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9 Conclusões.................................................................................................... .102
1
de franchising
Int rodução ao sistem a
Depois de montar o próprio negócio, tendo obtido retu mbante sucesso,
você já deve ter se pergu ntado como poderia replicá-lo por todo o Brasil
ou mesmo no exterior. Você poderia pensar em segu ir os proced imen-
tos habituais d as mu ltinacionais e dos grandes grupos empresariais e
montar fi liais, mas para tanto precisaria ter mu ito d inheiro d isponı́vel
e fu ncionários de confi ança para gerenciar as u nid ades da rede, sobre-
tudo em praças distantes onde você não consegu iria gerenciar pessoal-
mente. Ou, como fazem os pequenos empreendedores, poderia crescer
aos poucos, de modo orgânico, ou seja, poupando parte de seu s lucros
e investindo em u m a nova u nidade de tempos em tempos. Como alter-
nativa, ou “terceira via”, poderia ainda trabalhar em parceria com ou-
tros empreendedores que tivessem vontade de trabalhar com a mesm a
m arca e com os mesmos produtos que você. Mas como fazer isso, sem
simplesmente passar sua idéia a outras pessoas? Como fazer valer sua
m arca e seu know-how?
7
O sistem a de franchising é u m a poderosa técnica de crescimento e de-
senvolvimento de negócios em rede. De acordo com a International
Franchise Association (IFA), sed iad a nos EUA, esse sistem a é aplicado
praticamente em todo o mu ndo, e o Brasil está entre os paı́ses em que
Int rodução ao sist em a de f ranchising
franchising m ais encontrou espaço para crescer. Mas note que trabalhar
com esse sistem a não é para qualquer empresa nem para qualquer
perfi l de empreendedor. Não são som ente os resu ltados que são expo-
nenciados, m as também os problem as, que devem ser identificados e
corrigidos qu ando a empresa aind a estiver p equena e os aju stes ainda
envolvam proced imentos relativamente simples.
Franchising brasileiro m ant ém o rit m o de crescim ent o superior a 10%
Faturam ento – R$ bilhões
60.000
46.039
45.000
39.810
35.820
29.044 31.639
30.000 28.000
25.000
15.000
75.000
65.553
59.028 61.458 62.584
56.000 56.564
51.000
50.000
25.000
8
1.500
1.250
1.197
1.013
1.000 971
814
750 650 678
600
500
250
Existe sim u m cam inho das ped ras segu ido pelos franqueadores bem-
suced idos, que pode ser relatado e transm itido a novatos que se inte-
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ressem em ingressar nesse pujante mercado. Quanto m aior o seu co-
nhecimento sobre o tem a, antes de form atar e implementar sua rede,
melhores serão seu s resu ltados e o de seu s franqueados.
Int rodução ao sist em a de f ranchising
Atu alm ente, emp resas de todos os p ortes franqueiam seu s negócios.
São empresas dos m ais d iversos ram os de ativid ade, que exigem inves-
tim entos in iciais a p artir d e R$ 30 m il até v u ltosas som as, sup eriores
a R$ 1 m ilh ão. Mas, cu r iosam ente, esses n ão são os p ontos crı́ticos.
É possı́vel u m empreendedor de sucesso form atar sozinho seu negócio,
comercializar franqu ias e oferecer suporte de gestão. No entanto, esse é
u m segmento em que o conhecimento, a capacidade, o preparo e a ex-
periência anterior valem ou ro, tam anha é a complexidade envolvida no
processo. Lembre-se que senso crı́tico, senso lógico e a capacid ade de dar
e receber instruções são vitais nessa evolução. A Associação Brasileira
de Franchising (ABF), o Sebrae e consu ltores especializados d ispõem das
ferramentas necessárias para ajudar você a atingir seus objetivos.
A presente cartilha foi concebida como u m esforço conju nto do Sebrae
e d a ABF para fomentar o desenvolvimento de novos franqueadores. A
proposta dessa cartilha não é a de esgotar esse assu nto e sim o de de-
senvolver u m m aterial de consu lta que o ajud ará a compreender se seu
negócio é franqueável e como form atar e lançar sua franquia no merca-
do. Esperamos que você aproveite ao m áximo a cartilha e a utilize como
ferramenta de apoio para ampliar seu negócio!
