. São vedados os ruídos ou sons, excepcionalmente permitidos no parágrafo


único do artigo anterior, na distância mínima de duzentos metros de hospitais ou
quaisquer estabelecimentos de saúde, bem como de escolas, bibliotecas, repartições
públicas e igrejas, em horário de funcionamento.

Art. 143. Nas igrejas, conventos e capelas, os sinos só podem tocar para indicar as
horas e anunciar a realização de atos religiosos, em horários determinados.

Art. 144. É permitida, independentemente da zona de uso, horário e ruído que produza,
toda e qualquer obra de emergência, pública ou particular que, por sua natureza,
objetive evitar colapso nos serviços de infra-estrutura da cidade ou risco de integridade
física da população.

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Art. 145. As máquinas e aparelhos que, a despeito da aplicação de dispositivos
especiais, não apresentarem diminuição sensível das perturbações, podem funcionar a
critério da Prefeitura Municipal.

Art. 146. Não são permitidos sons provocados por criação, tratamento e comércio de
animais que venham a incomodar a vizinhança.

Art. 147. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente na região, sem prejuízo da Ação Penal cabível.

CAPÍTULO II
DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

Art. 148. Para efeito desta Lei, considera-se divertimento público os que se realizarem
nos logradouros públicos ou recinto fechados, de acesso ao público, cobrando-se ou não
ingressos.

Art. 149. Nenhum divertimento público pode ser realizado sem prévia licença do órgão
municipal competente.
§ 1º O requerimento de licença para funcionamento de qualquer casa de diversão e/ou
ambiente para competição ou apresentações de espetáculos ou eventos, será instruído
com:
I - análise e aprovação prévia dos órgãos municipais competentes, quanto à localização,
acessos e eventuais interferências na operação do sistema viário local, à ordem, ao
sossego e à tranqüilidade da vizinhança;
II - a prova de terem sido satisfeitas as exigências regulamentares referentes ao
zoneamento, à construção, adequação acústica, à higiene do edifício e à segurança dos
equipamentos e máquinas.
§ 2º As exigências do § 1º não atingem as reuniões de qualquer natureza, sem entrada
paga, realizadas nas sedes de clubes, entidades profissionais ou beneficentes, bem como
as realizadas em residências;
§ 3º A licença de funcionamento será expedida pelo prazo previsto para a duração do
evento;
§ 4º As atividades citadas no caput deste artigo só poderão ser licenciadas depois de
vistoriadas todas as suas instalações pelos órgãos competentes.

Art. 150. Em todas as casas de diversões públicas devem ser observadas as seguintes
disposições para funcionamento:
I - as salas de entrada e as de espetáculo devem ser mantidas higienicamente limpas;
II - as portas e os corredores para o exterior devem ser conservadas sempre livres de
grades, móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada, em caso de
emergência;
III - todas as portas de saída, inclusive as de emergência, devem ser encimadas pela
inscrição luminosa "saída", legível à distância;
IV - todas as portas de saída, inclusive as de emergência devem abrir-se de dentro para
fora;

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V - os aparelhos de renovação de ar devem ser mantidos em perfeito funcionamento;
VI - são obrigatória instalações sanitárias separadas para homens e mulheres, dotadas de
exaustores, quando não houver ventilação natural;
VII - precauções necessárias para situações de incêndio e pânico, conforme normas
pertinentes;
VIII - bebedouros automáticos de água filtrada em perfeito estado de funcionamento;
IX - durante os espetáculos, deve-se conservar as portas abertas, tanto as internas como
as externas, vedadas apenas com cortinas, quando internas;
X - as dependências devem ser dedetizadas anualmente e sempre que necessário,
devendo o comprovante de dedetização ser afixado em local visível ao público;
XI - o mobiliário deve ser mantido em perfeito estado de conservação.

Art. 151. Para o funcionamento de cinemas, além das exigências estabelecidas no artigo
anterior, devem ser observadas as seguintes disposições:
I - os aparelhos de projeção devem ficar em cabines de fácil saída, construídas com
materiais incombustíveis;
II - no interior das cabines, não podem existir mais películas que o necessário às sessões
de cada dia e, ainda assim, devem ser depositadas em recipiente especial, incombustível,
hermeticamente fechado, que não seja aberto por mais tempo que o indispensável ao
serviço.

Art. 152. A administração municipal pode negar licenças a empresários de programa ou


de shows artísticos que não comprovem, prévia e efetivamente, idoneidade moral e
capacidade financeira para responderem por eventuais prejuízos causados ao público, a
particulares e aos espectadores, em decorrência de culpa ou de dolo.

Art. 153. A armação de circos, boliches, acampamentos, parques de diversão e


similares pode ser permitida em locais previamente determinados pela administração
municipal.
Parágrafo único - A autorização das atividades de que trata este artigo deve ser
concedida por prazo de até 30 (trinta) dias, podendo ser renovada por mais 30 (trinta)
dias, a critério da administração municipal.

Art. 154. Ao conceder a autorização para a armação de circos, boliches, acampamentos,


parques de diversão e similares, a administração municipal deve estabelecer as
restrições que julgar convenientes, no sentido de assegurar a ordem, a segurança dos
divertimentos e o sossego da vizinhança.

Art. 155. Os circos e parques de diversão, embora autorizados, só podem ser


franqueados ao público depois de vistoriados em todas as suas instalações pelas
autoridades competentes, visando principalmente à segurança do público em geral.

Art. 156. Em todas as casas de diversão, circos ou salas de espetáculos, os programas


anunciados devem ser integralmente executados, não podendo o espetáculo iniciar-se
em hora diversa da marcada.
§ 1º Em caso de modificação do programa ou do horário ou, ainda, da suspensão do
espetáculo, o empresário deve devolver aos espectadores que assim o desejarem o preço
integral das entradas em prazo não superior a quarenta e oito horas.

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§ 2º As disposições do presente artigo aplicam-se inclusive às competições em que se
exija o pagamento das entradas.

Art. 157. Fica o contratante responsável pelo espetáculo, obrigado a publicar o dia, a
hora e o local do evento com antecedência mínima de 48 horas.

Art. 158. Os bilhetes da entrada não podem ser vendidos por preço superior ao
anunciado, nem em número excedente à lotação do teatro, estádio, ginásio, cinema,
circo ou sala de espetáculo.

Art. 159. Não podem ser emitidas licenças para a realização de jogos ou diversões
ruidosas em locais mais próximos que 200m (duzentos metros) de hospitais, casas de
saúde, maternidades e clínicas.

Art. 160. Em todas as casas de diversão, circos ou salas de espetáculo, devem ser
reservados lugares para as autoridades policiais e municipais encarregadas da
fiscalização.

Art. 161. Na localização de estabelecimentos de diversões noturnas, a Prefeitura


Municipal deve ter sempre em vista o sossego e o decoro da população.

Art. 162. Os promotores de divertimentos públicos, de efeitos competitivos, que


demandam o uso de veículos ou qualquer outro meio de transporte pelas vias públicas,
devem apresentar, para aprovação da administração municipal, os planos, regulamentos
e itinerários, bem como comprovar idoneidade financeira para responder por eventuais
danos causados por eles ou por particulares aos bens públicos ou particulares.

Art. 163. É expressamente vedado, durante os festejos carnavalescos, atirarem


substâncias que possam molestar os transeuntes.

Art. 164. A concessão de alvarás de funcionamento para parques de diversões


ficacondicionada, além das demais formalidades legais, à apresentação de engenheiro
registrado no Conselho Regional de Engenharia Agronomia do Maranhão, que assuma a
responsabilidade técnica pela montagem e bom funcionamento das suas instalações,
visando garantir a segurança e conforto dos usuários.

Art. 165. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 40% (quarenta por cento) a 200% (duzentos por cento) do
salário mínimo vigente.

CAPÍTULO III
DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Art. 166. Os materiais a serem empregados nas instalações elétricas, deverão obedecer
às especificações das normas correspondentes da Associação Brasileira de Normas
Técnicas.

Art. 167. As instalações elétricas só poderão ser projetadas e executadas por

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profissionais legalmente habilitados.

Art. 168. Quando as instalações elétricas forem de alta tensão deverão ser tomadas
medidas especiais como isolamento dos locais, quando necessário, e afixação de
indicações bem visíveis e claras, chamando a atenção das pessoas para o perigo a que se
acham expostas.

Art. 169. As instalações elétricas só poderão funcionar quando tiverem dispositivos


capazes de eliminar ou de reduzir ao máximo as correntes parasitas ou induzidas, as
oscilações de alta frequência, as chispas e ruídos prejudiciais aos aparelhos de rádio e de
televisão.

Art. 170. Os cinemas e teatros com lotação superior a 500 (quinhentas) pessoas deverão
ser providos, depois do medidor geral, de 03 (três) instalações de iluminação
independentes:
I - iluminação de cena, constituída pelas luzes do palco e platéia, comandadas segundo
as conveniências da representação;
II - iluminação permanente, abrangendo as luzes conservadas acesas durante todo o
período de funcionamento do estabelecimento, nas portas de saída, corredores,
passagens, escadas, sanitários e outros compartimentos;
III - iluminação de socorro, contendo unicamente as luzes de emergência e lâmpadas
indicativas de “SAÍDA”, iluminando passagens, escadas e semelhantes.
Parágrafo único. Os cinemas e teatros deverão possuir uma bateria de acumuladores de
ferro-níquel ou similar permanentemente carregada, ligada a um relê que,
automaticamente, faça alimentar a iluminação de emergência, no caso de faltar
alimentação externa para a mesma.

Art. 171. As instalações elétricas para iluminações decorativas permanentes, que


empreguem lâmpadas incandescentes ou tubos luminescentes em cartazes, anúncios e
emblemas de qualquer natureza, deverão observar as prescrições das normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 172. Nas iluminações decorativas temporárias, poderá ser consentido o emprego de
bases de madeira para montagem de receptores de lâmpadas, tomadas de correntes ou
interruptores.

Art. 173. Para anúncios ou quaisquer outros fins decorativos, as instalações com tubos
de gás rarefeito e que funcionarem à alta tensão, deverão observar às normas da ABNT.
Parágrafo único. Quando a instalação for feita em vitrines deverá existir interrupção de
circuito no momento da abertura da porta de acesso às mesmas.

Art. 174. As instalações que se referem o artigo anterior só poderão ser executadas após
aprovação do respectivo projeto pelo órgão competente da Prefeitura.
Parágrafo único. O projeto das instalações deverá conter a vista principal e projeções
sobre um plano perpendicular à mesma, constando em ambas, a situação do anúncio em
relação à fachada e a indicação da distância do anúncio para lugares de acesso, passeio e
abertura de fachada.

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CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS AOS CAPÍTULOS ANTERIORES

Art. 175. Os casos omissos serão resolvidos pelo Órgão competente.

Art. 176. Nos eventos festivos oficiais, o exercício do comércio de rua será regulado
por ato do Executivo Municipal.

Art. 177. Não serão concedidos privilégios de exclusividade, em qualquer hipótese, a


associações, sindicatos, entidades de representação e de qualquer tipo, que deverão
sujeitar-se às normas desta Lei.

CAPÍTULO V
DA UTILIZAÇÃO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS
SEÇÃO I
DA OCUPAÇÃO DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 178. A Prefeitura Municipal pode permitir a ocupação de passeios públicos com
mesas, cadeiras ou outros objetos, consideradas as seguintes exigências:
I - ocupação do passeio limitada à testada do estabelecimento;
II - trânsito público livre com faixa de passeio de largura não inferior a 1,20m (um
metro e vinte centímetros);
III - observância das condições de segurança;
IV – A dimensão da mesa não poderá ultrapassar 0,80m x 0,80m ou o mesmo diâmetro,
para utilização de 04 (quatro) cadeiras.
V - outras exigências julgadas necessárias, a critério do órgão municipal competente.

Art. 179. Os estabelecimentos comerciais, mediante consulta prévia que englobe


croquis da pretensão encaminhada ao órgão competente, poderão ocupar com mesas e
cadeiras, vedada a instalação de churrasqueiras e similares, podendo ser revogada a
qualquer momento a autorização concedida pela Prefeitura.
§1º O Poder Público, nestes casos, cobrará uma taxa de ocupação pelo uso do solo.
§2º Poderá o Poder Público, padronizar o tipo de mesa, cadeira e abrigo (guarda-sol) a
serem instalados em uma determinada área, rua ou praça.
§3º Em todos os casos, no entanto, só será permitido mesas com no máximo 0,80cm x
0,80cm, ou com o mesmo diâmetro, para no máximo, quatro cadeiras cada.

Art. 180. A construção de jardineiras nos passeios de logradouros públicos será


autorizada de acordo com a conveniência e oportunidade da Administração, só sendo
permitida a sua construção em passeios com largura igual ou superior a 2,20m (dois
metros e vinte centímetros), não podendo ser ocupada uma área superior a 20% (vinte
por cento) da metragem total da calçada.
§1º A qualquer tempo, a Administração poderá revogar a autorização para a existência
de jardineira, sendo de responsabilidade do proprietário ou morador do imóvel
fronteiriço a retirada da mesma, deixando o passeio em perfeito estado.
§2º O proprietário ou morador do imóvel fronteiriço será responsável por sua
conservação e manutenção permanentes.

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Art. 181. As jardineiras, atingidas por obras públicas realizadas nos passeios e que
tenham condições de ser recolocadas, serão obrigatoriamente recompostas pelo
responsável pelas obras.

Art. 182. Depende de prévia autorização do órgão municipal competente a instalação


nas vias e logradouros públicos de:
I - caixas coletoras de correspondências;
II - caixas bancárias eletrônicas;
III - relógios, estátuas, monumentos, comprovando-se a sua necessidade ou seu valor
artístico ou cívico;
IV - postes de iluminação;
V - hidrantes;
VI - telefones públicos comunitários;
VII - linhas telegráficas e telefônicas; e
VIII - cabines para policiamento.

Art. 183. Nenhum serviço ou obra que altere o nível do calçamento ou precise escavar
logradouros públicos pode ser executado sem prévia licença da Prefeitura Municipal.

Art. 184. A recomposição do calçamento deve ser feita pelos interessados e fiscalizada
pela Prefeitura Municipal, assim como a remoção dos restos de materiais e objetos
utilizados.
Parágrafo único. Os responsáveis pela obra ou serviço devem reparar quaisquer danos
conseqüentes da execução de serviços nos logradouros públicos.

Art. 185. A inobservância, pelos responsáveis, do disposto no artigo anterior e seu


parágrafo único, ocasiona a paralisação imediata do serviço ou da obra que esteja sendo
executada.

Art. 186. A Prefeitura Municipal pode estabelecer o horário para realização dos
serviços, se estes ocasionarem transtornos ao trânsito de pedestres ou de veículos nos
horários normais de trabalho.
Parágrafo único. As empresas ou particulares autorizados a executar serviços ou obras
no leito dos logradouros públicos são obrigados a implantar a sinalização de
advertência.

Art. 187. A Prefeitura Municipal pode estabelecer outras exigências ao licenciar obras
nos logradouros públicos, tendo em vista resguardar a segurança, a salubridade e o
sossego público.

Art. 188. É expressamente vedado:


I - transitar ou estacionar veículos nos trechos das vias públicas interditadas para a
execução de obras;
II - inserir quebra-molas, redutores de velocidades ou afins no leito das vias públicas,
sem autorização prévia da Prefeitura Municipal.
Parágrafo único. O veículo encontrado em via interditada para obras deve ser
apreendido e transportado para o depósito municipal, respondendo seu proprietário
pelas respectivas despesas.

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Art. 189. Os postes telegráficos, de iluminação e força, as caixas postais, os avisadores
de incêndio e de polícia e as balanças para pesagem de veículos, só poderão ser
colocados nos logradouros públicos mediante autorização da Prefeitura, que indicará as
posições convenientes e as condições da respectiva instalação.

Art. 190. Para permitir a realização de eventos, a armação de coretos, palenques, circos,
barracas e similares em logradouros públicos, a administração municipal pode exigir
depósito em dinheiro de, no máximo, 4 (quatro) salários mínimo, reservado para
eventuais gastos com reforma e/ou limpeza do logradouro.
§ 1º Sempre que necessário, fica o Conselho de Cidades, autorizado a alterar o valor do
depósito, ou vinculá-lo a indexador oficial do Município ou indexador oficial
equivalente.
§ 2º O depósito deve ser restituído integralmente se não houver necessidade de limpeza
especial ou reparos, devendo a restituição ocorrer no prazo máximo de dois dias após a
vistoria no local pela administração municipal.
§ 3º Havendo necessidade de reparos, devem ser deduzidas da quantia depositada as
despesas relativas aos serviços.
§ 4º O limite do depósito não isenta os responsáveis de cobrir a eventual diferença entre
os custos dos prejuízos para o Poder Público e a quantia estipulada como depósito, se
esta não for suficiente para cobrir os danos.

Art. 191. Na infração de qualquer artigo desta seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO II
DO TRÂNSITO PÚBLICO

Art. 192. O trânsito é livre, tendo a sua regulamentação por objetivo manter a ordem, a
segurança e o bem-estar dos transeuntes e da população em geral.

Art. 193. É proibido embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de
pedestres em passeios e praças e de veículos nas ruas, avenidas, estradas e caminhos
públicos, salvo quando da realização de obras públicas, feiras livres e operação que
visem estudar o planejamento de tráfego, definidas pela Prefeitura Municipal, ou
quando exigências policiais o determinarem.
Parágrafo único. Sempre que houver necessidade de interromper-se o trânsito, deve ser
colocada sinalização vermelha claramente visível de dia e luminosa à noite.

Art. 194. Compreendem-se, na proibição do artigo anterior, o depósito de quaisquer


materiais, inclusive de construção nas vias públicas em geral.
§ 1º Após a descarga, o responsável tem 08 (oito) horas para remover o material para o
interior dos prédios e terrenos.
§ 2º Nos casos previstos no parágrafo anterior, os responsáveis pelos materiais
depositados na via pública deverão advertir os veículos, a distância conveniente dos
prejuízos causados ao livre trânsito.

