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Ética no Serviço Público para MPU

Técnico Todos os Cargos


Teoria e exercícios comentados
Prof. Erick Alves Aula 01

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AULA 01
Olá pessoal!

Aqui é o Erick Alves, professor de Direito Administrativo do


Estratégia Concursos.

Na aula de hoje vamos falar sobre ética na Administração Pública,


um tema relativamente tranquilo para efeito de prova, mas com muita
aplicação prática no dia-a-dia do agente público.

Seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

Ética Profissional do Servidor público ................................................................................................................ 3


Das regras deontológicas ........................................................................................................................................... 4
Deveres fundamentais do servidor público ....................................................................................................... 6
Vedações ao servidor público .................................................................................................................................. 8
Sistema de Gestão de Ética do Poder Executivo Federal ........................................................................ 14
Competências da Comissão de Ética Pública .................................................................................................. 15
Composição da Comissão de Ética Pública ...................................................................................................... 16
Atuação do Sistema de Gestão da Ética ............................................................................................................. 17
Questões de prova ....................................................................................................................................................... 21
RESUMÃO DA AULA ..................................................................................................................................................... 34
Questões comentadas na aula ............................................................................................................................... 35
Gabarito ............................................................................................................................................................................. 42

Especificamente, vamos estudar as seguintes normas, as quais


devem ser utilizadas para acompanhar a aula:
 Decreto 1.171/1994: aprova o Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
 Decreto 6.029/2007: institui Sistema de Gestão da Ética do Poder
Executivo Federal, e dá outras providências.
Aos estudos!

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ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO

O Decreto 1.171/1994 instituiu o Código de Ética Profissional


do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (o Código é um
anexo ao Decreto).
O normativo estabelece parâmetros de conduta, conceitos, valores e
princípios de natureza ética, além de deveres e vedações da mesma
natureza. Em suma, é um “manual de conduta” a ser seguido pelos
servidores públicos civis do Executivo Federal.
O Código de Ética não é uma norma complexa, a começar pelo
tamanho reduzido. Seu texto é completamente autoexplicativo,
demandando apenas uma leitura atenta para sua correta compreensão.
Ademais, creio que muitas das questões de prova que se baseiam em
códigos de ética podem ser resolvidas apenas com bom senso, se o
candidato considerar as boas normas de conduta e de comportamento que
a sociedade espera do trabalho de um servidor público.
Detalhe importante é que as disposições do Código de Ética são
aplicáveis no âmbito do Poder Executivo Federal, ou seja, não incide
sobre os servidores do Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e do
Tribunal de Contas, que possuem códigos de ética próprios.
Para fins de aplicação do Código entende-se por servidor público
todo aquele que

força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de


natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder
estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor
onde prevaleça o interesse do E

Percebe-se, portanto, que o Código de Ética tem uma abrangência


semelhante à da Lei de Improbidade Administrativa, abrangendo
servidores estatutários efetivos e comissionados, empregados públicos,
agentes temporários e agentes em colaboração com o Estado, com a
diferença de que o Código de Ética é restrito ao Poder Executivo Federal.
O Código inicia apresentando uma série de regras deontológicas,
isto é, diretrizes morais que devem nortear a conduta dos servidores

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 dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e
deliberar sobre casos omissos;
 apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com
as normas éticas pertinentes; e

 recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a


que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a
disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e
disciplina;

 Representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder


Executivo Federal; e

 Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração


Federal e comunicar à Comissão de Ética Pública (CEP) situações que
possam configurar descumprimento de suas normas.

Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva,


vinculada administrativamente à instância máxima da entidade ou órgão,
para cumprir plano de trabalho por ela aprovado e prover o apoio técnico
e material necessário ao cumprimento das suas atribuições.
As Secretarias-Executivas serão chefiadas por servidor ou empregado
do quadro permanente da entidade ou órgão, ocupante de cargo de
direção compatível com sua estrutura, alocado sem aumento de despesas
(Decreto 6.029/2007, art. 7º, §§1º e 2º).
É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública
Federal assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de
Ética cumpram suas funções, inclusive para que não resulte qualquer
prejuízo ou dano aos seus integrantes decorrente do regular exercício das
atribuições na Comissão (Decreto 6.029/2007, art. 6º).
Os casos de violação ao Código de Ética devem ser levados à
respectiva Comissão de Ética constituída no âmbito do órgão ou entidade.
A Comissão possui competência para aplicar ao servidor público infrator a
pena de censura.

A pena aplicável pela violação ao Código de


Ética é a censura.

Os fundamentos da censura devem constar do respectivo parecer,


assinado por todos os integrantes da Comissão. Se algum dos integrantes

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estiver ausente quando da formulação do parecer, a Comissão deverá dar-
lhe ciência.
A censura ética fica registrada nos assentamentos funcionais do
servidor, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos
os demais procedimentos próprios da sua carreira. Para que isso ocorra, a
Comissão de Ética deve fornecer, aos organismos encarregados da
execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua
conduta ética.