Para facilitar seu entend imento, cada tópico da cartilha foi estrutu rado
da segu inte form a:
Fique de olho
Hora de praticar
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
Conceito de franchising
1.000 anos, na Idade Méd ia, quando o poder estava d iretamente asso-
ciado à posse d a terra. Em u m a época em que prevalecia a agricu ltu ra
de subsistência, os reis concediam, somente a algu ns privilegiados co-
merciantes, u m espaço nas feiras para comercialização de produtos, em
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
Em vár ios casos, a franqu ia foi vista p or alg u n s lı́d eres d e red e
com o a solu ção p ara sair d a cr ise p ela qu al a em p resa franqu ead o-
ra atravessava. Esses franqu ead ores cap italizaram a em p resa com
taxas in iciais, m u ltiplicand o o in su cesso d o p róp r io franqu ead or.
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Esse tipo de decisão, mu itas vezes tom ad a no calor d a d iscu ssão e for-
m alizad a de modo impu lsivo (na “batata d a perna”, como d iriam al-
gu ns m ais afoitos), representou o atestado de óbito de muitos negócios
e incentivou o governo a regu lamentar o setor, a p artir de 1994. Desde
então, o sistem a passou por u m notável desenvolvimento qu alitativo.
O Brasil está situ ado hoje entre os cinco paı́ses com m aior qu antid a-
de de franqueadores, franqueados e fatu ramento gerado pelo sistem a.
Mas várias dúvid as aind a persistem. Afi nal, por que essa questão é
m ais complexa que aparenta e o sistem a de franchising não d á certo
com qualquer empresa? E como é que algu m as empresas acabaram con-
seguindo superar tod as as d ificu ldades e obstácu los ao crescimento e
"d ar a volta por cim a"? É o que pretendemos não ap enas explicar nessa
cartilha, como tam bém exp or essa "volta p or cim a", gerenciando sua
rede por meio de ferramentas avançad as de gestão aplicáveis imed iata-
mente em seu negócio!
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promover o crescimento e a não-estagnação d a empresa, u m a vez con-
fi rm ada sua viabilidade. São os serviços contı́nuos viabilizados pelos
royalties, envolvendo pesqu isas de mercado e pesqu isa e desenvolvimen-
to de novos produtos e serviços. Um a empresa que não oferece serviços
Com o f unciona um a rede de f ranchising
em caráter perm anente aos seu s franqueados, com o intu ito de m anter a
atrativid ade da relação cu sto–benefı́cio envolvendo os royalties, tende a
recebê-los com atraso ou simplesmente a não receber nada exatamente
nos momentos de crise, justamente no momento em que o suporte seria
m ais necessário.
1.200
Ciclo de vida das em presas
1.000
800
400
200
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Anos
Anos Ciclo norm al 80% do m ercado Franquia
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F Econom ias de escala Padrão de localização
R Restrições na utilização do
Racionalização do
A investim ento sistem a e em sua
transferência a terceiros
N M aior crédito
Risco atrelado ao
Com o f unciona um a rede de f ranchising
Q
Rentabilidade com desem penho do
U redução franqueador
E de custos
A M elhor controle do
D retorno sobre o
O
investim ento
Par te de um a corporação
Usufruto dos resultados
da Pesquisa e
Desenvolvim ento (P& D)
desenvolvida pelo
franqueador
Independência jurídica
2.3 Papel do franqueador
2 1
Com o f unciona um a rede de f ranchising
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A 2 2
3
Laudo prelim inar:
o ponto de part ida
Para saber se o negócio pode ser franqueado a terceiros, o prim eiro
passo consiste em responder a algumas perguntas-chave. Confi ra
aqui 25 perguntas selecionadas que constam de um laudo preliminar
e que você deve responder, acom panhadas de alguns com entários e
justifi cativas esclarecedoras. Procure responder do m odo mais claro
e completo possível a essas perguntas sobre a rede em que você atua
e vehrifi que sua franqueabilidade. Peça ajuda sobre os quesitos sobre
os quais você não disponha de inform ações precisas e objetivas.
Razão social:
Nom e Fantasia:
Setor de atividade:
Endereço:
Fone: ( ) Fax: ( )
E-m ail:
Website:
CNPJ/M F:
Laudo prelim inar: o pont o de part ida
Inscrição Estadual:
Muitas vezes, uma empresa franqueadora quer franquear apenas uma parte
de suas atividades. O franqueador deve ser capaz de expor com clareza
seus planos iniciais, ainda que possam vir a ser alterados posteriormente.
B. O que exat am ente pretende desenvolver:
A empresa deve defi nir seus planos, de modo realista e de acordo com
sua estrutura e equipe.
É alguém do ramo ou está nele há pouco tempo? Avaliar perfi l pessoal,
profi ssional, fi nanceiro e comportamental.
vende e dos serviços que prest a aos clientes, diret am ente ou por inter-
m édio de terceiros (núm ero de itens, público-alvo, diferenciais).
