Você está na página 1de 96

Livro Eletrônico

Aula 15

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário


- Engenharia Civil) - 2019
Marcus Campiteli

17183708810 - Renata Arielo


Marcus Campiteli
Aula 15

Instalações Hidrossanitárias .............................................................................................. 3


1 – Introdução ................................................................................................................... 3
1.1 – Materiais .................................................................................................................................. 5
1.2 – Projeto ...................................................................................................................................... 5
2 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário (NBR 8160) ...................................................... 11
2.1 – Introdução .............................................................................................................................. 11
2.2 – Desconectores ........................................................................................................................ 13
2.3 - Ramais de descarga e de esgoto ............................................................................................. 14
2.4 – Tubos de queda ...................................................................................................................... 14
2.5 – Subcoletores e coletor predial ................................................................................................ 15
778818
2.6 – Dispositivos complementares ................................................................................................. 16
2.7 – Instalação de recalque ........................................................................................................... 17
2.8 – Componentes do subsistema de ventilação ........................................................................... 18
2.9 – Dimensionamento .................................................................................................................. 25
3 – Projeto da Rede Coletora de Esgoto (NBR 9649) ......................................................... 33
3.1 – Requisitos do Projeto .............................................................................................................. 34
3.2 – Atividades para elaboração do Projeto .................................................................................. 34
3.3 – Dimensionamento hidráulico ................................................................................................. 35
3.4 – Disposições construtivas......................................................................................................... 36
4 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário (NBR 12208) ............................... 37
4.1 - Introdução ............................................................................................................................... 37
4.2 – Dimensionamento do Poço de Sucção ................................................................................... 38
4.3 – Dimensionamento dos condutos ............................................................................................ 38
4.4 – Seleção dos conjuntos motor-bomba ..................................................................................... 38
4.5 – Características operacionais dos conjuntos motor-bomba.................................................... 39
4.6 – Canal afluente ........................................................................................................................ 39
4.7 – Remoção de sólidos grosseiros ............................................................................................... 40
4.8 – Demais considerações ............................................................................................................ 41
5 – Águas Pluviais (NBR 10844) ........................................................................................ 42
5.1 – Definições ............................................................................................................................... 42
5.2 – Condições Gerais .................................................................................................................... 43
5.3 – Condições Específicas ............................................................................................................. 43

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


1
www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

5.4 – Coberturas Horizontais de Laje .............................................................................................. 45


5.5 – Calhas ..................................................................................................................................... 45
5.6 – Condutores Verticais .............................................................................................................. 47
5.7 – Condutores Horizontais .......................................................................................................... 47
6 – Questões Comentadas ............................................................................................... 47
7 – Questões Apresentadas Nesta Aula............................................................................ 79
8 – Gabarito ..................................................................................................................... 95
9 – Referências Bibliográficas .......................................................................................... 95

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 2


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Olá, pessoal. Apresentamos para vocês nesta aula as informações normativas acerca de
Instalações Hidrossanitárias: NBR 5626/98 – Instalações Hidráulicas Prediais; NBR 8160/99 –
Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução; NBR 9649/86 – Projeto de redes
coletoras de esgoto sanitário; e NBR 12208/92 – Projeto de estações elevatórias de esgoto
sanitário.
Vale a pena focar as partes negritadas.
Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os capítulos finais com as questões
apresentadas e o gabarito final.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons estudos!
==be242==

1 – INTRODUÇÃO
Segue algumas definições da NBR 5626/98 – Instalações Hidráulicas Prediais.
Alimentador predial: Tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de
uso doméstico.
Barrilete: Tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição,
quando o tipo de abastecimento é indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser
considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à fonte
de abastecimento particular.
Camisa: Disposição construtiva na parede ou piso de um edifício, destinada a proteger e/ou
permitir livre movimentação à tubulação que passa no seu interior.
Coluna de distribuição: Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
Conexão cruzada: Qualquer ligação física através de peça, dispositivo ou outro arranjo que conecte
duas tubulações das quais uma conduz água potável e a outra água de qualidade desconhecida ou
não potável.
Através dessa ligação a água pode escoar de uma para outra tubulação, sendo o sentido de
escoamento dependente do diferencial de pressão entre as duas tubulações. A definição também
se aplica à ligação física que se estabelece entre a água contida em uma tubulação da instalação
predial de água fria e a água servida contida em um aparelho sanitário ou qualquer outro
recipiente que esteja sendo utilizado.
Fonte de abastecimento: Sistema destinado a fornecer água para a instalação predial de água fria.
Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água.
No caso da rede pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do
ramal predial.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 3


