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Federalismo Brasileiro

Entes da Fed. brasileira são conformados.

Fed. No Br tem característica muito peculiares. O federalismo é criação norte americana no momento da
independência. Em 1889 quando o Br proclama a República várias soluções são cogitadas, mas então por
influência do Rui Barbosa, que era um grande entusiasta das formas estabelecidas nos EUA para
organizar o Estado, acabamos por optar o Federalismo. Porém naquele momento o BR tinha maior
influência pela França do que pelos EUA, de qualquer modo a forma federativa tinha uma vantagem que
era a possibilidade de emponderar o estado e suas províncias, era interessante para manter a unidade
territorial pós monarquia e ao mesmo tempo garantir aos dignitários, dessas províncias que vão se
tornar estados, um nível de poder maior do que tinham no grande império.

Então o Federalismo BR nasce na const 1891 com o intuito de fortalecer os estados, tanto que a rep
velha é conhecida como “política dos ??”. Esse fed. É interrompido logo depois pela Const. De 37 e no
período da segunda guerra mundial o BR não foi federalista, ele volta a ser em 46 e desde então se
mantém. A novidade em 88 é o reconhecimento dos municípios como entes da federação. Até 88 o
município era conhecido como descentralização do poder do estado (estadual), eram regidos por uma
lei orgânica estadual única (não possuía norma de orientação própria) e podiam ter seus
territórios(limites) alterados por alteração da legislação por iniciativa da Assembleia Legislativa.

Quem decidia quantos municípios um estado tem e onde eles se limitam uns com os outros era o estado
e não eles próprios, e isso indicava, antes de 88, que não havia aquelas três características de autonomia
a auto organização no nível municipal. E durante o período de da const de 67 com a emenda de 69 os
municípios que fossem capitais de estado, fronteira terrestre com distancia hidromineral tinham seus
prefeitos indicados pelo governador do estado e não pela população, então em Mg, em BH, Araxá e td a
região do sul de minas.. ngm elegeu seus prefeitos, só mudou com a redemocratização do país nos anos
80 e a const. De 88 efetivamente a estatura dos municípios em relação à federação.

(PRINCIPIO DA SIMETRIA) Os estados do BR são simétricos uns aos outros. É extremamente simétrico. Ao
mesmo tempo a organização das 26 unidades da federação BR (DF não entra) tem que ser simétrica à
organização da União. Então a organização que a Const. traçou no nível federal ela tem que ser
obrigatoriamente replicada no nível estadual, isso quando a Const já não estabelece como instituição
estadual deverá ser organizada. Então a capacidade de auto-organização dos Estados é muito reduzida
ao contrário com o que a gente vê no Federalismo original em que a auto-organização, auto legislação e
autogoverno dos estados é muito alta.

É uma federação com três níveis, porque inclui os municípios dotados de capacidade de autonomia
(auto-organização, auto legislação e autogoverno). Então agnt vê no caput do art. 18 que os municípios
vão estar referenciados expressamente. Então o principio da autonomia aborda dos 4 entes declarados
no art. 18. É a constituição que considera os municípios em pé de igualdade com os três outros, muito
embora haja autores do DIREITO CONST. Que os municípios não podem ser considerados entes da
federação brasileira, como por exemplo, o José Afonso da Silva que diz que o município continua sendo
uma descentralização do Estado. Primeiro pq os municípios não constituem uma representação similar
ao que existe dos estados em relação ao Senado.

Na Câmara os estados elegem representantes na sua proporção - estados mais populosos elegem mais
deputados e vice versa. O estado pouco populoso tem menor representatividade na camara, entao é
mais dificil ele aprovar uma norma do seu interesse do que o estado mais populoso.)

No Senado cada estado e o DF elegem o mesmo numero de senadores (3), ao contrario da Câmara, no
Senado os estados sao representados de maneira igual para gerar mais equilibrio. Aquilo que é mais facl
pra SP aprovar na camara, no senado ele vai ter que negociar isso melhor, pq se nao for do interesse de
outros estados isso não vai ser aprovado.