É fabricante? É distribuidor? É importador? Explora um conceito de va-
rejo diferenciado, não explorado diretamente por fabricantes, distribuido-
res ou importadores? Dependendo da posição da empresa no mercado,
a estratégia a ser adotada é outra.
2 7
Laudo prelim inar: o pont o de part ida
Segundo a prática francesa, o ideal seria estar com mais de três pontos
de venda atuando em praças com perfi s os mais distintos por pelo me-
nos dois anos. Não é o que ocorre no Brasil. Empresas com atuação por
prazo inferior a um ano têm difi culdades em projetar aspectos relaciona-
dos à sazonalidade de seus negócios.
7 – Tem idéia do invest im ento inicial do franqueado potencial no negó-
cio? Em equipam entos/ m óveis e utensílios/ ponto/ reform a do ponto/
publicidade de lançam ento/ estoque inicial?
10 – Quais os cargos adm inist rat ivos principais? Há crit érios defi nidos
para se est abelecer o núm ero ideal de funcionários para determ inado
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
ponto de venda?
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Laudo prelim inar: o pont o de part ida
14 – Quantos novos est abelecim entos est im a poder inaugurar sem no-
vos invest im entos em m áquinas e equipam entos? Os fornecedores est a-
riam dispostos a acordos operacionais? Acredit a que o pessoal na cen-
t ral possa ser t reinado para atuar com o inst rutor dos franqueados?
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15 – Com o são calculados os custos? Com o é est im ado o preço dos pro-
dutos fi nais? Variariam ou seriam const antes nas diferentes praças/ pon-
tos de venda? Por que?
3 3
Laudo prelim inar: o pont o de part ida
18 – Que serviços prest aria aos franqueados? Quem os prest aria? Com o
est im aria o custo desses serviços?
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SP – Seleção de pontos
PA – Projeto arquitetônico
para a nova franquia TR – Treinam ento Laudo prelim inar: o pont o de part ida
Out ros:
Caso você responda a esta pergunta com clareza, já terá antevisto o que
será preciso para viabilizar a prestação desses serviços de maneira uni-
forme em sua futura rede. Caso contrário, a idéia é que você pare para
pensar no assunto.
19 – Qual o faturam ento m édio/ lucro percentual dos pontos de venda
pertencentes ao cliente?
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Laudo prelim inar: o pont o de part ida
Quem disser que pretende investir menos de R$ 30.000 não tem no-
ção real do investimento na estruturação de uma franquia, a menos que
não tenha contado com investimentos já passados. O capital disponı́-
vel deve ser aplicado após uma avaliação estratégica aprofundada, na
qual se deve avaliar os pontos fortes e fracos do negócio, e os desafi os
e oportunidades que se apresentam. A polı́t ica de investimentos deve
contemplar uma elevação na qualidade dos produtos e serviços ofereci-
dos, a partir do elenco de critérios e preferências do franqueador.
Note que as respostas a essas pergu ntas perm item u m a avaliação preli-
m inar consubstanciad a:
a) Da estrutu ra d a empresa que pretende franquear seu conceito.
b) Do perfi l d as p essoas que estarão envolvid as no processo.
c) Das necessidades de organização e desenvolvimento.
Com base nessas respostas e de uma verifi cação in loco, é possı́vel an-
tever as estratégias que melhor se aplicariam a esta empresa ao longo
do desenvolvimento de seu sistema de distribuição.
Específi co: deve ser entend ido como a coerência de u m conju nto de
variáveis ordenad as por u m sistem a, que perm item a realização d a
franqu ia em excelentes cond ições. Se de modo geral a originalid ade
precede a especificid ade, há franqu ias nas quais su a originalidade
repou sa sobre a própria especificid ade. Como exemplo, p odemos
citar franqu ias de revenda de bens ou serviços de moda ou de fast-
food, que se ju stifi cam m ais pela coerência de seu sistem a de d istri-
bu ição do que pela originalid ade intrı́nseca de seu s produtos.
Experimentação: a existência de unidades-piloto deve perm itir o
dom ı́nio sobre os problem as e d ificu ldades que podem vir a ocorrer
com os bens ou serviços comercializados pela franquia, de modo a
comprovar a rentabilidade e a segurança do sistem a. Os franquea-
dores de sucesso costu mam acompanhar o desempenho de três u ni-
dades por pelo menos dois anos antes de franquear a desconhecidos
seu sistem a. Algu ns franqueadores preferem testar seu conceito com
mais u nidades e por um perı́odo mais cu rto. Note que o know-how
deve ser testado e continuamente atualizado, sob pena do franquea-
do romper o contrato por inexecução das obrigações do franqueador.