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Galeria de serviços: Espaço fechado, semelhante a um duto, mas de dimensões tais que permitam
o acesso de pessoas ao seu interior através de portas ou aberturas de visita. Nele são instalados
tubulações, componentes em geral e outros tipos de instalações.
Instalação elevatória: Sistema destinado a elevar a pressão da água em uma instalação predial de
água fria, quando a pressão disponível na fonte de abastecimento for insuficiente, para
abastecimento do tipo direto, ou para suprimento do reservatório elevado no caso de
abastecimento do tipo indireto. Inclui também o caso onde um equipamento é usado para elevar a
pressão em pontos de utilização localizados.
Nível de transbordamento: Nível do plano horizontal que passa pela borda do reservatório,
aparelho sanitário ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente,
o nível é aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
Ponto de utilização (da água): Extremidade a jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria
passa a ser considerada água servida. Qualquer parte da instalação predial de água fria, a
montante desta extremidade, deve preservar as características da água para o uso a que se
destina.
Ramal: Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
Ramal predial: Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a
extremidade a montante do alimentador predial ou de rede predial de distribuição. O ponto onde
termina o ramal predial deve ser definido pela concessionária.
Rede predial de distribuição: Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de
distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos
pontos de utilização.
Refluxo de água: Escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de qualquer
outra fonte, que não a fonte de abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a
conduzir água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de
refluxo como, por exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos
comunicantes.
Registro de fechamento: Componente instalado na tubulação e destinado a interromper a
passagem da água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente,
empregam-se registros de gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o registro deve
apresentar seção de passagem da água com área igual à da seção interna da tubulação onde está
instalado.
Registro de utilização: Componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão da
água utilizada. Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais.
Retrossifonagem: Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou
de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à
atmosférica.
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 4


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Tipo de abastecimento: Forma como o abastecimento do ponto de utilização é efetuado. Pode ser
tanto direto, quando a água provém diretamente da fonte de abastecimento, como indireto,
quando a água provém de um reservatório existente no edifício.
Tubulação de aviso: Tubulação destinada a alertar os usuários que o nível da água no interior do
reservatório alcançou um nível superior ao máximo previsto. Deve ser dirigida para desaguar em
local habitualmente observável.
Tubulação de extravasão: Tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de
reservatórios onde foi superado o nível de transbordamento.
Tubulação de limpeza: Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório, para permitir sua
limpeza e manutenção.

1.1 – MATERIAIS

Adotam-se materiais metálicos (aço-carbono galvanizado, cobre, chumbo (não deve ser utilizado
nas instalações prediais de água fria), ferro fundido galvanizado (conexões), liga de cobre
(conexões), materiais plásticos (poliéster reforçado com fibra de vidro, polipropileno, PVC rígido),
cimento amianto ou fibrocimento (reservatórios), concreto (reservatórios).

1.2 – PROJETO

As seguintes informações devem ser previamente levantadas pelo projetista:


a) características do consumo predial (volumes, vazões máximas e médias, características da água,
etc.);
b) características da oferta de água (disponibilidade de vazão, faixa de variação das pressões,
constância do abastecimento, características da água, etc.);
c) necessidades de reservação, inclusive para combate a incêndio;
d) no caso de captação local de água, as características da água, a posição do nível do lençol
subterrâneo e a previsão quanto ao risco de contaminação.
A instalação predial de água fria abastecida com água não potável deve ser totalmente
independente daquela destinada ao uso da água potável, ou seja, deve- se evitar a conexão
cruzada. A água não potável pode ser utilizada para limpeza de bacias sanitárias e mictórios, para
combate a incêndios e para outros usos onde o requisito de potabilidade não se faça necessário.

a) Alimentador predial

No projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor máximo da pressão da água


proveniente da fonte de abastecimento.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 5