1. (Cespe – MDIC 2014) O item apresenta uma situação hipotética, seguida de


uma assertiva a ser julgada com base no Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal.
Em uma repartição onde há atendimento ao público para fornecimento de certidões,
a emissão de documentos foi interrompida em virtude de problemas técnicos,
quando ainda havia tempo razoável de expediente de trabalho. Entretanto, um
servidor público, sem buscar informações junto aos profissionais técnicos, exigiu que
todos os cidadãos se retirassem das instalações do órgão e voltassem no dia
seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os motivos da decisão ou da
interrupção do serviço. Nessa situação, o servidor público cometeu infração ética,
uma vez que compete a ele informar aos usuários os motivos da paralisação do
serviço, pois o aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o público é um
dever ético-funcional.
Comentário: O item está em conformidade com o seguinte dispositivo do
Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de
comunicação e contato com o público;
Uma vez que o servidor descumpriu o dever acima, pode-se afirmar que
ele cometeu uma infração ética.
Gabarito: Certo

2. (Cespe – MDIC 2014) O item apresenta uma situação hipotética, seguida de


uma assertiva a ser julgada com base no Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal.
Em uma sociedade de economia mista que desenvolve atividade de prevalente

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interesse do Estado, determinado empregado falta ao trabalho frequentemente, sem
justificativas. Nessa situação, a conduta do empregado constitui falta apenas em
relação à Consolidação das Leis do Trabalho e ele não está sujeito ao Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Comentário: A conduta do empregado também representa
descumprimento de dever estabelecido pelo Código de Ética do Servidor
Público:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos
ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
Gabarito: Errado

3. (Cespe – MTE 2014) A função pública, para todos os efeitos, deve ser tida
como exercício profissional, não se integrando à vida particular do servidor público, o
qual deve ser capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem comum.
Comentário: Segundo o Código de Ética:
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir
o seu bom conceito na vida funcional.
Gabarito: Errado

4. (Cespe – MTE 2014) No que tange aos princípios morais, o Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos primados
da dignidade e da consciência como normas hierarquicamente superiores aos
primados da eficácia e do zelo, visto que estes representam princípios técnicos de
caráter secundário.
Comentário: Os princípios da dignidade, da consciência, da eficácia e do
zelo são tratados com a mesma importância no Código de Ética. Vejamos:
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais
são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do
cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder
estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação
da honra e da tradição dos serviços públicos.
Gabarito: Errado

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5. (Cespe – MTE 2014) Considere que Vagner, servidor do MTE, no final de


semana, quando não trabalhava, tenha feito circular mensagem de correio eletrônico
que caluniava Sílvia, colega de trabalho. Nessa situação, como a mensagem não
partiu do espaço de trabalho e foi feita fora do horário de serviço, Vagner não
cometeu atitude que fira o Código de Ética do MTE.
Comentário: O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento
ético de sua conduta, seja no exercício do cargo ou função, seja fora dele.
Sendo assim, as disposições do Código de Ética devem ser observadas pelo
servidor ainda que esteja fora do horário de serviço. Portanto, na questão, a
circulação da mensagem caluniosa no final de semana representa violação ao
seguinte dispositivo do Código:
XV - E vedado ao servidor público:
(...)
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos
que deles dependam;
Gabarito: Errado

6. (Cespe – Polícia Federal 2014) De acordo com o Código de Ética Profissional


do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, tratar mal um cidadão significa
causar-lhe dano moral.
Comentário: Segundo o Código de Ética do Servidor Público:
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus
tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma
forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o,
por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua
inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
Gabarito: Certo

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SISTEMA DE GESTÃO DE ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

O Decreto 6.029/2007 instituiu o Sistema de Gestão da Ética do


Poder Executivo Federal.
O Sistema possui a finalidade de promover atividades que dispõem
sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, por exemplo,
integrando órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública,
contribuindo para a promoção da transparência e do acesso à informação,
ou promovendo a compatibilização e interação de normas, procedimentos
técnicos e de gestão relativos à ética pública.
O Sistema de Gestão da Ética possui a seguinte composição:
 Comissão de Ética Pública – CEP;

 Comissões de Ética criadas conforme o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto 1171 de
22/06/1994);
 Demais comissões de ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder
Executivo Federal.

Note que o Sistema de Gestão Ética é composto pelas comissões de


ética criadas em cumprimento ao Código de Ética do servidor público do
Executivo Federal – aquelas que estudamos anteriormente – e também
por outras comissões de ética criadas independentemente do Código e,
ainda, pela chamada Comissão de Ética Pública (CEP), sobre a qual
falaremos mais adiante.
O Decreto 6.029/2007 trata também da Rede de Ética do Poder
Executivo Federal, com o objetivo de promover a cooperação técnica e a
avaliação em gestão da ética (art. 9º).
A Rede de Ética é integrada pelos representantes das Comissões
que Ética que compõem o Sistema de Gestão da Ética, quais sejam a CEP,
as comissões de ética constituídas com base no Código de Ética do
servidor e as demais comissões e equivalentes nas entidades e órgãos do
Poder Executivo Federal. Ou seja, o “Sistema” é composto pelas próprias
comissões e a “Rede” é composta pelos representantes dessas comissões.
Os integrantes da Rede de Ética se reúnem pelo menos uma vez
por ano, sob a coordenação da CEP, para avaliar o programa e as ações
para a promoção da ética na administração pública.
Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser
desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:

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 Proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;

 Proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob


reserva, se este assim o desejar; e
 Independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos
fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto.

COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA

A Comissão de Ética Pública, vinculada ao Presidente da


República, tem como missão zelar pelo cumprimento do Código de
Conduta da Alta Administração Federal, orientar as autoridades para que
se conduzam de acordo com suas normas e, com isso, inspirar o respeito
no serviço público.
Conforme o art. 4º do Decreto 6.029/2007, compete à CEP:
 Atuar como instância consultiva do Presidente da República e
Ministros de Estado em matéria de ética pública;

 Administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração


Federal, devendo:

o submeter ao Presidente da República medidas para seu


aprimoramento;
o dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas,
deliberando sobre casos omissos;
o apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo
com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades
a ele submetidas;
 Dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
(Decreto 1.171/1994);
 Coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética
Pública do Poder Executivo Federal;
 Aprovar o seu regimento interno; e

 Escolher o seu Presidente (o qual terá voto de qualidade nas


deliberações da Comissão).