4 1
Laudo prelim inar: o pont o de part ida
Assinale com quais dent re os aspectos a seguir refl etem a est ru-
tura de seu negócio:
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1. Treinam ento inicial inform al vs. form al
2. Seleção de ponto inform al vs. análise técnica
3. Equipe terceirizada vs. equipe própria para m ontagem
dos pontos de venda
Laudo prelim inar: o pont o de part ida
tes. Mas a chance de erro nesse caso torna-se efetivamente menor. Esta-
tı́sticas internacionais apontam para um risco de insucesso da ordem de
6% nessa circu nstância.
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
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fazer é espalhar no tempo as despesas. Mas evitar que elas ocorram,
simplesmente não dá!
Para m ontar u m sistem a bem suced ido e gan har d in heiro, u m fran-
quead or d eve investir n a produção, em acord os com fornecedores,
em treinam ento e form ação de p essoal, em p u blicid ade e p rop agan-
d a, em sistem as gerenciais in form atizad os, em qu alid ade. Os inves-
tim entos devem p erm itir a obtenção de econom ias de escala, ou seja,
devem ter seu cu sto m arginal decrescente na m ed id a que a red e cres-
ce. Ou seja: caso invista em u m a d eterm inad a p raça e decid a m ontar
outras u n id ad es nas p roxim id ad es, haverá econom ias de escala em
p ropagand a. Mas caso invista d e in ı́cio em p raças mu ito d istantes
u m as d as outras, tal econom ia de escala será m enos evidente. O ram o
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4 7
Laudo prelim inar: o pont o de part ida
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4
Gerações de franquia
Por dentro das gerações de franquias
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possibilitou sua categorização em até seis gerações, sendo a primeira a
m ais simples. Gerações de f ranquia
5 1
tip o d e franqu ia que agiliza a solu ção d e p roblem as e o d esen-
volvim ento de novos d iferenciais comp etitivos e essenciais à so-
brevivência dos negócios. O n ı́vel d e p rofi ssion alização é alto, de
acordo com a tendência de m ercado e oferece p ou co risco. H á
Gerações de f ranquia
Tais redes de franqu ias contam com a participação ativa dos fran-
queados no processo de tom ad a de decisões estratégicas. Essa mu-
dança de postu ra acontece Em u m momento em que a qu antid ade
e a velocid ade de circu lação d as inform ações são mu ito m aiores,
como conseqüência de novas tecnologias trazid as pela internet e
outros meios de comu nicação. A d issem inação de know-how, foco
das redes franqueadoras, pode ser feita de u m a form a extrem amen-
5 2
As franqu ias de 4ª Geração estão apenas su rgindo. Mas tudo ind ica
que a tendência natu ral será a evolução, por parte de mu itas das
redes que se encontram em estágios inferiores, para esse estágio
mais elevado. Isso porque esse tipo de franqu ia agiliza a solução de
problem as e o desenvolvimento de novos d iferenciais competitivos
essenciais à sobrevivência dos negócios em u m mercado em que as
coisas acontecem e mudam em u m ritmo cada vez m ais alucinante.
5 3
por meio d as qu ais escoam seu s produtos e interagem com o mer-
cado consu m idor de seu s produtos e/ ou serviços.
Tais organizações percebem que isto lhes p erm ite criar e m anter
Gerações de f ranquia
lizado. Caso sua m arca esteja som ente requerida, e não registrada, e
caso haja qualquer im pedim ento ao registro de sua m arca que surja
ao longo do processo, você poderá precisar criar e registrar um a ou-
tra m arca e ainda indenizar seus franqueados.
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
5 5
Mesmo que o franqueado não p eça form alm ente, o franqueador deve-
rá prestar serviços de con su ltoria de camp o ap ós a fase de instalação
do negócio. Não fosse p or esse detalhe, o sistem a de franchising e o
sistem a de concessão comercial não teriam outras d iferenças, além do
fato de serem regu lam entados p or legislações d istintas.
Até 1994, não havia franquias no Brasil do ponto de vista legal, tendo
sido este sistem a regulam entado pela Lei 8955, de 15/12/1994, co-
nhecida com o Lei M agalhães Teixeira.
