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LIDERANÇA, ESTILOS DE LIDERANÇA, TEORIAS DE LIDERANÇA

DEFINIÇÕES DE LIDERANÇA

 Hersey e Blanchard citados por Bitencourt (2004, p. 276) definem a liderança como: “um processo de
influência nas atividades de um indivíduo ou de um grupo, nos esforços para a realização de um
objetivo em determinada situação.”.

 Minicucci (2009): “Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação, por intermédio do
processo de comunicação, para que seja atingida uma meta.”

 Bowditch e Buono (2002) acreditam que a liderança é um processo de influência e de poder entre as
pessoas, afirmando que não há líder sem seguidor.

 A liderança é o processo social onde as relações se estabelecem por meio das pessoas e das
influências que exercem umas nas outras. O núcleo desse processo é composto pelos líderes,
liderados, um fato e um momento. Tal processo ocorre em várias unidades sociais como em famílias,
instituições, política, trabalho, esporte e organizações. Em qualquer um desses espaços é possível observar
que toda pessoa é capaz de exercer influência sobre as outras, ou seja, toda pessoa é, potencialmente, um
líder. (LIMONGI-FRANÇA; ARRELANO, 2002).

 Segundo McGregor, a liderança não é apenas atributo da pessoa, mas um processo social complexo que
envolve as motivações dos liderados, a tarefa, o líder e o contexto dentro do qual ocorre a relação entre
essas variáveis.

LIDERANÇA FORMAL E INFORMAL (Gerente e chefe ou líder)


 De acordo com Silva (2001), a liderança também aparece de maneira formal, sendo exercida por indivíduos
escolhidos para deter autoridade formal nas organizações, e de maneira informal, que é exercida por
pessoas que se tornam influentes por possuir habilidades especiais, atendendo à necessidade dos
liderados.

 Existem diferenças entre gerentes e líderes. Os gerentes são designados aos cargos, com poderes
definidos, baseados na autoridade formal. Já os líderes podem ser designados ou podem emergir nos
grupos sociais, influenciando outras pessoas, sem necessariamente depender do poder formal, Robbins
(2004).
Segundo French e Raven citado por Martins (2008) e Montana e Charnov citados por Limongi- França e
Arrelano (2002) as bases do poder podem ser caracterizadas como:
Durante o processo de liderança é utilizado um ou mais poderes, ou combinações entre eles. Se ao utilizar
tais poderes, não for levada em consideração padrões éticos e sociais, a consequência poderão ser graves
problemas políticos, sociais e humanos. (LIMONGIFRANCA; ARRELANO, 2002)

TEORIA DOS TRAÇOS:


A teoria é baseada na premissa que os líderes possuem determinadas características em
sua personalidade, que os determinam como líderes ou não, reforçam Limongi- França e Arrelano (2002).
 Autocrática (autoritária/diretivo/tarefa): Significa "o poder para si próprio". É típico de uma
liderança exercida pelos monarcas, principalmente na época do absolutismo. As decisões são
tomadas de forma isolada, sem qualquer consulta de terceiros. Nesse aspecto, todas as rotinas, as
divisões de tarefas, etc, são definidas unilateralmente. O líder é voltado para as tarefas.
 Liberal (rédea solta; laissez-faire, que significa "deixar fazer" ou "deixar passar"): é
exatamente o extremo da autocrática. Aqui, o possui o mínimo de participação. É a equipe do líder
(liderados) que detém a autonomia nas decisões.
 Democrática (participativa/consultiva/pessoas): A equipe é estimulada a participar, apesar de
o líder agir ativamente, direcionando e estimulando os liderados na tomada de decisão. O gestor
lidera voltado para as pessoas e não para as tarefas como faz o diretivo (autoritário)
Para Chiavenato (2004), os grupos sujeitos a líderes autocráticos produziam mais, porém apresentavam
fortes sinais de tensão, agressividade, frustração. Os grupos sujeitos a liderança liberal produziam menos
e com menos qualidade e apresentavam sinais de insatisfação, individualismo e pouco respeito ao líder.
Já os grupos sob influência da liderança democrática produziam razoavelmente bem, não tanto quanto
quando submetidos ao estilo autocrático, mas apresentaram muito mais qualidade no trabalho realizado,
além de integração, satisfação e comprometimento dos grupos.

TEORIAS COMPORTAMENTAIS:
As características pessoais são consideradas menos importantes que o real comportamento dos líderes; O
líder está voltado para os resultados e para a interação do grupo. Destaque para três categorias de
comportamento, as quais estão relacionadas:

1. Liderança orientada para tarefas: A liderança orientada para a tarefa compreende os comportamentos
classificados dentro do modelo autocrático de uso da autoridade. Em essência, o líder orientado para a
tarefa tem muito mais preocupação com a tarefa do que com o grupo que a executa.

2. Liderança orientada para pessoas: A liderança orientada para as pessoas compreende os


comportamentos classificados dentro do modelo democrático. Em essência, o líder
orientado para as pessoas acredita que o processo administrativo deve procurar criar
um clima em que as pessoas sintam-se confortáveis.

