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200 Pilulas Maconicas
200 Pilulas Maconicas
CARTA CONSTITUTIVA
Nos primórdios, uma Loja era independente, formada por si só, sem nenhuma
cerimônia, normalmente auxiliada por outras da vizinhança, se um numero suficiente de
Irmãos decidissem formar e inaugurar uma delas.
Mas, em 1722, a Grande Loja da Inglaterra recém formada em Londres,
determinou, baseada em sua importância recém adquirida, que cada nova Loja na Inglaterra
deveria ter uma patente, e desde aqueles tempos todos os Irmãos que resolvessem formar
uma nova Loja, empenhavam-se para obter a permissão, a certificação, em forma de carta,
da Grande Loja.
Esta nova Loja ficava, então, unida e subordinada à Grande Loja da Inglaterra,
como uma filial, se comprometendo em trabalhar de acordo com seu sistema, e se manter
dentro dos antigos landmarks e dentro das diretrizes estabelecidas.
Então, a tal Loja era chamada justa, perfeita e regular.
Temos hoje, conforme nos orienta o Mestre Alec Mellor (Dicionário da
Francomaçonaria), que nenhuma Loja ou Capitulo pode existir regularmente sem um título
de constituição, chamado Carta Constitutiva (em inglês, Warrant ou Charter) que é ao
mesmo tempo, a sua certificação de nascimento e, de certa forma, seu alvará de
funcionamento.
Henry Wilson Coil nos esclarece que não há uma essencial diferença entre
Warrant e Charter, mas ambas as palavras, nos primórdios eram usadas para descrever a
autorização, emitida pelo Grão Mestre, consentida pela Grande Loja, de modo oral
primeiramente, em seguida por escrito, para a constituição de uma nova Loja.
Fanáticos e Fanatismo
Maçonaria Especulativa
Até 1717 d.C., quando houve a fusão de quatro Lojas inglesas, semente da Grande
Loja Unida Inglaterra, a Maçonaria é chamada de “Maçonaria Operativa”, pois o “saber” ,
o conhecimento das coisas, era empírico, adquirido de maneira prática. As ferramentas e
o manuseio estavam sempre presentes. O Maçom Operativo era um profissional da arte
de construir.
A partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de “Maçonaria
Especulativa”.
A palavra “especulação” vem do latim – specullum – cuja tradução é espelho.
Como nos esclarece, Ir Nicola.Aslan (Dicionário Enciclopédico): “é a ação de especular,
que significar indagar, pesquisar, observar, espelhar, as coisas físicas e mentais, para
estuda-las atentamente, para observa-las cuidadosamente, minuciosamente, do ponto de
vista teórico. Disso extraímos idéias e formulamos hipóteses”.
Bernard Jones (Compendium) nos esclarece: “os Maçons aceitos” elaborando ou
adquirindo o conhecimento da Ordem, caíram sobre o termo favorito, embora fosse
inadequado, pois não havia outro que melhor qualificasse suas intenções. Distinguiram-se
dos talhadores de pedras, denominando-se “Maçons Especulativos”.
Os “aceitos” começaram a fazer parte da Ordem, em torno de 1600 d.C., e nada
mais justo do que chamá-los de especulativos, pois na maioria das vezes faziam parte da
ala social da Maçonaria, como mecenas ou colaboradores, e, literalmente “não metiam a
mão na massa”.
O “especulativo” era o planejador, o calculista, o pesquisador, e não o homem de
ação ou o profissional braçal. Na profissão de construtores, seja de qualquer época,
sempre foi exigido um “trabalho especulativo”, ou seja, a teoria adquirida pelo Mestre-de-
Obra, desmembrada na geometria, nas teorias dos planos, na resistência dos materiais,
nas forças resultantes nas vigas e arcos de sustentação, etc. Desse modo, o trabalho que
usasse de ferramentas e manuseio, era o “prático”, ou “operativo”.
Devemos esclarecer que o termo “especular” pode significar a atividade pela qual,
pessoas se propõem obter lucros ou vantagens, em negociações ou afins.
Obviamente, não tem nenhuma ligação com o termo, semelhante, usado na
Maçonaria.
Trabalho 61
PILULA MAÇÔNICA Nº 7
Trabalho 59
PILULA MAÇÔNICA Nº 8
Aprendiz
Trabalho 23
Pílula Maçônica nº 9
ALEGORIA
A MAÇONARIA OPERATIVA
Inglaterra
França
Escócia
PALAVRAS
Palavra Perdida – continuando com o Mestre Nicola Aslan, temos que a história
lendária da Maçonaria refere-se a uma lenda segundo a qual teria existido,
outrora, uma Palavra de valor transcendente, objeto de grande veneração, e que
teria sido conhecida apenas por alguns poucos. Com o decorrer dos tempos, esta
Palavra teria sido perdida e substituída por outra. Esta lenda entrou no sistema
escocês e, segundo ela, Hiram Abif, construtor do Templo de Salomão, teria
gravado esta palavra sobre um Triângulo de ouro, o qual era levado em seu
pescoço e com o lado gravado sobre o peito e....continua a lenda que não é, no
momento, objeto deste estudo.
Palavra Sagrada – é uma palavra peculiar a cada Grau e que deve ser dita
baixinho ao ouvido, como um sopro, e com muita precaução. Vejam o que diz o
Bro Albert G. Mackey a respeito: é o termo aplicado à palavra capital ou mais
proeminente de um Grau, indicando assim o seu peculiar caráter sagrado, em
contra posição com a Palavra de Passe, que é entendida simplesmente como um
mero modo de reconhecimento. Diz-se muitas vezes, por desconhecimento,
“Palavra secreta”. Todas as palavras importantes da Maçonaria são secretas.
Mas somente algumas são Sagradas.
LOJA
Qual seria a origem desse nome? Quando, onde e por que foi dado?
Algumas supostas respostas, dadas a seguir, foram baseadas no
conteúdo do livro do Ir.:Bernard Jones “The Freemason’s Guide and
Compendium”.
Na verdade, muitas explicações são dadas sobre esse assunto. O que
se sabe é que nos tempos das construções das Catedrais, os Maçons eram
divididos em duas categorias: os maçons “rústicos”, quebradores de pedras,
que extraiam os blocos e davam uma preparação preliminar aos mesmos, e os
“especialistas” cujo trabalho era o de “acabamento” das referidas pedras,
dando corte, formato e acabamento conforme o requerido na etapa final da
construção.
Esses últimos eram os mais qualificados do grupo de Maçons.
Podemos dizer que eram verdadeiros artistas na arte de acabamento em
pedras. Estes maçons é que foram chamados de “Freemasons”.
Aparentemente esse nome foi usado nos primórdios dos Operativos.
Bernard Jones esclarece que a palavra “free” tinha muitos significados
e é difícil precisar qual deles foi utilizado no termo “Freemason”. Três deles
serão dados a seguir:
1) “Free” pode indicar a pessoa que era imune a leis e regras
restritivas, particularmente com a liberdade de ir e vir para diversos
lugares, conforme a necessidade do seu trabalho.
2) Muitos Maçons de hoje acham que o termo foi aplicado
originalmente, àquele fisicamente livre, que não era servo, muito menos
um escravo.
3) O “Freemason” seria talvez aquele que trabalhava na pedra
livre (free stone) que é um tipo de pedra calcárea, fácil de manusear,
não muito dura.
LANDMARKS.
LUZES
Trabalho 58
PILULA MAÇÔNICA Nº 25
IDADE DA MAÇONARIA
Não existe, realmente, uma data que possa ser dada como a data de
origem da Francomaçonaria. Entretanto, sem dúvidas, pode ser dito, que ela se
desenvolveu, paralelamente, nos países da Europa e nas Ilhas Britânicas durante
a Idade Média. A Maçonaria atual, chamada Especulativa, também, sem duvidas,
se desenvolveu nas Ilhas Britânicas (Escócia, Irlanda e principalmente, na
Inglaterra) e se espalhou para a Europa e restante do Mundo.
Um dos primeiros registros escritos conhecido hoje em dia, é o Manuscrito
de Halliwell ou Poema Regius escrito em torno de 1390 da nossa era. Muitos dos
nossos Símbolos Maçônicos vieram da Maçonaria Operativa dos tempos
Medievais.
Existe a “Carta de Bolonha”, menos conhecido, mais antigo do que o
citado acima, datado de 1248. Lá é citado que haviam “Sociedades de Mestres
Maçons e Carpinteiros” em anos anteriores à data mencionada. Esse documento é
conservado até hoje no Arquivo do Estado de Bolonha.
A Maçonaria Moderna, dita Especulativa, como é hoje conhecida, data da
formação da Grande Loja de Londres e Westminster, posteriormente, Grande Loja
Unida da Inglaterra, a qual foi originada em Londres em 1717.
Do século precedente a essa data, existem amplas evidencias da
existência de Lojas Operativas, e durante os anos que antecederam 1717, essas
Lojas Operativas mudaram gradualmente suas características, com a introdução
de pessoas que não eram Maçons pela profissão e eram chamados de Não-
Operativos ou Especulativos. Eram os Aceitos.
O Ritual das Lojas Operativas era de característica bastante elementar,
consistindo no Candidato ser obrigado a se sujeitar “ao livro de deveres e
obrigações” (the Book), mantido pelos membros mais antigos (Elders), e em
concordar com as Obrigações (Charges) lidas para ele. Levou muitos anos até o
Ritual ter o conteúdo e a forma que tem hoje e, de acordo com referencias e
informações disponíveis, ele assumiu a presente forma em torno de 1825.
Concluindo, de acordo com escritores sérios, incluindo o pessoal da Loja
Quatuor Coronati, parece não haver dúvidas que a Maçonaria se originou na Idade
Média (opinião inclusive do Mestre Castellani).
É temeroso, por falta de provas e evidências concretas, afirmar que a
Maçonaria deve origem na época do Rei Salomão, nos Antigos Egípcios, nos
Essênios, etc, etc.
Uma drástica distinção deve ser feita entre a Ordem Maçônica, como
uma organização, e as Lendas e Tradições, através das quais os ensinamentos
da Ordem são ensinados. Para bom entendedor, meia palavra basta. Para os
fanáticos, uma Enciclopédia é insuficiente.
A letra “G”
Muitas vezes nós lemos ou ouvimos afirmativas que a Maçonaria atual teve origem
nos antigos Mistérios Egípcios.
A Maçonaria Especulativa derivou das Lojas dos Maçons Operativos da Idade
Média. Não será possível aqui rever toda a História, mas a opinião Maçônica reputável é
que não há fundamento para a alegação que nós tivemos nossa origem nos antigos
Mistérios Egípcios. É sabido que não muitos anos atrás esta versão de nossa origem era
largamente mantida entre experimentados e zelosas Maçons.
Entretanto, na certeza pode ser declarado que, para autênticos historiadores, não
há nenhuma evidencia direta conhecida que possa ser aceita, fazendo a conexão.
Vejam o que nos diz Albert G. Mackey - Enciclopedia: “Da mesma forma como os
antigos construtores procuravam suas origens fazendo-as remontar primeiro ao construtor
da Torre de Babel e depois a Salomão e seu templo, alguns dos novos maçons queriam
vincular sua instituição às antigas filosofias religiosas dos Orientes próximo e distante. As
interpretações de origem mística acrescentadas compõem uma verdadeira colcha de
retalhos simbólico/filosófica que podemos chamar de sincretismo maçônico e que foi
penetrando, sendo aceito e incorporado em diferentes graus nos países para onde a
Maçonaria se expandiu. O que a maioria dos autores que abordam este tema parece não
compreender é que, quando descrevem os ritos egípcios, estão falando de específicas
manifestações filosófico/religiosas dos egípcios, não da Maçonaria. O que existe de
comum entre a Ordem Maçônica e aquelas antigas manifestações religiosas é, em certa
proporção, o método iniciático e alguns elementos simbólicos, mas a Maçonaria não
constitui, de maneira alguma, uma versão atualizada daquelas organizações”.
Nicola Aslan – Dicionário Enciclopédico - abordando o mesmo tema,
acrescenta: “Dentro da vasta bibliografia...constam as obras de escritores que foram
buscar o berço da Maçonaria nas mais variadas e inesperadas sociedades da
antiguidade, do Egito, da Grécia e de Roma. Nela encontramos obras vinculadas as
hipóteses mais espetaculares, tornando a Ordem Maçônica a herdeira e sucessora dos
pitagóricos, essênios,iniciados nos mistérios, albigenses, maniqueus e até mesmo
templários. Contudo, são meras hipóteses que não conseguem resistir a um exame mais
sério”.
Brethren, depois do exposto, que cada um tire suas conclusões.
Como foi dito acima, essa é a opinião desse estudioso maçônico, que após
diversas pesquisas, chegou a essa conclusão exposta. Insistimos na palavra “opinião”,
pois certeza mesmo, ninguém tem sobre este assunto.
Maçonaria e Religião
Portanto, aos fanáticos religiosos, e a todos aqueles que acham que “Maçonaria”
é a palavra mágica que resolve todos os problemas do mundo, fique claro que a
Maçonaria, em termos de religiosidade tem suas normas bem definidas, conforme
explicado acima.
LÚCIFER
Comportamento Ritualístico
A Idade Média, que vai do Século V ao Século XV, da nossa era, teve
um período conhecido como Era do Obscurantismo, que apesar do nome, teve
um desenvolvimento na agricultura, no comércio e na vida urbana. As cidades
se desenvolveram, principalmente no final da Idade Média, e isso fez com que
um grande número de artífices a elas se dirigisse e se associasse, formando
primeiramente as Guildas e depois as Corporações de Oficio.
Conforme nos esclarece o Ir.: Joaquim R.P.Cortez, em “Maçonaria,
Origem, Teoria e Prática”, a definição de Feudo seria:
“Um marco tradicional nesse período, é a concentração de algumas
atividades dentro e nas proximidades de um castelo. Estes são geralmente de
pedras, bastante fortificados, empoleirados nos altos de um morro para permitir
uma visão privilegiada de seus arredores, muitas vezes cercados por um fosso
e pertencentes a um senhor local. Neles se concentram todos os materiais
necessários à guerra ou à sua própria defesa. Temos, então, perfeitamente
delineado o feudo, com o seu senhor, o seu castelo e sua área de dominio.
À volta desses lugares fortificados, e que se tornaram pontos de
referência, passou a se acumular um agrupamento humano que prestava
serviços ao castelo. Esses foram os primeiros núcleos de formação das
cidades. Com a derrocada do Feudalismo, houve um constante deslocamento
das populações, que se viram livres dos trabalhos nos campos, para as
aglomerações urbanas que passaram a experimentar uma época de grande
crescimento.”