5 7
Sistema mais próximo, porém menos evoluı́do que o sistema de franchising,
sobre o qual os tribu nais se referiam antes da regu lamentação do siste-
m a de franchising no Brasil, em 1995. A d iferença básica com franqu ias
é a au sência de u m sistem a obrigatório de form ação, treinamento e as-
Gerações de f ranquia
Com base nos tipos de ser viços m ais com uns prestados a franque-
ados (base: classifi cação ABF), anote os tipos de ser viço que con-
sidera im por tante no caso específi co de seu negócio. Verifi que sua
correlação com a geração de franquias m ais apropriada para seu ne-
gócio. Note que esta correlação está m encionada a título de m era
referência, pois nem sem pre é exata, podendo existir variações de
5 8
AJ Apoio Jurídico X X X
C Com pras X X X X X X
PM Projeto m ercadológico X X X X
SP Seleção de pontos X X X
5 9
TR1 Treinam ento inicial X X X X X X
AP Aprendizado contínuo X X
Gerações de f ranquia
6 1
território),
desenvolvedor de área (explora unidades próprias e
franqueadas em um território),
subfranquia (atua praticam ente com o o franqueador,
assum indo todas as funções, geralm ente se aplica em
Gerações de f ranquia
5
de sucesso
Fatores-chave
5.1 Perfi l do franqueado
6 3
Pelos resu ltados obtidos na análise d a fi cha cad astral;
Pelos resu ltados d a análise de créd ito (ref. comerciais, ref. pesso-
ais, SPC/ Serasa);
Pelos resu ltados obtidos nos testes de auto-avaliação e análise
Fat ores-chave de sucesso
comportamental;
Por seu desemp enho na fase de treinamento inicial, conforme pre-
visto em contrato (opcional).
Repare que a bu sca é por franqueados com perfi l ao mesmo tempo flexı́-
6 4
Fatores internos
6 5
Fatores ex ternos
pital de giro : o cap ital é o que faz a coisa girar, e a falta de cap ital
de giro faz a rod a em p errar. Um franquead o qu e invista m ais do
que 70% de seu cap ital em u m negócio p od e se ver sem cap ital de
giro no p erı́od o d as vacas m agras, tend o de red im ensionar seu
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
6 7
risk);
Exploração inadequada do
território concedido ao Risco com ercial inerente à
franqueado (exclusividade operação.
ou preferência);
Concorrência desleal
Fat ores-chave de sucesso
suced ido”.
4) Estágio Free (Livre) – “Não gosto de tod as essas restrições que você
impõe sobre a form a como condu zo m inha franqu ia. Fico fru strado
e aborrecido com su as interferências constantes. Quero fazer as coi-
sas do meu jeito e expressar m inhas próprias idéias”.
franquia
O processo de
form at ação de um a
6.1 Fluxograma de processo de formatação de um a
franquia
Plano de franquia
Fase I Fase II
Pesquisa e análise Desenvolvim ento organizacional
Externo
Visão geral
Análise do seguimento
Pesquisa do
30 dias Sugestões de preço
segm ento
Plano de mercado Programa publicitário
Médias estatísticas
30 dias Descrição do produto
Lançamento de promoção
Visão do mercado
7 1
Análise de m ercado Mercado-alvo
30 dias Planos de construção
Análise de vendas Construção e layout Design de layout
Seleção do nom e 90 dias + Engenharia
Exigências de decoração
Plano de negócios
Funcionários da franquia
30 dias
Fase III Fase IV
M arketing para o franqueado Seleção da franquia
Apresentação do Prospectos
franqueado em potencial Documento de divulgação
20 dias Indicadores financeiros
Relações públicas Juntar dados
Licitação (área pública) Terminar a avaliação do
franqueado Avaliação do local
40 dias Revisão financeira
Definição de território
Programa de treinamento
Treinamento do
Treinamento em campo
vendedor do franqueado
Treinamanto no escritório
20 dias
central
Fase V Fase VI
Construção e treinam ento Início e acom panham ento
7 2
Promoções de abertura
Publicidade ao cliente Construção de imagem
Treinamento do Empregar e treinar 20 - 30 dias
funcionário funcionários
10 dias Escalas de pagamentos
Sistemas de controle
Controle e conhecimento
Acompanham ento Revisão contínua das
Solicitação de materiais Fornecimento de estoque contínuo operações
e fornecimento para a operação
30 dias Especificações de com pras
Na visão de Justis e Judd, o processo de form atação de u m a franqu ia
envolve d iversas fases. Saiba quais são elas:
7 3
u m plano de franqu ia.
