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Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Centro de Tecnologia – CT
Curso de Arquitetura e Urbanismo – CAU

Ana Luísa Moreira Araújo

Residencial multifamiliar flexível


Plano de Trabalho Final de Graduação

Natal, agosto de 2014


Ana Luísa Moreira Araújo

Residencial multifamiliar flexível


Plano de Trabalho Final de Graduação

Plano de Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura


e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
apresentado à Profa. Natália Miranda Vieira de Araújo.

Natal, agosto de 2014


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Sumário

Introdução …….....………………………………………………………………………………………………………........... 4
1. Tema ……………………………………………………………………………………………………………………………….. 4
2. Área de estudo ………………………………………………………………………………………………………………... 4
3. Problemática e universo de estudo ………………………………………………………………………………….. 5
3.1. Contextualização ………………………………………………………………………………………………. 5
3.2. Universo de estudo e seus recortes ……………………………………………………….………….. 7
4. Objeto de estudo ……………………………………………………………………………………………………………... 7
5. Objetivos ………………………………………………………………………………………………………………………… 7
5.1. Objetivo geral ……………………………………………………………………………………………………. 7
5.2. Objetivos específicos …………………………………………………………………………………………. 8
6. Justificativa ……………………………………………………………………………………………………………………… 8
7. Métodos e técnicas ………………………………………………………………………………………………………….. 8
7.1. Referencial teórico-metodológico e empírico ……………………………………………………. 8
7.1.1. Habitação na história e na contemporaneidade ………………………………….. 8
7.1.2. Flexibilização projetual …………………………………………………………………...... 12
7.2. Procedimentos e técnicas ………………………………………………………………………………... 16
7.3. Quadro resumo ……………………………………………………………………………………………….. 18
7.4. Sumário preliminar do TFG comentado ……………………………………………………………. 19
8. Cronograma …………………………………………………………………………………………………………………... 20
Considerações finais ……………………………………….......…………………………………………………………... 23
Referências bibliográficas ……………………………………………………….......…………………………………... 23

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Introdução

Este plano de trabalho apresenta as informações necessárias para o desenvolvimento


do Trabalho Final de Graduação (TFG), que explorará a arquitetura residencial, a verticalização
e a flexibilização projetual.
Para a realização deste plano, foi feita uma contextualização, que levou ao início dos
estudos acerca da flexibilização projetual e dos motivos que levaram ao seu surgimento e
consolidação, como a pressão fundiária e as necessidades das habitações contemporâneas.
Então, foram definidos o objeto de estudo e os objetivos deste trabalho, esclarecendo melhor
o que será realizado no TFG e quais itens deverão ser mais aprofundados, como as estratégias
de flexibilização.
Para cada objetivo específico, foram definidos procedimentos e técnicas que
possibilitem a sua realização. Dentre os procedimentos metodológicos, destacam-se os
estudos de referência, com foco nas necessidades funcionais, formais e de flexibilidade,
fornecendo repertório para a realização do projeto.
Ainda neste plano de trabalho, mas com ênfase maior no TFG, foi definido um sumário
preliminar para o futuro trabalho, dividido em três partes principais: sendo a primeira a mais
teórica; a segunda voltada ao terreno e aos seus condicionantes; e a terceira, à apresentação
do projeto a ser desenvolvido. Por fim, foi criado um cronograma para a realização do TFG,
levando em consideração todos os aspectos explorados anteriormente neste plano de
trabalho.

1. Tema

Arquitetura residencial flexível.

2. Área de estudo

Projeto de Arquitetura.

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3. Problemática e universo de estudo

