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O OLHAR DO PSICÓLOGO

ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
SOBRE OS TRANSTORNOS
COMPORTAMENTAIS
UNIDADE IV
HABILIDADES BÁSICAS DO TERAPEUTA
ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
Elaboração
Luciana Raposo dos Santos Fernandes

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
HABILIDADES BÁSICAS DO TERAPEUTA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL...................................................5

CAPÍTULO 1
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO VERBAL NO CONTEXTO CLÍNICO........................................................ 5

CAPÍTULO 2
ABORDAGENS VOLTADAS À CRIANÇA E AOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS.............................. 14

CAPÍTULO 3
TERAPIAS DE TERCEIRA GERAÇÃO E A RELAÇÃO COM A TAC.................................................................. 21

PARA (NÃO) FINALIZAR.......................................................................................................................27

REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................28
HABILIDADES BÁSICAS
DO TERAPEUTA
ANALÍTICO-
UNIDADE IV
COMPORTAMENTAL

Capítulo 1
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO VERBAL NO
CONTEXTO CLÍNICO

As pesquisas no campo da interação terapêutica têm por objetivo analisar as variantes


interpessoais às quais as alterações em terapia são atribuídas. Estudiosos de diferentes
interpelações teóricas e de variadas áreas de conhecimento têm construído diferentes
procedimentos metodológicos para o detalhamento dessa interação, por meio da
observação direta de sessões gravadas (salvas em vídeos ou áudios) e classificação dos
tipos de comportamentos ali manifestados e observados. Esses estudos, cuja informação
principal é tanto a interação verbal quanto a interação não verbal entre profissional e
paciente, são chamadas de pesquisas de processo (ZAMIGNANI; MEYER, 2007) e têm
a meta de determinar os processos de mudanças que vão acontecendo ao longo da
interação entre o terapeuta e o paciente durante a sessão.

De acordo com os autores Kazdin e Nock (2003), as pesquisas direcionadas para os


processos de mudança configuram um valioso investimento no progresso da prática
clínica e atenção ao paciente, objetivando elevar ao limite os resultados do tratamento
e certificar que detalhes críticos da terapia sejam generalizados para a prática clínica.

O objetivo deste capítulo é justamente trazer ao aluno a discussão, sob a perspectiva


da análise do comportamento, de algumas particularidades relacionadas no
desenvolvimento do conhecimento no que diz respeito à interação terapeuta-cliente
no âmbito da sessão terapêutica. É interessante notar que será visto nesta apostila o
processo de mudanças, e não apenas os resultados da terapia, o que vai em linha com
o exemplo de construção do conhecimento que será apresentado, já que a interação
entre uma determinada pessoa e o meio onde ela está inserida e as estratégias de
aprendizagem são seu objeto de estudo.

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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

1.1. Análise do comportamento aplicada no contexto


clínico
Uma peculiaridade dos estudos que se referem à psicoterapia, e que deve ser entendido
como algo normal, é que ao se fazer o estudo do comportamento, tem-se não apenas
o paciente que será analisado, mas também pelo menos mais um indivíduo que
participará da interação, o próprio terapeuta. Percebe-se, então, que existe um processo
de influência bidirecional (mútua), em que os comportamentos tanto do terapeuta
quanto do paciente são analisados como vieses sociais (ZAMIGNANI; MEYER, 2007).

De acordo com Zamignani e Meyer (2007), deve-se levar em consideração as variantes


que coordenam o comportamento de cada parte (indivíduo) considerada na interação.
Sendo essas variantes os estímulos sociais ou, melhor dizendo, os atos do outro
indivíduo. A constatação de características constantes nessas interações designa o
objeto da sistematização de informações.

Na investigação das interações entre terapeuta e paciente, uma das constatações


de características constantes é a estruturação dos dados de análise em torno de
classificações de comportamento do profissional e do paciente, em que os critérios
de estruturação seriam detalhados em termos de classificação de comportamento. Daí
então, seriam administradas investigações das relações entre essas classificações de tal
modo que fossem elencados possíveis efeitos de variados tipos de comportamento de
um dos indivíduos da terapia (terapeuta ou paciente) sobre o comportamento do outro
(ZAMIGNANI; MEYER, 2007).

Um dos problemas comuns que envolvem a terapia é a baixa probabilidade de o paciente


ficar à vontade para verbalizar integralmente fatos correspondentes aos eventos de seu
dia a dia e sua vida já nas primeiras sessões com uma pessoa que, apesar de ser um
profissional, ainda lhe é desconhecida. Sendo assim, o terapeuta deve assumir, além de
uma atitude não punitiva, uma percepção cautelosa do que o paciente irá lhe contar.
Por meio dessa compreensão cuidadosa, o terapeuta buscaria fazer a constatação
na conjuntura clínica e na história de reforçamento dividida com o paciente dos
motivadores das verbalizações dele, evitando, assim, que partes determinantes não
sejam vislumbrados por não estarem facilmente identificáveis nas verbalizações do
paciente (SANTOS; SANTOS; MARCHEZINI-CUNHA, 2016).

Quando se expõe a condição de uma percepção (ou escuta) cuidadosa, no sentido de


o terapeuta discernir cautelosamente cada aspecto do comportamento do paciente
que está ali dividindo suas ânsias, é relevante ter ciência que o paciente na clínica faz
a emissão de respostas verbais e não verbais. Desse modo, o clínico deve estar sempre
alerta aos dois tipos de comportamento apresentado pelo seu paciente.

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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

A investigação clínica engloba principalmente os comportamentos verbais. Os


autores Santos, Santos e Marchezini-Cunha (2016) comentam em seu artigo que o
comportamento verbal tem características vocais e não vocais (esse grupo envolve
gestos, palavras escritas em forma de frases, textos e outros, linguagem de sinais etc.).
Como visto anteriormente, o comportamento verbal é visto como um comportamento
operante que tem como aspecto marcante o estabelecimento de uma ligação com o
meio e produz resultados primordialmente no ouvinte, particularmente treinado em
sua organização verbal a ter aquele determinado comportamento. Dito isso, deve-se
compreender que o comportamento verbal pode ser eleito pelo resultado que produz no
ouvindo, sendo que esse pode ser o próprio indivíduo agente da ação. Por esse motivo,
é preciso que se esteja alerta ao modo como o terapeuta responde às narrações do
paciente, seja demonstrando reforço, aplicando punições ou colocando-os em extinção.

