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QUÍMICA

1º Ano – Ensino Médio

Química

Capítulo I O que é Química?


Capítulo II O átomo
Capítulo III Tabela Periódica e Eletrosfera
Capítulo IV Medindo as Substâncias: quantidade de matéria, massa e volume

Obs.: A cada término de capítulo, resolver os exercícios referentes, ao caderno de


atividades.
QUÍMICA

CAPÍTULO I - O QUE É QUÍMICA?


Química é um ramo da ciência que se preocupa em responder às mais variadas questões, como por exemplo:
de que se compõem as substâncias? Qual a relação entre as suas propriedades e sua composição? Como as substâncias
combinam-se para a formação de outras? É importante saber a resposta a essas perguntas para que possamos entender
o mundo que nos rodeia.
 Matéria é tudo aquilo que ocupa lugar no estado e possui massa;
 Corpo é qualquer porção limitada da matéria
Exemplo: Tora de madeira
 Objeto é uma porção limitada de matéria que por sua forma especial, presta-se a determinado uso;
Fenômeno Físico – não altera a natureza da matéria, ou seja, sua composição.
Fenômeno Químico - altera a natureza da matéria, ou seja, sua composição.

Estados Físicos da Matéria


Na Terra, a matéria se encontra em três estados físicos:
Sólido: Partículas organizadas muito próximas. O único movimento é de vibração. A atração entre elas é
intensa.
Suas Características são:
 Volume fixo;
 Forma própria;
 Difícil de ser atravessado;
 Não se move espontaneamente.

Líquido: Partículas com menor organização, com forças de atração menos intensas, o que permite seu
movimento.
Suas Características são:
 Adquire a forma do recipiente que o contém;
 Pode ser atravessado com facilidade;
 Pode escorrer;
 Dificilmente sofre compressão.

Gasoso: Partículas com grande desorganização, praticamente sem forças de atração e com grande liberdade de
movimento.
Suas Características são:
 Tem a forma do recipiente;
 Ocupa todo o volume do recipiente;
 Sofre compressão e expansão facilmente;
 É atravessado com grande facilidade.

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Métodos de Separação de Misturas


Sistema homogêneo: apresenta um aspecto visual uniforme, ou seja, é constituído por uma única fase.
Sistema heterogêneo: apresenta um aspecto visual descontínuo (não-uniforme), ou seja, é constituído por
mais de uma fase.
Solução: são misturas de aspectos uniforme, formadas por duas ou mais substâncias.
Essas soluções, de composição variável, são sistemas homogêneos, formados por uma ou mais substâncias
dissolvidas (soluto) num líquido (solventes).
Fase: cada porção do sistema que apresenta aspecto homogêneo (uniforme).
A matéria pode ser constituída por:
 Um único tipo de substância = Substância pura;
 Mais de um tipo de substância = Mistura
Catação: consiste em separar manualmente os componentes da mistura.
Exemplo: Feijão + Pedra.
Atração Magnética: com o auxílio de um imã é possível separar o ferro de outros compostos.
Exemplo: Ferro + Areia.
Dissolução Fracionada: utiliza-se um líquido para separar no caso dois componentes da mistura entre sólidos.
Exemplo: Areia + Sal + Água.
Peneiração: consiste em separar sólidos pelo tamanho.
Exemplo. Areia + Pedra.
Decantação: É utilizada para separar substâncias presentes em misturas heterogêneas envolvendo sólidos e
líquidos imiscíveis que tem densidades diferentes.
Exemplo: Água Barrenta.
Filtração: É utilizado para separar substâncias presentes em misturas heterogêneas envolvendo sólidos e
líquidos.
Exemplo: Água + Areia.

Destilação Simples: Consiste em fazer a separação de sólidos dissolvidos em líquidos no estado homogêneo,
onde a mistura é aquecida e o vapor passar por tubo resfriados pela passagem de água corrente no tubo externo, se
condensam e são recolhidos no erlenmeyer. A parte sólida fica depositada no fundo do balão.
Exemplo. Água e sal
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Destilação Fracionada: Consiste em fazer a separação de líquidos miscíveis, cujas temperaturas de ebulição
(TE) não sejam muito próximas, pois o elemento de menor ponto de ebulição evapora mais rápido seguindo o mesmo
processo da destilação simples.
Exemplo. Água de Álcool

 Substâncias são formadas por elementos químicos.

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ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referente ao Capítulo I – O que é química?

CAPÍTULO II - O ÁTOMO
Átomo são partículas infinitamente pequenas, que não podem ser divididas.