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

O alimentador predial deve ser dotado, na sua extremidade a jusante, de torneira de bóia ou outro
componente que cumpra a mesma função. Tendo em vista a facilidade de operação do
reservatório, recomenda-se que um registro de fechamento seja instalado fora dele, para permitir
sua manobra sem necessidade de remover a tampa.
O alimentador predial pode ser aparente, enterrado, embutido ou recoberto. No caso de ser
enterrado, deve-se observar uma distância mínima horizontal de 3,0 m de qualquer fonte
potencialmente poluidora, como fossas negras, sumidouros, valas de infiltração, etc. No caso de
ser instalado na mesma vala que tubulações enterradas de esgoto, o alimentador predial deve
apresentar sua geratriz inferior 30 cm acima da geratriz superior das tubulações de esgoto.
Quando enterrado, recomenda-se que o alimentador predial seja posicionado acima do nível do
lençol freático para diminuir o risco de contaminação da instalação predial de água fria em uma
circunstância acidental de não estanqueidade da tubulação e de pressão negativa no alimentador
predial.

b) Reservatórios

Em princípio um reservatório para água potável não deve ser apoiado no solo, ou ser enterrado
total ou parcialmente, tendo em vista o risco de contaminação proveniente do solo, face à
permeabilidade das paredes do reservatório ou qualquer falha que implique a perda da
estanqueidade.
Nos casos em que tal exigência seja impossível de ser atendida, o reservatório deve ser executado
dentro de compartimento próprio, que permita operações de inspeção e manutenção, devendo
haver um afastamento, mínimo, de 60 cm entre as faces externas do reservatório (laterais, fundo e
cobertura) e as faces internas do compartimento.
O compartimento deve ser dotado de drenagem por gravidade, ou bombeamento, sendo que,
neste caso, a bomba hidráulica deve ser instalada em poço adequado e dotada de sistema elétrico
que adverte em casos de falha no funcionamento na bomba.
O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 h de
consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio. No caso
de residência de pequeno tamanho, recomenda- se que a reserva mínima seja de 500 L.
Reservatórios de maior capacidade devem ser divididos em dois ou mais compartimentos para
permitir operações de manutenção sem que haja interrupção na distribuição de água. São
excetuadas desta exigência as residências unifamiliares isoladas.
Devem ser tomadas medidas no sentido de evitar os efeitos da formação do vórtice na entrada das
tubulações. Na entrada da tubulação de sucção, deve ser insta- lado um dispositivo de proteção
contra ingresso de eventuais objetos (crivo simples ou válvula de pé com crivo).
O posicionamento relativo entre entrada e saída de água deve evitar o risco de ocorrência de zonas
de estagnação dentro do reservatório. Assim, no caso de um reservatório muito comprido,
recomenda-se posicionar a entrada e a saída em lados opostos relativamente à dimensão
predominante. Nos reservatórios em que há reserva de água para outras finalidades, como é o
caso de reserva para combate a incêndios, deve haver especial cuidado com esta exigência.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 6