3.1. Contextualização
Dentre os usos do espaço construído, a moradia é o mais representativo, sendo esta
um direito humano fundamental estabelecido pela ONU desde 1948 (ONU, 1948). No estado
do Rio Grande do Norte, a COSERN – concessionária de serviço público dedicada à distribuição
de energia – possui 1,2 milhão de clientes, dos quais 85,8% são residenciais (QUEM).
A necessidade de oferecer moradias a grandes populações nas áreas limitadas das
cidades levou à verticalização, que acompanha a humanidade desde os tempos da Idade
Antiga, como representam as insulas: edifícios com três ou mais pavimentos muito populares
na Roma Antiga. Esses edifícios, considerados inseguros e superlotados, costumavam ser
ocupados pelas classes mais pobres, sendo os pisos superiores ainda mais desvalorizados que
os demais (ADKINS; ADKINS, 2004).
As insulas surgiram, assim, como uma resposta à pressão fundiária, gerada pela
superpopulação das cidades e pela necessidade de aproveitar melhor o espaço, abrigando
mais famílias em áreas reduzidas (ADKINS; ADKINS, 2004). Essa necessidade continuou
norteando a urbanização de muitas cidades através da história da humanidade até os dias
atuais.
Após um extenso período de pouco desenvolvimento para a verticalização, a
Revolução Industrial transformou esse panorama, proporcionando o uso de novos materiais,
como o aço, além de um grande êxodo rural, que levou ao inchamento das cidades e a uma
necessidade urgente de mais habitações. O crescente desenvolvimento tecnológico e a
incessante pressão fundiária fizeram com que a verticalização tomasse proporções maiores,
atingindo não mais três pavimentos, mas chegando a mais de cem. Com edifícios mais altos,
seguros e luxuosos, eles passaram a não mais ser destinados somente às necessidades
habitacionais das classes mais pobres, mas a atender a todos os tipos de moradores da cidade,
oferecendo apartamentos de 30m² a 500m².
Com a pressão fundiária e a especulação imobiliária, o m² em áreas urbanas atinge
valores altíssimos. Dessa forma, os pequenos apartamentos ganham mais espaço, não só
entre as classes mais pobres, mas entre os jovens e a classe média em diversas cidades do

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mundo, como Nova Iorque e Hong Kong, onde a densidade urbana e o valor do m² já atingiram
números exorbitantes.
Além das transformações citadas, as famílias contemporâneas já não seguem um
padrão, ao contrário, há uma grande diversidade de grupos familiares. Assim, as habitações
não são sempre compartilhadas por uma família composta de pais e alguns filhos, mas podem
ser ocupadas somente por uma pessoa ou até por grupos constituídos de vários amigos que
dividem uma moradia. Associada a isso, também se percebe uma grande rotatividade de
habitações: é comum que as pessoas morem em mais de uma cidade durante sua vida adulta
por diversas razões, como oportunidades profissionais e, a cada novo morador, espera-se que
a habitação se adapte a novas exigências. Existe, então, uma necessidade de individualização
das habitações, flexibilizando o espaço construído e facilitando sua adaptabilidade a
mudanças (MURAMOTO, 2011).
A ascensão dos pequenos apartamentos e a constante necessidade de transformação
do espaço construído contribuíram para o aparecimento dos apartamentos flexíveis. Estes não
constituem uma ideia nova, mas estão ganhando força com a conjuntura atual. Segundo
Tramontano (1993), existem dois tipos de flexibilidade residencial: a inicial e a permanente. A
primeira permite a existência de várias habitações diferentes em um único edifício, porém as
mudanças devem ser realizadas antes da construção, sendo necessário realizar reformas para
novas modificações. A segunda, por outro lado, permite a reordenação do espaço
permanentemente, de maneira simples e sem reformas.
Os apartamentos com flexibilidade permanente permitem que vários ambientes se
acomodem no mesmo espaço, de modo que é possível a coexistência de uma sala de estar,
um quarto e um escritório na mesma área, podendo o usuário converter um cômodo em
outro, dependendo da sua necessidade.
No entanto, a flexibilidade não se limita aos apartamentos muito pequenos, ao
contrário, pode ser implantada em apartamentos de todos os tamanhos ou em salas
comerciais, por exemplo, pois possibilita um melhor aproveitamento do espaço,
proporcionando a maior amplitude possível para a realização de cada atividade.
Atualmente, existem diversos meios que proporcionam a aplicação de conceitos de
flexibilidade permanente, como as divisórias e mobiliários móveis, trilhos quase
imperceptíveis, delicados trabalhos de marcenaria que permitem embutir um mobiliário

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quando este não é necessário e trabalhos de automação residencial, que proporcionam a
adaptação do espaço por controle remoto, sem que o usuário precise fazer esforço.
Neste contexto, aliando um projeto arquitetônico com tecnologia e atualidade, busca-
se realizar uma proposta de edificação residencial multifamiliar com apartamentos flexíveis,
destinados aos novos grupos familiares, jovens e de classe média.

3.2. Universo de estudo e seus recortes


O universo de estudo deste trabalho é a cidade de Natal. Apesar de o terreno para o
projeto ainda não estar definido, existem algumas diretrizes que orientarão os recortes
espaciais, como a legislação, a área, os acessos e a localização em relação a outros pontos
importantes.
Com relação à legislação, é necessário que o terreno esteja em uma das zonas
adensáveis da cidade de Natal, a fim de que o coeficiente de aproveitamento da região
permita a construção de um edifício vertical. Além disso, é preciso que o lote tenha uma área
compatível com esse tipo de empreendimento, também para permitir a verticalização. Espera-
se, ainda, que o terreno tenha um bom acesso, ficando próximo a vias arteriais com grande
fluxo de veículos e pedestres, mas, preferencialmente, que seu acesso direto se dê por uma
via coletora ou local, facilitando a entrada e saída de veículos. Por fim, é interessante que o
lote se localize próximo a pontos importantes, como restaurantes, padarias, farmácias,
cinemas, parques, entre outros equipamentos que possam ser úteis aos moradores, evitando
que eles percorram longas distâncias, quando possível.