Estrutura Atômica
Os primeiros modelos atômicos
Alguns filósofos da Grécia Antiga já admitiam que toda e qualquer matéria fôssemos formada por minúsculas
partículas indivisíveis, que foram denominadas átomos (a palavra átomo, em grego, significa indivisível).
No entanto, foi somente em 1803 que o cientista inglês John Dalton, com base em inúmeras experiências,
conseguiu provar cientificamente a ideia de átomo. Surgia então a teoria atômica clássica da matéria. Segundo essa
teoria, quando olhamos, por exemplo, para um grãozinho de ferro, devemos imaginá-lo como sendo formado por um
aglomerado de um número enorme de átomos. Os principais postulados da Teoria Atômica de Dalton são:
 A matéria é formada por partículas extremamente pequenas chamadas átomos;
 Os átomos são esferas maciças, indestrutíveis e intransformáveis;
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 Átomos que apresentam mesmas propriedades (tamanho, massa e forma) constituem um elemento
químico;
 Átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes;
 Os átomos podem se unir entre si formando "átomos compostos";
 Uma reação química nada mais é do que a união e separação de átomos.

Modelo atômico de Thomson


Em 1903, o cientista inglês Joseph J. Thomson, baseado em experiências realizadas com gases e que
mostraram que a matéria era formada por cargas elétricas positivas e negativas, modificou o modelo atômico de
Dalton. Segundo Thomson, o átomo seria uma esfera maciça e positiva com as cargas negativas
distribuídas, ao acaso, na esfera. A quantidade de cargas positivas e negativas seria igual e dessa
forma o átomo seria eletricamente neutro. O modelo proposto por Thomson ficou conhecido como
"pudim com passas".

Modelo atômico de Rutherford


Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford, utilizando os fenômenos radiativos no estudo da estrutura
atômica, descobriu que o átomo não seria uma esfera maciça, mas sim formada por uma região central, chamada
núcleo atômico, e uma região externa ao núcleo, chamada eletrosfera. No núcleo atômico estariam às partículas
positivas, os prótons, e na eletrosfera as partículas negativas, os elétrons.

Para chegar a essas conclusões Rutherford e seus colaboradores bombardearam lâminas de ouro com
partículas a (2 prótons e 2 nêutrons) utilizando a aparelhagem esquematizada acima.
Rutherford observou que a grande maioria das partículas atravessava normalmente a lâmina de ouro que
apresentava aproximadamente 10-5 cm de espessura. Outras partículas sofriam pequenos desvios e outras, em número
muito pequeno, batiam na lâmina e voltavam. O caminho seguido pelas partículas a podia ser detectado devido as
cintilações que elas provocavam no anteparo de sulfeto de zinco.
Comparando o número de partículas lançadas com o número de partículas a que sofriam desvios, Rutherford
calculou que o raio do átomo deveria ser 10.000 a 100.000 vezes maior do que o raio do núcleo, ou seja, o átomo seria
formado por espaços vazios. Por esses espaços vazios a grande maioria das partículas a atravessava a lâmina de ouro.
Os desvios sofridos pelas partículas eram devidos às repulsões elétricas entre o núcleo (positivo)
e as partículas também positivas, que a ele se dirigiam. O modelo de Rutherford (figura ao lado) ficou
conhecido como "modelo planetário".

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Partículas elementares
A experiência de Rutherford mostrou que no núcleo atômico além do próton deveria existir outra partícula.
Esta foi descoberta em 1932 pelo cientista inglês James Chadwick e recebeu o nome de nêutron.
Prótons, elétrons e nêutrons são as principais partículas presentes num átomo. Elas são chamadas partículas
elementares ou subatômicas e suas principais características são:

Partícula Massa Massa Carga elétrica Carga relativa


(grama) relativa (Coulomb)

Próton (p+) 1,7.10-24 1 +1,6.10-19 +1

Nêutron (n0) 1,7.10-24 1 0 0

Elétron (e-) 9,1.10-28 1/1840 -1,6.10-19 -1

Observe que as partículas presentes no núcleo atômico apresentam a mesma massa e que essa é praticamente
2.000 vezes maior do que a massa do elétron. A massa de um átomo está praticamente concentrada numa região
extremamente pequena do átomo: o núcleo atômico.
A quantidade atômica de prótons e elétrons presentes num átomo é a mesma, o que faz com que ele seja
eletricamente neutro.