Argumentos do José Afonso da Silva:

1) Se Município fosse ente da federação, ele deveria ter representação desse nível (que citei
anteriormente) no Senado.

2) Os municipios não possuem constituição, sao simplesmente lei orgânica. A eles faltaria o
poder constituinte que é típico das federações.

3) Ao contrario dos estados, os municipios nao possuem poder judiciário próprio. Então ele não
tem simetria na divisão de poderes, enquanto União e estados estão simétricos na divisão
tríplice os municípios tem divisão binária (a camara dos vereadores representando o poder
legislativo e o prefeito municipal representando o poder executivo).

CONTRA-ARGUMENTOS:

1) Esses três argumentos são importantes, porém eles não contrariam o que diz a Constituição e a forma
de se organizar uma Federação (no mundo inteiro). ex1: A alemanha é uma fed, e lá não existe Senado.
Os estados da AL não tem representação igualitária no congresso.

ex2: A Bélgica é uma federação e não existe justiça estadual, somente nacional.(a belgica é pequena,
então não é necessário, ao contrário de MG que tem 853 municípios e se cada um indicasse 1
representante no Senado não seria possível com TANTAS representações.) -> então não faz sentido esses
argumentos no exemplo da federação brasileira.

No direito comparado há países que são federações e não têm simetria com relações com outras
federações. Estes países se organizaram com o objetivo de atender as prioridades.

2) Os municípios não possuem Const. mesmo, mas na CF garantiu aos municipios a capacidade de auto
organização através da lei orgânica. Então o nome é diferente, mas a função é a mesma. Mas como
nossa fed. tem dois niveis e estamos consagrando o terceiro nível... imagina o municipio declarando
direitos fundamentais. Então essa função constituiconal é desnecessária, pq os df. tem garantia na CF.

Se tirar de qualquer const. a possibilidade de traçar/delinear direitos fundamentais o que sobra pra ela?
Declarar direitos fundamentais e organizar o Estado. Então é isso que sobrou para as regiões. Tem até
um pouco de DFundamental lá, pq uma das funções + importantes das normas municipais é organizar o
uso e a ocupação do solo urbano, mas também da propriedades rurais, isto é lidar com os direitos
fundamentais (direito de propriedade). Outra função é garantir o desenvolvimento sustentável daquela
localidade, que é direito fundamental. Mas em comparação com CF é bem menos.

Entes federativos na CR/88


Poder executivo e legislativo da UNIÃO.

A União não é a Repub. Federativa do Brasil, por isso que o presidente tem duas funções (chef. governo e
estado) qnd ele é chefe de estado ele é chefe da NAÇÃO e não da União.

Quem tem soberania no Estado Brasileiro? A R. Fed. do Brasil. (Brasil)

Quem representa o Brasil? O presidente da República.

Quem tem autonomia? União, estados, municípios, distrito federal.

Então a União é uma representação administrativa organizacional. Por isso que na const. fala “da
organização político-administrativa do Brasil”.

Repartição Constitucional de Competências

A CF divide a competência de cada um deles, baseado no princípio da Supremacia do Interesse (se o


interesse for eminentemente local vai ser função do município, se for interesse regional vai ser função
do estado, se for nacional vai ser função da união). Exemplo: disciplinar onde será instalada uma
indústria e onde não pode ser instalada… questão local, organização de espaço. Se eu posso ter uma
fábrica de cimento perto de uma área residencial -> Organização MUNICIPAL; Se eu posso ter uma
fábrica de cimento perto de um rio de grande porte -> ESTADO quem decide; Se a fábrica for tão grande
que pode atingir mais de um estado da nação -> UNIÃO quem decide.

