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APOSTILA DO CURSO

O Inicio do Hinduísmo

Tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a .C., a religião hinduísta foi estabelecida pelos
invasores arianos da Índia. Os textos védicos antigos descreviam um universo cercado de água.
No período dos arianos, ou árias (homens), a explicação de suas divisões sociais era
encontrada nos Vedas: da cabeça do deus primordial saíram os brâmanes (casta social
dominante), dos braços saíram os guerreiros, das pernas os produtores e dos pés os servos
(não-árias, ou "não-homens"). O mundo, conforme a concepção desta época, foi formado a
partir da organização, por força divina, de um caos preexistente.

No sistema religioso hinduísta atual há uma série de ramificações, que geraram crenças e
práticas diversas, assim como há muitos deuses e muitas seitas de diversas características. O
Hinduísmo tem sua ênfase no que seria o modo correto do viver (dharma). Os cultos hinduístas
são realizados tanto em templos e congregações quanto podem ser domésticos.

A cerimônia mais comumente realizada é relativa à oração (puja). A palavra "Om", representa
a vibração original, uma vibração que transcende o início, o meio e o fim de todas as coisas,
vinculando-se, desta maneira, à imagem da própria divindade. Os códigos sagrados do
Hinduísmo são: os Vedas, consistindo em escrituras que incluem canções, hinos, dizeres e
ensinamentos; o Smriti, escrituras tradicionais que incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o
Bhagavadgita. O Hinduísmo é a religião atualmente predominante na Índia (pouco mais de
oitenta por cento da população).

- Vedas (Palavra sânscrita que significa "conhecimento divino").

Hinduísmo é uma tradição religiosa que se originou no subcontinente indiano.


Frequentemente é chamado de Sanātana Dharma por seus praticantes, frase em sânscrito que
significa "a eterna (perpétua) dharma (lei)". Num sentido mais abrangente, o hinduísmo
engloba o bramanismo, a crença na "Alma Universal", Brâman; num sentido mais específico, o
termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista.De
acordo com o livro História das Grandes religiões "o hinduísmo é um estado de espírito, uma
atitude mental dentro de seu quadro peculiar, socialmente dividido, teologicamente sem
crença, desprovido de veneração em conjunto e de formalidades eclesiásticas ou de
congregação: e ainda substitui o nacionalismo". Entre as suas raízes esta a religião védica da
Idade do Ferro na Índia e, como tal, o hinduísmo é citado frequentemente como a "religião
mais antiga", a "mais antiga tradição viva" ou a "mais antiga das principais tradições
existentes".

É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador.
Estes tipos de sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do hinduísmo a terceira
maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com aproximadamente um bilhão de
fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal. Outros países com populações
significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas
Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trinidad e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas,
representado por divindades individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de
práticas que são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade que está
em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu Ser. A teologia hinduísta se
fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema, Brâman.

Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída por Brama (Brahma), Xiva
(Shiva) e Vixnu (Vishnu). Tradicionalmente o culto direto aos membros da Trimurti é
relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais específicos e mais
próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como por exemplo Críxena
(Krishna), avatar de Vixnu e personagem central do Bagavadguitá. Os hindus cultuam cerca de
330 mil divindades diferentes.

Divisões Hinduistas

O hinduísmo pode ser subdividido em diversas correntes principais. Dos seis darshanas ou
divisões históricas originais, apenas duas escolas, a vedanta e a ioga, sobrevivem. As principais
divisões do hinduísmo hoje em dia são o vixnuísmo, o xivaísmo, o smartismo e shaktismo. A
imensa maioria dos hindus atuais podem ser categorizados sob um destes quatro grupos,
embora ainda existam outros, cujas denominações e filiações variam imensamente.

Vixnuísmo

Vixnuísmo ou Vaishnavismo é uma tradição do Hinduísmo, que se distingue de outras escolas


por sua adoração a Vishnu, ou seus avatares associados (como Rama e Krishna), na categoria
de original e supremo Deus.

Suas crenças e práticas baseiam-se em grande parte nos Upanishads, no Bhagavad Gita, Padma
Purana e Bhagavata Purana.

Os seguidores do Vaishnavismo são referidos como vaishnavas, vaishnavitas ou vishnuítas.


Embora a maior parte dos vaishnavas esteja presente na Índia, a crença tem aumentado
significativamente em número de seguidores fora da Índia no último século, principalmente a
partir da expansão geográfica do Movimento Hare Krishna, fundado em Nova York no ano de
1966 por Bhaktivedanta Swami.

Xivaísmo

O xivaísmo é o culto organizado do deus indiano Shiva que é reverenciado pelos seus
seguidores como o Ser Supremo, que é tudo e que está em tudo, o criador, preservador,
destruidor e revelador de tudo o que existe. O xivaísmo é uma das principais formas de
hinduísmo moderno e está espalhado por toda a Índia, Nepal e Sri Lanka, estando presente
também em diversas partes da Ásia Meridional como a Malásia, Cingapura e Indonésia.

Shaktismo

O Shaktismo (Sânscrito: "doutrina do poder" ou "doutrina da Deusa") é uma denominação do


Hinduísmo que concentra a sua adoração em Shákti ou Devi – a Divina Mãe hindu – como
única Divindade absoluta. Juntamente com o Xivaísmo e o Vaishnavismo, faz parte das
primeiras escolas do Hinduísmo.
Os adeptos do Shaktismo veem Devi como o próprio Brahman Supremo, "o único", e
considerando todas as outras formas de divindade, femininas ou masculinas, como meras
manifestações.

Em relação à sua filosofia e prática em particular, o Shaktismo lembra o Shaivismo. No


entanto, os praticantes Shakta (Sanskrit: Śākta, शाक्त), do Shaktismo, concentram a grande
parte da sua devoção a Shakti, o aspecto feminino da Suprema Divindade. Shiva, o lado
masculino da divindade, é considerado exclusivamente transcendente, e a sua adoração tem
um papel de apoio.

As raízes do Shaktismo têm origem na Índia pré-histórica. Desde a primeira imagem conhecida
da Deusa no paleolítico, há mais de 22.000 anos, até ao aperfeiçoamento do seu culto na
Civilização do Vale do Indo, passando por um obscurecimento parcial durante o período
védico, e posterior rejuvenescimento e expansão na tradição sânscrita clássica, tem sido
sugerido que, de muitas formas, "a história da tradição hindu pode ser vista como um
reaparecimento do feminino."

Através da sua história, o Shaktismo inspirou vários trabalhos da literatura sânscrita e da


filosofia hindu e continua a influenciar profundamente o hinduísmo atual. O Shaktismo não só
é praticado em todo o subcontinente indiano mas também em outras regiões, de formas
diversas, tanto tântricas como não-tântricas; no entanto, as duas maiores escolas são a Srikula
(familia de Sri), com forte implantação no Sul da Índia,e a Kalikula (familia de Kali), na região
Norte e Leste do país.

Alguns estudiosos dividem as correntes do hinduísmo moderno em seus "tipos":

 Hinduísmo popular, baseado nas tradições locais e nos cultos das divindades tutelares,
praticado em nível mais localizado;
 Hinduísmo dármico ou "moral diária", baseado na noção de carma, na astrologia, nas
normas de sociedade como o sistema de castas, os costumes de casamentos.
 Hinduísmo vedanta, especialmente o Advaita (smartismo), baseado nos Upanixades e
nos Puranas;
 Bhakti, ou "devocionalismo", especialmente o vixnuísmo;
 Hinduísmo bramânico védico, tal como é praticado pelos brâmanes tradicionalistas,
especialmente os shrautins;
 Hinduísmo iogue, baseado especialmente nos Yoga Sutras de Patandjáli. Com os
principais templos Hoysaleswara e Khajuraho.

Definições Religiosas

O hinduísmo não tem um "sistema unificado de crenças, codificado numa declaração de fé ou


um credo", mas sim é um termo abrangente, que engloba a pluralidade de fenômenos
religiosos que se originaram e são baseados nas tradições vêdicas.

Hindu é originalmente um termo persa, em uso desde os tempos do Sultanato Délhi, e que se
referia a qualquer tradição nativa da Índia, em contraste com o islã. Hindu é usado no inglês no
sentido de "pagão indiano" desde o século XVII, porém a noção do hinduísmo como uma
tradição religiosa identificável, qualificando uma das religiões do mundo, surgiu apenas
durante o século XIX.

A característica da tolerância compreensiva às diferenças de credo e a abertura dogmática do


hinduísmo o torna difícil de ser definido como uma religião de acordo com o conceito
ocidental tradicional. Embora o hinduísmo seja um conceito prático claro para a maior parte
de seus seguidores, muitos manifestam algum tipo de problema ao tentar chegar a uma
definição do termo, principalmente devido à ampla gama de tradições e ideias incorporadas ou
cobertas por ele. Embora seja descrito como uma religião, o hinduísmo costuma ser definido
com mais frequência como uma 'tradição religiosa'. É descrito como a mais antiga das religiões
mundiais, e mais diversa em tradições religiosas.