A pesquisadora Anne Fremantle nos esclarece no seu livro “A Idade da
Fé”: “Cresciam as cidades e cresciam as Guildas, que eram associações
formadas pelos comerciantes e artesãos. O diretório das Guildas, escolhido por
eleição, esforçava-se para manter a boa qualidade e preços dos produtos
locais. Uma prova do seu crescente poder pode ser dada, por exemplo, pelo
monopólio usufruído pelos tintureiros de Derby, na Inglaterra, onde ninguém
podia tingir panos até a distância de dez léguas de Derby, senão em Derby.”
Durante o decorrer da Idade Média, as Guildas foram evoluindo
passando para Corporações de Mercadores, posteriormente para
Corporações de Artífices e, nos primórdios do Renascimento, transformou-se
em Corporações de Oficio. O pesquisador Edward McNall Burns em “História
da Civilização Oriental”, nos deixa bem claro esses eventos, relatando o
segue abaixo.
“Tanto as Corporações de Ofício como as de Mercadores, de-
sempenhavam outras funções, além das relacionadas diretamente com a
produção ou o comércio. Desempenhavam o papel de associações religiosas,
sociedades beneficentes e clubes sociais. Cada corporação tinha seu santo
padroeiro e seus membros comemoravam juntos os principais dias santificados
e festas da igreja. Com a secularização gradual do teatro, as representações
de milagres e mistérios foram transferidas para a feira e as corporações
assumiram o encargo de apresenta-Ias. Além disso, cada organização acudia
as necessidades de seus membros que adoecessem ou se encontrassem em
dificuldades de qualquer espécie. Destinavam fundos a socorrer viúvas e
órfãos. Um membro que já não fosse capaz de trabalhar ou tivesse sido posto
na prisão pelos seus inimigos, poderia contar com os colegas para ajuda-lo.
Até as dívidas de um confrade sem sorte poderiam ser assumidas pela
corporação se fosse sério o estado de suas finanças.”
E, resumindo o que nos diz o Ir. Joaquim R.P.Cortez sobre a origem da
Maçonaria Operativa, no seu livro a “Maconaria Escocesa” pg35-36 - Editora
Trolha, do qual esta Pilula foi baseada:
Nos diz que, no final da Idade Média, as Corporações de Oficio já
estavam bastante evoluidas e cumpriam todas as suas finalidades.e haviam
diversas Corporações de Oficio. A associação dessas Corporações poderia ter
gerado a Maçonaria Operativa, crescendo e se aperfeiçoando com o passar do
tempo.
Qualquer outro ponto de origem da Maçonaria, fora das Corporações
de Oficio, ao final da Idade Média, será, sem duvidas, mera suposição ou
puramente lendário.
Loja Regular
Cavaleiros Hospitalários
1
PILULA MAÇÔNICA Nº 38
Devo deixar bem claro que estou transmitindo a opinião e os fatos colhidos
pelo Mestre Castellani, tempos atrás.
1
2
PILULA MAÇÔNICA Nº 39
DESCRISTIANIZAÇÃO DA MAÇONARIA
Arquitetura
Brethren,
Esotérico e Exotérico
Brethren,
Brethren,
Soberano ou Sereníssimo?
Brethren,
Tempos atrás, aqui no Brasil e em mais alguns outros países, existia uma
única autoridade máxima para o Supremo Conselho dos Altos Graus e para o
Grão Mestre das Lojas Simbólicas. Seu titulo era de “Soberano Grande
Comendador Grão Mestre”.
Houve um encontro Maçônico em Lausane, Suíça, em 1925, onde ficou
decidido que uma única pessoa não poderia ocupar os dois cargos ao mesmo
tempo. Posteriormente, o Brasil, acatando essa decisão, fez a devida correção,
porem o titulo de “Soberano” continuou sendo usado para o Grão Mestre das
Lojas Simbólicas, ao invés de “Sereníssimo”, o que era de se esperar.
Posteriormente foi oficializado e assim ficou até hoje.
Ahiman Rezon
Os Três Pontos
Trabalho 58
PILULA MAÇÔNICA Nº 52
Solstícios e Equinócios
Como o Sol, nas religiões das civilizações antigas era considerado como
um dos “deuses”, essa variação crescente da sua presença durante seis meses
nos dias, foi base de uma religião muito antiga chamada “Solis Invictus” (e
também do Mitraismo).
Recapitulando, o Solstício de Inverno, acima da Linha do Equador, que foi
onde as civilizações mais se desenvolveram, no dia 24 de dezembro tinha uma
quantidade maior de horas de escuridão do que as de claridade. E, a partir desse
dia, essa religião comemorava sua festa máxima que era o “Natalis Solis
Invictus” que era quando o Sol começava a aumentar sua presença ao longo dos
dias, até o próximo Equinócio quando as horas de escuridão e claridade seriam
iguais. Esse dia era de extrema importância para os adeptos dessa religião: era
quando o “Sol nascia e crescia em força e vigor”.
O cristianismo, na época de Constantino, o Grande, foi alçada à
condição de religião de Estado, apesar de que ele próprio, até próximo a sua
morte, pertenceu a religião “Solis Invistus”. A festa máxima era o nascimento de
Jesus Cristo, que era comemorada em 06 de janeiro.
Entretanto, como foi uma religião “imposta” pelos governantes, as
convicções antigas permaneceram e eram também comemoradas. Para resolver
esse problema, as festas católicas tiveram as datas trocadas, coincidindo com
as antigas festas do “Solis Invictus”.
Inclusive, a data de nascimento de Jesus que era comemorada em 06
de janeiro, foi trocada para a data de 24 de dezembro, por Constantino em
521 d.C.
Desse modo, a atitude de um déspota daquela época, que por interesses
político e temporal, influenciou, e continua a influenciar, no comportamento de
milhares de pessoas, no tocante as suas convicções religiosas.
A Loja de York
A cidade de York, apesar de nos seus primórdios ter tido outro nome, já
nasceu famosa pois essa província foi escolhida pelos romanos para conter as
residências dos Imperadores e dos altos comandantes durante a estadia deles no
norte da Inglaterra (estamos falando da época aproximada de 50 a.C). O antigo
nome era Eboracum e foi considerada a capital do norte desse país por muito
tempo.
Referente à Maçonaria, conta-se muita coisa, e não se sabe se é lenda ou
história verdadeira. É dito que no ano 926 d.C, nessa cidade, teria sido realizada
uma Assembléia Geral de Maçons, convocada pelo príncipe Edwin, irmão ou
filho do Rei Saxão Athelstan.
A finalidade desta Assembléia era a de gerar uma Constituição que serviria
de lei única para a Fraternidade dos Maçons. Essa Constituição, também
chamada de “Manuscrito de Krauser” (foi dito ele ter feito a tradução do original)
foi acreditada por muitos durante muito tempo, porém dúvidas apareceram sobre
sua existência e veracidade. Em 1864, J.G.Findel foi designado pela Maçonaria
alemã para descobrir o documento original, mas nada encontrou.
A Loja de York era de considerável idade tendo originalmente sido uma Loja
Operativa. Sabe-se que em 1705, essa Loja e outras fundaram uma espécie de
Federação. Em 1725, estimulada pelo sucesso da Grande Loja de Londres e
Westminster , essa Federação transformou-se em uma Grande Loja sob o título de
“Grande Loja de Toda a Inglaterra”, com sede em York e redigiu 19 artigos que
deveriam ser seguidos.
De 1740 até 1760 esse corpo ficou mais ou menos dormente, mas em 1761
a Grande Loja dos Modernos deu uma Carta Constitutiva a uma Loja em New
York o que estimulou o interesse da Grande Loja original, resultando então na
formação de 14 Lojas em Yorkshire, Lancashire e Cheshire.
Em 1790 a “Grande Loja de Toda Inglaterra” abateu Colunas (foi extinta),
tendo seus antigos registros preservados, até hoje, pela Loja de York nº 236.
Não se sabe com certeza como que foi seu Ritual usado naquela época,
ainda que numerosas Lojas americanas se dizem hoje do Rito de York, o qual
permanece em vigor nos EUA.
(esta Pílula foi feita em conjunto com o Ir.; Fernando Tulio Colacioppo
Sobrinho – CIM 205702).
Tradição Maçônica
(este artigo foi baseado e adaptado dos discursos do M.W. Bro Roger
White nas Lojas de Maine, EUA.).
Trolhar e Telhar
PRANCHETA
A “Prancheta” é uma das “Jóias Fixas” da Loja (as outras são a “Pedra
Bruta”, onde trabalham os Aprendizes, e a “Pedra Cúbica”, onde trabalham os
Companheiros) e é nela, a Prancheta, é onde trabalham os Mestres.
São "Esquadros" colocados de forma simples, outras vezes sobrepostos
formando quadrados, constituindo o Alfabeto Maçônico, e reproduzindo, desse
modo, o equivalente às letras do nosso alfabeto. Um item bastante importante é o
"ponto" que é usado com critério, para diferenciar a letra "a" da letra "b", ou letra
"o" da letra "p", como exemplos. Na verdade, existem dois tipos com origens
diferentes, com pequenas diferenças entre si: um sistema denominado “Alemão” e
outro denominado “Inglês”. Ambos são lidos, sempre, da direita para a esquerda,
Em Loja, a Prancheta fica apoiada no Altar, na parte inferior, na direita do
Venerável Mestre quando sentado no Trono.
Segundo Jules Boucher, ignora-se a origem desse alfabeto maçônico.
Grade do Oriente
Free Masons
Por que será que apareceu o termo “Free Mason – Maçom livre”? Esse
termo foi originado na época dos Maçons Operativos, na Inglaterra, Escócia ou
Irlanda .
Há muitas teorias, e estou me baseando em artigos de escritores ingleses:
um homem era um Maçom livre porque seus antecedentes não eram escravos e
ele não era um escravo
Ele era assim chamado porque ele era livre dentro da Guilda a qual
pertencia ou era livre das leis da Guilda a qual pertencia e podia, então, viajar e
trabalhar em outros locais ou outros países, conforme suas necessidades, desejos
ou quando era requisitado. Isso nos leva a conclusão que havia dois tipos de
Maçons: o Maçom que fazia um serviço mais rústico e um outro tipo que fazia um
serviço que requeria mais habilidade, mais conhecimentos, mais destreza. Era
este último que dava o acabamento, a beleza, a arte nas construções: era o
artesão especializado, o artista! E era requisitado, obviamente, pelos reis, alto
clero e nobres. Esse era, provavelmente, o Free Mason.
Pessoas com essas habilidades não são feitas. Elas nascem artistas e se
desenvolvem, ou não. Não se produz um Michelangelo, ou um Leonardo da Vinci,
ou um Rafael. Eles aparecem independentemente de nossos desejos (que fique
claro que não estou afirmando que esses últimos citados fossem maçons
operativos. São somente exemplos de artistas).
O Free Mason podia ter sido assim chamado porque ele trabalhava um
tipo de pedra, adequada e fácil de se trabalhar manualmente, chamada
“freestone”, existente nas Ilhas Britânicas. Elas podem ser cortadas, cinzeladas e
esculpidas facilmente.
Ele podia ser sido chamado de “livre” quando tinha terminado seu
aprendizado, na fase de Aprendiz e se tornado um Companheiro dentro da Ordem
(Fellow).
Ele podia ter sido chamado de “livre” quando saiu do estado de servo
feudal e legalmente se tornado livre.
Em algum tempo, os Maçons foram chamados de “ Free Mason – Maçom
livre” por alguma dessas razões mencionadas acima, ou talvez devido a todas
elas.
O consenso, conforme dou a entender no terceiro parágrafo, tende para a
teoria de que o termo Free Mason era devido a sua habilidade, seu conhecimento
e sua destreza que o tornavam livre de determinadas condições, leis, regras e
costumes, as quais limitavam maçons com menores habilidades, na época das
construções das grandes Catedrais.
Maçom Aceito
O Ritual na Maçonaria
Brethren,
Mr. Bede complementava seu comentário: “não está aqui uma lição para
nossa vida na Maçonaria e na nossa vida do dia-a-dia? Muitos reclamam que as
oportunidades nunca aparecem onde eles estão. A verdade é que falhamos em
reconhece-las. Se trabalhamos numa firma grande, achamos que as
oportunidades estão nas firmas pequenas. E vice versa. Nas Lojas a mesma
coisa. Se me dessem chance eu faria isso, ou seria aquilo, etc. O segredo é esse:
LANCE O SEU BALDE ONDE VOCE ESTÁ!
E você verá as coisas acontecerem. Os exemplos estão em todas as
partes do mundo. Em todas as áreas.
Uma boa parte dos Maçons do Brasil, principalmente aqueles com o peito
cheio de ufanismo, com um desvanecimento típico dos que vêm a Maçonaria em
todas as coisas e causadora de tudo que ocorre, acha que a Revolução Francesa,
em 1789, usou essa divisa maçônica.
Inclusive, esse pessoal acha que a Maçonaria promoveu e articulou a
Revolução Francesa. Sabe-se hoje que isso não é verídico.
Na verdade, a história nua e crua é bem diferente. Na época da
Revolução Francesa existiu a trilogia: “Liberdade, Igualdade ou a Morte (Liberte,
Égalité ou la Mort)”. Os detalhes de como apareceu, encontram-se em livros de
história e não serão citados. Somente em 1848, portanto quase 60 anos depois,
no momento político na França, denominado pelos franceses de “2ª Republica” é
que a trilogia citada se transforma em “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
Aí, nessa época, é que ocorreu o inverso do que boa parte dos Maçons
pensa: a Maçonaria Francesa adotou essa divisa e, devido a influencia e a
disseminação da mesma em todo o mundo maçônico, a divisa foi junto, chegando
ao Brasil e em toda América Latina.
Alec Mellor, conceituado historiador francês, no “Dicionário da Franco-
Maçonaria e dos Franco Maçons” (Coleção Arcanum, primeira edição brasileira
em 1989, pela Livraria Martins Fontes Editora Ltda) deixa bem claro aos leitores
que na 1ª Republica Francesa apareceu a divisa “Liberdade, Igualdade ou a
Morte” e que não foi ideologia maçônica.
Na 2ª Republica se transformou em “Liberdade, Igualdade e
Fraternidade” e que a Maçonaria tomou tal divisa emprestada à Republica.
Esse hábito que a Maçonaria tem em adotar Símbolos, Emblemas,
Divisas, etc, é muito salutar, no sentido de incutir força moral em seus
ensinamentos.
Desse modo, como exemplo, ela foi buscar e adotou a “Estrela de Cinco
Pontas” e promove, através dela, todo esoterismo cabível e adequado. Esse
Símbolo é muito antigo e muitos Maçons acham que a Maçonaria, por possuí-lo, é
tão antiga quanto ele.
Ledo engano: esquecem que esse Símbolo só apareceu na Maçonaria
na sua Fase Especulativa, de 1717 para cá.
Abater Colunas
Cores na Maçonaria.
A Colméia e a Maçonaria.