Os estados têm const. própria, organizam-se por elas. Elas foram criadas depois de 88 com base no que
foi permitido na propria CF, então elas sao mt limitadas, pq a cf já ocupou seu espaço. Os estados
originalmente eram 23, mas 3 foram criados em 88 (Tocantins, Rondônia e Roraima) estes 3 eram
territórios (que nao são entes da federação, mas porções de terra administrada pela União). ex: como
era Roraima antes de 88? Era uma porção territorial administrada pela União, como se fosse uma
fazenda. O administrador era um sujeito indicado pelo presidente da Repúlica. Não existe hj nenhum
território, mas pode existir. Tocantins surgiu da divisão de Goiás. Fernando de Noronha foi anexado ao
Pernambuco.

Os 3 poderes são extremamente simétricos em relação à União, com exceção ao poder Legislativo (na
união é bicameral, no estado é unicameral). Não existe Senado Estadual, só existe a Assembleia. E não
pode criar o Senado por causa do Princ. da Simetria.; O poder judiciário é também muito semelhante.

Municípios: 5.527 no Brasil. Alguns com milhões de habitantes, como, por exemplo, em SP. Outros com
poucos habitantes, o menor, em termos populacionais, tem +/- 800 habitantes, é a Serra da Saudade. Os
menores municípios do Brasil tem 9 vereadores na câmara.

Os impostos mais importantes dos estados (o DF tem os mesmos): IPVA E SNS (tudo oq vc compra paga).

Os impostos federais: imposto de renda, imposto de produtos industrializados, imposto de operações


financeiras (ios sobre compra no exterior).

Impostos municipais: ISS(imposto de serviço)

Vantagem de criar distrito: A administração municipal fica mais próxima, vai ter representantes do
municipio mais prox.

pq oq nao tá na sede é zona rural. E vc não pode ter lote em zona rural, a divisão territorial é maior, é
sítio, chácara, fazenda, etc... ; Na comunidade urbana em distrito pode ter loteamento.

Processos de Conformação de Estados e Municípios

ART. 18 § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se


anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.

 1º Plebiscito (voto obrigatório) (Consultar a população, autoriza um ato legislativo)

 2º Lei Complementar Federal (C.N.)

Se for aprovado no plebiscito o CN pode desaprovar, pois se trata de um interesse nacional e não
somente do estado. A decisão do plebiscito não vincula o Congresso. Agora se não for aprovado no
plebiscito o processo acaba por aí.

a) Incorporação:

 Um Estado incorpora o outro (2 estados formam 1)

 Necessariamente implica no desaparecimento de um Estado.

 Rio de Janeiro incorporou Guanabara, dps que Brasilia se tornou capital.

b) Fusão:

 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei


estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

 Vai fazer desaparecer ambos os Estados, e criar um NOVO.

c) Desmembramento:

 O Estado perde uma parcela de território (Goiás perdeu Tocantins)

 Pode perder para outro Estado

 Pode ser

 Formação: Perder uma parte, e cria um novo Estado

 Anexação: Vai para outro Estado

d) Subdivisão
 Um Estado divide-se em dois. É o contrário de incorporação.

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Para que um órgão FEDERAL possa decidir sobre um governador de ESTADO, como estado possui
autogoverno tem que haver algum tipo de freio federativo/contrapeso. E qual é o contrapeso aplicado
pelo STF desde antes de 88? ->>>> Art. 86, CF e aplica analogicamente para os governadores de estado
(admitindo a acusação por 2/3 da A.L será o governador de estado processado e julgado perante o STJ
nas ações penais comuns e na propria assembleia pelos crimes de responsabilidade). STJ pedia
autorização ao poder Legislativo estadual, para autorizar 2/3 na A.L e se autorizado, o processo segue
seu curso.

Parágrafo 1.º: O STJ deseja processar um governador de estado e como o estado é autônomo e o STJ não
é um órgão do próprio estado, ele tem que pedir autorização para o poder legislativo estadual, ou seja, a
autonomia do estado vem pedir o autogoverno estadual. O órgão nacional não pode intervir numa
escolha estadual.