A maior parte das tradições hindus reverenciam um corpo de literatura sagrada ou religiosa, os
Vedas, embora existem exceções; algumas tradições religiosas acreditam que certos rituais
específicos sejam essenciais para a salvação, mas diversos pontos de vista sobre o assunto
podem coexistir. Algumas filosofias hindus postulam uma ontologia teística da criação,
sustento e destruição do universo, enquanto outros hindus são ateus. O hinduísmo por vezes é
caracterizado pela crença na reencarnação (samsara), determinada pela lei do karma (karma),
e que a salvação é a liberdade deste ciclo de sucessivos nascimentos e mortes; outras religiões
da região, no entanto, como o budismo e o jainismo, também acreditam nisto, mesmo estando
fora do escopo do hinduísmo. O hinduísmo é visto como a mais complexa de todas as religiões
históricas vivas do mundo, porém a despeito desta complexidade é não apenas
numericamente a maior delas, como também a mais antiga tradição em existência na Terra,
com raízes que se estendem até a pré-história.

Uma definição do hinduísmo dada pelo primeiro vice-presidente da Índia, o reputado teólogo
Sarvepalli Radhakrishnan, diz que ele não é "apenas uma fé", mas que, por estar ele próprio
relacionado à união da razão e intuição, não pode ser definido, apenas experimentado. De
maneira similar, alguns acadêmicos sugerem que o hinduísmo pode ser visto como uma
categoria com seus limites pouco definidos, e não uma entidade rígida e bem-definida.
Algumas formas de expressão religiosa são centrais ao hinduísmo, enquanto outras não são
tão centrais, porém ainda enquadram-se dentro da categoria; com base nisto desenvolveram-
se algumas teorias acerca da definição do hinduísmo, como a 'teoria dos protótipos'.

Os problemas com uma única definição do que realmente se quer dizer pelo termo 'hinduísmo'
frequentemente são atribuídas ao fato de que o hinduísmo não tem um fundador histórico
único ou comum. O hinduísmo ou, como alguns dizem, 'hinduísmos', não tem um sistema
único de salvação, e apresenta diferentes metas de acordo com a seita ou denominação. As
formas da religião vêdica são vistos não como uma alternativa ao hinduísmo, mas como a sua
forma mais antiga, e praticamente não há justificativa para as divisões estabelecidas pela
maior parte dos acadêmicos ocidentais entre o vedismo, o bramanismo e o próprio hinduísmo.

Uma possível definição de hinduísmo é ainda mais complicada pelo uso frequente do termo
"fé" como sinônimo para "religião". Alguns acadêmicos e diversos praticantes se referem ao
hinduísmo com uma definição nativa, como 'Sanātana Dharma', uma frase em sânscrito que
significa "a eterna lei" ou "eterno caminho".
O que são os Vedas? Qual a origem dos Vedas?

Os Vedas são vistos como as escrituras sagradas associadas à religião hindu, porém a natureza
dos seus ensinamentos é totalmente diferente das outras escrituras religiosas popularmente
conhecidas. De uma forma resumida para responder: “o que são os Vedas?”, devemos dizer
que eles são a espinha dorsal de toda cultura hindu, também chamada de tradição védica. É a
sua visão que permeia todos os braços de conhecimento e as práticas religiosas e espirituais da
Índia, que devido a sua ancestralidade influenciaram muitas das outras culturas presentes
hoje. Mas afinal o que são os Vedas?

Os Vedas através de seus versos, que são chamados de mantras, estão por detrás de muitas
práticas religiosas e espirituais. As palavras em sânscrito, que é a língua originária dos Vedas,
aparecem em vários termos no mundo espiritual. É dito, por exemplo, que a própria palavra
“Jesus”, é derivada da palavra “Ishu” -“aquele que governa”, que aos poucos foi se
transformando. O termo “OM” que está no início de diversos mantras, mesmo budistas ou
tibetanos, tem sua origem nos Vedas. O termo karma, que usamos para falar do destino,
também vem de lá, porém ele não significa algo exclusivamente negativo. E até mesmo coisas
do dia dia como a cerveja Brahma, tem seu nome originário nos Vedas e ironicamente Brahma
também é descrito associado ao número “um”. Para entender o que são os Vedas, vamos
analisá-los quanto sua origem, natureza e objetivo.

Quanto a sua natureza ou conteúdo, ao contrário do que muitos pensam, eles não são um
veículo propagador de uma religião ou uma crença, seu propósito é ser um meio de
conhecimento para assuntos que o ser humano não poderia descobrir sozinho. Eles vão
mostrar a relação “causa efeito” entre ações e rituais dos mais diversos com o intuito de
prover à humanidade maneiras de obter o que cada um quer. Eles não estabelecem uma
doutrina, mandamentos, crenças ou formas de pensar. Por mais que as pessoas adotem
valores e um estilo de vida através dessa tradição, isso é feito pelo interesse nos seus
resultados, que em geral é uma vida mais saudável e com mais equilíbrio. Existem diversos
tipos de rituais: ritual para ter um filho, para o sucesso de um empreendimento e até mesmo
para ter um bom renascimento após o término dessa vida. No campo da “medicina” dá o
conhecimento a respeito da energia do nosso corpo e sua interação com os alimentos e
remédios, que é chamado de Ayurveda. Eles fazem também análise do impacto dos
movimentos dos corpos celestes, levando em consideração o dia e local de nascimento da
pessoa, o que chamamos de astrologia, mas na tradição védica é chamado de Jyotisam.

É um corpo de conhecimento disponível para humanidade cujos braços percorrem diversos


campos: na medicina com o ayurveda, a dança com o natyashastra, rituais para satisfazer
desejos com o tantra, a organização de uma casa com o vastushastra, as artes marciais com o
kalaripayattu, os exercícios energéticos e para saúde com os yoga-ásanas, as meditações com
as upasanas, o autoconhecimento com o vedanta, a poesia com o kavyam e ainda o canto, a
comida, a astrologia, a administração e muitos outros assuntos.

Assim, quanto à natureza, os Vedas e a tradição que o envolve são um meio de conhecimento
que permeia todos os campos da sociedade, revelando as conexões sutis presentes no
universo.
Como sua natureza está conectada com a satisfação dos desejos humanos, o propósito dos
Vedas surge a partir da visão sobre a realidade desses desejos. Os Vedas colocam que apesar
de desejarmos de muitas maneiras diferentes, todos esses desejos tem como causa um
sentimento de inadequação, cuja base é a ignorância do “eu”. Por não conhecermos nossa
natureza, identificados com o corpo e a mente, nos julgamos pequenos e limitados, o que nos
traz uma série de desejos na tentativa de nos tornarmos completos.

Quando analisamos bem a maneira como estamos tentando preencher esse “buraco”,
percebemos que nossas ações não são realmente eficazes. Estamos tentando controlar as
situações e pessoas e adquirir cada vez mais objetos para ficar livre e em paz, porém o
controle das situações não é possível, as pessoas mudam, os objetos se vão e, mesmo se tudo
ficasse perfeito, os nossos gostos e desejos também mudam.

Esse aparente enigma é decifrado pelos Vedas dizendo que o indivíduo já é completo e já tem
tudo necessário para ser feliz. Ao contrário do nosso hábito de pensar, não falta nenhuma
peça no quebra-cabeça, nem de fato as pessoas precisam mudar, o país não tem que ir para
frente e nem é preciso acabar com as dívidas no banco para estarmos em paz.

Essa possibilidade apesar de parecer um desafio ou contraditória com a nossa experiência, tem
uma realidade. Porque, mesmo com todos os problemas, de vez em quando nos encontramos
em momentos felizes, rindo a toa, como se não houvesse amanhã. Não é verdade?!? Porque
esses momentos existem, não podemos dizer que a felicidade não está disponível e
simplesmente ignorar essa possibilidade. Essa é uma percepção construída aos poucos, por de
trás de cada atividade a pessoa que está em contato com a tradição, vai descobrindo mais
espaço interno, lidando melhor com as pessoas, com suas emoções e entrando no projeto de
descobrir sua natureza livre e completa, o que é chamado de autoconhecimento.

Essa visão de levar o indivíduo a percorrer todos os caminhos da sua mente para decobrir sua
natureza livre é o coração dos Vedas. Ao mesmo tempo que os meios para se adquirir os
objetos são expostos, eles vêm acompanhados dessa visão, que os tornam mais preciosos, pois
são capazes de preparar o indivíduo na sua jornada para o autoconhecimento. E uma vez que a
pessoa desenvolve suficiente interesse por se conhecer, os Vedas também estão prontos para
transmitir diretamente o conhecimento do “eu”. A seção dos Vedas responsável pela
transmissão desse conhecimento é chamada de Vedanta, que literalmente significa a parte
final dos Vedas.

O autoconhecimento que é fruto desse estudo, com auxílio de um professor de acordo com o
que é prescrito nos próprios Vedas, é o ápice de todos os conhecimentos disponíveis nessa
tradição, porque atua diretamente no problema fundamental de ser feliz . Os Vedas propõem
que a idéia de alienação, injustiça e sofrimento que sentimos e lutamos contra, é apenas uma
noção que pode ser corrigida usando uma ferramenta adequada. Essa é a proposta dos Vedas
e da tradição Védica. Dentro da tradição esse estilo de vida que prepara a corpo, a mente e o
indivíduo como um todo para essa jornada é o que é chamado verdadeiramente de Yoga.

Assim quanto ao seu propósito os Vedas têm uma visão em mente, que é a preparação da
pessoa para o autoconhecimento, mesmo que a pessoa esteja diretamente interessada em um
objeto material, os Vedas darão os meios para obtê-lo e no processo farão a pessoa
amadurecer na sua busca pela felicidade.