À CEP cumpre, ainda, responder a consultas sobre aspectos


éticos que lhe forem dirigidas pelas demais comissões de ética e pelos
órgãos e entidades que integram o Executivo Federal, bem como pelos
cidadãos e servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou
função na Administração Federal (art. 16, §2º).

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Ademais, compete à CEP apurar as infrações de natureza ética
cometidas por membro das comissões de ética constituídas no âmbito
dos órgãos e entidades do Executivo Federal (art. 21).

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA

A CEP, conforme o art. 3º do Decreto 6.029/2007, deve ser composta


por sete brasileiros que preencham os seguintes requisitos:
 Idoneidade moral;

 Reputação ilibada;
 Notória experiência em administração pública.

Os integrantes da CEP são designados pelo Presidente da


República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida
uma única recondução. Detalhe é que os integrantes da CEP não
precisam ser, necessariamente, servidores públicos.
A ideia dos mandatos não serem coincidentes é para que não haja
renovação total da comissão de uma vez só. É o mesmo que ocorre, por
exemplo, no Senado Federal, em que as eleições renovam 2/3 ou 1/3 da
Casa por vez.
Para impedir a renovação total dos integrantes da CEP de uma vez
só, o art. 3º, §3º do Decreto 6.029/2007 estabelece que “os mandatos
dos primeiros membros serão de um, dois e três anos, estabelecidos no
decreto de designação”. Portanto, a fim de garantir a não coincidência de
mandatos, alguns dos primeiros membros da CEP, que ocuparam os
cargos quando a Comissão foi criada, tiveram mandatos inferiores a três
anos. A partir de então, os novos integrantes são designados para
mandatos de três anos, permitida uma única recondução.
Importante ressaltar que a atuação no âmbito da CEP não enseja
qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos nela
desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço
público.
A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa
Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico
e administrativo aos trabalhos da Comissão.

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ATUAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA

 Quem pode provocar a atuação da CEP ou outra comissão de


ética?
A CEP e as demais comissões de ética podem atuar por iniciativa
própria (de ofício) ou em razão de denúncia fundamentada, visando
à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou setor
específico de ente estatal.
Segundo o art. 11 do Decreto 6.029/2007, “qualquer cidadão, agente
público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de
classe” poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão de Ética,
Entende-se por agente público, para os fins de aplicação do Decreto
6.029/2007 – tanto como denunciante como denunciado –, todo aquele
que, por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços
de natureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda
que sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da administração
pública federal, direta e indireta.

 Como se desenvolve o processo de apuração de falta ética?


Para fundamentar suas conclusões, as Comissões de Ética poderão
requisitar os documentos que entenderem necessários à instrução
probatória e, também, promover diligências e solicitar parecer de
especialista.
Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão
tratamento prioritário às solicitações de documentos enviadas pelas
Comissões de Ética, sendo vedado às autoridades competentes alegar
sigilo para deixar de prestar a informação solicitada.
Importante assinalar que qualquer procedimento instaurado para
apuração de prática em desrespeito às normas éticas será mantido com a
chancela de “reservado”, até que esteja concluído. Concluída a
investigação e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética do
órgão ou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados.
Porém, na hipótese de os autos estarem instruídos com documento
acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento, mesmo
após a conclusão do processo, somente será permitido a quem detiver
igual direito perante o órgão ou entidade originariamente encarregado da
sua guarda. Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser
mantidos, as Comissões de Ética, depois de concluído o processo de

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investigação, providenciarão para que tais documentos sejam
desentranhados dos autos, lacrados e acautelados.
Ressalte-se que os processos de apuração instaurados pelas
Comissões de Ética devem sempre respeitar as garantias do
contraditório e da ampla defesa.
Nesse sentido, dispõe o art. 14 do Decreto 6.029/2007, que qualquer
pessoa que esteja sendo investigada tem o direito de “saber o que lhe
está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos
autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha
sido notificada da existência do procedimento investigatório”.
Além disso, o investigado possui o direito de obter cópia dos autos
e de certidão do seu teor.
A fim de assegurar o amplo exercício do direito de defesa, o
Decreto 6.029/2007 estabelece, ainda, que o investigado deverá ser
notificado para que apresente manifestação, por escrito, no prazo de
dez dias a contar da notificação. Além da manifestação escrita, o
investigado também poderá produzir a prova documental que entender
necessária à sua defesa.
Na hipótese de novos elementos de prova serem juntados aos autos
da investigação após a manifestação do investigado, este será notificado
para nova manifestação, a ser feita também no prazo de dez dias.
Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão
decisão conclusiva e fundamentada, ou seja, decidirão se o investigado
cometeu ou não infração ética e apresentarão as razões de fato e de
direito que levaram a tal conclusão.
As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou
ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas
em ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados,
divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão de
Ética Pública.
Sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos penais,
civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, as
Comissões de Ética deverão encaminhar cópia dos autos às autoridades
competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de
sua competência.
Detalhe é que as Comissões de Ética não poderão escusar-se de
proferir decisão sobre matéria de sua competência alegando omissão do

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Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do
Código de Ética do órgão ou entidade. Caso exista alguma omissão, ela
deverá ser suprida pela analogia e pela invocação aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

 Quais as providências que as Comissões de Ética devem tomar


se concluírem por falta ética?
Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das
providências previstas no Código de Conduta da Alta Administração
Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintes
providências, no que couber:
 Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de
confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao
órgão de origem, conforme o caso;
 Encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da União
ou unidade específica do Sistema de Correição do Poder Executivo
Federal de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005, para
exame de eventuais transgressões disciplinares; e

 Recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a


gravidade da conduta assim o exigir.