4. Objeto de estudo

Arquitetura residencial em relação às necessidades de melhor aproveitamento e


flexibilização do espaço construído.

5. Objetivos

5.1. Objetivo geral


Desenvolver uma proposta de edifício residencial multifamiliar, com apartamentos
flexíveis, destinados aos novos grupos familiares, jovens e de classe média.
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5.2. Objetivos específicos
Pesquisar estratégias para a flexibilização projetual;
Investigar as necessidades funcionais deste tipo de projeto;
Buscar referenciais para a composição formal;
Projetar um edifício residencial multifamiliar, com apartamentos flexíveis.

6. Justificativa

A escolha do referido tema para o Trabalho Final de Graduação foi orientada por
preferências pessoais, que incluem a área de estudo – Projeto de Arquitetura – e a relação
desta com o uso residencial, a flexibilização e a tecnologia. Além disso, essa escolha surgiu
como uma oportunidade de aprender mais sobre a flexibilização, assunto que não foi
estudado durante a graduação e pode ser necessário à atuação no mercado profissional,
considerando a constante necessidade de aproveitar o espaço, apresentada na
contextualização deste projeto.
O tema proposto é recente e ainda pouco utilizado no campo da arquitetura local.
Desse modo, o trabalho a ser realizado poderá explorar conceitos já difundidos em outros
países, assim como em outras regiões do Brasil, e adaptá-los à realidade natalense,
contribuindo para a divulgação da ideia e para a sua futura aceitação pelo mercado.

7. Métodos e técnicas

7.1. Referencial teórico-metodológico e empírico

7.1.1. Habitação na história e na contemporaneidade

A verticalização se apresenta como um processo de construção onde


são criados novos solos, que se encontram sobrepostos, dispostos em
andares sob a forma de um edifício. Esta configuração permite uma
maior extração de lucro do solo, pois dessa forma é possível construir
muito mais habitações ou salas comerciais em um espaço
relativamente pequeno (CASARIL; TÖWS; MENDES, 2011).
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As construções verticais acompanham a humanidade desde a Idade Antiga, podendo
ser utilizadas puramente por seu valor simbólico, mas também por sua capacidade de
aproveitar melhor o espaço. O simbolismo, representado pela imponência desse tipo de
construção e por sua maior proximidade com o céu, se verifica em pirâmides, zigurates,
catedrais e castelos (CASARIL; TÖWS; MENDES, 2011). Por outro lado, a capacidade de
multiplicar o espaço, aproveitando melhor a área limitada das cidades, aparece nas insulas:
habitações multifamiliares com três ou mais pavimentos muito populares na Roma Antiga
(ADKINS; ADKINS, 2004).
No entanto, entre a Antiguidade e a Idade Média, ainda existiam diversas limitações
técnicas à construção verticalizada, as quais só começaram a ser solucionadas com o
acontecimento da Revolução Industrial. Esta trouxe subsídios para grandes inovações, que
“foram viabilizadas pelo advento do aço, do concreto, do elevador e do capital imobiliário
necessário para a concretização do processo de verticalização” (CASARIL; TÖWS; MENDES,
2011).
Além da capacidade tecnológica, a Revolução Industrial também propiciou razões para
o uso da verticalização. Com o enfraquecimento do modo de produção feudal – de caráter
essencialmente rural – e o avanço da industrialização – centralizada no meio urbano –, houve
uma migração em massa do campo para as cidades. Estas passaram a crescer de forma
acelerada e desorganizada, sem espaço para abrigar tantos moradores, o que incentivava o
uso de habitações multifamiliares verticais e a diminuição da área das moradias, possibilitando
um melhor aproveitamento da área urbana.
A fim de solucionar o problema habitacional, a arquitetura moderna buscava aplicar
os ideais de produção em massa e de racionalização na construção de grandes conjuntos
habitacionais, que oferecessem aluguéis baratos e pudessem retirar as pessoas de cortiços e
levá-las a novas moradias com condições de higiene e saúde. Surge, nesse mesmo contexto,
a discussão da habitação mínima, ou Existenzminimum, que previa a diminuição dos espaços
à menor área necessária à atuação humana, o que foi proporcionado por diversos estudos e
pelo aparecimento dos eletrodomésticos, os quais levaram à diminuição dos espaços de
serviço, “que não abrigariam atividades humanas de longa duração, mas que proveriam o
funcionamento da máquina de morar” (TRAMONTANO, 1993, p. 7).