De acordo com a obra “O comportamento verbal”, de Skinner (1957-1978), ao


fazer a análise do comportamento verbal em termos funcionais, deve-se fazer uma
categorização de operantes verbais divididos pelas diversas características que os
controlam (antecedentes e consequentes) e pela topografia que mostram. Skinner
categorizou os operantes verbais em seis diferentes classes:

» ecoico;

» textual;

» mando;

» tato;

» transcrição;

» intraverbal.

Ainda, como operante verbal secundário, Skinner fez a categorização do autoclítico. De


todos os operantes verbais classificados, aqueles que ocorrem com maior frequência
durante um processo comum de análise são apenas três: tato, mando e intraverbal, além
de algumas de suas distorções que veremos a seguir:

1.1.1. Tato

O relato do paciente terá três períodos temporais distintos: passado (no qual ele fará
uma narrativa do que já lhe aconteceu); presente (as situações relatadas se referem aos
eventos que estão acontecendo no dia a dia atuais do paciente) e futuro (o paciente
irá narrar suas predições).

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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

Para todos os três períodos, caso o paciente seja o mandante dos fatos ocorridos ou
que estão ocorrendo, essas explanações verbais são classificadas como tatos. O tato
pode ser definido como sendo uma resposta verbal controlada por um impulso anterior
(estímulo antecedente) não verbal e o reforço para o seu envio é generalizado. Nesse
tipo de resposta verbal, entende-se que o comando sobre o ato de responder está
intrínseco com estímulo antecedente.

Os autores Santos, Santos e Marchezini-Cunha (2016) citam em seu trabalho o exemplo


a seguir para ilustrar a resposta verbal estudada (tato):

Imagine que o terapeuta questione ao paciente sobre o seu final de semana e o paciente
lhe responda narrando detalhadamente sobre controle dos eventos que ele de fato teve
vivência. De acordo com essa narrativa, o terapeuta responde apenas com algum som de
reflexão (por exemplo a onomatopeia “hum”). Pode-se, então, inferir que o relato verbal
do paciente está, prioritariamente, sob contenção do estímulo antecedente (ocorrências
do final de semana), e não sob mando de outra variante apresentada pelo terapeuta.

Quando se tem uma contingência repulsiva, o comportamento verbal pode sofrer


desvirtuamento, que são maneiras de fuga ou esquiva de punições concebíveis. Sendo
assim, caso o paciente receba punições enquanto faz uma narrativa fidedigna dos fatos
relativos à sua vida, ele pode aprender (e utilizar esse recurso) a distorcer fatos narrados
ou omitir circunstâncias ocorridas, deixando, portanto, de fazer um relato fidedigno.
Por exemplo (para que fique mais fácil o entendimento sobre tato distorcido), caso o
paciente tenha tido uma experiência repulsiva enquanto narrava para outras pessoas sua
experimentação em casas de swing e seu gosto por essa prática aos finais de semana,
o paciente pode não relatar essas experiências ao seu terapeuta nas primeiras visitas,
quando lhe é requerido que faça uma descrição sobre suas atividades de lazer. Ao
invés disso, o paciente pode fazer o relato de ter ido à uma festa (SANTOS; SANTOS;
MARCHEZINI-CUNHA, 2016). Visto esse exemplo, pode-se explicar o tato distorcido
como um descritivo verbal que sofre mutações em consequência dos impactos que
desempenha sobre o ouvinte.

1.1.2. Mandos

No ambiente clínico, o paciente também faz e realiza pedidos e requisições, e para isso
dá-se a classificação de mandos. Os autores Santos, Santos e Marchezini-Cunha (2016)
definem mando como sendo um operante verbal que tem uma resposta reforçadora
específica que é relevante para o narrador devido à uma condição de escassez ou
estímulo repulsivo. Desse modo, quando o paciente faz o lançamento de um mando (faz
um pedido, por exemplo), ele (paciente) aguarda que sua requisição cause um efeito

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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

específico sobre o terapeuta. Analisando o exemplo a seguir, será mais fácil para o
leitor fazer as considerações devidas: imagine que durante a sessão, o paciente, que
se encontra em dificuldades no controle das finanças, pode questionar o terapeuta se
existe a possibilidade de aquela consulta ter seu valor reduzido ou até mesmo ser
pro-Bono. Essa resposta verbal só é reforçada se houver um retorno positivo do terapeuta.

Assim como vimos no tato, o mando também pode ter a interferência de distorções,
caso o paciente já tenha tido consequências punitivas quando da emissão do mando em
alguma outra ocasião. Para exemplificar a manipulação do mando, imagine que o analista
tenha apresentado ao paciente o valor da terapia e o paciente responde apenas “Estou
com problemas para controlar as finanças neste momento”. Veja que o paciente não fez
a prática do mando diretamente, ou seja, ela não pediu especificamente ao analista que
fizesse uma redução no valor da terapia, ele apenas narrou sua dificuldade financeira.
Note que a narrativa tem semelhanças comuns a um tato, no entanto, é muito provável
que esse relato esteja exercendo a função de mando, ou seja, o paciente está, mesmo
que sutilmente e de forma indireta, fazendo uma requisição ao terapeuta para que esse
abaixe o valor da consulta. Essa classe de resposta é definida como mando disfarçado.
Sendo assim, pode-se dizer que os mandos disfarçados nada mais são que respostas
verbais que têm características de tato, mas que, no entanto, estão sob contingência
de consequências específicas como um mando, sendo assim, têm função de mando.

1.1.3. Intraverbal

O operante intraverbal está sob mando de estímulos discriminativos verbais. As


consequências que controlam essa resposta são reforçadores generalizados. Vamos a
mais um exemplo dos autores Santos, Santos e Marchezini-Cunha (2016) que ilustram
esse fenômeno: imagine que os pais levam seu filho ao psicólogo e relatam que seu filho
apresenta sinais de hiperatividade. No entanto, quando o analista pede aos pais que eles
relatem os motivos pelos quais eles imaginam que a criança apresente hiperatividade
e lhe relatem também o que tem acontecido, os pais sentem dificuldades em narrar os
eventos e mostram ao terapeuta apenas os relatos que receberam da escola da criança.
Nesse caso, os pais não controlam os comportamentos apresentados pelo filho, mas
sim estão sob controle do que foi informado pela escola (estímulo antecedente verbal).

Em sua obra, Skinner (1957-1978) descreve que operantes intraverbais são muito
comuns, ocorrendo das maneiras mais corriqueiras como, por exemplo, com respostas
verbais de uma interação social do tipo “Como você está?” e a resposta verbal “Estou
bem, obrigada”. Se para essa interação, a resposta estiver sob controle pela estimulação
verbal e não pelo estado de fato ou estimulação presente (por exemplo, as condições
físicas do corpo do interlocutor), então, o retorno será um intraverbal.