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Art. 195. É expressamente proibido nas ruas da cidade, vilas e povoados:
I - conduzir animais ou veículos em velocidade excessiva;
II - conduzir animais bravios sem a necessária precaução;
III - atirar substâncias que possam incomodar os transeuntes;
IV - pintar faixas de sinalização de trânsito, ainda que junto ao rebaixo do meio-fio,
com finalidade de indicar garagem, sem prévia autorização ou em desacordo com as
normas técnicas;
V - danificar ou retirar a sinalização de impedimento de trânsito ou advertência de
perigo;
VI-fazer trafegar qualquer veículo em sentido contrário ao fluxo do trânsito;
VII - deixar de recolher, nos logradouros públicos,os dejetos eliminados por animais de
sua propriedade ou sob sua guarda;
VIII - conduzir ou estacionar pelos passeios e praças, veículos de quaisquer espécies,
salvo quando autorizado;
IX - transportar detritos, terra, entulhos, areia, galhos, podas de jardins e outros, e os
deixar cair
sobre as vias e logradouros públicos;
X - colocar cones e cavaletes afim de reservar área de estacionamento particular;
XI - abandonar veículos e objetos; e
XII - o gotejamento oriundo de aparelhos de condicionadores de ar diretamente sobre
passeios públicos, devendo os proprietários providenciarem instalação de dispositivo
coletor.

Art. 196. A administração municipal deve impedir o trânsito de qualquer veículo ou


meio de transporte que possa ocasionar danos a logradouros públicos, perturbar a
tranqüilidade ou poluir o ar.

Art. 197. Os pontos de estacionamento de veículos de aluguel, para transporte de


passageiros ou não, são determinados pela administração municipal.

Art. 198. A instalação de protetores de calçadas poderá ser autorizada pelo Poder
Público, respeitadas as seguintes condições:
I – só poderão ser instalados quando o espaço restante para passagem, no passeio, for no
mínimo 1,00m (um metro);
II – deverão obedecer aos padrões definidos pelo Poder público para cada localidade;
III – só poderão ser instalados junto ao meio fio;
IV – a distância entre um protetor e outro deverá ser de, no mínimo, 1,20m (um metro e
vinte centímetros);
V – o proprietário ou morador do imóvel fronteiriço deverá mantê-los limpos, íntegros,
pintados de amarelo e sem oferecer perigo aos transeuntes;
VI – em cada instalação será observada pela Administração a conveniência e a
oportunidade, tendo em vista o bem público, especialmente o bem dos portadores de
deficiência.
§ 1º A qualquer tempo, a Administração poderá revogar a autorização para protetores de
calçadas, sendo de responsabilidade do proprietário ou morador do imóvel fronteiriço a
retirada dos mesmos, deixando o passeio em perfeito estado.
§ 2º Não será permitida a instalação de protetores de calçadas sem prévia autorização.

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Art. 199. Na infração de qualquer artigo desta seção, quando não prevista pena do
Código Nacional de Trânsito, será imposta a multa correspondente ao valor de 20%
(vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário mínimo vigente.

SEÇÃO III
DOS VEÍCULOS DE TRANSPORTES COLETIVOS OU DE CARGA

Art. 200. Além das disposições estabelecidas pela legislação municipal específica, os
serviços de transporte coletivo urbano devem obedecer às prescrições desta seção.

Art. 201. É vedado aos veículos de transportes coletivos ou de carga trafegarem com
peso superior ao fixado em sinalização, salvo licença prévia da Prefeitura Municipal, a
quem cabe providenciar tal sinalização.

Art. 202. É vedado transportar, em um mesmo veículo, explosivos e inflamáveis.

Art.203. Nos veículos de transporte de inflamáveis ou de explosivos, não é permitido


conduzir-se outras pessoas, além do motorista e dos ajudantes.

Art. 204. Constitui infração a este Código o motorista recusar-se a exibir documentos à
fiscalização, quando exigidos, assim como não atender às normas, determinações ou
orientações da fiscalização.

Art. 205. Cabe ao Executivo Municipal fixar local e horário de funcionamento das áreas
de carga e descarga, bem como de outros tipos de estacionamento em vias públicas.

Art. 206. Na infração de qualquer artigo desta seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO IV
DA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE TRAILERS

Art. 207. Para os efeitos desta Lei, entende-se por trailer todo equipamento construído
em fibra de vidro, chapas de ferro, zinco ou similar, montado sobre eixos ou suportes,
móveis ou fixos, destinado à venda a varejo de sucos e congêneres, refrigerantes,
salgadinhos, sanduíches, cigarros, sorvetes e picolés, bolos, doces, tortas e similares,
desde que satisfeitas as exigências legais.

Art. 208. A instalação e funcionamento de trailers em logradouros públicos só se


efetiva em locais previamente autorizados pelo órgão municipal competente, através de
termo de permissão revestido das seguintes características:
I - ato unilateral;
II - a título precário;
III - não oneroso à municipalidade; e
IV - exclusivo à pessoa física.

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Art. 209. A atividade permitida, relativa ao funcionamento do trailer deve ser executada
em nome do permissionário, por sua conta e risco, sempre nas condições e requisitos
estabelecidos em Lei.
Parágrafo único. A permissão não gera privilégio, nem assegura exclusividade ao
permissionário, sendo acompanhado sempre de um "Termo de Compromisso" do
permissionário com exigências peculiares a cada um.

Art. 210. A solicitação do termo de permissão para exploração do comércio varejista


em trailers deve ser apresentada ao órgão municipal competente, anexando-se os
seguintes documentos:
I - croquis do local pretendido em duas vias;
II - croquis ou planta do projeto do trailer; e
III - fotocópia da identidade e do CIC do interessado.
Parágrafo único. O permissionário não pode ter débito junto à Prefeitura Municipal e
depois de autorizado deve comprovar a propriedade ou locação do trailer.

Art. 211. O processo para concessão do termo de permissão dá-se em duas etapas,
sendo a primeira referente à pré- qualificação e a segunda referente à liberação do
termo.
§ 1º A pré-qualificação compõe-se de protocolo, análise dos documentos, vistoria
preliminar da área solicitada e parecer aprovativo do vistoriador.
§ 2º A liberação do termo de permissão compõe-se do parecer do gerente, da
autorização do dirigente do órgão, da vistoria final, da definição do termo de
compromisso, do cadastramento, da quitação das taxas e, por último, da expedição do
termo.

Art. 212. Quando da vistoria preliminar da área solicitada, devem ser observados os
seguintes aspectos:
I - tipo de local pretendido;
II - dimensões e aspecto estético e urbanístico do trailer, visando à compatibilização
com a área pretendida;
III - acesso, manobras e estacionamento de veículos e tráfego de pedestres, de modo a
não obstruir o trânsito dos passeios nem prejudicar a visibilidade;
IV - viabilidade da utilização de mesas e cadeiras, considerando-se os incisos I, II e III,
deste artigo.

Art. 213. A permissão deve ter validade de 1 (um) ano, podendo ser renovada,
observado o cumprimento desta Lei.

Art. 214. Não é permitida a instalação e funcionamento de trailers:


I - sob abrigo de parada de ônibus;
II - nos passeios referentes aos prédios de hospitais, escolas, templos religiosos, museus,
repartições públicas e instituições militares;
III - sobre áreas ajardinadas das praças e passeios públicos;
IV - em calçadas de largura inferior a 3,00m (três metros);
V - em áreas que venham de alguma forma, a comprometer a segurança e o sossego
público.

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Art. 215. Junto a trailers permissionados não é permitido construir ou instalar anexos
como bases fixas em alvenaria ou concreto, depósitos de qualquer espécie e cadeiras
fixas, ou qualquer outro tipo de construção ou cobertura agregada.
Parágrafo único. É permitida a instalação de sanitários e de toldos ou similares, a
critério do permissionante e dentro dos padrões indicados por este.

Art. 216. Não é permitido, em hipótese alguma, utilizar mais que 10 (dez) conjuntos de
mesas com quatro cadeiras.

Art. 217. Deve ser revogada a permissão que, a qualquer momento, possa vir a
ocasionar, a critério da administração municipal, prejuízo ao bem comum e/ou ao
interesse público, não cabendo ao permissionário, qualquer tipo de indenização por
parte da municipalidade.

Art. 218. A transferência do "Termo de Permissão", só é possível com prévia


autorização da administração municipal, desde que satisfeitas às exigências legais e
regulamentares e depois de decorridos dois anos de efetivo funcionamento do trailer.

Art. 219. No caso de falecimento do permissionário, a transferência pode ser


autorizada, na ordem sucessiva, ao cônjuge sobrevivente ou, na falta ou desistência
deste, a um(a) filho(a) maior de dezoito anos, ao pai, à mãe ou ao irmão.
Parágrafo único. Para obter o direito de sucessão, nos termos deste artigo, o
interessado deve requerê-lo, no prazo de (90) noventa dias da data do falecimento do
permissionário, comprovando sua condição de sucessor e, se for o caso, a desistência
daqueles que o precedem.

Art. 220. É proibida a locação ou sublocação do trailer.


Parágrafo único. Tal atitude implica no imediato cancelamento da licença.

Art. 221. São obrigações daqueles que exercem atividades nos trailers:
I - cumprir a presente lei, bem como todas as leis e posturas municipais;
II - usar de urbanidade e respeito para com o público;
III - acatar as ordens da equipe de controle e fiscalização da atividade;
IV - manter o trailer e a área circunvizinha em completo estado de asseio e higiene;
V - conservar e armazenar em locais apropriados os alimentos destinados à
comercialização, observando-se a temperatura ideal para cada tipo de produto;
VI - portar carteira de saúde atualizada;
VII - usar uniforme (bata, gorros e sapatos), no serviço de atendimento ao público;
VIII - usar material descartável no atendimento ao público;
IX - manter recipientes adequados para a coleta do lixo interno e externo;
X - manter extintor de fogo em local visível e de fácil acesso, e em perfeito estado de
funcionamento, assim como atender as demais normas de segurança indicadas por
órgãos envolvidos.

Art. 222. São proibições para aqueles que exercem atividades nos trailers:
I - instalar ou colocar o equipamento em local diferente do autorizado e/ou ocupar área
maior do que a permitida;
II - utilizar equipamento sem a devida vistoria ou modificar o que foi aprovado;

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III - impedir ou dificultar o trânsito nas vias e logradouros, com colocação de mesas e
cadeiras, bancos, muretas, grades ou exposição de mercadorias;
IV - vender bebidas alcoólicas destiladas;
V - expor ou vender qualquer mercadoria não especificada.
VI - apresentar música ao vivo ou mecânica, em horário e volume que perturbem o
sossego público ou infrinja as leis do município;
VII - promover outras atividades que venham a perturbar a ordem e o sossego público;
VIII - jogar lixo proveniente das atividades executadas no trailer nos logradouros
públicos e/ou imediações;
IX - suspender a atividade permissionada por mais de (90) noventa dias consecutivos,
sem aviso prévio ao órgão fiscalizador e sem motivo justificável a critério do poder
permissionante, independentemente do pagamento da taxas devidas.

Art. 223. A transgressão de qualquer artigo desta Lei Complementar, especialmente


quanto às obrigações e proibições, pode ser punida com penalidade que vão desde a
advertência, multas, apreensão de equipamentos e acessórios, até à suspensão
temporária ou definitiva do termo de permissão, incluindo-se a apreensão e
recolhimento do próprio trailer pelo poder permissionante.

Art. 224. Para renovação do termo de permissão, o interessado deve requerê-la, até 30
(trinta) dias após o vencimento, acarretando o atraso em penalidades que vão desde
multas até a não renovação do termo.

Art. 225. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO V
DAS BANCAS DE JORNAIS, REVISTAS E LIVROS

Art. 226. A instalação de bancas destinadas à venda de jornais e revistas em


logradouros públicos está condicionada à prévia permissão de uso pela Prefeitura
Municipal.

Art. 227. As permissões de que trata o artigo anterior devem ser outorgadas na seguinte
conformidade:
I - dois terços mediante processo licitatório, a qualquer cidadão habilitado;
II - um terço, através de processo licitatório, a portadores de necessidades especiais
desprovidos de recursos necessários à subsistência.
§ 1º O procedimento licitatório de que trata o inciso I, deste artigo, deve versar sobre o
preço anual a ser pago pelo permissionário e, em caso de igualdade de propostas, a
permissão deve ser concedida mediante sorteio público.
§ 2º Para os fins previstos no inciso II, deste artigo, e sem embargo a apresentação dos
documentos referidos nos incisos I, II, III e IV, do art. 228, desta Lei Complementar,
deve ser ouvido, também, o órgão municipal competente, quando necessário à
comprovação da falta de condições e carência de recursos do inválido permanente.
§ 3º A invalidez permanente pode ser comprovada com a apresentação de perícia
médica, feita perante o Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS, ou médico

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perito designado pela Prefeitura para apuração da invalidez.

Art. 228. Para a licitação de que trata os incisos I e II, do art. 227, desta Lei
Complementar, os interessados devem apresentar os seguintes documentos:
I - prova de identidade;
II - demais documentos exigidos pela legislação de licitações e permissões vigentes à
época da licitação;
III - projeto da banca com suas dimensões;
IV - planta do local onde pretende instalar a banca.

Art. 229. Pode ser concedido a permissão de 03 (três) pontos a um mesmo


permissionário, sendo dois em uma mesma região ou zona da cidade e outro em região
ou zonas diferente.

Art. 230. Cabe à Prefeitura Municipal, em nome do interesse público, renovar ou


transferir a banca do local de instalação, designando, no prazo de 60 (sessenta) dias, um
novo local, de preferência circunvizinho, adequado ao funcionamento da atividade,
mantidos os direitos do permissionário.

Art. 231. O modelo, as dimensões e os locais de instalação das bancas devem ser
aprovados pela Prefeitura Municipal, observadas as disposições e dimensões seguintes:
I - comprimento máximo de 5,50 m (cinco metros e cinqüenta centímetros);
II - largura máxima de 3,00 m (três metros);
III - altura máxima de 3,00 m (três metros);
IV - distância mínima de 10,00 m (dez metros) da esquina;
V - distância mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) do meio fio;
VI - distância mínima de 3,00 m (três metros) de entrada e saída de veículos;
VII - distância de 2,00 m (dois metros) do eixo da copa da árvore.
§ 1º Não é permitida a colocação de bancas em calçadas com largura inferior a 3,00 m
(três metros).
§ 2º A largura da banca não pode exceder a 50% (cinqüenta por cento) da largura da
calçada.
§ 3º A área máxima permitida é de 16,50 m² (dezesseis metros e cinqüenta centímetros
quadrados), incluindo-se o uso de acessórios expositores necessários ao
empreendimento.

Art. 232. É permitida a transferência de permissão para instalação de bancas de revistas


e jornais, mediante a ausência do permissionário e prévia aprovação da Prefeitura
Municipal, a quem satisfaça às exigências legais e regulamentais.

Art. 233. São direitos da permissionante:


I - fiscalizar a permissionária periodicamente, sem prévio aviso, para verificar o perfeito
cumprimento do contrato de permissão de uso de área pública;
II - rescindir o contrato de permissão, a qualquer tempo, caso a permissionária não
observe o cumprimento das cláusulas contratuais ou de leis, decretos e regulamentos
que tratem da permissão de uso de área pública;
III - receber, apurar e solucionar as queixas e reclamações dos usuários.

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Art. 234. São obrigações da permissionante:
I - observar o fiel cumprimento do contrato;
II - zelar pela boa qualidade dos serviços, designando fiscais para o adequado controle e
fiscalização;
III - exercer a autoridade normativa, na execução do contrato, no âmbito de sua
competência.

Art. 235. São direitos do permissionário:


I - indicar o seu substituto, mediante comunicado ao sindicato dos vendedores de jornais
e revistas do Maranhão, nas hipóteses da ausência por férias, licença ou motivo
justificável;
II - expor, vender jornais, revistas, livros culturais, guias, figurinos, almanaques,
periódicos editados com intervalo de um ano, cartões postais, cigarros, cartões
telefônicos, álbum de figurinhas, cartelas de brinquedos, bombons, bilhetes de loterias,
lápis, canetas, cadernos, chaveiros e sobrecartas.
III - colocar cartazes em molduras acrílicos na parte traseira da banca ou em um de seus
lados de interesse educativo, cultural e artístico, sem qualquer exclusividade ou
fornecimentos a anunciantes, mediante prévia autorização da permissionante,
observadas, ainda, as exigências de ordem legal tributária a que estiver sujeita essa
forma de publicidade, podendo a municipalidade ocupar 20% (vinte por cento) do
espaço da banca para divulgar informações educativas, turísticas e culturais;
IV - colocar luminosos indicativos, apenas na parte superior da banca, atendendo aos
padrões legais e após o pagamento da respectiva taxa.

Art. 236. São obrigações do permissionário:


I - observar o fiel cumprimento do contrato, observando as disposições regulamentares
do serviço e as cláusulas contratuais da permissão, obedecendo, ainda, as leis, decretos e
regulamentos que tratem da permissão de uso da área pública;
II - ser a única responsável, perante terceiros, pelos atos praticados pelo seu pessoal e
pelo uso do material, eximindo-se a permissionante de quaisquer reclamações ou
indenizações, na vigência do contrato.
III - ser a única responsável pelos danos materiais ou pessoais causados aos empregados
ou a terceiros;
IV - estar regulamente registrado junto à Prefeitura Municipal, bem com os seus
empregados, devendo ser apresentados, além da prova da permissão de uso, os
respectivos documentos de identidade;
V - afixar em local visível a licença para instalação e funcionamento da banca;
VI - ser responsável pelo uso da área, inclusive conservando o local e área adjacentes,
em boas condições higiene e limpeza;
VII - manter indicativo do local, de acordo com as normas estabelecidas e mediante
pagamento das taxas incidentes não sendo permitida outra espécie de publicidade na
área concedida,
VIII - apresentar bom aspecto estético, de acordo com os padrões previamente
aprovados;
IX - ocupar exclusivamente o lugar destinado pela permissionante;
X - não prejudicar o trânsito livre nos passeios;
XI - não prejudicar a visibilidade de condutores de veículos, quando instaladas nas
interseções de vias, conforme prévia autorização da Prefeitura Municipal.