Modelo atômico de Bohr


Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr, ao estudar espectros de emissão de certas substâncias, modificou o
modelo de Rutherford. No inicio do século XX era fato conhecido que a luz branca (luz solar, por exemplo) podia ser
decomposta em diversas cores. Isso é conseguindo fazendo com que a luz passe por um prisma. No caso da
decomposição da luz solar obtém-se um espectro chamado espectro contínuo. Este é formado por ondas
eletromagnéticas visíveis e invisíveis (radiação ultravioleta e infravermelha). Na parte visível desse espectro não
ocorre distinção entre as diferentes cores, mas uma gradual passagem de uma para outra. O arco-íris é um exemplo de
espectro contínuo onde a luz solar é decomposta pelas gotas de água presentes na atmosfera. Como a cada onda
eletromagnética está associada certa quantidade de energia, a decomposição da luz branca produz ondas
eletromagnéticas com toda e qualquer quantidade de energia.

No entanto, se a luz que atravessar o prisma for de uma substância como hidrogênio, sódio, neônio etc., será
obtido um espectro descontínuo. Este é caracterizado por apresentar linhas coloridas separadas. Em outras palavras,
somente alguns tipos de radiações luminosas são emitidas, isto é, somente radiações com valores determinados de
energia são emitidas.
Baseado nessas observações experimentais, Bohr elaborou um novo modelo atômico cujos postulados são:

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 Na eletrosfera os elétrons não se encontram em qualquer posição. Eles giram ao redor do núcleo em
órbitas fixas e com energia definida. As órbitas são chamadas camadas eletrônicas, representadas pelas letras K, L, M,
N, O, P e Q a partir do núcleo, ou níveis de energia representados pelos números 1, 2, 3, 4...;

 Os elétrons ao se movimentarem numa camada eletrônica não absorvem nem emitem energia;
 Os elétrons de um átomo tendem a ocupar as camadas eletrônicas mais próximas do núcleo, isto é, as
que apresentam menor quantidade de energia;
 Um átomo está no estado fundamental quando seus elétrons ocupam as camadas menos energéticas;
 Quando um átomo recebe energia (térmica ou elétrica), o elétron pode saltar para uma camada mais
externa (mais energética). Nessas condições o átomo se torna instável. Dizemos que o átomo se encontra num estado
excitado;

 Os elétrons de um átomo excitado tendem a voltar para as camadas de origem. Quando isso ocorre, ele
devolve, sob a forma de onda eletromagnética, a energia que foi recebida na forma de calor ou eletricidade.

Esses postulados permitem explicar a existência dos espectros de emissão descontínuos: como o elétron só
pode ocupar determinadas órbitas, as transições eletrônicas (ida e volta do elétron) ocorrem em número restrito, o que
produz somente alguns tipos de radiação eletromagnética e não todas como no espectro contínuo.
Modelo atômico de Bohr foi elaborado para o átomo de hidrogênio, mas aplica-se com boa aproximação a
todos os outros átomos.

Conceitos
Próton: partícula nuclear com carga positiva igual, em grandeza, à do elétron. Junto com o nêutron, está
presente em todos os núcleos atômicos (exceto o do hidrogênio, que não tem nêutron). A massa de um próton é de
1,6726 x 10-27 kg, ou seja, 1.836 vezes a do elétron. O número atômico de um elemento indica o número de prótons

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em seu núcleo e determina de que elemento se trata. O antipróton é sua antipartícula. É estável no vácuo e não se
desintegra espontaneamente.
Nêutron: uma das partículas fundamentais que compõem a matéria. Sua massa é de 1,675 x 10-27 kg,
aproximadamente 0,125% maior que a do próton. Não tem carga elétrica. É uma partícula constituinte de todos os
núcleos, exceto o do hidrogênio comum. Os nêutrons livres, que formam parte de um núcleo, são produzidos em
reações nucleares. Quando é expulso do núcleo, o nêutron é instável, e se desintegra para dar lugar a um próton, um
elétron e um neutrino. O uso de feixes de nêutrons é uma ferramenta importante em campos tão diversos quando a
paleontologia, a arqueologia e a história da arte.
Elétron: tipo de partícula elementar que, junto com os prótons e os nêutrons, forma os átomos e as moléculas.
Intervém em uma grande variedade de fenômenos. Os elétrons têm uma massa em repouso de 9,109 x 10 -31 kg e uma
carga elétrica negativa de 1,602x1019 Coulombs. Sua partícula de antimatéria correspondente é o pósitron.

