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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

PROJETO DE ARQUITETURA E URBANISMO

MEMORIAL JUSTIFICATIVO
DO PARTIDO URBANISTÍCO

RESIDENCIAL TERRA PROMETIDA

Teresina, PI—22 de Outubro de 2021


SUMÁRIO

1. DADOS GERAIS..............................................................................................1

2. LOGOMARCA DO PROJETO............................................................................1

3. CONCEITO DO PROJETO.................................................................................1

4. CONFIGURAÇÃO TOPOGRÁFICA.....................................................................2

5. CONDICIONANTES AMBIENTAIS.....................................................................3

6. DEFINIÇÃO DAS QUADRAS.............................................................................4

7. VIAS E CALÇADAS...........................................................................................5

8. MATERIAIS E ACABAMENTOS........................................................................7
1. DADOS GERAIS

- Nome do Empreendimento: Residencial Terra Prometida

- Tipologia de Projeto: Loteamento e Urbanização

- Local: Avenida Abdias Neves esq. Rua Canadá, bairro Cristo Rei - Teresina/PI

- Área Total do Terreno: 35.118,794m²

- Autores do Projeto: Amanda Azevedo, Taiany Linhares, Elaynne Oliveira e Jonatan Reis

2. LOGOMARCA DO PROJETO

Imagem 1: Comparação da logomarca com as


formas simples de se representar uma residência.

A logomarca do “Terra Prometida” foi idealizada para ser uma versão mais trabalhada de
um desenho rudimentar que represente uma casa, com um formato retangular na parte inferior
simbolizando sua fachada e um formato triangular na parte superior simbolizando seu telhado.
Em nossa versão adaptada foram agregados alguns elementos que relembram a implantação do
projeto: dois bloco em formato de “L” disposto a formar um centro aberto entre eles; as
diferentes árvores moldando o formato do telhado da casa para fixar a imagem de preservação
das áreas verdes já presentes no terreno e que obedecem o zoneamento da região; as cores
verdes em nossa paleta para reforçar a conexão do projeto com amplos espaços verdes. O
nome do residencial “Terra Prometida” foi mantido para preservar o nome do local que os
moradores do entorno já utilizam para o local.

3. CONCEITO DO PROJETO

O projeto consiste em um Conjunto Habitacional de Interesse Social, que visa em ambos


os dois blocos de edifícios uma estrutura em pavimentos semelhantes, mas que aproveite a
configuração topográfica do local que foram implantados. Ademais as edificações foram
planejadas para que haja o maior aproveitamento da permeabilidade do solo de forma acessível
e sustentável, através de grandes módulos paisagísticos. Para os volumes institucionais o
definido foi o uso das funções de UBS (unidade básica de saúde) e uma Creche, que serão
integrados com o volume residencial, tornando o projeto de uso misto.
4. CONFIGURAÇÃO TOPOGRÁFICA

O terreno se configura com grandes desníveis de uma lateral a outra, chegando aos
extremos de uma diferença de 12 metros em sua extensão. A ideia principal do projeto então foi
configurar o terreno em platôs retangulares que pudessem gerar diferentes acessos para partes
do blocos. Essa configuração foi alinhada com a ideia de escalonar os blocos com diferentes
quantidades de pavimentos, gerando também um ganho estético a partir da topografia.

Como é possível ver nas imagens, os volumes foram também setorizados através do uso
da configuração topográfica. O projeto teve como referência de nível 0,00 o platô central, dos
cinco platôs gerados em nossa divisão. Neste platô 0,00 ficaram localizados os volumes
institucionais da escola infantil e da unidade básica de saúde que podem ser acessados pela
Avenida Projetada que está bem no centro do projeto. Os demais níveis abrigam as partes do
bloco reservadas para os apartamentos, onde a configuração topográfica orientou também a
alocação dos apartamentos reservados para pessoas com deficiência.

Imagem 2: Volume do projeto


orientado na topografia do terreno.

