Você está na página 1de 14

Centro Universitário Claretiano

Curso de Graduação em Educação Física

Atividade portfólio Anatomia humana

Fernando D`Ávila – RA 8058480

Vitória - ES
2018
1)Definir anatomia, anatomia sistemática ou sistêmica, anatomia
segmentar, anatomia de superfície, anatomia funcional, anatomia
aplicada, anatomia radiológica e anatomia comparada.
Anatomia é um ramo da biologia onde se estuda as estruturas dos seres
vivos, que se resumem em sistemas, órgãos e tecidos, sua aparência, posição
das partes, substâncias que os formam, sua localização e a relação com outras
partes do corpo. Anatomia é um estudo microscópio ou macroscópico da
estrutura física dos seres orgânicos. Ela se divide em vários ramos. Anatomia
sistemática ou sistêmica é o estudo do corpo através dos sistemas orgânicos, a
exemplo o sistema esquelético, sistema articular, sistema muscular, etc. A
anatomia de segmentar assim com a Sistêmica, tem sua definição com base no
estudo teórico-prático dos aspectos anatômicos dos seres referentes aos seus
aspectos sistêmicos e segmentares. A anatomia de superfície é o estudo visual
das estruturas anatômicas, sem que se disseque o organismo. A anatomia
funcional é o estudo do corpo humano através das funções de cada sistema
orgânico. A anatomia aplicada tem o estudo focado em diversos campos, como
as atividades médicas, cirúrgicas, etc. Anatomia radiológica estuda a estrutura
e função do corpo usando técnicas de imagens. A anatomia comparada é o
estudo da semelhança entre indivíduos morfológicos (SOUZA, 1986).

2) Conceituar nomenclatura anatômica.

A nomenclatura anatômica, também chamada de terminologia


anatômica, é o nome dado ao conjunto de termos empregados para descrever
o organismo em partes (DANGELO; FATTINI, 2007).

3) Definir a posição anatômica de estudo.

O corpo deverá estar em pé, em posição bípede, com a cabeça e os


olhos voltados para frente, com os membros superiores ao lado do corpo e as
palmas das mãos para frente, os membros inferiores unidos e os pés também
dirigidos para frente. O corpo poderá estar deitado sobre uma mesa (SOUZA,
1986).
4) Explicar os planos de delimitação e os planos de secção do corpo
humano.

Os planos de delimitação limitam o corpo humano nos planos: plano


anterior ou ventral, plano posterior ou dorsal, esses são planos verticais. Os
planos laterais consistem em direito e esquerdo. O plano superior acima da
cabeça, e o plano inferior, abaixo dos pés.

Os planos de secção são base para orientação da dissecação. Os


planos cortam o corpo humano em partes, tendo o plano de secção mediano
divide o corpo humano em metade direita e metade esquerda. Paralelo ao
plano mediano há o plano de secção sagital. O plano de secção frontal ou
coronal divide o corpo em parte anterior e posterior. O plano de secção
transversal ou horizontal divide o corpo humano em metade superior e inferior.

5) Explicar os eixos anatômicos.

Os eixos são linhas imaginárias que atravessam o corpo e une os


centros dos planos de secção. Consiste em 3 eixos: o eixo vertical, longitudinal
ou crânio-caudal; o eixo sagital ou ântero-posterior e o eixo transversal ou
latero-lateral.

6) Estabelecer as relações entre os eixos e os planos de secção.

O eixo vertical, longitudinal ou crânio-caudal, que atravessa o plano de


secção transversal, passa do centro do plano superior para o centro do plano
inferior. O eixo sagital ou ântero-posterior, que atravessa o plano de secção
frontal passa do centro do plano anterior para o centro do plano posterior. O
eixo transversal ou latero-lateral, que atravessa o plano de secção sagital,
passa do centro do plano lateral de um lado para outro (direito-esquerdo).

7) Definir os termos de posição e direção: superior ou cranial, inferior,


caudal ou podátilo, anterior ou ventral, posterior ou dorsal, lateral, medial,
intermédio, mediano, médio, proximal, distal, palmar ou volar, plantar,
interno, externo, superficial, profundo, radial, ulnar, tibial, fibular, ântero-
posterior ou dorsoventral, látero-lateral e longitudinal ou crânio-caudal ou
súpero-inferior.

