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Ortopedia – 04.

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Raciocínio clínico

 Preciso saber o que aquele paciente tem (diagnóstico), para baseado nisso pensar no
tratamento/conduta que irei utilizar;
 RARAMENTE O PACIENTE JÁ CHEGA SEM DIAGNOSTICO CLINICO, porém
para entender a patologia do meu paciente preciso de testes para avaliar o quadro clinico
daquele paciente (testes clínicos), lembrando que quem dá o diagnóstico é o médico,
então é essencial NÃO deixar que isso dê um norte ao meu tratamento
 Se o paciente já chegar com diagnostico, não preciso avaliar a patologia, e sim avaliar e
tratar com condutas o problema que o meu paciente vem (ex: dor usar escalas de dor;
sinais inflamatórios (palpação), etc...), ou seja, avaliamos a consequência do problema
que o paciente trás;
 O objetivo principal do fisioterapeuta é se perguntar o pq o paciente tem aquele
problema (pq tem dor, pq não consegue andar, pq a dor apareceu, ...)
 Preciso deixar o paciente melhor do que ele estava quando começou a sentir o
incomodo que relata, e não somente “curar” a dor
 Avalio, conheço a condição do meu paciente, vou para os livros dentro da condição que
o paciente me tras e buscar entender, para assim saber a minha conduta
 A conduta que irá realiza deve olhar para o seu paciente como foco principal
 OBS: nem toda dor é uma patologia, e nem toda patologia gera uma dor,
principalmente em dores crônicas
 NÃO resumir um problema somente ao que o paciente faz em seu dia a dia
 Ex: NÃO pode dizer que tal paciente tem dor na coluna só pq ele passa x horas sentado,
mas sim investigar a postura dele, condições físicas que podem afetar o fato dele ficar x
horas numa só posição, alimentação, ou seja, fatores além que está levando meu
paciente a relatar tal problema
 A maioria das lesões ortopédicas acontecem por conta de uma desregulação entre o que
meu corpo tem a oferecer, o quão forte/flexível/hipomovel/condicionamento
cardiovascular ele tem/é, e o que ele demanda do seu corpo (o que eu faço com meu
corpo que me deixa com aquela dor/incomodo que tenho) – “OFERTA/DEMANDA”,
ou seja, preciso encontrar o real motivo que levou meu paciente a relatar aquele
incomodo;
 DOR NÃO LEVA NINGUÉM A PROCURAR UM PROFISSIONAL, a não ser que
essa dor limite a alguma função do dia a dia daquela pessoa, ou seja, limitação da
função (ex: a pessoa pode sentir uma dor a meses e não procurar um profissional, mas
se essa dor começar a atrapalhar a vida do mesmo, ai ele busca uma ajuda)
 Quando for fazer anamnese não perguntar so pq ela procurou um fisio, mas tbm
questionar a quanto tempo sente aquela dor, se demorou perguntar pq so “agora”
procurou ajuda (maioria das vezes limitação)
 O fisioterapeuta é o profissional da função (melhorar estrutura, adaptar função...)
 A função não é só a condição daquele paciente (força, mobilidade, etc), mas também é
uma condição de saúde/deficiência, pessoas que podem interferir ou ajudar aquele
paciente, ambiente que ele reside/trabalha, financeira
 FUNÇÃO é formado por força muscular, mobilidade, flexibilidade, equilíbrio,
estabilidade, resistência, controle neuromuscular, engrama sensóriomotor
(TODOS ESSES PRECISAM ESTÁ DENTRO DO PLANEJAMENTO DE UM
FISIO DIANTE DE UM PACIENTE)
 Função também é fazer determinado movimento com um objetivo, fazer movimento
com um objetivo (ex: fazer uma flexão de cotovelo, para levar o copo até a boca)
 Preciso encontrar dentro da função o que está faltando em meu paciente, para assim
conseguir “tratar” ele, é isso que avaliamos, e não a patologia em si.
 Na ficha de anamnese: avaliação da atividade é qual a função do meu paciente,
avaliação da estrutura é como está os “ingredientes” dessa função
 Raciocinio clinico:
1. qual atividade/função/limitação funcional - pq o paciente buscou meu
trabalho – geralmente isso é relatado na queixa principal (ex: se a pessoa não
consegue estender roupa, então essa é a função que preciso melhorar do
paciente, atender a demanda do paciente)
2. avaliar essa função/atividade – aplicar testes que testem a limitação do
problema do paciente (ex: simular o ato de estender roupa, o paciente realiza
aquele movimento x vezes e relata em qual momento começou a doer), ou seja
não é necessário seguir testes da literatura, e depois de alguns meses de
tratamento refazer o teste
3. avaliar estrutura – avaliar flexibilidade por exemplo e levantar e testar
hipótese (teorias com pq ele tem esse problema de função) (ex: pq naquele x a
paciente começou a sentir dor, qual músculo, e testar a força do manguito, a
hipótese seria que a queixa dela é a fraqueza do manguito, fez outros testes
relacionados deu problema, a hipótese final seria que ela tem uma limitação de
ombro na flexão devido fraqueza do manguito) pra realizar a avaliação
estrutural precisa entender da patologia (estudo possíveis causas daquele
problema do paciente), biomecânica, e como funciona, qual musculo afeta
4. traçar um objetivo pra melhorar essa função – estabelecer objetivos
terapêuticos baseados no conceito smart
5. começar o tratamento (condutas) – aplicar condutas terapêuticas com foco no
objetivo estabelecido, e deve ser reavaliado no final.
Se eu trabalhar por ex dois meses aquele problema do paciente e ela não melhorou,
então talvez eu errei na conduta.
A alta é determinada pela melhora da função
 OBJETIVO/CONCEITO SMART:
S: ESPECIFICO – meu objetivo deve ser especifico (ex: se o paciente tem dificuldade
na marcha, preciso avaliar em qual fase da marcha meu paciente precisa melhorar)
M: MENSURÁVEL – ex: se o problema do meu paciente é na marcha, vou questionar
o nível de dor do paciente, ou o paciente em apoio médio unipodal (depois de x
segundos começou a doer). Precisamos encontrar uma forma de mensurar a dor
A: ATINGIVEL – objetivos para alcançar, o que está no alcance dos limites do meu
paciente, objetivos que esteja disponível para aquele paciente
R: RELEVANTE para o paciente – o paciente sempre tem razão, tratar o que é
relevante para o paciente e não para o fisioterapeuta
T: TEMPORAL – precisa ter um tempo limite para atingir o objetivo com aquele
paciente (vamos tentar melhorar ao menos uma parte do seu objetivo em x meses, em
quanto temp eu acredito consigo melhorar meu paciente)
 CONDUTA BASEADA EM EVIDENCIAS (PBE)
Melhor evidencia disponível: prática baseada em evidencias reais, que esteja
escrito em artigos pelo menos de nível 1 (guide lines)
Experiencia clínica do profissional: quando for definir uma conduta, tem que ser
algo que o profissional saiba fazer, não faça nada que você nunca fez
Preferencia do paciente: da as opções de tratamento ao paciente, e fazer o que o
paciente achar melhor, desde que seja opções que eu saiba fazer e esteja na
literatura.
 TRATAMENTOS: eletro, cinesio e terapia manual

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