Adelaide Ana Carlos Bucuane

Albertina José Mala

Atália Antoninho Rondinho
Jéssica David Miambo

A Dimensão Filosófica da Globalização

Licenciatura Em Sociologia

1º Ano, Pós-laboral

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo
Junho de 2020
 Adelaide Ana Carlos Bucuane
Albertina José Mala
Atália Antoninho Rondinho
Jéssica David Miambo

A Dimensão Filosófica da Globalização

Licenciatura Em Sociologia

1º Ano, Pós-laboral

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na Faculdade

de Ciências Sociais e Filosóficas, Departamento de
Ciências sociais na cadeira de Introdução a Filosofia
Sob orientação do Professor Clério da Cruz

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo
Junho de 2021
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

2. Dimensão Filosófica da Globalização......................................................................................5

2.1. Conceito de Globalização.................................................................................................5

2.2. Um olhar filosófico sobre a globalização.........................................................................6

Conclusão........................................................................................................................................9

Bibliografia....................................................................................................................................10
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1. Introdução

O presente Trabalho tem como tema “A dimensão Filosófica da Globalização” a globalização é

um fenómeno irreversível e muito das vezes se têm apresentado como transformações que tem
acorrido a nível económico, politico, social e cultural, o mundo esta cada vez mais globalizado,
ou seja, estamos numa aldeia global porque apesar da distância que existe entre países e
continentes eles estão cada vez mais ligados graças ao fenómeno de globalização. A globalização
tem seus aspectos positivos, mas também tem seus aspectos negativos. Portanto ao falar se da
globalização na dimensão filosófica é procurar refletir sobre os aspectos positivos e negativos da
globalização.

Nesta ordem de ideia será tratada de forma minuciosa todos os conteúdos concernentes a este
tema, mas para tal surge a necessidade de traçar o objectivo geral e objectivos específicos,
quanto a objectivo geral é de compreender a globalização numa dimensão filosofia, quanto aos
objectivos específicos conceitualizar a globalização, identificar as consequências da
globalização, caracterizar a globalização sob ponto de vista filosófico.

Para a realização desse trabalho usou os procedimentos de pesquisa bibliográfica que consistiu
na interpretação de várias bibliográficas que versam sobre o tema.
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2. Dimensão Filosófica da Globalização

2.1. Conceito de Globalização

A globalização é o processo de interligação e interdependência entre as diferentes sociedades e

resulta em uma intensificação das relações comerciais, econômicas, políticas, sociais e culturais
entre países, empresas e pessoas. Esse fenômeno é possibilitado pelo avanço das técnicas, com
destaque para os campos das telecomunicações e dos transportes

Ainda não existe um consenso acerca do conceito de globalização, tal como o conceito de
filosofia, também o conceito de globalização cada autor definiu de acordo com o problema que
pretendia resolver. Nesta ordem de ideia a seguir passamos a apresentar vairas definições de
globalização.

A Globalização é um termo elaborado na década de 1980 para descrever o processo de

intensificação da integração econômica e política internacional, marcado pelo avanço nos
sistemas de transporte e de comunicação. Por se caracterizar por um fenômeno de caráter
mundial, muitos autores preferem utilizar o termo mundialização. Muitos autores utilizam o
termo “Aldeia Global” para se referir à globalização, pois ela não se limita aos planos políticos,
econômicos e mundialização, ocorrendo também no âmbito da cultura (CAMPOS, 2007, p. 14)

No entanto, não podemos dizer que ela seja um processo recente, uma vez que teria se iniciado
ao longo dos séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina europeia, que iniciava uma era de
integração plena entre o continente europeu e as demais partes do planeta. Por outro lado, foi
apenas na segunda metade do século XX que esse fenômeno encontrou a sua forma mais
consolidada.