1. Consultoria em franchising
2. Consultoria em planejam ento estratégico
3. Consultoria em m arketing
4. Consultoria fi nanceira
5. Consultoria em engenharia de produção
6. Escritório de advocacia e m arcas e patentes
7. Escritório de arquitetura, design e/ou com unicação visual
8. Gerente com ercial ou supor te à com ercialização
terceirizado
7 5
9. Ser viços de geom arketing e pesquisas de m ercado
10. Corretores de im óveis, adm inistradoras de
shopping centers
11. Gerente de treinam ento ou supor te de treinam ento
O processo de form at ação de um a f ranquia
e capacitação terceirizado
12. Consultoria em RH ( recrutam ento e seleção de pessoal,
relacionam ento franqueador–franqueado,
desenvolvim ento de RH, m ediação de confl itos)
13. Construtoras Escritórios de Engenharia
acom panham ento da instalação
14. Assessoria em inform ática
( hardw are / softw are / ser viços/ w eb / SIG)
15. Escritório de contabilidade auditoria
16. Negociação com terceiros
( bancos, seguradoras, corretoras...)
17. Agência de publicidade assessoria de im prensa
18. Assessoria em eventos
( inauguração, feiras e convenções, Relações
Públicas)
19. Ser viços de m arketing no ponto de venda
( m erchandising, vitrinism o)
20. Fornecedores de m ercadorias para revenda (além do
próprio franqueador)
21. Consultor de cam po ou supor te de gestão terceirizado
22. Ser viços de auditoria de redes/de varejo
23. Consultoria em qualidade e produtividade
24. Fornecedores de ser viços especializados
( gráfi cas, em balagens, agências de turism o, etc.)
25. Com ércio ex terior/ estudos de m ercado internacional
O gerente de franchising
Assinale com as funções pert inentes especifi cam ente à sua em pre-
sa: Note que as funções a seguir podem ser prestadas por profi ssio-
nais distintos ou concent radas num núm ero m enor de profi ssionais.
Por que você deveria treinar seu s franqueados? Natu ralm ente, n in-
guém conhece seu negócio m elhor que você, e se você encontrar ener-
gia, temp o e tiver o temp eram ento necessário, p oderá fazer tudo d i-
retam ente.
Entretanto, em razão d a quantid ade de tarefas que você deverá assu m ir, 7 9
talvez, pegar m ais essa barra, seja dem ais. Se for o caso dessa situação
vir a ocorrer, você deverá contratar u m treinador para desenvolver seus
O processo de form at ação de um a f ranquia
1. Você p ode contratar u m profi ssional, alguém que dom ine o proces-
so de aprendizado e saiba como transm itir inform ações a terceiros.
Visitas a cam po
Consultoria no ponto de venda
Procu re alguém de espı́rito jovem, de preferência solteiro, que tenha
d isponibilid ade e adore viajar. Deve ser alguém que trabalhe com bas-
tante autonom ia, alguém versátil, que conheça o m aior nú mero possı́vel
de áreas do seu negócio, alguém capaz de ver problem as e apresentar
soluções. Sobretudo, alguém em quem você possa depositar confi ança.
Caso não haja alguém tão completo em su a equ ipe, talvez você tenha
de trabalhar com m ais de u m supervisor para cad a u nidade franquea-
da – talvez, u m para a área ad m inistrativa e outro para a área técnico-
operacional.
Vendedores;
Fiscais d a m arca;
Consu ltores de negócio (em franqu ias bem estrutu radas).
Além do resp onsável com ercial e do gerente de treinam ento, o sup er-
visor de camp o é o terceiro p ilar a su stentar u m sólido dep artam ento
8 2
rede, ou caso haja u m nú mero dem asiado grande de p ontos de vend a
que inviabilize u m a ativid ade solitária. Anote e confi ra se você está
m esmo p recisand o d esse p rofi ssion al e/ ou de u m a assessoria es-
p ecializad a cap az de desenvolver u m fu ncionário p inçado entre os
veteranos do tim e.
Benefícios pot enciais Difi culdades pot enciais
8 3
franquias, aumentando a
produtividade geral da rede, administrativos, do contrário
por um trabalho de deve haver mais de um
benchmarking; supervisor atendendo cada
unidade;
Transferem novos
Funciona mal caso haja mais
O processo de form at ação de um a f ranquia
conhecimentos/ inovações à
rede. de 20 estabelecimentos a
serem visitados durante o mês
(1 por dia);
Suas observações se perdem
caso não trabalhe com um
detalhado check-list.
Gerente adm inistrativo /fi nanceiro
A menos que você seja u m especialista em contabilid ade, você vai que-
rer um especialista em nú meros contando o d inheiro que você está ga-
nhando. A partir do d ia que você abrir sua primeira franqu ia, você vai
passar a receber u m flu xo contı́nuo de capital, na form a de taxas iniciais
e contı́nuas (royalties e taxa de propaganda). Em u m a fase prelim inar,
u m contador externo poderá fazer o serviço d ireitinho. No entanto, no
momento que você crescer, vai querer u m a pessoa para desenvolver
planilhas, fazer projeções, calcu lar pontos de equ ilı́brio, analisar inves-
timentos, acompanhar variações na legislação tributária mu nicipal, es-
tadual e federal e prestar outros serviços de cu nho fi nanceiro.