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

A extremidade da tomada de água no reservatório deve ser elevada em relação ao fundo deste
reservatório para evitar a entrada de resíduos eventualmente existentes na rede predial de
distribuição. A altura dessa extremidade, em relação ao fundo do reservatório, deve ser
relacionada com o diâmetro da tubulação de tomada e com a forma de limpeza que será adotada
ao longo da vida do reservatório. Em reservatório de pequena capacidade (por exemplo: para
casas unifamiliares, pequenos edifícios comerciais, etc.) e de fundo plano e liso, recomenda-se
uma altura mínima de 2 cm. No caso específico de reservatório de fibrocimento (cimento-
amianto), a NBR 5649 dispõe que a tomada de água esteja 3 cm acima da região mais profunda do
reservatório.
Para facilitar as operações de manutenção, que exigem a interrupção da entrada de água no
reservatório, recomenda-se que seja instalado na tubulação de alimentação, externamente ao
reservatório, um registro de fechamento ou outro dispositivo ou componente que cumpra a
mesma função.
Considerando-se as faixas de pressão previstas na tubulação que abastece o reservatório,
recomenda- se que o nível máximo da superfície livre da água, no interior do reservatório, seja
situado abaixo do nível da geratriz inferior da tubulação de extravasão ou de aviso.
Em instalações prediais de água quente, onde o aquecimento é feito por aquecedor alimentado
por tubulação que se liga ao reservatório, independentemente das tubulações da rede predial de
distribuição, a tomada de água da tubulação que alimenta o aquecedor deve se posicionar em
nível acima das tomadas de água fria, como meio de evitar o risco de queimaduras na
eventualidade de falha no abastecimento.
Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações que atendam às seguintes
necessidades:
a) aviso aos usuários de que a torneira de boia ou dispositivo de interrupção do abastecimento do
reservatório, apresenta falha, ocorrendo, como consequência, a elevação da superfície da água
acima do nível máximo previsto;
b) extravasão do volume de água em excesso do interior do reservatório, para impedir a ocorrência
de transbordamento ou a inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo previsto, devido à
falha na torneira de boia ou no dispositivo de interrupção do abastecimento;
c) limpeza do reservatório, para permitir o seu esvaziamento completo, sempre que necessário.
As tubulações de aviso, extravasão e limpeza devem ser construídas de material rígido e resistente
à corrosão. Tubos flexíveis (como mangueiras) não devem ser utilizados, mesmo em trechos de
tubulação. Os trechos horizontais devem ter declividade adequada para desempenho eficiente de
sua função e o completo escoamento da água do seu interior.
A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira declividade no sentido da entrada da
tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos
remanescentes. Na tubulação de limpeza, em posição de fácil acesso e operação, deve haver um
registro de fechamento. A descarga da água da tubulação de limpeza deve se dar em local que não
provoque transtornos às atividades dos usuários.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 7


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Toda a tubulação de aviso deve descarregar imediatamente após a água alcançar o nível de
extravasão no reservatório. A água deve ser descarregada em local facilmente observável. Em
nenhum caso a tubulação de aviso pode ter diâmetro interno menor que 19 mm.
Quando uma tubulação de extravasão for usada no reservatório, seu diâmetro interno deve ser
dimensionado de forma a escoar o volume de água em excesso. Em reservatório de pequena
capacidade (por exemplo: para casas unifamiliares, pequenos edifícios comerciais, etc.),
recomenda-se que o diâmetro da tubulação de extravasão seja maior que o da tubulação de
alimentação.
A tubulação de aviso deve ser conectada à tubulação de extravasão em seu trecho horizontal e em
ponto situado a montante da eventual interligação com a tubulação de limpeza, para que o aviso
não possa escoar água suja e com partículas em suspensão provenientes da limpeza do
reservatório, evitando-se, desta forma, o entupimento da tubulação de aviso (geralmente de
diâmetro nominal reduzido como DN 20), bem como o despejo de sujeira prejudicial aos
ambientes próprios para o deságue de aviso.

c) Instalação Elevatória

Uma instalação elevatória consiste no bombeamento de água de um reservatório inferior para um


reservatório superior ou para um reservatório hidropneumático.
Na definição do tipo de instalação elevatória e na localização dos reservatórios e bombas
hidráulicas, deve-se considerar o uso mais eficaz da pressão disponível, tendo em vista a
conservação de energia.
As instalações elevatórias devem possuir no mínimo duas unidades de elevação de pressão,
independentes, com vistas a garantir o abastecimento de água no caso de falha de uma das
unidades.
Nas instalações elevatórias por recalque de água, recomenda-se a utilização de comando
liga/desliga automático, condicionado ao nível de água nos reservatórios. Neste caso, este
comando deve permitir também o acionamento manual para operações de manutenção.

d) Rede predial de distribuição

Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas com uma leve declividade, tendo
em vista reduzir o risco de formação de bolhas de ar no seu interior. Pela mesma razão, elas devem
ser instaladas livres de calços e guias que possam provocar ondulações localizadas.
Onde possível, a tubulação deve ser instalada com declive em relação ao fluxo da água, com o
ponto mais alto na saída da rede de distribuição do reservatório elevado. Onde inevitável a
instalação de trechos em aclive, em relação ao fluxo, os pontos mais altos devem ser,
preferencialmente, nas peças de utilização ou providos de dispositivos próprios para a eliminação
do ar (ventosas ou outros meios), instalados em local apropriado.
Para possibilitar a manutenção de qualquer parte da rede predial de distribuição, dentro de um
nível de conforto previamente estabelecido e considerados os custos de implantação e operação
da instalação predial de água fria, deve ser prevista a instalação de registros de fechamento, ou de