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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

De acordo com o exposto, entende-se que na interação verbal com o paciente, o analista
deve desempenhar um papel cauteloso no que o cliente está falando, para identificar se
o que ele está narrando é um tato ou um intraverbal. O que é bastante difícil de fazer
essa distinção apenas com interações iniciais sociais do tipo “como foi sua semana?” e
a resposta “foi boa”.

Conseguir acesso a relatos de terceiros sobre o comportamento do cliente e também


requerer que ele faça o detalhamento da forma mais cuidadosa possível de seus
comportamentos são maneiras de erguer condições para o desprendimento de tatos,
que são bastante relevantes no procedimento terapêutico. É preciso, portanto, que o
analista forneça ferramentas que permitam a emissão de tatos. Ferramentas essas que
podem ser traduzidas como perguntas certas, para que o paciente seja compelido a
aprender a construir uma narrativa que mostre o que ele fez, em quais condições e as
consequências de seus atos. Caso o analista apresente suas próprias investigações ao
paciente, existe o risco de que o paciente faça a utilização do recurso intraverbal, sem
que ele tenha adquirido conhecimento de análise ou descrição do seu comportamento
sob continência do que realmente ocorreu com ele (paciente). Sendo assim, portanto,
caso o analista reforce intraverbais, há o risco de o paciente tomar para si o argumento
que é reforçado (sob controle do efeito no terapeuta) e não de fato o que aconteceu
(SANTOS; SANTOS; MARCHEZINI-CUNHA, 2016).

É importante ressaltar que, apesar de se falar em resposta verbal e escuta do terapeuta,


o pensamento lógico do aluno seria relacionar essas coisas somente ao comportamento
verbal-vocal (que diz respeito, basicamente, à fala). No entanto, existem pelo menos
duas concepções que devem ser levadas em consideração:

» Existe a chance de o comportamento verbal ser não vocal, ou seja, ele se manifesta
por meio de gestos. Por exemplo, quando uma pessoa tem o desejo de manifestar
uma negação e usa o movimento da cabeça, balançando-a de um lado para o
outro, indicando essa resposta.

» É frequente a existência de incompatibilidade de comportamento no que diz


respeito ao que o cliente se expressa por meio da fala e a maneira como ele se
expressa fisicamente diante do terapeuta.

Sendo assim, os comportamentos não verbais, que podem ser entendidos como
os gestos feitos pelo corpo e as expressões do rosto que se manifestam durante
o comportamento verbal, podem trazer ao analista indicações úteis das prováveis
contingências que estão prevalecendo e mostrar sinais de alguma provável distorção
na narrativa verbal que está sendo feita pelo paciente.

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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

Como dito no parágrafo anterior, o analista tem ferramentas para identificar em seu
paciente as inconsistências possíveis entre o comportamento verbal do cliente e o
comportamento não verbal. Desse modo, identificada a inconsistência, existe aí um
indicativo da existência de meios de controle divergentes sobre os dois tipos de
respostas. De acordo com Skinner (1957-1978), os comportamentos públicos análogos
podem oferecer dados sobre os comportamentos e sobre os estados físicos (ou seja,
do corpo), que o paciente está sentindo. Por conseguinte, são também indícios do que
o cliente está vivenciando. Olhando o exemplo que será dado, ficará ainda mais simples
a compreensão. Imagine que o paciente diga ao seu terapeuta que ele se sente bem
(resposta verbal), porém, o terapeuta nota que os olhos do paciente estão marejados,
o queixo está contraído, o paciente fica esfregando as mãos (resposta não verbal).
Nesse contexto, é de responsabilidade do analista a identificação de uma possível
incompatibilidade entre o que o cliente reporta e o que o cliente sente de fato. É possível
constatar dois controles vigentes no exemplo: o primeiro sobre a narrativa verbal e o
segundo sobre sua resposta não verbal. Possivelmente, o paciente está descaracterizando
o relato de seus sentimentos (tato distorcido) ou está apenas dando um retorno de
convenção social (intraverbal).

Fazer a verificação dos operantes verbais essenciais emitidos pelo paciente pode
parecer uma coisa corriqueira e simples. No entanto, variados detalhes concorrem
para uma análise correta de tatos distorcidos, mandos disfarçados e intraverbais
manifestados pelo paciente das consultas terapêuticas iniciais. É preciso ainda levar
em conta que o relacionamento entre terapeuta e paciente fica sob orientação de
alguns aspectos, tais quais:

» A emissão de respostas verbais e não verbais.

» Interações entre a teoria e a prática da terapia analítico comportamental.

» Vieses pessoal e profissional do terapeuta.

Desse modo, quando o paciente apresenta uma narrativa que não faz correspondência
precisa aos fatos ocorridos em sua vida (tato distorcido), ou quando ele parece estar
contando algo, mas na realidade está fazendo uma requisição implícita (mando
disfarçado), é bem possível que o analista sinta dificuldade em identificar essas
variâncias por causa do histórico particular do paciente ou do histórico de relações
com outros pacientes.

A dificuldade na identificação das variantes é particularmente comum para analistas


que estão no início de suas carreiras e que, durante as sessões, sentem-se inseguros e

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ansiosos e comportando-se estritamente sob orientação das regras aprendidas por


meio de orientadores e literatura, através de estimulações internas ao seu ser como
nervosismo de se expor como profissional, sob controle de reforçadores apresentados
pelo cliente como, por exemplo, a necessidade de aprovação do cliente e ainda
mostram um domínio ainda tímido da teoria que seria a base da prática (SANTOS;
SANTOS; MARCHEZINI-CUNHA, 2016).

Considerando-se o conteúdo visto, pode-se concluir que, para que sejam analisados os
aspectos das funções das verbalizações do paciente, é necessário que o analista esteja,
o máximo possível, no comando do que ocorre no meio e no momento das relações
estabelecidas pelo próprio paciente ao fazer verbalizações e a emissão de reflexos do
analista. É importante ainda que se tenha uma percepção bastante definida e atenta
das interações com aquele paciente em específico e da construção daquela narrativa
em particular. São perguntas cabíveis a serem feitas:

» Quais são as funções verbais que o paciente estava emitindo naquele determinado
momento?

» Em qual contexto a verbalização está relacionada?