NÃO AUTORIZADO: o processo fica aguardando que o cidadão deixe de ser governador do estado para
que continue a correr. Durante esse periodo não corre prescrição.

AUTORIZADO: O STJ tem que votar se recebe ou não a denúncia. Pq pode haver um problema tecnico na
denuncia, se houver ela não pode ser recebida e então a ação penal é trancada caso não consigam
resolver o problema. Se houver o recebimento da denúncia o governador do estado é afastado (assim
como o presidente no art.86)

Para proteger: autogoverno, só que há uma onda de ativismo judicial atualmente no BR. Reforçada pela
"caça as bruxas" nos dias de hj. Pq se for analisado os votos das ações, os argumentos são quase todos
são ativistas, quase que pré-julgando o governador de estado.

EX: Ação do Paraná vs. ação de MG

----- principio da simetria ----- como nosso federalismo de forma centrífuga, no início da nossa fed. os
estados tinham todos que ser tratados de forma igual. Por que somente agora não querem ser
simétricos?? (é o ativismo judicial!) A questão é: nós, como cidadãos do estado, nos escolhemos ou nos
dobramos da escolha dos outros, um determinado governador. Será legítimo um órgão que agnt não
nomeie AFASTE um governador só porque não temos a redação da const. igual à da CF ou dos demais
estados? Se um governardo está protegido, TODOS ESTÃO. Se um não está (condicionado à prévia
autorização) TODOS NÃO ESTÃO.

Mesmo diante de um presidencialismo de coalisão nós temos um caso de autorização. Então pode ler
estatistica do jeito que quiser, isso indica que as assembleias são coaniventes dos govern. de estados.

O principio da simetria não está escrito na CF, ele é uma construção jurisprudencial do supremo em
razão do nosso tipo de federalismo. O que está escrito são os chamados Principios Estabelecidos.

CAPACIDADE DE AUTOGOVERNO: escolher seus proprios representantes (governador, deputados da A.L


também, e o caso dos juizes nos EUA).

CAPACIDADE DE AUTOLEGISLAÇÃO: criar as proprias leis (leis estaduais). Para evitar a chamada "guerra
fiscal" a União unifica um monte de coisa em acordo com os estados. Muito da legisção tributária é a
legislação estadual.

"O estado fica encaixotadinho entre a competencia legislativa da união e a comp. legis. dos municipios, e
a gente já viu que o estado NÃO tem comp. legis. enumerada, ela é REMANESCENTE. ->>> por isso
acontece muita "trombada", o estado legislando em espaço da legislação da União ou vice-versa... HÁ
muito conflito entre estado e União por espaço de competência, o exercício da legislação, e quem
resolve esses conflitos é o STF (supremo provocado diretamente para dizer se a lei é inconst.). E se os
estados ocupam o espaço legislativo da União a lei é INCONSTITUCIONAL, porque a CF reservou aquele
espaço para outro ente federado. Então existe uma ADI própria para isso, buscar a declaração de inconst.
formal... há um vício na competência.

CAPACIDADE DE AUTO-ORGANIZAÇÃO: Organizar a máquina administrativa estadual. criar seus proprios


órgãos. Const. estadual. Se auto-organiza criando o TJ, suas comarcas judiciais, definindo a sua polícia
militar (requisitos, direitos fundamentais, obrigações.....), civil e uma série de assuntos institucionais, que
vão estar escritos na C. Estadual.; E algumas vezes (quando a CF deixa espaço) questões do própria
cidadania dentro do estado, ex: projeto de lei de iniciativa popular, quantas assinaturas é necessaria
dentro de cada estado para criar um projeto. Como vai funcionar o MP, a Defensoria... Tudo no nível de
auto-organização.

