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proletariado e o pragmatismo da lógica do compromisso e da conciliação entre classes
antagônicas e inconciliáveis, tendo a governabilidade como fim.
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condições materiais para a superação do capitalismo já estão dadas, o que pressupõe que a
derrocada dessa forma histórica e a construção de uma nova só podem advir da ação
revolucionaria do proletariado organizado, organizado de forma conseqüente, por um
partido revolucionário da vanguarda dessa classe. Salta aos olhos, mesmo dos mais
indoutos, a interdependência dos povos, a lógica implacável do Capital, a supremacia do
capital financeiro e o aumento mundial do desemprego, do desmatamento, da miséria e do
ônus de quem trabalha em contraste com o gozo pródigo dos detentores do capital.
O PCB
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luta sob pena de derrota, desnudando suas direções que são obrigadas a se revelarem
no processo. É papel dos agentes do materialismo dialético histórico, ou seja, dos
comunistas dirigir o proletariado em suas lutas, é papel de seu partido conquistar a
hegemonia na condução do processo de emancipação dos trabalhadores através de análises
acertadas, por ser um partido composto por revolucionários (e não oportunistas), por sua
coerência, pela sua tradição no seio operário, por ser reconhecido pelos trabalhadores como
sua expressão e de seus anseios, confundindo-se partido e classe. Entretanto, os últimos
acontecimentos no Sindicato dos Químicos Unificados, dos quais todos são sabedores,
mostram quão difícil é a construção da unidade no meio sindical e na esquerda brasileira.
Indica que estamos em uma conjuntura de disputa e que ninguém “quer por azeitona na
empada de ninguém”. Toda a chamada “esquerda” disputa entre si o controle de sindicatos,
espaços políticos e instrumentos. A forma de atuação do PCB no Sindicato dos Químicos
Unificados nesse momento de disputa por espaços, remonta uma antiga prática sindical
equivocada do nosso partido (nossa história não nos ensinou nada?) que a primeira vista
parece negar as resoluções que nos centralizam, além de serem contrárias a prática do
partido em outros estados e do PCB em Osasco. Fica claro para mim que o cupulismo, o
caciquismo e o aparelhismo que tanto prejudicaram o partido no passado devem ser
combatido, pois, enveredando por esse caminho, a reconstrução revolucionária do Partidão
como instrumento concreto de organização do proletariado e da revolução, se
impossibilitará, restando a insignificância política, derrotado por suas próprias
contradições.
Ora, se julgo não poder interferir internamente para impedir ou reverter essa
linha, é coerente ao menos não colaborar ou pactuar de qualquer forma com ela. Por tudo
isso, e, estando desobrigado de qualquer função na executiva do partido em Osasco, não
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respondendo diretamente pela Secretaria de Cultura, conforme deliberado na penúltima
reunião que agrupou as diversas secretarias, sinto-me desimpedido para comunicar que
passo a considerar-me Simpatizante do partido, conforme previsto nas teses sobre
organização – segundo consta no item 8º (recrutamento), 100º ponto, letra a), páginas 15 e
16. Tese aprovada na conferência nacional de organização, realizada nos dias 20 e 23 de
março de 2008 em Santos – SP.