Contudo, pelo nosso hábito ocidental de dividir e categorizar é muito comum separar esses
campos que compõe o conhecimento dos Vedas, mas quando fazemos isso perdemos a visão
que está por detrás de todas essas atividades e que dão propósito para elas.

Basta observar como o Yoga (enquanto prática de posturas) se propaga pelo mundo para se
entender o que acontece, quando se tira uma atividade da tradição ao qual ela pertence. O
yoga, que tem como objetivo preparar a mente e o corpo para o autoconhecimento, aos olhos
de muitos virou apenas mais um tipo de ginástica, assim como “pilates”. O que pode até ser
verdade, uma boa opção enquanto exercício, mas isso é muito pouco diante do seu propósito
maior. Sem a conexão com tradição védica, a prática de posturas de Yoga ou qualquer outra
atividade não é errada, mas talvez esteja sendo subutilizada, em outras palavras incompleta.
Se comprássemos um carro apenas para usar o porta-malas, não seria um desperdício? A
dança, a culinária, os exercícios e a música todos esses campos na tradição foram desenhados
para transformar a vida de uma pessoa, tirar o indivíduo da sua corrida tentando alcançar o
primeiro lugar no mundo, e deixar essa pessoa disponível para si. A tradição é a beleza de
todas essas atividades, sem ela tudo vira mais uma opção no nosso cardápio.

Qualquer uma dessas atividades da tradição se sustenta nos Vedas e são amarradas uma nas
outras. Todas começam com um mantra e todo mantra começa com OM. Existirá sempre certa
devoção envolvida, um estado meditativo e uma visão que permeia todas elas. Se escutarmos,
por exemplo, qualquer musica clássica indiana ela vai falar da relação entre criador e criatura,
vai ter um ritmo que nos conduz a processar emoções e a se entregar. Essas atividades em
conjunto se tornam um “processo terapêutico divino”, porém quando separadas não se pode
obter mais do que o resultado material direto envolvido.

A dissociação com a tradição védica também gera outros problemas, muitas linhas, muitos
grupos e no final muita discussão. Quando não existe uma tradição, qualquer um pode diz o
que quiser. Quem pode realmente estabelecer alguma verdade sobre um assunto, quando sua
origem é desconhecida? Afinal de contas, todos tem o mesmo direito de expressar sua
opinião. Contudo, quando vemos o Yoga ou qualquer uma dessas atividades como parte da
tradição védica, a história é outra. Para ler os Vedas ou entrar em qualquer parte dessa
tradição, primeiro precisamos de um professor que não tenha aprendido sozinho, depois
precisamos aprender sânscrito, os mantras, e ainda tem muita meditação envolvida o que é
fundamental em todo esse processo. E esse “pacote” não é algo que se obtém como fruto de
uma viagem pela Índia, ou por conhecer um mestre incrível, ou uma benção divina do dia para
noite e nem é algo que alguém possa inventar. A tradição é fruto de vidas de dedicação de
vários mestres e discípulos, nós apenas mergulhamos nela.

Nessa jornada podemos encontrar vários mestres, porém antes de serem mestres todos eles
são alunos. Os grandes mestres ou sábios são apenas pessoas, que tiveram algum papel
importante, recebendo ou retransmitindo o que chegou até eles. Às vezes escutamos nomes
como Vyasa (conhecido por ter sido o primeiro a escrever e documentar os Vedas) ou
Shankara (conhecido por defender a visão dos Vedas que quase foi perdida na sua época), que
como tiveram papéis marcantes achamos que eles são os autores desses ensinamentos, porém
eles são apenas nomes de professores que pertencem a essa corrente, e que muitas vezes são
usados para representar toda a tradição.

A tradição de ensinamento é como um rio, ela está passando pelas pessoas. Sua origem não é
marcada pela opinião de um determinado professor ou grupo. É dito que os próprios Rshis,
que os receberam em meditação, não clamam a autoria de nada, muito pelo contrário eles
dizem: “e assim foi me dito…” O conhecimento dos Vedas não pertence a ninguém, ele é dado
à humanidade. Assim quanto a sua origem dizemos que o autor é o próprio criador, que afinal
de contas é também o autor de todas as leis karmicas e sutis que são o conteúdo dos Vedas.

Em oposição ao que estamos acostumados, os Vedas não são um livro, que foi escrito por
alguém em uma determinada data que podemos traçar uma história e época. Os Vedas não
possuem a descrição da história de uma pessoa com características especiais, ou descreve um
determinado povo em particular, seus ensinamentos são atemporais. Eles têm sido
transmitidos oralmente de mestre para discípulo e ainda hoje é assim. Mesmo que se tenham
publicações, o uso dos mantras dependem de pessoas capacitadas para entoá-los
corretamente e portanto eles mantém sua secularidade e a forma original. Dessa maneira não
é possível determinar sua origem no tempo, devido a ausência de eventos históricos, ou um
povo, ou uma cultura em particular associada a eles e como a tradição é oral não existe nem a
possibildiade de avaliar manuscritos. E ainda assim, eles são os manuscritos mais antigos da
humanidade hoje já datados de 2000 A.C

Os Vedas vêm atravessando os milênios junto com a humanidade. É dito que eles são
revelados aos Rshis, sábios que recebem esses versos no início da criação ou quando se faz
necessário, assim como qualquer outro conhecimento desse universo, como a matemática ou
a física. A única diferença é que o recebimento desse conhecimento é produto de uma clareza
mental advinda da prática de austeridades (disciplinas físicas e mentais) e não do
desenvolvimento do processo intelectual como no caso da ciência. Porém é importante
ressaltar que o recebimento dos Vedas e o entendimento do seu conteúdo são 2 processos
distintos. Apesar de não ser viável uma pessoa fazer todas as disciplinas necessárias para
recebê-los, podemos entender e usufruir do que já foi recebido pelos nossos antecessores, o
que é algo natural e acontece também com a ciência.

Assim quanto a origem os Vedas vêm junto com a humanidade, seu conhecimento é
atemporal e, portanto, o autor é o próprio Criador, como qualquer outro conhecimento de
causa e efeito desse universo, embora não seja científico, pois, não é resultado de
experimentos e da lógica.

Dessa forma na sua natureza os Vedas apresentam as relações sutis que não podem ser
percebidas pelo ser humano, o seu propósito é conduzir à visão do indivíduo como completo, o
autoconhecimento; e sua origem é atemporal, o autor é o próprio Criador, que os manifesta na
mente dos sábios.

Apesar de existirem diversas linhas religiosas na Índia pegando carona na tradição, os Vedas
não são uma religião em si, nem ao menos tem uma proposta religiosa, já que sua visão não é
de indivíduo “pecador” que precisa ser salvo, ou que foi abandonado por Deus. Por isso não
possuem uma instituição ou organização formal como uma Igreja. Essa tradição é carregada de
pessoa para pessoa, sua característica é uma religiosidade livre, sem “religião”. Deus é livre de
todas as formas e todas as formas são vistas como divinas. Não importa o nome, nem a língua,
se a intenção e atitude forem adequadas, que oração que não será ouvida por Ele? Essa é a
razão pela qual a própria tradição é repleta de histórias e diversas formas para adoração.

Essa visão de vida, de Deus e do indivíduo é o espírito da cultura hindu. Apesar da miséria e as
dificuldades sociais naturais de um país de bilhões, as pessoas sorriem e te acolhem. Diferente
do resto do planeta, onde o símbolo do líder social é uma pessoa bem vestida, no carro do
ano, com um relógio de ouro e óculos escuros; na terra dos Vedas o símbolo social é o famoso
“Mahatma Gandhi”, sem maquiagem, com roupas simples, com uma vida simples, com
trabalho e feliz. Essa é a visão dos Vedas e da tradição védica, uma visão de contentamento em
si mesmo, uma felicidade não dependente, onde o indivíduo se vê completo e, não, alienado
do todo. Uma visão onde o “eu” é o próprio significado da palavra felicidade.

A Suástica Hindu

A suástica ou cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos


diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus. Alguns
autores acreditam que a suástica tem um valor especial por ser encontrada em muitas culturas
sem contatos umas com as outras. Os símbolos a que chamamos suástica possuem detalhes
gráficos bastante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas. A
nazista tem os braços, apontando para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a
figura de modo a um dos braços estar no topo. Outras chamadas suásticas não têm braços e
consistem de cruzes com linhas curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses parecem mais hélices
do que propriamente suásticas. A chamada suástica celta dificilmente se assemelha a uma. As
suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos no espelho do símbolo Nazista. Na China há um
símbolo de orientação quádrupla, que segue os pontos cardeais; desde o ano 700 ela assume
ali o significado de número dez mil. No Japão, a suástica (卍 manji) é usada para representar
templos e santuários em mapas, bem como em outros países do extremo oriente.

As primeiras formas similares à suástica estão conservadas em vasos cerâmicos datados de


cerca de 4000 a.C., em antigas inscrições europeias (escrita "vinca"), e como parte da escrita
encontrada na região do Indo, de cerca de 3000 a.C., a qual as religiões posteriores
(hinduísmo, budismo) passaram a usar como um de seus símbolos. Vasos encontrados em
Sintashta, datados de cerca de 2000 a.C. também foram decorados com o símbolo suástico
(veja aqui). Símbolos semelhantes foram encontrados em objetos remanescentes das Idades
do Bronze e do Ferro no norte do Cáucaso e no Azerbaijão, oriundos das culturas dos cítios e
sarmácios (vide:[1]). Em todas as demais culturas, com a exceção daquelas do sul asiático, a
suástica não parece apresentar alguma significação relevante, mas surge como uma forma em
meio a uma série de símbolos similares em complexas variações.