Lembrando que, no caso de infração ao Código de Ética Profissional


do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, a pena é de
censura.

 E o que mais é importante saber sobre o Sistema de Gestão da


Ética?
Segundo o art. 15 do Decreto 6.029/2007, todo ato de posse,
investidura em função pública ou celebração de contrato de
trabalho dos agentes públicos deverá ser acompanhado da prestação de
compromisso solene de acatamento e observância das regras
estabelecidas pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal, pelo
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal e pelo Código de Ética do órgão ou entidade, conforme o caso.
Ademais, a posse em cargo ou função pública que submeta a
autoridade às normas do Código de Conduta da Alta Administração
Federal deve ser precedida de consulta da autoridade à Comissão de

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Ética Pública, acerca de situação que possa suscitar conflito de
interesses.
Por fim, cumpre anotar que, conforme o art. 22 do Decreto
6.029/2007, a Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de
sanções aplicadas pelas Comissões de Ética dos órgãos e entidades, e
também de suas próprias sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou
entidades da Administração Pública Federal, em casos de nomeação para
cargo em comissão ou de alta relevância pública.
*****

Pessoal, com isso terminamos a parte teórica da aula de hoje. Vamos


agora resolver algumas questões de prova. 

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QUESTÕES DE PROVA

7. (ESAF – ANAC 2016) Conforme o item XV, do Artigo 3, do Decreto n.


1.171/1994, que institui o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor, exceto:
a) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.
b) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para
influenciar outro servidor para o mesmo fim.
c) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses
de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores.
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
e) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências,
para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
Comentários: Das alternativas da questão, apenas a letra “a” não
constitui uma vedação, e sim um dever do servidor público.
Gabarito: alternativa “a”

8. (ESAF – ANAC 2016) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são deveres do servidor público,
exceto:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de
que seja titular.
b) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos
bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
c) ceder às pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e
outros que visem obter quaisquer favores.
d) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de
comunicação e contato com o público.
e) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos.
Comentários: Das alternativas da questão, apenas a letra “c” não
constitui um dever do servidor público. Na verdade, o Código de Ética prevê
que o servidor, ao invés de ceder, deve “resistir a todas as pressões de

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superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem
obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de
ações morais, ilegais ou aéticas e denunciá-las”.
Gabarito: alternativa “c”

9. (ESAF – ANAC 2016) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são vedações ao servidor público,
exceto:
a) utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento
para atendimento do seu ofício.
b) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
c) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço,
em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
d) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração
ao Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
e) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
Comentários: Das alternativas da questão, apenas a letra “a” não
constitui uma vedação ao servidor público. Na verdade, o Código de Ética
prevê que ao servidor é vedado “deixar de utilizar os avanços técnicos e
científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu
mister”.
Gabarito: alternativa “a”

10. (ESAF – ANAC 2016) As assertivas a seguir tratam de Ética no Serviço


Público. Analise-as e assinale a opção que se enquadra entre as "vedações ao
servidor público", no exercício de sua função.
a) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
b) Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.
c) Exercer atividade profissional aética ou ligar seu nome a empreendimentos de
cunho duvidoso.
d) Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste
Código de Ética, estimulando seu integral cumprimento.
e) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.

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Comentários: Das alternativas da questão, apenas a letra “c” se enquadra
entre as "vedações ao servidor público" previstas no Código de Ética. Todas
as demais constituem deveres do servidor público, previstos na mesma
norma.
Gabarito: alternativa “c”

11. (ESAF – ANAC 2016) Assinale a opção que não pertence ao conjunto de
Regras Deontológicas do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal.
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo
ou função ou fora dele, uma vez que refletirá o exercício da vocação do próprio
poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
b) O servidor público deve resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos,
de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses
ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e
denunciá-las.
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o
mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
d) A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida,
que a moralidade administrativa se integre ao Direito como elemento indissociável
de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de
legalidade.
e) O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, uma vez que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu
maior patrimônio.
Comentários: Das alternativas da questão, apenas a letra “b” não consta
dentre as regras deontológicas previstas no Código de Ética. Na verdade, o
item “b” reproduz um dever do servidor público previsto na norma.
Gabarito: alternativa “b”

12. (ESAF – Ministério da Fazenda 2013) A respeito da ética profissional do


servidor público civil do poder executivo federal, analise as afirmativas abaixo,
classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção que
contenha a sequência correta.

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( ) O servidor público deve pautar sua conduta pelo princípio da legalidade, devendo
sempre decidir entre o legal e o ilegal, abstendo-se de agir segundo a ponderação
entre o honesto e o desonesto.
( ) O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é
que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
( ) Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
a) V, V, V
b) F, V, V
c) F, F, F
d) V, F, V
e) V, F, F
Comentário: Vamos analisar cada assertiva:
I) FALSA. Além da legalidade, o servidor também deve ponderar entre o
honesto e o desonesto. É o que prevê o Código de Ética do Servidor Público:
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente
entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e §
4°, da Constituição Federal.
II) VERDADEIRA. A ideia de moralidade, segundo o Código de Ética do
Servidor Público, possui estreita relação com o atingimento do bem comum:
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o
mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
III) VERDADEIRA.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corretivo do
hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a
dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
Gabarito: alternativa “b”

13. (ESAF – MTur 2014) As comissões de ética pública, dispostas no Decreto n.


