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ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
SOBRE OS TRANSTORNOS
COMPORTAMENTAIS
UNIDADE IV
HABILIDADES BÁSICAS DO TERAPEUTA
ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
Elaboração
Luciana Raposo dos Santos Fernandes
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE IV
HABILIDADES BÁSICAS DO TERAPEUTA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL...................................................5
CAPÍTULO 1
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO VERBAL NO CONTEXTO CLÍNICO........................................................ 5
CAPÍTULO 2
ABORDAGENS VOLTADAS À CRIANÇA E AOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS.............................. 14
CAPÍTULO 3
TERAPIAS DE TERCEIRA GERAÇÃO E A RELAÇÃO COM A TAC.................................................................. 21
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................28
HABILIDADES BÁSICAS
DO TERAPEUTA
ANALÍTICO-
UNIDADE IV
COMPORTAMENTAL
Capítulo 1
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO VERBAL NO
CONTEXTO CLÍNICO
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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental
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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv
» ecoico;
» textual;
» mando;
» tato;
» transcrição;
» intraverbal.
1.1.1. Tato
O relato do paciente terá três períodos temporais distintos: passado (no qual ele fará
uma narrativa do que já lhe aconteceu); presente (as situações relatadas se referem aos
eventos que estão acontecendo no dia a dia atuais do paciente) e futuro (o paciente
irá narrar suas predições).
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UNIDADE iv | Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental
Para todos os três períodos, caso o paciente seja o mandante dos fatos ocorridos ou
que estão ocorrendo, essas explanações verbais são classificadas como tatos. O tato
pode ser definido como sendo uma resposta verbal controlada por um impulso anterior
(estímulo antecedente) não verbal e o reforço para o seu envio é generalizado. Nesse
tipo de resposta verbal, entende-se que o comando sobre o ato de responder está
intrínseco com estímulo antecedente.
Imagine que o terapeuta questione ao paciente sobre o seu final de semana e o paciente
lhe responda narrando detalhadamente sobre controle dos eventos que ele de fato teve
vivência. De acordo com essa narrativa, o terapeuta responde apenas com algum som de
reflexão (por exemplo a onomatopeia “hum”). Pode-se, então, inferir que o relato verbal
do paciente está, prioritariamente, sob contenção do estímulo antecedente (ocorrências
do final de semana), e não sob mando de outra variante apresentada pelo terapeuta.
1.1.2. Mandos
No ambiente clínico, o paciente também faz e realiza pedidos e requisições, e para isso
dá-se a classificação de mandos. Os autores Santos, Santos e Marchezini-Cunha (2016)
definem mando como sendo um operante verbal que tem uma resposta reforçadora
específica que é relevante para o narrador devido à uma condição de escassez ou
estímulo repulsivo. Desse modo, quando o paciente faz o lançamento de um mando (faz
um pedido, por exemplo), ele (paciente) aguarda que sua requisição cause um efeito
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Habilidades básicas do terapeuta analítico-comportamental | UNIDADE iv
específico sobre o terapeuta. Analisando o exemplo a seguir, será mais fácil para o
leitor fazer as considerações devidas: imagine que durante a sessão, o paciente, que
se encontra em dificuldades no controle das finanças, pode questionar o terapeuta se
existe a possibilidade de aquela consulta ter seu valor reduzido ou até mesmo ser
pro-Bono. Essa resposta verbal só é reforçada se houver um retorno positivo do terapeuta.
Assim como vimos no tato, o mando também pode ter a interferência de distorções,
caso o paciente já tenha tido consequências punitivas quando da emissão do mando em
alguma outra ocasião. Para exemplificar a manipulação do mando, imagine que o analista
tenha apresentado ao paciente o valor da terapia e o paciente responde apenas “Estou
com problemas para controlar as finanças neste momento”. Veja que o paciente não fez
a prática do mando diretamente, ou seja, ela não pediu especificamente ao analista que
fizesse uma redução no valor da terapia, ele apenas narrou sua dificuldade financeira.
Note que a narrativa tem semelhanças comuns a um tato, no entanto, é muito provável
que esse relato esteja exercendo a função de mando, ou seja, o paciente está, mesmo
que sutilmente e de forma indireta, fazendo uma requisição ao terapeuta para que esse
abaixe o valor da consulta. Essa classe de resposta é definida como mando disfarçado.
Sendo assim, pode-se dizer que os mandos disfarçados nada mais são que respostas
verbais que têm características de tato, mas que, no entanto, estão sob contingência
de consequências específicas como um mando, sendo assim, têm função de mando.