Sessão Magna
“os Maçons da Idade Média, usavam a Loja (ver Pilula Maçônica nº 19) como um
local de trabalho, reservado aos olhares de curiosos. A pedra não trabalhada,
disforme, era trazida das pedreiras e era trabalhada, conformada e colocada no
esquadro, dentro dessa área coberta, chamada de “Loja”. Essa Loja era colocada,
evidentemente, ao longo das grandes construções e podia ter janelas somente em tres
dos seus lados”.
Desse modo, o Venerável Mestre e os dois Vigilantes, que fazem o trabalho que exige
maior habilidade, devem estar sentados abaixo das janelas no Leste, Sul e Oeste, e os
Aprendizes que fazem trabalhos mais simples, não necessitam da mesma quantidade de
luz, se sentam ao Norte, onde não há janela.
nº 81 - O que é o “Poema Regius”
Sua importância não foi reconhecida até 1840 quando a primeira versão foi imprimida
por J.O Halliwell. A razão de ter sido, por longo tempo, não reconhecido como um
documento Maçônico, foi porque ele estava indexado com o título de “Um Poema de
Deveres Morais”.
Seguramente, e já fui questiomado sobre isso, o Abraço Fraternal Maçônico não tem
nada a ver com os "cinco pontos da perfeição". Somente dois movimentos são
semelhantes. Inclusive, no primeiro caso o abraço é dado ao Recipiendário pelo
Venerável Mestre na Iniciação do mesmo. No segundo caso, estamos nos referindo ao
Grau de Mestre. Portanto, se tivessem algum relacionamento, o Triplice Abraço só
poderia ser dado aos Irmãos que tivessem chegado ao terceiro Grau Simbólico, o que
não ocorre.
nº 83 - Reunião em Família
Brethren,
Nas Instruções, pode-se formar um círculo, de tal modo que, todos os envolvidos na
Instrução, estejam face a face.
Para realizar isso, o Venerável avisa, e ele tem autoridade para isso, que com o bater de
seu malhete e dizendo que a "Loja está em familia", a Ritualistica não será mais
seguida. Para interromper, bate com seu malhete e declara "em Loja meus Irmãos".
No Rito de York também existe algo parecido, quando a sessão é interrompida por
alguns minutos para os Obreiros beberem algo e comerem alguns “salgadinhos”.
Posteriormente, entram em sessão novamente e depois realizam o ágape.
nº 84 - A Grande Loja dos “Antigos” na Inglaterra
Já foi esclarecido anteriormente que, além da Primeira Grande Loja de Londres, houve
outras e a mais importante, a grande rival, foi a dos “Antigos” fundada por um irlandês,
pintor de paredes, de sobrenome Dermott. Sabemos também que em 1813 elas se
uniram, dando origem a Grande Loja Unida Inglaterra.
Os membros das Lojas dos Antigos, até recentemente eram chamados de “separatistas”,
mas investigações tem mostrado que nenhum dos fundadores pertenceu a qualquer uma
das Lojas aderentes a Primeira Grande Loja. Portanto, esse termo “separatistas” parece
não ser aplicado, no caso.
Eles eram, na maioria, Irlandeses residentes em Londres. Isso nos permite pensar e
concluir que tenha ocorrido um racismo, muito comum na época, por parte dos ingleses
formadores da Primeira Grande Loja.
Neste artigo, vou transmitir para todos aquilo que o Irmão Mestre Albert Gallatin
Mackey afirma na sua “Encyclopédia of Freemasonry – vol 2”:
A Francomaçonaria atrai nossa atenção como uma grande Instituição Social.
Deixando de lado, dentro da Loja, as artificiais distinções de posição e riqueza que são,
contudo, necessárias no mundo para o progresso normal da sociedade profana, os seus
membros reúnem-se em suas Lojas tendo em comum um nível de fraternidade e
igualdade.
Somente as virtudes e os talentos constituem títulos e merecem preeminência, sendo o
grande objetivo de todos o esforço para poder trabalhar melhor e colaborar ao máximo
com todos.
A forte amizade e a afeição fraternal são incultadas ativamente e são assiduamente
cultivadas e, tendo estabelecido este grande vínculo místico, distingue de maneira
peculiar a sociedade alí formada.
E é por isso que Washington declarou que o benevolente propósito da Instituição
Maçônica é de alargar a esfera da felicidade social e de promover a felicidade da raça
humana.
Os Princípios da Maçonaria
Brethren,
Entre os muitos Princípios que orientam nossa sublime Ordem vou destacar
alguns:
A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, educativa,
beneficente e progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre
a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da
humanidade.
É uma Instituição, composta de homens adultos, livres e de bons
costumes, que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor,
pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade,
pela liberdade e pelo respeito à autoridade e crença de cada um.
A Maçonaria não promete nada aos Iniciados. Somente lhes fornece
as ferramentas, e os ensina como desbastar a “Pedra Bruta”. Por
incrível que pareça, este é um dos segredos Maçônicos que os
profanos, intensamente, procuram desvendar.
A Maçonaria prima pela Liberdade. Na Maçonaria, o Maçom livre,
deve submeter suas paixões e sua vontade à princípios mais
elevados, como os da fraternidade, do amor ao próximo, da
caridade, de extrema necessidade hoje em dia, da tolerância
religiosa, motivo de tantas discórdias e guerras, como exemplos.
Trilhando esse caminho, ele estará se tornando, cada vez mais, de
"bons costumes". Vemos, pois, que "bons costumes" não é um mero
comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de
práticas, que devem ser seguidas e que conduzem o ser humano a
uma vida mais perfeita e aproveitável.
A Maçonaria prima pela Tolerância. É o princípio da tolerância que
permite que homens de partidos políticos, religiões, crenças, raças e
pensamentos diferentes, vivam em harmonia e fraternidade. Porém,
como citou o Ir Theobaldo Varoli Filho: "não se entendam por
tolerância maçônica os afrouxos licenciosos dos deveres ou a
passividade exagerada na prática do perdão. Por tolerância deve
entender-se, antes de tudo, que o comportamento do Maçom deve
ser de respeito a todas as manifestações de consciência e que, em
Loja, o Obreiro da Paz deve conservar-se equidistante de qualquer
credo".
Proclama que os homens são livres e iguais em direitos. Afirma que
o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a
universalidade do espírito maçônico.
Como já visto em artigo anterior (vide Pílula Maçônica nº 66), o termo “Aceito”
aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é
de total interesse dos Maçons.
Existem documentos e relatos que comprovam que, após a “Reforma Religiosa”, houve
uma escassez de obras, provocando a decadência dos Operativos.
O Avental
Circulação em Loja
O Formato do Templo
William Preston
Brethren,
O termo “ORDEM”, nas línguas de origem latina, como o francês e o português, define-
se como sendo a designação da Franco-maçonaria Universal. O termo inglês equivalente
é “CRAFT”, com o significado mais de corporação, de ofício, no sentido das Guildas
(A História Resumida da Franco-maçonaria de Louis Lartigue).
Observe-se, a titulo de curiosidade, que foi nessa época que se instituiu nas Lojas
Francesas o costume do porte da espada, privilégio nobre, e por esta razão muito
utilizado na Loja pelos plebeus (Alec Mellor).
Esse mesmo termo (colocar-se na ordem), porém escrito com “o” minúsculo é usado
na Maçonaria, com o significado de efetuar o sinal simbólico do grau no qual trabalha a
Loja.
Existem ligeiras diferenças entre os diversos sinais de Rito para Rito, inclusive, nos
sinais de ordem.
em Loja
no telhamento
PILULA MAÇÔNICA Nº 94
As mini colunas
O que será descrito nesta Pílula não é comum a todos os Ritos, mas
somente no Rito de York (Ritual Emulation).
Nesse Rito, em Loja, são mantidas sobre o Altar do Venerável Mestre e
nas mesas (lembrar que Altar só existe um) dos Vigilantes umas miniaturas de
colunas (colunetas), com altura variando de 20 a 40cm.
No Altar do Venerável Mestre, uma com as características de uma coluna
Jônica, lembrando os atributos de Sabedoria.
Na mesa do Primeiro Vigilante, uma outra com as características de uma
coluna Dórica lembrando os atributos da força.
E, na mesa do Segundo Vigilante, uma outra coluna com as
características de uma coluna Coríntia, lembrando os atributos da Beleza.
Elas ficam em pé ou abaixadas, nas mesas dos Vigilantes de acordo com
o andamento da Sessão. Assim, com a Sessão em desenvolvimento, a coluna do
Primeiro Vigilante permanece em pé e do Segundo Vigilante, deitada; quando a
Sessão é suspensa, invertem-se as posições.
Deve-se esclarecer que no Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o mais
praticado aqui no Brasil, essa prática é inexistente!
Como muitas vezes os templos são comunizados para a prática de Ritos,
tanto de York como do Escoces Antigo e Aceito, ou outros, elas permanecem nas
mesas simplesmente como elementos decorativos.
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M.:I.:Alfério Di Giaimo Neto
CIM: 196017
PILULA MAÇÔNICA Nº 95
.
PÍLULA MAÇÔNICA Nº 95
Michelângelo Buonarotti
Caso único entre os artistas, Michelângelo é comumente tido como uma espécie
de super homem. Quando a morte o alcançou, com a idade de 89 anos, ainda estava
criando obras de arte. Suas pinturas e esculturas de figuras de homens e mulheres são
quase sobre humanos em beleza, força e energia. Foi uma criação da Renascença,
sendo arquiteto, poeta, pintor e escultor de suprema relevância. Não foi o único; diversos
artistas de renome apareceram nesse período, mas sem dúvida foi o maior artista entre
todos eles.
O “mundo” de Michelângelo foi bem pequeno, restringindo-se as cidades de
Florença e de Roma, distantes 233 Km entre si. Percebe-se, pois, que os efeitos
enriquecedores de viagens ao redor do mundo não foram o motivo de sua incrível
genialidade.
Michelângelo Buonarotti nasceu em 06 de março de 1475, na cidade de
Caprese, próximo à Florença e era filho de Lodovico di Leonardo di Buonarotti
Simoni, que nessa cidade estava trabalhando quando do seu nascimento. Foi criado por
uma governanta, cujo marido era mineiro e deve ter lhe passado as técnicas de, com um
malho e cinzel, esculpir em pedra.
Em 1488, com treze anos de idade, foi aluno de um dos principais pintores da
época – Guirlandaio, com técnica especializada em pintar e decorar paredes e tetos, em
afresco. Depois de um ano e meio com Guirlandaio, foi notado por Lorenzo de Médici
“O Magnífico”, o qual foi imediatamente surpreendido pela habilidade de Michelângelo
em esculpir e levou-o ao seu palácio, que era o centro cultural de Florença. Lá, encontrou
Bertoldo di Giovanni, sexagenário que havia sido aluno de Donatello, considerado o
maior escultor do século XV.
Quando Lorenzo “O Magnífico”, morreu em 1492, Michelângelo voltou para a
casa de seu pai, iniciando nessa época seus estudos sobre anatomia, através de
dissecação de cadáveres. Deste modo, artistas como Leonardo da Vinci e
Michelângelo, da Alta Renascença, podiam revelar, em suas obras, a musculatura por
baixo das roupas porque haviam estudado os músculos debaixo da pele.
Em 1496, em contato com o Cardeal Riário, e devido seu talento, foi convidado a
ir a Roma. O primeiro trabalho conhecido de Michelângelo foi o “Baco”, para um vizinho
do Cardeal. Essa obra, de grande beleza e naturalidade, mostra de forma adequada a
embriaguez do deus do vinho, Baco, que com as pernas semi dobradas, parece que está
prestes a cair.
Em seguida fez um trabalho mais ambicioso, a “Pietá”, uma representação da
tristeza da Virgem Maria, segurando Jesus crucificado, em seus braços. Peça esculpida
com riquezas de detalhes e perfeições jamais vistas em outras obras de igual
envergadura.
Michelângelo voltou para Florença em 1501 e encontra um bloco de mármore de
5,4m de altura, num quintal próximo da Catedral de Florença e seus serviços são
encomendados para trabalhar o bloco, e a estátua, conforme combinado, deveria ser de
Davi, o herói bíblico, em confronto com o gigante filisteu – Golias. A maravilha produzida
mostra a imagem do jovem Davi, carregando no ombro a funda com a qual derrotará o
filisteu Golias.
Em 1505 foi convocado pelo Papa Júlio II, para pintar a Capela Sistina e, em
1520, prepara a Capela dos Médici.
1
No final da Renascença, as cidades italianas tiveram as maiores realizações
culturais e Florença era uma das mais poderosas cidades italianas, próspera no comércio
de tecidos e sedas, tornando-se um centro financeiro internacional. Produziu a maioria
das grandes figuras do início do Renascimento, começando com Cimabue e Giotto,
terminando com Leonardo da Vinci, Michelângelo e Rafael, entre outros.
Florença era normalmente uma república, mas durante quase todo o século XV foi
controlada por uma única família – os Médici. Suas principais propriedades eram um
banco com filiais ou agências por quase toda Europa, e a habilidade política, tradição
familiar. O banco trouxe enorme poder e prestígio, a habilidade política os induzia a evitar
danos à vaidade florentina, controlando a cidade por detrás dos bastidores. O real
fundador da dinastia, Cósimo de Médici, usou o poder por mais de trinta anos. Ele foi
grande apreciador das artes, embora suplantado por seu neto Lorenzo “O Magnífico”.
Lorenzo foi, quando Michelângelo era adolescente, seu protetor e estimulador na
arte de esculpir, levando-o a frequentar a escola por ele patrocinada, no palácio. Apesar
de Lorenzo ter morrido em 1492, e Florença pensar estar livre da influência dos Médici,
em 1494, após conflitos com a França, trouxeram o poder dos Médici de volta, mais
acentuadamente em 1512, como veremos adiante.
Depois de 1505, já famoso por algumas de suas obras, Michelângelo foi trabalhar
para o Papa Júlio II, em Roma. Esse personagem era, além de Papa, um notável
guerreiro, tornando-se um governante poderoso, tanto leiga como espiritualmente. Apesar
de ambos estarem sempre em atrito, Michelângelo pintou a Capela Sistina, tornando-se
mais conhecido e mais famoso ainda.
Em 1513, o Papa Júlio II morre, no auge de seu poder. Como dissemos, os Médici
se reinstalaram no poder e o Cardeal Giovanni de Médici, o segundo filho de Lorenzo “O
Magnífico”, em 1514, foi inesperadamente levado ao trono papal como Papa Leão X, e os
Médici viram-se no poder tanto em Florença, como agora em Roma, os “dois mundos” de
Michelângelo.
Em 1520, o Papa Leão X, para celebrar a volta da família Médici ao poder, estava
ansioso para erguer uma maravilhosa fachada na Igreja Médici de São Lorenzo, Florença.
Entretanto, não houve entendimentos entre o Papa Leão X e Michelângelo, e nada foi
feito.
Ainda assim, ele de maneira nenhuma havia caido em desgraça com os Médici.