Número atômico (Z)


É o número que indica a quantidade de prótons existentes no núcleo de um átomo.
Como os átomos são eletricamente neutros, o número de prótons (p) é igual ao número de elétrons (e). Desse
modo conhecendo o número atômico (Z), automaticamente saberemos o número de prótons e elétrons. Veja o exemplo
do quadro abaixo:
Elemento Símbolo Z P E
Hidrogênio H 1 1 1
Sódio Na 11 11 11
Cloro Cl 17 17 17

Número de massa (A)


É a soma do número de prótons (p) e do número de neutros(n) presentes no núcleo de um átomo.
A=p+n ou A=Z+n
O número de massa é, na verdade, o que determina a massa de um átomo, pois os elétrons são partículas com
massa desprezível, não tendo influência significativa na massa dos átomos.
Z = 20 p = 20 A=p+n
Elemento cálcio Ca 40 = 20 + n
A = 40 n=2

Íon: a espécie química que apresenta o número de prótons diferentes dos números de elétrons. Sendo
chamados de cátions os íons positivos e ânions negativos.

Íons positivos ou cátions


Os cátions formam-se quando um átomo perde um ou mais elétrons, resultando num sistema eletricamente
positivo, em que o número de prótons é maior que o número de elétrons. Vejamos o exemplo com o átomo de
magnésio (Mg), que apresenta Z = 12:
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A espécie química Mg2+ é denominada cátion bivalente ou íon bivalente positivo.

Íons negativos ou ânions


Os ânions formam-se quando um átomo ganha ou recebe um ou mais elétrons, resultando num sistema
eletricamente negativo, em que o número de prótons é menor que o número de elétrons. Vejamos o exemplo com o
átomo de flúor (F), que apresenta Z = 9:

A espécie química F- é denominada ânion monovalente ou íon monovalente negativo.

Semelhanças Atômicas
Isótopos: átomos que apresentam o mesmo número atômico (Z), mas apresentam diferentes números de massa
(A).
O Hidrogênio possui três isótopos estáveis: o prótio, com um próton e nenhum nêutron – corresponde a
99,98% de todos os átomos de hidrogênio; o deutério, com um nêutron e o trítio, com dois nêutrons. Em laboratório já
foram construídos isótopos de hidrogênio com até seis nêutrons. Não apenas com o Hidrogênio, mas na natureza há
muitos isótopos, como o Carbono.

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O radioisótopo, por sua vez, é o átomo que apresenta um núcleo radioativo. Quando o radioisótopo se
transforma em um isótopo, libera uma energia chamada de partículas alfa, partículas beta ou radiação gama. Os
radioisótopos são muito utilizados em tratamentos médicos e diagnósticos.
O Carbono 14, utilizado para a datação de fósseis, podendo datar objetos de milhões de anos, é um isótopo
radioativo, além disso, pode ser utilizado em estimação e pesquisa de velocidade e fluxo de águas subterrâneas,
recurso especialmente importante em razão da escassez e poluição crescentes de águas superficiais.
Além do Hidrogênio e Carbono, outro isótopo encontrado em abundância na natureza é o Cloro, havendo os
elementos Cl-35 e Cl-37.
Isóbaros: são átomos que apresentam diferentes números atômicos (Z), mas mesmo número de massa (A).
40 40 40
18Ar 19K 20Ca

Os isóbaros pertencem, portanto, a elementos químicos diferentes.

Isótonos: São átomos que apresentam o mesmo número de nêutrons (n), mas diferentes números atômicos (Z)
e de massa (A).
11 12
5B 6C

Isoeletrônicos: átomos e íons que apresentam a mesma quantidade de elétrons.


Com 2 elétrons → 2He; 3Li+; 4Be2+; 1H-
Com 10 elétrons → 10Ne, 11Na+; 12Mg2+; 13Al3+

Elementos Químicos
Denomina-se elemento químico todos os átomos que possuem o mesmo número de prótons em seu núcleo, ou
seja, o mesmo número atômico (Z). O termo elemento químico pode se referir também a uma substância química pura
composta por átomos com o mesmo número de prótons em seu núcleo. Este último conceito algumas vezes é chamado
de substância elementar, diferindo da primeira definição, mas muitas vezes, o conceito de elemento químico é usado
em ambos os casos, como por exemplo:
 Oxigênio é o elemento químico constituído por todos os átomos que possuem número atômico 8, ou
seja, com 8 prótons.
 Cálcio é o elemento químico constituído por todos os átomos que possuem número atômico 20, ou
seja, com 20 prótons.
Os elementos químicos apresentam características que permitem classificá-los e agrupá-los, que com o passar
do tempo possa ser atualizada.