8 4
Norm almente você já d isporá desse profi ssional em sua equ ipe, pelo
fato de você possu ir u nid ades próprias, sendo que a m aior novid ade
será a de lid ar com u nid ades com m aqu inário necessitando de m anu-
tenção não ali na esqu ina, m as em u m a porção de lugares d iferentes,
longe u m do outro, geograficamente d ispersos. Talvez você possa au-
mentar u m pouco a remu neração desse profi ssional e au mentar suas
responsabilidades em razão do m aior volu me de atividade.
O seu negócio é tão bom quanto forem as pessoas que estão ao seu
redor. Selecione-as com sabedoria!
8 5
M arketing operacional
1. Desenvolvido pelos
franqueados
2. Prom oções ocasionais
conjuntas
3. Calendário rom ocional,
com fundo de
propaganda
8 7
O processo de form at ação de um a f ranquia
6.5 Ferram entas de controle gerencial à distância
A Circu lar de Oferta de Franqu ia deve ser entregue dez d ias antes do
pagamento de qualquer quantia ou assinatu ra de qualquer docu mento.
Deve conter o que o franqueador oferece e o que não oferece ao fran-
queado. O momento d a entrega é du rante o processo seletivo e não deve
ser publicada na ı́ntegra na web.
Pontos-chave na circular de oferta a serem esclarecidos
aos franqueados
Perfi l pessoal;
Perfi l profi ssional;
Perfi l fi nanceiro;
Perfi l com portam ental.
9 1
ou falsidade de inform ação, sendo passı́vel de nu lid ade du rante os pri-
meiros dois anos de sua vigência.
O Presidente da República
9 3
tem a de franquia em presarial deverá fornecer ao interessado em tor-
nar-se franqueado um a Circular de Ofer ta de Franquia, por escrito e em
linguagem clara e acessível, contendo obrigatoriam ente as seguintes
inform ações:
Aspect os jurı́dicos
1. histórico resum ido, form a societária e nom e com pleto e razão social
do franqueador e de todas as em presas a que esteja diretam ente
ligado, bem com o os respectivos nom es de fantasia e endereços;
9 5
franquia; e
g) layout e padrões arquitetônicos nas instalações do fran-
queado ;
Aspect os jurı́dicos
Ar t. 5°) (VETADO)
Ar t. 10°) Esta Lei entra em vigor sessenta dias após sua publicação.
ITAM AR FRANCO
9 7
Leis nº 3470/58, 4131/62, 5772/71, 4506/64, 4390/64, 4137/62;
Decreto-lei nº 1730/79;
Decreto nº 76186/95;
Parecer norm ativo da coordenadoria do sistem a tributário
Aspect os jurı́dicos
nº 102/143 de 1975;
Norm as do Bacen;
Regulam ento do Im posto de Renda (RIR);
Ato Norm ativo do Inpi nº 015/73, 0032/78 e 0035/92.
8
franquia
Com o divulgar sua
Ações de divulgação – as mais efi cazes na captação de franqueados
É claro que sem uma marca forte e um negócio rentável fi ca difı́cil ven-
der uma franquia. Além dessas ações, contar com uma boa assessoria
de imprensa e aproveitar todas as oportunidades possı́veis para divulgar
9 9
seu negócio, e programas de entrevistas na TV ou em palestras em uni-
versidades, também são bastante efi cazes. Com o divulgar sua f ranquia
Produção de Divulgação de
m at erial prom ocional m at erial prom ocional
Em geral cooperada
Custo dividido
com a rede Custo dividido
com as unidades
Costum a-se da rede cober tas
provisionar a pela am plitude
despesa da penetração do
veículo de m ídia
escolhido
(TV, rádio...)
Orientar o franqueado a utilizar folhetos ou rád io em u m a região, onde
anu nciar em escolas ou em estád ios de futebol, ou forçar o franqueado
a d ivid ir o cu sto da impressão de folders que nu nca serão usados são
polı́ticas incorretas, ainda que costu meiras. Os cu stos devem ser d ivid i-
dos em razão do impacto gerado nas u nidades próprias e franqueadas
da rede, sendo que o franqueador deveria contribu ir na proporção de
u nid ade próprias ou do fatu ramento de su as u nidades sobre o total da
rede abrangida pelo veı́cu lo escolhido.