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Art. 237. É vedado ao permissionário:
I - expor propaganda referente a material pornográfico;
II - distribuir, expor, vender ou trocar qualquer material não provado pela
permissionante.
III - vender a menores ou violar invólucros de publicações nocivas ou atentatórias à
moral;
IV - utilizar árvores, postes, caixotes, tábuas, encerrados, toldos, abas ou laterais para
aumentar a banca, excluída aquelas que servem de proteção contra as intempéries;
V - transferir a atividade a terceiros, sem prévia autorização;
VI - ocupar passeios, muros ou paredes com exposição de mercadorias;
VII - alugar o ponto a terceiros;
VIII - conservar material inflamável ou explosivo;
IX - atirar, nas áreas de trânsito ou de circulação, detritos ou mercadorias avariadas;
X - portar qualquer espécie de arma;
XI - fazer uso de bebidas alcoólicas durante os horários de funcionamento;
XII - realizar quaisquer mudanças e/ou reformas na área objeto do contrato, sem o
prévio consentimento por escrito da permissionante;
XIII - exibir ou depositar as publicações no solo ou em caixotes;
XIV - aumentar ou modificar o modelo da banca aprovado pela permissionante.
XV - mudar o local da instalação de banca, sem prévia autorização;
XVI - instalar mesas, cadeiras ou qualquer outro meio físico para desenvolver
atividades afins, na área objeto da permissão.
§ 1º A permissionária não pode a qualquer título, ceder, no todo ou em parte a área,
objeto da presente permissão, nem alugar ou sublocar a terceiros, nem transferir, sob
pena de rescisão do contrato e conseqüentemente sua exclusão do referido
estabelecimento comercial;
§ 2º A inobservância ou descumprimento de quaisquer das cláusulas por parte do
permissionário implica na rescisão do contrato, não cabendo ao permissionário qualquer
direito à indenização ou ressarcimento por benfeitorias realizadas.
§ 3º A mesma sanção deve ser aplicada àquele que desistir em favor de terceiros, com o
objetivo de lucro.

SEÇÃO VI
DAS CAÇAMBAS ESTACIONÁRIAS

Art. 238. A colocação, permanência, utilização e transporte de caçambas estacionárias


em vias e logradouros públicos dependem de prévio licenciamento e são fiscalizados
pelo Executivo Municipal, nos termos desta Lei.

Art. 239. Para efeitos desta lei, são adotadas as seguintes definições:
I - caçamba estacionária - mobiliário destinado à coleta de terra e entulho proveniente
de obra, construção, reforma ou demolição de qualquer natureza;
II - resíduos da construção civil - conhecidos comumente como entulho, são aqueles
provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção
civil e os resultantes da preparação e escavação de terrenos, como tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solo, rocha, madeira, forros, argamassa, gesso, telhas,
pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações e fiação elétrica;

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III - resíduos volumosos - resíduos originários dos domicílios, constituídos basicamente
por material volumoso não coletado pelos equipamentos compactadores, como móveis e
equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira,
resíduos vegetais e outros;
IV - transportadores - pessoas jurídicas encarregadas da coleta e do transporte dos
resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de deposição;
V - obra: realização de ações sobre terreno que implique alteração do seu estado físico
original, agregando-se ou não a ele uma edificação; e
VI - Responsável técnico - o técnico registrado junto ao órgão federal fiscalizador do
exercício profissional e ao órgão municipal competente, atuando, individual ou
solidariamente, como autor do projeto ou outro responsável técnico pela obra.

Art. 240. As caçambas estacionárias e os veículos destinados ao transporte devem ser


licenciados anualmente.
Parágrafo único. A unidade licenciada deve ser o conjunto de um caminhão e quinze
caçambas estacionárias.

Art. 241. Para a obtenção da licença, deve ser apresentado, junto ao ato de solicitação:
I - alvará de funcionamento da empresa;
II - licença ambiental da empresa;
III - licença ambiental prévia para uso da área de despejo dos resíduos coletados;
IV - certidão negativa de débitos junto a Fazenda Pública Municipal;
V - certidão negativa de débitos junto a Receita Federal;
VI - certidão negativa de débitos junto a Fazenda Estadual;
VII - indicação da área de guarda das caçambas, a ser vistoriada pela SDU competente.
§ 1º Para a obtenção da licença podem ser requeridos também outros documentos que o
órgão municipal competente julgar necessários, considerando-se o impacto urbano e
ambiental da realização do serviço e o resguardo do interesse público.
§ 2º A taxa anual de licenciamento da unidade mencionada no parágrafo único do artigo
anterior é de R$ 70,00 (setenta reais).
§ 3º Pode ser feito licenciamento separado para cada caçamba, com taxa anual de R$
10,00 (dez reais).
§ 4º Sempre que necessário, fica o Conselho de Cidades, autorizado a alterar os valores
das taxas, ou vinculá-las a indexador oficial do Município ou indexador oficial
equivalente.

Art. 242. A concessão de licença para colocação, permanência, utilização e transporte


de caçambas estacionárias deve ser concedida a todas as empresas que solicitarem o
licenciamento junto ao Executivo Municipal, desde que obedecidas as exigências desta
Lei Complementar e demais normas regulamentadoras do serviço.
§ 1º Fica o Executivo Municipal obrigado a realizar licitação para a concessão do
serviço público de que trata esta Lei Complementar, quando o número de empresas
licenciadas atingir o limite de 10 (dez) empresas licenciadas em atividade no Município.
§ 2º Atingido o limite indicado no parágrafo anterior, o Poder Executivo Municipal tem
prazo de um ano para realizar o procedimento licitatório relativo à concessão do serviço.

Art. 243. As empresas transportadoras de resíduos que possuam unidades licenciadas


devem ser cadastradas, conforme regulamentação do Executivo Municipal.

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Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal deve dar publicidade anual à relação
das empresas cadastradas, como determinado no caput deste artigo.

Art. 244. As caçambas estacionárias devem observar as especificações e requisitos a


seguir estabelecidos:
I - possuir dimensões externas máximas de até 2,80 m (dois metros e oitenta
centímetros) de comprimento, 1,80m (um metro e oitenta centímetros) de largura e
1,40m (um metro e quarenta centímetros) de altura, com capacidade máxima de 5m³
(cinco metros cúbicos);
II - ser pintada em cores vivas, sinalizada com material refletivo nas faces anterior,
posterior, laterais e bordas, na forma a ser regulamentada pelo Executivo Municipal, de
modo a permitir a rápida visualização diurna e noturna a, pelo menos, 40,00 m
(quarenta metros) de distância;
III - no lado externo das caçambas, devem constar, em espaço não inferior de 1,00 m
(um metro) de comprimento por 0,60 m (sessenta centímetros) de altura, em letras de
forma, nome, endereço e telefone da empresa, bem como, número do cadastramento,
número da caçamba, e número de telefone do órgão municipal competente para
fiscalização dos serviços.
IV - conter o material depositado de tal forma que este não exceda as bordas laterais e
superior da caçamba, durante todo o período de armazenamento e transporte.
V - ser dotada, durante o transporte de materiais, de sistema de cobertura adequado, de
modo a impedir conteúdo superior à capacidade e, ainda, a queda dos materiais durante
o transporte.
§ 1º Fica proibido o armazenamento e transporte de materiais orgânicos, perigosos e
nocivos à saúde por meio de caçambas.
§ 2º Fica proibida qualquer inscrição, propaganda ou publicidade nas caçambas, além da
identificação determinada no inciso III deste artigo.

Art. 245. As caçambas devem ser colocadas:


I - prioritariamente, no recuo frontal ou lateral da testada do imóvel do contratante dos
serviços;
II - não sendo possível o atendimento do disposto no inciso anterior, as caçambas só
podem ser colocadas nas vias públicas com estacionamento permitido para veículos,
devendo ser dispostas longitudinalmente ao meio fio, observando a distância mínima de
0,30 m (trinta centímetros) e máxima de 0,50 m (cinqüenta centímetros) de afastamento
do meio-fio, de forma a não obstruir a passagem das águas pluviais;
III - em ruas com até 7,00 m (sete metros) e mão única, só é permitida a colocação de
uma caçamba do lado direito da rua a cada quadra;
IV - em ruas com até 11,00 m (onze metros) e mão dupla, é permitida a colocação
apenas de um dos lados da rua, a cada quadra.

Art. 246. A permissão para colocação e permanência de caçambas nas vias com
estacionamento rotativo dependem de prévia autorização do órgão municipal gestor do
transporte e tráfego que, nestes casos, pode estabelecer condições especiais para o
estacionamento de caçambas.

Art. 247. É expressamente proibido o uso de via pública para guardar caçambas que não
estejam sendo usadas para coleta de resíduos da construção civil e volumosos, sendo o

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prazo de permanência de cada caçamba em vias públicas de, no máximo, cinco dias
corridos, compreendendo os dias de colocação e retirada do equipamento, exceto nos
locais de estacionamento rotativo pago, caso em que o órgão municipal gestor do
transporte e tráfego pode reduzir ou estender o prazo, para atender às necessidades
locais.
Parágrafo único. Quando não estiverem sendo utilizadas para a coleta de resíduos de
construção ou volumosos, as caçambas estacionárias devem ser depositadas em local
adequado, a ser indicado por ocasião do credenciamento.

Art. 248. Fica proibida a colocação de caçambas nas seguintes situações:


I - nas esquinas, a menos de 5,00 m (cinco metros) do bordo do alinhamento da via
transversal;
II - nos locais onde o estacionamento e / ou a parada de veículos for proibido pelas
regras gerais de estacionamento, conforme estabelecido pelo Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, instituído pela Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997;
III - nos locais onde o estacionamento e / ou a parada de veículos sofrerem restrições ou
proibições estabelecidas por sinalização vertical de regulamentação;
IV - nos locais onde existir regulamentação de estacionamentos especiais (táxi,
caminhão, pontos e terminais de ônibus, farmácia, deficientes físicos e outros);
V - nas vias e logradouros onde ocorrerem feiras livres ou eventos autorizados, nos dias
de realização dos mesmos;
VI - nos locais onde houver faixas de pedestres, linhas de retenção, sinalização
horizontal de canalização (zebrado ou sargento);
VII - no interior de qualquer espaço viário delimitado por prismas de concreto ou
tachões, ou, ainda, sobre pintura zebrada;
VIII - sobre poços de visita ou impedindo acesso a equipamentos públicos;
IX - nos trechos de pista em curva, planos, em aclive ou declive, onde a caçamba não
seja visível a pelo menos 40,00 m (quarenta metros) para os condutores de veículos que
se aproximem;
X - em locais sem incidência direta de luz artificial, pública ou dispositivos luminosos
próprios, que garanta a identificação visual da caçamba a pelo menos 40,00 m (quarenta
metros), tanto nos dias de chuva como no período noturno;
XI - em áreas de circulação exclusiva de pedestres, praças e áreas verdes;
Parágrafo único. Em ruas com menos de 5,80 m (cinco metros e oitenta centímetros)
de largura, de meio-fio a meio-fio, é permitida a colocação de caçambas, utilizando-se
50% do passeio e 50% da via pública, desde que obedecidas as seguintes condições:
I - seja resguardado o limite mínimo de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de
passeio público livre para a passagem de pedestres;
II - seja colocada a caçamba de modo a não impedir a livre passagem das águas pluviais
ou desviá-las de seu curso adequado; e
III - tenha parecer prévio do órgão municipal gestor do transporte e tráfego aprovando a
colocação da caçamba;

Art. 249. Em qualquer circunstância, as caçambas devem preservar a passagem de


veículos e de pedestres na via pública em condições de segurança.

Art. 250. Para a colocação, retirada e transporte das caçambas, a empresa prestadora
dos serviços deve utilizar caminhão dotado de equipamento guindaste, ou braço

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mecânico, cabendo ao seu condutor a observância das regras do Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, bem como das normas locais de circulação e estacionamento e demais
disposições vigentes.

Art. 251. Os resíduos de construção e volumosos coletados e transportados pelas


caçambas somente podem ser destinados a áreas licenciadas pelo órgão municipal
competente.
§ 1º Caso a empresa não apresente local permitido por lei e aprovado pelo órgão
municipal competente para depósito dos resíduos, quando da sua solicitação de
cadastramento, a sua deve ser solicitação indeferida;
§ 2º O depósito de resíduos em local inapropriado ou em discordância com o aprovado
quando do seu cadastramento, acarreta na perda da licença e multa prevista na
legislação ambiental, por dano ao meio ambiente.
§ 3º O Executivo Municipal deve publicar anualmente a relação das áreas cadastradas,
indicadas para a destinação dos resíduos de construção e volumosos.

Art. 252. Os geradores de resíduos de construção e volumosos e o responsável técnico


pela obra que contratarem os serviços de que trata esta lei, são obrigados a utilizar
somente as empresas cadastradas.
§ 1º Os geradores de resíduos de construção e volumosos e o responsável técnico pela
obra respondem solidariamente com a empresa coletora e transportadora pela correta
destinação dos resíduos e colocação de caçambas estacionárias.
§ 2º A empresa coletora deve fornecer ao usuário comprovante identificando a correta
destinação dos resíduos.

Art. 253. Quaisquer danos ao patrimônio público, ao pavimento, ao passeio, à


sinalização, ou a outros equipamentos urbanos que venham a ser causados pela
colocação, permanência ou remoção das caçambas em logradouros públicos, são de
exclusiva responsabilidade da empresa transportadora, que deve arcar com os
respectivos custos de substituição, execução e reinstalação.
§ 1º São também de exclusiva responsabilidade da empresa prestadora de serviços os
danos eventualmente causados a terceiros.
§ 2º O ressarcimento dos custos de substituição, execução e reinstalação de
equipamentos urbanos, passeios, pavimentação ou sinalização danificados pela
colocação, permanência ou remoção de caçambas estacionárias em logradouros públicos
deve ser feito mediante implementação de multa equivalente aos danos, sendo efetivado
através de DAM (Documento de Arrecadação Municipal).
§ 3º A valoração dos danos ocasionados, deve ser realizada pelo órgão municipal
competente competente, tomando-se por base os custos de recuperação dos
equipamentos urbanos danificados.
§ 4º A não quitação do DAM (Documento de Arrecadação Municipal), no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, implica na inscrição da empresa no Cadastro da Dívida Ativa do
município, no valor da multa aplicada, inclusos os acréscimos legais devidos.

Art. 254. A Administração Municipal, por razões de interesse público, pode, a qualquer
momento, solicitar ou providenciar diretamente a remoção de caçambas estacionadas
nas vias públicas, sem ônus para o poder público.

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Art. 255. Para os serviços terceirizados de coleta e remoção de resíduos sólidos,
aplicam-se, no que forem cabíveis, as prescrições deste Código.

Art. 256. As atuais empresas proprietárias de caçambas estacionárias que efetuam


coleta de entulho têm prazo de sessenta dias para se adequarem às exigências desta lei,
contados de sua publicação.

Art. 257. Após o prazo estabelecido no artigo anterior, as empresas infratoras devem ser
notificadas, multadas e, também, devem ter as caçambas estacionárias apreendidas e
seus alvarás de funcionamento suspensos.

Art. 258. A desobediência ou não observância das regras estabelecidas, implica,


sucessivamente, na aplicação das seguintes penalidades:
I - advertência por escrito, notificando-se o infrator a sanar a irregularidade, no prazo de
48 (quarenta e oito horas), contadas da notificação, sob pena de multa;
II - não sanada a irregularidade, deve ser aplicada multa, com vencimento em 30 (trinta)
dias a contar da data de autuação, sendo procedida também à apreensão do
equipamento, ficando sua liberação condicionada ao pagamento das multas e das
despesas de remoção e estadia;
III - em caso de reincidência, a multa deve ser aplicada em valor dobrado;
IV - persistindo a irregularidade, mesmo após a imposição da multa em dobro, o alvará
de funcionamento da empresa e a licença para o serviço de coleta e remoção de resíduos
são suspensos por trinta dias, para que sejam sanadas as irregularidades e pagas as
multas e indenizações devidas;
V - decorrido o prazo de trinta dias sem a regularização da situação, o alvará de
funcionamento da empresa e a licença para o serviço de coleta e remoção de resíduos
são cassados, com a conseqüente interdição da atividade, se necessário, com uso da
força policial.

Art. 259. Na infração de qualquer artigo desta seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO VII
DOS CORETOS E PALANQUES

Art. 260. É permitida a armação de palanques provisórios em logradouros públicos para


comícios políticos e festividades cívicas, religiosas ou de caráter popular, mediante
prévia autorização da administração municipal.
Parágrafo único. A autorização deve ser solicitada com, pelo menos, 3 (três) dias úteis
de antecedência.

Art. 261. A autorização de localização de coretos e palanques deve ser concedida


somente se:
I - não perturbarem o trânsito;
II - forem providos de instalação elétrica e iluminação adequada, quando da utilização
noturna;
III - não prejudicarem o calçamento nem o escoamento de águas pluviais;

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IV - os responsáveis pelos eventos comprometerem-se a removê-los no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, a contar do encerramento das atividades.
Parágrafo único. Após o prazo estabelecido no inciso IV, deste artigo, a Prefeitura
Municipal pode remover o coreto ou palanque, dando ao material o destino que entender
e cobrando dos responsáveis a multa e as despesas de remoção.

Art. 262. Na infração de qualquer artigo desta seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO VIII
DAS BARRACAS

Art. 263. Nas festas de caráter público ou religioso, podem ser instaladas barracas
provisórias, mediante autorização prévia da administração municipal.
Parágrafo único. A autorização deve ser solicitada com, pelo menos, três dias úteis de
antecedência.