Depois de certo tempo, envolveu-se em um novo projeto para a igreja de São Lorenzo. Na
verdade eram diversos trabalhos e consistiam em projetar a Capela dos Médici. Além
disso, deveria esculpir quatro túmulos para os Médici, e criar uma enorme biblioteca para
a Igreja. Um dos túmulos seria destinado ao mais importante homem da geração anterior:
Lorenzo de Médici “O Magnífico”, primeiro protetor de Michelângelo. O outro túmulo seria
do Irmão de Lorenzo, Giuliano de Médici, que havia sido assassinado já a muito tempo,
quando Michelângelo tinha três anos.
Na velhice de Michelângelo, a Arquitetura tomou lugar da Escultura, permitindo-
lhe continuar a moldar rochas sem o duro esforço de esculpir, projetando diversas Praças.
E assim, na idade de 89 anos, morre um artista cuja magnitude jamais será
suplantada.
2
PÍLULA MAÇONICA Nº 97
Elo de Ligação
ATERSATA
Não há nenhuma razão específica para que não use a letra "G" no emblema
formado pelo Esquadro e o Compasso, sobrepostos, e com a letra “G” entre eles.
Não há, é claro, nenhuma regra vinculativa sobre este assunto pois é uma questão
de usos e costumes, comum a diversos países.
Essa formação é comum na Inglaterra, Escócia, Europa e nas Américas. Aparece
muito pouco na Nova Zelândia e Austrália. Na maçonaria brasileira é extremamente
comum e quase todos os Maçons usam, ou já usaram, “button” na lapela com o emblema
descrito acima.
Os seguintes pontos descritos abaixo, são somente considerações:
c) Sem querer diminuir da letra “G” a sua importância, seu significado e o grande
valor como um símbolo, mas temos que ser realistas ao afirmar que a sua inclusão, entre o
Esquadro e o Compasso é uma associação com pouca ou nenhuma base concreta.
O Orgulho da Maçonaria
Brethren,
Na Idade Média, a Maçonaria Operativa era distinta pois tinha seus obreiros que
eram diferentes, para melhor, de todas as outras classes de trabalhadores. Nos povoados
os artesões faziam coisas, que os comerciantes compravam e vendiam. Os tecelões faziam
panos, Os ourives faziam anéis e jóias, e os carpinteiros construíam casas de madeira para
os habitantes locais.
Mas os Maçons eram distintos! Trabalhavam a pedra, e eram muito poucos os
edifícios feitos em pedra. Somente os castelos do Rei e daqueles Nobres a quem o rei havia
dado permissão de construção. Igualmente para as Catedrais, Abadias e Paróquias. Então,
os únicos empregadores dos maçons eram o Rei, alguns de seus Nobres e a Igreja, apesar
de que algumas pontes também fossem construídas de pedra. A Ponte de Londres, a única
sobre o Rio Tâmisa até no século XVII, foi feito a princípio de madeira, e em 1209
reconstruída em pedra, durando até 1832.
Os Maçons viajavam e conheciam o “mundo” adquirindo conhecimentos, que são
um forte fator de distinção entre os membros de uma comunidade. Eram qualificados e
existiam dois tipos de Maçons: os “rústicos”, que cortavam as pedras para formarem a
base e outras partes das construções e os mais habilidosos que talhavam as elegantes
fachadas dos castelos e das catedrais.
Viajavam muito, como já foi dito, mas não eram bandos de trabalhadores
procurando serviço e, sim, requisitados com antecedência e disputadíssimos!
Como a Maçonaria Especulativa, que é a que praticamos hoje, teve como origem a
Maçonaria Operativa com obreiros cuja função está descrita acima, temos que ter muito
orgulho, mesmo!
Deve ser lembrado que esse termo “Sagração” tem aproximadamente 100 anos de
existência, aqui no Brasil. Antigamente, o termo usado era “Inauguração”, ocasião em que
o Templo era reconhecido pelas autoridades maçônicas e usado pela primeira vez.
Inclusive, autoridades da vida profana também eram convidadas para a festividade. No
Brasil existe uma série de Lojas com mais de 100 anos, cujos Templos foram Inaugurados.
Hoje em dia nós “sagramos” o Templo. Entretanto, levando em consideração que a
Maçonaria não é uma religião, essa sagração não é fazer com que o Templo se torne um
local sagrado, santificado. É simplesmente um reconhecimento Maçônico, por todos os
maçons presentes no ato de que, aquele local, tem a dignidade de um Templo Maçônico e
será sempre usado para as atividades Maçônicas..
Só isso! Sem qualquer sentido de “santificação” do local, principalmente dentro do
Templo. Pessoas não ligadas à Maçonaria, profanos, podem visitar as instalações de
Templo Maçônico, sem problemas, desde que em ocasiões propícias.
Para finalizar, vejam o que foi escrito pelo Mestre José Castellani:
“A Sagração é um Cerimônia cuja finalidade é, simplesmente, conferir ao local, a
dignidade de Templo Maçônico, assim como a Sagração do Aprendiz, do Companheiro, ou
do Mestre tem a finalidade de lhes conferir a dignidade do Grau, sem qualquer sentido de
“santificação”. Muitos maçons, todavia, crêem que sagrar o Templo é torná-lo um local
santificado, sagrado, misturando Maçonaria com religião, o que, embora esdrúxulo e
absurdo, é mais comum do que se supõe.”
Misticismo
Tábua Esmeraldina
Brethren,
Septuaginta e a Vulgata
A Bíblia teve diversas traduções (versões) ao longo dos tempos. Vamos comentar,
de modo conciso, duas dessas versões:
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que
suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única versão da Bíblia que verteu o
Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como
Septuaginta.
As três Jóias Fixas da Loja, de acordo com a Simbologia do Rito Escocês Antigo e
Aceito, são a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a Prancheta (ou Tábua de Delinear). São
chamadas de “fixas” pois ocupam sempre o mesmo lugar na Loja.
As definições que serão dadas abaixo foram baseadas nas opiniões de diversos
escritores/historiadores maçônicos brasileiros e são subjetivas.
O Livro da Lei
Sincretismo Maçônico
Estrelas (círios)
Espadas na mão direita e estrelas na mão esquerda daqueles Obreiros que farão
a “Abobada de Aço” para os visitantes.
Hoje em dia esse comportamento está fora de uso, com raras exceções. Há
vinte anos atrás, era comum esse tipo de honraria e era comum, também, existir um
“porta espadas” e um “porta estrelas” no Átrio da Loja, normalmente de madeira, para
acondicioná-las.
Para finalizar, uma frase sobre interessante costume francês do Mestre Jules
Boucher, simbolista:
CIM 196017
PILULA MAÇÔNICA Nº 113
Neófito e Aprendiz
Antes que algum maçom venha supor que a “Águia Bicéfala” tenha sido definida
e projetada como símbolo pela Maçonaria, vamos esclarecer algo sobre esse assunto,
conforme relatado abaixo:
A águia, uma ave de rapina, pelas suas características físicas e temperamento,
tornou-se um símbolo adotado pela humanidade, desde a mais alta antiguidade.
Os druidas a consideravam como emblema da Divindade Suprema. Era símbolo no
Egito, na Pérsia, Babilônia, Grécia, etc. É mencionada no Antigo Testamento e serviu de
insígnia de guerra aos antigos romanos.
É símbolo no Ocultismo e na Cabalá.
Na Maçonaria, por estar aliada à força, a decisão, a superioridade e a inteligência,
é tida como símbolo da grandeza, da sabedoria, da liberdade e do poder (N. Aslan).
A cabeça da Águia representava, nos primórdios, o poder de um Imperador sobre
seu Império. Quando um Imperador tinha dois Impérios, seu poder era representado por
uma águia de duas cabeças. Foi o caso do Imperador Romano que dividiu suas áreas
dominadas em dois impérios: o Império do Ocidente e o Império do Oriente.
O Império do Ocidente, baseado em Carlos Magno e seus descendentes, foi
chamado de “Santo Império Romano-Germânico” e o do Oriente, com a fundação de
Constantinopla, foi chamado de Bizantino.
Outros impérios que igualmente se duplicaram, também usavam a “Águia
Bicéfala” como símbolo ou emblema em seus brasões.
Na Maçonaria, essa “Águia Bicéfala” foi adotada no inicio da definição do Rito
Escocês Antigo e Aceito, na França, possivelmente em 1758. O Corpo Maçônico que
começou a desenvolver a base desse Rito, era chamado de “Conselho dos Imperadores do
Oriente e do Ocidente” e adotou a “Águia Bicéfala” como Símbolo e, assim, ela continua
sendo usada no Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Esse sistema “escocês”, conhecido como “Conselho dos Imperadores do Oriente
e do Ocidente”, ou, também conhecido como “Soberana Loja Escocesa de São João de
Jerusalém” criou um Sistema de Altos Graus, num total de 25 graus.
Em 1762, esse sistema foi oficializado e esses graus superiores foram chamados de
“Graus de Perfeição” e essa escala de 25 graus foi chamada de “Rito de Perfeição” ou
“Rito de Héredom” foi levado para a América do Norte, onde se desenvolveu de modo
totalmente desorganizado.
Conforme Mestre Castellani, temos: “Diante desse caos existente, um grupo de
Maçons, reunidos a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, no estado de Carolina do
Sul, por onde passa o Paralelo 33 da Terra, resolveu acrescentar alguns graus e criar o
“Supremo Conselho do Grau 33” que, por ser o primeiro do mundo, denominou-se “Mother
Council of the World”. “Marcando o inicio de uma fase de organização e método de
concessão dos Altos Graus. Esse primeiro Conselho adotou a divisa “Ordo ab Chao”, o
caos em que havia se transformado o emaranhado de Altos Graus, concedidos sem critério
lógico, e sem que houvesse um poder organizador e disciplinador”.
A Maçonaria Especulativa, no seu inicio, adotou, por diversos motivos, algumas lendas
e a simbologia do Velho Testamento, como é o caso da “Escada de Jacó”, a “Estrela de
Davi” e o “Templo de Salomão” entre outras.
Desse modo, a Maçonaria, apesar de não ter origem hebraica, e sim, ser uma instituição
pós-medieval, no decorrer do século XVIII absorveu símbolos, parábolas e relatos
bíblicos.
Nós sabemos que o Templo de Jerusalém foi reconstruído por três vezes, sendo que a
Maçonaria Simbólica, considera o primeiro, que foi erigido pelo Rei Salomão.
A Igreja Católica, ao fazer seus templos, tomou por base esse último templo citado. Ele
foi, sem dúvidas, o arquétipo das igrejas, pela sua divisão e orientação.
No caso da Maçonaria, sabemos também que as suas reuniões eram feitas em tabernas
ou nos adros das igrejas. O primeiro templo Maçônico foi erigido na Inglaterra, no ano
de 1776, e tomou por base o que eles conheciam de mais comum, que era o Parlamento
Inglês e as próprias igrejas católicas.
Conforme relato do Mestre Castellani, em Consultório Maçônico, Ed. Trolha, temos:
Só posteriormente é que iria surgir o conceito de que o Templo Maçônico teria tido o
Templo de Salomão como arquétipo, quando na verdade isso ocorreu indiretamente, por
tabela, através das igrejas.
Na esteira desse conceito é que surgiria a lenda de Hiram, essa, sim, maçônica, já que o
fundidor de metais Hiram Abif, não foi o construtor do Templo de Jerusalém e nem foi
morto como reza a lenda; ele apenas foi responsável pela fundição dos objetos
metálicos, tais como colunas, candelabros, mar de bronze, etc.
M.:I.: Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017
PILULA MAÇÔNICA Nº 117
Instrumentos Maçônicos
Estandartes e Heráldica
Garante de Amizade
O nome de Frederico II, Rei da Prússia, é encontrado nos Rituais escoceses dos
Altos Graus (REAA), com alta freqüência, e é tido como criador e autor dessa Ordem.
É dito que o Rito Escocês Antigo e Aceito de 33 Graus repousa nas Grandes
Constituições de 1º de maio de 1786, feitas por Frederico II, Rei da Prússia.
Tomando por base o livro “Frederico, o Grande e a Maçonaria” do Mestre Kurt
Prober e o livro “O Rito Escocês Antigo e Aceito” do Mestre José Castellani, veremos
que tal afirmativa não é um fato histórico e sim, uma farsa que deve ser, atualmente,
considerada como uma lenda, como muitas outras que se tem na Maçonaria.
É sabido que, em 1786, Frederico II era um idoso doente e acamado. Não estava
mais participando da Ordem Maçônica já fazia um bom tempo. Foi Iniciado em1738,
escondido de seu severo pai, fundou e foi Grão Mestre da Grande Loja “Três Globos”, em
1744. Aparentemente, finalizou , em 1747, suas atividades maçônicas (Rebold).
Além do mais, esse fato, ficou desconhecido do mundo maçônico de 1786 até
1804. Por que?
Essa afirmativa de ter sido ele, Frederico II, o “fundador” do primeiro Supremo
Conselho do Grau 33, não tem, hoje, qualquer credibilidade entre os verdadeiros escritores
históricos maçônicos da nossa Ordem.
O inicio dos Altos Graus do REAA foi em Paris, em 1758, com a criação do
Conselho dos Imperadores do Ocidente e do Oriente, que instituiu o Rito de Perfeição ou de
Héredon, com 25 graus, influenciado pela Aristocracia e, possivelmente, do Alto Clero,
através da Ordem dos Jesuítas (vide Pílula Maçônica nº 38).
Qual o motivo, então, de ter aparecido essa “falsa versão” dos fatos históricos?
Ora, os interesses políticos e a vaidade, sempre existiram em todos os setores,
inclusive na Ordem Maçônica. Os países da Europa, com toda sua tradição e imponência,
não poderiam, jamais, aceitar que fato tão importante para a Maçonaria tivesse berço num
país “selvagem”, como era considerado os EUA, naquela época.
O Delta Sagrado
Tronco de Solidariedade
Isso mostra, mais uma vez, que a influencia da Maçonaria francesa no Brasil.
Portanto, só existe circulação do Tronco nos Ritos de origem francesa, como é o caso do
REAA, o Moderno e o Adonhiramita.
Os Ritos de origem inglesa não possuem a circulação do Tronco de Beneficência.
O Balandrau é uma vestimenta com tecido na cor preta, com mangas, fechada até o
pescoço e é talar, ou seja, cobre até o nível do tornozelo (calcanhar). É muito semelhante à
“batina” dos eclesiásticos da Igreja Católica Romana.
A origem é muito antiga, pois há evidencias de uso pelos membros do “Collegia
Fabrorum” que era um grupo de pessoas que acompanhavam as guarnições romanas, no
século VI a.C. e que reparava e reconstruía o que era destruído e danificado nas conquistas.
Posteriormente, foi usada pelos membros das “Associações Monásticas”, possivelmente
herdeira de muitos ensinamentos do “Collegia Fabrorum”.