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No entanto, com o tempo, a preocupação com o usuário e com a percepção individual
do espaço adquire uma importância maior e vão surgindo dificuldades para continuar
aplicando a produção em massa nas habitações.
A preocupação com a produção, feita em escala industrial, sobrepunha
as preocupações com o atendimento as necessidades dos moradores,
resultando em prejuízos do espaço interno como cozinhas pouco
funcionais, janelas com peitoril muito alto e problemas na calefação.
Os aspectos plásticos resultavam do modesto orçamento (SILVA, 2006,
p. 19).

Por outro lado, essa mesma arquitetura moderna, que propunha a produção em massa
e a padronização das habitações, lançou ideais que, atualmente, são aplicados em habitações
flexíveis. Os cinco pontos da arquitetura moderna, difundidos por Le Corbusier, incluíam o uso
de estruturas independentes e divisórias internas leves, possibilitando a criação de vários
layouts em um mesmo projeto básico. É importante salientar, então, que a tecnologia da
estrutura independente, que foi utilizada nos conjuntos de habitações padronizadas,
possibilita também a flexibilidade, incentivando a existência de habitações específicas para as
necessidades de cada morador (TRAMONTANO, 1993).
Desde a Revolução Industrial até os dias atuais, os avanços tecnológicos foram
inúmeros, levando ao surgimento de edifícios cada vez mais altos e seguros, os quais não mais
se destinam somente às necessidades habitacionais das classes mais pobres, mas são
ocupados também pelas classes mais altas da sociedade. É importante ressaltar que a
diversificação dos ocupantes dos apartamentos não se deu somente na classe social, mas em
vários outros aspectos, já que as famílias atuais não seguem mais apenas o modelo tradicional
de família nuclear, composta por pai, mãe e filhos (POLETTO, 2012).
Com relação às novas composições familiares, sabe-se que a difusão de métodos
contraceptivos e a inserção da mulher no mercado de trabalho levaram a uma diminuição
considerável da taxa de fecundidade. Além disso, “o aumento da expectativa de vida, […] a
viuvez, a libertação sexual, a independência financeira cada vez mais cedo de pessoas jovens
e outros diversos fatores contribuem para o aparecimento de grupos ‘familiares’ específicos”
(POLETTO, 2012, p. 15).
De acordo com Tramontano (1998), entre as novas composições familiares que
habitam as cidades atuais, destacam-se: os jovens solteiros que moram sozinhos e preferem

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pagar mais caro por um apartamento pequeno, mas que apresente as facilidades de estar
localizado nas áreas urbanas centrais, além de
famílias monoparentais, casais DINKs – Double Income No Kids –,
uniões livres – incluindo casais homossexuais –, grupos coabitando
sem laços conjugais ou de parentesco entre seus membros, e uma
família nuclear renovada, ainda dominante nas estatísticas, mas com
um enfraquecimento da autoridade dos pais em benefício de uma
maior autonomia de cada um de seus membros (TRAMONTANO,
1998).

Esse contexto de diversificação das famílias não é compatível com a padronização de


habitações, mas esta continua sendo o modelo predominante: as grandes construtoras
permanecem executando empreendimentos enormes, com edifícios que reproduzem à
exaustão o mesmo apartamento tipo minúsculo, o qual deverá ser habitado por uma família
composta por dois pais e três filhos ou por um jovem que mora sozinho, não havendo
nenhuma preocupação com as necessidades específicas de cada usuário (LIMA, 2012). Essa
reprodução de modelos pré-definidos de habitação em edifícios multifamiliares se justifica
pela ausência de relação entre o arquiteto e o usuário, fazendo com que o mercado seja
responsável por ditar as características dos empreendimentos (POLETTO, 2012).
No que concerne o desenho do espaço doméstico para esta população
em transformação, o ritmo das inovações tem sido bem mais lento.
Paulistanos, parisienses e toquioítas habitam casas e apartamentos
cujos espaços tendem a assemelhar-se a tipologias que vão do modelo
da habitação burguesa européia do século XIX, caracterizado pela
tripartição em áreas social, íntima e de serviços, ao arquétipo
Moderno da habitação-para-todos, com sua uniformidade de soluções
em nome de uma suposta democratização das características gerais
dos espaços (TRAMONTANO, 1998).