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 8


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

outros componentes ou de dispositivos que cumpram a mesma função. Particularmente,


recomenda-se o emprego de registros de fechamento:
a) no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete (no caso de tipo de
abastecimento indireto posicionado em cada trecho que se liga ao reservatório);
b) na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal;
c) no ramal, posicionado a montante do primeiro sub-ramal.

e) Dimensionamento das tubulações


A instalação predial de água fria deve ser dimensionada de modo que a vazão de projeto
estabelecida na tabela a seguir seja disponível no respectivo ponto de utilização, se apenas tal
ponto estiver em uso.
Vazão de
Aparelho sanitário Peça de utilização
projeto L/s
Caixa de descarga 0,15
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,70
Banheira Misturador (água fria) 0,30
Bebedouro Registro de pressão 0,10
Bidê Misturador (água fria) 0,10
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10
Lavadora de pratos
Registro de pressão 0,30
ou de roupas
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15
Mictório cerâmico
Válvula de descarga 0,50
com sifão integrado
Caixa de descarga, registro de
Mictório cerâmico
pressão ou válvula de descarga 0,15
sem sifão integrado
para mictório
Caixa de descarga ou registro de
Mictório tipo calha 0,15/m de calha
pressão
Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25
Pia Torneira elétrica 0,10
Tanque Torneira 0,25
Torneira de jardim
ou lavagem em Torneira 0,20
geral
A rede predial de distribuição deve ser dimensionada de tal forma que, no uso simultâneo provável
de dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto, estabelecida na tabela acima, seja
plenamente disponível.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 9


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Nos pontos de suprimento de reservatórios, a vazão de projeto pode ser determinada dividindo-se
a capacidade do reservatório pelo tempo de enchimento. No caso de edifícios com pequenos
reservatórios individualizados, como é o caso de residências unifamiliares, o tempo de enchimento
deve ser menor do que 1 h. No caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de
até 6 h, dependendo do tipo de edifício.
As tubulações devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da água, em qualquer trecho
de tubulação, não atinja valores superiores a 3 m/s.
Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização deve ser
estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto indicada na tabela acima e o bom
funcionamento da peça de utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso, a pressão não
deve ser inferior a 10 kPa, com exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser
menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga para bacia
sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.
Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas
(com escoamento) não deve ser inferior a 5 kPa.
Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da
rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa.
A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no
dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem o
valor de 200 kPa.

f) Demais considerações de Projeto

Tendo em vista resguardar a segurança de fundações e outros elementos estruturais e facilitar a


manutenção das tubulações, é recomendável manter um distanciamento mínimo de 0,5 m entre a
vala de assentamento e as referidas estruturas.
O acesso ao interior do reservatório, para inspeção e limpeza, deve ser garantido através de
abertura com dimensão mínima de 600 mm, em qualquer direção. No caso de reservatório
inferior, a abertura deve ser dotada de rebordo com altura mínima de 100 mm para evitar a
entrada de água de lavagem de piso e outras.
O espaço em torno do reservatório deve ser suficiente para permitir a realização das atividades de
manutenção, bem como de movimentação segura da pessoa encarregada de executá-las. Tais
atividades incluem: regulagem da torneira de boia, manobra de registros, montagem e
desmontagem de trechos de tubulações, remoção e disposição da tampa e outras.
Recomenda-se observar uma distância mínima de 600 mm (que pode ser reduzida até 450 mm, no
caso de reservatório de pequena capacidade até 1 000 L):
a) entre qualquer ponto do reservatório e o eixo de qualquer tubulação próxima, com exceção
daquelas diretamente ligadas ao reservatório;
b) entre qualquer ponto do reservatório e qualquer componente utilizado na edificação que possa
ser considerado um obstáculo permanente;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 10


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

c) entre o eixo de qualquer tubulação ligada ao reservatório e qualquer componente utilizado na


edificação que possa ser considerado um obstáculo permanente.