Na prespectica de Hald, citado por Campos, (2007, p.15) globalização é uma força condutora
central por trás das rápidas mudanças sociais, políticas e económicas que estão a remodelar as
sociedades modernas e a ordem mundial
Segundo Mário Murteira, citado por Campos (2007, p.15) podemos definir globalização como
um processo que tem conduzido ao condicionamento crescente das políticas económicas
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nacionais pela esfera mega económica, ao mesmo tempo que se adensam as relações de
interdependência, dominação e dependência entre os actores internacionais e nacionais, incluindo
os próprios governos nacionais que procuram pôr em prática as suas estratégias no mercado
global.
Globalização remete para um conjunto de transformações económicas, políticas, sociais e
culturais que se fazem sentir a nível mundial. Nas suas formas mais visíveis, estas
transformações estão frequentemente associadas a inovações tecnológicas. As novidades
tecnológicas, e a velocidade a que estas ocorrem no mundo contemporâneo, contribuem para crer
que a globalização constitui um fenómeno completamente novo.
Podemos entender a globalização como o fenômeno que possibilitou a integração mundial em
todos os aspectos, favorecidos pela evolução do sistema capitalista que gerou aumento
considerável no número de fluxos de pessoas e pensamentos. Porém, é importante ressaltar que
essa mesma globalização causou grandes impactos com relação ao aumento da desigualdade.
2.2. Um olhar filosófico sobre a globalização

Fazer uma análise filosófica sobre a globalização não é uma tarefa fácil, na medida em que ela se
apresenta em varias vertentes, a vertente económica, politica, social e cultural. Alguns autores
preferem analisar esse fenómeno partir dos chamados aspectos matéria.

A globalização está na ordem do dia; uma palavra da moda que se transforma rapidamente em um
lema, uma encantação magica, uma palavra que pode abrir caminhos do futuro e do presente. Para
alguma globalização é o devemos fazer se quisermos ser felizes, para outros, é a causa da
infelicidade. Para tosos, porem globalização é destino irremediável do mundo, um processo
irreversível, é também um processo que nos afecta a todos na mesma medida e da mesma maneira.
Estamos sendo globalizados e isso significa basicamente o mesmo para todos (BAUMAN, 2005,
p. 25)

Pode-se perceber com essa citação que para Bauman independentemente de nos querermos ou
não já estamos vivendo esse fenómeno, ou seja a globalização é um fenómeno irreversível e cabe
a nos separarmos os aspectos positivos e os negativos dessas transformações vindas com esse
fenómeno

Anthony Giddens (2003) com a globalização estamos vivendo numa época de crise, onde todas
as principais instituições sociais (Família, Estado, Escola, Religião, Mercado, Trabalho) estão
passando por transformações de magnitude nunca antes vistas em toda História da humanidade.
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Como estas instituições são, por definição, organizações que fornecem estrutura (em termos de
modelo de comportamento) para os indivíduos, o fato delas estarem em crise faz com que
passemos por uma fase de profunda incerteza. A crise nos deixa perdidos, como uma nau à
deriva
.

O fenómeno de globalização tem mudado a vida de muita gente, estas mudanças podem ser
positivas assim como negativas, hoje em dia as forças globalizados chegam ate as nossas casas e
comunidades através das mídias digitais, do turismo, televisão e muito mais.

Segundo Lipovetsky:

O termo globalização vem sendo abordado já há muito tempo, porem na atualidade atingiu a seu auge
devido a más interpretações e as consequências que a globalização traz ao homem, principalmente em
sociedades menos desenvolvidas, pós vivem imitando e limitando-se apenas no que os outros fazem. Se
perceber-se que a globalização é algo que vem preocupando as sociedades actuais, fica evidente que a sua
fundamentação é importante principalmente no que cerne a condição humana e aos males que assolam o
bem-estar do cidadão. (2004, p. 175)

A partir da citação acima o autor faz uma grande alerta as sociedade menos desenvolvidas, isto
porque são elas que estão sujeitas a globalização, ou seja existem forças globalizados que são os
países desenvolvidos e os globalizados que são os países em vias de desenvolvimento, onde
esses últimos limitam-se em consumir o que os primeiros produzem ou trazem, seja a nível
politico, a nível económico, social e cultural.