Além disso, não é mais novidade que as inovações tecnológicas e a globalização têm
aproximado lugares e diminuído distâncias. Atualmente, as informações viajam a altíssimas
velocidades, atingindo todos os celulares e computadores pessoais do mundo em questão de
segundos. Assim também são as pessoas, que contam com as mais diversas opções de voos
para atravessar um oceano em algumas horas.
Ocorre intensa redução de custos de comunicação e de transporte,
possibilitada pelas inovações tecnológicas que fazem surgir os grandes
aviões de carga, a comunicação via satélite, e outros benefícios à
sociedade, permitindo assim o surgimento da informação instantânea,
a todos os lugares do planeta Terra (CASARIL; TÖWS; MENDES, 2011).

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Acompanhando essa conjuntura, as grandes empresas mantêm sedes em diversas
cidades ou até em vários países, constantemente encorajando transferências de funcionários
para difundir seus conhecimentos ou para fazer cursos em outras sedes. As universidades, por
sua vez, incentivam programas de mobilidade, em que os estudantes de graduação ou pós-
graduação realizam parte de seus estudos em outra instituição, onde podem aprender mais
sobre determinado assunto e contribuir para o desenvolvimento de tal campo quando
regressarem à universidade de origem.
Dessa forma, vem surgindo, desde meados do século XX, uma constante necessidade
de mudança de moradia, ou seja, uma maior rotatividade de habitação, pois a população não
tem mais o costume de viver para sempre na cidade em que nasceu; ao contrário, por
necessidades profissionais ou de qualificação, precisa morar por um determinado período em
outra cidade, ou até mesmo se mudar diversas vezes durante a vida adulta.
A cada mudança, os novos grupos familiares já apresentados se deparam com a
necessidade de encontrar uma nova moradia que atenda a todas as suas necessidades, o que
é uma tarefa exaustiva e nem sempre com resultado satisfatório. Surge, então, a questão:
como não existem apartamentos adequados ao estilo de vida que se está procurando, faz-se
necessário reformar o espaço, gerando grande quantidade de resíduos e poluentes, os quais
poderiam ser facilmente evitados.
Uma estratégia que vem sendo utilizada crescentemente, especialmente em outros
países e em outras regiões do Brasil, é a flexibilidade. Esta funciona como uma alternativa às
necessidades habitacionais de grupos familiares tão diferentes, pois não apresenta um tipo
de habitação único, mas estimula a diversidade de modelos. Além de oferecer opções
variadas, a flexibilidade também pode ser utilizada para proporcionar uma fácil adaptação dos
espaços, o que apresenta grande utilidade para a população atual, com sua constante
necessidade de mudança.

7.1.2. Flexibilização projetual

Flexibilidade significa a negação absoluta de um ponto de vista fixo,


definido. O plano flexível tem seu ponto de partida na certeza de que
a solução correta não existe, já que o problema que requer solução
está num estado permanente de fluxo é sempre temporário
(HERTZBERGER, 1996 apud FINKELSTEIN, 2009, p. 58-59).

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Segundo Tramontano (1993), existem dois tipos de flexibilidade residencial: a inicial e
a permanente. A primeira permite a existência de várias habitações diferentes em um único
edifício, porém as mudanças devem ser realizadas antes da construção, sendo necessário
realizar reformas para novas modificações. A segunda, por outro lado, permite a reordenação
do espaço permanentemente, de maneira simples e sem reformas.
Quando as construtoras responsáveis por produzir habitações se preocupam em criar
apartamentos diferenciados para cada nicho de usuários, utilizando o conceito de flexibilidade
inicial, a quantidade de reformas de adequação já diminui consideravelmente, pois cada
usuário pode encontrar um tipo de apartamento apropriado para si. Porém, quando a
flexibilidade permanente é aplicada, fazendo com que os apartamentos apresentem layouts
flexíveis, que possam ser modificados facilmente, com divisórias móveis e camas extras
embutidas, o mesmo apartamento pode se adequar a diversos tipos de família, não havendo
necessidade de reformas a cada novo morador.
Finkelstein (2009), por outro lado, propõe outra classificação, afirmando que a
flexibilidade pode ser determinada por vários fatores, os quais podem ser agrupados em duas
categorias: a flexibilidade da forma intrínseca, cujo projeto busca uma arquitetura neutra, e a
flexibilidade de forma projetada, que já prevê opções para a flexibilidade desde a fase
projetual.
Na primeira categoria, encaixam-se dois tipos de projeto: o que prevê espaços neutros,
que o morador possa usar livremente, e o que oferece várias opções de plantas para o cliente
escolher. Para a segunda categoria, Finkelstein (2009) destaca cinco possíveis
desdobramentos: os projetos que possibilitam várias opções de layouts, apenas
movimentando o mobiliário; os que permitem mudanças dependendo do horário do dia; as
construções que são entregues com caráter inacabado; os projetos que preveem áreas
destinadas a futuras expansões; e, ainda, os projetos que oferecem a possibilidade de separar
e integrar espaços através de mobiliário e divisórias.
Brandão e Heineck (2007) também identificam outra classificação para a flexibilidade
do setor imobiliário: a flexibilidade permitida ou a planejada. “A flexibilidade permitida
consiste na possibilidade de alterar ou personalizar o projeto quando uma só opção é
oferecida inicialmente” (p. 83). Essa única opção oferecida na flexibilidade permitida pode ser
uma planta baixa livre, em que o cliente possa criar seu próprio projeto, ou pode ser