Os termos mais utilizados são: “medial”,para aquilo que está mais


próximo do plano mediano; “lateral”, para o que está mais distante; e
“intermédio”, que é o que está entre o medial e lateral. Existem, também, os
termos “anterior” ou “ventral”; “posterior” ou “dorsal”; “superior” e “inferior”. Nos
membros, por exemplo, são utilizados os termos “proximal”, para o que está
mais próximo da raiz do membro, e “distal”, para o mais distante.
8) Conceituar: esqueleto, esqueleto axial e esqueleto apendicular.

O sistema esquelético e o articular, embora sejam os responsáveis pela


conformação e sustentação do corpo humano, são considerados os elementos
passivos do movimento, ou seja, permanecem imóveis, necessitando dos
músculos para que os movimentos ocorram. Os músculos, portanto, são os
elementos ativos do movimento. O sistema esquelético é formado por 206
ossos, que compõem o corpo humano adulto. Os ossos são os elementos mais
rígidos e resistentes do corpo humano, com múltiplas funções, tais como:

1) proteção dos órgãos vitais, como encéfalo, pulmão, coração, medula


espinhal e medula óssea; 2) sustentação do peso corporal; 3) conformação do
corpo humano; 4) armazenamento de Cálcio e outros íons; 5) suporte de
tecidos moles, como os músculos e os ligamentos; 1) produção de certas
células sanguíneas, conhecida por hematopoiese.,

Os ossos são revestidos por uma membrana conjuntiva conhecida por


periósteo, com exceção da superfície articular, que é revestida pela cartilagem
articular. O periósteo é importante para a nutrição e é fonte de osteoblastos,
fundamentais para o crescimento e reparo ósseo após fraturas. O esqueleto
humano é divido em duas partes: o esqueleto axial e o esqueleto apendicular.
O esqueleto axial forma o eixo do corpo humano e é composto pelos ossos do
crânio, pela caixa torácica e pela coluna vertebral. Já o apendicular é a parte
apensa e livre do esqueleto, formado pelos ossos do membro superior e do
membro inferior. O esqueleto apendicular está ligado ao esqueleto axial pela
cintura escapular e pela cintura pélvica.

9) Conceituar o tecido ósseo compacto e esponjoso.

Os ossos são constituídos pelo tecido ósseo, um tipo de tecido


conjuntivo especializado,formado por células (células osteoprogenitoras,
osteócitos, osteoblastos e osteoclastos), fibrascolágenas e uma matriz
extracelular calcificada. Na substância óssea compacta, as lâminas do tecido
ósseo estão bem unidas, sem espaços entre elas; por isso, são mais rígidas e
densas e, portanto, suportam mais peso. Já na substância óssea esponjosa, as
lâminas ósseas são mais irregulares em sua forma e tamanho e apresentam
muitos espaços entre si ou lacunas, assemelhando-se às esponjosas.

10) Citar as funções do esqueleto.

Os ossos são os elementos mais rígidos e resistentes do corpo humano,


com múltiplas funções, tais como:

1) proteção dos órgãos vitais, como encéfalo, pulmão, coração, medula


espinhal e medula óssea;
2) sustentação do peso corporal;

3) conformação do corpo humano;

4) armazenamento de Cálcio e outros íons; 5) suporte de tecidos moles,


como os músculos e os ligamentos;

5) produção de certas células sanguíneas, conhecida por


hematopoiese.,

11) Classificar e definir os ossos segundo suas dimensões: longo, curto e


laminar (ou chato ou plano).

1) Osso longo: é aquele cujo comprimento predomina sobre a largura e a


espessura. Ele napresenta duas extremidades, chamadas de epífises, e um
corpo, chamado de diáfise. Os ossos dos membros superiores e inferiores são
os exemplos mais típicos de ossos longos, como: úmero, rádio, ulna, fêmur,
tíbia, fíbula e falanges

2) Osso curto: é aquele cujas três dimensões são equivalentes,


assemelhando-se a um cubo. Seus exemplos são os ossos do carpo (mão) e
do tarso (pé).

3) Osso laminar (plano): é o que apresenta comprimento e largura


equivalentes e maiores que a espessura. São exemplos de ossos laminares a
escápula, o esterno e osso do quadril.

12) Definir no osso longo: diáfise (ou corpo), epífise (ou extremidade) e
canal medular.

No osso longo, as extremidades são denominadas epífese. Já o corpo


do osso recebe o nome de diáfise.

O canal medular é também conhecido como canal vertebral, canal


espinhal ou cavidade medular. Ele se localiza no interior dos ossos na parte da
diáfise e é onde se encontra a medula.
13) Classificar e definir: osso irregular, osso pneumático, osso sesamóide
e osso supranumerário (acessório ou extranumerário).