Art. 264. A autorização para instalação de barracas deve ser concedida somente se:
I - apresentarem bom aspecto estético e tiverem área máxima de 6m² (seis metros
quadrados);
II - tiverem afastamento mínimo de 3,00 m (três metros) de qualquer edificação e de
outras barracas;
III - ficarem fora da faixa de rolamento do logrardouro público e distarem dos pontos de
estacionamento de veículos, 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);
IV - forem armadas a uma distância mínima de 200,00m (duzentos metros) de escolas,
quando o horário de funcionamento das barracas coincidirem com o da escola;
V - os responsáveis pelo evento comprometerem-se a observar os horários de
funcionamento fixados pela Prefeitura Municipal;
VI - não forem localizadas em áreas ajardinadas.

Art. 265. Quando as barracas forem destinadas à venda de refrigerantes e alimentos,


devem ser obedecidas as disposições relativas à higiene dos alimentos e mercadorias
expostas à venda.

Art. 266. Nos festejos juninos, não podem ser instaladas barracas provisórias para a
venda de fogos de artifício.

Art. 267. No caso do proprietário da barraca modificar o comércio para o qual foi
autorizado, sem prévia anuência da Prefeitura Municipal, a barraca deve ser
desmontada, independentemente de notificação, não cabendo ao proprietário direito a
qualquer indenização por parte da municipalidade, nem esta qualquer responsabilidade
por danos advindos do desmonte.

Art. 268. A Prefeitura Municipal pode autorizar o estacionamento de caminhões


destinados à venda de frutas, desde que seus responsáveis atendam às seguintes
condições:
I - permaneçam com seus caminhões estacionados no local, entre 8 e 18 horas;

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II - não façam exposições de mercadorias fora dos caminhões;
III - conservem limpos os logradouros públicos, mediante o recolhimento dos detritos
em vasilhames adequados.

Art. 269. Na infração de qualquer artigo desta seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO VI
DA FABRICAÇÃO, COMÉRCIO, TRANSPORTE, EMPREGO E DEPÓSITO
DE INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 270. No interesse público, a Prefeitura Municipal deve fiscalizar, supletivamente,


as atividades de fabricação, comércio, transporte, emprego e depósito de inflamáveis e
explosivos.

Art. 271. São considerados inflamáveis:


I - fósforo e materiais fosforados;
II - gasolina e demais derivados do petróleo;
III - éteres, alcoóis, aguardentes e óleos em geral;
IV - carburetos, o alcatrão e materiais betuminosos e líquidos;
V - toda e qualquer outra substância cujo ponto de inflamabilidade seja inferior a cento
e trinta e cinco graus centígrados (135ºC).

Art. 272. São considerados explosivos:


I - fogos de artifícios;
II - nitroglicerina, seus compostos e derivados;
III - pólvora e algodão-polvora;
IV - espoletas e estopins;
V - fulminados, cloratos, formiatos e congêneres;
VI - cartuchos de guerra, caça e mina.

Art. 273. É proibido:


I - fabricar explosivos sem prévia licença das autoridades federais competentes;
II - manter depósitos de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atendimento às
exigências legais quanto à construção, localização e segurança;
III - depositar ou conservar, nos logradouros públicos, mesmo provisoriamente,
inflamáveis e explosivos;
IV - queimar fogos de artifício, bombas, buscapés, morteiros ou outros fogos perigosos
nas ruas, praças, calçadas e praças de esportes ou em janelas e portas que se abram para
os logradouros;
V - soltar balões;
VI - fazer fogueiras nos logradouros públicos, sem prévia autorização da Prefeitura
Municipal.
§ 1º A proibição de que trata o inciso IV, deste artigo, pó dera ser suspensa em dias de
regozijo público ou festividades religiosas de caráter tradicional, comícios e recepções
políticas, situações nas quais a Prefeitura estabelece as exigências necessárias à
segurança pública.

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§ 2º Aos varejistas é permitido conservar, em cômodos apropriados, em seus armazéns
ou lojas a quantidade fixada pela Prefeitura na respectiva licença, de material inflamável
ou explosivo, a qual a Prefeitura, após a emissão da licença, encaminhará ao órgão
competente, não podendo também ultrapassar a venda pagável de 20 (vinte) dias.
§ 3º Os fogueteiros e exploradores de pedreiras poderão manter depósito de explosivos
correspondentes ao consumo de 30 (trinta) dias, desde que os depósitos estejam
localizados a uma distância mínima de 250,00 m (duzentos e cinqüenta metros) da
habitação mais próxima e a 150,00 m (cento e cinqüenta metros) das ruas ou estradas.
Se as distâncias a que se refere este parágrafo forem superiores a 500,00 m (quinhentos
metros), será permitido o depósito de maior quantidade de explosivos, devidamente
inspecionados pela Prefeitura.

Art. 274. Os depósitos de explosivos e inflamáveis só serão construídos em áreas


especialmente designadas para este fim com licenciamento da Prefeitura.
§ 1º Os depósitos serão dotados de instalação para combate ao fogo e de extintores de
incêndio portáteis, em quantidade e disposição convenientes.
§ 2º Todas as dependências e anexos dos depósitos de explosivos ou inflamáveis serão
construídos de material incombustível, admitindo-se o emprego de outro material
apenas nos caibros, ripas e esquadrias.

Art. 275. Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as devidas
precauções.
§ 1º Não poderão ser transportados simultaneamente, no mesmo veículo, explosivos e
inflamáveis.
§ 2º Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderão conduzir
outras pessoas além do motorista e dos ajudantes.

Art. 276. É expressamente proibido:


I - Queimar fogos de artifícios, bombas, buscapés, morteiros e outros fogos perigosos,
nos logradouros públicos ou portas e janelas, para evitarem perigos a esses logradouros;
II - Soltar balões em toda extensão do Município;
III - Fazer fogueira nos logradouros públicos, sem prévia autorização da Prefeitura;
IV - Utilizar armas de fogo dentro do Município, salvo aqueles que tiverem autorização
dada por órgão competente;
§ 1º A proibição de que tratam os itens I, II e III poderá ser suspensa mediante licença
da Prefeitura, em dias de regozijo público ou festividades religiosas de caráter
tradicional.
§ 2º Os casos previstos no parágrafo 1º serão regulamentados pela Prefeitura, que
poderá, inclusive, estabelecer para cada caso, as exigências que julgar necessárias ao
interesse da segurança pública.

Art. 277. A instalação de postos de abastecimento de veículos, bombas de gasolina e


depósitos de outros inflamáveis ficam sujeitos à licença especial da Prefeitura.
§ 1º A Prefeitura poderá negar a licença se reconhecer que a instalação de depósito ou
da bomba irá prejudicar, de algum modo, a segurança pública.
§ 2º A Prefeitura poderá estabelecer, para cada caso, as exigências que julgar
necessárias ao interesse da segurança.

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Art. 278. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente, além da responsabilidade civil ou criminal do infrator, se for o caso.

CAPÍTULO VII
DOS LOCAIS DE CULTO

Art. 279. As igrejas, templos ou casas de culto franqueados ao público devem ser
conservados limpos, iluminados e arejados.

Art. 280. As igrejas, templos e casas de culto não podem, com suas cerimônias,
cânticos e palmas funcionar após as 22 horas, com exceção das datas festivas.

Art. 281. As igrejas, templos e casas de culto não podem perturbar a vizinhança com
barulho excessivo que de alguma forma dificulte o desenvolvimento das atividades
normais, inclusive no período diurno.

Art. 282. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO VIII
DA PUBLICIDADE EM GERAL

Art. 283. A exploração dos meios de publicidade nos logradouros públicos, bem como
nos lugares de acesso comum, depende de prévia licença da Prefeitura Municipal,
sujeitando-se o interessado ao pagamento da respectiva taxa.
§ 1º Incluem-se, na obrigatoriedade deste artigo, os anúncios que, embora apostos em
terrenos próprios de domínio privado forem visíveis ao público.
§ 2º Incluem-se, ainda, na obrigatoriedade deste artigo, a propaganda falada, em lugares
públicos, feita por meio de amplificadores de voz, alto-falante e propagandistas, assim
como por sinetas ambulantes.

Art. 284. A propaganda ou publicidade em edifícios ou em zonas especiais de proteção


é disciplinada pela legislação específica.

Art. 285. São meios de publicidade as indicações por "outdoors", inscrições, letreiros,
tabuletas, dísticos, emblemas, programas, quadros, legendas, painéis, placas, faixas,
anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por qualquer modo, processo ou
engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em paredes, muros, tapumes,
calçadas, fachadas, estruturas portantes, metálicas ou não.

Art. 286. A licença de publicidade ou propaganda deve ser requerida ao órgão


municipal competente, instruído o pedido com a apresentação dos seguintes
documentos:
I - requerimento padrão, onde conste:
a) nome e C.N.P.J. da empresa;
b) número da inscrição municipal;

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c) indicação dos locais em que serão colocados, pintados ou distribuídos;
d) especificação da publicidade;
e) número de cadastro imobiliário do imóvel, no qual será instalado o leiteiro ou
anúncio;
f) assinatura do representante legal.
II - documentação comprobatória de propriedade, contrato de locação ou permissão de
uso do imóvel onde será instalada a publicidade;
III - projeto de instalação contendo:
a) especificação dos materiais a ser empregado;
b) dimensões;
c) altura em relação ao nível do passeio;
d) disposição em relação à fachada, ou ao terreno;
e) comprimento da fachada do estabelecimento, ou da testada do terreno;
f) sistema de fixação; e
g) sistema de iluminação, quando houver.
IV - termo de responsabilidade técnica ou ART - Anotação de Responsabilidade
Técnica, quando for o caso, quanto à segurança da instalação e fixação, assinado pela
empresa fabricante instaladora e pelo proprietário da publicação.
Parágrafo único. Em se tratando de painel luminoso ou similar, além dos documentos
elencados no caput deste artigo deverão ser apresentados:
I) projeto do equipamento composto de planta de situação, vistas frontal e lateral com
indicação das dimensões e condições necessárias para sua instalação; e
II) "lay-out" da área do entorno.

Art. 287. É permitida a realização de propagandas indicativas de atividade desenvolvida


no local, desde que sejam:
I - afixadas na frente de lojas ou sobrelojas de edifícios comerciais, na frente de
edificações destinadas ao uso institucional, de prestação de serviços ou industriais,
devendo ser dispostas de forma a não interromperem linhas acentuadas pela alvenaria
ou pelo revestimento, nem cobrirem placas de numeração, nomenclaturas e outras
indicações oficiais de logradouros;
II - colocadas de forma a não produzirem reflexos luminosos diretos nos vãos dos
pavimentos superiores do edifício, em se tratando de anúncios de iluminação fixa em
edifício de utilização mista;
III - dispostas perpendicularmente ou com inclinação sobre fachadas do edifício ou
paramento de muros situados no alinhamento dos logradouros, desde que não fiquem
instaladas no pavimento térreo sob marquise, nem possuam balanço que exceda a 1,50
m (um metro e cinqüenta centímetros), quando colocadas acima do primeiro pavimento;
IV - posicionadas na frente de edifícios comerciais, inclusive em muretas que fechem
balcões e sacadas, desde que não resultem em prejuízo da estética da fachada e do
logradouro;
V - posicionadas na frente de lojas ou sobrelojas de galerias internas, constituindo
saliência com altura não inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros), não
devendo o balanço exceder a 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
VI - posicionadas na frente de lojas e sobrelojas sobre os passeios dos logradouros
públicos, sem marquise, em altura não inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta
centímetros), não devendo o balanço exceder a 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

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Art. 288. As placas com letreiros poderão ser utilizadas, quando confeccionadas em
metal, vidro, plásticos, acrílico ou material adequado, nos seguintes casos:
I - para identificação de profissional liberal, nas respectivas residências, escritórios e
consultórios, mencionando apenas o nome do profissional, a profissão ou especialização
e o horário de atendimento, com dimensões máximas de 0,60 x 0,60m (sessenta
centímetros por sessenta centímetros);
II - para indicação de profissionais responsáveis por projeto e execução de obra, com
seus nomes, endereços, número de registros no Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura-CREA, número de obra, nas dimensões exigidas pela legislação vigente e
colocadas em local visível, sem ocasionar perigo aos transeuntes.

Art. 289. As decorações especiais de fachadas de estabelecimentos comerciais podem


ser feitas por ocasião de comemorações cívicas e festividades tradicionais, desde que
não constem nas mesmas quaisquer referências comerciais, salvo a denominação do
estabelecimento, a juízo da Prefeitura Municipal.

Art. 290. É vedada a colocação de quaisquer meios de publicidade:


I - sobre as marquises, avançando sobre o espaço da pista de rolamento das vias;
II - quando excederem a duas formas de publicidade para o mesmo estabelecimento, em
seu local de funcionamento;
III - quando prejudicarem:
a) as fachadas de edificações;
b) os aspectos da paisagem urbana;
c) a visualização de edificações de uso público, bem como de edificações consideradas
patrimônio arquitetônico, artístico ou cultural do município, qualquer que seja o ponto
tomado como referência;
d) os panoramas naturais.
IV - nas praças, nas calçadas e nos muros públicos, ou qualquer outro mobiliário
urbano, exceto quando estiverem vinculados a placas de identificação de logradouros ou
similar de interesse público;
V - nos muros, muralhas e grades externas de parques e jardins públicos, bem como nos
balaústres das pontes e pontilhões e outros equipamentos urbanos;
VI - em arborização, posteamento público, abrigos instalados nos pontos de táxi ou de
passageiros de transportes coletivos;
VII - meios-fios, leitos de ruas, em quaisquer obras públicas;
VIII - em qualquer parte de cemitérios, templos religiosos, estabelecimentos de ensino,
bibliotecas, hospitais, casas de saúde, maternidades, sanatórios e edifícios públicos;
IX - nos bancos dos logradouros públicos;
X - quando prejudicarem a passagem de pedestres e a visibilidade dos veículos;
XI - quando obstruírem ou reduzirem o vão das portas, janelas e respectivas bandeiras;
XII - quando, pela sua natureza, provocarem aglomerações prejudiciais ao trânsito;
XIII - que contenham dizeres ou indicações desfavoráveis a indivíduos, crenças e
instituições;
XIV - que contenham incorreções de linguagem.

Art. 291. São vedados os anúncios:


I - confeccionados em material que não ofereçam segurança, exceto os que forem para
uso no interior dos estabelecimentos; para a distribuição a domicílio, ou para afixação

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nos locais indicados pela Prefeitura Municipal;
II - aderentes, colocados nas fachadas dos prédios, paredes e muros, salvo licença da
Prefeitura Municipal, ou nos locais indicados pela mesma para tal,
III - colocados ao ar livre, com base em espelhos;
IV - afixados nas faixas que atravessam a via publica, salvo licença da Prefeitura
Municipal;
V - em placas colocadas sobre os passeios públicos.

Art. 292. Os anúncios luminosos devem ser colocados a uma altura mínima de 2,50 m
(dois metros e meio) do nível do passeio.

Art. 293. Toda e qualquer entidade que fizer uso de faixa e painéis afixados em locais
públicos deve removê-los até 72 (setenta e duas) horas após o encerramento dos atos
que ensejam o uso de tais faixas.

Art. 294. É facultativa às diversões, teatros, cinemas e outros, a colocação de cartazes


de programas e de cartazes artísticos na sua parte externa, desde que colocados em lugar
próprio e se referirem às diversões por ela exploradas.

Art. 295. Considera-se "outdoor", para efeitos deste Código, todo painel publicitário
fixo, construído em material rígido, destinado à colagem de folhas que, após montadas,
constituem-se em um cartaz.

Art. 296. É vedada a instalação de "outdoors" na área central da cidade, inclusive em


terrenos particulares, exceto em caráter temporário, a critério da Prefeitura Municipal.

Art. 297. A instalação de "outdoor", placas e painéis não diretamente relacionados com
o local onde funciona a atividade deve ser feita de acordo com os seguintes critérios:
I - um conjunto de painéis deve ter, no máximo, 3 (três) unidades;
II - cada conjunto deve manter, em relação a qualquer outro conjunto ou engenho, uma
distância mínima de 50 m (cinqüenta metros);
III - a área máxima de um quadro ou painel é de 24,00m² (vinte e quatro metros
quadrados);
IV - o comprimento máximo de um quadro ou painel é de 08 m (oito metros);
V - é proibida a instalação de painéis superpostos;
VI - é proibida a instalação de painéis em pontos que prejudiquem a sinalização de
trânsito ou que desviem a atenção dos condutores de veículos; e
VII - é proibido o corte de árvores para implantação de painéis de publicidades.
§ 1º Cada conjunto, de um a quatro painéis, deve ser objeto de uma licença.
§ 2º Um quadro com duas faces de exposição é considerado como dois quadros, para
fins de licenciamento e tributação.
§ 3º Os terrenos com engenhos devem ser mantidos limpos e drenados pelas empresas
de publicidade licenciadas, sob pena de cassação da respectiva licença.

Art. 298. Os "outdoors", placas e painéis encontrados em desacordo com o que


determina o artigo anterior devem ser transferidos para outro local por seus
proprietários, de acordo com determinação da Prefeitura Municipal.
§ 1º A Prefeitura Municipal deve notificar o proprietário, concedendo um prazo de, até,

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trinta dias úteis para a remoção do material.
§ 2º Não sendo cumprida a determinação do parágrafo anterior, o material deve ser
retirado e apreendido pela Prefeitura Municipal, ficando seus proprietários sujeitos às
sanções cabíveis e ao pagamento do custo dos serviços feitos pela Prefeitura, acrescido
de vinte por cento, a título de administração.

Art. 299. Os "outdoors", placas e painéis devem receber um número de cadastramento e


a plaqueta de identificação da firma que os explora, quando for o caso.

Art. 300. Os dispositivos de publicidade devem ser conservados em boas condições,


renovados ou consertados sempre que tais providências sejam necessárias ao bom
aspecto e segurança dos mesmos.

Art. 301. Havendo a destruição total ou parcial do equipamento em razão de mau


tempo, sinistro ou ato praticado por terceiros, ficam os seus proprietários obrigados a
reconstituir a parte estragada, substituir o equipamento ou retirar o material no prazo de
48 (quarenta e oito) horas após o ocorrido.