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representada por uma única opção de planta baixa, que pode receber algumas alterações
propostas pelos clientes, se aceitas pelas construtoras. Por outro lado, a flexibilidade
planejada se caracteriza pela oferta, por parte da construtora, de várias opções de plantas
baixas, para o cliente escolher.
Analisando as três classificações apresentadas, percebe-se que há uma interseção,
uma categoria comum a todas, a qual considera a existência de vários apartamentos
diferentes em um único edifício. Para Tramontano (1993), chama-se flexibilidade inicial; para
Finkelstein (2009), é um dos desdobramentos da flexibilidade da forma intrínseca; e, para
Brandão e Heineck (2007), é a flexibilidade planejada. Além dessa principal relação, ainda
existem outras ideias comuns a mais de um autor, como a oferta de uma planta livre, prevista
por Finkelstein – na flexibilidade da forma intrínseca – e por Brandão e Heineck – na
flexibilidade permitida. Já a flexibilidade permanente de Tramontano se aplica aos projetos
que permitem mudanças de acordo com o horário, destacados por Finkelstein na flexibilidade
de forma projetada.
É importante ressaltar que, para realizar um bom projeto flexível, não se pode repetir
uma fórmula pronta com um programa de necessidades definido para atender a todos os
possíveis clientes, como afirma Hertzberger (1996 apud FINKELSTEIN, 2009):
A única abordagem construtiva para uma situação que está sujeita a
mudança é uma forma que parta da própria mudança como fator
permanente […] uma forma que seja polivalente […] uma forma que
se preste a diversos usos sem que ela própria tenha de sofrer
mudanças, de maneira que uma flexibilidade mínima possa produzir
uma solução ótima (p. 59).

Desse modo, é necessário compreender quais atividades são realizadas em cada


cômodo da habitação, a fim de que sejam propostos espaços adequados a atividades
diferenciadas de maneira eficiente. Finkelstein (2009) define, assim, “as atividades mais
comumente desempenhadas dentro do espaço doméstico […]: estar e relaxar, atividades
afins; jantar; cozinhar e lavar (louças e roupas); dormir; lavar-se e higienizar-se; circular
(espaços de passagem); armazenar e guardar; trabalhar e estudar” (p. 78-79).
Além disso, Finkelstein (2009) destaca os seguintes elementos como “facilitadores da
flexibilidade” (p.68):
 Estrutura independente;
 Modulação;

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 Paredes divisórias internas leves;
 Divisórias móveis;
 Mobiliário como divisória;
 Núcleos de circulação vertical;
 Núcleos de banheiros e cozinha;
 Shafts (dutos de instalações verticais);
 Fachada livre;
 Grelha, brise-soleil, varanda;
 Ambiente único, com ausência de divisões internas;
 Pisos elevados;
 Armários embutidos;
 Terraço.
Já de acordo com os estudos conduzidos por Rabeneck et al. (1974 apud BRANDÃO;
HEINECK, 1997), os seguintes elementos seriam “componentes básicos de um esquema
flexível” (p. 2):
 Divisórias internas não portantes e removíveis;
 Ausência de colunas ou preferencialmente grandes vãos entre
elementos e vedos portantes;
 Instalações, tubulações e acessórios desvinculados da obra bruta,
evitando de embuti-los na alvenaria;
 Marginalização da área úmida e das instalações de serviços em relação
à seca;
 Localização das portas e das janelas de maneira a permitir mudança
de posição sem comprometer as funções dos vedos portantes e dos
vedos externos;
 Utilização de formas geométricas simples nos quartos;
 Não utilização, na medida do possível, da locação central dos
aparelhos de iluminação e outras restrições semelhantes (p. 2).