Manifestação de um poder constituinte estadual: Derivado Decorrente. (só tem no federalismo) poder
que os estados tem de criar sua const. estadual observado os limites da const. federal. (limites no art.25,
parágrafo 1º, CF). Uma das maneiras de limiter é, por exemplo, observar padrões. EX: dentro da
capacidade de auto-organiz. criar um tribunal de justiça, e o estado poderia criar um supremo tribunal
estadual, uma suprema corte estadual. No federalismo isso é possível, CONTUDO no FEDERALISMO
BRASILEIRO não é. Porque já está na CR/88 definido que cada estado terá UM tribunal de justiça e não
mais órgãos a não ser este.

EX2: Louisiana tem uma suprema corte estadual.

Então é isso que a Constituição da República faz, estabelece limites, autonomia dos estados -
principalmente sua capacidade de auto-organização - estabelecendo padrões. Chega ao absurdo (crítica
direta do profe) do art. 27, CF.

art.27: Não é o estado que define o número de deputados da assembleia, é a constituição que define.É o
triplo do numero de deputados que esse estado tem na camara de deputados. Porém, se, atingido o
número de 36 será acres

ex: número minimo que um estado pode colocar na camara federal: 8... Então: 3 x 8 = 24 deputados
estaduais.

Quando o número de deputados é de 13 pra frente (mais de 36) será feito diferente -> EX2: MG tem 53
deputados federais + 24 (SMP SOMA 24) = 77 deputados estaduais.
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TCU tem 9 ministros, só que estes são dividos em: 1/3 indicado pelo pres. da republica e 2/3 indicado
pelo Congresso (1/3 para a Câmara e 1/3 para o Senado). (art. 73, parágrafo 2º). Destes do presidentes,
2 são concursados (do próprio tribunal) e 1 de livre escolha, observados os requisitos. POR SIMETRIA:
TCE tem 7 conselheiros (art. 75, parágrafo 1º), 1/3 pelo executivo e 2/3 pelo legislativo dado a razão do
número parece que tem duas possibilidades, 2 para o executivo e 5 para o legislativo ou 3 governador
para 4 assembléia. MG escolheu a primeira opção, enquanto outros estados escolheram a segunda.
PORÉM o Supremo resolveu aplicar o principio da simetria e definiu a segunda escolha (percebe-se aqui
o nível de autonomia dos estados, porque a CF não define nada, somente os numeros e o supremo
interfere ao aplicar o princ. da simetria) de 3 (1 escolha do governador e 2 do proprio tribunal) para 4.

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Outra maneira de estabelecer limite: através da Reserva de Competências (arts. 21 - 24) Limite atuando
na autolegislação. Quem pode legislar o que e quem pode fazer tal serviço público.

Simetria horizontal: Estados com Estados

Simetria vertical: Estados com União (ex: TCU e TCE)

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MUNICÍPIOS

O Brasil na sua formação desde a colonização tem uma criação muito forte com a realidade municipal.
Nós somos muito ligados a nossa realidade local (nossa origem, nossa familia, etc).... o BR começou a ser
povoado dessa forma. No início o que havia no inicio (capitanias, sesmarias...) esses nucleos de
povoamento no interior do país não chamavam municipios, chamavam povoados ou vilas, que eram
parte de uma capitania hereditaria e dps de uma provincia quando formamos um Império. Então o
ultimo ente a ser formado no BR foi os estados. Então o BR é uma federação que começa na base local
(os municípios).

São parte da federação BR, porque a CF protege a autonomia municipal. eles são AUTÔNOMOS. Isso que
eles tem as 3 capacidades (autogoverno, autolegislação, auto-organização). Essa autonomia está
resguardada no art. 1º e também no art. 18, CF, muito embora não exista até hoje uma declaração do
Supremo que os Municípios são entes autônomos da nossa Federação. A consequencia disso é: se nos
estados há um problema muito sério na preservação da autonomia, nos municípios isso é elevado à
nona potência.