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ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referente ao Capítulo II – O átomo.

CAPÍTULO III – TABELA PERIÓDICA E ELETROSFERA

Distribuição Eletrônica por subníveis


Nível ou camada de valência: o nível mais afastado do núcleo e que corresponde sempre ao maior valor de n,
encontrado na distribuição eletrônica de um átomo ou de um íon.
A partir do modelo atômico de Bohr, Arnold Sommerfield (1868 – 1951) propôs que os níveis de energia
estariam divididos em regiões ainda menores, por ele denominadas subníveis de energia.
Camadas Níveis Subníveis
K n=1 1s2
L n=2 2s2 2p6
M n=3 3s2 3p6 3d10
N n=4 4s2 4p6 4d10 4f14
O n=5 5s2 5p6 5d10 5f14
P n=6 6s2 6p6 6d10
Q n=7 7s2 7p6

 Existe uma ordem crescente de energia nos subníveis que vai do subnível s, p, d, f.
 Os elétrons de mesmo subnível contêm a mesma quantidade de energia.
Posteriormente, Linus Pauling (1901 – 1994) determinou que a ordem crescente de energia de subníveis é:
1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s < 5f < 6d < 7p
Sendo assim, os elétrons se distribuem na eletrosfera ocupando sempre o subnível de menor energia
disponível, ou seja, a distribuição é feita em ordem crescente de energia. A distribuição eletrônica feita através do
Diagrama de Pauling facilita bem essa visualização como mostra o exemplo abaixo:

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Cada um desses subníveis pode acomodar um número máximo de elétrons, com mostra o quadro abaixo:
Subníveis s p d f g h...
n.º máximo de e- 2 6 10 14 18 22...

Organização da Tabela Periódica


A tabela periódica atual é constituída por 18 famílias.

Famílias A ou Zero
Os elementos que constituem essas famílias são denominados elementos representativos, e seus elétrons mais
energéticos estão situados em sub-níveis s ou p, ainda recebem nomes característicos.

Família B
Os elementos dessas famílias são denominados genericamente elementos de transição, e estão situados no
bloco central da tabela periódica.
Parte dos elementos ocupa o bloco central da tabela periódica, de IIIB até IIB (3 a 12), 10 colunas.
Apresentam seu elétron mais energético em subníveis d.
A outra parte deles está deslocada do corpo central, constituindo as séries dos lantanídeos e dos actinídeos.
Essas séries apresentam 14 colunas. O elétron mais energético esta em subnível f (f1 a f14).
O esquema abaixo mostra como os subníveis são alocados na tabela periódica.

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Períodos
Na tabela atual existem sete períodos, sendo que o número do período corresponde à quantidade de níveis
(camadas) eletrônicos que os elementos químicos apresentam.
Exemplo:
4Be – 1s2 / 2s2
K L 2 camadas eletrônicas (K e L ): 2.º período

13Al - 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p1


K L M 3 camadas eletrônicas (K, L e M): 3.º período

Localização na Tabela Periódica


A distribuição eletrônica do átomo de um dado elemento químico permite que determinemos sua localização
na tabela.
Ex: 35Br – 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5
K=2 L=8 M = 18 N = 7
Características da distribuição eletrônica Localização e classificação
4 camadas (K, L, M, N) 4.º período
7 elétrons na camada de valência 4s2 4p5 Família VIIA – 17 (halogênios)
Elétron de maior energia situado no subnível p (4p5) Bloco p (elemento representativo)

Tabela Periódica
Classificação dos elementos
A outra maneira de classificar os elementos é agrupá-los, segundo suas propriedades físicas e químicas, em:
Metais:
 Apresentam brilho metálico;
 Conduz corrente elétrica e calor;
 São maleáveis;
 São usados em moedas e jóias.

Semi-metais:
 Apresentam brilho metálico;
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 Pequena condutibilidade elétrica;


 Fragmentam-se.

Ametais:
 Não apresentam brilho;
 Não são condutores;
 Fragmentam-se;
 São utilizados na produção de pólvora e na fabricação de pneus.

Gases nobres:
Como o próprio nome sugere, nas condições ambientais apresentam-se no estado gasoso e sua principal
característica química é a grande estabilidade, ou seja, possuem pequena capacidade de se combinar com outros
elementos.

