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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO

Pós-graduação em Aconselhamento

O acolhimento como ação integrante do Aconselhamento Cristão

Trabalho apresentado como requisito parcial para a conclusão


do curso de Pós-graduação em Aconselhamento
Orientadora Profa. Dra. Patrícia Pazinato

Autor: Reinaldo José Cipriano Vaz

São Paulo, setembro/2020.


INTRODUÇÃO

O presente artigo visa clarear e aprofundar a definição de acolhimento,


especialmente no âmbito do aconselhamento com fundamento bíblico e orientação
cristã, apresentando-o como ação integrante, bem como importante diretriz para o
aconselhamento cristão.

A pesquisa bibliográfica foi utilizada como procedimento metodológico para


discutir as aplicações do conceito de acolhimento, a partir da perspectiva de
diferentes autores.
Buscou-se a possibilidade de integrar alguns conceitos da Psicologia ao
Aconselhamento, pois a área de conhecimento da Psicologia dispõe de importantes
estudos e ferramentas que podem subsidiar as práticas de Aconselhamento Cristão,
desde que observadas as delimitações de suas respectivas áreas de atuação.

Desta forma, entende-se que a Psicologia pode tornar o Aconselhamento


Cristão mais consistente e abrangente, procurando atender duas necessidades
fundamentais: a de autocompreensão e a sede pelo desenvolvimento da
espiritualidade.

A motivação para abordar essa temática decorre da compreensão de que a


igreja pode e deve atuar como promotora do bem estar e da qualidade de vida,
através do aconselhamento cristão, propiciando um ambiente em que as pessoas
possam sentir-se acolhidas, ouvidas, apoiadas e compreendidas.
Vive-se em meio a uma crise sanitária exponencial, provocada pela
pandemia, com importantes repercussões em todos os setores da sociedade, tendo
grande potencial de trazer impactos a médio e longo prazo, tendo desde já fortes
repercussões na saúde mental da população, sobretudo daqueles que se encontram
em situação de maior vulnerabilidade social, cujas causas, muitas vezes, envolvem
aspectos psicossociais, ambientais, espirituais, biomédicos e genéticos. (JUNIA,
2016).
Todavia, em meio à crise também se abrem possibilidades de estabelecerem-
se estratégias para superá-la e é exatamente nessa perspectiva que se direciona a
discussão ora proposta, o da Igreja como espaço em que podemos nos somar e
fortalecer, espaço de desenvolvimento pessoal, de saúde, de criatividade, espaço de
liberdade que precisamos defender e ampliar, assegurando essas possibilidades,
especialmente àqueles que frequentemente chegam afetados pelas difíceis
circunstâncias e condições de vida.

PALAVRAS-CHAVE:
Acolhimento. Aconselhamento Cristão. Interação. Empatia. Escuta. Compreensão.
O ACOLHIMENTO COMO AÇÃO INTEGRANTE DO ACONSELHAMENTO
CRISTÃO

O existir humano se dá em meio às relações e é através delas que se


reconhece a si mesmo e se abre ao outro. Todavia, como aponta Crabb (2000, p.
146), as pessoas precisam de contatos humanos significativos em suas relações
cotidianas, regulares e essenciais, onde as pessoas sintam-se acolhidas, ouvidas,
apoiadas, compreendidas e não julgadas.

Na contemporaneidade, segundo Vaz

Há uma notória mudança nos hábitos sociais, nas concepções de mundo,


no “timing” das coisas, a sua velocidade, nos tipos das relações humanas
(em maior quantidade, em detrimento de sua qualidade), na quantidade e na
velocidade das informações e tantas outras mudanças. Isto resultou no
aparecimento de novas demandas no atendimento psicológico ou no
aconselhamento espiritual: aumento nos casos de solidão e isolamento,
crises de abstinência tecnológica, incapacidade de vivenciar relações reais
(não virtuais), crises de baixa autoestima, por não conseguir projetar-se nas
redes sociais, permitindo que seu valor pessoal seja proporcional aos “likes”
recebidos. (VAZ, 2018, p. 11).