Drummond "O poeta municipal" o município se sente menor que o estado e menor que a União. -> o
primeiro art. que trata dos municípios (art.29) é um art. de limite (de lei organica).

Haverá 2º turno em um Município com mais de 200 mil habitantes? Não necessariamente... e mais de
200 mil eleitores? SIM. Acontece de o municipio ter mais eleitores do que habitantes. Ex: habita na
capital, mas vota no interior.

O TCE de MG tem uma sotisficação em relação ao TCU-> art.29, VI : Quando que acaba uma legistura?
Quando acaba o mandato daqueles vereadores. Dia 31 de Dez.; Quando começa outro? Com a posse dos
novos vereadores. E eles tomam posse dia 1º de Jan. ENTÃO: Até 31/12 do ano da eleição eles podem
fixar um subsídio que vai valer para a próxima, que começa dia 01/01. O que acontece é que, segundo o
TCE-MG há um problema, pois quando sabe-se o resultado da eleição o vereador sabe se continua ou
não no ano seguinte, e se ele continuar ele pode legislar por causa própria, escolhendo o próprio salário.
E se não continuar, ele pode prejudicar alguém, reduzindo. Então o Tribunal de Minas interpretou o art.
29, VI com o art. 37 caput (principio da impessoalidade e o da moralidade), então essa fixação de salário
tem que se dar antes da eleição. ISSO SÓ EXISTE NO ESTADO DE MG. Essa questão ainda não foi para o
STF nem para o TCU.

Remuneração de um subsídio de um deputado estadual: 75% do federal (federal tem o msm salário de
um ministro do supremo, 33 mil) então será em torno de 25 mil

Remuneração de subsídio de um vereador: depende do nº de habitantes do município, EX: de até dez mil
habitantes o subsídio máximo será 20% do subsídio dos deputados estaduais

O problema é que nunca vai haver, por força da constituição, justiça remuneratória, porque tomando-se
como exemplo Betim, Montes Claros, Contagem tem mais de 500.000 habitantes, mas eles problemas da
mesma grandeza que Belo Horizonte?

art. 29, VII " O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante
de 5% por receita do município".

art. 29-A: Sempre tem que passar para a camara um determinado percentual mensal do poder
legislativo; Aonde é arrecadado o dinheiro público? Do poder executivo (máquina fiscal), quando se paga
o IPTU vai para o caixa da Prefeitura. Desse valor o artigo pega um percentual para ir para a Câmara.

EX1(CF limita muito): Uma cidade de menos de 100 mil habitantes e com arrecadação de 10 milhões.

7% dos 10 milhões será para a Câmara (Legislativo). <-> 93% são do Executivo (prefeitura)

5% dos 7% de subsídio para os vereadores.

70% máximo para Câmara M. pagar a folha de pagamento (despesas da pessoa, como os subsídios)

30% custeio e investimento.

 Câmara recebe 700mil, e paga máx. 490mil para folha de pagamento(sendo 35mil
para vereadores). Sobra 210mil para custeio e investimento.
Crimes de responsabilidade:

I- Efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;

II- Não enviar o repasse até o dia 20 de cada mês. "repasse duodécimo";

III- Enviá-lo a menor em relação pa proporção fixada na Lei Orçamentária (aqui o Supremo interferiu
falando que não é obrigatório a repassar o que foi orçado, mas sim o que foi arrecadado. Isso é bom na
crise, porque arrecadou menos e passa menos, mas se sair da crise aí já é desvantagem.)

Tribunal de Contas do Estado que fiscaliza se os valores estão sendo repassados corretamente e nas
devidas datas.

No RJ existe outro T. de Contas (dos estados e dos municípios), em MG só tem um: TCE (que fiscaliza
todos os municípios e do estado), e é proibido criar outro TC.