Hidrogênio:
É um elemento atípico, possuindo a propriedade de se combinar com metais, ametais e semi-metais. Nas
condições ambientais, é um gás extremamente inflamável.
Oficialmente, são conhecidos hoje 115 elementos químicos, dos quais 88 são naturais (encontrados na
natureza) e 27 artificiais ( produzidos em laboratório).

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Propriedade periódica dos elementos


As propriedades periódicas são aquelas que, à medida que o número atômico aumenta, assumem valores
semelhantes para intervalos regulares, ou seja, repetem-se periodicamente. Como por exemplo, o número de elétrons
na camada de valência.
Raio Atômico: O tamanho do átomo é uma característica difícil de ser determinada, pois a eletrosfera de um
átomo não tem fronteira definida. De maneira geral, para comparar o tamanho dos átomos, devemos levar em conta
dois fatores:
 Número de níveis (camadas): quanto maior o número de níveis, maior será o tamanho do átomo.
 Número de prótons: o átomo que apresenta maior número de prótons exerce uma maior atração sobre
seus elétrons, o que ocasiona uma redução no seu tamanho.

Energia de Ionização
É a energia necessária para remover um ou mais elétrons de um átomo isolado no estado gasoso. A energia de
ionização aumenta de baixo para cima, e, num mesmo período, da esquerda para a direita.
Quanto maior o tamanho do átomo menor será a primeira energia de ionização.

Ao retirarmos o primeiro elétron de um átomo, ocorre uma diminuição do raio. Por esse motivo, a energia
necessária para retirar o segundo elétron é maior.
1ª E. I . < 2ª E. I. < 3ª E. I.

Esse fato fica evidenciado pela analogia a seguir, referente ao átomo de magnésio { Z = 12}: 1s2, 2 s2 , 2p6 ,3s2

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Eletronegatividade
É a força de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. A eletronegatividade cresce de baixo para cima
e da esquerda para direita.

Ligações químicas
A grande diversidade de substâncias que existe na natureza deve-se à capacidade de combinação dos átomos
de um mesmo elemento ou de elementos diferentes.
As combinações entre elementos ocorrem de algumas maneiras: pela perda, ganho ou, também, pelo simples
compartilhamento de elétrons da última camada de valência do átomo. Porém alguns elementos como os gases nobres
aparecem na forma de átomos isolados, pois apresentam oito elétrons na última camada de valência. Este fato é
explicado pela teoria do octeto.
Teoria do octeto: A maioria dos átomos adquire estabilidade eletrônica quando apresenta oito elétrons na
camada mais externa.
Tipos de Ligação: Há vários tipos de ligação possíveis entre os átomos. Os principais são as ligações iônicas
e a ligações covalentes.
 Na ligação iônica ou eletrovalente: os átomos ganham ou perdem elétrons. Como não é possível um
átomo ganhar elétrons sem que outro átomo os forneça, assim como um átomo perder elétrons sem que outro os
receba, os átomos formam ligações chamadas iônicas, nas quais um perde e outro ganha elétrons.
 Combinação entre os átomos de sódio (Na) e cloro (Cl)

Após a formação dos íons (Na+ e Cl-)eletronicamente estáveis, ocorre uma interação eletrostática (cargas com
sinal contrario se atraem):

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Na+ + Cl-  NaCl


No composto formado, o total de cargas positivas é igual ao total de cargas negativas, ou seja, o somatório das
cargas é igual a zero.

e-
A B
Tendência ceder elétrons receber elétrons
Ametais (não metais)
Classificação Metais Semimetais
hidrogênio
atração eletrostática
Interação Cátions Ânion

 Combinação entre os átomos de magnésio (Mg) e Cloro (Cl)

Uma vez formados, os íons Mg2+ e Cl- combinam-se, originando o composto iônico cloreto de magnésio, cuja
formula pode ser determinada assim:
Mg12+ Cl 2-  MgCl2
Os compostos assim formados são denominados compostos iônicos. Constituem estruturas eletricamente
neutras.
A interação entre os íons produz aglomerados com forma geométrica definida, denominados retículos
cristalinos, característicos dos sólidos.

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 Na ligação covalente ou molecular: esta ligação ocorre quando os átomos envolvidos


tendem a receber elétrons e compartilham pares eletrônicos.
O esquema abaixo mostra como a ligação covalente pode ser representada:
Átomos A B
Tendência Receber elétrons Receber elétrons
Hidrogênio, Hidrogênio,
Classificação ametais, ametais,
Semimetais. Semimetais

Interação X X
par de elétrons compartilhados

Fórmulas Químicas
 Molecular: é a representação mais simples e indica apenas quantos átomos de cada elemento
químico formam a molécula.
H2O CO2
água gás carbônico
 Eletrônica: também conhecida como fórmula de Lewis, esse tipo de fórmula mostra, além
dos elementos e do número de átomos envolvidos, os elétrons da camada de valência de cada átomo e a
formação dos pares eletrônicos.