Art. 302. As modificações de dizeres, bem como da localização de anúncios e letreiros


estão sujeitos à emissão de nova licença.
§ 1º Fica dispensada a exigência contida no caput deste artigo, quanto à modificação de
dizeres, quando se tratar de anúncio, que por suas características apresente
periodicamente alterações de mensagem, tais como "outdoor", painel eletrônico ou
similar.
§ 2º As empresas de publicidade ficam obrigadas a manter os equipamentos de
veiculação de publicidade, "outdoors", painéis eletrônicos ou similares, em bom estado
de conservação, devendo mantê-los sempre com boa estética visual.
§ 3º Para preservar a boa estética visual, os "outdoors" não devem ser mantidos com
papeis soltos ou rasgados.

Art. 303. Toda e qualquer propaganda com publicidade deve oferecer condições de
segurança ao público, bem como observar as características e funções definidas no
projeto arquitetônico de construção aprovadas pela Prefeitura Municipal, de forma que
não as prejudiquem.

Art. 304. Cessadas as atividades do anunciante ou a finalidade da propaganda ou


publicidade, como estabelecido na licença da Prefeitura Municipal, deve ser retirado,
pelo anunciante, todo e qualquer material referente à propaganda ou publicidade no
prazo de dez dias da data do encerramento.
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto no "caput" deste artigo implicará na
retirada do material por parte da Prefeitura Municipal, o qual será devolvido ao
proprietário apôs pagamento das multas devidas, assim como das despesas efetuadas,
acrescidas em 20% (vinte por cento).

Art. 305. No caso de anúncios, propagandas, letreiros e publicidades já existentes e em


desacordo com este Código, a Prefeitura Municipal deve fazer a notificação necessária,
determinando o prazo para retirada, reparação, limpeza ou regularização.
Parágrafo único. Expirado o prazo estipulado na notificação, a Prefeitura deve

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executar os serviços necessários, cobrando dos responsáveis as despesas efetuadas
acrescidas de 20% (vinte por cento), sem prejuízo das multas devidas.

Art. 306. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO IX
DOS ELEVADORES

Art. 307. Os elevadores não dotados de comando automático, instalados em hotéis,


edifícios de escritórios, consultórios ou de uso misto, devem funcionar
permanentemente com ascensoristas treinados.
Parágrafo único - É exigido do ascensorista não transportar passageiros em número
superior à lotação e não abandonar o elevador sem entregá-lo a outro ascensorista que o
substitua.

Art. 308. O proprietário ou responsável pelo edifício que já tenha "habite-se" deve
comunicar, anualmente, à Prefeitura Municipal, até o dia 31 de dezembro, o nome da
empresa encarregada da conservação dos elevadores e apresentar o certificado de
comprovação da inspeção.
§ 1º A empresa conservadora deve comunicar, por escrito, à Prefeitura Municipal a
recusa do proprietário ou responsável em providenciar reparos necessários à correção de
irregularidades e defeitos na instalação que comprometam sua segurança.
§ 2º Sempre que houver substituição de empresa conservadora, a nova empresa
responsável deve comunicar tal ocorrência à Prefeitura Municipal, no prazo de 10 (dez)
dias.
§ 3º Os elevadores em precárias condições de segurança devem ser interditados até que
sejam reparados.

Art. 309. É vedado fumar ou conduzir, em elevador, cigarros ou assemelhados acesos,


devendo tal proibição estar escrita em local visível.

Art. 310. Somente é permitido o uso de elevadores de passageiros para o transporte de


cargas, uniformemente distribuídas e compatíveis com a sua capacidade, antes das 7h
30m, e após as 20 horas, ressalvados os casos de urgência, a critério da administração
do edifício.

Art. 311. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

TÍTULO VI
DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO, DA INDÚSTRIA E DE
PRESTADORES DE SERVIÇOS
CAPÍTULO I
DO LICENCIAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS

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SEÇÃO I
DA LICENÇA DE LOCALIZAÇÃO

Art. 312. Nenhum estabelecimento comercial, industrial ou prestador de serviço pode


funcionar sem a prévia licença de localização, concedida pela Prefeitura Municipal,
quando observadas as disposições deste Código e demais normas legais e
regulamentares pertinentes e efetuado o pagamento dos tributos devidos.
Parágrafo único. Estabelecimentos onde se exerçam atividades sem a devida licença
devem ser fechados.

Art. 313. A licença de localização é concedida pela Prefeitura Municipal quando da


abertura da empresa, da mudança de endereço e, também, quando da mudança do ramo
de atividade.

Art. 314. O requerimento para concessão do alvará de localização deve, quando não
obedecer a modelos padronizados pela Prefeitura Municipal, especificar com clareza:
I - o nome ou razão social da firma;
II - o ramo do comércio ou da indústria, ou tipo de serviço a ser prestado;
III - o local onde o requerente pretende exercer a atividade.

Art. 315. O alvará de localização poderá ser cassado:


I - quando for instalado negócio diferente do requerido;
II - como medida preventiva a bem da higiene, da moral, do sossego e da segurança
publica;
III - por solicitação de autoridade competente, provados os motivos que a fundamentam;
Parágrafo único. Cassado o alvará, o estabelecimento deve ser imediatamente fechado.

Art. 316. Para efeito de fiscalização, o proprietário do estabelecimento deve colocar o


alvará em local visível e o exibi-lo à autoridade competente sempre que esta o exigir.

Art. 317. O exercício do comércio ambulante e as atividades dos feirantes dependem


sempre de licença especial, que deve ser concedida de conformidade com as normas
pertinentes.
Parágrafo único. Para efeito de fiscalização, o licenciado deve colocar o alvará em
local visível e o exibi-lo à autoridade competente sempre que esta o exigir.

Art. 318. É vedado aos feirantes e vendedores ambulantes:


I - estacionar nas vias públicas e em outros logradouros fora dos locais previamente
determinados pela Prefeitura Municipal;
II - impedir ou dificultar o trânsito nos logradouros públicos.

Art. 319. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

SEÇÃO II
DA LICENÇA DE FUNCIONAMENTO

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Art. 320. Para ser concedida licença de funcionamento, a edificação e as instalações de
todo e qualquer estabelecimento comercial, industrial ou prestador de serviço devem ser
previamente vistoriadas pelos órgãos competentes, especialmente quanto às condições
de higiene e segurança, qualquer que seja o ramo de atividade a que se destinam.

Art. 321. A licença para o funcionamento de vagões de lanches, açougues, padarias,


confeitarias, bares, restaurantes, hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres
será sempre precedida de exame no local e de aprovação da autoridade sanitária
competente.
Parágrafo único. A licença para o funcionamento de hotéis, pensões, casas de
diversões e congêneres depende, ainda, da apresentação de alvará fornecido pela
autoridade policial competente.

Art. 322. O alvará de funcionamento deve ser concedido sempre por prazo
determinado, devendo ser renovado anualmente, sob pena de interdição do
estabelecimento, além da cobrança das multas devidas.

SEÇÃO III
DOS DEPÓSITOS DE FERROS-VELHOS

Art. 323. Somente é permitida a instalação de estabelecimentos destinados a depósito,


compra ou venda de ferros-velhos, fora do centro da cidade.
Parágrafo único. A concessão de licença de funcionamento está condicionada a que o
terreno seja cercado por muros de alvenaria ou concreto, com altura mínima de 2,50m
(dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 324. Nos depósitos, as peças devem estar devidamente organizadas, a fim de que
não se prolifere a ação de insetos e roedores.

Art. 325. É vedado aos estabelecimentos destinados a depósito, compra ou venda de


ferros-velhos:
I - expor material nos passeios, bem como afixá-los nos muros e paredes;
II - permitir a permanência, nas vias publicas, de veículos destinados ao comércio de
ferro-velho.

Art. 326. Se for constatada alguma irregularidade na instalação dos depósitos referidos
no artigo anterior, os infratores serão notificados para procederem aos reparos
apontados, no prazo de 15 dias.

SEÇÃO IV
DA AFERIÇÃO DOS APARELHOS

Art. 327. Os estabelecimentos comerciais ou industriais são obrigados, antes do início


de suas atividades, a submeter à aferição os aparelhos ou instrumentos de medida,
utilizados em suas transações comerciais, de acordo com as normas estabelecidas pelo
INMETRO.

CAPÍTULO II

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DA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS E OLARIAS E DA EXTRAÇÃO DE
AREIAS

Art. 328. As atividades relativas à exploração de pedreiras e olarias e a extração de


areias dependerão de autorização para localização e funcionamento, expedida pelo
órgão próprio da Prefeitura, observada a legislação pertinente.
§ 1° As informações e documentos que deverão instruir os pedidos de autorização serão
estabelecidos pelo órgão municipal competente.
§ 2° A autorização de que trata este artigo é intransferível e temporária, não podendo
exceder a um ano.
§ 3° A renovação da autorização dependerá de novo requerimento endereçado ao órgão
municipal competente, que estabelecerá as exigências a serem cumpridas.

Art. 329. Não serão concedidas autorizações para localização e exploração de pedreiras
ou a extração de areias situadas nas proximidades de edificações ou de passagens de
veículos ou pedestres, de modo a preservar a segurança e a estabilidade dos imóveis e a
integridade física das pessoas.
§ 1° Também não serão concedidas autorizações para extração de areias nos seguintes
casos:
a) quando situadas a menos de 200,00 m (duzentos metros) a montante e a menos de
100,00 m (cem metros) a jusante de pontes;
b) quando houver comprometimento do leito ou das margens dos cursos d'água;
c) quando possibilitar a formação de lodaçais ou causar a estagnação das águas;
d) quando oferecer perigo à estabilidade de pontes, pontilhões, muralhas ou de qualquer
obra construída sobre o leito ou às margens dos cursos d'água;
e) quando o curso d’água for poluído em grau que possa comprometer a saúde das
pessoas.
§ 2° A qualquer tempo, o órgão municipal competente pode determinar ao interessado a
execução dos serviços ou obras necessárias à melhoria das condições de segurança de
pessoas e coisas.

Art. 330. É condição indispensável para a concessão da autorização para funcionamento


que o interessado se comprometa a evitar, no transporte dos materiais, o derrame de
parte deles nas vias públicas, assim como a remover os detritos quando, eventualmente,
não funcionarem as medidas de prevenção obrigatoriamente adotadas.

Art. 331. Nos barreiros e nas pedreiras, quando as escavações facilitarem a formação de
depósito de água, o proprietário será obrigado a realizar obras de escoamento, de modo
a manter drenado o local.

CAPÍTULO III
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Art. 332. Cabe exclusivamente ao Executivo Municipal, a determinação dos horários de


funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, observados
os preceitos da legislação federal que regula a duração do contrato e as condições de
trabalho.
Parágrafo único. O funcionamento do comércio, indústria e serviços de Paço do

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Lumiar poderá ser definido através de acordo e convenção coletiva de trabalho,
devidamente homologados por ato do Executivo.

Art. 333. Mediante ato especial, o Prefeito Municipal pode limitar o horário de
funcionamento dos estabelecimentos quando:
I - homologar convenção feita pelos estabelecimentos que acordarem em horário
especial para seu funcionamento, desde que esta convenção seja adotada, no mínimo,
por três quartas partes dos estabelecimentos atingidos;
II - atender às requisições legais e justificativas das autoridades competentes sobre
estabelecimentos que perturbem o sossego ou ofendam o decoro público, ou reincidam
nas infrações da legislação do trabalho.
§ 1º Homologada a convenção de que trata o inciso I deste artigo, os estabelecimentos
nela compreendidos são obrigados a cumprir seus dispositivos.
§ 2º No caso de prestadores de serviços de bares, restaurantes, churrascarias, traileres,
casas de shows e similares, terão suas atividades noturnas encerradas, de domingo a
quinta-feira, às 2h (duas horas), e na sexta-feira, no sábado e na véspera de um feriado,
funcionarão até às 3h (três horas).
§ 3º Os estabelecimentos previstos no parágrafo segundo não estarão sujeitos à
limitação no seu horário de funcionamento na véspera do dia de natal e do ano novo,
nem no período carnavalesco, este compreendido entre o sábado e a terça-feira de
carnaval.

Art. 334. As farmácias devem seguir o esquema de plantão nos dias úteis, sábados,
domingos e feriados, segundo escala fixada por decreto do executivo municipal,
consultados os proprietários de farmácia e drogarias locais.
§ 1º O plantão de farmácias e drogarias compreende o horário entre 7 horas do dia de
escala e 7 horas do dia seguinte, perfazendo o total de 24 horas de funcionamento.
§ 2º Quando fechadas, as farmácias devem afixar à porta uma placa com a identificação
dos estabelecimentos de plantão, constando o nome e o endereço dos mesmos.

Art. 335. Na ausência de dispositivo legal que fixe horários limites para funcionamento
de estabelecimentos, estes podem funcionar nos horários que lhes for convenientes,
respeitada a legislação federal que regula o assunto.

TÍTULO VII
DA PRESERVAÇÃO DA ESTÉTICA NOS EDIFÍCIOS
CAPÍTULO I
DOS TOLDOS

Art. 336. A instalação de toldos, à frente de lojas e de outros estabelecimentos


comerciais, será permitida desde que satisfaçam as seguintes condições:
I - não excederem a largura dos passeios e ficarem sujeitos ao balanço máximo de 2m
(dois metros);
II - não descerem quando instalados no pavimento térreo, os seus elementos
constitutivos, inclusive bambinelas, abaixo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros)
em cota referida ao nível do passeio;
III - não terem bambinelas de dimensões verticais superiores a 0,60m (sessenta
centímetros);

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IV - não prejudicarem a arborização e a iluminação pública nem ocultarem placas de
nomenclaturas de logradouros ou de sinalização de trânsito;
V - serem aparelhadas com ferragens e roldanas necessárias ao completo enrolamento
da peça junto à fachada;
VI - serem feitos de material de boa qualidade e convenientemente acabados.
§ 1º Será permitida a colocação de toldos metálicos, constituídos por placas e providos
de dispositivos reguladores de inclinação, com relação ao plano da fachada, dotados, de
movimento de contração e distensão, desde que satisfaçam as seguintes exigências:
I - o material utilizado deverá ser indeteriorável, não sendo permitida a utilização de
material quebrável ou estilhaçável;
II - o mecanismo de inclinação dando para o logradouro, deverá garantir perfeita
segurança e estabilidade ao toldo e não poderá permitir seja atingido o ponto abaixo da
cota de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), a contar do nível do passeio.

CAPÍTULO II
DOS MASTROS NAS FACHADAS DOS EDIFÍCIOS

Art. 337. A colocação de mastros nas fachadas será permitida sem prejuízo da estética
nos edifícios e da segurança dos transeuntes.
Parágrafo único. Os mastros que satisfizerem os requisitos do presente artigo, deverão
ser substituídos, removidos ou suprimidos.

Art. 338. Os mastros não poderão ser instalados a uma altura inferior a 2,20m (dois
metros e vinte centímetros), em cota referida ao nível do passeio.

CAPÍTULO III
DA CONSERVAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS

Art. 339. As reclamações de proprietário ou inquilino contra danos ocasionados por um


imóvel vizinho ou contra distúrbios causados por pessoas que nele habitam ou
trabalham somente serão atendidas pela Prefeitura na parte referente a aplicação dos
dispositivos deste Código.

Art. 340. Os proprietários de edifícios inacabados, com suas obras paralisadas há mais
de 60 (sessenta) dias, serão notificados a atender as exigências da Prefeitura, quanto à
segurança e incômodos à comunidade.
Parágrafo único. Para atender as exigências do presente artigo será feita a necessária
notificação.

Art. 341. Ao ser verificado perigo iminente de ruína a Prefeitura determinará a


desocupação urgente do edifício.

Art. 342. Para ser utilizado, qualquer edifício deverá satisfazer às exigências do Código
de Obras do Município e à lei de zoneamento, tendo em vista a sua destinação.

CAPÍTULO IV
DOS MUROS E CERCAS, DAS MURALHAS DE SUSTENTAÇÃO
E FECHOS DIVISÓRIOS EM GERAL

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Art. 343. Não será permitida a existência de terrenos não murados e sem passeio na
área urbana, desde que o trecho da rua onde se acham localizadas as frentes das quadras,
já tenham sido edificadas em 50% (cinqüenta por cento).
§ 1º As exigências do presente artigo são extensivas aos lotes situados em ruas dotadas
de guias e sarjetas e já pavimentadas, independentemente da existência de construções
na quadra.
§ 2º No caso de ruas não dotadas de guias e sarjetas, só será exigida a construção de
muro.
§ 3º Compete ao proprietário do imóvel à construção, reconstrução e conservação dos
muros e passeios.

Art. 344. São considerados como inexistentes os muros e passeios construídos ou


reconstruídos em desacordo com as especificações técnicas e regulamentares, bem
como os consertos feitos nas mesmas condições.
Parágrafo único. Só serão tolerados os consertos de passeios quando a área em mau
estado não exceder a 1/5 (um quinto) da área total, caso contrário, será considerado em
ruína devendo, obrigatoriamente, ser reconstruído.

Art. 345. O tipo dos passeios e muros e as especificações que devam ser obedecidas nos
terrenos será determinado por decreto do Executivo.
§ 1º Os passeios não poderão ser feitos de material liso ou derrapante.
§ 2º No caso de serem os passeios feitos de argamassa de cimento, deverão apresentar a
superfície áspera e juntas de dilatação cada 2m (dois metros).
§ 3º Diante dos portões de acesso para veículos, não serão permitidos degraus ou
desníveis de qualquer espécie, salvo numa faixa longitudinal de até 0,60m (sessenta
centímetros) de largura, junto às guias rebaixadas.
§ 4º As canalizações para escoamento das águas pluviais e outras, passarão sob os
passeios.
§ 5º Os muros quando constituírem fechos de terrenos, não edificados, terão a altura
mínima de 1,80 (um metro e oitenta centímetros) e máxima de 2,50m (dois metros e
cinqüenta centímetros).