É importante ressaltar, ainda, que a construção civil é responsável pela geração de


grandes volumes de resíduos, seja em grandes construções e demolições ou em pequenas
reformas. Dados de 2008 indicam que, em Fortaleza, 53% dos resíduos sólidos urbanos foram
provenientes da construção civil (NOVAES; MOURÃO, 2008 apud CABRAL; MOREIRA, 2011).
Quando as pessoas não encontram opções de moradia que satisfaçam suas necessidades, são
levadas a fazer reformas, contribuindo para aumentar a quantidade já excessiva de resíduos
gerados pela construção civil. A flexibilidade contribui, então, para a diminuição da poluição

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ambiental, na medida em que apresenta apartamentos adequados a diversos tipos de
moradores e desencoraja a realização de reformas.
Uma vez apresentadas as diversas aplicações da flexibilidade, estudadas por três
autores, identificou-se uma forma considerada mais interessante e mais abrangente, porém
ainda pouco utilizada: os projetos que possibilitam mudanças permanentes na moradia,
dependendo do horário ou da necessidade do usuário, criando ou eliminando ambientes
facilmente, sem reformas. Todas as aplicações vistas, juntamente com os elementos
definidores da flexibilidade e as tendências da habitação contemporânea, consolidam o
embasamento teórico necessário para dar continuidade a este trabalho.

7.2. Procedimentos e técnicas


A fim de atingir os objetivos determinados para este trabalho, será necessário seguir
diversos procedimentos e técnicas. Inicialmente, será realizada uma revisão bibliográfica, com
leituras e fichamentos, a fim de compreender a habitação contemporânea e suas influências
na flexibilização projetual.
Para entender as estratégias de flexibilização projetual, também será feita uma revisão
bibliográfica, realizando leituras e fichamentos de textos relacionados ao assunto. Além disso,
serão necessários estudos de referência diretos e indiretos, para que se veja, na prática, como
se aplica a flexibilidade. Assim, será preciso fazer um levantamento fotográfico dos projetos
escolhidos, focando nas divisórias e mobiliários móveis e nos seus mecanismos de
movimentação, como dobradiças e trilhos, e também um levantamento projetual,
entendendo, através de plantas baixas e cortes (se disponíveis), como é possível que dois ou
mais ambientes se localizem no mesmo espaço de maneira funcional.
Também será preciso realizar estudos de referência diretos ou indiretos para adquirir
informações relativas às residências contemporâneas, flexíveis ou não, que permitam a
elaboração de um programa de necessidades e de um pré-dimensionamento adequados para
o projeto. Assim, será preciso fazer um levantamento fotográfico e projetual, focando nos
programas de necessidades e nos ambientes mais ou menos utilizados, observando qual a
importância de cada um dentro de um projeto residencial contemporâneo.
Também será necessário fazer estudos de referência com levantamentos fotográficos
e projetuais relacionados aos aspectos formais, demonstrando quais diretrizes irão nortear as

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escolhas volumétricas e estéticas do projeto, focando nas escolhas de materiais e nas soluções
projetuais que reflitam nas fachadas e na volumetria da obra.
Por fim, para desenvolver o projeto, serão utilizadas todas as informações
apresentadas no referencial teórico do trabalho e serão feitas, primeiramente, análise da
legislação pertinente e visita de campo ao terreno escolhido, para proporcionar o
conhecimento dos condicionantes que regem o terreno. A atividade projetual começará com
a elaboração do programa de necessidades e do pré-dimensionamento, seguida da realização
de zoneamentos e estudos volumétricos, na forma de croquis e maquetes do SketchUp, para
que, posteriormente, sejam feitos os desenhos técnicos, utilizando os programas AutoCAD e
SketchUp.

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7.3. Quadro resumo
Objetivos Procedimentos Fontes de
Objetivo geral Técnicas
específicos metodológicos dados

Revisão Leituras,
Pesquisar
bibliográfica fichamentos Artigos, livros,
estratégias para
Estudos de Levantamentos projetos, obras
a flexibilização
referência diretos fotográfico e construídas
projetual
e indiretos projetual
Investigar as
Estudos de Levantamentos Artigos, livros,
necessidades
referência diretos fotográfico e projetos, obras
funcionais deste
e indiretos projetual construídas
tipo de projeto

Desenvolver Buscar

uma proposta referenciais Estudos de Levantamentos Artigos, livros,

de edifício para a referência diretos fotográfico e projetos, obras

residencial composição e indiretos projetual construídas

multifamiliar, formal

com Análise da

apartamentos legislação e dos


Leituras,
flexíveis condicionantes do
fichamentos,
Projetar um terreno,
levantamento Legislação,
edifício elaboração do
fotográfico do condicionantes
residencial programa de
terreno, ambientais,
multifamiliar, necessidades e do
croquis, referencial
com pré-
modelagem em teórico do
apartamentos dimensionamento,
SketchUp, trabalho
flexíveis zoneamentos,
desenhos em
estudos
AutoCAD.
volumétricos e
desenhos técnicos