Em meio ao século XXI, época permeada por complexos desafios, se impõem


continuados e amplos ajustes necessários ao convívio social, aos diversos tipos de
crises existenciais e aos seus desdobramentos em diferentes áreas como
sóciocultural, sóciopolítica, econômico-financeira, sociosanitária, entre outras.
Neste contexto, o tema saúde mental situa-se entre os mais urgentes, uma
vez que estamos cada vez mais expostos. Há complexidade em estabelecer limites
para definir saúde mental, considerando-se o seu amplo escopo e por basear-se em
diferentes áreas do conhecimento. Constantemente permeada de novas nuances,
tornando-se uma temática sempre atual, é imprescindível que profissionais de
diferentes serviços promovam discussões, na perspectiva mais ampliada de saúde,
juntamente com a comunidade que atendem.
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002, p. 30) cita os fatores que
põem em risco a saúde mental: “rápidas mudanças sociais, condições de trabalho
estressantes, discriminação de gênero, exclusão social, estilo de vida não saudável,
violência e violação dos direitos humanos”.
Diante deste quadro, a nossa singularidade e a compreensão do nosso lugar
no mundo, dos nossos sentimentos e comportamentos requerem, cada vez mais,
estudos, debates e intervenções qualificadas.

É possivel pensar que a Igreja, por sua posição privilegiada de credibilidade e


influência, pode e deve colocar-se como um canal de bem-estar e qualidade de vida,
através do Aconselhamento Cristão, para efetivamente acolher pessoas que se
encontrem em situações de dor, sofrimento, angústia ou dificuldade, por vezes não
conseguindo sozinhas amenizá-las ou resolvê-las.

O Aconselhamento pode ser definido como “uma atividade com o objetivo de


ajudar aos outros em todo e qualquer aspecto da vida, dentro de um relacionamento
de cuidado” (HURDING, 2015, p.36). Este relacionamento geralmente produz um
alívio dos problemas, quando trazidos diante de uma pessoa compreensiva,
propiciando a expressão de sentimentos e a discussão de questões particulares,
sem o risco de julgamentos. “Estimular, exortar e esclarecer são funções
importantíssimas no aconselhamento, mesmo fora do ambiente cristão” (idem, p.
37).

Como importante orientação para o Aconselhamento Cristão coloca-se o


acolhimento, que é uma das diretrizes de maior relevância da Política Nacional de
Humanização do Sistema Único de Sáude (SUS, PNH, 2003), em que acolher é
oferecer atenção, receber as pessoas que procuram o serviço, no exato momento de
sua urgência, com disponibilidade para escutar, numa ação de aproximação com o
outro, de “estar com”, “estar perto de”, com a finalidade de promover condições para
que seu sofrimento possa ser expresso.

Pereira (2009, p. 38 apud FELDMAN in MIRANDA, 2001) salienta que “a


acolhida cordial e sincera, seguida de uma atitude de escuta atenta e interessada no
que a pessoa diz e como diz, cria uma atmosfera favorável à comunicação”. Postura
que não se restringe ao início do encontro entre conselheiro e aconselhando, mas
que acompanha todo o diálogo, numa abertura à expressão dos sentimentos e dos
pensamentos do aconselhando, dando sequência através do encaminhamento
adequado ou do prosseguimento do atendimento.
Um ambiente de escuta pressupõe que existam segurança e confiabilidade,
permitindo que as pessoas se sintam à vontade para expor os seus dramas
pessoais.

Acolher, diferentemente de triar, é receber bem, com atenção, tempo e


disponiblidade para escutar e valorizar as particularidades de cada caso.
Significa promover condições para quem sofre expressar o seu mal estar,
pressupõe necessidade de retornos e de avaliação do contexto familiar e
social da pessoa para a definição de um projeto terapêutico. (OLIVEIRA,
2000, p.7-14).