Osso irregular: é aquele cuja forma não se encaixa em nenhuma das


descrições anteriores, apresentando uma estrutura complexa sem forma
definida. As e o osso temporal (crânio) são seus exemplos típicos

Ossos pneumáticos: são aqueles que apresentam cavidades no seu


corpo contendo ar e revestidas de mucosa; são denominados seios ou sinos.
Os sinos ou seios paranasais estão sujeitos à inflamação de sua parede
mucosa; a essa inflamação dá-se o nome de sinusite. Os ossos do crânio que
circundam a cavidade nasal, como a maxila, o etmoide, o esfenoide e o frontal
(Figura 8). Esses seios ou sinos seios paranasais serão estudados na Unidade

Osso sesamoide: é um osso que se desenvolve no interior de tendões,


ligamentos ou cápsulas articulares, sendo a patela seu exemplo típico.

Osso supranumerário: são ossos que ultrapassam a condição normal,


ou seja, são ossos em excesso no corpo humano.

14) Descreva o que é uma juntura sinovial e cite os elementos básicos


desta juntura.

É o mais complexo e móvel, sendo o responsável pelos movimentos


corporais. As articulações sinoviais são as mais comuns do corpo humano e
sua característica funcional é a mobilidade. Para que essa mobilidade ocorra, é
necessário que os ossos que se articulam estejam livres para se deslizarem
durante os movimentos e que haja algum elemento facilitador, ou seja,
lubrificador. Assim, a maior característica dessas articulações é a presença de
um líquido viscoso e lubrificador, chamado líquido sinovial. As peças ósseas
não estão fixas, porém permanecem unidas pela cápsula articular. No interior
da articulação, há a presença de uma cavidade, a cavidade articular, na qual
se encontra o líquido sinovial.As superfícies dos ossos que se articulam são
revestidas por uma cartilagem hialina, denominada cartilagem articular, cuja
função é impedir o atrito entre os ossos, facilitando o deslizamento entre eles.
A cartilagem articular é a parte do osso que não sofreu processo de
ossificação. Portanto, podemos dizer que todas as articulações sinoviais
possuem as seguintes características básicas:

1) cápsula articular;
2) cartilagem articular;
3) cavidade articular;
4) líquido sinovial.
15) Dê a classificação morfológica das articulações do ombro, punho e
joelho. Qual é a importância para sua atuação profissional?

É uma articulação sinovial, cuja classificação morfológica é esferoide e a


funcional é triaxial, sendo capaz de realizar os movimentos de flexão,
extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral. Devido à sua
grande mobilidade, o ombro pode ser facilmente lesado durante esportes como
voleibol.
As articulações entre os ossos do carpo (intercarpal) são do tipo plana,
permitindo somente o movimento de deslizamento

16) Descreva o que é uma articulação fibroso e cartilaginosa. Dê os seus


tipos.

No tipo de articulação fibrosa, também conhecida por sinartrose, a


conexão entre os ossos ocorre por um tecido conjuntivo fibroso, e sua principal
característica é a mobilidade extremamente reduzida. Esse é o tipo mais
comum de união entre os ossos do crânio. Encontramos dois tipos de
articulações fibrosas, as sindesmoses e as suturas:

1) Sindesmose: apresenta abundante quantidade de tecido conjuntivo


fibroso. As sindesmoses podem ser encontradas entre a tíbia e a fíbula,
distalmente, formando a sindesmose tibiofibular. Formam, também, as
membranas interósseas, entre o rádio e a ulna e entre a tíbia e a fíbula. Um
terceiro tipo de sindesmose é encontrado entre os dentes e os alvéolos
dentários da maxila e da mandíbula, denominado sindesmose dentoalveolar ou
gonfose.

2) Sutura: apresenta menor quantidade de tecido conjuntivo fibroso e faz


a conexão entre os ossos do crânio. De acordo com a forma das bordas
ósseas que se unem, podemos ter: • Sutura plana: união retilínea. Exemplo:
entre os ossos nasais (Figura 20A). • Sutura escamosa: união em forma de
escama. Exemplo: entre o temporal e o parietal (Figura 20B). • Sutura
serreada: união em forma de linha denteada. Exemplo: entre os parietais, entre
o frontal e os parietais e entre os parietais e o occipital (Figura 20C).