Segundo Mestre Nicola Aslan, nos parece que o uso do Balandrau é uma
peculiaridade da Maçonaria brasileira, pois nenhum autor, fora do Brasil, se refere a ele
como indumentária maçônica. Tudo indica que o uso do Balandrau remonta à ultima
metade do século XIX, tendo sido introduzido na Maçonaria pelos Irmãos que faziam parte,
ao mesmo tempo, de Lojas maçônicas e de Irmandades Católicas, Irmãos estes que foram o
pivô da famigerada “Questão Religiosa”, suscitada no Brasil em 1872.
Aparentemente, essa vestimenta foi adotada pelos maçons brasileiros como
substituto barato e mais confortável do traje a rigor preto, sem objeção por parte das altas
autoridades maçônicas. Assim, o uso do balandrau não foi aprovado nem desaprovado, foi
simplesmente tolerado, não constituindo, portanto, um traje litúrgico (N. Aslan).
Entretanto, não podemos esquecer que, no REAA, o “Ir. Terrível” usa um
Balandrau com um capuz, também preto, a fim de não ser reconhecido pelos Neófitos.
Referente ao Terno preto, camisa branca e gravata preta (REAA) vamos buscar as
informações nos livros do Mestre Castellani: “na verdade é usado um “parelho”
indumentária composta de duas peças (paletó e calças) e, não de um “terno” composta de
três peças (paletó, calças e colete)”.
Segundo ele, o uso dessa indumentária é devido, no Brasil, a majoritária formação
católica dos maçons brasileiros, que não se desligaram, pelo menos até agora, do “traje de
missa”, transformando as reuniões em verdadeiras convenções de agentes funerários.
Lembra ele que, o traje Maçônico é o AVENTAL. Em outras partes do mundo,
principalmente em regiões quentes, os maçons vão às sessões até em mangas de camisa,
mas portando, evidentemente, o Avental. E trabalham muito bem, pois a consciência do
maçom não está no seu traje. Como diz a velha sabedoria popular: “o hábito não faz o
monge”.
Discutir tipo de traje a ser usado (com exceção do Avental) é algo que não leva a
nada, pois o traje masculino sofre variações através dos tempos e, inclusive, varia, de povo
para povo, na mesma época.
A própria Igreja, que é bastante conservadora, já abandonou certas exigências. A
Maçonaria, por ser evolutiva e progressista deveria ir pelo mesmo caminho. O balandrau,
como roupa decente, poderia, se quisessem, uniformizar o traje, o que é, também, uma
maneira de mostrar a igualdade maçônica (J. Castellani).
Buonarotti era um gênio nas artes e essa escultura nos deixa curioso,
pois a figura de Moisés ali representada mostra duas saliências na parte
superior/posterior da cabeça, como se fossem dois chifres ou cornos.
Muitas explicações foram dadas para tal fato, mas a mais plausível é
dada abaixo.
Tudo indica que uma das palavras em hebraico tinha dois significados.
Aparentemente, São Jerônimo pegou o significado errado para tal tradução.
CIM 196017
PÍLULA MAÇÔNICA Nº 127
Profano
CIM 196017
PÍLULA MAÇÔNICA Nº 128
Pelicano
Nível
Prumo
OFICINA
Esquadro
Temos sido questionados o “por que” das paredes dos Templos da Associação
Beneficente Barão de Mauá serem na cor vermelha.
Isso deve-se ao fato de que a maioria das Lojas que usam nossos Templos
praticam o REAA e é considerado correto, por nós, o uso dessa cor para esse Rito.
O Mestre Castellani durante trinta anos tentou fazer com que as Lojas que
praticam esse Rito mudassem de azul para vermelho, pois essa é a cor do Rito.
Para esclarecer, veremos um pequeno resumo do que ele escreveu em alguns de
seus livros:
“Assim se verá, por exemplo, que, COMO OCORRE EM TODO O MUNDO, o
Templo Escocês tem suas paredes púrpuras, porque a cor do REAA é a vermelha...Em
termos de cor do Rito – e, portanto, das paredes do Templo e da orla do Avental do
Mestre Maçom – a mesma é especifica vermelha. Quando fui exaltado a Mestre em 1966,
recebi meu avental de orla vermelha.
Lamentável é que o Grande Oriente do Brasil, que seguia a orientação mundial,
tenha, posteriormente, seguido o erro das Grandes Lojas estaduais brasileiras (surgidas
da cisão de 1927, no GOB) e “azulado” seus Templos Escoceses e seus Aventais.
Ocorre que as primeiras Grandes Lojas, surgidas naquele ano, tomaram, através
de Mario Behring, como modelo, a Grande Loja de New York, onde, realmente , tudo é
azul, esquecendo que lá funciona no Rito de York, QUE É REALMENTE AZUL.
Quem quiser comprovar o que digo, basta circular pelas Lojas da America do
Sul, e irá ver as Lojas do Chile, Uruguai, Argentina, etc, na cor vermelha.”
Devo lembrar , também, que a origem do REAA foi na França, com influencia
direta do Colégio Clermont, comandado pelo Alto Clero, Nobreza e pelos Jesuítas, cuja cor
predileta é a cor vermelha.
Abobada de Aço
Academia
A “Academia” original (akadémeia) foi o jardim no qual Platão fundou sua escola
de filosofia, mas o termo passou a designar toda instituição de ensino superior, ou que
congrega luminares da ciência, das artes, da filosofia etc. Muitas academias tornaram-se
famosas através de tempos e lugares, nas várias áreas de sua atuação (C.Aulete).
Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor
de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição
de educação superior do mundo ocidental.
A historia nos conta que no século VI a.C., nos arredores da cidade de Atenas,
onde havia um imenso jardim que outrora pertencia ao herói lendário de Ática chamado
“Academos”, alí, em 388 a.C., Platão fundou uma escola de investigação científica à qual
deu o nome de “Academia”, em homenagem a esse herói lendário (Mario Name).
Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a
construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. Acredita-se
que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles Platão era um apelido que, provavelmente,
fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos, ou
ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas, entre eles a ética, a
política, a metafísica e a teoria do conhecimento.
Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia fundada
por ele, a função pedagógica de seus diálogos, desde sua a época, eram usados como
ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia, lógica, retórica,
matemática, entre outros.
Segundo Allec Mellor, historiador maçônico francês, “Academia” foi também o
nome dado, no século XVIII, a grupos maçônicos. Assim, entre outras, tivemos a
“Academia dos Verdadeiros Maçons”, de Pernety e a “Academia dos Sublimes Princípios
do Cordeiro Luminoso”, fundada pelo Barão Blaerfindy em 1780, que era uma espécie de
Franco Maçonaria pretensamente pitagórica em três graus.
Escola de Alexandria
Deismo e Teismo
Este assunto já foi comentado em outra Pílula (ver Pílula Maçônica nº26), mas por
ser importante para a Maçonaria, fui buscar uma outra fonte de informações –Holy Bible,
versão Maçõnica, editada em Wichita, Kansas, EUA.
As definições foram tiradas de lá. Os comentários são meus.
Verdade
Amém!
Apesar de muitos pensarem (inclusive eu) que a origem da palavra “Amém” fosse
latina, é um engano. Na verdade essa expressão é de origem hebraica e tem o significado de
“realmente”; “verdadeiro”; “certamente”. Pelo seu uso, uma pessoa pode confirmar a
palavra, ou afirmativa, de outra pessoa e expressar seu desejo para o sucesso daquela
palavra ou afirmativa.
A expressão que substitui a palavra “Amém”, em inglês, é “So Mote It Be” e, em
português, é “Assim Seja”. Em italiano é “Cosí Sia”
Essas 04 expressões, de modo geral, são empregadas para fechar uma prece, uma
reza ou súplica, por aqueles que confirmam ou aprovam a tal prece ou súplica.
Quanto a expressão “So Mote It Be” ela é muito usada nas Lojas Inglesas e é,
também, muito antiga na Maçonaria Inglesa, pois aparece no “Poema Regius” que é um dos
mais antigos documentos maçônicos, na era Operativa.
A palavra “Mote” é anglo saxônica, derivada do verbo anômalo “Motan”.
Na Maçonaria brasileira, no R.E.A.A, está se tornando comum, apesar de não
pertencer a esse Rito, um Maçom, a pedido do Mestre de Cerimônias, fazer uma pequena
prece, no Atrio do Templo, e no final todos confirmam, dizendo “Assim Seja!”
Espada Flamejante
Palavra Sagrada
É uma palavra peculiar de cada Grau Simbólico e que deve ser dita baixinho ao
ouvido e com muita precaução (N. Aslan).
Segundo Mackey, temos: “termo aplicado à palavra capital ou mais proeminente
de um Grau, indicando assim seu peculiar caráter sagrado, em contraposição à Palavra
de Passe, que é entendida simplesmente como um mero modo de reconhecimento. Diz-se
muitas vezes, por ignorância, “Palavra Secreta”. Todas as palavras importantes na
Maçonaria são secretas. Mas somente algumas são sagradas”.
A transmissão da Palavra Sagrada é uma prática típica do Rito Escocês Antigo e
Aceito, a qual acabou, posteriormente, sendo absorvido, de modo similar, pelo Rito
Brasileiro. O Ritual de Emulação não contém essa prática.
De acordo com Mestre José Castellani, o REAA colocou, ritualisticamente, dentro
dele, a pratica dos canteiros da Idade Média. Eles desbastavam a pedra bruta,
transformando-a em pedra cúbica que devia estar dentro do “esquadro”, ou seja, seus cantos
deviam formar 90 graus. Portanto, o “Nível” (horizontalidade) e o “Prumo” (verticalidade)
eram usados para assegurar a perfeição na construção.
Desse modo, os Vigilantes todo dia de manhã, no início dos trabalhos, e a tarde, no
seu término, verificavam se as medidas estavam corretas e eram passadas um para o outro,
e posteriormente ao Mestre de Obras, dizendo que “Tudo Está Justo e Perfeito”.
Como foi dito, o REAA colocou de modo similar e ritualisticamente, a transmissão
da Palavra Sagrada, no início e no térmico das Sessões de uma Loja, indo do Venerável
Mestre para o Primeiro Vigilante e para o Segundo Vigilante, como prova de regularidade e
penhor de que o trabalho está sendo bem executado (Castellani).
Obviamente, a palavra é somente transmitida ao Segundo Vigilante sem que este
tenha “posse” da mesma. Portanto, uma Sessão pode ser encerrada, caso necessário, por
golpe de malhete, sem a mínima preocupação.
Saudação Maçônica
Quando um Maçom entra em uma Loja com os Trabalhos já começados, faz uma
Saudação de acordo com certas regras estabelecidas pelo protocolo. Essa Saudação é
sempre de acordo com o Grau em que a Loja está trabalhando. Trata-se de um dos mais
importantes Sinais de reconhecimento entre Irmãos. (N. Aslan).
No Primeiro Grau, de Aprendiz, o Sinal chama-se “Gutural” e não podemos
descrevê-lo, nem é necessário, pois é uma das primeiras coisas que se aprende na Iniciação.
Nos Graus Simbólicos, no REAA, quando um Obreiro da Loja se levanta para
falar, autorizado pelos VVig.: ou pelo VM.:, essa Saudação também deverá ser feita.
Na última Loja da Jacques de Molay, foi feita uma observação por um Irmão
visitante, Deputado Estadual, que, se entendi bem, essa Saudação deverá ser
INDIVIDUAL, jamais coletiva. Ou seja, para cada Obreiro mencionado devemos fazer uma
Saudação.
De todos os livros e enciclopédias consultadas não achei nada que obrigue a essa
Saudação de modo individual.
É comum, em todas as Lojas já visitadas por mim, o Obreiro se levantar, fazer o
Sinal, estando a Ordem, mencionar o V.:M.:, as Autoridades Maçônicas (plural), os
MM.:II.:(plural), os VVig.:, os Obreiros da Loja (plural) e fazer a Saudação, ficando, logo
em seguida à Ordem, até o V.:M.: mandar desfazer o Sinal.
Acho que está havendo, se é que entendi o mencionado, um “perfeccionismo
maçônico” exagerado por parte desse nosso Irmão.
Mesmo porque, pela lógica, isso não faz sentido, pois quando se mencionar:
“Autoridades Maçônicas”, quem está fazendo a Saudação vai ter que contar quantas
Autoridades existem no Oriente e fazer a Saudação no mesmo número contado,
individualmente.
Idem para os Mestres Instalados.
E, pior ainda, quando dizer “meus queridos Irmãos” vai ter que perguntar antes ao
Chanceler o número de Irmãos presentes e fazer a Saudação a todos eles.
Nessa última Loja da Jacques de Molay, só no Ocidente, havia mais de trinta
Obreiros.
Toda “regra”, ou vale para todos, ou não vale.
Vamos iniciar esta Pílula, definindo o que é “ad-hoc”. É uma expressão latina que
quer dizer “como e quando necessário”, de modo eventual (Dic. UOL).
Em uma Loja existem duas condições totalmente diferentes, em termos de
substituições do V.:M.: ou de seus Dignitários, ou de seus Oficiais: Substituição Legal e
Substituição “had doc”.
Substituição “ad-hoc”: vamos analisar o caso de uma Dignidade, o Orador, por
exemplo. Dizemos, então, que “Orador had-hoc” é aquele que foi escolhido, eventualmente,
somente para aquela Sessão, na falta de seu Orador e de seu adjunto, eleitos para aquela
Loja. Não pode dar andamento a processos, instaurá-los ou apresentar denúncias, pois ele
não é o substituto legal do titular do cargo. Limita-se, apenas, a desempenhar os deveres
usuais do cargo, especificamente, na Sessão para a qual foi convocado, como substituto.
Não pode iniciar processo, pois isso compete ao representante legal do Ministério Público
Maçônico em Loja. E, mais do que isso, não poderá nunca ir contra a orientação já dada
pelo Titular do cargo.
Substituição Legal: em contrapartida ao exposto acima, o Primeiro Vigilante é o
substituto legal do Venerável Mestre, podendo – e devendo – portanto, desempenhar
todas as atividades administrativas necessárias ao bom andamento dos Trabalhos da
Oficina. A única restrição é, exatamente, a um desempenho ritualístico, como a sagração de
um candidato à Iniciação, ou à Elevação ou á Exaltação. Isso é restrito ao Venerável
Mestre ou a um Ex-Venerável Mestre (Ed. Trolha - Castellani).
Ne Varietur
Esta expressão latina, que significa “que não pode ser mudado”, na Maçonaria
refere-se á assinatura do Maçom, constituindo uma precaução para que não seja alterada
uma vez aposta nos documentos maçônicos, a fim de se reconhecer o verdadeiro e original
possuidor do certificado (N.Aslan/ Mackey).