Art. 346. Ficará a cargo da Prefeitura, a reconstrução ou consertos de muros ou passeios


afetados por alteração do nivelamento e das guias ou por estragos ocasionados pela
arborização das vias públicas.
§ 1º Competirá também à Prefeitura, o conserto necessário decorrente de modificação
do alinhamento das guias ou das ruas.
§ 2º A restauração de muros, passeios, lajes e revestimentos danificados para execução
ou consertos de coletores de esgoto sanitário ou ramais prediais de água potável, correrá
por conta do proprietário do prédio, quando os devidos serviços forem feitos para
beneficiá-lo diretamente. Caso contrário caberá ao SAAE a reposição.

Art. 347. No caso de obra executada por entidades públicas ou concessionárias de


serviços públicos, a reconstrução ou consertos ficarão a cargo das mesmas.

Art. 348. Os terrenos não construídos, situados em área da zona rural, poderão ser
fechados por meio de cerca de madeira, cerca de arame liso, tela ou cerca viva.

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§ 1º Quando as cercas não forem convenientemente conservadas, a Prefeitura exigirá a
sua restauração.
§ 2º No fechamento de terrenos não será permitido o emprego de plantas venenosas ou
que tenham espinhos.

Art. 349. A Prefeitura, por notificação pessoal ou por edital, notificará os proprietários
de terrenos não edificados a construir muro e passeio no prazo de 30 (trinta) dias e, se
não atendida a notificação, mandará executar os serviços por administração direta ou
indireta, cobrando o custo da obra acrescido de 80% (oitenta por cento) a título de taxa
de administração.

Art. 350. Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

TÍTULO VIII
DOS PARQUES, JARDINS E ESPAÇOS VERDES

Art. 351. Os parques, jardins e espaços verdes municipais são espaços públicos cuja
gestão é da competência dos órgãos municipais, cabendo a estes zelar pela sua proteção
e conservação.
Parágrafo único. A expansão dos espaços verdes surge como exigência natural do
direito a uma melhor qualidade de vida e tendo como principal objetivo o equilíbrio
ecológico das paisagens urbanas e a criação de zonas de lazer, recreio e áreas de
preservação permanente no Município.

CAPÍTULO I
DAS VEDAÇÕES NOS PARQUES, JARDINS E ESPAÇOS VERDES

Art. 352. Nos parques, jardins e espaços verdes municipais, é vedado:


I - confeccionar e consumir refeições, ou acampar, fora dos locais destinados a esse
efeito;
II - permanecer nas suas áreas após o seu horário de encerramento, sem a devida e
prévia autorização;
III - entrar e circular com qualquer tipo de veículo, salvo com prévia e expressa
autorização, permitida a entrada e circulação de viatura de serviço público, cadeiras de
rodas, carrinhos de bebê, triciclos, bicicletas e carrinhos infantis, desde que não proibido
por norma específica;
IV - passear com animais, salvo se devidamente açaimados e contidos por guias,
correntes ou trelas;
V - passear com qualquer animal em parques desportivos ou infantis;
VI - corte, colheita ou dano causado a flores e plantas em geral, bem como o corte ou
quebra de ramos de árvores e arbustos;
VII - uso dos lagos, chafarizes e fontes para banhos ou pesca, bem como lançar aos
mesmos quaisquer objetos, líquidos ou detritos;
VIII - praticar jogos organizados, fora dos locais, condições e horários previstos para
tal, sem obtenção de prévia e expressa autorização;

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IX - caçar, perturbar ou molestar os animais que vivam nos parques, jardins e espaços
verdes;
X - acender fogueiras de qualquer tipo;
XI - lançar águas poluídas ou provenientes de limpezas domésticas, ou ainda quaisquer
imundícies e detritos;
XII - apascentar gado bovino, ovino, caprino ou eqüino;
XIII - comercializar sem prévia e expressa autorização escrita e pagamento das taxas
previstas em lei;
XIV - permitir que os animais evacuem em quaisquer dessas zonas, sem que o
acompanhante apanhe o dejeto colocando-o em saco plástico e o deposite, de forma
salubre, em contentores previstos para este fim, admitindo-se a única exceção de cães-
guia de deficientes visuais;
XV - urinar ou defecar fora dos locais expressamente destinados a esse fim;
XVI - destruir ou danificar placas de sinalização, monumentos, estátuas, fontes,
esculturas, dispositivos de rega ou quaisquer tipos de mobiliário urbano existentes
nesses locais.
XVII – afixar cartazes, anúncios e cabos de fios nas árvores, sem autorização da
Prefeitura.
§1º O descumprimento de qualquer vedação prevista neste artigo sujeitará o infrator à
multa.
§2º Só poderão ter acesso ao interior dos parques acompanhados de seus animais os
proprietários que se identificarem junto à Direção dos mesmos, a fim de facilitar a
eventual aplicação de penalidade pelo descumprimento do disposto no inciso XV deste
artigo.

Art. 353. É proibida a utilização, nos parques, jardins e espaços verdes, de aparelhos de
som, exceto aqueles usados com fones de ouvido.
Parágrafo único. É requerida prévia e expressa autorização escrita, para o uso de som
ambiente no quadro de atividade cultural ou situação similar.

Art. 354. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO II
DA PROTEÇÃO A ÁRVORES E ARBUSTOS NOS PARQUES, JARDINS E
ESPAÇOS VERDES

Art. 355. Nas árvores e arbustos que se encontrem plantadas nos parques, jardins,
espaços verdes em geral, ruas, praças e outros espaços públicos, não é permitido:
I - subir para colher frutos, flores, ou para outro fim do qual possa resultar dano à
planta;
II - abater ou podar sem prévia orientação e permissão do Órgão Municipal competente;
III - destruir, danificar, cortar ou golpear os seus troncos ou raízes, bem como riscar ou
gravar nos mesmos;
IV - retirar ou danificar os tutores ou outras proteções das árvores;
V - varejar ou puxar seus ramos, sacudir ou cortar as suas folhas, frutos ou floração;

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VI - lançar-lhes pedras, paus ou outros objetos;
VII - despejar nos canteiros ou nas caldeiras das árvores e arbustos, quaisquer produtos
que lhes causem danos;
VIII - encostar, pregar, grampear ou pendurar quaisquer objetos ou dísticos em seus
ramos, troncos ou folhas, bem como fixar fios, escoras ou cordas, quaisquer que sejam
as suas finalidades, sem prévia e expressa autorização da autoridade competente.
Parágrafo único. O descumprimento de qualquer proibição prevista neste artigo
sujeitará o infrator à multa correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100%
(cem por cento) do salário mínimo vigente na região.

CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO

Art. 356. Compete aos funcionários municipais que desempenham a sua atividade nos
parques, jardins e espaços verdes municipais, sempre que presenciem a prática de uma
infração, efetuar as respectivas notificações.

TÍTULO IX
DOS CEMITÉRIOS PÚBLICOS E PARTICULARES

Art. 357. O Município poderá manter, direta ou indiretamente, cemitérios públicos ou


licenciar cemitérios particulares, na forma da lei, incumbindo-se sempre de sua
fiscalização.

Art. 358. Para os efeitos deste código, entende-se por locais de sepultamento:
I - mausoléu ou capela - lugar construído em alvenaria, destinado à inumação de
cadáveres com dimensões máximas externas de 3,00m X 3,00m;
II - sepultura - lugar construído em alvenaria, com 03 (três) compartimentos internos,
destinado a inumação de cadáveres, devendo ter as seguintes dimensões:
a) planta 0,80m X 2,10m de espaço interno mínimo e 1,10m X 2,50m de espaço externo
máximo;
b) altura máxima externa - 0,90m em relação ao nível do solo.
III - carneira - lugar para inumação individual de cadáveres, de uso temporário,
construído em alvenaria com fundo constituído por terreno natural ou não;
IV - carneira pública - lugar para inumação individual de cadáveres, de uso temporário,
construído em alvenaria com fundo constituído por terreno natural ou não, com
capacidade para até 03 (três) inumações;
V - gaveta ou catacumba - compartimento individual de alvenaria de uso temporário
destinado à inumação de cadáveres;
VI - cova rasa - lugar para inumação individual de cadáveres, no próprio solo sem
qualquer tipo de construção;
VII - ossário perpétuo - lugar construído em alvenaria, destinado a guarda de restos
mortais, devendo observar as seguintes dimensões:
a) em planta: 0,80m X 0,80m de espaço externo máximo;
b) altura máxima externa: 0,90m em relação ao nível do solo;

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VIII - ossário de aluguel - lugar no cemitério construído em alvenaria para uso
individual e temporário, destinado a guarda de restos mortais, podendo ser alugado pelo
período de 05 (cinco) anos renováveis por períodos iguais .
IX - nicho ou perpétuo - lugar no cemitério construído em alvenaria para uso individual
e perpétuo, destinado a guarda de restos mortais.
Parágrafo único. A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio
isolado, distante, no mínimo 20,00m (vinte metros) das habitações vizinhas e situadas
de maneira que o seu interior não seja devassado ou descortinado.

Art. 359. Na infração de qualquer artigo desta Seção, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO I
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Art. 360. Os cemitérios municipais funcionarão, diariamente, nos seguintes horários:


I - das 8:00h às 18:00h para visitação pública;
II – das 09:00h às 17:00h para execução de obras de quaisquer natureza.
Parágrafo único. O horário de funcionamento dos cemitérios poderá ser alterado por
Decreto do Prefeito.

Art. 361. Os sepultamentos, cerimônias religiosas, necrológicas e outras solenidades


fúnebres, realizar-se-ão, diariamente, das 9:00h às 17:00h, podendo o responsável pelo
serviço, em casos excepcionais, autorizar o prolongamento de tais solenidades até às
18:00h.

Art. 362. Os sepultamentos e solenidades a que se refere o artigo anterior, só serão


permitidos mediante autorização da administração do cemitério. Para tanto os
interessados, por si ou por procurador, deverão se apresentar munidos da guia de
sepultamento, se for o caso, e de outros documentos exigidos pela administração do
cemitério, impreterivelmente, até às 12:00h para sepultamento no mesmo dia e até às
18:00h para sepultamento no dia seguinte.

Art. 363. No período compreendido entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro são


vedados, nos cemitérios, a exumação de cadáveres bem como a execução de serviços de
construção, reformas e pinturas, exceto os de limpeza.
Parágrafo único. No período fixado neste artigo só se realizarão as exumações que
forem determinadas por autoridade policial, judiciária ou por ordem expressa do
Secretário competente.

CAPÍTULO II
DA CONCESSÃO DE USO E DA LOCAÇÃO

Art. 364. A concessão de uso ou a locação de áreas nos cemitérios públicos só pode ser
solicitada por pessoa física ou entidade religiosa junto à competente repartição
municipal, com o pagamento da taxa respectiva.

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Parágrafo único. Quando do requerimento, deverá ser apresentada, em anexo, a
documentação necessária para identificar o requerente.

Art. 365. O direito de uso dos locais de sepultamento será concedido pelo Secretário
Municipal ou por delegação deste, em caráter gratuito ou oneroso, perpétua ou
temporariamente.

Art. 366. As concessões perpétuas são feitas "intuito familae", podendo ser inumados
nas sepulturas, ossários, carneiros, mausoléus ou capelas todos os parentes dos titulares
do direito de uso e os cadáveres autorizados por qualquer um dos titulares, pagas as
respectivas taxas.

Art. 367. Os locais de sepultamento em cemitério público, bem como os direitos sobre
eles, inclusive a concessão, são insuscetíveis de alienação, seja por venda, doação,
transferência ou qualquer outra forma, salvo a sucessão mortis causa.
Parágrafo único. As benfeitorias feitas nas sepulturas terão sempre o caráter acessório,
impossibilitada a sua transferência isolada.

Art. 368. Inexistindo decisão judicial transitada em julgado, a transferência mortis


causa obedecerá o disposto na legislação civil, inclusive quanto à seguinte ordem de
sucessão:
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este
com o falecido no regime de comunhão universal, ou no da separação obrigatória de
bens, ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares;
II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III – ao cônjuge sobrevivente;
IV – aos colaterais.

Art. 369. A alteração quanto à titularidade, para efeitos administrativos, só deverá surtir
efeito após a confecção de termo de concessão que identifique o novo titular, que ao
requerê-lo juntará toda a documentação necessária para esclarecer o direito que lhe
assiste.

Art. 370. As sepulturas poderão ser temporárias ou perpétuas.

Art. 371. Para os fins previstos no artigo anterior, considera-se:


I - Concessão temporária: aquela firmada pelo prazo de 3 (três) anos, renováveis, uma
vez, por igual período;
II - Concessão perpétua: aquela firmada por prazo indeterminado.
§ 1º É condição de renovação da concessão temporária a boa conservação da sepultura
pelo concessionário.
§ 2º Encerrando o prazo inicial da concessão temporária de uso sobre a sepultura ou
carneiro, a Administração Pública conferirá prazo de, no máximo, 30 (dias) dias para
que o concessionário manifeste interesse em renovar o contrato de concessão.
§ 3º Em não havendo renovação da concessão, as sepulturas ou carneiros serão abertos e
os restos mortais existentes incinerados ou removidos para o ossário, devidamente
identificados.

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§ 4º Os carentes serão colocados em sepulturas ou carneiros gratuitos pelo prazo de 3
(três) anos, não se admitindo prorrogação ou perpetuação.

Art. 372. A concessão de uso temporário se dará quanto às áreas destinadas a:


I – gaveta ou catacumba;
II - cova rasa;
III - carneira;
IV - carneira pública;
V – ossário de aluguel.
§ 1º O cadáver permanecerá nos locais indicados nos incisos I a IV pelo prazo máximo
de 03 (três) anos, e no local indicado pelo inciso V pelo prazo de 05 (cinco) anos,
renovável.
§ 2º O prazo de 3 (três) anos previsto no parágrafo anterior somente será prorrogável em
até mais 18 (dezoito) meses, caso se verifique que o cadáver não está completamente
desfeito, situação a ser definida pelo Administrador do Cemitério e informada ao
Diretor responsável, mediante documento próprio.
§ 3º Findo o prazo de permanência, proceder-se-á a exumação dos restos mortais,
mediante solicitação da família.
§ 4º Em caso de não comparecimento da família e com antecedência mínima de 3 (três)
dias do fim do prazo de permanência, deverá a Administração Pública solicitar o
comparecimento do parente mais próximo, mediante edital, para fins de proceder à
exumação dos restos mortais.
§5º Não comparecendo o parente mais próximo, em até quarenta e oito horas após o fim
do prazo de permanência, a exumação será realizada exofficio mediante determinação
do Administrador do Cemitério, destinando-se os restos ao ossário geral.

Art. 373. A Administração poderá, a qualquer tempo, revogar a concessão de uso da


sepultura ou carneiro, tanto a temporária quanto a perpétua, desde que fundamentada em
razões de relevante interesse público, devendo indenizar os valores pagos pela
concessão, desde que devidamente comprovada a titularidade do direito.
Parágrafo único. No caso de revogação da concessão da sepultura ou carneiro, a
Administração Pública concederá prazo de 90 (noventa) dias para a transladação dos
restos mortais para outro local, sob pena de incineração dos mesmos ou remoção para
ossário.

Art. 374. Não será feito sepultamento sem a Certidão de Óbito fornecida pelo Oficial do
Registro Civil do local do falecimento.
Parágrafo único. Na impossibilidade de o registro de óbito ser feito antes do
sepultamento, pela distância ou outro motivo relevante, nos termos em que autorizado
pelo artigo 78 da Lei Federal n.º 6015/73, esse será feito mediante a apresentação da
Declaração de Óbito devidamente assinada, ficando o familiar obrigado a, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias a contar do óbito, apresentá-la à Administração do
cemitério, sob pena do pagamento de multa.

Art. 375. É expressamente proibida a exumação antes de decorridos os prazos fixados


nos parágrafos anteriores, salvo as hipóteses legais.

Art. 376. Na infração de qualquer artigo desta seção, será imposta a multa

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correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES DO CONCESSIONÁRIO

Art. 377. O concessionário se responsabilizará pela conservação do local submetido ao


seu uso e pela autorização de qualquer inumação a ser ali realizada, que só poderá se
concretizar mediante apresentação da respectiva guia de sepultamento.
§1º Em se tratando de inumação de um ou mais membros do corpo humano, não se
exigirá a guia de sepultamento, e sim, declaração de sepultamento parcial.
§2º Nas exumações, quando se tratar de concessão de uso perpétuo, além da autorização
do titular, deverá haver a anuência formal do cônjuge ou companheiro de união estável
ou do parente mais próximo do falecido.
§3º Na ausência de pessoa que possa anuir, nos termos do parágrafo anterior, o titular
autorizará a exumação, ficando os restos mortais depositados no local.
§4º Para fins de inumação e exumação poderá o concessionário indicar um
representante especificamente constituído para este fim.
§5º O descumprimento quanto à conservação acarretará no que couber, o procedimento
previsto no artigo 318 deste Código.

Art. 378. Toda obra incidente sobre área concedida em cemitério público só poderá ser
realizada mediante autorização conferida pela autoridade competente, que estipulará o
prazo de sua conclusão.
§1º A obra realizada será considerada benfeitoria, inadmitida qualquer forma de
indenização por parte do Município.
§2º O disposto no parágrafo anterior será considerado implícito em todo termo de
concessão de uso.
§3º O concessionário deverá concluir a obra no prazo estipulado, podendo solicitar
prorrogação à autoridade competente.

Art. 379. A Administração Pública poderá padronizar as novas construções no interior


dos cemitérios municipais.

CAPÍTULO IV
DA CONSERVAÇÃO E OBRAS

Art. 380. Os titulares do direito de uso dos locais de sepultamento, vazios ou não, são
obrigados a mantê-los limpos, conservados e numerados
Parágrafo único. A limpeza deve ser feita de modo a não prejudicar os locais de
sepultamento contíguos sendo vedada a baldeação e o uso exagerado d'água.

Art. 381. É facultado aos titulares do direito de uso dos locais de sepultamento a
contratação de terceiros para construção e conservação dos jazigos. A execução do
serviço só será permitida, entretanto, se os encarregados da construção, limpeza e
conservação se acharem devidamente registrados e licenciados pelo Município.
Parágrafo único. Para registro e autorização, serão necessários apenas os seguintes
documentos:

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I - nome completo;
II - número da identidade e do CPF;
III - endereço completo;
IV - termo de responsabilidade.