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7.4. Sumário preliminar do TFG comentado
Introdução
Arquitetura flexível
Habitação na história e na contemporaneidade
Discussão sobre como a dinâmica histórica e atual se reflete na constante
necessidade de mudança dos projetos residenciais.
Flexibilização projetual
Apresentação das estratégias de flexibilização projetual encontradas em textos
e projetos, procurando explicitar como se dá a aplicação desse conceito na
prática projetual.
Estudos de referência
Estudos de projetos construídos ou não, de maneira direta ou indireta, que
forneçam repertório de soluções funcionais e formais, contribuindo, por
exemplo, para a elaboração de um programa de necessidades adequado à
proposta.
Condicionantes projetuais
Terreno
Definição do terreno escolhido para o projeto, apresentando as justificativas
para sua escolha.
Condicionantes ambientais e legais
Exposição dos condicionantes ambientais e legais que se aplicam ao universo
de estudo.
Projeto
Partido arquitetônico
Apresentação do partido arquitetônico alcançado, descrevendo também a
evolução da proposta até o resultado final.
Memorial descritivo e justificativo
Explicação mais detalhada da solução final, já com desenhos técnicos e
descrição das soluções adotadas.
Considerações finais
Referências bibliográficas

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8. Cronograma

A elaboração do TFG se inicia no 9º período do curso de Arquitetura e Urbanismo, de


modo que o plano de trabalho deve ser concluído ainda neste semestre, como parte das
atividades das disciplinas Introdução ao TFG 01 e 02. Além disso, é preferível que o referencial
teórico do TFG também seja iniciado para a disciplina de Introdução ao TFG 02.
Durante as férias entre o 9º e o 10º período, espera-se iniciar o desenvolvimento dos
estudos de referência, para que se dedique menos tempo a essas atividades no 10° período,
dispondo de mais tempo para a realização do projeto arquitetônico. Dividindo-se o 10º
período em vinte semanas, obtém-se o cronograma a seguir.

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Semanas
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Atividades
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dez.
21/07 28/07 04/08 11/08 18/08 25/08 01/09 08/09 15/09 22/09 29/09 06/10 13/10 20/10 27/10 03/11 10/11 17/11 24/11 01/12
25/07 01/08 08/08 15/08 22/08 29/08 05/09 12/09 19/09 26/09 03/10 10/10 17/10 24/10 31/10 07/11 14/11 21/11 28/11 05/12

Revisão e conclusão do
referencial teórico
Estudos de referência
Escolha do terreno, análise
da legislação e demais
condicionantes
Programa de necessidades e
pré-dimensionamento
Zoneamentos, estudos
volumétricos e início da
organização espacial
Desenvolvimento do projeto
Desenvolvimento do
memorial descritivo
Elaboração da apresentação
para a pré-banca
Pré-banca

21
Semanas
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Atividades
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dez.
21/07 28/07 04/08 11/08 18/08 25/08 01/09 08/09 15/09 22/09 29/09 06/10 13/10 20/10 27/10 03/11 10/11 17/11 24/11 01/12
25/07 01/08 08/08 15/08 22/08 29/08 05/09 12/09 19/09 26/09 03/10 10/10 17/10 24/10 31/10 07/11 14/11 21/11 28/11 05/12

Correções e finalização do
projeto
Desenvolvimento do
memorial descritivo e
finalização do volume teórico
Testes de impressão e
plotagem
Entrega final
Elaboração da apresentação
final e do banner
Defesa

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Considerações finais

A realização deste plano de trabalho possibilitou o encaminhamento das ideias iniciais,


as quais estavam soltas e não seriam capazes de orientar o desenvolvimento do TFG se não
tivessem sido organizadas em todos os tópicos apresentados anteriormente.
Foi possível perceber, assim, que será necessário focar os estudos iniciais na
flexibilização projetual, aprendendo as estratégias que serão necessárias à realização do
projeto, as quais ainda não foram estudadas durante a graduação. Como os projetos flexíveis
são pouco utilizados na arquitetura local, sabe-se que haverá dificuldades para encontrar
locais propícios à realização desses estudos de referência diretos, cuja ausência deve ser
compensada por estudos indiretos.
Apesar de já perceber que existirão dificuldades no decorrer do trabalho, espera-se
que os objetivos e o cronograma propostos sejam cumpridos e levem à criação de um projeto
satisfatório ao final do curso.

Referências bibliográficas

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