Portanto, quando um Irmão recebe um Certificado de sua Loja ou Obediência, é
pedido que ele assine seu nome, para evitar impostores. Quando uma pessoa declara ser um
Maçom e apresenta seu Certificado em uma Loja que pretende visitar, é possível que peçam
sua assinatura para ser confrontada com aquela do referido Certificado. Caso as assinaturas
não sejam exatamente iguais, poderá ser impedido de entrar nessa Loja (Robert Macoy).
Na Maçonaria brasileira, como sabemos, não existe esse rigor. Basta um Irmão
conhecido se responsabilizar pelo visitante e esse entrará na loja sem problemas.
Entretanto, nas Lojas da Nova Zelândia e da Austrália, se você, como Maçom, não levar
um documento emitido pela sua Obediência, com antecedência, declarando que você é
Maçom e está regular, dificilmente você entrará em uma de suas Lojas.
.
M.:I.: Alfério Di Giaimo Neto
CIM 196017
PILULA MAÇÔNICA Nº 151
Lembro que um “Rito” pode ser definido como uma apresentação particular da
maçonaria, cujo caráter se distingue do caráter de outros Ritos, pela forma. Como sabemos
existem muitos Ritos. Vamos pesquisar alguma coisa sobre o Rito Escocês Retificado.
É essencialmente um Rito cristão, e foi derivado do Rito “Estrita Observância”
do século XVIII.
Vou abrir parênteses para falar um pouco sobre esse último Rito mencionado: “foi
uma modificação da Maçonaria, baseada na Ordem dos Cavaleiros Templários e
introduzido na Alemanha em 1754, pelo seu fundador o Barão Von Hund. Foi dividido em
sete Graus: 1 – Aprendiz; 2 – Companheiro; 3 – Mestre; 4 – Mestre Escocês; 5 – Noviço; 6
– Templário; 7 – Cavaleiro Declarado. Relata a fuga, após a morte de Jacques de Molay, de
alguns Cavaleiros Templários para a Escócia onde conseguiram passar por Maçons
Operativos, conseguindo dar continuidade à Ordem Templária. Esses eventos constituem a
base principal dos graus desse Rito. Outros eventos foram adicionados, conectados com
Alquimia, Mágica e outras práticas superticiosas. ( Enciclopédia da Maçonaria – Mackey)
Voltando ao Rito Escocês Retificado, sabemos que os Estatutos de Anderson
exigiam a crença em Deus, mas sem requerer outra religião senão “aquela com a qual todos
os homens concordam”.
Entretanto, existe um documento “o mais antigo documento francês, de 1735,
chamado Deveres Prescritos aos Maçons Livres, afirmando o que segue, baseado nas
Constituições de Anderson – “...há algum tempo, julgou-se mais sensato só exigir deles a
religião com a qual todo CRISTÃO concorda, deixando a cada um....”
Nas Constituições de Anderson, como vimos acima, lemos “....a religião com a
qual todos os HOMENS concordam....
Assim, com a frase “com a qual todo cristão concorda” o documento Francês
difere fundamentalmente do documento inglês. Para compreendê-la, é preciso lembrar que
as primeiras Lojas Francesas tinham sido fundadas por jacobitas ardentes, fiéis aos Stuart
exilados, e em sua maioria, católicos. Pode-se ver nesse documento a origem remota do
Rito Escocês Retificado que, por intermédio da Estrita Observância, herdou a exigência
cristã (Alec Mellor).
A história desse Rito foi um pouco tumultuosa, pois durante tempos atrás, se
discutia muito sobre a questão de se saber “de qual cristianismo se trata” formando-se duas
tendências, uma tradicionalista, que rejeita qualquer descristianização oculta nas palavras e
outra, avançada, que não admite mais a exclusão dos não-cristãos. (Alec Mellor)
Em sua forma, o Rito permanece muito fiel às cerimônias em vigor do século
XVIII, conservando o uso do chapéu e das espadas.
Os seis e únicos graus do Rito Escocês Retificado são:
Lojas Simbólicas, também chamadas Lojas de São João: (administradas por uma
Potência Simbólica)
1) Aprendiz;
2) Companheiro;
3) Mestre
Lojas Verdes: (administradas pela potência filosófica, ou seja O Grande Priorado
Retificado)
4) Mestre Escocês de Santo André.
Ordem Interior: ( adm.Grande Priorado Retificado)
5) Escudeiro Noviço;
6) CBCS - Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa. (Ordem dos CBCS)
Resumindo:
1) Aprendiz;
2) Companheiro;
3) Mestre;
4) Mestre Escocês de Santo André;
5) Escudeiro Noviço;
6) CBCS.
Sociedades Secretas
Dia 20 de Agosto
O Avental
O Avental – parte II
Continuando o assunto sobre o “Avental” que é muito extenso e que daria para se
escrever muitas páginas, vou complementar, e finalizar, descrevendo mais alguma coisa
extraída do livro “O Avental Maçônico” do Ir.:Assis Carvalho da Ed. Maçônica “A
TROLHA” Ltda, pags 22 a 25.
“Os Maçons Operativos usavam aventais de couro grosso, facilmente
reconhecidos e, posteriormente, foram adotados pelos Maçons Especulativos, como
Símbolo, do trabalho manual ou intelectual.
Desse modo, podemos dizer que para os Operativos o Avental era usado como
vestuário, ou protetor do vestuário, e para os Especulativos tornou-se o Símbolo do
Trabalho. Além de simbolizar isso, o que traz como herança é o fato de seus antigos
portadores serem gente do povo, gente trabalhadora, operária.”
“Tanto isso é verdade que o próprio codificador do Rito Escocês, Cavaleiro
Miguel André de Ramsay, não concordava que a Maçonaria tivesse tão humilde origem. E
por ser ela de origem tão chã, tão plebéia, não era possível que Cavalheiros, nobres
Cavalheiros, dela fizessem parte, usando aventais tão pobres, tão proletários. Daí, sua
tentativa de negar a Origem Operária da Maçonaria, para impingir-lhe uma Origem
Nobre, tentando provar que a Maçonaria era de Origem Templária – isto é – sucessora
dos Cavaleiros de Jacques de Molay. Eis porque a criação de Graus com nomes pomposos
– Sublime Príncipe Rosa Cruz, Ilustre Cavaleiro Kadosh, Soberano Grande Inspetor Geral
e tantos outros. Com a criação desses graus para glorificar a Burguesia, a Elite
dominante, foram criados os belos e ricos Aventais, bordados com fios de ouro ou prata,
quando não pintados ao vivo por renomados artistas do pincel.
Hoje, todos nós sabemos, sem a menor sombra de dúvidas, que a origem da
maçonaria é realmente Operária. Mas, mesmo assim, a evolução do Avental foi enorme.
Seus desenhos, seus símbolos, seus formatos, sofreram grandes transformações – talvez
seja o Símbolo que mais transformações tenha sofrido.”
Deuses do Olimpo
Católico
A palavra Católico deriva da raiz grega “katholikos” que por sua vez é a união da
raiz grega “kata” significando sobre e da raiz grega “hokos” significando completo, todo,
inteiro. Desse modo, “católico” tem o significado de através do todo, sobre o todo, ou
UNIVERSAL.
Segundo o dicionário Caldas Aulete, temos: aquilo que é universal, que congrega
ou pretende congregar toda a humanidade. Pelo fato da Igreja Cristã ter congregado os
cristãos do mundo todo, é dita Igreja Católica Romana. É católica porque Cristo a enviou
em missão a todos os povos do mundo (missão desempenhada principalmente pela Ordem
dos Jesuítas). Ide, pois, e ensinai a todas as nações (Marcos 28,19). Segundo essa Igreja,
todos os homens do mundo são chamados a fazer parte do povo de Deus. A missão do
cristão é tornar o Reino conhecido por todo o mundo, cumprindo, assim, a vontade de
Deus.
Obviamente, o termo pode ser usado por qualquer outra igreja, desde que seja
universal.
Pode ter o significado, também, de: correto, adequado, que segue as normas ou os
costumes aceitos. Que tem bom aspecto, que está conforme o desejado ou o esperado.
O filósofo grego Aristóteles empregava essa palavra com o sentido exposto acima.
Com a expansão da Igreja Católica Romana, muitos autores cristãos usaram as
expressões “ressurreição católica”, “bondade católica de Deus”, etc.
“Pela ordem!”
Apesar das duas serem Símbolos Maçônicos, e se tratar de escadas, na verdade, são
bem distintos um do outro.
A Escada de Jacó é um Símbolo Iniciático, com forte caráter religioso, é usado em
outras Ordens inclusive religiosas. A Maçonaria, apesar de não ser uma religião, a utiliza na
Simbologia, para transmitir seus ensinamentos.
Ela se se origina na Bíblia, referindo-se ao sonho que Jacó, filho de Isaac e de
Rebeca e irmão de Esaú, teve um dia, no campo. Lá diz que, Jacó temendo a cólera de seu
pai, pois havia comprado os direitos de primogênito de Esaú, seu irmão, fugiu para a
Mesopotâmia. No caminho, em Betel, enquanto dormia com a cabeça apoiada numa pedra,
sonhou com uma escada fixa na terra e a outra extremidade tocando o céu. Por ela os anjos
subiam e desciam e ele ouvia Deus dizendo que sua descendência seria extremamente
numerosa. Obviamente, pode-se dar inúmeras interpretações a esse sonho. Vai depender
somente da nossa imaginação.
A interpretação que a Maçonaria dá para essa lenda é de que o conhecimento de
todas as coisas é adquirido de forma gradual, como se estivéssemos subindo uma escada,
degrau por degrau. Aparentemente isso parece ser fácil, mas não é. Exige sacrifícios,
constância e persistência. Aliás, pensar que tudo é muito fácil, é uma característica do ser
humano.
Conforme Nicola Aslan (Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria), esse
símbolo está contido no painel do Grau de Aprendiz, com sete degraus, representando as
sete virtudes cardeais: Temperança, Fortaleza da alma, Prudência, Justiça, Fé, Esperança e
Caridade. Ë comum, pois, depois da Iniciação, dizer-se que o Aprendiz subiu o primeiro
degrau da Escada de Jacó, ou seja, deu o primeiro passo no caminho de seu
aperfeiçoamento moral.
A Escada em Caracol, como o próprio nome diz, é uma escada em espiral, e é o
Símbolo do Companheiro. No Grau de Companheiro é onde o Obreiro adquire o máximo
de conhecimentos, e isso é típico desse grau, preparando-se para entrar no Grau de Mestre.
Simbolicamente, nesse grau, ele deve girar em torno de si, absorvendo tudo a sua volta e
atingindo, além disso, níveis superiores, cada vez mais aperfeiçoados. Assim, ao atingir o
Grau de Mestre que é o esplendor da sua carreira maçônica, o Obreiro poderá começar a
transmitir seus conhecimentos adquiridos, ou iluminar, clarear, a mente dos novos
Aprendizes e de todos com os quais convive. Ser Mestre Maçom não é ser o dono da
Verdade! Mas é ser dono da própria vontade e buscá-la, sem esmorecer e mostra-la ao
mundo.
M∴
∴I∴
∴Alfério Di Giaimo Neto
CIM: 196017
PILULA MAÇÔNICA Nº 162
Decálogo da Maçonaria
Para este ano de 2013 que começa hoje, após a não ocorrência do “fim do mundo”
em 21/12/2012, nada melhor do que algumas lições (mandamentos) de moral, ética e boa
conduta, servindo para Maçons ou profanos.
Este Decálogo foi extraído de livros de origem inglesa, que, por sua vez,
aparentemente, devem ter se baseado nos “Dez Mandamentos” da Bíblia, quanto ao
número e forma, porém, na verdade, são bem mais do que “10 lições”.
Coincidentemente, no dia 29/12/2012 o Ir.V.A Anibal da ARLS Cavaleiros
Templários, lançou um texto na Internet com este assunto, bem mais longo que esta Pílula,
extraído do livro “Moral e Dogma” de Albert Pike, americano. Não sei dizer se os autores
ingleses se basearam em Albert Pike, ou vice versa. Obviamente, devido traduções por
pessoas diferentes, em épocas diferentes, as palavras são diferentes mas o sentido é o
mesmo.
Ferramentas de Trabalho
A Grande Loja de Londres, atual GLUI, percebendo que a união das 04 Lojas
tinha futuro, pediu ao Reverendo Anderson, em 1721, que fizesse uma compilação dos
antigos preceitos e regulamentos gerais para a nova Maçonaria.
Anderson (James) era doutor em filosofia e pregador presbiteriano em Londres.
Teve colaboradores da mais alta valia, entre eles, George Payne e Jean Theophile
Desaguliers, que haviam sido, respectivamente, 2º e 3º Grão-Mestres da dessa Grande Loja
(o primeiro Grão Mestre, em 1717, fora Anthony Sayer).
O trabalho, uma vez concluído, sofreu o exame de uma Comissão de 14 doutos, e
foi aprovado com pequenas modificações e publicado em 1723 sob o título: “As
Constituições dos Franco-Maçons, contendo a História, Obrigações, Regulamentos,
etc, da muito antiga, Reta e Venerável Fraternidade. Para uso das Lojas”.
O Livro das Constituições contém:
1º uma dedicatória do Ir∴ ∴Desaguliers;
2º uma curta história da Maçonaria, desde a criação do mundo, que hoje virou lenda;
3º os Antigos Deveres ou Leis Fundamentais (Old Charges) em 06 capítulos (Ver Pílula
Maçônica nº 3);
4º as 39 Antigas obrigações ou Regulamentos Gerais de 1721, reunidos por George
Payne.
5º a aprovação do Livro;
6º quatro cantos Maçônicos: hino do mestre, hino dos Vigilantes, hino dos
Companheiros e hino dos Aprendizes.
Essa primeira edição do Livro das Constituições (1723) é ainda hoje a reconhecida
por toda maçonaria anglo-saxônica e americana, constituindo o suporte dessas Potências e
é a Carta seguida por todos os Maçons, em todo o mundo.
É preciso não confundir o Livro das Constituições com os Landmarks da Ordem
(ver Pílula Maçônica nº 21), dos quais há várias compilações, entre elas a mais conhecida é
a de Albert Gallatin Mackey, publicada em 1858, com vinte e cinco itens.
Retardatário
“Constituições de Anderson”
Considerações I
“Constituições de Anderson”
Considerações II: Análise do primeiro artigo das “Obrigações”.
Em torno do ano de 1910, Maçons de origem inglesa não estavam satisfeitos com
a Maçonaria praticada aqui no Brasil, pois pretendiam, se possível, ter Lojas do Rito inglês,
que trabalhassem segundo a orientação litúrgica da Grande Loja Unida da Inglaterra
(GLUI). Alguns Obreiros desta última, foram enviados ao Brasil para negociarem com o
Grande Oriente do Brasil, com o intuito de obter do GOB, a autorização para estabelecer
uma Grande Loja Distrital, sob a Constituição Inglesa, em nosso território.