Nas articulações cartilagíneas, o elemento que se interpõe entre os


ossos é uma cartilagem e, pelo fato de permitir uma pequena mobilidade entre
as peças ósseas, podem também ser denominadas anfiartroses. De acordo
com tipo de cartilagem, que você já teve a oportunidade de conhecer em
Biologia Humana, podemos ter dois tipos de articulações cartilagíneas, as
sincondroses e as sínfises:

1) Sincondroses: nesse tipo de articulação, os ossos são unidos por uma


cartilagem hialina. O exemplo mais típico de uma sincondrose é a que ocorre
entre os ossos esfenoide e occipital, chamada sincondrose esfeno-occipital.
Algumas sincondroses são temporárias, sendo a cartilagem ossificada com o
tempo, como ocorre durante o crescimento dos ossos longos. A sincondrose
esfeno-occipital, por volta do segundo ano de vida, é substituída por um tecido
ósseo, fato conhecido por sinostose. O sacro é formado pela fusão das cinco
vértebras sacrais, e a união entre elas é chamada de sinostose, sendo,
portanto, seu exemplo mais típico

2) Sínfises: são os tipos de articulações nas quais os ossos se unem por


meio de uma cartilagem fibrosa. Podemos citar como exemplos a sínfise púbica
(entre o púbis direito e o esquerdo) e os discos intervertebrais.

17) Quais são os tipos de tecido muscular que formam o corpo humano?
Qual é a importância destes tecidos?

De acordo com suas características morfológicas e funcionais, o tecido


muscular pode ser classificado em tecido muscular estriado esquelético, tecido
muscular estriado cardíaco e tecido muscular liso.

O movimento corporal não é a única função que o músculo exerce, uma


vez que também são funções atribuídas aos músculos:

1) a produção de calor e a manutenção da temperatura corporal por meio do


colar gerado pelas contrações musculares;

2) a estabilização das posições corporais, como ficar em pé ou sentado;

3) a regulação do volume dos órgãos;

4) o movimento de substâncias corporais, como sangue (vasos), urina e


alimentos.

18) Quais são os componentes anatômicos do músculo esquelético?


Classifique estes músculos quanto à forma, sua origem, sua inserção e
quanto ao ventre muscular.

O músculo é constituído, anatômica e funcionalmente, por uma porção


central, carnosa, chamada ventre muscular, e outra parte tendinosa, chamada
tendão muscular.

De acordo com essa classificação, os músculos podem apresentar:

• Fibras paralelas: as fibras musculares estão dispostas paralelamente ao


tendão muscular, determinando, assim, a forma dos músculos de acordo com
suas dimensões, em longo ou largo. Os músculos longos possuem um
comprimento predominante sobre as outras dimensões, como, por exemplo, o
m. braquial. Os músculos largos possuem um comprimento equivalente à sua
largura, tendo como um exemplo clássico o m. glúteo máximo. Em alguns
músculos longos, como o m. bíceps braquial, as fibras musculares convergem
para os tendões de origem e de inserção, sendo chamados de fusiformes. Os
músculos largos podem possuir a forma quadrada, triangular ou romboide, e
suas fibras podem convergir para um dos tendões, assemelhando-se a um
leque, como, por exemplo, o m. peitoral maior e m. grande dorsal.

• Fibras oblíquas: as fibras musculares estão presas de maneira oblíqua em


relação aos tendões de origem e inserção, semelhante a uma pena; por isso,
são denominados peniformes (forma de pena). Os músculos peniformes podem
ser unipenados ou bipenados (Figura 11). Os unipenados possuem fibras
presas em apenas uma borda do tendão, como é o caso do m. extensor longo
dos dedos do pé (Figura 12). Os bipenados, em contraponto, apresentam as
fibras musculares presas nas duas bordas do tendão, como é o caso do m. reto
femoral.

•Fibras circulares: são músculos que circundam orifícios como olho (m.
orbicular do olho) e boca (m. orbicular da boca)

Todos os músculos possuem, pelo menos, uma origem e uma inserção,


pois são a maneira pela qual se prendem aos ossos para se deslocarem
durante os movimentos. No entanto, alguns músculos podem possuir mais
origem, isto é, mais de uma cabeça, e apenas uma inserção, podendo ser:

• Bíceps: duas origens ou cabeças.

• Tríceps: três origens ou cabeças.