2 – SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO (NBR 8160)

2.1 – INTRODUÇÃO

O sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e conduzir os despejos provenientes
do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado.
O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao sistema predial
de águas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois sistemas.
A NBR 8160 adota as seguintes definições:
Altura do fecho hídrico: Profundidade da camada líquida, medida entre o nível de saída e o ponto
mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os compartimentos ou ramos de
entrada e saída desse dispositivo.
Barrilete de ventilação: Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada
a receber dois ou mais tubos ventiladores.
Caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação
mecânica.
Caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos
contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que
estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.
Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção,
mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.
Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto
sanitário.
Caixa sifonada: Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação
secundária de esgoto.
Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal
de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular.
Coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores
prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento.
Coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e
cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete
de ventilação.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 11


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Curva de raio longo: Conexão em forma de curva cujo raio médio de curvatura é maior ou igual a
duas vezes o diâmetro interno da peça.
Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no
sentido oposto ao deslocamento do esgoto.
Diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como designação para projeto e para
classificar, em dimensões, os elementos das tubulações, e que corresponde, aproximadamente, ao
diâmetro interno da tubulação em milímetros.
Dispositivo de inspeção: Peça ou recipiente para inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações.
Fator de falha: Probabilidade de que o número esperado de aparelhos sanitários, em uso
simultâneo, seja ultrapassado.
Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos
gases.
Instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso os
gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.
Ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.
Ramal de descarga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.
Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente
ou a partir de um desconector.
Ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal
de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador
primário.
Sifão: Desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário.
Subsistema de ventilação: Conjunto de tubulações ou dispositivos destinados a encaminhar os
gases para a atmosfera e evitar que os mesmos se encaminhem para os ambientes sanitários. Pode
ser dividido em ventilação primária e secundária.
Subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.
Tubo de queda: Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e
ramais de descarga.
Tubo ventilador: Tubo destinado a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o sistema de
esgoto e vice-versa ou a circulação de ar no interior do mesmo, com a finalidade de proteger o
fecho hídrico dos desconectores e encaminhar os gases para atmosfera.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 12


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Tubo ventilador de alívio: Tubo ventilador ligando o tubo de queda ou ramal de esgoto ou de
descarga à coluna de ventilação.
Tubo ventilador de circuito: Tubo ventilador secundário ligado a um ramal de esgoto e servindo a
um grupo de aparelhos sem ventilação individual.
Tubulação de ventilação primária: Prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a
ele ligado e com extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio.
Tubulação de ventilação secundária: Conjunto de tubos e conexões com a finalidade de promover
a ventilação secundária do sistema predial de esgoto sanitário.
Unidade de Hunter de contribuição (UHC): Fator numérico que representa a contribuição
considerada em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.
Ventilação primária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo núcleo do tubo de queda, o
qual é prolongado até a atmosfera, constituindo a tubulação de ventilação primária.
Ventilação secundária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo interior de colunas,
ramais ou barriletes de ventilação, constituindo a tubulação de ventilação secundária.

2.2 – DESCONECTORES

Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores. Os desconectores podem
atender a um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de uma mesma unidade autônoma.
Podem ser utilizadas caixas sifonadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos
sanitários, tais como lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma,
assim como as águas provenientes de lavagem de pisos, devendo as mesmas, neste caso, ser
providas de grelhas.
As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem ter tampas cegas e não podem
receber contribuições de outros aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector próprio.
Podem ser utilizadas caixas sifonadas para coleta de águas provenientes apenas de lavagem de
pisos, desde que os despejos das caixas sifonadas sejam encaminhados para rede coletora
adequada à natureza desses despejos.
Os despejos provenientes de máquinas de lavar roupas ou tanques situados em pavimentos
sobrepostos podem ser descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada especial
instalada no seu final.
Deve ser assegurada a manutenção do fecho hídrico dos desconectores mediante as solicitações
impostas pelo ambiente (evaporação, tiragem térmica e ação do vento, variações de pressão no
ambiente) e pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão).

