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TEORIAS DE LIDERANÇA

ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Em torno de 1930 iniciam os estudos sobre o fenômeno liderança, líder e liderados, que
mereceram atenção quando houve a preocupação com o homem no trabalho e com os grupos.
Para melhor entender as ideias atuais sobre liderança, há necessidade de verificar a
evolução da teoria de liderança durante o século anterior.

LIDERANÇA

líder ------- liderados-------situação

AS TRÊS PRIMEIRAS ABORDAGENS DAS TEORIAS DE LIDERANÇA

TEORIAS SOBRE TRAÇOS DE PERSONALIDADE (final dos anos 40)

Preconizam que o líder apresenta traços específicos de personalidade por meio dos quais pode
influenciar o comportamento das demais pessoas.
• Traços físicos: energia, aparência e peso;

• Traços intelectuais: agressividade, entusiasmo e autoconfiança;

• Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa;

• Traços relacionados com tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa

TEORIA SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA (até os anos 60)

Autocrático: Os procedimentos são determinados pelo líder, favorece a centralização do poder,


enfraquece as iniciativas individuais e promove o comportamento dependente e submisso dos
membros do grupo. A execução da tarefa é seu foco principal.
Age de forma autoritária

Democrático: as decisões são tomadas após discussões em conjunto, favorece a


autodeterminação do grupo, o desenvolvimento da capacidade e das habilidades de seus
membros, visando a qualidade do desempenho e a interação interpessoal. É centrada nas
pessoas.
Age com liberdade e satisfação.
Laissez-faire ou liberal: as decisões são individuais ou em grupo, não havendo interferência do
líder em nenhuma etapa do trabalho, o líder só participa se solicitado.

Permissividade.

O líder transfere p/ o grupo a tomada de decisão.

TEORIAS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA (até o início dos anos 80)

TREVIZAN (1993) enfatiza que nesta abordagem "a liderança é entendida como um
processo dinâmico, alterável de uma situação para outra, em decorrência de modificações na
conduta do líder, na conduta dos liderados e na própria situação".

Não há um estilo de liderança aplicável para toda e qualquer situação.

TEORIA DE LIDERANÇA SITUACIONAL


Esse modelo preconiza que não existe um estilo melhor de liderança, ou seja, o líder
necessita utilizar vários estilos que podem ser adaptados frente as variáveis presentes em
cada situação específica, ou contingência.

Baseia-se numa inter-relação entre a quantidade de orientação e direção (comportamento


de tarefa) que o líder oferece, a quantidade de apoio sócio-emocional (comportamento de
relacionamento) dado pelo líder e o nível de prontidão (maturidade) dos subordinados no
desempenho de uma tarefa, função ou objetivo.

Comportamento de tarefa é estabelecido quando o líder dirige as pessoas, dizendo-lhes o que


fazer, quando, onde e como fazê-lo. Significa estabelecer-lhes objetivos e definir os seus
papéis.

Comportamento de relacionamento se dá quando um líder se empenha em comunicar- se


bilateralmente com as pessoas, dando-lhes apoio e encorajamento. Significa ouvir ativamente
as pessoas e apoiar-lhes os esforços.

A disposição e a capacidade das pessoas em assumir a responsabilidade de dirigir seu


próprio comportamento relaciona-se ao conceito de maturidade.

Temos quatro estilos:

E1- determinar E2-


persuadir
E3- compartilhar E4-
delegar

TEORIAS SITUACIONAIS GRID GERENCIAL

Afirma que não há um estilo de liderança predominante, uma vez que equipes e
situações são diferentes.
Essa teoria propõe estilos de liderança em duas dimensões: orientação para produção e
orientação para pessoas.
O GRID é representado por duas escalas de nove pontos que indicam os graus de
interesse por essas duas dimensões.

GRID : Há 81 combinações e 05 ESTILOS ESSENCIAIS

TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DE LIDERANÇA


No final do século XX, os teóricos passaram a defender que a liderança eficiente dependia de
uma quantidade maior de variáveis.
Tentativas para integrar essas variáveis são evidentes nas teorias contemporâneas de
liderança transacional e transformacional.

VARIÁVEIS DA VISÃO CONTEMPORÂNEA

Trabalho Valores do líder e dos comandados


Cultura Organizacional Ambiente
Influência do líder Complexidade das situações

LIDERANÇA TRANSACIONAL

Líder transacional – administrador tradicional, preocupado com as operações


cotidianas; Baseia-se na troca de recompensas por serviços.
Envolve dois padrões de comportamento:
recompensa contingente⇨ elogia, reconhece o esforço ou até aumenta o salário
diante da tarefa proposta cumprida.
Gerenciamento por exceção⇨ conduta punitiva, só interferindo quando algo está
errado.

LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL

Líder transformacional – administrador comprometido, que possui maior visão e é capaz


de fortalecer os outros com ela.
Pode mudar a instituição, pois motiva os funcionários a fazerem mais do que se
esperava que fizessem.
Utiliza padrões de comportamento como carisma, (popularidade), estimulação
intelectual (criar nos outros uma consciência dos problemas e de suas soluções) e
consideração individualizada (desenvolvimento e fortalecimento da equipe, de modo que as
pessoas e a organização se beneficiem no final).

Considerações Finais

A liderança constitui-se numa das condições essenciais para o exercício do processo de


trabalho do enfermeiro. Em todas as atividades desenvolvidas, essa competência precisa
acompanhá-lo para o alcance dos objetivos.
Entretanto sua abordagem diferenciou-se no contexto geral da administração. De acordo
com a realidade vivenciada em cada escola, houve um enfoque no papel do líder.

BIBLIOGRAFIA
BALSANELLI, A. P.; CUNHA, I. C. K. O. Liderança no contexto de enfermagem. Rev.
esc. enferm. USP vol.40 no.1 São Paulo Mar. 2006. Disponível em: <
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CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 6ªed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
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MARQUIS, BL e HUSTON, CJ. Administração e Liderança em Enfermagem: teoria e
prática.4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
TREVIZAN MA, e et al. O esperado e o praticado pelo enfermeiro em relação à liderança
no ambiente hospitalar: visão do atendente de enfermagem. Hosp Adm Saúde. 1993;17(1):31-
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TREVIZAN, M.A. Liderança do enfermeiro: o ideal e o real no contexto hospitalar. São
Paulo,1993.

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