Em branco teremos os
apartamentos residenciais,
sendo os térreos dos blocos
reservados para os
apartamentos para
portadores de deficiência.
Em laranja é o ambiente
destinado para a função de
escola infantil e em roxo o
local destinado para a
função de unidade básica de

Imagem 3: Destaque para a topografia orientando o Volume 1.


Ampliação de
imagem focando em
um dos blocos e
mostrando como foi
utilizada a divisão do
terreno em platôs.
Especificamente,
esses três platôs têm
uma diferença de
3,25 em relação ao

Imagem 4: Destaque para a topografia orientando o Volume 1.

5. CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Mais um resultado do aproveitamento da topografia do terreno, assim como a posição em


que os blocos foram inseridos, os pavimentos de um bloco não cobrem ou impedem que o fluxo
de ventilação deixem de chegar até o outro lado, permitindo um fluxo constante dos ventos da
cidade de Teresina (sudeste pela manhã e nordeste pela noite) possam atingir ambos os blocos
sem obstáculos.

Os quartos das áreas residenciais serão todos com aberturas orientadas para leste, a fim
de evitar a insolação da tarde dentro desses ambientes. Os acessos aos prédios em geral serão
orientados em entradas ao norte ou ao sul dos volumes, para evitar que a luz do sol incida
diretamente nas aberturas.

Ademais, as fachadas receberão um investimento de brises e cobogós para filtrar o


impacto solar dentro da edificação, mas ainda aproveitando toda a iluminação natural
proporcionada nos volumes horizontalizados.
SOL POENTE SOL NASCENTE
VENTOS NOTURNOS

VENTOS MATUTINOS

Imagem 5: Condicionantes climáticas em relação aos volumes.


6. DEFINIÇÃO DAS QUADRAS

O projeto consistiu em dividir o terreno proposto em 4 quadras. A primeira delas ficou


reservada para abrigar um fluxo de córrego que já existe no terreno, a área será revitalizada
para se tornar um canal de escoamento de águas pluviais e seu entorno será trafegável, por
esses motivos nada será construído neste local, isolado em um quadra única. A segunda quadra
ficou reservada para uma grande área puramente de paisagismo que abrigará uma pista de
corrida e uma ciclovia para uso livre dos moradores do empreendimento e do entorno. Toda esta
quadra será um parque para visitação aberta.

A terceira e quarta quadras abrigarão os volumes do projeto. As quadras foram divididas


em cinco platôs de diferentes altura, cuja a avenida marca o nível 0,00 entre elas. Os dois blocos
são de uso misto, então a divisão de quadras não influenciou na setorização de tipologia de
prédios. Parte da quarta quadra que não foi aproveitada para construção de nenhum volume
será destinada para aumentar a área de vegetação.

Imagem 6: Planta de layout urbano, destacando a divisão das quadras e orientação das vias.
7. VIAS E CALÇADAS

Uma vez definidas a quantidade de quadras e o que cada quadra abrigaria, a divisão delas
através das vias fluiu junto com a configuração topográfica. A Avenida Projetada ficou bem no
centro do terreno criando um canal de tráfego entre a Avenida Abdias Neves com a Rua
Fotógrafo Costinha. Assim, os volumes que funcionariam como serviços institucionais dentro do
terreno estariam servidos de um sistema mais amplo de via que comportasse o grande fluxo de
veículos e pessoas que era previsto.

As duas mãos da Avenida têm 7 metros de dimensão cada, abrigando 4 faixas carroçáveis,
permitindo que uma das faixas (que teria 3,5 metros) funcione como parada de estacionamento
rápido e outra faixa continue seu fluxo ininterrupto. Cada mão da Avenida corre em um sentido
diferente, como pode ser compreendido na imagem. A Avenida também conta com um passeio
central de 4 metros de largura, que amplia o alcance do sombreamento da vegetação.

Imagem 7: Perfil humanizado da Avenida Projetada, com destaque para as rampas.