• Quadríceps: quatro origens ou cabeças. Esses músculos são encontrados


nos membros, e a nomenclatura anatômica utiliza esses termos para nomeá-
los, tendo como exemplo o m. bíceps braquial, m. tríceps braquial e m.
quadríceps femoral

Assim como um músculo pode apresentar mais de uma origem, pode, também,
possuir mais de um tendão de inserção, sendo:

• Bicaudado: quando possui dois tendões de inserção. Os músculos extensor


longo do polegar e extensor do indicador possuem a mesma origem, mas
inserções diferentes, um no polegar e o outro no indicador.

• Policaudado: quando apresentam três ou mais tendões de inserção. Exemplo:


m. extensor longo dos dedos do pé, m. extensor dos dedos da mão, m. flexores
dos dedos da mão
A grande maioria dos músculos apresenta apenas um ventre, mas, em
alguns casos, podem possuir mais de um, sendo classificados em:

• Digástrico: quando possui dois ventres. Exemplo: m. digástrico.

• Poligástrico: quando possui mais de dois ventres. Exemplo: m. reto


abdominal.

19) Explicar a localização do coração na caixa torácica. Explicar os


aspectos anátomofuncionais do miocárdio e endocárdio. Explicar a
posição anatômica e o tamanho coração.

O coração é um órgão muscular, oco, localizado entre os pulmões, no


chamado mediastino médio, posterior ao esterno. Tem uma forma cônica e
uma disposição oblíqua e é ligeiramente desviado para a esquerda. É o órgão
central do sistema circulatório que bombeia o sangue, permitindo sua
circulação pelo corpo por intermédio das artérias e das veias.

O coração é envolvido pelo pericárdio, que é um saco fibro-seroso, cujas


funções são as de separá-lo dos outros componentes do mediastino, limitar sua
expansão durante a diástole ventricular e manter sua posição.

O músculo do coração é chamado de miocárdio e representa a porção


média do coração. Externamente ao miocárdio está o epicárdio, formado pela
lâmina visceral do pericárdio seroso, e, internamente, está o endocárdio, uma
lâmina endotelial fina que também recobre suas valvas.

O coração saudável de um adulto pesa aproximadamente entre 250 a


400 gramas. O tamanho do coração de um adulto é aproximadamente o
tamanho de um punho de um homem adulto.

20) Descreva a grande e pequena circulação do corpo humano.

O sistema circulatório consiste de dois circuitos, ou tipos de circulação:


circulação sistêmica ou grande circulação e a circulação pulmonar ou pequena
circulação.

• Circulação pulmonar: também conhecida por pequena circulação (coração -


pulmão - coração), inicia-se no ventrículo direito, por onde o sangue venoso
(rico em CO2) passa, através do tronco pulmonar, que, em seguida, se divide
em artérias pulmonares, direita e esquerda, em direção ao seu respectivo
pulmão. Logo após a hematose (trocas gasosas), o sangue arterial (rico em
O2) retorna para o coração através das veias pulmonares, desembocando no
átrio esquerdo e daí para o ventrículo esquerdo após a abertura da valva mitral.
Aqui termina a circulação pulmonar e inicia-se a circulação sistêmica.

• Circulação sistêmica: também conhecida por grande circulação (coração -


tecidos orgânicos - coração), inicia-se no ventrículo esquerdo, que impulsiona o
sangue para a artéria aorta durante a sístole, que, através de suas sucessivas
divisões, levará o sangue arterial e rico em nutrientes para todos os tecidos do
corpo humano. Depois das trocas, os resíduos metabólicos e o CO2 são
recolhidos dos membros superiores e da cabeça pela veia cava superior e dos
membros inferiores e do tronco pela veia cava inferior, e levados por esses
vasos até o átrio direito e daí para o ventrículo direito, após a abertura da valva
tricúspide, terminando a circulação sistêmica e iniciando a circulação pulmonar,
sucessivamente.

21) Explicar a anatomia interna do coração e suas estruturas. Descreva o


automatismo cardíaco.