1.171/1994, constituem-se de:
I. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta.
II. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta.

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III. autarquias e fundações.
IV. qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público.
V. órgãos e entidades da Administração Pública e Poder Judiciário.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e IV apenas.
c) IV e V apenas.
d) I, II, III e IV apenas.
e) Todas estão corretas.
Comentário: A resposta está no seguinte dispositivo do Código de Ética:
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta,
indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de
Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer
concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.
Como se nota, apenas o item V não está presente no dispositivo acima.
Com efeito, o Poder Judiciário não está sujeito ao Decreto 1.171/1994, que
instituiu o Código de Ética do servidor público civil no âmbito do Poder
Executivo Federal.
Gabarito: alternativa “d”

14. (ESAF – MTur 2014) De acordo com o Código de Ética, conforme Decreto n.
1.171, de 22 de junho de 1994, assinale a opção incorreta.
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais
devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele.
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, não se
integra na vida particular de cada servidor público.
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o
mal.
d) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral.
e) A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
desmoralização do serviço público.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:

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a) CERTA, nos termos do item I do Código de Ética:
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal.
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da
honra e da tradição dos serviços públicos.

b) ERRADA. É exatamente o contrário: a função pública deve ser tida


como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada
servidor público. É o que diz o item VI do Código de Ética:
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra
na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.

c) CERTA, nos termos do item III do Código de Ética:


III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o
mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.
d) CERTA, nos termos do item IX do Código de Ética:
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus
tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma
forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o,
por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua
inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
e) CERTA, nos termos do item XII do Código de Ética:
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas
relações humanas.
Gabarito: alternativa “b”

15. (ESAF – Ministério da Fazenda 2014) O anexo do Decreto n. 1.171, de 22 de


junho de 1994, dispõe sobre o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal. O referido ato normativo traz várias disposições
relacionadas com tal matéria. Diante do exposto, assinale a opção incorreta, no
tocante aos principais deveres do servidor público ali abordados.
a) O servidor público deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências
cabíveis.

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b) O servidor público deve manter-se atualizado com as instruções, as normas de
serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções.
c) O servidor público deve apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função.
d) O servidor público deve ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o
sistema.
e) O servidor público deve ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o interessado.
Comentário: vamos analisar cada assertiva:
a) CERTA, nos termos do item XIV, “m” do Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário
ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;
b) CERTA, nos termos do item XIV, “q” do Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação
pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
c) CERTA, nos termos do item XIV, “p” do Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
d) CERTA, nos termos do item XIV, “l” do Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos
ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
e) ERRADA. Quando estiver diante de duas opções, o servidor deverá
escolher a melhor e a mais vantajosa para o bem comum, e não para o
interessado. É o que dispõe o item XIV, “c” do Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
(...)

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c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;

Gabarito: alternativa “e”

16. (ESAF – Ministério da Fazenda 2014) Assinale a opção incorreta em relação


às vedações ao Servidor Público constantes no Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
a) Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
b) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente.
c) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que
deles dependam.
d) Retirar, da repartição pública, salvo com autorização hierárquica, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
e) Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de
cunho duvidoso.
Comentário: A resposta é a alternativa “d”. Com efeito, é vedado ao
servidor retirar da repartição pública qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público quando não estiver legalmente autorizado.
Portanto, se ele contar com uma autorização legal (e não hierárquica), ele
poderá retirar o material, desde que para fins públicos e legais, é claro. Todas
as demais alternativas apresentam vedações presentes no Código de Ética, a
saber:
XV - E vedado ao servidor público:
(...)
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que
deles dependam;
(...)
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
(...)
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público;
(...)
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
(...)

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p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de
cunho duvidoso.
Gabarito: alternativa “d”

17. (ESAF – MIN 2012) Considerando-se as normas aplicáveis ao Sistema de


Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, assinale a opção incorreta.
a) As pessoas jurídicas de direito privado podem provocar a atuação de Comissão
de Ética para apuração de infração ética imputada a agente público.
b) As Comissões de Ética, ao concluir pela existência de falta de ética, poderão
aplicar ao servidor penas disciplinares como a de advertência e suspensão.
c) A abertura de processo para apuração de infração de natureza ética não depende
de recebimento de denúncia.
d) Até sua conclusão, os procedimentos instaurados para apuração de possíveis
infrações das normas éticas serão mantidos com a chancela de "reservado".
e) Nem sempre a identidade do denunciante de infração às normas éticas será
mantida sob reserva.
Comentários: vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA, nos termos do art. 11 do Decreto 6.029/2007:
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado,
associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão
de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou
setor específico de ente estatal.
Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins deste Decreto, todo
aquele que, por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuição
financeira, a órgão ou entidade da administração pública federal, direta e indireta.
b) ERRADA. A única pena que pode ser aplicada aos servidores públicos
pelas Comissões de Ética é a censura. É o que diz o item XXII do Código de
Ética (Decreto 1.171/1994):
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e
sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso.
c) CERTA. A abertura de processo para apuração de infração de natureza
ética pode ser por meio de denúncia ou de ofício, vale dizer, por iniciativa da
Comissão de Ética, nos termos do art. 12 do Decreto 6.029/2007:
Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no
Código de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal será instaurado, de ofício ou em
razão de denúncia fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do

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contraditório e da ampla defesa, pela Comissão de Ética Pública ou Comissões de
Ética de que tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme o caso, que notificará o
investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias.

d) CERTA, nos termos do art. 13 do Decreto 6.029/2007:


Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado”, até que esteja concluído,
qualquer procedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às
normas éticas.
§ 1o Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética
do órgão ou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados.
§ 2o Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por
sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento somente será permitido a quem detiver
igual direito perante o órgão ou entidade originariamente encarregado da sua guarda.
§ 3o Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as
Comissões de Ética, depois de concluído o processo de investigação, providenciarão
para que tais documentos sejam desentranhados dos autos, lacrados e acautelados.
e) CERTA. O sigilo da identidade do denunciante só será mantido se este
assim o desejar. É o que prevê o art. 10 do Decreto 6.029/2007:
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser
desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva,
se este assim o desejar; e
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as
garantias asseguradas neste Decreto.
Gabarito: alternativa “b”

18. (ESAF – MTur 2014) Julgue os itens a seguir e assinale a opção correta.
I. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco brasileiros que preencham
os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada e notória experiência,
designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, permitida
uma única recondução.
II. A atuação na Comissão de Ética Pública enseja remuneração para seus
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de
relevante serviço público.
III. Compete à Comissão de Ética Pública apurar condutas em desacordo com as
normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas.
IV. A Comissão de Ética Pública contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à
Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico e
administrativo aos trabalhos da Comissão.

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V. À pessoa que esteja sendo investigada, é assegurado o direito de ter vista dos
autos, no recinto das Comissões de Ética, somente após ter sido notificada da
existência do procedimento investigatório.
a) apenas I e IV estão corretos.
b) apenas II, III e IV estão corretos.
c) apenas III e IV estão corretos.
d) apenas I, II e III estão corretos.
e) Todos estão corretos.
Comentário:
I) ERRADA. A CEP será composta por sete brasileiros que preencham os
requisitos assinalados. É o que diz o art. 3º do Decreto 6.029/2007:
Art. 3o A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de
idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública,
designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não
coincidentes, permitida uma única recondução.
II) ERRADA. Nos termos do art. 3º, §1º do Decreto 6.029/2007, “a atuação
no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus membros e os
trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço
público”.
III) CERTA, nos termos do art. 4º, II “c” do Decreto 6.029/2007:
Art. 4o À CEP compete:
(...)
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal,
devendo:
a) submeter ao Presidente da República medidas para seu aprimoramento;
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos
omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as
normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas;
Perceba que a banca transcreveu literalmente a alínea “c” acima, e não se
deu ao trabalho nem de especificar o objeto da expressão “nele previstas”. No
caso, a expressão se refere ao Código de Conduta da Alta Administração
Federal.
IV) CERTA, nos termos do art. 4º, parágrafo único do Decreto 6.029/2007:

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Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa
Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico e
administrativo aos trabalhos da Comissão.

V) ERRADA. Conforme o art. 14 do Decreto 6.029/2007, a pessoa pode ter


vista dos autos mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do
procedimento investigatório.
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado o direito de
saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista
dos autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha sido
notificada da existência do procedimento investigatório.
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia dos autos e
de certidão do seu teor.

Gabarito: alternativa “c”

19. (Cespe – INSS 2016) Bruno, servidor contratado temporariamente para prestar
serviços a determinado órgão público federal, praticou conduta vedada aos
servidores públicos pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal.
Mesmo prestando serviço de natureza temporária, Bruno está sujeito às disposições
contidas nos Decretos 1.171/94 e 6.029/2007.
Comentários: O Código de Ética abrange servidores estatutários efetivos
e comissionados, empregados públicos, agentes temporários e agentes em
colaboração com o Estado. Portanto, Bruno, mesmo sendo servidor
contratado temporariamente, está sim sujeito ao Código de Ética.
Gabarito: Certo

20. (Cespe – INSS 2016) Durante o procedimento de apuração da conduta de


Bruno, a comissão de ética deverá garantir-lhe proteção à sua honra e à sua
imagem.
Comentários: O item está correto, conforme o seguinte dispositivo do
Decreto 6.029/2007:
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser
desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;

Gabarito: Certo

21. (Cespe – INSS 2016) Se, para a infração praticada por Bruno, estiverem
previstas as penalidades de advertência ou suspensão, a comissão de ética será
competente para, após o regular procedimento, aplicar diretamente a penalidade.

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Comentários: A comissão de ética não aplica diretamente as sanções de
advertência e suspensão, mas apenas recomenda a instauração de
procedimento disciplinar para a eventual aplicação dessas penalidades. A
comissão de ética só aplica a pena de censura.
Gabarito: Errado

22. (Cespe – INSS 2016) Em razão da relevância do serviço público prestado, é


vitalício o mandato de membro integrante da Comissão de Ética Pública, o que evita
interferências externas na atuação da comissão.
Comentário: O mandato dos membros da CEP é de três anos, e não
vitalício (Decreto 6.029/2007, art. 3º).
Gabarito: Errado

23. (Cespe – INSS 2016) Embora deva respeitar a hierarquia, o servidor público
está obrigado a representar contra ações manifestamente ilegais de seus superiores
hierárquicos.
Comentário: Segundo o Código de Ética, é dever do servidor público “ter
respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra
qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder
Estatal”.
Gabarito: Certo

24. (Cespe – INSS 2016) O rol de legitimados a provocar a atuação da Comissão


de Ética Pública, prevista no Decreto 6.029/2007, é restrito a agentes públicos,
sendo, entretanto, permitido a qualquer cidadão provocar a atuação das comissões
de ética de que trata o Decreto 1.171/94.
Comentário: O rol de legitimados a provocar a atuação da CEP não é
restrito a agentes públicos, conforme prevê o art. do Decreto 6.029/2007:
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado,
associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de
Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente público,
órgão ou setor específico de ente estatal.
Gabarito: Errado
*****
É isso pessoal. Ficamos por aqui. Espero que tenham aproveitado a
aula.
Bons estudos!