Na Antiguidade, a suástica foi usada largamente pelos indo-arianos, hititas, celtas e gregos,
dentre outros. Em especial, a suástica era um símbolo sacro do hinduísmo, budismo e
jainismo. Ela ocorre em outras culturas asiáticas, europeias, africanas e indígenas americanas -
na maioria das vezes como elemento decorativo, eventualmente como símbolo religioso.
A suástica é um dos símbolos sagrados do hinduísmo há pelo menos um milênio e meio. Ela é
usada ali em vários contextos: sorte, o Sol, Brahma, ou no conceito da “samsara”. O budismo
particularmente teve grande penetração noutras culturas, em especial no Sudeste da Ásia,
China, Coreia, Japão, Tibete e Mongólia desde fins do primeiro milênio. Supõe-se que o uso da
suástica pelos fiéis “Bom” do Tibet, e de religiões sincréticas como a “Cao Daí” do Vietnã , e
“Falun Gong” da China, tenha sido tomado emprestado ao budismo. Da mesma forma, a
existência da suástica como símbolo do Sol entre o povo “Akan” – civilização do sudoeste da
África, pode ter sido igualmente resultado da transferência cultural em virtude do tráfico
escravista por volta do ano de 1500.

A Suástica é encontrada em templos hindus, símbolos, altares, quadros e na iconografia


sagrada que há por toda parte. É usada em todos os casamentos hindus, nos festivais, em
cerimônias variadas, nas casas e portões, em roupas e jóias, meios de transporte e até mesmo
como elemento decorativo de pratos diversos, como bolos e massas.

É um dos 108 símbolos de Vishnu - e representa ali os raios do Sol, sem os quais não haveria
vida.

O som Aum é também sagrado no Hinduísmo. Considera-se Aum como representativo do


único tom primordial da criação. Já a Suástica é uma marca puramente geométrica, sem
nenhum som que lhe esteja associado. Também é vista como indicadora das quatro direções
(Norte, Leste, Sul e Oeste), neste caso simbolizando estabilidade e solidez. Já o seu uso como
símbolo do Sol pode ser visto primeiro como uma representação de Surya - o deus hindu do
Sol.

Para o Hinduismo, os dois símbolos representam as duas formas do deus criador, Brahma:
voltada para a direita, a cruz representa a evolução do Universo (ou Pravritti); para a esquerda,
simboliza a involução do Universo (Nivritti). Também pode ser interpretado como
representando as quatro direções (Norte, Leste, Sul e Oeste), com significado de estabilidade e
solidez.

Usada como símbolo do Sol, pode ser interpretada primeiro como representação de Surya, o
deus hindu do Sol.

A Suástica é considerada extremamente santa e auspiciosa por todos os hindus, e seu uso
decorativo está presente em todos os tipos de artigos relativos à sua cultura.

No interior do subcontinente indiano pode ser visto nas laterais de templos, desenhada em
inscrições dos túmulos, em muitos desenhos religiosos.

O deus Ganesha muitas vezes é feito sentado sobre uma flor de lótus, numa cama de suásticas.

Já entre os hindus de Bengala (e atual Bangladesh), é comum ver-se o nome da Suástica ser
aplicado a um desenho ligeiramente diferente, mas com a mesma significação da suástica
comum, e da mesma forma usada como sinal auspicioso. Este símbolo se parece um tanto com
a figura de um ser humano, e é um nome bastante comum entre os bengali, a tal ponto que
uma importante revista de Calcutá é "Suástica". A figura ali usada, entretanto, não tem uso
muito comum, na Índia.
O Panteão Hindu

A base da mitologia indiana é o hinduísmo e seus milhares de deuses. É uma religião curiosa.
Não tem um único texto sagrado, como a Bíblia ou o Alcorão, nem regras bem definidas que
devem ser seguidas cegamente. O texto mais antigo sobre deuses e deusas da Índia é o Vedas,
com 1 000 poemas, cada um glorificando uma divindade, que remonta a 2 mil anos antes de
Cristo na tradição oral. Eram considerados sagrados demais para serem escritos.

Ao contrário de outras mitologias (e religiões), que têm histórias bem definidas para explicar o
surgimento do homem, o hinduísmo e suas origens apresentam uma plêiade de hipóteses.
Uma delas fala de Purusha, o humano primal, e está presente na tradição védica. Ele era ao
mesmo tempo homem e mulher e deu origem a várias formas de vida.

Purusha é o responsável pela criação das castas indianas: cada uma das 4 brotou de seu corpo,
que foi esquartejado. Da cabeça vieram os sacerdotes, os guerreiros de seus braços, os
artistas, comerciantes e fazendeiros nasceram de suas coxas e, por fim, os sudras, ou
trabalhadores, surgiram de seus pés - o pé é um dos órgãos mais imundos na cultura hindu,
pois é aquele que tem contato permanente com a terra.

Há um outro mito sobre a criação do homem, no qual o primeiro humano, chamado Manu,
usou as costelas para criar uma companheira (soa familiar para você?).

Deuses primitivos

O povo que trouxe à luz as primeiras divindades da Índia foram os arianos, que migraram da
Ásia Central para o subcontinente. Seus mitos sobre deuses que controlavam as forças da
natureza e influenciavam os humanos foram registrados nos Vedas. Há uma enorme profusão
de textos sobre deuses na Índia. Os Vedas tornaram seus personagens populares porque
foram escritos em sânscrito, uma linguagem que era compreendida em várias regiões. O
chefão era Indra, que controlava os trovões e a chuva. Ele ganhou a supremacia sobre os
outros deuses ao vencer um desafio. Certa vez, Vritra, a serpente das secas, engoliu as águas
cósmicas e as devolveu em forma de chuva negra. Muitos deuses fugiram assustados, mas
Indra enfrentou a serpente com seus raios e as águas voltaram a fluir normalmente. Ele
encarou muitas batalhas e é reverenciado pelos guerreiros. Sua presença é associada ao arco-
íris.

Mas os homens são especialmente gratos a Surya, o deus Sol, que trouxe luz, conhecimento e
vida ao mundo. Ele atravessava o céu em sua carruagem de uma roda só puxada por Aruna, o
deus da manhã, que espalhava o calorão de Surya pela Terra. A mulher de Surya era Sanjana,
mas ela literalmente não aguentava o brilho do maridão, transformou-se numa égua e se
mandou para a floresta. Quando Surya a encontrou, virou um garanhão e fez um monte de
filhos com ela. Depois, topou diminuir seu brilho e viveram felizes no paraíso.

Um brigão nesse firmamento primordial era Vayu, deus dos ventos. Ele perdeu parte de seus
poderes depois que foi expulso do monte Meru, a morada dos védicos, tal como o Olimpo era
a casa das divindades gregas. Ele atacou a montanha, mas foi repelido por Garuda, o rei dos
pássaros, metade homem, metade águia - tão grande que tampava o Sol e com asas que
imitavam o vento. O poderoso Vayu arrancou a topo da montanha e o jogou no mar. Essa é a
origem da ilha de Sri Lanka.

Quem fazia a ligação entre os humanos e os deuses era Agni, uma figura de 3 cabeças que
simbolizava o fogo. Os indianos são cremados porque acreditam que a fumaça leva suas almas
para o céu com a ajuda de Agni. O deus de 3 cabeças teria nascido 3 vezes: a 1ª na água, como
o Sol que aparece no oceano; a 2ª no ar, na forma de um raio, e a 3ª na Terra, como fogo. Filho
da deusa da Terra com o deus do céu, Agni ficou tão furioso com a sequência de nascimentos
que simplesmente comeu os pais. Os templos oferecem a ele manteiga clarificada, que ele
pega com uma de suas 3 línguas.

Tempo circular

A criação tem tantas histórias quanto o número de deuses indianos. Mas, depois dos védicos,
quem conquistou o poder no céu foi a turma liderada por Brahma, um deus de 4 cabeças, que
representavam as castas hindus, os 4 livros Vedas e os pontos cardeais. Ele, ao lado de outras
duas divindades, Shiva e Vishnu, são os mais cultuados e a base do hinduísmo. Todas as
histórias envolvem a noção de tempo circular, por isso alguns deuses nascem e depois dão à
luz a própria mãe. Mas sempre persiste a noção de que o Universo é finito, vai acabar um dia
para dar lugar a uma nova criação, um novo Universo.

No começo dos tempos, Brahma, o senhor da criação, espalhou sua luz pelo Universo e se
tornou a essência de tudo o que nele existe. Ele também cuidava do tempo. Um dia de sua
vida equivale a 4,3 bilhões de anos humanos. Quando esse período acaba, o ciclo da criação
começa outra vez. E assim vai, para sempre. Como quase tudo na Índia, a história começa com
Brahma meditando. Ele imaginava como o Universo poderia ser. Mas ignorava como
transformar pensamento em existência e descartou o projeto: foi daí que nasceu a Noite. Mas
a Noite começou a parir filhos tão negros quanto ela, que se transformaram nos primeiros
demônios. Quando essas criaturas passaram a se multiplicar, Brahma recomeçou o processo
de criação.