Para Bauman, a Globalização só tem beneficiado os mais ricos, A globalização beneficia países,
indivíduos e empresas grandes, que formando trustes e holdings que vão “abocanhando” e
incorporando cada vez mais as empresas de menor porte. Isto é claramente visível nas fusões de
empresas
Ainda em Lipovetsky, a globalização caio na era de exagero porque, actualmente a ideia de
mercados é produzir e produzir mais., de modo a satisfazer as necessidades dos clientes, dai que
as pessoas caem num consumo exagerado, pós as pessoas consomem aquilo que não precisam
(sociedade virada para o consumo). Esse consumo abrange também os valores culturais, onde
muitas culturas têm consumido em massa os valores culturais das outras culturas.
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Um exemplo claro que a globalização traz consigo a ideia de consumo exagerado esta
relacionado com as grandes marcas de Smartfones, onde o consumidor tem a tendência de usar o
ultimo lançamento de uma determinada de uma determinada marca da sua preferência e quando
sempre é lançado o outro a tendência é de ter sempre o ultimo lançamento e assim
sucessivamente, o que Lipovetsky chama de consumo emocional porque a pessoa nunca se
contenta com aquilo que tem naquele momento a tendência é de sempre ter o ultimo lançamento.

Segundo Giddens (2003, p. 46) com a globalização estamos vivendo numa época de Crise, onde
todas as principais instituições sociais (Família, Estado, Escola, Religião, Mercado, Trabalho)
estão passando por transformações de magnitude nunca antes vistas em toda História da
humanidade.
Como estas instituições são, por definição, organizações que fornecem estrutura (em termos de
modelo de comportamento) para os indivíduos, o fato delas estarem em crise faz com que
passemos por uma fase de profunda incerteza.
Quando pensamos nos malefícios da globalização, precisamos entender que as consequências
vão além do processo em si, e tem muita relação com questões capitalistas, visto que a
globalização e o capitalismo estão ligados. Um dos principais malefícios desse sistema é a
maneira desigual pelo qual as riquezas são distribuídas, possibilitando, dessa forma um benefício
bem maior nos locais onde temos um sistema econômico mais desenvolvido. Uma outra
consequência da globalização que está ligada a questões econômicas que é países ricos em
desenvolvido tem ditado regras de como viver em países em vias de desenvolvimentos ou em
países pobres.
Um outro aspecto negativo da globalização está lidada ao factor cultural, onde em países em vias
de desenvolvimento a uma tendência que se copiar o modus vivendo de países já desenvolvidos,
na questão política vimos uma proliferação de se importar a democracia para países em vias de
desenvolvimento.
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Conclusão

Chegado a esta fase pode-se concluir que na globalização existe o globalizador que geralmente
tem sido os países ricos e o globalizado que são os países em vias de desenvolvimento. Os mais
beneficiados nisso tudo, são os países desenvolvidos porque eles é que importam a globalização
para os países em vias de desenvolvimento.

A globalização provoca varias consequências das quais pode-se destacar as desigualdades

socias, mas também pode-se olhar as consequências na vertente cultural onde há cada vez mais
tendências de se consumir e se identificar com a cultura dos países mais desenvolvidos. Hoje em
dia também pode-se falar das consequências da globalização na vertente tecnológica onde países
em vias de desenvolvimento são obrigados a importar a tecnologia, isso porque os países ricos é
que ditam as regras.
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Bibliografia

BAUMAN, Zygmunt. “Globalização: as consequências humanas”. Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Ed., 1999.
CAMPOS, Luís. Introdução a Globalização, Brasília, 2007
GIDDENS, Anthony. “Mundo em Descontrole. O que a Globalização está fazendo de nós”. Rio
de Janeiro. Ed. Record, 2003
Lipovetsky, Gilles. Os Tempos Hipermodernos, São Paulo, 2004