Se, por outro lado, o analista estiver sob mando do que “normalmente” aquela
verbalização significa, ele pode não perceber outros dados importantes sobre narrativa
e a própria vida do paciente e seu jeito de se envolver com seu meio, tanto no aspecto
físico quanto no emocional. O terapeuta analítico-comportamental deve sempre ter
em mente que as explicações dos comportamentos são dadas por seu objetivo e são
erguidos na interação com o meio, e não apenas por sua topografia ou pela maneira
como eles são expressos. Ou seja, para que seja estabelecida a verbalização como tato
(descrição) ou como um mando (requisição), o terapeuta deve levar menos em conta a
sua forma e procurar reconhecer o contexto em que a narrativa é feita e/ou os resultados
que lhe são produzidos – nessa circunstância, no ambiente próprio, o terapêutico.

Após estudar o que foi apresentado neste capítulo, pode-se concluir que o que
tem sido nomeado como escuta cuidadosa envolve a postura de espectador não
punitivo e a análise das determinantes que fazem a mediação dos comportamentos
verbais e não verbais do paciente, bem como das respostas do próprio terapeuta.

Quando se trata de um envolvimento no qual tanto o terapeuta quanto


o paciente estão na posição de ouvintes e falantes, e fazem a emissão de
respostas verbais e não verbais, é de se esperar que o analista tenha um olhar
cauteloso com seus próprios comportamentos verbais e não verbais. O terapeuta
deve mostrar comportamentos não verbais não punitivos e em linha com os

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comportamentos verbais, os quais também não devem ser punitivos. Para que
seja assegurada a plateia não punitiva de grande valor quando se trata do
relacionamento terapeuta-paciente, o analista deve obrigatoriamente desenvolver
em si a auto-observação sobre esses dois nichos de comportamentos liberados
por ele mesmo na terapia.

Uma escuta atenciosa é elaborada a partir do conjunto desenvolvido de


auto-obser vação do analista e da sensibilidade ao compor tamento do
paciente, construídos através de super visão clínica com terapeutas mais
experientes e a resignação aos procedimentos de análise pessoal, sem falar
ainda na educação contínua sobre os aspectos analítico-comportamentais e
seus pressupostos norteadores por meio de literatura e busca de novidades
nesse meio.

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Capítulo 2
ABORDAGENS VOLTADAS À CRIANÇA E AOS
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS

Apresentar uma descrição psiquiátrica minuciosa é sempre um trabalho desafiador.


Grande parte dos prejuízos psiquiátricos é diagnosticada pela conciliação e intensidade
da manifestação de sinais manifestados pelo paciente e identificados pelo analista:

» sintomas físicos (taquicardia, hiperatividade motora);

» queixas subjetivas (ansiedade, palpitação);

» prejuízos funcionais (perda de capacidades).

Mesmo com a ajuda de sistemáticas para classificação de transtornos mentais, como


o DSM-IV-TRTM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – em tradução
livre do inglês: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e a CID-10
(Classificação Internacional de Doenças), é frequente que ocorra a sobreposição de
sintomas, e não existem ainda testes desenvolvidos em laboratórios com diagnósticos
conclusivos, além de que a experiência do transtorno mental tem sempre características
subjetivas e muito particulares e, também, existem ainda as possíveis consequências
indesejáveis do “rótulo psiquiátrico” (D’ABREU, 2012).

De acordo com a autora D’Abreu (2012), a análise psiquiátrica em crianças se mostra


ainda mais complexa que o diagnóstico psiquiátrico em um adulto. E isso se deve a
algumas premissas:

» Os problemas emocionais infantis são manifestados por meio de comportamentos


desadaptados e desviantes, e, é muito incomum que sejam relacionados pela
própria criança a uma dor pessoal (BIRD; DUARTE, 2002).

» Alguns comportamentos da criança podem ser compreendidos como normais em


determinada idade, porém, quando se muda o contexto da idade, esses mesmos
comportamentos podem indicar algum problema com a saúde mental. Podem
ser citados aqui alguns sintomas como tribulações na regulação de impulsos,
confrontos quando a criança se sente frustrada, problemas em manter a atenção,
medos, problemas com a fala. Todos esses sintomas são normais em crianças de
pouca idade, mas quando elas já são mais velhas, isso pode denunciar algum
problema no desenvolvimento.

» Os parâmetros para a análise de determinados transtornos mentais no período da


infância são derivados de análises aplicadas em adultos, e poucos detalhes têm
sido desvendados para a validação desses parâmetros.

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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

Sendo assim, pode-se notar que não apenas os parâmetros entre o normal e o patológico
são mais difíceis de serem identificados em crianças, mas também há o problema da
distinção entre um diagnóstico e outro. Desse modo, infere-se que, para que se tenha
um diagnóstico minimamente competente para uma criança, necessita-se de uma
avaliação bastante criteriosa.

Tendo como fundamento as pesquisas sobre a predominância de sintomas psiquiátricos


com aspectos clínicos e, também, as pesquisas sobre presença de uma ou mais doenças
que acometem psicologicamente a mesma criança ou adolescente, pretende-se neste
capítulo discutir os problemas e limitações da utilização de diagnósticos psiquiátricos
nesse grupo de pessoas, explicar o uso desses diagnósticos e, a parti daí, apresentar
sua importância nas pesquisas epidemiológicas e as características que lhe permitem
ser uma ferramenta facilitadora na prática clínica, bem como uma ferramenta que traz
benefícios para o público infantil.

2.1. Predominância de deficiências mentais na infância


e na adolescência
A predominância de deficiências mentais em crianças e adolescentes, infelizmente, não é
tão bem documentada da mesma maneira que é feito para o público adulto. De acordo
com a autora D’Abreu (2012), a partir dos anos 1980, pesquisas que examinavam os
transtornos psiquiátricos clínicos começaram a utilizar ferramentas sistemáticas para
tentar reduzir o impacto dos erros metodológicos, fazendo, portanto, o uso de critérios
de análises estruturadas, para que se evitassem as divergências nos dados coletados.

O autor Roberts e seus associados (1998) fizeram uma análise em cinquenta e duas
diferentes pesquisas que forneciam estimativas da predominância geral de transtornos
psiquiátricos em crianças e adolescentes. Dos resultados dessa análise, descobriu-se
uma variação de 1% até 51% nas taxas de acordo com a metodologia utilizada. Sendo
assim, o grupo de analistas dividiram as pesquisas em três faixas etárias diferentes e
notaram os seguintes resultados:

» Pré-escola: 10,2%.

» Período escolar: 13,2%.

» Adolescência: 16,5%.