Ele criou o Sol e as estrelas, um contrapeso para a escuridão da Noite. Depois fez todos os
deuses do panteão hindu para compensar a multidão de demônios. Um dos seres que
apareceram era uma criatura maravilhosa chamada Vak (o Mundo). Brahma se enamorou dela
e fizeram amor. Durante a relação, eles mudavam de forma o tempo todo e produziram todas
as espécies de animais que vivem na Terra. Outra versão mostra Vak relutante a transar com
Brahma - não custa lembrar, ela era filha dele. Como ele insistiu, Vak se transformou em cervo
e se mandou. Ela foi capturada, mas o deus não foi capaz de engravidá-la com sua semente,
que caiu no chão, dando origem ao homem e à mulher.

Como Brahma mudou sua imagem para criar as formas de vida, ele é onipresente. Mas
também tem uma casa para chamar de sua, na montanha sagrada de Meru, o umbigo do
mundo e centro do Cosmo, que fica no Himalaia (a morada da neve). É lá que nasce o também
sagrado rio Ganges, nos quais os indianos se banham até hoje em busca de purificação.
Devas do Panteão Hindu

A base da mitologia indiana é o hinduísmo e seus milhares de deuses. O hinduísmo não tem
um único texto sagrado, como a Bíblia ou o Alcorão. O texto mais antigo sobre deuses e deusas
é o Vedas, com 1000 poemas, cada um glorificando uma divindade. Quando deuses e deusas
vêm ao mundo físico, usam diversas formas chamadas avatares (seres humanos, animais ou
uma combinação dos dois).

Devido a grande quantidade de deuses e deusas veremos os mais importantes:

VISHNU (aquele que tudo penetra) – Que ao lado de Brahma e Shiva, formam a tríade suprema
do hinduísmo, sendo Vishnu o principal deus dessa trindade. É responsável pela sustentação,
proteção e manutenção do universo. Fonte original de todos os deuses. Quando um grande
mal ameaça a Terra, Vishnu vem ao mundo físico, com diversas formas de avatares; existem
dez avatares de Vishnu, dos quais nove já se manifestaram no nosso mundo - sendo Rama e
Críxena (Krishna) os mais conhecidos - e outro ainda está por vir. É representada flutuando
sobre ondas em cima das costas de um deus-serpente (Shesh Nag), ou flutuando sobre as
ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma
concha, um disco de energia, um lótus e um cajado. Está constantemente presente nas
conquistas amorosas.

KRISHNA - Krishna é o oitavo avatar (o mais popular e amado) de Vishnu, com maior número
de templos e devotos. É a fonte de tudo e a causa de todas as causas. Incorporou a forma
humana para redimir as ações das forças do mal. É sempre visto tocando uma flauta, com a
qual encanta todas as criaturas vivas. Alguns de seus nomes são Govinda, Syamasundar ou
Gopala (protetor das vacas). Os ensinamentos de Krishna foram perpetuados no livro
Bhagavad Gita, considerado por todos os estudiosos como a essência do conhecimento
Védico.

AGNI – Mensageiro dos deuses e responsável pela conexão entre eles e os seres humanos.
Costuma a ser representado no auge da juventude. Na maioria dos relatos costuma a ser
descrito como filho mais velho de Brahma. Agni e o sacrifício de fogo ainda é parte do ritual de
qualquer casamento Hindu moderno, onde Agni é tido como o chefe sakshi ou testemunha do
casamento e guardião da santidade do casamento.

GANESHA (senhor de todos os seres) - Filho de Shiva e Mahadevi, a deusa mãe, é uma das mais
conhecidas e veneradas representações de deus. Representado como um garoto com cabeça
de elefante, uma grande barriga e quatro braços. Está sempre presente nas portas dos templos
e residências porque é tido como um removedor de obstáculos. Também é considerado fonte
do conhecimento, da inteligência, da fortuna, da riqueza, da saúde, do sucesso e da
prosperidade.

BRAHMA - Um dos principais deuses da tríade suprema do hinduísmo. Criador do mundo


material. Dele, saíram os primeiros seres humanos. Alguns relatos afirmam que surgiu do
umbigo de Vishnu. Outros dizem que apareceu de um ovo de ouro chamado Hiranyagarbha.
São raros os templos dedicados a Brahma; ele não é muito adorado nos dias de hoje.
SARASWATI - Deusa da música, do conhecimento e da poesia. Ela é conhecida também por
outros nomes como Vani, Bharati, Gira, Brahmani, Sharada, e Vidhatri. Possui refulgente
beleza e seu corpo é branco como o leite. Na Índia existe um rio sagrado que leva o seu nome,
por isso ela é conhecida também como a deusa dos rios.

LAKSHMI - Deusa da fortuna; fonte de toda a fartura, beleza e saúde nesse universo. Esposa de
Vishnu é o principal símbolo da potência feminina, e pode ser reconhecida por sua eterna
juventude e formosura. É sempre vista sobre uma flor de lótus ou com flores nas mãos e um
cântaro que jorra moedas de ouro. Atribui-se a Lakshmi o símbolo da Suástica, que representa
vitória, sucesso, riqueza, beleza e fartura.

PARVATI - Entre todas as semideusas associadas a Shiva, Parvati guarda a mais alta eminência.
Ela é considerada a reencarnação da energia total do universo. Quando retratada junto com
Shiva, aparece com duas armas; quando retratada sozinha, é mostrada com quatro braços.

RAMA - Sétima encarnação de Vishnu. E o príncipe herói do famoso épico hindu, o Ramayana.
As proezas de Rama, seu irmão Lakshmana, sua esposa Sita, e o seu fiel amigo Hanuman são
muito bem conhecidos em locais por onde o hinduísmo se espalhou. O Ramayana é recontado
em revistas em quadrinhos, jogos, filmes, e shows na televisão. Rama é o ideal da justiça.

SHIVA – É um dos três principais deuses do panteão hindu. Shiva é o deus da renovação. Às
vezes é visto como Nataraja (deus das artes e das danças, bem como senhor das artes marciais
e o protetor dos animais). É o controlador de toda a ira e é conhecido por sua imensa
benevolência e misericórdia, concedendo-a a todos muito facilmente. Às vezes ele é
encontrado num estado de meditação, demonstrando que é o deus da Yoga. Ele é
representado com três olhos, dois para o Sol e a Lua e o terceiro simbolizando a sabedoria;
permanece sempre fechado, pois ao abri-lo, toda a criação será incinerada pelo calor abrasivo
do fogo da renovação.

Conceitos Hindus

Atman – Espírito / Alma (falar sobre o Karma, e os senhores do Karma Shiva e Kali)

Moksha – Libertação Final (falar sobre a Roda da Sansaha, falar sobre as Castas nasceu como
filho de agricultor, dever em ser agricultor, se nascer Bramane devera ser um sacerdote até o
fim.

Rituais – Darshan (Meditação em contemplação as divindades), e o Puja (Oferenda,


Celebração, Troca,).

Alimentação – Vegetariana (base da alimentação dos Hindus, e realizar os trabalhos com os


Devas estando com a alimentação vegetariana.

Preces – Cânticos que são entoados em sânscrito (Falar da origem do sânscrito (lenda) os
sábios queriam saber a língua para se comunicar com os Deuses, e se trancaram num caverna
silenciosa, durante dias e puderam através do Chakras descobriam sons que se emitiam
através deles e se conectavam aos Deuses, a partir disso acredita-se que o Sânscrito se
originou com 108 formas diferentes de ser pronunciado, e se deram ao nome desses sons de
mantras.

108 – Ligação com o número 9, importante na cultura oriental (1 Uno – 0 Todo – 8 Infinito).

Mantras – O mantra mais importante é o OM (representa o nome Deus, e traz o principio da


Criação).

Imagens – As imagens são importantes no Hinduismo, pois as energias dos Deus são
manifestadas principalmente através destas imagens.

Ganesha o Deva da Magia

Dentro da mitologia hindu incluem-se mais de 330 milhões de deuses e esse número expressa,
na realidade, todas as coisas que existem no mundo, pois para os hindus tudo é deificado e
está alimentado por um único deus. É por isso que encontramos muitas formas e muitos
nomes desse deus, mas, de fato, esse mesmo deus é um só, criador, mantenedor e provedor
do universo.

Ganesha é o símbolo daquele que descobriu o poder da divindade dentro de si. É considerado
o grande deus removedor de obstáculos e provedor da sabedoria, por tanto, aquele que cria a
prosperidade, a riqueza e a sabedoria onde sua força é invocada. Existem muitas lendas a
respeito de seu surgimento, mas a mais conhecida descreve o motivo pelo qual Ganesha é o
primeiro deus à ser reverenciado antes de todos os outros deuses e práticas hindus:

Parvati, a deusa da magia e do poder, deu à luz à Ganesha quando seu marido Shiva, deus da
força, da meditação e da Yoga, não estava em casa. Como Shiva foi à um retiro para meditação
e não tinha previsão para voltar, Parvati determinou que Ganesha aguardasse na porta de seus
aposentos e que não deixasse ninguém entrar. Mas, após algum tempo, Shiva retornou e
quando tentou entrar em sua casa, a criança se recusou a deixá-lo passar. Não
compreendendo sobre quem se tratava, Shiva o desafia para uma luta junto a todos os outros
deuses e, após muitas tentativas, conquista a vitória lhe cortando a cabeça.