 Estrutural Plana: também conhecida como fórmula estrutural de Couper, ela mostra as
ligações entre os elementos, sendo cada par de elétrons entre dois átomos representado por um traço.
H–O–H O=C=O
água gás carbônico

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Veja algumas outras fórmulas abaixo:

Nome Constituição Formula Fórmula Fórmula Tipos de


molecular eletrônica estrutural ligação
plana
Gás hidrogênio 2 átomos de H2 1 simples
hidrogênio
Gás oxigênio 2 átomos de O2 1 dupla
oxigênio
Gás nitrogênio 2 átomos de N2 1 tripla
nitrogênio
Água 2 átomos de H2O 2 simples
hidrogênio e 1
átomo de
oxigênio
Gás amônia 3 átomos de NH3 3 simples
hidrogênio e 1
de nitrogênio

 Na ligação Covalente Dativa ou coordenada: Essa ligação é semelhante à covalente comum


e ocorre entre um átomo que já atingiu a estabilidade eletrônica e outro ou outros que necessitem de dois
elétrons para completar sua camada de valência.

A ligação dativa pode ser indicada por uma seta ( A  B) ou por um traço ( A – B).
O exemplo clássico dessa ligação é o dióxido de enxofre (SO2). Nesse caso, o enxofre estabelece uma
dupla ligação com um dos oxigênios, atingindo a estabilidade eletrônica. A seguir, o enxofre compartilha
um par de seus elétrons com o outro oxigênio, através de uma ligação dativa ou coordenada.
Observemos:

As formulas do tipo HxEOy corresponde a uma serie de compostos classificados como ácidos
oxigenados. Nessas formulas, todos os oxigênios aparecem unidos ao elementos central E. Cada átomo de
hidrogênio irá unir-se a um átomo de oxigênio, formando tantos grupos OH quanto forem possíveis. Um
exemplo desse tipo de substancias é o acido sulfúrico (H2SO4):

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QUÍMICA

 Na ligação metálica: Os metais apresentam propriedades diferentes das outras substâncias.


Experiências com raios X levam a crer que os retículos cristalinos dos metais sólidos consistem em
um agrupamento de cátions fixos, rodeados por um verdadeiro mar de elétrons.
Esse tipo de estrutura é responsável pela forma cristalina dos metais e explica sua grande capacidade
de conduzir corrente elétrica, tanto no estado sólido como no líquido (fundido).
Todos os metais apresentam o chamado aspecto metálico (cinza brilhante), menos o cobre e o ouro,
que são, respectivamente, avermelhado e dourado.

Algumas propriedades dos metais


a) Maleabilidade: capacidade de produzir laminas, chapas muito finas;
b) Ductibilidade: capacidade de produzir fios;
c) Formação de ligas metálicas.
Algumas ligas comuns no cotidiano:

Liga Amálgama dental Bronze Latão Solda Aço inoxidavel


Composição Hg + Ag + Sn Cu + Zn Cu + Zn Pb + Sn Fe + C + Cr + Ni
Uso Obturação Sinos, Tubos, Solda, usada Talhares, utensílios de
moedas, radiadores,
por funileiros e cozinha, peças de
estatuas armas,
cartuchos, eletricistas carro, brocas
torneiras,
instrumentos
musicias

Balanceamento de Equações Químicas


O mais usual para balancear uma equação química é utilizar o método da tentativa.

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QUÍMICA

Como você pode perceber o número de átomos dos reagentes não é igual ao dos produtos.
Para fazer o balanceamento, vamos efetuar as seguintes etapas:
1) Observe a substancia na equação toda com maior número de átomos na formula:
CH4: 1 átomo de C e 4 átomos de H
2) A essa substancia atribuiremos o coeficiente 1, e ela servirá de referencia para o acerto de
todos os outros coeficientes.