Ao receber as pessoas, espera-se uma diversidade de demandas que podem,


eventualmente, extrapolar os recursos disponíveis, quais sejam profissionais ou
financeiros, por exemplo. Na prática, significa que deve-se estar organizado para
dispor dos recursos e soluções mais adequadas a cada situação. Gomes reitera, ao
dizer que

a prática de acolhimento não pressupõe que os serviços devam dispor de


todos os recursos necessários para cada caso, mas devem desenvolver a
possibilidade de agenciar recursos e soluções mais adequados às
situações... (assim) propicia um efeito em cadeia. (GOMES, 2009, p.49)

Recomenda-se que atender e acolher sejam acompanhados por uma rede de


apoio, incluindo profissionais de outras áreas do conhecimento, contatos de setores
e áreas estratégicas, otimizando os recursos disponíveis e aumentando as
possibilidades de prestar um atendimento qualificado, mesmo quando as demandas
não puderem ser atendidas no mesmo local onde foram recebidas. Um
encaminhamento correto resulta de uma qualificada abordagem inicial, evitando a
ocorrência de equívocos na compreensão da demanda apresentada e, portanto, no
desenvolvimento do aconselhamento.

O acolhimento é uma forma de receber, compreender e de se relacionar com


as pessoas. É acolher as suas demandas, reconhecendo-as como singulares,
ouvindo, problematizando e legitimando as necessidades apresentadas por elas.

O acolhimento recebe diversas definições, sentidos e significados. O ato de


acolher aplicado a uma situação concreta revela as perspectivas e as
intencionalidades de quem o executa. Para que o aconselhando se sinta
efetivamente acolhido em suas demandas, é imprescindível que seja tratado com
dignidade, seja valorizado e conte com o estabelecimento de uma relação de
confiança com o conselheiro.

Para Clinebell,

A qualidade aceitadora que possui uma relação de aconselhamento


proporciona um meio ambiente seguro em que sentimentos opressivos, que
a maioria das pessoas esconde, podem ser revelados e examinados. Está é
uma forma contemporânea do confessionário. Num relacionamento de
confiança, os aconselhandos podem encarar sentimentos poderosos – tais
como culpa intensa, raiva, pânico, baixa autoestima e impulsos sexuais – e,
lidando com eles, romper seu efeito sufocante sobre suas vidas (a figura do
conselheiro) comunica compreensão e aceitação (1998, p.81).

Em Crabb (2000), há uma ampliação do conceito de aceitação e acolhimento,


ao unir os postulados da Psicologia a uma postura de espiritualidade sensível,
evoluindo para uma vivência mais integral, dedicando seu tempo, atenção, energia e
disponibilidade para caminhar junto a alguém, oferecendo a própria presença. Em
sua percepção, a presença, o dispor-se ao outro, reflete o acolhimento em sua forma
mais nobre: “As comunidades saudáveis também abarcam a orientação espiritual, a
arte de penetrar os recessos mais profundos da alma com sensibilidade à obra do
Espírito, a arte de oferecer a própria presença ao irmão” (2000, p. 282).

Algumas formas mais arriscadas e válidas são contempladas, por exemplo,


por Tournier, ao descrever o cerne de seus relacionamentos de ajuda e orientação:

O que me distingue mais claramente dos especialistas em psicoterapia de


todas as várias e diversas escolas, creio eu, é esse meu envolvimento no
diálogo com o paciente, minha prontidão em conversar com ele sobre meus
próprios problemas... Esse relacionamento pessoal verdadeiro (...) implica
tanto escolha quanto risco; está aberto para uma réplica e, por sua vez,
para a necessidade de uma tréplica: é um diálogo (TOURNIER apud
HURDING, in Árvore da Cura, 2015, p. 375).

Vale lembrar que um encontro assim, franco, aberto e transparente traz


muitos riscos, mas em muitos casos também a cura, pelo simples fato de propiciar o
encontro de dois seres reais, que se reconhecem essencialmente semelhantes e
impotentes, compartilhando experiências e percepções, em busca do
desenvolvimento pessoal.
A esta altura salienta-se que não há técnica correta ou única. Cada
conselheiro deve atualizar e aplicar o que aprendeu às necesidades daquele que
está diante de si, respeitando as suas peculiaridades e sendo sensível ao que está
sendo trazido como demanda e necessidades reais.