3. Liderança bidimensional: A medida que a pesquisa sobre a liderança avançou verificou-se que a tarefa
e as pessoas não são pólos opostos da mesma dimensão, mas limites do mesmo território. Essa é a visão
bimensional da liderança, segundo a qual o líder pode combinar os dois estilos em seu comportamento,
ou enfatizá-los simultaneamente.

TEORIAS SITUACIONAIS

As teorias Situacionais ou Contingenciais pressupõem que não existe um estilo único de liderança, nem
mesmo uma característica determinante válida para qualquer situação, (Chiavenato, 1999, p. 267) Silva
(2001) afirma que para que a liderança seja adequada ela precisa fundamentar-se nas situações sobra a
qual será aplicada.
 Nesse sentido, Maximiano (2002) afirma que para haver eficácia o estilo de liderança deve se
ajustar à situação. Essa teoria busca resolver qual o estilo se ajusta a qual situação. Para conseguir
atingir esse objetivo é necessário avaliar a situação.
 Não há traços de personalidade ou comportamentos universalmente importantes; Os
comportamentos eficazes de liderança variam de uma situação para outra, sendo que o líder deve
primeiro analisar a situação e depois decidir.
 Nessa abordagem são considerados a atuação de três forças: 1. Administrador; 2. Subordinado;
3. Situação de trabalho

EM RESUMO:
TEORIA DOS TRAÇOS> Foco nas características de personalidade do líder.
TEORIAS COMPORTAMENTAIS> Foco nos estilos de liderança diante dos seguidores.
TEORIAS CONTINGENCIAIS> Foco na adequação do comportamento do líder às diferentes
características situacionais.
LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL
A liderança transformacional é caracterizada pela presença de um líder capaz de transformar o ambiente
e mudar a realidade de qualquer lugar por onde passa. Esse é um líder capacitado para resolver problemas
dos mais simples aos mais complexos, além de ser visionário, estrategista e comprometido com o
desenvolvimento de seus liderados. Independentemente da área de atuação, a liderança transformacional
é capaz de modificar comportamentos e formar profissionais e pessoas melhores, tudo isso por meio de
seus exemplos e atitudes. O líder transformacional é um gestor que serve como um referencial positivo,
cuja maneira com que trata as pessoas, resolve lacunas e alcança resultados é fonte e inspiração para
todos.

LIDERANÇA TRANSACIONAL
O líder transacional se utiliza da negociação, manipulação e promessa de recompensas para tentar induzir
as pessoas sob seu comando. Na liderança transacional, existe uma troca (seja política, econômica,
psicológica) entre o líder e o seguidor, enquanto ambos acreditarem que isso irá beneficiá-los. É uma
transação, pura e simples.

LIDERANÇA CARISMÁTICA
O carisma foca muito nas emoções, o líder estimula os sentimentos do grupo que acaba por desenvolver
uma relação de amizade, um coleguismo maior, facilitando as tarefas diárias e criando uma ambiente de
trabalho prazeroso. O carisma é uma das condições mais importantes para se buscar em um líder, porem
lembre-se, não é a única. Segundo House (1977) o termo Liderança Carismática é utilizado para definir
qualquer líder que tenha os efeitos carismáticos em um grau excepcionalmente alto. House afirma que a
liderança carismática esta muito mais ligada com o emocional do que com o racional. Pensando por essa
maneira, cabe o alerta, tudo em exagero pode se tornar prejudicial. Se bem aplicada, esse estilo de
liderança garante um colaborador alegre, motivado, devoto ao seu líder.

HABILIDADES DO LIDER
Robert L. Katz (apud STONER, 1999) classificou-as em três grandes habilidades: Técnicas, Humanas e
Conceituais. Todo administrador precisa das três habilidades.

 Habilidades Técnicas consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos


necessários para o desempenho de tarefas específicas, por meio da experiência e educação. É
muito importante para o nível operacional
 Habilidades Humanas consiste na capacidade e facilidade para trabalhar com pessoas, comunicar,
compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos de pessoas
 Habilidade conceitual: Consiste na capacidade de compreender a complexidade da organização
com um todo e o ajustamento do comportamento de suas partes. Essa habilidade permite que a
pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com
os objetivos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato.

A LIDERANÇA COMO ADMINISTRAÇÃO DO SENTIDO


O líder atrai a atenção devido ao seu forte engajamento com os valores organizacionais; inspira confiança
quando atende expectativas daqueles que preferem seguir pessoas nas quais confiam, mesmo que
discordem delas; gerencia a si mesmo ao conhecer suas próprias capacidades sendo capaz de usá-las
oportunamente. Ao serem capazes de dar significado às coisas, os líderes transmitem sua visão,
comunicando-a e aglutinando os demais para que possam formar um todo. O líder é capaz de articular e
personificar os ideais pelos quais a sua organização luta. Essa é uma forma de dar sentido àquilo que as
pessoas estão fazendo. [...] Com essas habilidades, o líder conseguirá também dar “ritmo e energia ao
trabalho”. Os seguidores, por sua vez, conhecerão sua importância e sentirão que fazem parte da
comunidade, desde que estejam abertos ao constante aprendizado. (BENNIS, apud BERGAMINI, 2009, p.
65 - 66)

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
http://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/lideranca-uma-analise-sobre-lideranca-entre-os-gestores-empresa.htm

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