De acordo com D’Abreu (2012), pesquisas nos Estados Unidos da América mostram a
estimativa de que por volta de 20% das crianças e adolescentes suportem prejuízos

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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

funcionais médios e que 5-9% apresentem graves níveis de transtornos emocionais. Já


na Grã-Bretanha, a taxa estimada de crianças e adolescentes com transtornos fica na
faixa de 9,7% e, em países em desenvolvimento, apesar das dificuldades relacionadas
às metodologias, as taxas variam de 10% a 20%. No Brasil, as pesquisas mostram que
em crianças, os índices de predominância de deficiências na saúde mental variam de
7% a 20%.

Ainda de acordo com o trabalho desenvolvido pela autora D’Abreu (2012), dados
divulgados pelos Estados Unidos da América mostram que nem todos os transtornos
mentais que são descobertos em pacientes ainda no período da infância ou na
adolescência continuam se manifestando na vida adulta desses mesmos pacientes,
ainda assim, a predominância de deficiências mentais em crianças e adolescentes tem
uma aparente semelhança com a de adultos.

Enquanto alguns transtornos permanecem se manifestando na vida adulta dos pacientes,


uma porcentagem de crianças e adolescentes acaba encontrando recuperação. Por
outro lado, uma porcentagem de adultos, saudáveis na infância, desenvolve transtornos
mentais na vida adulta (e somente na vida adulta), o que acende um alerta das diferenças
na natureza e na distribuição dos transtornos mentais em diferentes períodos da vida
de um paciente.

2.2. Transtornos psicológicos que começam na infância


e na adolescência
Os transtornos psicológicos que se manifestam e são identificados pela primeira vez na
infância ou na adolescência são listados pelo DSM-IV-TRTM e pela CID-10 (IACOPONI,
1999). De acordo com o DSM-IV, a proposta de uma seção dedicada para transtornos
psicológicos que são analisados inicialmente na infância ou na adolescência tem
propósito apenas para razões práticas e não tem como intencionar fazer sugestões da
existência de qualquer diferença entre transtornos da infância e da idade madura.

Uma boa variedade de transtornos mostrados nesse grupo pode se manifestar como um
resquício ou ainda de maneira atenuada na idade adulta. Olhando sob outra perspectiva,
muitos transtornos são incluídos nessa contingência e que tiveram seu começo durante
a infância e adolescência são elencados separadamente. Para boa parte das desordens,
uma seleção de critérios é apresentada, sendo para aplicação em crianças, adolescentes
e adultos, com as possíveis alterações quanto à idade (D’ABREU, 2012).

Uma outra maneira corriqueira de categorizar os diagnósticos na infância é representada


pelos chamados distúrbios internalizantes e distúrbios externalizantes, os quais:

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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

» Distúrbio internalizante: abrange os distúrbios ligados à ansiedade e ao humor. Eles


são identificados pela repetida experiência de dor intensa, dor essa internalizada
ou provenientes do emotivo. Ou seja, caracterizam sentimentos ou dificuldades
vivenciadas pela criança em seu íntimo, ainda que não sejam fisicamente visíveis
aos outros.

Sentimentos que estão associados à essa condição adversa podem estar ligados à
ansiedade, ao sentimento depreciativo, ao medo irracional, à baixa autoestima, à
depressão e à tristeza. Ao contrário do que a maioria das pessoas podem pensar,
depressão e ansiedade são transtornos que frequentemente acometem crianças de
todas as idades. Além disso, esse grupo de distúrbio inclui transtornos de ansiedade
de separação, de estresse pós-traumático, generalizada, obsessivo-compulsiva e
bipolaridade, entre outros (JENSEN, 2006).

» Distúrbio externalizante: é comumente administrado a terceiros e manifestado


por um padrão de comportamento dito desafiador, que inclui: desobediência,
hostilidade, agressividade, mentiras, introversão, desatenção e hiperatividade.
Todos esses comportamentos são inapropriados para a idade (JANSEN, 2006).

Dentre as classificações de diagnósticos que determinam os comportamentos


externalizantes, estão o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o
Transtorno de Conduta (TC) e o Transtorno Desafiador Opositivo (TDO), as quais, de
acordo com a autora D’Abreu (2012), parecem mostrar um prognóstico menos efetivo
que os internalizantes, bem como uma maior dificuldade na aplicação da maioria dos
tipos de intervenção.

Apesar de a classificação entre os comportamentos internalizantes e externalizantes


ser bastante comum, essa diferenciação não é a melhor maneira de conduzir uma
avaliação do paciente, já que ela não é completa. A ocorrência dos dois tipos de
comportamentos é evidenciada estatisticamente. Crianças com transtornos de
comportamento internalizantes também podem manifestar um impacto depreciativo
nos outros (familiares próximos, colegas e professores).

Do mesmo modo, crianças que apresentam transtornos externalizantes podem não


apenas depreciar seu meio de vivência externo, como também mostrar um quadro de
dor intensa interno. Um exemplo citado pela autora Liu (2004) em sua obra é o de uma
criança que em seu ambiente se mostra agressiva, mas que pode estar experimentando
uma grande ansiedade em seu íntimo. Outro exemplo é de uma criança que vivencia
a depressão e, ao mesmo tempo, pode apresentar problemas comportamentais. Isso
caracteriza, portanto, uma comorbidade.

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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

2.3. Comorbidades
A comorbidade nos dias de hoje é vista mais como regra do que exceção. Esse tema
vem ganhando os holofotes exponencialmente em todas as áreas. A comorbidade
costuma ser definida comumente como a apresentação de dois ou mais transtornos que
ocorrem com mais frequência em conjunto que em separado. Ela tem sido notoriamente
relacionada na psicopatologia infantil em cerca de 50% dos casos num espaço amostral
da comunidade e com porcentagens ainda mais altas quando se fala do ambiente da
terapia clínica (D’ABREU, 2012). Na infância e na adolescência, as comorbidades que mais
se manifestam incluem o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, o transtorno
de conduta, depressão, ansiedade, autismo e retardamento mental.

Segundo D’Abreu (2012), o termo “comorbidade” tem sido muito debatido no meio
científico, já que alguns estudiosos defendem que essa nomenclatura não seria
adequada, uma vez que ela não faz uma distinção da manifestação de doenças no
contexto da medicina e as condições latentes da capacidade mental, ou seja, das
síndromes e desordens psicológicas. No entanto, outros pesquisadores afirmam que
os usos do termo ou de outros similares são apenas objeto de um conflito semântico.

Em termos de Saúde Mental, sua função está interligada aos distúrbios, ou seja,
síndromes patológicas e relacionadas ao comportamento que são desviantes do que
se preconiza como padrão de normalidade, que são menos definidos que fisiopatologias
(D’ABREU, 2012). Essa é uma importante afirmativa para a distinção entre transtornos e
comorbidades, já que em meio aos transtornos, a comorbidade pode indicar um defeito
no sistema classificatório e não, de fato, uma relação entre duas doenças.