1.1.3. Intraverbal
Em sua obra, Skinner (1957-1978) descreve que operantes intraverbais são muito
comuns, ocorrendo das maneiras mais corriqueiras como, por exemplo, com respostas
verbais de uma interação social do tipo “Como você está?” e a resposta verbal “Estou
bem, obrigada”. Se para essa interação, a resposta estiver sob controle pela estimulação
verbal e não pelo estado de fato ou estimulação presente (por exemplo, as condições
físicas do corpo do interlocutor), então, o retorno será um intraverbal.
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De acordo com o exposto, entende-se que na interação verbal com o paciente, o analista
deve desempenhar um papel cauteloso no que o cliente está falando, para identificar se
o que ele está narrando é um tato ou um intraverbal. O que é bastante difícil de fazer
essa distinção apenas com interações iniciais sociais do tipo “como foi sua semana?” e
a resposta “foi boa”.
» Existe a chance de o comportamento verbal ser não vocal, ou seja, ele se manifesta
por meio de gestos. Por exemplo, quando uma pessoa tem o desejo de manifestar
uma negação e usa o movimento da cabeça, balançando-a de um lado para o
outro, indicando essa resposta.
Sendo assim, os comportamentos não verbais, que podem ser entendidos como
os gestos feitos pelo corpo e as expressões do rosto que se manifestam durante
o comportamento verbal, podem trazer ao analista indicações úteis das prováveis
contingências que estão prevalecendo e mostrar sinais de alguma provável distorção
na narrativa verbal que está sendo feita pelo paciente.
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Como dito no parágrafo anterior, o analista tem ferramentas para identificar em seu
paciente as inconsistências possíveis entre o comportamento verbal do cliente e o
comportamento não verbal. Desse modo, identificada a inconsistência, existe aí um
indicativo da existência de meios de controle divergentes sobre os dois tipos de
respostas. De acordo com Skinner (1957-1978), os comportamentos públicos análogos
podem oferecer dados sobre os comportamentos e sobre os estados físicos (ou seja,
do corpo), que o paciente está sentindo. Por conseguinte, são também indícios do que
o cliente está vivenciando. Olhando o exemplo que será dado, ficará ainda mais simples
a compreensão. Imagine que o paciente diga ao seu terapeuta que ele se sente bem
(resposta verbal), porém, o terapeuta nota que os olhos do paciente estão marejados,
o queixo está contraído, o paciente fica esfregando as mãos (resposta não verbal).
Nesse contexto, é de responsabilidade do analista a identificação de uma possível
incompatibilidade entre o que o cliente reporta e o que o cliente sente de fato. É possível
constatar dois controles vigentes no exemplo: o primeiro sobre a narrativa verbal e o
segundo sobre sua resposta não verbal. Possivelmente, o paciente está descaracterizando
o relato de seus sentimentos (tato distorcido) ou está apenas dando um retorno de
convenção social (intraverbal).
Fazer a verificação dos operantes verbais essenciais emitidos pelo paciente pode
parecer uma coisa corriqueira e simples. No entanto, variados detalhes concorrem
para uma análise correta de tatos distorcidos, mandos disfarçados e intraverbais
manifestados pelo paciente das consultas terapêuticas iniciais. É preciso ainda levar
em conta que o relacionamento entre terapeuta e paciente fica sob orientação de
alguns aspectos, tais quais:
Desse modo, quando o paciente apresenta uma narrativa que não faz correspondência
precisa aos fatos ocorridos em sua vida (tato distorcido), ou quando ele parece estar
contando algo, mas na realidade está fazendo uma requisição implícita (mando
disfarçado), é bem possível que o analista sinta dificuldade em identificar essas
variâncias por causa do histórico particular do paciente ou do histórico de relações
com outros pacientes.
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Considerando-se o conteúdo visto, pode-se concluir que, para que sejam analisados os
aspectos das funções das verbalizações do paciente, é necessário que o analista esteja,
o máximo possível, no comando do que ocorre no meio e no momento das relações
estabelecidas pelo próprio paciente ao fazer verbalizações e a emissão de reflexos do
analista. É importante ainda que se tenha uma percepção bastante definida e atenta
das interações com aquele paciente em específico e da construção daquela narrativa
em particular. São perguntas cabíveis a serem feitas:
» Quais são as funções verbais que o paciente estava emitindo naquele determinado
momento?