Internamente, o coração apresenta quatro cavidades: dois átrios e dois


ventrículos. Os átrios são separados pelo septo interatrial, enquanto os
ventrículos são separados pelo septo interventricular, dividindo o coração em
duas metades, direita e esquerda, que não se comunicam. Portanto, temos
átrio direito, ventrículo direito, átrio esquerdo e ventrículo esquerdo. Há, ainda,
os septos atrioventriculares direito e esquerdo, que separam os átrios dos
ventrículos e, para a passagem do sangue do átrio para o ventrículo, esses
septos apresentam orifícios denominados óstios atrioventriculares, direito e
esquerdo. O sangue flui do átrio direito para o ventrículo direito, e do átrio
esquerdo para o ventrículo esquerdo através dos óstios atrioventriculares. Para
impedir que haja refluxo do sangue, ou seja, que o sangue retorne do
ventrículo para o átrio, há dispositivos chamados valvas atrioventriculares. A
valva direita apresenta três cúspides, isto é, três válvulas, sendo chamada de
valva tricúspide. A valva esquerda apresenta somente duas cúspides; por isso,
é chamada de valva bicúspide ou mitral. Os movimentos do coração são
conhecidos por sístole e diástole. A sístole é a contração do ventrículo para
expelir o sangue para fora do coração, enquanto a diástole é o relaxamento do
ventrículo e, consequentemente, a abertura das valvas tricúspide e mitral para
que o sangue possa fluir dos átrios para os ventrículos. Durante a sístole, as
valvas, tricúspide e mitral, fecham e impedem o refluxo do sangue.

O coração bombeia o sangue de maneira coordenada, alternando


contrações e relaxamentos ventriculares do músculo cardíaco. Durante a
diástole, o miocárdio relaxa os ventrículos para que eles se encham de sangue
e, em seguida, se contrai (sístole) para bombear o sangue para fora dos
ventrículos. Para a realização desses movimentos, as fibras musculares
cardíacas possuem uma atividade espontânea que gera estímulos elétricos
suficientes para contrair a musculatura rapidamente em todo o coração. Ao
conjunto de fibras especializadas nessa função damos o nome de tecido de
condução do impulso nervoso. É formado por um conjunto de células
musculares especializadas envolvidas por tecido conjuntivo e supridas por
fibras nervosas autônomas, em forma de nó, sendo o nó sinoatrial e nó
atrioventricular. O nó sinoatrial é o marca-passo do coração, localizado próximo
à junção entre a veia cava superior e o átrio direito. O nó atrioventricular está
localizado na porção inferior do septo interatrial, de onde partem as fibras de
Punkinje, especializadas em condução rápida dos estímulos. O impulso
nervoso gerado no nó sinoatrial é transmitido pelos átrios direito e esquerdo e
chegam até o nó atrioventricular, de onde partem as fibras de Purkinje, que
formam o fascículo atrioventricular, responsável pela propagação dos estímulos
nervosos até os ventrículos, contraindo-os. Embora o coração apresente esse
automatismo cardíaco, também está sob a influência do sistema nervoso
autônomo, simpático e parassimpático, que pode alterar os batimentos
cardíacos dependendo das situações. A estimulação parassimpática diminui
todas as atividades do coração, como a diminuição da frequência de
batimentos cardíacos, enquanto a estimulação simpática apresenta efeito
oposto, como o aumento da frequência cardíaca.

22) Quais são as artérias do membro superior e inferior e qual é a sua


importância para as estruturas que formam o membro superior e inferior?

A artéria subclávia localiza-se abaixo da clavícula e, após sua passagem


pela primeira costela, entra na região da axila e passa a ser chamada de artéria
axilar, que, logo abaixo da prega inferior da axila, continua como artéria
braquial. Ao nível do cotovelo, divide-se em dois ramos terminais conhecidos
por artéria ulnar e artéria radial, cujas anastomoses na palma e no dorso da
mão fazem a sua irrigação (arco palmar superficial, arco palmar profundo e
rede dorsal do carpo).
23) Quais seriam as veias superficiais e profundas do membro superior e
inferior e qual é a sua importância para as estruturas que formam este
membro?

As veias superficiais do membro superior são: cefálica, basílica e mediana do


antebraço.

As veias profundas do membro superior são: radial, ulnar, braquial, axilar e veia
subcávia.

As veias superficiais do membro inferior são: veia safena magna e safena


parva.

As veias profundas do membro inferior são: tibial posterior, tibial anterior,


poplítea, femoral, ilíaca externa, ilíaca interna, ilíaca comum e cava inferior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

SILVA, Camila Tavares Valadares da Anatomia humana / Camila Tavares Valadares


da Silva, Batatais, SP: Claretiano, 2013

SOUZA, R.R. Anatomia para estudantes de educação física. Rio de Janeiro:


Guanabara,1986.

SITES PESQUISADOS

______Aula de Anatomia Humana. Disponível em:


<https://www.auladeanatomia.com/novosite/>. Acesso em 14 set 2018.

______. O melhor de anatomia. Disponível em:


<https://laboratoriodeanatomia.blogspot.com/>. Acesso em 14 mar 2018.

Você também pode gostar