Apesar de estudiosos ainda não se debruçarem sobre as doenças ainda não validadas
definitivamente, isso não está relacionado ao fato de que as pesquisas em comorbidades
referentes à Saúde Mental não seja importante.

Olhando por uma outra perspectiva, compreender a manifestação de comorbidades


em meio às condições psiquiátricas permite que se corrija e se tenha uma validação
da nosologia psiquiátrica. É importante mencionar que as pesquisas referentes às
comorbidades não são dependentes da existência de doenças previamente validadas no
meio científico, mas podem ser um informativo interessante para o caso de distúrbios
ainda em validação.

Sendo uma característica central nos transtornos psiquiátricos, as comorbidades (ou


também chamadas de associações) têm o potencial gradativo de comprometimento
funcional do paciente (POETA; NETO, 2004).

18
Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

Altos índices de comorbidades podem enveredar caminhos para diferentes hipóteses


que ainda podem coexistir:

2.3.1. Alta fragilidade da amostra

As demonstrações clínicas possuem um índice fora de proporção e, muitas vezes,


inflado de comorbidade, pois é maior a chance de crianças nessas condições serem
referência para os serviços de saúde mental. De acordo com D’Abreu (2012), a maior
parte dos casos em que os pais buscam ajuda para tratamentos particulares para
suas crianças é quando os jovens manifestam sintomatologia mais severa, maiores
lesões e as famílias desse jovem acabam por sofrer mais pelos impactos dos distúrbios
manifestados pela criança.

2.3.2. Validação desqualificada entre os distúrbios manifestados


na infância

Como dito anteriormente, os índices altos de comorbidade/associação podem ser um


indício de problemas no sistema classificatório atual, como uma validação desqualificada
entre os distúrbios psiquiátricos na infância e a coincidência de sintomas de variados
transtornos, dificultando o desembaraço dos distúrbios apresentados.

De acordo com D’Abreu (2012), uma das coisas do sistema que são criticadas é o
fato de que alguns sintomas, tais como dificuldades para dormir ou manter-se
dormindo, problemas com concentração e períodos de grande irritabilidade, podem
ser categorizados em duas ou mais classificações diferentes de diagnóstico, como
depressão, Transtorno Desafiador Opositivo, ansiedade e hiperatividade.

Em alguns casos, uma porção de dificuldades clínicas surgem na tarefa de separar em


qual classificação diagnóstica aquele determinado sintoma se encaixa, por exemplo,
como seria desafiador classificar a irritabilidade, sendo um sintoma tanto de transtornos
depressivos, quanto em Transtorno Desafiador Opositivo. Sendo assim, os acadêmicos
que criticam essa construção sistêmica se referem ao pensamento de que a sobreposição
de sintomas seria lapidada por um sistema diagnóstico imperfeito.

2.3.3. Tendência do aplicante

Outra hipótese que pode explicar o alto índice de comorbidades é uma possível
tendência do aplicado do instrumento. Infelizmente, muitas vezes os analistas se veem
sujeitos a certas tendências quando da coleta de dados e direcionamento das decisões.
Desse modo, os índices elevados seriam uma computação incorreta resultante desses
problemas ligados à metodologia e tendências.

19
UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

Ainda assim, até mesmo em estudos que faziam o relato autocrítico de professores,
pais, crianças e outros especialistas, os índices de predominância de comorbidades
em grupos amostrais da análise clínica ainda continuavam altos nos variados relatos,
excluindo, portanto, a hipótese que somente a tendência do aplicador seria responsável
por resultar todos os resultados atrelados à comorbidade (D’ABREU, 2012).

2.3.4. Aumento dos índices de predominância e relacionamento


com o instrumento utilizado

A última hipótese que possibilita o enredo do alto índice de comorbidades se explica com
a ideia de que a ferramenta de avaliação utilizada acabe sendo um viés nas altas taxas
de comorbidade. Ou seja, seria de boa prática que o analista tivesse mais informações
e estudos sobre seus instrumentos de análise para que os mesmos não produzissem
um resultado tendencioso, contribuindo assim para as divergências nos índices da
comorbidade (D’ABREU, 2012).

Entrevistas bem construídas são mais suscetíveis, se utilizam de prelúdios diagnósticos


mais baixos e, como consequência disso, mais crianças atingem o processo avaliativo
do diagnóstico (ROBERTS et al., 1998). Essas entrevistas podem exercer uma função
de expansor nos índices de predominância de comorbidade, uma vez que fazem a
identificação de casos subclínicos, ou seja, aqueles episódios nos quais as crianças
manifestam problemas substanciais, que necessitam de fato de uma intervenção, mas
que não têm os requisitos que permitam cumprir os critérios diagnósticos sistemáticos
previstos no DSM-IV-TRTM (GOODMAN et al., 2000), sendo esse, portanto, um dos
principais respaldos para as críticas de pesquisadores ao sistema de classificação
diagnóstica utilizada nos dias atuais.

20
Capítulo 3
TERAPIAS DE TERCEIRA GERAÇÃO E A RELAÇÃO COM
A TAC

Como visto anteriormente no primeiro capítulo desta apostila, o Brasil tem sido por muito
tempo uma nação bastante interligada às intervenções psicológicas fundamentadas em
evidências. Foi um dos primeiros países a abraçar a Terapia Comportamental e Análise
do Comportamento, auxiliando em muito para o desenvolvimento dessa área. Para se
ter ideia, de acordo com Lucena-Santos e seus associados (2015), Fred S. Keller, pioneiro
na área da Psicologia Experimental, amigo do behaviorista Burrhus F. Skinner, após
sua aposentadoria de Universidade de Columbia, passou anos em função da ciência
na Universidade de Brasília, onde pode construir e testar o método personalizado de
instrução que existe lá.

Estando focadas de modo generalizado, sociedades brasileiras com abordagens


científicas, como a Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental
(ABPMC), antes conhecida Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina
Comportamental, mantêm por longo tempo suas raízes na orientação comportamental,
bem como agremiações científico-profissionais ancoradas em Portugal, como, por
exemplo, a Associação Portuguesa de Terapia do Comportamento (APTC), que se viu
erguida no país em 1984.