1 0 1
deve ser confundido com o custo de divulgação do produto. Lem -
bre-se ainda que a divulgação da franquia, e não do produto ou
ser viço, é obrigação exclusiva do franqueador ou no m áxim o do
m aster-franqueado local.
Com o divulgar sua f ranquia
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A 1 0 2
9
Conclusões
Conforme destacamos ao longo dessa cartilha, ao contrário da percep-
ção inicial m ais comu m, o franqueador deve investir em mu itas frentes,
para que possa conceder a terceiros u m conceito de negócios bem-su-
ced ido. Na estrutu ração de seu sistem a, o potencial franqueador pode
contratar u m a consu ltoria especializada em franchising, como pode ten-
tar desenvolver todo o projeto sozinho. O pacote de franqu ia, composto
de m anuais, contratos, program as de treinamento e sistem as de con-
trole de gestão, podem ser m ais ou menos completo, melhor ou pior
desenvolvido e aplicado. Um m anual m al feito ou a au sência dele não
elim ina completamente as chances de sucesso nem de controle d a rede,
m as pode redu zir d rasticamente sua efi ciência. A m aior quantidade de
ligações telefônicas e o excesso de tempo dos supervisores de campo do
franqueador gasto na resolução de problem as simples, que poderiam
ser solucionados diretamente pelo franqueado ou seu gerente, represen-
ta u m bom ind icador do cu sto desse “despreparo”. A falta de u niform i-
dade na aplicação das regras desenvolvid as pelo franqueador costu ma
gerar u m cu sto de trabalho bem superior ao cu sto de desenvolvimento
de u m m anual de norm as e proced imentos. Por que razão, nesse caso,
algu m as redes demoram para investir ou acabam não investindo nessas
importantes ferramentas de gestão?
1 0 3
se d isponham a gastar u m bom tempo na análise d a estrutu ra e nas
necessidades efetivas da empresa franqueadora e da franqueada, na
avaliação e revisão dos processos operacionais, e na formu lação de po-
lı́ticas de desenvolvimento organizacional d a empresa. Por consegu inte,
o m ais comu m é encontrarmos m anuais superficiais e que se lim itam a
Conclusões
sários aos seu s novos parceiros, não se lim itando à venda de conceitos
e teorias ad m inistrativas em troca da poupança de u m a vida inteira de
seu s franqueados!
Cad a sistem a de franqu ias é mu ito particu lar e o form ato em que foi
concebido pode inclu ir ou não o pagamento d ireto de taxas (sendo a
taxa inicial, royalties e publicidade as m ais comu ns). No entanto, a clas-
sificação em gerações pode levar a conclu sões incorretas. Um sistem a
de franqu ias de quarta geração não é necessariamente superior a u m de
primeira geração sob a ótica de negócios. Ambos poderão ser excelentes
oportu nid ades de investimento. Um a franqu ia de quarta geração certa-
mente é m ais complexa por compreender u m a pad ronização grande e
ter certa inflexibilid ade quanto a mud anças. Ju stamente por isso, pode
ser operada por pessoas menos preparad as. Entretanto, em d iversas
ocasiões, u m formato de franqu ia simplificado é m ais apropriado, inde-
pendentemente do porte do franqueador, de sua experiência de merca-
do e d a força de sua m arca.
1 0 5
u m fator m otivacion al p ara os franqu eados m igrarem p ara o novo
form ato.
cias que aind a não propiciaram resu ltados vistosos em razão d a espera
d a Nova Lei de Franqu ias, em and amento no Congresso Nacional. Os
Correios e as Casas Lotéricas foram pioneiros nesse processo, e seus
casos particu lares estão sendo estud ados à parte.
franqu ianaweb.com.br).
CH ERTO, M. R. Franchising: revolução no marketing. São Pau lo:
Makron Books, 1988.
. Franchising e a lei. São Pau lo: In stituto Franchising,
1996.
CO M O TO RN A R S U A EM PR ESA U M A F R A N Q U I A
1 0 9
VALADÃO, H. Pão: bom negócio em boa companhia. Belo
Horizonte: Littera Maciel, out/ 97.
ZEIDMAN, P. F. Franchising: I Sem inário Internacional. São Pau lo:
H SM Cu ltu ra e Desenvolvimento (apostila, transcrição do d ia de
conferências, 4-10-1988).
Referências bibliográf icas
Revistas e periódicos
Revistas e periódicos
Revistas e periódicos
Franchising Fair
Setem bro ou Novem bro
w w w.franchising fair.com .br
(47) 3372-1748
Guias
Publicações
1 1 3
Feiras, sit es e publicações de referência