Erick Alves
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RESUMÃO DA AULA
Código de Ética do servidor público civil do Poder Executivo Federal:

 Aplicável apenas no âmbito de Poder Executivo Federal;


 Abrange servidores estatutários efetivos e comissionados, empregados públicos, agentes
temporários e agentes em colaboração com o Estado.
 Deve ser observado pelo servidor tanto na vida profissional como na particular.

 Atuam como instância consultiva e aplicam o Código de Ética, conduzindo procedimentos


administrativos específicos.
 Devem ser constituídas no âmbito de cada órgão ou entidade.
 Integrada por 3 membros titulares e 3 suplentes escolhidos entre servidores e
Comissões de
empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente máximo da
Ética
respectiva entidade ou órgão;
 O mandato dos membros é de 3 anos, não coincidentes.
 Em caso de infração ética, a Comissão pode aplicar a pena de censura, a qual fica
registrada nos assentos funcionais do servidor.

Sistema de Gestão de Ética do Poder Executivo Federal

 Comissão de Ética Pública - CEP


Composição  Comissões de Ética criadas para atender o Código de Ética
 Demais comissões de ética e equivalentes

 Rede de Ética do Poder Executivo Federal: integrada pelos representantes das comissões que
compõem o Sistema de Ética; se reúnem pelo menos uma vez por ano, sob a coordenação da
CEP, para avaliar o programa e as ações para a promoção da ética na Administração Pública.

 Atua como instância consultiva do Presidente da República e Ministros de Estado em


matéria de ética pública;
 Administra a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal;
 Responde consultas sobre aspectos éticos encaminhadas pelas demais comissões.
Comissão de  Apura infrações de natureza ética cometidas por membro das Comissões de Ética.
Ética Pública -
CEP  Composição: sete brasileiros, que possuam idoneidade moral, reputação ilibada e notória
experiência em administração pública.
 Os membros são designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos,
não coincidentes, permitida uma única recondução.
 Os membros não recebem remuneração.

 As comissões de ética podem atuar de ofício ou por denúncia de qualquer cidadão, agente
público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe;

 Os processos de apuração ética serão reservados, até que sejam concluídos;

 O investigado deve ser notificado para se manifestar, por escrito, no prazo de 10 dias.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (Cespe – MDIC 2014) O item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal.
Em uma repartição onde há atendimento ao público para fornecimento de certidões, a
emissão de documentos foi interrompida em virtude de problemas técnicos, quando ainda
havia tempo razoável de expediente de trabalho. Entretanto, um servidor público, sem
buscar informações junto aos profissionais técnicos, exigiu que todos os cidadãos se
retirassem das instalações do órgão e voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer
informação sobre os motivos da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o
servidor público cometeu infração ética, uma vez que compete a ele informar aos usuários
os motivos da paralisação do serviço, pois o aperfeiçoamento da comunicação e do contato
com o público é um dever ético-funcional.

2. (Cespe – MDIC 2014) O item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil
do Poder Executivo Federal.
Em uma sociedade de economia mista que desenvolve atividade de prevalente interesse do
Estado, determinado empregado falta ao trabalho frequentemente, sem justificativas. Nessa
situação, a conduta do empregado constitui falta apenas em relação à Consolidação das
Leis do Trabalho e ele não está sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo.

3. (Cespe – MTE 2014) A função pública, para todos os efeitos, deve ser tida como
exercício profissional, não se integrando à vida particular do servidor público, o qual deve
ser capaz de distinguir entre seus interesses privados e o bem comum.

4. (Cespe – MTE 2014) No que tange aos princípios morais, o Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal trata dos primados da
dignidade e da consciência como normas hierarquicamente superiores aos primados da
eficácia e do zelo, visto que estes representam princípios técnicos de caráter secundário.

5. (Cespe – MTE 2014) Considere que Vagner, servidor do MTE, no final de semana,
quando não trabalhava, tenha feito circular mensagem de correio eletrônico que caluniava
Sílvia, colega de trabalho. Nessa situação, como a mensagem não partiu do espaço de
trabalho e foi feita fora do horário de serviço, Vagner não cometeu atitude que fira o Código
de Ética do MTE.

6. (Cespe – Polícia Federal 2014) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, tratar mal um cidadão significa causar-lhe
dano moral.

7. (ESAF – ANAC 2016) Conforme o item XV, do Artigo 3, do Decreto n. 1.171/1994, que
institui o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
é vedado ao servidor, exceto:

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a) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei.
b) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor
para o mesmo fim.
c) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de
ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou
com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores.
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
e) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem.

8. (ESAF – ANAC 2016) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, são deveres do servidor público, exceto:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja
titular.
b) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,
direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
c) ceder às pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que
visem obter quaisquer favores.
d) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de
comunicação e contato com o público.
e) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na
adequada prestação dos serviços públicos.

9. (ESAF – ANAC 2016) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, são vedações ao servidor público, exceto:
a) utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
atendimento do seu ofício.
b) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrimônio público.
c) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
d) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração ao
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
e) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe dano moral ou material.

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10. (ESAF – ANAC 2016) As assertivas a seguir tratam de Ética no Serviço Público.
Analise-as e assinale a opção que se enquadra entre as "vedações ao servidor público", no
exercício de sua função.
a) Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
b) Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos.
c) Exercer atividade profissional aética ou ligar seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso.
d) Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código
de Ética, estimulando seu integral cumprimento.
e) Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei.