A partir disso, devemos acertar s demais coeficientes:

Agora só falta acertar o coeficiente do O2. No segundo membro, com coeficiente já definidos, temos:

Assim, no primeiro membro devemos ter 4 átomos de O, ou seja: 2 O2. Finalmente, temos:

Classificação das Reações


Toda reação química é representada através de uma equação química. Os reagentes são colocados no
primeiro membro e os produtos, no segundo membro. Balancear uma equação química significa determinar
seus coeficientes.
Exemplo: O2 – F2 = OF2
* Acertando a quantidade de O: O2 + F2 = 2OF2
* Acertando a quantidade de F: O2 + 2F2 = 2OF2  Equação Balanceada
Síntese ou adição – quando duas ou mais substâncias originam um único produto.
A+B C
Exemplo: 2 Mg(s) + O2(g) 2 MgO(s)

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QUÍMICA

Análise ou decomposição – quando uma única substância origina dois ou mais produtos.
A  B+C
Exemplo: (NH4)2Cr2O7(s) Cr2O3(s) + N2(g) + 4 H2O(v)

Simples troca ou deslocamento – quando uma substância simples reage com uma substância
composta, originando uma nova substância simples e outra composta.
A + XY AY + X
Exemplo: Zn(s) + 2 HCl(aq)  ZnCl2(aq) + H2(g)

Dupla Troca – quando duas substâncias compostas reagem, originando duas novas substâncias
compostas.
AB + XY AY + XB
Exemplo: H2SO4(aq) + Ba (OH)2(aq)  2 H2O(l) + BaSO4(aq)

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referente ao Capítulo III – Tabela Periódica e Eletrosfera.

CAPÍTULO IV – MEDINDO AS SUBSTÂNCIAS: QUANTIDADE DE


MATÉRIA, MASSA E VOLUME
Unidade de Massa Atômica (u): É a massa de 1/12 do átomo de carbono com número de massa
igual a 12(12C).
Exemplo: Constituído de (20Ne; 90,92%); (21Ne;0,26%); (22Ne; 8,82%)
u do neônio: (20,00.90,92)+(21,00.0,26)+(22,00.8,82) = 20,179u
100
Massa Molecular: É a soma das massas atômicas doa átomos que constituem as moléculas:
Exemplo: H2O e C5H10
(Massa atômica: H=1u; O=16u; C=12u)
H2O = H = 2 . 1 = 2
O = 1 . 16 = 16
mm = 28u
C5H10 = C = 5 . 12 = 60
H = 10 . 1 = 10
mm = 70u
A Constante de Avogrado tem como valor aceito atualmente 6,02.1023
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QUÍMICA

Mol – É a quantidade de substância que contém tantas entidades elementares quantos são os átomos
12 12 12
de C contidos em 0,012 kg (12g) de C. Como em 12g de C existem 6,02.1023 átomos; então mol é a
quantidade de substância que contém 6,02.1023 entidades.

Massa Molar (MM) – É a massa que contém 6,02.1023 entidades. Sua unidade é grama Mol-1(g/md).

Número de mol (n) ou quantidade de substância em mol – É a relação entre massa (m) de amostra
de substância e sua massa molar (M). Matematicamente temos:
n= m mol
M

Exemplo:
Considere um copo contendo 90g de água. Determine:
a) O número de mol de moléculas de agua;
b) O número de moléculas de agua;
c) O numero de átomos de hidrogênio (massa atômicas: H = 1,0; O =16; N = 6,0 .1023)
Solução:

a) Massa molar da agua = 18g mol-1


1 mol de molécula de H2O --- 18g mol-1
n ------------------------------------ 90g
n = 5 mol
m 90g
ou pela expressão: n  mol  n   n = 5 mol
M 18g mol - 1

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QUÍMICA

b) 1 mol de molécula de H2O --- 18g mol-1 ---------- 6,0 .1023 moléculas mol-1
90g ---------- x
90 g  6,0  10 23 moléculas mol - 1
x
18g mol - 1
X = 3,0 .1024 moléculas de água

c) 1 molécula de H2O ----------------- 2 átomos de hidrogênio (H)


3,0 .1024 moléculas de H2O ------ x
3,0  10 24 moléculas  2 átomos H
x
1 molécula
X = 6 átomos H

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referente ao Capítulo IV– Medindo as Substâncias: quantidade de
matéria, massa e volume.

BIBLIOGRAFIA
SARDELLA Antônio, Química – Série Novo Ensino Médio Editora Ática volume único.
SARDELLA Antônio, FALCONE Marly, Química, Editora Ática volume único.
FELTRE Ricardo, Fundamentos da Química – Tecnologia, Sociedade, Editora Moderna, volume 1º
ano, Ensino Médio.
CANTO Eduardo Leite do, PERUZZO Tito Miragaia, Química na abordagem do cotidiano,
Editora Moderna, volume 1º ano, Ensino Médio.

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