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 13


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

2.3 - RAMAIS DE DESCARGA E DE ESGOTO

Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário


devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma
declividade constante.
Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:
a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.
As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central
igual ou inferior a 45°.
As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças
com ângulo central igual ou inferior a 90°.
É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, através de inspeção existente em
joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitária.
Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fácil acesso para desobstrução e limpeza.

2.4 – TUBOS DE QUEDA

Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento. Quando
necessários, os desvios devem ser feitos com peças formando ângulo central igual ou inferior a 90°,
de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45°.
Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda que recebam efluentes de aparelhos
sanitários tais como pias, tanques, máquinas de lavar e outros similares, onde são utilizados
detergentes que provoquem a formação de espuma, devem ser adotadas soluções no sentido de
evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, tais como:
a) não efetuar ligações de tubulações de esgoto ou de ventilação nas regiões de ocorrência de
sobrepressão;
b) efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com dispositivos que atenuem a
sobrepressão, ou seja, curva de 90° de raio longo ou duas curvas de 45°; ou
c) instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de espuma.
São considerados zonas de sobrepressão (ver figura abaixo):
a) o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do desvio para
horizontal;
b) o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, imediatamente a jusante do mesmo desvio;
c) o trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do
próximo desvio;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 14


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

d) o trecho de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante da base do tubo de


queda, e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base;
e) os trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletor com
comprimento igual a 40 diâmetros ou subcoletor com comprimento igual a 10 diâmetros;
f) o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação secundária, com
comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da coluna com o tubo de queda ou
ramal de esgoto.

Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e máquinas de lavar louças,
providos de ventilação primária, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva.

2.5 – SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL

O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência retilíneos. Quando necessário, os


desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°, acompanhados de
elementos que permitam a inspeção.
Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade,
devendo, para isso, apresentar uma declividade constante, respeitando-se os valores mínimos
previstos na NBR 8160.
A declividade máxima a ser considerada é de 5%.
No coletor predial não devem existir inserções de quaisquer dispositivos ou embaraços ao natural
escoamento de despejos, tais como desconectores, fundo de caixas de inspeção de cota inferior à
do perfil do coletor predial ou subcoletor, bolsas de tubulações dentro de caixas de inspeção,
sendo permitida a inserção de válvula de retenção de esgoto.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 15


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

As variações de diâmetro dos subcoletores e coletor predial devem ser feitas mediante o emprego
de dispositivos de inspeção ou de peças especiais de ampliação.
Quando as tubulações forem aparentes, as interligações de ramais de descarga, ramais de esgoto e
subcoletores devem ser feitas através de junções a 45°, com dispositivos de inspeção nos trechos
adjacentes; quando as tubulações forem enterradas, devem ser feitas através de caixa de inspeção
ou poço de visita.

2.6 – DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES

As caixas de gordura, poços de visita e caixas de inspeção devem ser perfeitamente


impermeabilizados, providos de dispositivos adequados para inspeção, possuir tampa de fecho
hermético, ser devidamente ventilados e constituídos de materiais não atacáveis pelo esgoto.

a) Caixas de gordura

É recomendado o uso de caixas de gordura quando os efluentes contiverem resíduos gordurosos.


As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos sobrepostos
devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura
coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares.

b) Caixas e dispositivos de inspeção


O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível por intermédio de dispositivos de
inspeção.
Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas no mínimo as
seguintes condições:
a) a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25,00 m;
b) a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais
próximo não deve ser superior a 15,00 m; e
c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, caixas
de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção, não
devem ser superiores a 10,00 m.
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser feitos
mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita.
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a
menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas.
Não devem ser colocadas caixas de inspeção ou poços de visita em ambientes pertencentes a uma
unidade autônoma, quando os mesmos recebem a contribuição de despejos de outras unidades
autônomas.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 16


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

As caixas de inspeção podem ser usadas para receber efluentes fecais.


Os dispositivos de inspeção devem ser instalados junto às curvas dos tubos de queda, de
preferência à montante das mesmas, sempre que elas forem inatingíveis por dispositivos de
limpeza introduzidos pelas caixas de inspeção ou pelos demais pontos de acesso.
Os dispositivos de inspeção devem ter as seguintes características:
a) abertura suficiente para permitir as desobstruções com a utilização de equipamentos mecânicos
de limpeza;
b) tampa hermética removível; e
c) quando embutidos em paredes no interior de residências, escritórios, áreas públicas, etc., não
devem ser instalados com as tampas salientes.