11. (ESAF – ANAC 2016) Assinale a opção que não pertence ao conjunto de Regras
Deontológicas do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal.
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função ou fora dele, uma vez que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal.
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da
tradição dos serviços públicos.
b) O servidor público deve resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las.
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.
d) A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a
moralidade administrativa se integre ao Direito como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.
e) O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, uma vez que, como cidadão, integrante da
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

12. (ESAF – Ministério da Fazenda 2013) A respeito da ética profissional do servidor


público civil do poder executivo federal, analise as afirmativas abaixo, classificando-as como
verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.

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( ) O servidor público deve pautar sua conduta pelo princípio da legalidade, devendo sempre
decidir entre o legal e o ilegal, abstendo-se de agir segundo a ponderação entre o honesto e
o desonesto.
( ) O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
( ) Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la, ainda que contrária aos
interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
a) V, V, V
b) F, V, V
c) F, F, F
d) V, F, V
e) V, F, F

13. (ESAF – MTur 2014) As comissões de ética pública, dispostas no Decreto n.


1.171/1994, constituem-se de:
I. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta.
II. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta.
III. autarquias e fundações.
IV. qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público.
V. órgãos e entidades da Administração Pública e Poder Judiciário.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) II e IV apenas.
c) IV e V apenas.
d) I, II, III e IV apenas.
e) Todas estão corretas.

14. (ESAF – MTur 2014) De acordo com o Código de Ética, conforme Decreto n. 1.171,
de 22 de junho de 1994, assinale a opção incorreta.
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais devem
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele.
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, não se integra na
vida particular de cada servidor público.
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal.
d) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-
lhe dano moral.

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e) A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização
do serviço público.

15. (ESAF – Ministério da Fazenda 2014) O anexo do Decreto n. 1.171, de 22 de junho


de 1994, dispõe sobre o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal. O referido ato normativo traz várias disposições relacionadas com tal
matéria. Diante do exposto, assinale a opção incorreta, no tocante aos principais deveres do
servidor público ali abordados.
a) O servidor público deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis.
b) O servidor público deve manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e
a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções.
c) O servidor público deve apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função.
d) O servidor público deve ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema.
e) O servidor público deve ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do
seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o interessado.

16. (ESAF – Ministério da Fazenda 2014) Assinale a opção incorreta em relação às


vedações ao Servidor Público constantes no Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal.
a) Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
b) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente.
c) Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam.
d) Retirar, da repartição pública, salvo com autorização hierárquica, qualquer documento,
livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
e) Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso.

17. (ESAF – MIN 2012) Considerando-se as normas aplicáveis ao Sistema de Gestão da


Ética do Poder Executivo Federal, assinale a opção incorreta.
a) As pessoas jurídicas de direito privado podem provocar a atuação de Comissão de Ética
para apuração de infração ética imputada a agente público.
b) As Comissões de Ética, ao concluir pela existência de falta de ética, poderão aplicar ao
servidor penas disciplinares como a de advertência e suspensão.
c) A abertura de processo para apuração de infração de natureza ética não depende de
recebimento de denúncia.

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d) Até sua conclusão, os procedimentos instaurados para apuração de possíveis infrações
das normas éticas serão mantidos com a chancela de "reservado".
e) Nem sempre a identidade do denunciante de infração às normas éticas será mantida sob
reserva.

18. (ESAF – MTur 2014) Julgue os itens a seguir e assinale a opção correta.
I. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco brasileiros que preencham os
requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada e notória experiência, designados pelo
Presidente da República, para mandatos de três anos, permitida uma única recondução.
II. A atuação na Comissão de Ética Pública enseja remuneração para seus membros e os
trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público.
III. Compete à Comissão de Ética Pública apurar condutas em desacordo com as normas
nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas.
IV. A Comissão de Ética Pública contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa
Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico e administrativo
aos trabalhos da Comissão.
V. À pessoa que esteja sendo investigada, é assegurado o direito de ter vista dos autos, no
recinto das Comissões de Ética, somente após ter sido notificada da existência do
procedimento investigatório.
a) apenas I e IV estão corretos.
b) apenas II, III e IV estão corretos.
c) apenas III e IV estão corretos.
d) apenas I, II e III estão corretos.
e) Todos estão corretos.

19. (Cespe – INSS 2016) Bruno, servidor contratado temporariamente para prestar
serviços a determinado órgão público federal, praticou conduta vedada aos servidores
públicos pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal.
Mesmo prestando serviço de natureza temporária, Bruno está sujeito às disposições
contidas nos Decretos 1.171/94 e 6.029/2007.

20. (Cespe – INSS 2016) Durante o procedimento de apuração da conduta de Bruno, a


comissão de ética deverá garantir-lhe proteção à sua honra e à sua imagem.

21. (Cespe – INSS 2016) Se, para a infração praticada por Bruno, estiverem previstas as
penalidades de advertência ou suspensão, a comissão de ética será competente para, após
o regular procedimento, aplicar diretamente a penalidade.

22. (Cespe – INSS 2016) Em razão da relevância do serviço público prestado, é vitalício o
mandato de membro integrante da Comissão de Ética Pública, o que evita interferências
externas na atuação da comissão.

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23. (Cespe – INSS 2016) Embora deva respeitar a hierarquia, o servidor público está
obrigado a representar contra ações manifestamente ilegais de seus superiores
hierárquicos.

24. (Cespe – INSS 2016) O rol de legitimados a provocar a atuação da Comissão de Ética
Pública, prevista no Decreto 6.029/2007, é restrito a agentes públicos, sendo, entretanto,
permitido a qualquer cidadão provocar a atuação das comissões de ética de que trata o
Decreto 1.171/94.

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