Em sua descrição do relacionamento entre conselheiro e aconselhando, outro


importante autor, Collins, concorda com esta postura de calor humano, sinceridade e
empatia.

O conselheiro sincero é autêntico – aberto, honesto, alguém que não


recorre à falsidade, nem se coloca em posição superior. Ser sincero
significa ser espontâneo, mas não impulsivo; ser franco, mas não insensível.
O conselheiro autêntico demonstra o que é realmente, sem a hipocrisia de
pensar uma coisa e dizer outra... O calor humano, a sinceridade e a empatia
encontram-se entre os atributos mais citados nas definições de um bom
conselheiro (COLLINS, 2004. p. 47).

Percebe-se uma postura de respeito, igualdade, não preconceituosa e


flexível, susceptível à aprendizagem, tendo abertura a outro ser humano, o diferente-
igual, o nosso semelhante que anseia por acolhimento, ajuda e compreensão.

Hurding (2015, p. 43), por sua vez, faz um contraponto entre uma postura
acolhedora e acrítica: “[...] uma atitude não julgadora não exige que sejamos
acríticos. Acredito que esse atributo, particularmente de uma perspectiva bíblica (ver
Mt. 5:43ss; 7:1-5; Lc. 18:9ss), envolve evitar tirar conclusões sobre outras pessoas,
desconsiderando-as”.

Muitos aspectos estão incluídos na essência do acolhimento, que são


imprescindíveis ao conselheiro, no atendimento, como: o reconhecimento da
liberdade e da autonomia do aconselhando em fazer suas escolhas; respeito pela
sua singularidade, pelo seu modo particular de ser e agir, mesmo discordando;
reconhecimento do aconselhando enquanto sujeito de direitos que deve ser tratado
com dignidade. Conforme Benjamin:

Basicamente, para mim aceitação significa tratar o entrevistado como um


igual, e considerar seus pensamentos e sentimentos com sincero respeito.
Isso não quer dizer concordância; nem pensar ou sentir como ele; não
significa valorizar o que ele valoriza. Pelo contrário, trata-se da atitude
segundo a qual o entrevistado tem tando direito quanto eu a idéias,
sentimentos e valores próprios; é querer fazer o máximo possível para
entender o espaço vital do entrevistado em termos de suas ideias,
sentimentos e valores, e não conforme as minhas (2002, p. 66).

Desta forma, salienta-se que consideração, aceitação, compreensão e


empatia são características desejadas em qualquer relação humana.

Um ambiente de aceitação, cooperação, ajuda, empatia, receptividade e


acolhimento são percebidos por aqueles a que se propõe ajudar. Para Benjamim:

Esta atmosfera intangível talvez seja particularmente determinada pelo


interesse que sentimos e mostramos pelo que o entrevistado está dizendo,
e pela compreensão dele, de seus sentimentos e atitudes. Comunicamos
todas essas coisas, ou sua ausência, de muitas formas sutis, das quais o
entrevistado pode ter mais consciência que nós mesmos. Nossa expressão
facial revela muito. Movimentos e gestos completam o quadro, apoiando,
negando, confirmando, rejeitando ou embaraçando. O tom de nossa voz é
ouvido pelo entrevistado, e o faz decidir se existe confirmação de nossas
palavras, ou se essas não passam de uma máscara que o tom de voz
revela sussurando: “logro, fingimento, cuidado!” Para melhor ou para pior,
estamos expostos ao entrevistado, e quase tudo o que fazemos ou
deixamos de fazer é anotado e pesado (idem, p. 24).