Quando Shiva encontra sua esposa, chora e lamenta o ato, pois havia ferido seu próprio filho.
A tempo de desfazer seu engano, o deus então, prometeu a Parvati que se ela colocasse a
cabeça de qualquer pessoa ou animal que atravessasse seu caminho rapidamente no dia
seguinte, a criança voltaria a viver. Os deuses intercederam e determinaram que Shiva deveria
partir, porém somente extrair a cabeça daquele que havia morrido naturalmente e que fosse
de extrema força e beleza. Foi assim que o deus dos Yogues encontra um belo elefante que
acabara de morrer, remove sua cabeça e entrega a esposa, para que esta desse a vida de volta
a seu filho. Assim nasce Ganesha, que abençoado por todos os deuses por sua coragem e
força, passa à ser reverenciado e adorado antes de qualquer outro deus.

A fama de Ganesha ganha mais força quando, em Setembro de 1995, um morador de Nova
Deli sonha com o deus lhe pedindo um pouco de leite. Ao acordar, antes do amanhecer, o
homem se dirige ao templo mais próximo e, com autorização do sacerdote, lhe oferece uma
colher com leite. Em instantes o leite desaparece e a notícia de que Ganesha estava aceitando
a oferenda de leite percorre toda a Índia e alguns outros países. Milhares de pessoas se
reuniram nos templos e mais de um milhão de litros de leite foram dedicados e oferecidos à
Ganesha, porém o ato não se manifestou por mais de 24 horas. Esse episódio do leite marcou
a história como o evento mais importante do ultimo milênio para os hindus. Acredita-se que o
episódio do leite ressurgiu em Agosto de 2006, mas sem provas evidentes.

Desde então, o hinduísmo se tornou mais conhecido e ganhou força por todo o mundo e os
adeptos de Ganesha se multiplicam cada vez mais, pela fé e pela crença em adquirirem a
prosperidade e a evolução a partir de um grande deus que representa a força e o poder de
remover obstáculos.

O Simbolismo de Ganesha

Ganesha é inicialmente retratado com o remover dos obstáculos. Essa crença se concretizou
devido ao fato dos hinduístas acreditarem que a energia que cada deus emana está ancorada
em sua imagem. É por isso que são representados em diferentes posições, pois cada
representação marca um momento na história daquele deus e uma forma diferente de
representar sua energia, como se o deus estivesse nos olhando através de sua figura. Cada
imagem hindu agrega símbolos que são compreendidos também por nosso inconsciente,
fazendo com que sejam fontes de inspiração para nossas ações e pensamentos.

A Imagem de Ganesha

Grandes orelhas: Ouça mais

Grande cabeça: Pense grande

Olhos pequenos: Concentre-se

Boca pequena: Fale menos

Machado: Corta fora todas as ligações acessórias

Mão em posição de bênção: Bênção e proteção para o caminho espiritual supremo

Grande estômago: Digestão pacífica de todo o bem e mal na vida

Corda: Colocar você mais próximo de sua maior vitória

Uma presa: Reter o bem, descartar o mal

Tromba: Grande eficiência e adaptação

Rato: Desejo. A menos que, sob controle, pode causar frustração, você deve segurar o desejo e
mantê-lo sob controle e não permitir que ele controle sua vida. Onde quer que a imagem de
Ganesha apareça, sua energia é ancorada e emanada. Seja na forma de um pingente, uma
estátua, um chaveiro ou estampado em uma camiseta, bolsa ou proteção de tela de um
computador. Onde Ganesha está, não existe pobreza e todos os males e obstáculos poderão
ser removidos através de seu poder, pois é uma das poucas religiões que traz a força de sua
espiritualidade presentes em suas imagens.

A posição das estátuas também é muito importante:


Ganesha Dançarino

Nritya Ganapati é a energia da alegria e Prosperidade que ocorre na vida, ao tê-lo em sua casa
ele ativa a vontade de crescer e evoluir, criando harmonia entre pessoas. Para trabalhar esta
energia é sempre bom tê-lo acompanhado de Shiva, e ainda se sua busca for material,
Lakshmi. Este Ganesha gosta muito de doces, incensos e música.

* Imagem usada em frente às portas de entrada. Atrai a riqueza e a fartura, através do


movimento e da ação.

Ganesha com 16 braços, O Guerreiro

O "valente guerreiro," Vira Ganapati, assume uma postura de comando. Seus 16 braços
carregam diversas armas, símbolos dos poderes da mente e do espírito, quando o temos junto
de nós, nenhum mal é capaz de passar suas defesas.

Tenha uma estatueta em sua bolsa ou carteira, isto irá trabalhar ativar sua proteção espiritual.

Ao pedir bênçãos materiais a ele, lembre-se de determinar força para atingir os objetivos.

*Nessa imagem, Ganesha defende e protege os locais contra qualquer mal.

Ganesha com o livro, o Ganesha da Sabedoria

Esse é o grande senhor do conhecimento e do intelecto, sendo representado como aquele que
escreveu os Vedas, textos sagrados. Essa imagem exemplifica a lenda da presa quebrada para
a escrita dos testos.

* Traz a sabedoria como ferramenta para buscar a prosperidade e a evolução.

Ganesha com uma das mãos em sentido de Bênçãos

Esse é o Ganesha da evolução espiritual, aquele que atingiu a evolução através do


autoconhecimento e da superação dos poderes do ego.

* Abençoa, reforça a proteção material e atende a pedidos.

Ganesha deitado ou apoiado em uma concha

Essa é a grande imagem da riqueza e da evolução da espiritualidade e da materialidade.


Representa a serenidade em confiar em si e valorizar tudo o que foi conquistado.

* Simboliza a evolução na sabedoria e na conquista da prosperidade.

Práticas mágicas e espirituais com os Deuses Hindus

As imagens dos deuses hindus são o símbolo máximo da fé e da espiritualidade de seu povo, já
que expressam a energia e o poder do próprio deus agindo através de sua imagem. Esse é o
motivo pelo qual os deuses são representados em diversas posições e representações,
simbolizando diferentes formas de expressarem seus poderes e seus atributos. Saiba que são
símbolos sagrados da fé e da determinação e suas forças se resumem a toda simbologia
descrita em suas formas. Podem ser encontrados gravados em papéis e tecidos, bem como
confeccionados em estátuas de metal, resina, gesso, pedra, porcelana ou barro.

Os grandes rituais hindus são conhecidos como “Puja”, uma série de práticas ritualísticas
representadas pelos banhos realizados nas imagens em rios ou templos. Fazem parte dessas
práticas a oferta de alimentos como frutas, mel, leite, doces além do fogo, incenso, velas,
flores e o próprio banho com água, leite, mel, açafrão, entre outros elementos. São sempre
acompanhados de orações, mantras e cantos sagrados. A maior parte dos deuses hindus
valoriza ambientes limpos e prósperos. Ao adquiri uma imagem, certifique-se de que estará
posicionada em um local limpo e organizado, evitando a bagunça e a sujeira.

Para os seguidores do hinduismo, todas as pessoas possuem um espírito, conhecido como


“atman”, cujo destino é determinado por suas ações, seguindo a lei do karma que diz que toda
ação traz uma reação correspondente. Enquanto este espírito não se libertar das atitudes
negativas vigentes na terra e alcançar a iluminação, irá nascer e desencarnar por diversas
vezes. A este ciclo encarnatório denominamos “Roda de Samsara”.

A base da alimentação hindu é vegetariana, pois traz o corpo e a mente livre de impurezas. As
preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito e são denominadas “mantras”. São
oferecidas aos deuses para diversas finalidades. Também são dirigidos pra se obter paz,
elevação e poderes. São pronunciados através de um terço denominado Japamala.

O Japamala é um terço hindu utilizado para a entoação de mantras e orações. Contêm cento e
oito contas ou sementes. Pode ser feito também com 27 ou 54 contas, já que descreve o
número exato de mantras e orações que devem ser realizados. O número de sementes sempre
leva a um único denominador, o nove. Para o hindu, o número 108 simboliza o uno (um) que
permeia o universo (zero) junto ao infinito (oito). Os mais utilizados são confeccionados com
sândalo ou sementes de Rudraksha, árvore representante do sagrado para os indianos.

Um dos mantras mais importante é a sílaba “OM”, o som sagrado do universo que dá inicio a
todo o processo de criação. Sinos também são utilizados em conjunto com o mantra para
reforçarem seu poder de acalmar e revelar a pureza da alma.

Não existe casa que não encontre a prosperidade se conter uma imagem do Deus Ganesha
próximo a porta de entrada. Além de ser o grande removedor de obstáculos é também o deus
da riqueza e fortuna. Além de lhe ajudar nos desafios do dia a dia, lhe traz a consciência tudo o
que deve ser transformado para que você adquira a tão sonhada prosperidade em seu lar.

Imagens em cobre, bronze ou barro trazem um material puro por natureza e podem ser
consagradas recebendo um banho de água e leite. Já as imagens em resina ou gesso devem ser
adornadas com elementos ou colares feitos com fibras naturais como é o caso de sementes e
pedras. Uma boa dica é a utilização de um terço hindu conhecido como Japamala feito com as
sementes sagradas da índia, conhecidas como “Rudrakshas”.

Colares de flores são sempre bem vindos em homenagem aos deuses. Flores como margaridas,
girassóis, frésias, jasmim, rosas e gérberas representam a essência pura da Terra. Para
confeccioná-los basta envolver as flores, sem os cabos, por um fio de nylon criando um círculo,
unindo uma extremidade a outra. Ofereça aos deuses sempre como agradecimento aos
pedidos que desejar realizar.