Se, por outro lado, o analista estiver sob mando do que “normalmente” aquela
verbalização significa, ele pode não perceber outros dados importantes sobre narrativa
e a própria vida do paciente e seu jeito de se envolver com seu meio, tanto no aspecto
físico quanto no emocional. O terapeuta analítico-comportamental deve sempre ter
em mente que as explicações dos comportamentos são dadas por seu objetivo e são
erguidos na interação com o meio, e não apenas por sua topografia ou pela maneira
como eles são expressos. Ou seja, para que seja estabelecida a verbalização como tato
(descrição) ou como um mando (requisição), o terapeuta deve levar menos em conta a
sua forma e procurar reconhecer o contexto em que a narrativa é feita e/ou os resultados
que lhe são produzidos – nessa circunstância, no ambiente próprio, o terapêutico.
Após estudar o que foi apresentado neste capítulo, pode-se concluir que o que
tem sido nomeado como escuta cuidadosa envolve a postura de espectador não
punitivo e a análise das determinantes que fazem a mediação dos comportamentos
verbais e não verbais do paciente, bem como das respostas do próprio terapeuta.
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comportamentos verbais, os quais também não devem ser punitivos. Para que
seja assegurada a plateia não punitiva de grande valor quando se trata do
relacionamento terapeuta-paciente, o analista deve obrigatoriamente desenvolver
em si a auto-observação sobre esses dois nichos de comportamentos liberados
por ele mesmo na terapia.
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Capítulo 2
ABORDAGENS VOLTADAS À CRIANÇA E AOS
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
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Sendo assim, pode-se notar que não apenas os parâmetros entre o normal e o patológico
são mais difíceis de serem identificados em crianças, mas também há o problema da
distinção entre um diagnóstico e outro. Desse modo, infere-se que, para que se tenha
um diagnóstico minimamente competente para uma criança, necessita-se de uma
avaliação bastante criteriosa.
O autor Roberts e seus associados (1998) fizeram uma análise em cinquenta e duas
diferentes pesquisas que forneciam estimativas da predominância geral de transtornos
psiquiátricos em crianças e adolescentes. Dos resultados dessa análise, descobriu-se
uma variação de 1% até 51% nas taxas de acordo com a metodologia utilizada. Sendo
assim, o grupo de analistas dividiram as pesquisas em três faixas etárias diferentes e
notaram os seguintes resultados:
» Pré-escola: 10,2%.
» Adolescência: 16,5%.
De acordo com D’Abreu (2012), pesquisas nos Estados Unidos da América mostram a
estimativa de que por volta de 20% das crianças e adolescentes suportem prejuízos
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Ainda de acordo com o trabalho desenvolvido pela autora D’Abreu (2012), dados
divulgados pelos Estados Unidos da América mostram que nem todos os transtornos
mentais que são descobertos em pacientes ainda no período da infância ou na
adolescência continuam se manifestando na vida adulta desses mesmos pacientes,
ainda assim, a predominância de deficiências mentais em crianças e adolescentes tem
uma aparente semelhança com a de adultos.
Uma boa variedade de transtornos mostrados nesse grupo pode se manifestar como um
resquício ou ainda de maneira atenuada na idade adulta. Olhando sob outra perspectiva,
muitos transtornos são incluídos nessa contingência e que tiveram seu começo durante
a infância e adolescência são elencados separadamente. Para boa parte das desordens,
uma seleção de critérios é apresentada, sendo para aplicação em crianças, adolescentes
e adultos, com as possíveis alterações quanto à idade (D’ABREU, 2012).
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Sentimentos que estão associados à essa condição adversa podem estar ligados à
ansiedade, ao sentimento depreciativo, ao medo irracional, à baixa autoestima, à
depressão e à tristeza. Ao contrário do que a maioria das pessoas podem pensar,
depressão e ansiedade são transtornos que frequentemente acometem crianças de
todas as idades. Além disso, esse grupo de distúrbio inclui transtornos de ansiedade
de separação, de estresse pós-traumático, generalizada, obsessivo-compulsiva e
bipolaridade, entre outros (JENSEN, 2006).
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2.3. Comorbidades
A comorbidade nos dias de hoje é vista mais como regra do que exceção. Esse tema
vem ganhando os holofotes exponencialmente em todas as áreas. A comorbidade
costuma ser definida comumente como a apresentação de dois ou mais transtornos que
ocorrem com mais frequência em conjunto que em separado. Ela tem sido notoriamente
relacionada na psicopatologia infantil em cerca de 50% dos casos num espaço amostral
da comunidade e com porcentagens ainda mais altas quando se fala do ambiente da
terapia clínica (D’ABREU, 2012). Na infância e na adolescência, as comorbidades que mais
se manifestam incluem o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, o transtorno
de conduta, depressão, ansiedade, autismo e retardamento mental.