Art. 382. O concessionário será solidariamente responsável pelos danos causados a


terceiros por obras realizadas no interior dos cemitérios municipais por profissionais por
ele contratados.
§1º O Município poderá exigir a indenização prevista neste artigo e executar por si
mesmo a reparação do dano, na qualidade de gestor de negócios.
§2º O disposto neste artigo será considerado implícito em todo termo de concessão de
uso.

Art. 383. A Administração dos cemitérios poderá retirar de qualquer local de


sepultamento os ornamentos com má apresentação.
Parágrafo único. É proibido ao concessionário depositar em qualquer local do
cemitério municipal recipientes que possam armazenar água ou que, de qualquer
maneira, provoquem ou possam provocar proliferação de insetos ou outros animais
indesejáveis.

Art. 384. Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do salário
mínimo vigente.

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PENALIDADES

Art. 385. O administrador do cemitério promoverá vistorias mensais, especialmente


para verificar:
I - a regularidade de obras concluídas ou em curso;
II - a conservação das sepulturas.
§1º Será enviada ao Secretário competente a relação completa dos locais de uso
concedido que se encontrem abandonados ou em mau estado de conservação.
§2º De posse da relação, o Secretário fará publicar edital intimando os titulares a fazer a
obra necessária, fixando prazo para a conclusão da mesma.

Art. 386. Constatado em averiguações mensais o contínuo abandono de um mesmo


local de uso por um prazo superior a 12 (doze) meses, conforme anotações em ficha,
caberá ao Diretor responsável solicitar o comparecimento de qualquer dos titulares,
mediante edital.
§ 1º Entende-se por contínuo abandono a situação constante de má conservação do
local, no qual a degradação física traga dificuldades para o uso próprio ou das sepulturas
contíguas.
§ 2º Sempre que identificável o titular, os agentes da Administração Pública deverão
dar-lhe ciência durante o período de 06 (seis) meses, ao menos uma vez a cada bimestre,
para que tome às devidas providências.
§ 3º Não estando clara a titularidade quanto à concessão, restará à Administração
Pública fazer a intimação, prevista no parágrafo anterior, genérico aos titulares do

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direito, identificando a sepultura pelo número, pelas inumações ou, se isso não for
possível, por sua localização, ficando a multa anotada no registro da sepultura e passível
de cobrança tão logo se identifique o responsável.
§ 4º Dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da data do recebimento da carta ou da
publicação do edital o intimado deverá concluir as obras de reparo, ou apresentar ao
Diretor responsável a defesa que entender cabível.
§ 5º Recebida a defesa, interrompe-se o prazo para a execução dos procedimentos
cabíveis por parte do intimado, reiniciando-se sua contagem após a ciência da decisão
final por parte do titular, caso persista sua responsabilidade.
§6º Em caso de não comparecimento ou não conclusão das obras, decidirá o Secretário
competente pela revogação da concessão.

Art. 387. Esgotadas as medidas administrativas previstas no artigo 359, sem que haja
qualquer intervenção por parte do titular do direito de uso, poderá o Secretário revogar a
concessão.
§ 1º Revogada a concessão, os restos mortais existentes serão exumados e postos em
local apropriado, ossário de aluguel devidamente anotado em ficha ou livro próprio pelo
prazo de 05 (cinco) anos. Comparecendo os familiares do exumado, serão cobradas as
taxas previstas no Código Tributário Municipal.
§ 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, poderão ser os restos mortais
depositados no ossário geral.

Art. 388. A Administração Pública poderá exigir taxa de administração anual, destinada
à manutenção das áreas comuns.
§1º A taxa de administração poderá ser diferenciada, de acordo com o local de
sepultamento, previsto neste Código.
§2º A referida taxa deverá ser revertida ao órgão encarregado da administração do
cemitério.
§3º No caso de inadimplência, nenhum sepultamento será autorizado na referida
sepultura, devendo ser realizado em cova rasa.
§4º A inadimplência por mais de 5 anos acarretará a revogação da concessão.

CAPÍTULO VI
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DOS CEMITÉRIOS

Art. 389. Em cada um dos cemitérios municipais haverá os seguintes livros:


I - de sepultura, mausoléo;
II - de gavetas ou catacumbas;
III - de nicho perpétuo;
IV - de ossário perpétuo;
V - de ossário alugado;
VI - de carneira alugada ou carneira pública
VII - de sepultamentos diários;
VIII - de óbitos.
§ 1º Os livros mencionados nos incisos I a VIII se destinarão a anotar o número e o
nome dos concessionários, com toda a seqüência histórica, de cada um dos locais
destinados à concessão ou locação.

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§ 2º Os livros de sepultamentos diários conterão informações sobre cada uma das
inumações realizadas, agrupadas de acordo com o dia de ocorrência, havendo de constar
pelo menos as seguintes anotações:
I - nome e idade do inumado;
II - funerária que prestou o serviço;
III - horário da inumação;
IV - tipo e local utilizado com o respectivo número de identificação;
V - nome e identificação do responsável pela autorização do uso do local e seu
endereço;
VI - número do DAMP;
VII - servidores que realizaram o serviço.
§ 3º Os livros de óbitos conterão as anotações relativas a cada pessoa inumada,
incluindo-se aí nome, nacionalidade, filiação, estado civil, idade, número do óbito, tipo
de área utilizada e o respectivo número.

Art. 390. Cada cemitério municipal deverá ter entre os seus registros:
I - ficha de sepultura;
II - ficha de gaveta ou catacumba;
III - ficha de ossário perpétuo;
IV - ficha de ossário alugado;
V - ficha de nicho perpétuo;
VI - ficha de carneira alugada ou carneira pública;
VII – ficha de mausoléu.
§ 1º Cada tipo de ficha conterá as informações pertinentes à utilização da respectiva
área de uso, informações essas individualizadas por cada unidade concedida, fazendo
constar, conforme o caso, pelo menos, as seguintes anotações:
I - inumações realizadas;
II - exumações realizadas, incluindo-se aí a destinação dada aos restos mortais;
III - anotações dos restos mortais vindos de outros locais;
IV - todas as demais informações decorrentes da fiscalização administrativa e de
requerimentos administrativos ou processos judiciais.
§ 2º As fichas relacionadas a concessões temporárias conterão ainda informações sobre
o prazo de validade das mesmas.

Art. 391. A administração de cada cemitério terá obrigatoriamente os seguintes


formulários:
I - de autorização para inumação;
II - de autorização para exumação;
III - de autorização para serviços gerais;
IV - de solicitação de gratuidade, desistência e denúncia.

CAPÍTULO VII
DAS CONCESSIONÁRIAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS FUNERÁRIOS

Art. 392. O serviço funerário, considerado como de interesse público local, poderá ser
concedido a pessoa jurídica criada para este fim satisfeitas as seguintes exigências:
I - inscrição no Cadastro de Prestadores de Serviços de qualquer natureza, junto a
Secretaria de Fazenda Municipal;

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II - assinatura do Termo de Autorização em livro próprio;
III - assinatura de Termo de Compromisso, segundo o estabelecido neste Código;
IV - quitação com todas as suas obrigações tributárias perante a Fazenda Pública
Municipal;
V - demais exigências da legislação federal e estadual pertinente.

Art. 393. O serviço previsto neste capítulo poderá ser exercido, ainda, por entidade
religiosa, desde que sem fito de lucro, obedecido, no que couber, o artigo anterior.

Art. 394. No Termo de Compromisso, a concessionária se obrigará a atender o disposto


nessa seção, sob pena de perda da concessão.
Parágrafo único. Assinado o Termo de Compromisso, a concessionária ou entidade
passará a ser considerada e tratada como autorizada para a prestação dos serviços
funerários no Município.

Art. 395. Salvo motivos de caso fortuito, força maior, justa causa e outros previstos em
lei, nenhum prestador de serviço funerário poderá recusar ou retardar os serviços
relativos aos enterros ou sepultamentos que devam se realizar nos cemitérios e que
estejam compreendidos na concessão.
Parágrafo único. Constitui obrigação inescusável do prestador de serviço desempenhar
sua atividade assim que solicitada pelos familiares ou parentes do falecido ou que seja
determinada pela Autoridade Administrativa competente.

Art. 396. Reputam-se compreendidos na autorização concedida, considerando-se de


prestação obrigatória em todas as espécies de serviço funerário as seguintes atividades:
I - Preparação e vestimenta do cadáver;
II - Remoção e transporte do corpo para o local do velório e, depois, para o local do
enterro ou sepultamento;
III - Realização do velório, em capela mortuária própria, de terceiros ou do Município,
com ou sem o fornecimento de aparatos, paramentos, adereços e ornamentos fúnebres;
IV - Consecução de dia, hora e local para o enterro ou sepultamento, a ser fixado de
comum acordo com os familiares, parentes ou responsável pelo finado;
V - Recepção de coroas e flores, bem como o seu posterior encaminhamento ao local do
enterro ou sepultamento, inclusive sua colocação sobre as campas ou nos mausoléus;
VI - Serviços religiosos, ao ensejo do velório, durante o cortejo fúnebre ou durante o
enterro.
VII - Recolhimento de todas as taxas municipais devidas em razão da exumação ou da
inumação e o respectivo repasse ao Município;
VIII - Declaração prévia do Óbito e posterior fornecimento de certidão a quem de
direito.
Parágrafo único - A relação supra é meramente enunciativa, não eximindo os
prestadores de serviço da obrigação de realizar serviços funerários nela não incluídos,
mas que sejam usual, costumeira ou tradicionalmente prestados aos usuários.

Art. 397. Os prestadores de serviços deverão obedecer, no que couber, a legislação de


proteção ao consumidor.
§1º A Administração Pública, ouvidas as entidades de defesa do consumidor,
discriminará, em planilha publicada no Diário Oficial do Município, o valor máximo do

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serviço obrigatório - estabelecido no artigo anterior- e os valores máximos dos enterros
econômico, simples e comum.
§2º Incluídos sempre os serviços previstos no artigo anterior, considera-se:
I - econômico, o serviço compreendendo caixão com forração de plástico, capela
mortuária, sepultura rasa e certidão de óbito;
II - simples, o serviço compreendendo caixão com forração de plástico, capela
mortuária, sepultura rasa, certidão de óbito e flores para ornar o corpo do morto;
III - comum, o serviço compreendendo caixão forrado com tecido, aluguel de capela
mortuária, mais simples, sepultura rasa, certidão de óbito e flores para ornar o corpo do
morto.
§3º Serviços diferenciados poderão ser oferecidos pelas concessionárias, com livre
determinação de seu conteúdo e valores, sendo absolutamente vedada a prestação
casada com os enterros econômico, simples ou comum.

Art. 398. Em casos de catástrofes ou de calamidade pública, que envolvam morte


coletiva, a autoridade administrativa competente poderá requisitar a prestação dos
serviços, a todos ou alguns prestadores de serviço, em regime de prontidão.
§ 1º Requisitados os serviços, os mesmos deverão ser prestados prioritariamente, com
caráter de urgência, cabendo aos prestadores de serviço dar pronto atendimento e
cumprimento à requisição.
§ 2º O regime de prontidão vigorará durante todo o tempo em que a autoridade
administrativa considerar necessário, só cessando a requisição por liberação expressa
desta.
§ 3º Enquanto perdurar o regime de prontidão, todos os funcionários e equipamentos
dos prestadores de serviço deverão ser postos à inteira disposição da autoridade
administrativa competente.
§ 4º Sempre que possível, a autoridade administrativa competente ressalvará o direito
dos prestadores de serviço à percepção da remuneração a que façam jus pelos serviços
funerários prestados.
§ 5º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade administrativa deverá escolher
prioritariamente aqueles que desempenhem a atividade sem fito de lucro.

Art. 399. Os prestadores de serviços funerários são responsáveis pelo sepultamento


gratuito, na espécie de serviço econômico, para os que percebem até 1,5 salário mínimo
e para os desempregados.
I - nos casos em que o falecido recebia 1,5 salário mínimo, será exigido contra-cheque
recente e na falta deste, declaração da firma comprovando a remuneração;
II - nos casos em que o falecido estava desempregado, será exigida, para fins de
comprovação do direito, apenas a sua Carteira Profissional de Trabalho.
Parágrafo único. No caso de falecimento de pessoa entre 5 (cinco) e 16 (dezesseis)
anos de idade, os documentos enumerados nas alíneas a e b serão os do responsável
legal do menor.

Art. 400. Fica estabelecida a gratuidade de sepultamento, na espécie de serviço


econômico, para os menores de até 05 (cinco) anos de idade.

Art. 401. Os prestadores de serviços funerários deverão afixar próximo ao balcão de


atendimento uma placa, dela constando a íntegra dos artigos 396, 397, 399, 400.

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CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS AOS CAPÍTULOS ANTERIORES

Art. 402. Figurando como concessionária ou locatária pessoa absoluta ou relativamente


incapaz, será aplicado o disposto na legislação civil para a prática dos atos junto ao
Município.

Art. 403. A eventual titularidade reconhecida pela Administração, em virtude de


processo administrativo, não ilide os direitos resultantes da legislação aplicável,
devendo estes ser reconhecidos tão logo demonstrados.

Art. 404. Os locais de uso que se encontrem numerados e com inumações, mas sem o
devido registro quanto ao perpetuante no competente Órgão Municipal, deverão ser
considerados, em caráter de presunção, como tendo sido objeto de concessão por parte
do Município.
§ 1º Caberá ao Diretor do órgão competente, ouvida a Procuradoria do Município,
averiguar em torno de quem recairia a presunção sobre a perpetuação, relevando
especialmente o grau de parentesco entre os inumados e as demais informações e
documentos idôneos constantes nas repartições municipais ou que instruam o processo
administrativo.
§ 2º A presunção de que trata este artigo é relativa, podendo ser desfeita em face de
prova em contrário, desconstituindo-se todos os atos desamparados pela verdadeira
perpetuação.

Art. 405. Prescreverá em 20 (vinte) anos a possibilidade de revisão, a qualquer título, da


definição de titularidade da concessão de uso.

Art. 406. Os processos administrativos em curso que tratem de questões relacionadas à


concessão de uso, que ainda não contenham decisão definitiva, deverão ser analisados à
luz do disposto neste Código, mantidos os atos já praticados.

Art. 407. As sepulturas retomadas serão destinadas preferencialmente à locação.

Art. 408. Todas as decisões administrativas são passíveis de recursos à autoridade


imediatamente superior àquela que prolatou a decisão, observando-se, no que couber, o
disposto neste Código.

Art. 409. O traslado dos ossos será apenas admitido mediante ato de ofício determinado
pelo Administrador do Cemitério mediante requerimento do parente mais próximo,
desde que comprovado que se destinarão a outro cemitério legalmente constituído ou
ainda:
I - quando existir interesse público em transferi-los para outro cemitério;
II - por determinação judicial;
III - solicitação de instituição de ensino ou pesquisa.
Parágrafo único. Excetuando-se o caso do inciso III, que será promovido pelo
Secretário de Administração, os demais serão decididos também pelo Administrador do
Cemitério onde se encontrem os restos mortais.

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Art. 410. As capelas mantidas por este Município nos cemitérios públicos, poderão ser
utilizadas para velórios em caso de inumações gratuitas, vedado porém o pernoite.

TÍTULO X
DA FISCALIZAÇÃO, DOS PROCEDIMENTOS E DAS PENALIDADES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 411. A fiscalização das normas de postura será exercida pelos órgãos municipais,
de acordo com sua competência e atribuições regimentais, estatutárias ou delegadas.
§ 1 ° Aos agentes da fiscalização compete cumprir e fazer cumprir as disposições deste
Código e de seus regulamentos e orientar os interessados quanto à observância dessas
normas.
§ 2° Os funcionários incumbidos da fiscalização têm direito de livre acesso, para o
exercício de suas funções, aos locais em que devam atuar.
§ 3° Nos casos de resistência ou de desacato, no exercício de suas funções, os agentes
da fiscalização comunicarão o fato aos seus superiores, que poderão requisitar o apoio
policial necessário.
§ 4° O órgão de fiscalização municipal expedirá, semestralmente, ato normativo
contendo as seguintes especificações:
a) delimitação de Zonas de Fiscalização;
b) relação nominal dos agentes fiscais responsáveis pela fiscalização de cada zona.

Art. 412. Considera-se infração, para os efeitos deste Código, qualquer ação ou
omissão, voluntária ou não, que importe na inobservância de norma constante desta Lei
ou de seus regulamentos.
§ 1° As infrações classificam-se em leves, graves e gravíssimas, dependendo dos riscos
ou danos a que são submetidos os bens e outros interesses tutelados por esta Lei.
§ 2° Podem agravar ou atenuar as infrações a presença de circunstâncias relativas à
condição pessoal do infrator e dos riscos ou danos causados pela ação ou omissão
considerada.
§ 3° A responsabilidade pela infração é imputável a quem Ihe deu causa ou tiver
concorrido para a sua ocorrência.

Art. 413. As vistorias administrativas, em geral, necessárias ao cumprimento deste


Código, serão realizadas pelo órgão próprio da Prefeitura, através de seus funcionários.

Art. 414. As vistorias administrativas serão realizadas nos seguintes casos:


I - antes de início da atividade de estabelecimento comercial, industrial, prestador de
serviço ou similar;
II - quando ocorrer perturbação do sossego da vizinhança pela produção de sons de
qualquer natureza, ou se algum equipamento tornar-se nocivo, incômodo ou perigoso à
comunidade;
III - quando se verificar obstrução ou desvio de cursos de água, perenes ou não, de
modo a causar dano;
IV - quando houver ameaça de desabamento sobre logradouros públicos ou sobre
imóveis confinantes;

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V - quando o órgão competente da Prefeitura julgar conveniente a fim de assegurar o
cumprimento de disposições deste Código ou o resguardo do interesse público.