Oferecer o sentimento de amor a Krishna é uma dádiva suprema para seus seguidores. É o
deus do conhecimento e do amor, manifestando tal sentimento à vida de quem lhe oferta seus
mais puros sentimentos.

Shiva em sua forma dançarino é denominado de Shiva Nataraja. Tem o grande poder de
dissipar o mal e trazer compreensão sobre os fatos que interferem em nossa paz e harmonia.
Ter uma estátua desse deus em frente à porta de entrada da casa traz força para combater o
mal e os inimigos. Pode acompanhar Ganesha já que é seu próprio pai.

Juntos representam a remoção das dificuldades e a busca da consciência plena de que a


prosperidade não faltará no lar. Já a combinação das imagens de Shiva, lakshmi e Ganesha
ganham um destaque especial.

Representam a trindade da boa sorte, fortuna e proteção. Posicione-os em frente à entrada


principal de sua casa seguindo a seguinte ordem: Shiva a esquerda do observador, Lakshmi ao
centro e Ganesha a direita. Um pote de riqueza pode ser criado e posicionado a frente da
deusa Lakshmi. Para confeccioná-lo faça um preparado de açúcar e pó de sândalo e passe por
todo o pote. Deposite moedas ao centro sempre que desejar.

Quando o pote estiver quase cheio, junte as moedas e gaste com alimentação. Dessa forma, a
prosperidade e a fartura nunca lhe faltarão.

Tudo o que é ofertado aos deuses hindus deve ser consumido. O que não pode ser ingerido,
como restos de velas, incensos, óleos e flores, devem ser depositados em um saco plástico
separado de todo o lixo, para depois ser introduzido junto a este. Não se mistura o que é
sagrado com o lixo e nem se deteriora a natureza jogando em rios ou praças.

Mantras

Os mantras simbolizam um sistema de prática de vocalizações de sons carregados de poder.


Sua prática serve como um instrumento para intensificar e elevar a consciência, a
concentração, a vitalidade e a meditação.

A palavra MANTRA é de origem Sânscrita e significa “o controle ou trava da mente” (MAN–


mente, TRA – trava), cuja principal função é cessar nossas atividades mentais, para que seja
possível acionarmos outros níveis de consciência e percepção, levando-nos a um estado de
introspecção e silenciamento da mente, capaz de nos colocar em conexão com o nosso “eu
interior”. Sua prática nos encaminha para um elevado grau de autoconhecimento e
desenvolvimento de nossos poderes intuitivos, aguçando nossa sensibilidade, receptividade e
nos levando a adotar uma postura menos racional e mais sensorial.

Sua criação está descrita nos VEDAS, uma espécie de compilação de quatro textos ou livros,
escritos em sânscrito por volta de 1500 a.C. e que formam a base da literatura e das escrituras
sagradas do hinduísmo. Cada livro aponta o mantra como o núcleo transformador e essencial
para a evolução do físico e da espiritualidade. São divididos em:
Rigveda: Hinos entoados como mantras.

Yajurveda: As práticas do mantra na liturgia, nos rituais e na superação através dos sacrifícios.

Samaveda: Os mantras entoados como cantos devocionais.

Atarvaveda: Os encantamentos, as fórmulas mágicas e os rituais praticados pelos sacerdotes,


através dos mantras.

Embora suas mais antigas referências sejam indianas, várias culturas também se beneficiaram,
ao longo da história, da prática de cantos devocionais e mantras. Podemos também destacar
os judeus, mulçumanos, católicos e beneditinos, como praticantes da sabedoria e da prática da
vocalização como forma de se elevar o espírito e colocar o homem em um contato mais
próximo de sua divindade.

Devemos também ter em mente que todas as palavras representam uma espécie de mantra,
pois seus efeitos são dotados de extraordinária força e poder. As palavras sãocapazes de criar
tanto uma atmosfera positiva quanto negativa, inclusive influenciando o que está a nossa volta
e os ambientes. Percebendo a intensidade das emoções, somos capazes também de
percebermos seus efeitos em nossa trajetória pela vida, determinando também a lei de
atração, de ação e reação (Karma) existente no universo. Dessa forma, a prática de mantras
pode ser compreendida como a manifestação de uma determinada vibração física na forma de
um som, gerando e produzindo vários efeitos energéticos em nosso corpo físico e nos demais
corpos sutis.

Essas manifestações também são provenientes dos chakras, centros energéticos vibracionais e
podem revitalizá-los, criando o bem estar e a vitalidade não só no corpo físico, como também
alimentando nossa consciência energética e espiritual. Através de sua prática podemos
trabalhar com a energia de Kundaline e também na manifestação do Prana, energia vital. Aos
entoarmos os mantras com a visualização de um órgão interno, podemos direcionar a energia
vibracional canalizada em seu próprio benefício.

A Kundalini é uma força primordial a existência, semelhante à energia potencial encontrada na


água. Quando liberada, ela cria uma ligação vertical entre os chakras, abrindo os canais sutis,
mais especificamente, o canal que alinha os chakras centrais do corpo. Se colocarmos a água
através de uma pequena mangueira de alta pressão, a ponta da mangueira vai ondular como
uma serpente. Da mesma forma, a intensa energia de Kundalini ondula no corpo à medida que
sobe através dos chakras, materializando pensamentos, intenções e objetivos em alta
velocidade e com maior potência.

Os mantras devem ser sempre repetidos dentro de uma seqüência rítmica. A obtenção de seus
benefícios máximos, vem através da plena concentração nos sons vocalizados, na participação,
na devoção do ato e na prática com sentimentos. Geralmente são praticados em combinação
com os pranayamas (práticas de respiração) e Yantras (símbolos e imagens sagradas
representadas por divindades).
O ideal é que a prática do mantra seja executada juntamente com sua intenção, pois dessa
forma, criamos um aumento dos benefícios físicos e espirituais, fortalecendo e direcionando
seus efeitos energéticos.

Ao praticar um mantra, devemos ter em mente o seu propósito, atentar a nossa postura e a
respiração correta, além de nos entregarmos completamente, através de nossos sentimentos,
ao ato de vocalizar os sons, presenciando completamente o momento presente.

Acredita-se que os mantras vocalizados como canções possam movimentar as energias,


criando uma atmosfera de paz e quietude para a preparação de uma consciência elevada à
alegria e a satisfação. Já os mantras entoados somente pela vocalização do som, possuem um
maior poder ritualístico e energético. É importante também entender que, quanto mais curto
o mantra, mais poder ele emana.

Suas bases produzem finalidades que visam nos colocar diretamente em contato com nosso
poder divino e energético:

Poder de remover a ignorância, Poder de revelar as verdades e a realidade (Dharma), Poder de


purificação interna, Poder de efetuar a liberação dos Karmas criados (Moksa), Poder de
revitalizar os sistemas energéticos, trazendo o desbloqueio e a elevação de nossos centros
energéticos (Chakras).

Ganesha Mantra: Om Gan Ganapataye Namaha

“Saudações ao grande removedor de obstáculos”

Esse é o principal mantra devocional à Ganesha. Traz a abertura e a invocação à sua energia
através dos pedidos de remoção dos obstáculos e da obtenção de sabedoria para alcançarmos
a prosperidade em todos os nossos atos.

Shiva Mantra: “Om Namah Shivaya”

“Eu me curvo reverentemente ao Senhor Shiva”

Traz concentração, nos protege e aumenta os poderes de remoção dos obstáculos.

Lakshmi Mantra: OM Shrim Maha Lakshiyei Swaha

“Saudações a Lakshime, senhora da fortuna e da abundância”

Mantra para a circulação da riqueza através da sabedoria e do conhecimento. Muito usado em


comércios e empresas, pois Lakshmi traz o fluxo das vendas e dos clientes.

Narasimha Mantra: Narasimha Ta Va Da So Hum

“Direciono minha energia a Narasimha para que me direcione e sintonize minha mente com o
poder divino”
Mantra para dissipar as forças e as energias negativas, criando a máxima proteção e defesa
nos ambientes.

Puja

Puja é o ato de mostrar a reverencia a um deus, a um espírito, ou a um outro aspecto das


invocações, das orações, das canções, e dos rituais divinos. Uma parte essencial do puja para o
devoto Hindu é estar fazendo uma conexão espiritual com o divino. Esse contato é facilitado
mais frequentemente através de um objeto: um elemento da natureza, de uma escultura, de
uma embarcação, de uma pintura, ou de uma cópia.

Durante o puja uma imagem ou o outro símbolo dá acesso ao deus como meios de acender-se
ao divino. Este ícone não é a própria deidade; pelo contrário, acredita-se ser preenchido com a
energia cósmica da deidade. É um ponto focal para honrar e comunicar-se com o deus. Para o
devoto Hindu, o mérito artístico do ícone é importante, mas é secundário a seu índice
espiritual. Os objetos são criados como os receptáculos para a energia espiritual que permitem
que o devoto experimente uma comunicação direta com seus deuses.

A conduta dos pujas Hindus em santuários é realizada geralmente em três ambientes


diferentes: nos templos, nas casas, e em espaços públicos ao ar livre. É inigualmente comum
para algumas das deidades serem adoradas em qualquer um dos três tipos de santuário.