 Controle Externo: Porque não é o mesmo órgão que arrecada e passa que está controlando. O
legis. controla o executivo.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

 Controle Interno: estão dentro do poder que está sendo controlado.

Procuradoria: Fiscaliza os atos. Controle da legalidade dos atos.

Controladoria(auditoria): Controle financeiro. ex: observância de limite

Além disso tem a lei de responsabilidade fiscal, que tem outros controles. É por isso que o BR saiu do
buraco, porque colocou um monte de controle e passou a ser confiante investir aqui dentro.

A CÂMARA recebe um relatório do Tribunal de Contas, analisa este relatório e coloca para votar se está
de acordo ou (2/3) não. Ela não só homologa o TC (órgão tecnico, ele aponto aonde errou), e a câmera
analisa esses erros. O TC pode aprovar as contas, rejeita-las ou aprovar com algumas ressalvas. O
tribunal é um auxilio, quem faz o cotrole é a câmara mesmo!!

Podemos criar outros Tribunais de Contas/Conselhos/Órgãos (mas não pode criar em base somente dos
municípios, posso criar um no Triangulo Mineiro, no sul de MG, etc). Porém não se cria porque esvazia o
poder do TC atual. Porque ele que fiscaliza as contas do estado.

 INVIOLABILIDADE: Os vereadores tem essa proteção. Não é um poder mutante.

Opiniões, palavras e votos dos veradores estão imunes de responsabilidade civil e penal. Não produz
calúnia, injúria, difamação e também não pode ser exigido reparação de dano moral. Porque no calor
dos debates palarmentares acontece de você xingar bastante.

Material: Só do conteúdo que eles estão falando, não existe foro especial, não existe processo específico
só para isso (que os deputados federais têm).

Não existe direito absoluto, tem Limites:


a. Limite Territorial

Na circuncisão do Município (dentro do Município)

a. Exercício da vereança

No exercício do mandato: Tem que ser em razão da sua atividade parlamentar.

a. Limite Imanente (Limite do próprio limite)

Um direito não pode impedir outro direito fundamental: Se a fala, texto, discurso tiver a
conotação de ódio.

40.000 autoridades que têm foro especial: prefeitos (Que são em torno de 5.000), membros do MP,
magistrados... no final, 513 deputados, 81 senadores, deputados, governadores de estados + o
presidente. Em todo os casos são para crimes PENAIS em razão do MANDATO. Não tem foro especial
para ação cível.

ART. 30, I - PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DE INTERESSE: Interpreta todo o art. 30 com base no inciso I. EX:
Municipio pode legislar assunto de direito urbanístico, porque havendo legislação da União/estado sobre
o tema ele pode legislar na forma do inciso II do art.30 (suplementara a legis. fed. e estad. DESDE QUE
HAJA NORMAS DE DIREITO URBANISTICO FED E ESTAD.)

ART.30, IV - O que é um distrito(que o município pode criar, extinguir ou modificar)?Quando o territorio


do municipio tá muito grande uma parte é urbana (sede) e o resto é zona rural (chacreamento, fazendas,
etc), só que um outro pedaço tem uma pequena comunidade bem formada, com pequeno comércio
etc.. que não chega a complexidade da area urbana, mas que tem um grau de vida autonoma, que não
estao dependentes da sede. Às vezes é até longe. O municipio pode formar esse espaço como um
Distrito. EX1: A camara de vereadores (fica na sede) faz reunião no distrito; EX2: Um prefeito nomeia um
administrador das questões distritais.

Como há um núcleo urbano esta área também pode ser considerada área urbana, o que faz grande
diferença. EX3: Se eu tive uma propriedade na área rural e quiser fazer loteamento não posso. O
parcelamento da área urbana pode ser em áreas menores, ao contrário da área rural que o
parcelamento é chacreamento, terrenos maiores.. É vantagem para o proprietario a declaração de zona
urbana.