Isso não foi concretizado nessa época, porém, foi assinado um Tratado, em
21/12/1912, pelo Grão Mestre Lauro Sodré, do GOB, e pelos representantes da GLUI, que
relatava, resumidamente e com outras palavras, o que segue abaixo:
- o GOB em consideração à inabalável e fraternal amizade que sempre uniu a
GLUI e o GOB, e pretendendo atender aos anseios dos maçons ingleses residentes no
Brasil, resolveu permitir que fosse criado um Grande Capítulo do Rito de York, com
patente e sob a obediência do Grande Oriente do Brasil (NOTA: sobre o termo “Rito de
York” faremos uma explicação na próxima Pílula).
- desde logo ficarão subordinadas a esse Capítulo as seguintes sete Lojas do GOB:
“Eduardo VII”, ao Oriente do Pará;
“Saint George”, ao Oriente de Recife;
“Duke of Clarence”. Ao Oriente da Bahia;
“Eureka Nº 3”, ao Oriente do Poder Central;
“Wanderers”, ao Oriente de São Paulo;
“Unity”, ao Oriente de São Paulo;
“Morro Velho”, ao Oriente de Minas Gerais
- esse Grande Capítulo será autoridade suprema, em matéria litúrgica e autorização
de funcionamento, para todas as Lojas do Rito de York, atualmente e para aquelas que no
futuro forem criadas no Brasil.
Esse Decreto durou até 1935, quando em 06 de maio desse ano, é assinado um
outro Tratado, denominado “Tratado Convênio de Aliança Fraternal” entre o Grande
Oriente do Brasil e a Grande Loja Unida da Inglaterra, reconhecendo, naquela época, o
GOB como única Potência Maçônica regularmente estabelecida no Brasil e o GOB, por sua
vez, autorizava o estabelecimento, no Brasil, de uma Grande Loja Distrital, sob Carta
Patente da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Por esse Tratado, convencionou-se, também, que “em virtude de não mais ser
necessária a existência do Grande Capítulo do Rito de York no Brasil, este, uma vez
formada e estabelecida a Grande Loja Distrital, cessará suas atividades” (Castellani).
Com isso, todas as Lojas do Rito de York, então existentes, passaram, sob a
direção da Grande Loja Distrital, para a Jurisdição da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Cavaleiros Hospitalários
Sólio
Tiradentes
O rei da França, Filipe IV, o Belo, na época do século XIV, estava falido e, entre
outros, devia muito dinheiro a Ordem dos Templários, que era uma das Organizações mais
ricas e mais poderosas da Europa. Seus membros eram guerreiros, banqueiros e
construtores e tinham sede em Paris. Pelo fato de serem guerreiros, e bem organizados, se
apoderaram de imensas quantidades de terras e bens materiais dos perdedores aos quais
punham o seu jugo. Controlavam feudos e construções em Paris e no interior da França.
Participaram de modo intenso nas Cruzadas. As mesmas eram “patrocinadas” pela
Igreja Católica a qual permitia, devido sua portentosa influência juntos aos reis e
governantes, que os Templários tivessem muitas regalias e direitos. Entretanto, exigiam que
as Cruzadas saíssem vitoriosas em suas contendas. As derrotas das Cruzadas no Médio
Oriente, alimentaram uma onda de calúnias, produzida provavelmente por pessoas ou
entidades invejosas e sedentas do fracasso dos Cavaleiros da Ordem dos Templários,
dizendo que os mesmos teriam se “vendido” aos muçulmanos. Aproveitando o clima
favorável, talvez produzido por ele mesmo, em 13 de outubro de 1307, Filipe invadiu, de
surpresa, as sedes dos Templários em toda a França, prendendo todos os membros.
Dois processos foram abertos contra a Ordem dos Templários: um dirigido pelo
rei contra os presos, o outro conduzido pelo papa Clemente V, que como sabemos, foi
forçado pelo rei Felipe, a colocar a sede do Papado em Avignon, França.
Muitos Cavaleiros foram mortos. A maioria degolada. A Ordem era Iniciática e
bastante discreta. A própria discrição da Ordem foi usada contra ela, fazendo-se afirmações
absurdas. Devido a ramificada rede de informações da Ordem, os sobreviventes trataram de
salvar a maior quantidade possível de bens e tesouros.
Todos os seus bens “disponíveis” foram confiscados. Esperava-se uma fortuna,
mas, como pouco foi efetivamente recolhido, criou-se a suposição de que os tesouros foram
transferidos em segurança para outros países. Para muitos investigadores, um desses países
teria sido Portugal. O rei Dom Dinis (1261-1325) decidiu garantir a permanência da Ordem
dos Templários em terras portuguesas. Sugeriu uma doação formal dos bens da Ordem à
Coroa, mas, talvez, por imposição dos Templários, foi nomeado um administrador, de
confiança da Ordem, para cuidar deles.
Dom Dinis, numa atitude corajosa para a época, local e condições, abriu as portas
para todos os refugiados da Europa. Nessa ocasião, por volta de 1317, o último Grão
Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, Jacques (ou Thiago) de Molay, já havia sido
executado na fogueira (1314). Nem o Papa, com toda sua autoridade e com a “Santa
Inquisição” a sua disposição, o intimidou: fundou a Ordem de Cristo com, segundo
afirmam os historiadores, parte do patrimônio dos Templários.
Todos os perseguidos da Europa, se concentravam, trazendo seus segredos, seus
conhecimentos, para o Convento de Tomar, sede da Ordem de Cristo. Uma nova etapa,
uma nova era, estava acontecendo para os Cavaleiros Templários. Dois anos depois, em
1319, um novo papa, João XXII, reconheceu a Ordem de Cristo.
No início do século XV, Portugal era um reino pobre. A riqueza estava na Itália,
na Alemanha e na Flandres (hoje parte da Bélgica e Holanda). Nesse caso, porque é que
foram os portugueses a encabeçar a expansão européia? Sem dúvida, a rica Ordem de
Cristo foi o seu trunfo decisivo, com seus tesouros, mas, principalmente, com os seus
conhecimentos e experiência adquiridos ao longo dos anos. .
Quando o Infante Dom Henrique, terceiro filho de Dom João I, se tornou Grão-
Mestre da Ordem, em 1416, a Organização encontrou apoio para colocar em prática um
antigo e ousado projeto: contornar a África e chegar à Índia, ligando o Ocidente ao Oriente
sem a intermediação dos muçulmanos, que então controlavam os caminhos por terra. Dom
Henrique assumiu o cargo de governador do Algarve. Dividia seu tempo entre a Ordem de
Cristo e o Porto (ou Vila) de Lagos.
Ao retornar à Portugal, na primavera de 1419, após combater os mouros na cidade
de Ceuta, dom Henrique teria decidido abandonar as “futilidades da corte” e se instalar na
ponta de Sagres. Dom Henrique era uma figura imponente, obcecado, teimoso, celibatário e
asceta, permanentemente envolto em um manto negro.
O próprio local que o infante supostamente escolheu para viver já era pleno de
simbolismo e magia. O antigo “promontório sacro” de gregos e romanos – chamado de
Sagres pelos lusos - fora batizado pelo geógrafo grego Ptolomeu. Era a parte final da
Europa: um lugar desértico, de beleza trágica, onde a terra se despede num cabo nu e
pedregoso, para mergulhar no oceano temível e repleto de mistérios. Não por acaso, Sagres
tinha sido ocupado por um templo de druidas, os sacerdotes celtas.
Ainda assim, não foi na ponta de Sagres, mas na Vila de Lagos, acerca de 30 km a
leste dali, que Dom Henrique de fato se instalou, quando seu pai, o rei Dom João I, o fez
governador daquela região, conhecida como Algarve, ou El-Ghard, a Terra do Poente,
outrora o Ocidente árabe.
Foi aí, que em 1420, Dom João I, fez do Infante o administrador da Ordem dos
Cavaleiros de Cristo, originária da antiga Ordem dos Templários .
Algarve era a base naval e uma corte aberta: vinham viajantes de todo o Mundo,
com todo tipo de informações, tão importantes naquela época. Foram atraídos para lá,
sábios, cartógrafos, astrônomos e astrólogos – especialmente Judeus que, desde meados do
século XIV, fugiam das perseguições que se desencadeavam na Espanha. Afirma-se hoje
que, o Porto (ou Vila) de Lagos, localizada em uma ampla baía, possível de se zarpar,
liderada pelo infante, foi que comandou a expansão marítima do século XV. Ali foi fundada
a Escola de Sagres – que, na verdade, existiu apenas no sentido filosófico da palavra, já que
nunca houve um espaço físico, um centro de estudos, e muito menos um observatório, na
Ponta de Sagres.
Tinham passado cem anos sobre a condenação dos Templários nos processos de
Paris, e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que
aumentara muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue o aval do papa ao
projeto expansionista. Num século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem
com monopólios da navegação para a África, posses de terras, isenção de impostos
eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais a descobrir.
Tinham passado cem anos sobre a condenação dos Templários nos processos de
Paris, e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana sobre a Europa, que
aumentara muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue o aval do papa ao
projeto expansionista. Num século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem
com monopólios da navegação para a África, posses de terras, isenção de impostos
eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais a descobrir.
Dom Henrique sabia que os lusos não seriam capazes de cruzar o “mar de areia”
do deserto do Saara, que só podia ser vencido com o auxílio do camelo. Mas havia indícios
de que os marroquinos faziam um tipo de comércio com os habitantes locais, nas
proximidades da foz de um grande rio, cujo delta desaguava no Atlântico, ao sul do
arquipélago das Canárias. De posse de tais informações, Dom Henrique começou a pensar
na hipótese de flanquear os mouros pela retaguarda e dominar a foz do “rio de ouro” – que,
como se saberia depois, era o Senegal, tido como um dos braços do Nilo.
Para fazer isso, teria que mergulhar no desconhecido.
No momento em que o Infante, à frente da Ordem de Cristo, resolveu dar a volta
ao continente Africano, a idéia parecia uma loucura. Havia pouca tecnologia para navegar
em oceano aberto e nenhum conhecimento sobre como se orientar no Hemisfério Sul,
porque só o céu do Norte estava cartografado. Mais ainda: acreditava-se que, ao Sul, os
mares estavam cheios de monstros terríveis. De onde teria vindo, então, a informação de
que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente? Possivelmente dos
Templários, que durante as Cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de
peregrinos para a Terra Santa, mantiveram imensos contatos com viajantes oriundos de
toda a Ásia. Quando o navegador da Ordem de Cristo, Gil Eanes passou o Cabo Bojador,
um pouco ao sul das Ilhas Canárias, em 1434, mais do que realizar um avanço náutico,
estava a desmontar uma mitologia secular. Acreditava-se que, depois do Cabo, localizado
no que é hoje o Saara Ocidental, começava o Mar Tenebroso, onde tudo de mal aconteceria
aos navegadores. Quando finalmente reuniu coragem e viu que do outro lado não haveria
nada de especial, Eanes abriu caminho para o Sul.
Morto em 1460, o Infante Dom Henrique não assistiu o triunfo de sua empreitada,
mas sentiu que Portugal estava para se tornar uma das maiores potências marítima. Nas
primeiras décadas da existência da Ordem de Cristo, os ex-Templários estabeleceram
estaleiros em Lisboa, fizeram contratos de manutenção de navios e dedicaram-se à
tecnologia náutica, aproveitando o conhecimento adquirido no transporte de peregrinos
entre a Europa e o Médio Oriente durante as Cruzadas. O rei Dom João II, que governou
entre 1481 e 1495, estimulou a atividade mercantil e a colonização dos territórios africanos.
A Ordem de Cristo controlou o conhecimento das rotas e o acesso às tecnologias
de navegação enquanto pode. Mas com o ouro descoberto na Guiné, em 1461, o monopólio
da pilotagem passou a ser cada vez mais desafiado. A partir de então, multiplicaram-se os
contratos com comerciantes e as cessões de domínio ao rei para exploração das regiões
descobertas. Aos poucos, a sabedoria secreta guardada em Tomar foi sendo passada para
mercadores de Lisboa, da Flandres e da Espanha. Naquela época, Portugal fervilhava de
espiões, especialmente espanhóis e italianos, que procuravam os preciosos mapas ocultos
pelos Templários. Enquanto o tesouro, de dados marítimos, esteve sob a sua guarda, a
estrutura secreta da Ordem garantiu a exclusividade aos portugueses. Em Tomar e em
Lagos, os navegadores só progrediam na hierarquia depois de sua lealdade ter sido
comprovada, se possível em batalha. Só então podia ler os relatórios reservados de pilotos
que já tinham percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de
declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o Pólo Norte verdadeiro e o
magnético. E, à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos
mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do Hemisfério
Sul, a que também só os iniciados tinham acesso.
Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também
fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, numa ação combinada com
seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de
fronteiras que durou dois anos, os reis Fernando, de Leão, e Isabel, de Castela, começaram
a interessar-se pelas terras de além-mar. Com a viagem de Colombo à América, em 1492, o
Papa Alexandre VI, um espanhol de Valência, reconheceu em duas bulas, as Inter Caetera,
o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês tinha descoberto, e
rejeitou as reclamações de Dom João II de que as novas terras pertenciam a Portugal. O rei
não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a
negociarem, frente a frente, na Espanha, no ano de 1494, um Tratado para dividir o vasto
Novo Mundo que todos pressentiam: o Tratado de Tordesilhas.
Portugal acabou por ser obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores
da Ordem de Cristo, liderado pelo experiente Duarte Pacheco Pereira, à Tordesilhas, na
Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis.
Apesar de toda contestação, a Santa Sé era o único poder transnacional na Europa do século
XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países. Portugal saiu-se bem no
acordo. Era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem de Cristo, que devido a sua
política de sigilo, os portugueses sabiam da existência das terras onde hoje está o Brasil sete
anos antes da viagem de Pedro Álvares Cabral.
Lisboa, 08 de março de 1500, um domingo. Terminada a missa campal, o rei
Dom Manuel I sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da
Ordem de Cristo e a entrega a Pedro Álvares Cabral. O capitão vai içá-la na principal
nave da frota que partirá daí a pouco para a Índia.
Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal, com treze navios
e 1500 homens. Além do tamanho, tinha outro detalhe incomum. O comandante não
possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava no comando da esquadra
porque era Cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma
feitoria na Índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil.
Em 22 de abril de 1500, naus com a cruz da Ordem de Cristo, chegaram onde
hoje é a Bahia. Foi o espírito dos cruzados que guiou a aventura das grandes navegações
portuguesas.
A presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a
Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autónoma do Estado e herdeira da
misteriosa Ordem dos Templários, tinha autorização papal para ocupar – tal como nas
Cruzadas – os territórios tomados aos infiéis. No dia 26 de abril de 1500, quatro dias
depois de avistar a costa brasileira, o Cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira
parte da sua tarefa. Levantou, onde é hoje Porto Seguro, a bandeira da Ordem e mandou
rezar a primeira missa no novo território.