Se comparada a Portugal, as raízes cognitivas no Brasil são mais recentes, porém,


ela também se mostra bastante robusta e muito bem representada em sociedades,
tais como a Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC). Ainda segundo
Lucena-Santos e colegas (2015), nos últimos anos, o ambiente da psicoterapia que
tem por base evidências vem enfrentando uma espécie de reorganização mundial.
A chamada Terceira Geração de intervenções tanto comportamentais quanto
cognitivas (HAYES, 2004) tem se mostrado um fator de grande impacto não apenas
no Brasil, mas em toda a comunidade, que partilha da língua portuguesa no geral
(LUCENA-SANTOS et al., 2015). Impacto esse que pode ser entendido (em partes),
como o resultado do trabalho focado que os analistas brasileiros e a sociedade
científica têm performado em se tratando das psicoterapias fundamentadas em
evidências e, também, dos resultados de seus pensamentos, pesquisas em relação
a esse campo e suas divergências quando se fala nos modelos teóricos de análise.

Conforme explica a obra de Lucena-Santos e associados (2015), a Terapia


Comportamental tinha por objetivo principal no seu surgimento dois compromissos
primordiais:

» Compromisso 1: intervenções cautelosamente desenvolvidas e testadas


experimentalmente.

21
UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

» Compromisso 2: promoção da interação entre os princípios fundamentais da


psicologia com as intervenções psicológicas.

Sendo assim, tendo em vista as premissas a serem seguidas, os precursores da terapia


comportamental negaram os conceitos, os levantamentos de hipóteses, as teorias e
avanços da tecnologia clínica que fossem mal explicados, pouco discutidos e vagamente
estudados.

No entanto, apesar desses guias para assegurar a “qualidade” da Terapia


Comportamental, tão breve ficou compreensível que ela não possuía vias lógicas e
robustas para lidar com a cognição do homem. Desse modo, a chamada primeira
onda da Terapia Comportamental, ou seja, aquela fundamentada exclusivamente pelos
princípios clássicos da aprendizagem, foi aos poucos cedendo cada vez mais espaço
para o que viria a ser a segunda onda de Terapia Comportamental, e, à medida que os
preceitos cognitivos foram tomando forma dentro da psicoterapia comportamental, ela
foi sendo, portanto, incorporada à Terapia Comportamental, transformando-a, assim,
na chamada Terapia Cognitivo-Comportamental.

No Brasil, apesar de o país despontar em outras áreas da psicologia com rapidez, a


transição para a segunda onda, ou seja, para a Terapia Cognitivo-Comportamental,
ocorreu mais tarde. Lucena-Santos e colegas (2015) citam em sua obra que a sociedade
brasileira de maior influência na terapia cognitiva, a Federação Brasileira de Terapias
Cognitivas (FBTC) teve seu nascimento apenas em 1998. Essa demora na evolução da
Terapia Comportamental no Brasil se deve, em parte, ao fato de que a tradição da Terapia
Comportamental estava extremamente enraizada no país e o outro fator que dificultou a
expansão rápida da segunda onda pode ser explicado pelos conceitos comportamentais
que foram sendo utilizados de modo mais fluido no Brasil, justamente para lidar com
os eventos cognitivos manifestados.

O desenvolvimento da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), independentemente


da variável tempo, se mostrou ainda mais complexo e envolveu muito mais do
que simplesmente conceder atenção à cognição. Como ainda não havia nenhuma
interpelação da cognição humana para disponibilizar orientações para intervenções
cognitivas semelhantes ao serviço que antes era prestado em se tratando dos princípios
comportamentais fornecidos para as intervenções comportamentais, os profissionais
moldaram teorias cognitivas fundamentadas nas bases clínicas. Desse modo, pode-se
dizer que a segunda onda da Terapia Comportamental se apresentou de um jeito muito
mais generalista em termos de utilização das teorias e princípios.

22
Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

A segunda onda da Terapia Cognitivo-Comportamental se destacou pelo seu notável


desenlace e, de uma a uma das áreas-problema, os clínicos experimentais têm
apresentado às Terapias Comportamentais de Terceira Onda cerca de vinte e três
competências da Terapia Cognitivo-Comportamental em estudos desenvolvidos em
ambiente controlado.

Pesquisas bem desenvolvidas da Terapia Cognitivo-Comportamental são uma realidade


não apenas no Brasil, mas em várias localidades do mundo nas comunidades de língua
portuguesa. Porém, um pedaço desse sucesso se deu em função de que o campo da
psicoterapia que tem por base as evidências da Terapia Cognitivo-Comportamental
começou a acrescentar ensaios clínicos randomizados de tratamentos cujo foco eram
as síndromes. Essa junção foi considerada o modelo precursor da construção de
conhecimento nos cuidados fundamentados em evidências. Além disso, não se pode
deixar de comentar o aumento significativo de financiamentos científicos aplicados
nesses ensaios (LUCENA-SANTOS et al., 2015).

Apesar do sucesso, algumas outras adversidades começaram a aparecer, e surgiram


também questionamentos sobre a ideia principal de que a alteração no conjunto de
conceitos e ideias no âmbito cognitivo era uma parte essencial para que houvesse
modificações clínicas. De acordo com os autores Dobson e Khatri (2000), foram realizadas
análises extensas sobre os componentes da TCC e chegou-se à conclusão impressionante
de que, de fato, não existem vantagens extras em se alinhar intervenções cognitivas na
Terapia Cognitiva, uma vez que pesquisas que previam fazer a mediação desses fatores
(chamados de processos mediacionais) desenvolvidas especialmente para colocar em
teste os moldes cognitivo-comportamentais não foram hesitantes na apresentação de
suporte experimental (LONGMORE; WORRELL, 2007).

Assim, dentro do âmbito comportamental e cognitivo, a Terceira Onda de intervenções


cognitivas foi, aos poucos tomando seu lugar, para tampar os buracos abertos causados
por essas áreas problemáticas. Essa “nova geração” inclui Terapia Comportamental
Dialética (LINEHAN, 1993), Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (SEGAL; WILLIAMS;
TEASDALE, 2002), Psicoterapia Analítico-Funcional (KOHLENBERG: TSAI, 1993) e Terapia
de Aceitação e Compromisso (HAYES et al., 1999), entre outras.

Note que até o presente momento ainda não foi abordado o contexto da
terceira onda aplicada à Terapia Analítico-Comportamental, apenas à Terapia
Cognitivo-Comportamental. Vandenberghe (2011) explica que é preciso, em
primeiro lugar, deixar bem explícito que esse termo, “terceira onda” é derivado
de uma história que narra eventos em ordem cronológica dentro do cenário
internacional (em especial, no contexto europeu e norte-americano), no qual

23
UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

a Terapia Analítico-Comportamental como é conhecida hoje em dia não teve


participação ativa. Segundo o autor, a Terapia Analítico-Comportamental não faz
referência à uma cronologia, ou seja, ela não faz parte de um período específico,
mas sim de uma perspectiva clínica fundamentada no behaviorismo radical e
com raízes geográficas e culturais especialmente alocadas no Brasil. Sendo assim,
quando se fala em terceira onda e Terapia Analítico-Comportamental, tem-se
uma comparação de dois conceitos de ordens variáveis: um que se baseia em
história e outro que se baseia em uma cultura.