Neste sentido, observa-se que, para além da oratória, técnicas e demais


conhecimentos que habilitam o conselheiro para o exercício do aconselhamento, o
aconselhando é quem poderá dizer sobre a efetividade do atendimento realizado,
voltando o seu olhar atento, também, ao conselheiro, analisando-o e avaliando a sua
autenticidade, abertura e disponibilidade para acolhê-lo.

Assim, é responsabilidade do conselheiro envidar esforços para habilitar-se


da melhor forma, sabendo que na interação, aconselhando e conselheiro estarão
expostos à percepção um do outro, como salienta Bowlby “pois uma coisa é o
terapeuta fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ser uma figura confiável, útil
e constante, e uma outra é o paciente interpretá-lo como tal e confiar nele”
(BOWLBY, 2001, p. 192).

Tem-se reafirmada em Rogers (2009) a importância do conselheiro colocar-se


ao lado, como igual, reafirmando a competência do aconselhando, demonstrando
disposição de caminhar junto, transmitindo segurança e apoio, oferecendo uma
escuta sensível e empática.
Se o sujeito da clínica é autônomo, consciente e dotado de potencialidades
suficientes para se desenvolver, o papel ocupado pelo terapeuta deixa de
ser o de “guia” ou de detentor de um suposto saber alheio ao cliente. Dá-se
um natural emparelhamento de posições: ambos, terapeuta e cliente, são
“pessoas” e sobre esta perspectiva se apoia toda a simplicidade do método
Rogeriano (HOLANDA, 2009, p. 4).

Os autores mencionados, ao longo do artigo, trazem aspectos fundamentais e


alinham-se quanto ao significado do acolhimento, sobretudo, no sentido de colocar-
se igualitariamente junto ao acolhido, promovendo um ambiente propício para uma
escuta atenta, cordial, sincera e respeitosa, na busca de responder adequadamente
a demanda apresentada, evitando equívocos, julgamentos e distorções.

Esta proposta de acolhimento é totalmente compatível com a visão cristã,


explanada nas palavras de Jesus, no livro de João 6:37 “Todo aquele que o Pai me
der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei”, e reiterada em Lucas 9:11
“mas as multidões ficaram sabendo, e o seguiram. Ele as acolheu e falava-lhes
acerca do Reino de Deus e curava os que precisavam de cura” (Bíblia Sagrada,
Versão NVI). 
CONCLUSÃO
Ao longo da presente pesquisa observa-se que há uma convergência nas
concepções apresentadas pelos autores, sobre a necessidade do acolhimento em
qualquer atendimento e contato humano, colocando-se como essencial às relações
humanas.
O estudo do objeto deste artigo, ou seja, o acolhimento, no âmbito do
aconselhamento cristão, possibilitou observar que, de forma geral, todas as relações
humanas permeadas por acolhimento, deixam marcas positivas naqueles que as
vivenciam.
Relação, interação, conexão e empatia são aspectos importantes que
definem a natureza dos contatos humanos com grande potencial de serem
curadores das emoções e promotores do amadurecimento psíquico.
O acolhimento é um conceito composto por dignidade, compreensão,
respeito, igualdade, empatia e disponibilidade e, quando conta com a articulação
desses componentes pode produzir efeitos bastante positivos, como a construção
conjunta de alternativas à demanda que gerou o acolhimento.
Assim, o aconselhamento cristão, pode contar com importantes recursos da
psicologia como aporte para relações interpessoais mais eficientes, contribuindo
com o bem-estar, melhor qualidade de vida, juntamente com o desenvolvimento da
espiritualidade.
A crise que vivenciamos, em largo espectro, também traz à Igreja uma nova
dimensão: a de sua responsabilidade em cuidar dos seus membros, através da
oferta de Aconselhamento Cristão qualificado, contribuindo, assim, para um maior
número de pessoas saudáveis, protegidas e amparadas por uma forte comunidade
de fé, amor e de solidariedade.
Nesta perspectiva, o acolhimento coloca-se como fundamental ação
integrante do Aconselhamento Cristão ou pastoral, sendo também imprescindível em
todas as relações humanas.
REFERÊNCIAS

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