Você está na página 1de 2

Trabalho: Texto – Trabalho e Educação fundamentos ontológicos e históricos

Alunos:

João Batista Rodrigues Silva – no. USP 11028697


Marcelo Manoel de Oliveira – no. USP 3348869
Thiago Lopes – no. USP 11334705

Questão 5: Faça um resumo do desenvolvimento histórico (em cada época: Antiguidade, Idade
Média, início do Capitalismo, Revolução Industrial) das instituições escolares e sua relação
com o trabalho produtivo.

Resposta:

A Sociedade primitiva caracterizava pelo modo de produção coletivo e o processo


educacional era uma ação espontânea, não diferenciada e baseada inteiramente ao processo de
trabalho comum a todos os membros da comunidade.
Com o desenvolvimento da produção surgiu a divisão de trabalho a as terras até então
centralizada em uma unidade como eram nas comunidades primitivas foram conduzidas a
apropriação privada e sendo essa o principal meio de produção gerou a divisão dos homens em
classes, configurando duas classes sociais fundamentais; a classe dos proprietários e a dos não
proprietários.
Na Antiguidade, tanto a grega como a romana existiam uma aristocracia detentora da
propriedade privada da terra e os escravos, caracterizando o modo de produção antigo como
modo de produção escravista (escravocrata), assim essa divisão dos homens em classes também
provocou uma divisão na educação uma para a classe proprietária, os Homens Livres e a outra
para a classe não proprietária, os Escravos. Assim a educação para os Homens livres
caracterizava pelas atividades intelectuais, na arte da palavra e nos exercícios físicos de caráter
lúdico ou militar (paidéia) e a educação dos escravos e serviçais voltada para o próprio processo
de trabalho (duléia). Assim nesse momento há o processo de institucionalização da educação
correlatos ao surgimento das sociedades de classe e ao processo de divisão do trabalho em que
o estado desempenhava o papel importante.
Já na Idade média as escolas serão conduzidas fortemente pela igreja católica,
monopolizando a cultura e o pensamento. As escolas eram associadas às instituições religiosas
católicas controladas pela igreja assim como o conteúdo e os objetivos educacionais. Grande
parte dos estudantes vinham da nobreza, pois era a camada social que possuía recursos
financeiros para mantê-los nas escolas, já os camponeses e seus filhos sem recursos financeiros
e presos a obrigações de servidão não tinham acesso a educação. Três segmentos educacionais
caracterizavam as escolas na idade média, a escolas de formação militar (formação de
cavaleiros), escolas palatinas e escolas monásticas. As universidades medievais surgem na
Europa no século XII, fundadas na França, Inglaterra e Itália que serviram de modelo para as
Universidades atuais.
Com a formação das cidades e a ascensão da sociedade burguesa, o eixo produtivo
desloca-se do campo para as cidades, e da agricultura para a indústria, convertendo o saber
intelectual em potencial material. Assim o domínio da cultura intelectual, alfabetização e das
habilidades técnico e científico impõem dentro dessa sociedade emergente e a escola sendo o
instrumento de excelência para viabilizar o acesso a essa cultura intelectual.
Com a evolução da produção capitalista e da sociedade burguesa uma nova ordem social
é consolidada pela Revolução Industrial. Com o advento das maquinas a vapor os ofícios e
trabalhos, outrora manuais passaram a ser executados por essas maquinarias, fruto do trabalho
intelectual materializado da conversão científica, potencial humano em potência material. Essa
nova forma de produção determinou a reorganização das relações sociais, a dominância da
indústria no âmbito da produção corresponde a dominância das cidades na estrutura social.
Assim a escola foi a instituição responsável pela materialização das funções intelectuais no
processo produtivo, industrialização e na criação das máquinas e mecanismos. Com o impacto
da Revolução Industrial os principais países assumiram a tarefa de organizar os sistemas
nacionais de ensino, generalizando a escola básica. Portanto, a Revolução Industrial
correspondeu uma Revolução Educacional erigindo a escola em sua forma principal e dominante
de educação, com a universalização da escola primária e a criação de cursos profissionais
específicos organizados no âmbito das empresas ou no próprio sistema de ensino.
Sobre a base comum da escola primário, o sistema de ensino bifurcou-se entre as
escolas de formação geral e as escolas profissionais, sendo que as escolas de formação geral
enfatizavam os aspectos intelectuais e de formação generalista os cursos profissionalizantes
enfatizavam aspectos operacionais vinculados ao processo produtivo e formação especializada.
Nesse aspecto a Revolução Industrial direta ou indiretamente forçou a escola a ligar-se ao
mundo produtivo. No entanto a educação organizada e concebida pela burguesia sobre a base
do ensino primário comum foi a da divisão dos homens em dois grandes campos: aquele das
profissões manuais, onde requeria formação prática limitada a execução das tarefas,
dispensando domínio dos fundamentos teóricos, voltado para as relações do trabalho produtivo
e aquele das profissões intelectuais, onde exigia-se o domínio teórico amplo, com objetivo de
preparar as elites e os representantes da classe dirigente para atuar nos diferentes setores da
sociedade.

Você também pode gostar