O Escrivão Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei sobre a solenidade; “Alí estava
com o capitão a bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que
sempre esteve alta”.
Maçonaria é religião?
Tempo de Estudos
A Verdade
Fica provado, pois, que os termos são semelhantes e tem o mesmo significado.
Aproveito para lembrar que (ver Pílula Maçônica nº 124) o termo “Tronco” é um
galicismo (palavra importada diretamente do Francês) e essa palavra francesa “TRONC”
tem dois significados: tronco, propriamente dito, como tronco do corpo humano, tronco de
árvore, tronco ferroviário, tronco familiar, etc. E é, também, a “caixa de esmolas” colocada
na entrada das igrejas. Na verdade é uma caixa com uma fenda onde são colocadas as
esmolas, e nela, normalmente está escrita a palavra “tronc” (Castellani).
Além desse termo, são usados, também, “Saco de Solidariedade’ ou “Sacola de
Solidariedade”.
Reforma Religiosa
No final do século XV ocorreu a decadência dos feudos, aumentando as forças das
cidades, da burguesia e da nova cultura implantada pelo Renascimento. Movimentos
exigiam reformas na Igreja Católica. A divisão entre os cristãos fez surgir novas igrejas,
genericamente, chamadas de “protestantes”, devido os seguintes motivos:
1) As novas idéias oriundas do Renascimento.
2) Abusos e corrupção do Alto Clero Católico em Roma.
Nesse clima, Martinho Lutero, monge agostiniano, formulou com clareza o que o povo
sentia e precipitou a ruptura do mundo cristão.
As reformas ocorreram em diversos locais e tiveram vários protagonistas.
1) – Alemanha: (na Saxônia) Martinho Lutero dizia que a leitura refletida da Bíblia
conduzia à salvação espiritual. Estopim das discussões foi a venda de “Indulgências” para
a construção da Basílica de São Pedro. Lutero foi excomungado e queimou a bula papal. A
doutrina espalhou-se rapidamente e gerou lutas sangrentas.
2) – Suíça: o francês João Calvino, em Genebra, baseado em Lutero porém
mais radical nas exigências e foi influenciado pela mentalidade comercial (obtenção de
lucros).
3) – Inglaterra: o Rei Henrique VIII queria se divorciar de Catarina Aragão para
casar com Ana Bolena. Papa recusou o pedido por motivos políticos. O Rei rompeu
com o Papa e fez com que o Parlamento fizesse dele o chefe supremo da Igreja da
Inglaterra. Era uma mistura de catolicismo, calvinismo, estruturando o Anglicalismo.
Alquimia
Gnosticismo
Agnosticismo
BULA
Padre Barruel
Jacobitas
Jacobitas: nome dado aos elementos partidários de Jaime II (Jacobus II), expulso
do trono da Inglaterra pela Revolução de 1688, cujos ativistas o substituíram por
Guilherme de Orange. Várias foram as tentativas de restauração do Trono e houve muitos
“Jacobitas” entre os ingleses, mas a maioria eram Escoceses, principalmente da nobreza
dos Highlands.
Sob Malhete
Egrégora
A palavra “Egrégora” não existe em nosso idioma, a língua portuguesa. Até onde
se sabe, na Maçonaria até meados dos anos 80, nenhum obreiro havia ouvido sequer falar
de seu significado.
Primeiramente, de acordo com Mestre Castellani, essa palavra tem origem no
“ocultismo” e foi se introduzindo aos poucos em nosso ambiente maçônico.
Com exceção do livro “Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons”
do escritor francês Alec Mellor, respeitadíssimo na comunidade maçônica mundial,
nenhum outro cita essa palavra e seu significado.
Na página 107 desse livro, da Coleção Arcanum, editora Martins Fontes, temos:
“Egrégora, do grego antigo “Egrégore”, é um termo inspirado no Ocultismo,
onde significa a consciência coletiva de um grupo, mas dotada de personalidade. É uma
entidade viva, não uma abstração.
Essa concepção, totalmente extra maçônica e ausente em todos os Rituais, foi
admitida, sem grande espírito crítico, por vários maçons ocultistas que falaram da
“egrégora da Loja” ou “egrégora da Ordem”, etc.
Em 1893 foi lançado um texto inédito de Eliphas Levy, que no meu conceito, foi
um perfeito imbecil, onde se lê: “As Egrégoras são deuses....nascem da respiração de
Deus....Dormindo, ele inspira e expira. Sua respiração cria as Egrégoras....”. Além dessas
elucubrações mitológicas, escreveu outros absurdos sobre a etimologia dessa palavra, que
me nego a escrever.
É difícil escrever tanta besteira junta mas ele conseguiu!
Mellor ainda nos diz: “divagações desse tipo são suficientes para mostrar até
que ponto o ocultismo se disseminou como um flagelo na Maçonaria”.
Voltando ao Mestre Castellani, finalizo com seu depoimento: “Fantasia total do
texto de Eliphas levy. Fantasia não tem compromisso com a verdade, não precisa de
documentação, de provas. Pode-se dizer qualquer bobagem, porque a fantasia não tem
limites e os basbaques encantam-se com ela. Mas não tem o mesmo encanto pela História
séria e documentada. É por isso que, em nosso meio, ainda campeia a grande ignorância
do que é, realmente, a Maçonaria”.
Comportamento Maçônico
O que vou transcrever a seguir, foi-me esclarecido pelo Soberano Marcos José da
Silva, GOB, em viagem maçônica no ano passado.
Eu sempre ficava curioso quando Maçons visitantes em minha Loja, normalmente
Mestres, se levantavam e ficando à Ordem, diziam, seguindo a Ritualística:
“Venerável Mestre, sou da A.R.L.S “YYYY” e meu Venerável Mestre vos saúda
por três vezes três.......”.
E continuava seu monólogo, cumprimentando, convidando, etc.
Eu nunca encontrei essa explicação em nenhum livro (o que não significa nada,
pois não tenho nem um terço dos livros que desejaria ter). Como bom Maçom, retransmiti
a mesma para diversos Maçons. Muitos a retransmitiram do mesmo modo, indicando a
origem e a fonte.
Outros, verdadeiros donos da Verdade, a retransmitiram como se fossem deles a
descoberta do significado do ...por 3 vezes 3....
Vaidade....tudo é vaidade! Ou, melhor, “Malandragem....tudo é malandragem”
Liturgia e Ritualística
Liturgia : culto público e oficial instituído por uma igreja; ritual. Uma pessoa
versada em Liturgia é um “liturgista” ou “liturgo”.
E, de uma maneira mais abrangente, consultando escritos de Mestre Castellani,
temos: “origem na palavra grega” leitourgia” que quer dizer função pública. O termo é
mais aplicado à religião, designando a forma e a ordem aprovadas pela autoridade
eclesiástica, para celebrar os Ofícios Divinos; mas, por extensão, aplica-se às sociedades
que trabalham segundo um cerimonial, designando a ordenação e a forma de
desenvolvimento de qualquer tipo de Cerimônia”.
Ritualística : conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou por normas, e que
se deve observar de forma invariável em ocasiões determinadas; cerimonial.
Como substantivo, é o neologismo (mas não como adjetivo), que designa tudo
aquilo que é referente ao Ritual, que é o livro que contém a ordem e a forma das
Cerimônias, ou seja, o conjunto de regras a serem seguidas.
Cinzel e Buril
Estória e História
HISTÓRIA: Narração metódica dos fatos notáveis ocorrido na vida dos povos, em
particular, e na vida da humanidade, em geral. É definida, também, como o conjunto de
conhecimentos adquiridos através de documentos, relativos à evolução, ao passado da
humanidade. Estudo das origens e processos de uma arte, de uma ciência ou de um ramo
do conhecimento. Narração de fatos, acontecimentos ou particularidades relativas a um
determinado assunto.
O que importará não será o que você comprou, mas o que você construiu.
Não o que você conquistou, mas o que você deu.
O que importará não é o seu sucesso, mas o seu valor.
O que importará não é o que você aprendeu, mas o que você ensinou.
O que importará é cada ação de integridade, compaixão, coragem ou sacrifício, que
enriqueceu, entusiasmou e estimulou outros a seguirem seu exemplo.
O que importará não é sua competência, mas o seu caráter.
O que importará não é como você conheceu muitas pessoas, mas o sentimento de perda
que terão quando você estiver indo.
O que importará não são suas recordações, mas as recordações que vivem naqueles que
você amou.
O que importará não é por quanto tempo você será lembrado, mas por quem e por que.
Devemos, portanto, levar uma vida que importa, não como se fosse mero incidente.
Não de importância circunstancial, mas uma escolha!!
Escolhendo viver... uma vida que importa!
(tradução livre do artigo do PGM Bro Donald Barry Mc Laggan –Nova Zelandia)
Intuição
Boneco Maçom
(traduzido e adaptado das palavras de PGM Louis Block, de Yowa, EUA,, obtido
no Boletim do G.:O.: do Uruguai, edição de 1913.)
História da Maçonaria
Esta Pílula é dedicada aos Aprendizes, para que saibam a verdadeira história de nossa
ordem, retirada de livros idôneos.
A Maçonaria como toda Instituição de grande envergadura, passou por diversas fases em
sua evolução histórica. A princípio constituiu-se em Corporação Profissional durante a Idade
Média Alta e Renascença. Posteriormente, agregou-se a ela uma Associação de Mútuos Socorros,
até princípios do século XVIII e Sistema de Moralidade, conservando as características da
associação de mútuos socorros.
Maçonaria Especulativa
Até 1717 d.C., quando houve a fusão de quatro Lojas inglesas, semente da Grande Loja
Unida Inglaterra (vide Pílula nº56), a Maçonaria é chamada de “Maçonaria Operativa”, pois o
“saber” era empírico, adquirido de maneira prática. As ferramentas e o manuseio estavam sempre
presentes. O Maçom Operativo era um profissional da arte de construir.
A partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de “Maçonaria
Especulativa”. Anderson celebrizou-se na Maçonaria por ter copilado as duas primeiras
publicações oficiais da Grande Loja de Londres: as Constituições de 1723 e 1738, básicas,
ainda hoje, na formulação das Constituições de todas as potências Maçônicas..
Alguns escritores maçônicos afirmam, e eu sou partidário dessa idéia, que a Maçonaria,
sem dúvida alguma, começou na Idade Média e no continente (Europa). Posteriormente
deslocou-se para a ilha (Inglaterra) e voltando, após mudanças radicais, para o continente.
Nessas idas e vindas, obviamente, dependendo dos costumes dos povos, a Maçonaria tomou
tendências diferentes, resultando em comportamentos diferentes, apesar de que a essência da
Sublime Ordem é sempre a mesma. Podemos, de modo macro, separá-la e três ramos principais.
Após 1690, a Inglaterra já havia suplantado todas as agitações políticas e religiosas, depois
de 200 anos de guerrilhas e batalhas. O povo e os dirigentes estavam esgotados, cansados de
brigas políticas e religiosas que não levavam a nada. Nesse ambiente, propício para o
desenvolvimento de uma Maçonaria onde as reconciliações religiosas e políticas era uma meta,
apareceu o primeiro ramo, chamado de Histórico ou Tradicional.
Na França, nessa mesma época, a Maçonaria possuía um desenvolvimento semelhante à
inglesa, porém, o ambiente era extremamente agitado. Problemas de exploração do povo pela
nobreza, abuso da boa fé pelo alto clero, a miséria, etc, formatou um segundo ramo na Maçonaria
Universal, que poderemos chamar de Agnóstica.
Como na Europa, o número de pensadores liberais era maior do que na Inglaterra, devido a
forte influencia do Renascimento, Iluminismo, etc, chegou ao extremo de não mais ser obrigado à
crença em Deus, eliminando a invocação “À Glória do Grande Arquiteto do Universo” de seus
Rituais. Teve manifestações políticas e espírito fortemente anticlerical, tendo como seu
representante o Grande Oriente da França, existindo também na Itália e noutros países.
Dos dois ramos acima expostos, saiu o terceiro ramo, chamado de Místico, no qual a
influencia dos “aceitos” (rosacruzes, judeus, alquimistas, filósofos, etc) aplicou, com toda a
intensidade, a interpretação mística aos símbolos, história e filosofia da Nobre Instituição. O
esoterismo e o misticismo são largamente praticados. Encontra-se principalmente entre os povos
latinos da Europa e Américas, além de outras regiões.
Como nos diz, ainda, IrEleutério: a partir da nova versão da Maçonaria, em 1717, que
foi chamada de Especulativa, atraiu também atenções diversas. Houve a desconfiança dos
governos e principalmente das igrejas, principalmente a Católica Romana. Pelas suas
características, atraiu também intelectuais de diferentes tendências, e escolas, trazendo consigo
idéias filosóficas e práticas ritualísticas, dando aos símbolos antigos e novos, novas interpretações
com as quais os Maçons Operativos jamais tinham praticado, ou sonhado. Da mesma forma como
os antigos construtores procuravam enobrecer suas origens fazendo-as remontar à construção do
Templo de Salomão, por exemplo, esses novos Maçons queriam, e tiveram relativo êxito, vincular
a instituição às antigas filosofias religiosas e mistérios do Egito, Grécia, Índia e Oriente em geral.
Assim, encontramos em nossos símbolos referências herméticas, cabalísticas, rosa-cruzes,
templárias, etc. Essas interpretações de origem mística, foram penetrando, sendo aceitas e
incorporadas em diferentes graus nos países para onde a Maçonaria se expandiu.
O que deve ficar claro é que existe de comum entre a Ordem Maçônica e aquelas antigas
manifestações religiosas é, em certa proporção, o método iniciático e alguns elementos
simbólicos, mas a Maçonaria não constitui, de maneira alguma, uma versão atualizada daquelas
organizações. Em muitos pontos da Europa Oriental, existem cultos que preservam muito do
pensamento e da prática daquelas antigas religiões, e que são hoje suas verdadeiras herdeiras. São
cultos ou seitas religiosas, nada tendo em comum com a Maçonaria, além de um ou outro
elemento simbólico. A Maçonaria tem realmente, em seus símbolos e rituais muitos elementos
hebraicos, como mostram as referências ao Templo de Salomão, à lenda de Hiram, às palavras de
passe, etc. Contudo, na certeza, a Maçonaria não constitui por isso uma versão ocidentalizada do
judaísmo. Do mesmo modo, foram incorporados elementos do pitagorismo, da cabalá, etc, e nem
por isso a Maçonaria se torna um culto pitagórico ou uma escola da cabalá.
A Maçonaria não detém nenhuma verdade mística transcendental a ser comunicada a seus
adeptos, nem se propõe servir de ponte entre o neófito e qualquer suposta consciência superior.
A Instituição Maçônica enfatiza a necessidade do uso da decisão racional e do empenho da
vontade para eliminação dos defeitos de personalidade para que o homem se torne melhor, mas
ajustado e capaz de auxiliar seus irmãos humanos.
Debates
Deus