Segundo D’Abreu (2012), o termo “comorbidade” tem sido muito debatido no meio
científico, já que alguns estudiosos defendem que essa nomenclatura não seria
adequada, uma vez que ela não faz uma distinção da manifestação de doenças no
contexto da medicina e as condições latentes da capacidade mental, ou seja, das
síndromes e desordens psicológicas. No entanto, outros pesquisadores afirmam que
os usos do termo ou de outros similares são apenas objeto de um conflito semântico.
Em termos de Saúde Mental, sua função está interligada aos distúrbios, ou seja,
síndromes patológicas e relacionadas ao comportamento que são desviantes do que
se preconiza como padrão de normalidade, que são menos definidos que fisiopatologias
(D’ABREU, 2012). Essa é uma importante afirmativa para a distinção entre transtornos e
comorbidades, já que em meio aos transtornos, a comorbidade pode indicar um defeito
no sistema classificatório e não, de fato, uma relação entre duas doenças.
Apesar de estudiosos ainda não se debruçarem sobre as doenças ainda não validadas
definitivamente, isso não está relacionado ao fato de que as pesquisas em comorbidades
referentes à Saúde Mental não seja importante.
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De acordo com D’Abreu (2012), uma das coisas do sistema que são criticadas é o
fato de que alguns sintomas, tais como dificuldades para dormir ou manter-se
dormindo, problemas com concentração e períodos de grande irritabilidade, podem
ser categorizados em duas ou mais classificações diferentes de diagnóstico, como
depressão, Transtorno Desafiador Opositivo, ansiedade e hiperatividade.
Outra hipótese que pode explicar o alto índice de comorbidades é uma possível
tendência do aplicado do instrumento. Infelizmente, muitas vezes os analistas se veem
sujeitos a certas tendências quando da coleta de dados e direcionamento das decisões.
Desse modo, os índices elevados seriam uma computação incorreta resultante desses
problemas ligados à metodologia e tendências.
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Ainda assim, até mesmo em estudos que faziam o relato autocrítico de professores,
pais, crianças e outros especialistas, os índices de predominância de comorbidades
em grupos amostrais da análise clínica ainda continuavam altos nos variados relatos,
excluindo, portanto, a hipótese que somente a tendência do aplicador seria responsável
por resultar todos os resultados atrelados à comorbidade (D’ABREU, 2012).
A última hipótese que possibilita o enredo do alto índice de comorbidades se explica com
a ideia de que a ferramenta de avaliação utilizada acabe sendo um viés nas altas taxas
de comorbidade. Ou seja, seria de boa prática que o analista tivesse mais informações
e estudos sobre seus instrumentos de análise para que os mesmos não produzissem
um resultado tendencioso, contribuindo assim para as divergências nos índices da
comorbidade (D’ABREU, 2012).
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Capítulo 3
TERAPIAS DE TERCEIRA GERAÇÃO E A RELAÇÃO COM
A TAC
Como visto anteriormente no primeiro capítulo desta apostila, o Brasil tem sido por muito
tempo uma nação bastante interligada às intervenções psicológicas fundamentadas em
evidências. Foi um dos primeiros países a abraçar a Terapia Comportamental e Análise
do Comportamento, auxiliando em muito para o desenvolvimento dessa área. Para se
ter ideia, de acordo com Lucena-Santos e seus associados (2015), Fred S. Keller, pioneiro
na área da Psicologia Experimental, amigo do behaviorista Burrhus F. Skinner, após
sua aposentadoria de Universidade de Columbia, passou anos em função da ciência
na Universidade de Brasília, onde pode construir e testar o método personalizado de
instrução que existe lá.
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Note que até o presente momento ainda não foi abordado o contexto da
terceira onda aplicada à Terapia Analítico-Comportamental, apenas à Terapia
Cognitivo-Comportamental. Vandenberghe (2011) explica que é preciso, em
primeiro lugar, deixar bem explícito que esse termo, “terceira onda” é derivado
de uma história que narra eventos em ordem cronológica dentro do cenário
internacional (em especial, no contexto europeu e norte-americano), no qual
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PARA (NÃO) FINALIZAR
O quanto eu te falei
De tanto eu te falar
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