3.1. Preponderando o internalismo e o uso exagerado


de tecnologias
No apogeu da primeira onda, os profissionais da terapia comportamental abraçaram
as premissas técnicas da análise do comportamento, ainda que não se tornassem, de
fato, behavioristas radicais, como era, de certa maneira, a proposta da Terapia Analítico-
Comportamental como mostra Vandenberghe (2011) em seu artigo. Ainda segundo o
autor, outros estudiosos manifestaram interesses por quaisquer pesquisas que tinham
bases cientificamente bem construídas. Por outra via, os seguidores dos preceitos de
Skinner também buscaram conexões com a viés clássica da terapia comportamental.
Antes mesmo de verem o nascimento do Journal of Applied Behavior Analysis (revista
ligada à TAC), os analistas comportamentais tiveram alento para suas publicações em
veículos que circulavam com propostas e ideias do campo pavloviano. No entanto, apesar
desse compartilhamento, os analistas do comportamento não se sentiam completamente
confortáveis nessa posição, inclusive Vandenberghe descreve que eles se sentiam
incomodados ao ter que fazer tiragens em revistas de domínio de teóricos que não
tinham nenhum relacionamento com o behaviorismo proposto por Skinner.

O modelo amplamente difundido nos Estados Unidos englobava a implementação


completa de uma perspectiva externalista na prática de consultório, o que aconteceu
após a Terapia Cognitivo-Comportamental (internalista) já ter sido amplamente
estabelecida naquele território. Pode ser considerada, portanto, como uma importante
e inovadora contribuição da terceira onda a proposta de uma prática clínica muito bem
alinhada com os preceitos externalistas.

Já no Brasil, a cultura comportamental foi acolhida desde cedo à análise oriunda


de Skinner e a terapia comportamental pôde se desenvolver no seio da sociedade
verbal behaviorista radical. Os processos internalistas haviam sido trazidos ao Brasil
de outros lugares do mundo, mas foram rapidamente aderidos nas práticas de análise
do comportamento (externalistas). Desse modo, pode-se inferir que o externalismo

24
Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv

não constituiu, de fato, uma inovação na terapia comportamental nacional, ou seja, os


profissionais da terapia do comportamento não precisaram aguardar o desenvolvimento
da FAP (Psicoterapia Analítica Funcional) nem da ACT (Terapia de Aceitação e
Compromisso) para que viessem a assumir uma postura externalista.

De acordo com a pesquisa de Vandenberghe (2011), os estudiosos da terceira onda


teceram sua abordagem a partir de uma perspectiva crítica externalista das práticas
recorrentes. De modo geral, eles continuaram a atuar como os clínicos da segunda onda,
no entanto, fizeram a transposição do modelo cognitivo pelo modelo contextualista,
o qual era inspirado no behaviorismo radical. Esses mesmos pesquisadores chegam a
afirmar, por exemplo, que a análise funcional do comportamento verbal e do controle
por meio de regras teria a capacidade de melhorar a Terapia Cognitivo-Comportamental,
tornando-a ainda mais eficiente ou ainda que a análise funcional da relação terapêutica
poderia trazer benefícios para os exercícios cognitivo-comportamentais.

De todo modo, excluindo-se as particularidades culturais e históricas, é possível dizer


que a Terapia Analítico-Comportamental se molda nas propriedades da terceira onda
das seguintes maneiras:

» Apresentação de uma conduta construcional, uma resposta contra o objetivo das


duas primeiras ondas em extinguir emoções negativas e pensamentos insensatos.

» Foco nos princípios e processos no ligar das técnicas e procedimentos.

» Cuidados para o terapeuta como pessoa.

» Papel fundamental de mindfulness.

3.2. Interpelações construcionais


A terceira onda tem uma proposta de aspecto “eliminacionista” quando comparada
às terapias anteriores. A terapia comportamental clássica tinha foco na dissolução da
ansiedade. A Terapia Cognitivo-Comportamental tinha como proposição a reparação
de pensamentos e crenças não funcionais. Veja que nos dois casos, o objetivo era a
supressão (de certa maneira) do sofrimento por meio da expulsão de procedimentos
internos que causam danos no indivíduo. A terceira onda vem com uma proposta
diferente, que objetiva a aceitação de eventos pessoais da maneira que eles se
apresentam, sem tentar, de fato, exercer um controle sobre eles.

Vandenberghe (2011) expõe que o mérito da Terapia Analítico-Comportamental é


relacionar à análise funcional com um direcionamento para uma perspectiva ainda
mais construtiva, uma vez que, ao invés de extinguir a ansiedade, ela procura fazer a

25
UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental

identificação (por meio da análise funcional) de quais contingências estão compreendidas


na manutenção de determinados comportamentos (por exemplo o comportamento
obsessivo-compulsivo nas pessoas que sofrem desse transtorno). O trabalho do
terapeuta tem como função o desenvolvimento de comportamentos “mais apropriados”,
uma vez que o paciente poderia estar exaustivamente sob controle de contingências
repulsivas e precisasse, por exemplo, estabelecer relações com um reforço positivo. Ou
ainda, talvez faltassem ao paciente mais conhecimentos sobre novos repertórios para
que ele pudesse lidar de melhor maneira com o ambiente, resultando na construção de
sintomas que o fizessem esquivar de determinadas situações/consequências aversivas.

26
PARA (NÃO) FINALIZAR

Sentimental (Los Hemanos)

O quanto eu te falei

Que isso vai mudar

Motivo eu nunca dei

Você me avisar, me ensinar

Falar do que foi pra você

Não vai me livrar de viver

Quem é mais sentimental que eu?

Eu disse e nem assim se pôde evitar

De tanto eu te falar

Você subverteu o que era um sentimento e assim

Fez dele razão pra se perder

No abismo que é pensar e sentir

Ela é mais sentimental que eu

Então fica bem

Se eu sofro um pouco mais

Eu só aceito a condição de ter você só pra mim

Eu sei, não é assim, mas deixa

Eu só aceito a condição de ter você só pra mim

Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir

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REFERÊNCIAS

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