Rampas de 3m de largura por 4m de comprimento foram projetadas em dois pontos da


avenida, para facilitar o acesso aos volumes institucionais. Na imagem que detalha o
dimensionamento das calçadas, denota-se que os passeios laterais foram orientados com um
espaço de 1m para a faixa de serviço e 2m para faixa livre de circulação, a faixa de acesso para
as edificações se dá no próprio espaço reservado à sua implantação, uma vez que há um recuo
da implantação em relação às calçadas e também pelo amplo espaço de paisagismo próximo
aos volumes construtivos. Desse modo a dimensão da faixa de acesso irá variar e se manteve
indefinida até o momento.
Imagem 8: Imagens de detalhamento das calçadas de passeio lateral e de passeio central

CA

AD FA
A IX
A
DE
AC
ES
SO

Imagem 9: Imagem destacando a calçada e o acesso livre para o Volume 1.

No trecho volumétrico acima é possível demonstrar melhor os recuos do volume e da área


paisagística em relação ao espaço pré-estabelecido para a calçada.

Já a via chamada de Rua Projetada tem também mão dupla, mas apenas duas faixas.
Servindo como módulo isolador das duas primeiras quadras, setorizando as mesmas como
espaço livre para acesso público, como espaço muito mais integrado a malha urbana do que
parte de um projeto particular. Essa mesma Rua irá permitir um fluxo de veículos e pessoas
entre a Rua Canadá e a futura continuação da Avenida Padre Florêncio Lecchi.
RUA PROJETADA E RUA FOTÓGRAFO COSTINHA RUA PROJETADA

Imagem 10: Perfis humanizados de dois trechos da Rua Projetada, com destaque para o córrego.

A Avenida Abdias Neves e a Rua Canadá que circundam o terreno também serão pontos
de acesso, recebendo rampas como mostra os perfis nas imagens abaixo.
AVENIDA ABDIAS NEVES RUA CANADÁ

Imagem 11: Perfis humanizados da Avenida Abdias Neves e da Rua Canadá.

8. MATERIAIS E ACABAMENTOS

Na tabela ao lado é mostrado os principais


materiais utilizados nos pisos dos passeios, áreas
livres e vias. O piso intertravado formato escama de
peixe é utilizado nas calçadas e o piso intertravado
de duas cores nas áreas de paisagismo para dar um
contraste de transição entre uma área e outra. Imagem 12: Tabela de materiais de piso.
Imagem 13: Módulos paisagísticos 1 e 2 com pontos comerciais.

Nas imagens acima há detalhamentos do mobiliário urbano usado em trechos paisagísticos


do projeto que abrigarão pontos de lanchonete e outras formas de comércio. Os materiais de
piso utilizados foram o concreto e a grama esmeralda, para ter área permeável em cada módulo.
Destaque para o design dos mobiliários que apresentam mais de uma função, além de servir de
assento e o uso de árvores frutíferas para proporcionar aos usuários que todos os seus sentidos
possam ser agraciados ao usufruir do projeto. Arbustos floridos servirão para emoldurar os
trechos de grama esmeralda, criar um fluxo do caminho que pode ser percorrido até os pontos
comerciais e também gerar uma sensação aconchego.
Imagem 13: Módulos paisagísticos 3 playground e escada que dá acesso à quadra esportiva.

Neste módulo de playground foi utilizado mais variedades de material para compor os
pisos. A área com os brinquedos é composto de areia fina, material que irá agredir menos a pele
das crianças em caso de queda. Um pequeno trecho da área é de concreto, pintado em formato
de quebra-cabeça, para proporcionar ludicidade à área e permitir que as crianças realizem
outros tipos de brincadeiras.

Esse módulo destaca ao fundo degraus que sobem até o platô seguinte, conforme
demonstrado em imagens anteriores. Os degraus utilizarão diferentes cores de piso de concreto
texturizado, como forma estética e também para sinalização, além de servir como acesso para
as pessoas que circularem pelo local.

O mobiliário é bem colorido para contrastar com o grande uso de vegetação nesses
módulos. O uso de árvores frutíferas se estende para esta área.

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