Os Hindus acreditam que se não existir um cuidado apropriado junto às imagens de um


templo, a deidade abandonará este templo. Com isso, os sacerdotes realizam o cuidado do
templo e atendem as necessidades dos deuses. Os sacerdotes executam o puja no nascer do
Sol, no meio-dia, no por do sol, e na meia-noite. Para um seguidor, entretanto, visitar um
templo diariamente não é uma obrigação e muitos Hindus devotos adoram as divindades em
seu próprio lar. O aspecto essencial do puja não é uma adoração conjunta, mas aquilo que
cada individuo oferece a deidade. A adoração no lar ocorre geralmente diariamente.

Adoração para o Altar da Casa

Os membros da família escolhem os objetos específicos a sua devoção para colocar no altar.
Muitos objetos são entregues em baixo através das gerações, quando outros podem ser
comprados durante uma peregrinação ou comissão em resposta a uma necessidade especial.

Como parte do puja diário, a presença das deidades é honrada lavando cada escultura com
água e outras substâncias sagradas, vestindo-a e a adornando com as flores e pasta vermelha,
uma tintura especial. Durante a adoração, cada devoto dá aos deuses mais oferendas de flores
e frutas.

Sequência para o ritual:

Prabodha, ou o despertar da deidade;

Snana, a cerimônia de banho da deidade,

Avahana, convocação da deidade;


Arcaka, ou as boas vindas;

Pradaskhina, os movimentos divinos (dança ou reverências);

Naivedya, oferenda de alimento;

Aarti, a lâmpada de adoração;

Prarthana, a prece;

Visarjana, a despedida.

Elementos para um Puja

Puja é uma oferta com a mente concentrada e os sentidos energizados para honrar a Deus. O
Puja inclui a recepção e um convite para Deus como sendo nosso convidado de honra em
nossa casa. Para realizar a adoração, vários vasos tradicionais são utilizados nas casas e
templos Hindus. Eles são feitos de metais preciosos, cobre ou latão. Seus formatos, apesar de
ser o mesmo ao redor de toda a Índia, variam de forma marginal, de região para região. Os
itens utilizados para a adoração são:

Samai – É uma lamparina de óleo amplamente adornada com flores numa tigela; as lamparinas
possuem vários canais onde são colocados os pavios feitos de algodão, e que são embebidos
em ghi, manteiga clarificada. Há um suporte para sustentar a lamparina com a finalidade de
evitar que pingue. Os tipos de samai diferem de região para região.

Dip-lakshmi, ou a lâmpada da deusa está associada com a prosperidade.

Aarti - É arranjado numa bandeja de metal circular, com cinco lâmpadas de ghi, chamadas de
nirañjanas, dispostas ao redor e untadas com ghi ou óleo. Quando acesas estas lâmpadas são
usadas em movimentos circulares, da esquerda para a direita, diante da deidade enquanto são
realizados sons ou cantos devocionais. Aarti é um ato de veneração e amor. Eles são feitos
para as crianças nos dias dos seus aniversários, para um casal recém casado, ou como sinal de
boas vindas para os convidados, e para os membros da família em ocasiões especiais.

Achamani – É uma pequena colher utilizada para banhar os ícones. Há uma pequena tigela
ligada ao seu cabo, usualmente no formato de um capelo de serpentes.

Panchapatri – É como um pequeno tambor no qual é colocado água ou leite e é usado como
achamani. Ele é decorado com vários motivos, em cobre ou prata. Tanto o panchapatri como o
achamani podem ser feitos de prata.

Ghanta – É uma sineta feita de metal, cobre ou prata, e é usada durante os rituais, ou
enquanto é cantado os aartis (adoração à deidade). Os sinos são considerados sagrados na
cultura indiana. Eles são de vários desenhos e estilos, e de diferentes metais, incluindo os de
cinco metais, chamados de pañchaloha. Encontram-se muitos sinos na Índia, nos templos e
igrejas antigos, e eles tocam pela manhã e ao anoitecer, para celebrar um elo entre o homem
e a divindade.
Sinos e sinetas de vários tamanhos e formatos são usados na adoração. O toque das sinetas
num templo ou igreja é para chamar as pessoas para a oração e rendição à divindade.

Kalash – É um pote cheio com um côco e adornado com folhas de manga, sendo uma
representação popular Deus.

Tamhan – É um prato de metal para receber a água que é utilizada durante os rituais, como
parte dos ritos de adoração.

Shankh – É uma grande concha que é adorada como um símbolo de Vishnu. Ela é assoprada
em rituais para acalmar Deus. Seu som simboliza o divino poder de destruir o mal.

Prashada – Comida preparada e oferecida para Deus. Ela é chamada de Pacca Khana e não
pode conter cebolas ou alho. Na grande maioria dos templos Hindus e nas casas a alimentação
e estritamente vegetariana. Flores e incenso são amplamente utilizados para enfeitar os
rituais. Enfeites de adoração são usados para criar uma atmosfera de beleza e serenidade.

Pancamrita – (cinco néctares) é usado nos rituais de banho das deidades, sendo feito de uma
mistura em partes iguais de água, leite, iogurte, açúcar, mel e ghi. Frutas frescas e secas, ou
alimentos cozidos, são oferecidos para Deus, sendo conhecidos com o nome de Naivedya e
quando são distribuídos aos devotos são chamados de Prashada (restos do Senhor). A água
sagrada é distribuída como puja, é chamada de tirth.

Phull – Cada deidade tem a sua flor favorita. Nos rituais, as flores são escolhidas pelos suas
cores, flagrância e beleza. As folhas de várias árvores e plantas, as quais são consideradas
sagradas, são utilizadas. Guirlandas são feitas em inumeráveis desenhos e feitios, decorando
as portas das casas ou dos templos nos dias de festival.

Dhup – Essências aromáticas, varetinhas de incenso ou agarbattis, cânfora, pasta de sândalo e


açafrão são extensivamente usados na adoração, e são oferecidos, também, para criar uma
atmosfera agradável.

Outros materiais de puja – pós coloridos como o kumkum (cúrcuma vermelho forte), haldi
(turmeric), sindur (ocre), abir e gulal são utilizados para untar as deidades. Arroz sagrado ou
akshata, é feito pela mistura de arroz, kumkum e um pouco de água. Cocos, folhas de betel e
nozes são oferecidas, tanto para Deus como para honrar convidados em festivais de adoração.
Rañgoli é predeterminadamente desenhado num padrão de cores e desenhos para pujas
específicos, e sua arte segue princípios matemáticos complexos.

Dharapatra – É um pote pendurado, e do qual a água pinga continuamente por sobre um ícone
de vários deuses, ou por sobre um Shivalinga, que é representação fálica de Deus, e que
reverencia, principalmente, o Senhor Shiva. Este pote possui uma forma cônica, com uma
ponta e uma pequena saliência, ou então, é um corno de vaca adaptado para esta finalidade.

Rituais para Ganesha


Magia para remoção de obstáculos com Ganesha

Ganesha é o grande senhor da remoção de obstáculos e da prosperidade e busca atender aos


seus pedidos sempre que forem direcionados para uma boa causa. Três dias antes da chegada
da lua cheia, adquira uma imagem ou estátua de Ganesha na posição de dançarino. Coloque-se
na frente da imagem e acenda uma vela vermelha em oferecimento ao deus elefante, já que a
cor vermelha é sua cor predileta. Se desejar, em um prato ou vasilha, ofereça a ele um pouco
de leite, mel ou nove bananas. Com um sino metálico em sua mão esquerda e um incenso de
coco em sua mão direita, comece a descrever todos os seus problemas para o grande deus, de
forma que você se prontifique a entender a causa destes. Sempre que revelar um problema ou
uma causa que lhe aborreça, toque o sino três vezes seguido e passe o incenso pela imagem, a
partir da cabeça do deus até seus pés. Peça para que Ganesha lhe traga sabedoria para
enfrentas as dificuldades e peça para lhe remover todo o mal e todos os obstáculos de seu
caminho. Ao encerrar, repita seu mantra por nove vezes: “Om Gam Ganapataye Namaha!”
(Pronunciasse: Om gan ganapataiei namarrá).

Agradeça ao deus com todo o amor em seu coração. Deixe a vela e o incenso queimarem até o
final. No dia seguinte você poderá consumir todas as frutas, o mel ou o leite, porém deve
lembra-se de agradecer pela remoção dos obstáculos antes de ingeri-los. Acenda um incenso
de coco durante nove dias e ofereça ao grande removedor de obstáculos para reforçar e
fortalecer seus pedidos.

Magia para encontrar a prosperidade financeira através de Ganesha

Em uma quinta feira de lua crescente prepare uma grande oferenda ao deus Ganesha como
símbolo da riqueza e prosperidade que pretende almejar. Em frente à imagem de Ganesha em
sua forma dançarino, acenda algumas velas em número ímpar em um incenso de flor de
pitangueira. As melhores cores para as velas são vermelho, amarelo e dourado. Em um prato
também dourado, acrescente nove moedas, mel, cocô ralado ou em pedaços, maça verde e
bananas picadas, cravo e canela em pau. Ao final decore o arranjo com sete girassóis dispostos
em círculo. Comece a conversar com o deus falando sobre todas as suas dificuldades. Com um
sino metálico em sua mão esquerda, comece a pedir tudo o que desejar, porém toque o sino a
cada novo pedido. Encerre agradecendo a tudo aquilo que deseja adquirir e conquistar. Deixe
as velas e o incenso queimarem por completo. Mantenha o prato ofertado por três dias na
frente da imagem. Ao final do terceiro dia, agradeça novamente. Limpe removendo tudo o que
está no prato dourado e deposite em um saco plástico separado para depois jogar em seu lixo.

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