Art. 415. As vistorias, em geral, deverão ser concluídas, inclusive com a elaboração do
laudo respectivo, em 5 (cinco) dias úteis, salvo nos casos que encerrarem especial
complexidade, hipóteses em que esse prazo poderá ser prorrogado por quem determinar
a diligência.
§ 1° Sempre que possível, as vistorias serão realizadas na presença dos interessados ou
de seus representantes, em dia, hora e local previamente designados.
§ 2° Quando a vistoria se inviabilizar por culpa do requerente, a realização de nova
diligência dependerá do processamento de outro requerimento.
§ 3° As vistorias deverão abranger todos os aspectos de interesse, de acordo com as
características e a natureza do estabelecimento ou do local a ser vistoriado.
§ 4° Não se aplica a disposição do § 2° quando a vistoria tiver por objeto a preservação
da saúde, da higiene, da segurança ou do sossego públicos.
§ 5° As vistorias relativas a questão de maior complexidade deverão se realizadas por
comissão técnica especialmente designada.
§ 6° Quando necessário, a autoridade municipal competente poderá solicitar a
colaboração de órgãos técnicos federais, estaduais ou municipais.

CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES

Art. 416. Qualquer infração à norma de posturas sujeitará o infrator às penalidades


previstas.
§ 1° Constatada infração, será lavrado o respectivo auto.
§ 2° Sendo o caso de apreensão ou remoção de bens ou mercadorias, o auto respectivo
consignará, além da infração, a providência cautelar adotada.
§ 3° A apreensão de cães e outros animais encontrados em logradouros públicos,
independe do auto de infração, fazendo-se mediante a lavratura do respectivo termo.

Art. 417. Os autos de infração obedecerão a modelos oficiais aprovados pela autoridade
municipal competente, devendo conter:
I - nome ou razão social e endereço do infrator;
II - local de sua lavratura, hora, dia, mês e ano;
III - descrição do fato que constitui a infração e a indicação do dispositivo legal violado;
IV – cargo, assinatura e o nome de quem o lavrou e/ou "ciente" do autuado ou o motivo
alegado para a recusa, se houver;
V - a informação de que, cumpridas as exigências feitas, se for o caso, não haverá
imposição de penalidade;
VI - o valor provisório da multa estimada, nos casos em que houver apreensão ou
remoção de bens ou mercadorias;
VII – a determinação de prazo para a apresentação da defesa;
VIII - outros dados considerados necessários.
§ 1° A lavratura do auto de infração independe de testemunha, responsabilizando-se o
funcionário autuante pela veracidade das informações nele consignadas.
§ 2° As omissões ou incorreções existentes no auto não geram sua nulidade quando do
processo constarem elementos suficientes para a identificação da infração e do infrator.

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§ 3° A assinatura do infrator não constitui formalidade essencial à validade do auto.

Art. 418. O infrator terá o prazo que Ihe for fixado para cumprir as exigências feitas ou,
dentro de 8 (oito) dias, apresentar defesa instruída, desde logo, com as provas que
possuir, dirigindo-a à Secretaria Municipal de Infraestrutura, Urbanismo, Transporte e
Trânsito, através do Departamento de Desenvolvimento Urbano.
§ 1° Cumpridas às exigências, o interessado comunicará o fato, com as provas, que
tiver, para que o procedimento se extinga, sem imposição de penalidades.
§ 2° Descumpridas as exigências no prazo estabelecido, não superior a 8 (oito) dias,
deverá o autuante, se for o caso, interditar o estabelecimento ou embargar a obra.
§ 3° Em casos excepcionais, a critério do Secretário de Infraestrutura, Urbanismo,
Transporte e Trânsito, poderá ser prorrogado o prazo de que trata o parágrafo anterior,
de modo a possibilitar a integral satisfação das exigências feitas.
§ 4° Mesmo após a apresentação da defesa, mas antes do julgamento do processo, o
infrator poderá fazer juntada aos autos de novos documentos ou requerer a produção de
provas.
§ 5° Decorrido o prazo legal sem a apresentação da defesa, o infrator será considerado
revel, o que implica na confissão dos fatos, ensejando o imediato julgamento do auto.
§ 6° É permitida a juntada de provas e/ou documentos elucidativos ao recurso.
§ 7° As interdições ou embargos de obras só serão suspensos após o cumprimento das
exigências e, em caso de defesa ou recurso ao auto de infração, serão mantidos até
julgamento do feito.
§ 8° Nas infrações ao presente Código pode ser caracterizado como destinatário da
intimação ou auto de infração o imóvel como propriedade, quando se desconhecer seu
real proprietário.

Art. 419. Verificada a infração a qualquer dispositivo desse Código que não tenha
multa especificada, será imposta ao infrator multa correspondente ao valor de 20% a
100% do salário mínimo vigente, a ser arbitrada pelo órgão próprio de julgamento da
infração.

CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES
SEÇÃO I
DA APLICAÇÃO DAS MULTAS

Art. 420. Julgado procedente o auto, será aplicada a pena de multa correspondente à
infração.
Parágrafo único. Na fixação, em concreto, do valor da multa, levar-se-à em
consideração a gravidade da infração e a ocorrência, ou não, de circunstâncias que a
agravem ou a atenuem.

Art. 421. A cada nova infração de igual natureza, dentro do período de doze meses, as
multas serão aplicadas em dobro.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, considera-se infração de igual natureza a
relativa ao mesmo capítulo deste Código, praticada pela mesma pessoa física ou jurídica
depois da condenação definitiva pela infração anterior.

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Art. 422. As multas e outros valores não pagos no prazo legal serão atualizados com
base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Governo Federal – IPCA ou outro
índice que venha a substituí-lo.

Art. 423. A aplicação e o pagamento de multa não desobriga o infrator do cumprimento


da norma de cuja violação resultou a penalidade.

Art. 424. O depósito do valor da multa estimada no auto de infração regulariza


provisoriamente a situação do infrator com o Município, sem prejuízo do julgamento
formal do auto pelo órgão competente.
Parágrafo único. Julgado improcedente o auto de infração, o interessado poderá reaver
a quantia depositada, que transformar-se-á em pagamento na hipótese de fixação da
multa no mesmo valor estimado. Sendo superior o valor da condenação, o infrator ficará
sujeito à complementação do pagamento.

Art. 425. Ao funcionário municipal que, por negligência ou má fé, lavrar auto de
infração ou termo de apreensão sem atender aos requisitos legais, ou que, omitindo-se,
deixar de lavrá-lo, desobedecendo aos dispositivos deste Código, será I aplicada multa
no valor correspondente àquele a que estaria sujeito o infrator, sem prejuízo de outras
penalidades.

Art. 426. A pessoa física ou jurídica em débito com a Fazenda Pública Municipal, não
poderá celebrar contrato com o Município de Paço do Lumiar/MA, nem obter de
qualquer órgão da Prefeitura, licença, autorização, alvará e outros atos administrativos
da mesma natureza.

CAPÍTULO IV
DA DECISÃO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 427. Os processos serão julgados pelo Departamento de Desenvolvimento Urbano,


com análise da assessoria jurídica, que proferirá suas decisões no prazo máximo de
trinta dias, contados da data em que for apresentada a defesa, ou se concluir a instrução,
se houver necessidade de diligência probatória.
§ 1 ° Os julgamentos fundar-se-ão no que constar do auto de infração e da defesa, se
houver, na prova produzida e nas normas pertinentes.
§ 2° As decisões devem ser proferidas com clareza e simplicidade, concluindo pela
procedência ou improcedência do auto de infração, com aplicação das penalidades
cabíveis.
§ 3° As diligências para instrução terão prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Art. 428. Não sendo proferida decisão no prazo legal, poderá o infrator requerer ao
Secretário Municipal de Infraestrutura, Urbanismo, Transporte e Trânsito a avocação
dos autos, devendo esse órgão julgar o processo em 10 (dez) dias, contados da data em
que Ihe for remetido.

Art. 429. O infrator será intimado da decisão originária por uma das seguintes formas:
I - sempre que possível, pessoalmente, mediante entrega de cópia da decisão, contra
recibo;

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II - por carta, acompanhada de cópia da decisão, com aviso de recebimento datado e
firmado pelo destinatário ou alguém de seu domicílio;
III - por edital, mediante publicação oficial, com prazo de 10 (dez) dias, em jornal local
ou regional e, no Diário Oficial do Estado, se desconhecido o domicílio do infrator.

Art. 430. O infrator terá prazo de 10 (dez) dias, a contar da intimação, para cumprir as
determinações constantes da decisão.

CAPÍTULO V
DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO

Art. 431. Salvo na hipótese de avocação do processo, da decisão originária caberá


recurso voluntário para o Secretário de Infraestrutura, Urbanismo, Transporte e
Trânsito.
Parágrafo único. O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de 10
(dez) dias, contados da data da intimação da decisão.

Art. 432. Não será recebido recurso voluntário quando o infrator não tiver feito o
depósito prévio das quantias correspondentes à condenação imposta como penalidade e
como ressarcimento.
Parágrafo único. As quantias depositadas converter-se-ão em pagamento das
condenações financeiras constantes do julgamento do recurso.

Art. 433. As decisões originárias que julgarem improcedente o auto de infração estão
obrigatoriamente sujeitas, para terem eficácia, à homologação do Secretário de
Infraestrutura, Urbanismo, Transporte e Trânsito.

Art. 434. As multas e outras obrigações financeiras, inclusive os valores devidos que
excederem das quantias depositadas, não pagas no prazo estabelecido, serão inscritas
como dívida ativa, nos termos da lei.

CAPÍTULO VI
DA APREENSÃO, REMOÇÃO E PERDA DE BENS E MERCADORIAS

Art. 435. A remoção ou apreensão consiste na retirada, do local em que se encontram,


de animais, bens ou mercadoria em situação conflitante com disposição constante deste
Código ou de seus regulamentos, ou que constituam prova material de infração.
§ 1 ° Os animais, bens ou mercadorias, removidos ou apreendidos serão recolhidos.
§ 2° O animal raivoso ou portador de moléstia contagiosa ou repugnante, que for
apreendido, deverá ser imediatamente encaminhado à autoridade sanitária competente.
§ 3° Sendo impossível ou muito oneroso o recolhimento ao Depósito Público
Municipal, os bens ou mercadorias poderão ter como depositário o próprio interessado
ou terceiros, considerados idôneos, observada a legislação aplicável.
§ 4° A devolução dos animais, bens e mercadorias só se fará depois de pagas ou
depositadas as quantias devidas e indenizadas as despesas realizadas com a remoção ou
apreensão, o transporte, o depósito e outras. Nos casos de animais, a devolução
dependerá ainda da prova de sua propriedade e da realização de matrícula, em se
tratando de cães.

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§ 5° Caso o proprietário do animal apreendido em logradouro público não concorde
com a multa arbitrada, poderá, depositando a quantia correspondente, acrescida do valor
das despesas feitas, apresentar defesa escrita dirigido ao Departamento de
Desenvolvimento Urbano.
§ 6° Para resgatar bens e mercadoria, o proprietário que quiser apresentar defesa escrita
no processo deverá depositar a quantia da multa estimada na autuação, acrescida do
valor das despesas com a apreensão ou remoção, transporte, depósito e outras que forem
realizadas, apuradas no momento do resgate.

Art. 436. Salvo nos casos diversamente disciplinados neste Código, os bens e
mercadorias não perecíveis, que não forem resgatados dentro de 5 (cinco) dias, contados
da ciência, pelo interessado, da remoção ou apreensão, serão vendidas em leilão
público.
§ 1° Os leilões serão realizados periodicamente, em dia e hora designados no respectivo
edital, que será publicado pela imprensa com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.
§ 2° A importância apurada no leilão será aplicada no pagamento das quantias devidas e
na indenização das despesas realizadas com a apreensão ou remoção, transporte,
depósito e manutenção, quando for o caso, além das despesas relativas ao próprio leilão.
Sendo insuficiente a importância, aplicar-se-á o disposto no art. 434.
§ 3° O saldo restante, se houver, será entregue ao proprietário, mediante requerimento
devidamente instruído e processado.
§ 4° Se o saldo não for solicitado por quem de direito, até 30 (trinta) dias após a data da
realização do leilão público, será o mesmo recolhido como receita diversa do
Município.
§ 5° As mercadorias perecíveis, que não forem resgatadas logo após a sua apreensão,
serão doadas a instituições filantrópicas, se próprias para o consumo, sendo inutilizadas
as já deterioradas.

Art. 437. O animal apreendido, que não for resgatado dentro do prazo de 5 (cinco) dias,
deverá:
I - ser doado a instituição de ensino ou pesquisa, ou a entidade filantrópica, se destinado
a consumo;
II - ser sacrificado por processo adequado, caso não seja possível a solução indicada no
item anterior.

Art. 438. No momento da remoção ou da apreensão, lavrar-se-á o termo próprio, que


conterá a descrição precisa dos bens ou mercadorias a que se refira, a indicação do lugar
onde ficarão depositados, outros dados julgados necessários e a assinatura de quem
praticou o ato, entregando-se uma de suas vias ao proprietário ou seu preposto.

Art. 439. Além dos casos já indicados, haverá perda de bens ou mercadoria quando se
tratar de substâncias entorpecentes, nocivas à saúde ou de venda ilegal.
Parágrafo único. Verificada a hipótese prevista neste artigo, a autoridade municipal
remeterá ao órgão federal ou estadual competente, com a cópia do termo próprio, os
bens e mercadorias apreendidos.

Art. 440. A apreensão ou remoção não desobriga o infrator do pagamento das quantias
a que for condenado.

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CAPÍTULO VII
DA INTERDIÇÃO, DOS EMBARGOS, DA
SUSPENSÃO E DA CASSAÇÃO DE LICENÇA

Art. 441. A interdição de estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de


serviços e similares e o embargo de construção civil ou de outras obras realizadas em
vias, logradouros ou áreas públicas, serão precedidos de autuação pela infração, assim
como pelo decurso de prazo concedido para o cumprimento das exigências feitas, se
houver, devendo ser efetivados nos seguintes casos:
I - Da interdição:
a) em caráter permanente, quando, sem autorização para localização e funcionamento,
estiver instalado em logradouro público;
b) até a regularização da situação, quando, sem licença para localização e
funcionamento, estiver Instalado em imóvel particular;
c) por período de 1 (um) a 10 (dez) dias, dependendo da gravidade da infração, com a
correspondente suspensão da licença para localização e funcionamento, quando,
reincidentemente, violarem as normas protetoras da higiene, do sossego; da moralidade
ou da segurança públicas;
d) nos casos de infração continuada das normas referidas no item anterior, depois de 3
(três) autuações, a interdição e a suspensão da licença durarão no mínimo de 15 (quinze)
dias, estendendo-se até que sejam cumpridas as exigências feitas;
e) nas hipóteses do item anterior, quando as exigências feitas não forem atendidas no
prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, a interdição passará a ser permanente,
implicando na conseqüente cassação da licença para localização e funcionamento.
II - De embargo extrajudicial, em caráter permanente, de construção civil ou de outra
obra realizada em via, logradouro ou áreas públicas, fora dos casos legalmente
autorizados, cumprindo-se as formalidades previstas no Código de Processo Civil e
comunicando-se imediatamente à Procuradoria Geral do Município para efeito de ser
requerida a sua ratificação judicial.
§ 1° Nos casos do item I, letra "a", e item II, a Prefeitura promoverá remoção,
demolição ou restauração do estado de fato anterior, se não o fizer o interessado no
prazo que Ihe for concedido, cobrando do infrator, além das multas, as quantias
despendidas, acrescidas de 20% (vinte por cento).
§ 2° 0 oferecimento de defesa pelo autuado não se constituirá causa impeditiva da
interdição ou do embargo.

TÍTULO XI
CAPÍTULO ÚNICO
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 442. Os prazos, em dias, para a realização de ato material, contam-se a partir do
momento em que impôs a obrigação até que se completem cada 24 (vinte e quatro)
horas. Na contagem dos prazos processuais, excluir-se-á o dia do começo, incluindo-se
o do vencimento.
Parágrafo único. Os prazos serão contados em dias corridos, prorrogando-se para o
primeiro dia útil os que se vencerem em sábado, domingo ou feriado.

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Art. 443. As obrigações estabelecidas neste Código não são exigíveis quando sua
satisfação for obstaculizada por caso fortuito ou de força maior devidamente
comprovado.

Art. 444. As feiras livres, os mercados, os cemitérios municipais, a circulação e o


estacionamento de veículos reger-se-ão por regulamentos próprios, aprovados pelo
Chefe do Poder Executivo, aplicando-se-Ihes, no que couber, os dispositivos deste
Código.

Art. 445. Mediante a celebração de instrumentos adequados pelos órgãos interessados,


os encarregados da fiscalização urbana, em qualquer setor, poderão ser incumbidos da
fiscalização de outras áreas de interesse do Município.

Art. 446. Os estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de serviços e


similares, qualquer que seja o objeto de sua atividade, licenciados ou autorizados antes
da vigência deste Código, terão o, prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias para se
enquadrarem às novas exigências estabelecidas.

Art. 447. O Chefe do Poder Executivo Municipal fará publicar anualmente cartilha
contendo as seguintes especificações;
I - os locais para onde serão removidos os restos de materiais de construção ou de
demolição;
II - as prescrições da Lei de Edificações e da ABNT para construção de fossas sépticas;
III - os locais para lançamento dos dejetos coletados em fossas sépticas;
IV - as normas, do órgão responsável pela limpeza urbana, sobre o acondicionamento, o
horário da coleta e o destino final do lixo;
V - as exigências próprias para expedição de cada licença;
VI - outras informações de interesse geral da comunidade.

Art. 448. O Poder Executivo poderá regulamentar este Código para detalhar normas,
definir conceitos, competências e atribuições de cada órgão responsável pela
observância das regras de posturas.

Art. 449. Este Código entrará em vigor 20 (vinte) dias após a sua publicação,
revogando-se as disposições em contrário.

Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da


presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam cumprir tão inteiramente como nela
se contém. Que se faça publicar, imprimir e correr.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE PAÇO DO LUMIAR, ESTADO


DO MARANHÃO, AOS DOZE DIAS DO MÊS DE AGOSTO DO ANO DE DOIS
MIL E TREZE.

JOSEMAR SOBREIRO OLIVEIRA


Prefeito Municipal

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