A ideia é que um distrito crie um outro município, quando o distrito estiver condições de se sustentar
sozinho.

Inciso V - Coleta de lixo, captação/distribuição/tratamento de água, coleta/tratamento de esgoto,


transporte INTRAMUNICIPAL (só dentro do município); ->>> O município pode prestar esse serviço por
ele mesmo, mas também pode autorizar que um terceiro da inciativa privada o execute, que é o caso da
COPASA (ela pede permissão para o municipio para assumir o serviço). Essa permissão tem um prazo,
aqui em BH tinha 30 anos e venceu nos anos 90 e a COPASA tinha que entregar o serviço para a
prefeitura e entregar todos os bens capitalizados, mas as duas partes tinham intenção de continuar com
esse serviço e a COPASA pagou ao Município para ficar mais 30 anos e parte do pagamento se deu em
ações da propria COPASA, por isso que ela é hoje uma empresa pública estadual com pequena
participação do município de BH.

VI- Ensino fundamental e educação infantil (de 0-5 e de 6 até o inicío do Ensino Médio)
VII- Ele é obrigado, mas não é sozinho não. A união e o estado colaboram. Por isso que tem cursos de
capacitação de recligagem etc para professores municipais; Em municipios maiores, eles juntam cidades
daquela região e fazem um hospital de referência.

VIII- Lei de uso e ocupação do solo. EX: mexer na Pampulha e lá não podem construir prédio, porém
também é a área de mais interesse da capital.

Algumas pessoas "compram" a lei para alterar a lei de ocupação do solo.

art. 30 IX <-> art. 24

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DISTRITO FEDERAL

DF não é Brasilia. BSB é a capital federal.

O DF é uma área localizada no centro geografico brasileiro BSB. Em torno de BSB temos as cidades
satélites (aglomerações urbanas proximas à Brasília). BSB é aquele plano piloto do Niemeyer mesmo, e
em torno são as cidades satélites.

A maior parcela do território de BSB é ocupado pela União e não por instituições do DF, e como a
administração do DF não tem jurisdicação sobre a União não é mto simples administrar. Porque aquilo
são orgaos federais (propriedade da União) que podem ter sua autonomia violada.

 1º Vedado o parcelamento em municípios. Não tem municípios.

 O DF ABRIGA A CAPITAL FEDERAL (BSB), MAS ELE TEM ADMINISTRAÇÃO PRÓPRIA.

Tem governo (Poder executivo)

Câmara Legislativa Distrital (P. legislativo)

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (P. Judiciário) -> mas ele é mantido pela
UNIÃO.

A arrecadação do DF mantém dois poderes e um serviço básico de municipio (coleta de lixo, distrb. de
agua...)

A receita tributária do DF está concentrada nos serviços que são prestados para o servidor público

Um crime cometido em BSB é um crime federal.

A União banca muito do que o DF arrecada em condição de recursos

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TERRITÓRIOS

Não temos mais (Fernando de Noronha, Amapá, Roraima..). Mas podemos criar.

Roraima deveria continuar sendo territorio, pq é um estado de pop. mto pouco e tem grande extensão
de reserva indigina (ou seja, administrada pela União), mas é tratado como equivalente aos demais
estados, só que na realidade não é.

Lei federal irá dispor sobre a organização (adm e jud)

Podem ter municípios

Território é tipo uma autarquia da União. É toda dependente, mas de uma maneira é autônoma. Irá ter
governador, contudo não eleito e sim nomeado pelo presidente da república.

É divisão da União e não ente da federação(união, estados, df, municpios). "autarquia territorial"

Sempre haverá poder legislativo ou só nos territorios com mais de 100 mil habitantes? Só nos territórios
com mais de 100 mil habitantes (assim como poder judiciário). A doutrina se divide porque o uso de
ponto e vírgula (;) não necessariamente liga a segunda sentença à primeira.

Sempre haverá governador (tendo 100 mil habitantes ou não)

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