2.7 – INSTALAÇÃO DE RECALQUE

Os efluentes de aparelhos sanitários e de dispositivos instalados em nível inferior ao do logradouro


devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeção, as quais devem ser ligadas a uma
caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir da caixa coletora, por
meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa de inspeção (ou poço de visita), ramal de
esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema de
tratamento de esgoto.
No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou de automóveis, dispensa-se o
uso de caixas de inspeção, devendo os efluentes ser encaminhados, neste caso, a uma caixa
sifonada de diâmetro mínimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada diretamente a uma caixa
coletora.
A caixa coletora deve ser perfeitamente impermeabilizada, provida de dispositivos adequados para
inspeção, limpeza e ventilação; de tampa hermética e ser constituída de materiais não atacáveis
pelo esgoto.
As caixas de gordura ligadas às caixas coletoras devem atender às exigências indicadas na tabela a
seguir, ou ser providas de tubulação de ventilação.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 17


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

As bombas devem ser de construção especial, à prova de obstruções por águas servidas, massas e
líquidos viscosos.
O funcionamento das bombas deve ser automático e alternado, comandado por chaves
magnéticas conjugadas com chaves de boia, devendo essa instalação ser equipada com dispositivo
de alarme para sinalizar a ocorrência de falhas mecânicas.
A tubulação de recalque deve ser ligada à rede de esgoto (coletor ou caixa de inspeção) de tal
forma que seja impossível o refluxo do esgoto sanitário à caixa coletora.

2.8 – COMPONENTES DO SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO

O subsistema de ventilação pode ser previsto de duas formas:


a) ventilação primária e secundária; ou
b) somente ventilação primária.
Caso a somente ventilação primária não seja suficiente, podem ser adotadas as seguintes medidas:
a) alterar as características geométricas do subsistema de coleta e transporte, devendo-se, em
seguida, verificar novamente a suficiência da ventilação primária; ou
b) prover ventilação secundária.
A ventilação secundária consiste, basicamente, em ramais e colunas de ventilação que interligam
os ramais de descarga ou de esgoto à ventilação primária ou que são prolongados acima da
cobertura; ou então pela utilização de dispositivos de admissão de ar (VAA) devidamente
posicionados no sistema. Na figura a seguir, a título de ilustração, apresentam-se estes tipos de
ventilação secundária.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 18


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 19


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

A extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação deve estar situada
acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que impossibilite o encaminhamento à
mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada.
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, conforme mostrado
na figura abaixo:
a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de ventilação, salvo
se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos;
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada
para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no mínimo igual a 0,30 m;
c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que
possam danificá-la;
d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das
águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 20


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto
sanitário ao interior do mesmo.
O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível,
instalados em uma única prumada; quando necessárias, as mudanças de direção devem ser feitas
mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um aclive mínimo de 1%.
Nos desvios de tubo de queda que formem um ângulo maior que 45° com a vertical, deve ser
prevista ventilação de acordo com uma das seguintes alternativas:
a) considerar o tubo de queda como dois tubos independentes, um acima e outro abaixo do
desvio; ou
b) fazer com que a coluna de ventilação acompanhe o desvio do tubo de queda, conectando o tubo
de queda à coluna de ventilação, através de tubos ventiladores de alívio, acima e abaixo do desvio.
Em prédios de um só pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado diretamente a
uma caixa de inspeção ou em junção ao coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de uma
bacia sanitária e prolongado até acima da cobertura desse prédio, devendo-se prever a ligação de
todos os desconectores a um elemento ventilado, respeitando-se as distâncias máximas indicadas
na tabela a seguir:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 21


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Nos prédios cujo sistema predial de esgoto sanitário já possua pelo menos um tubo ventilador
primário de DN 100, fica dispensado o prolongamento dos demais tubos de queda até a cobertura,
desde que estejam preenchidas as seguintes condições:
a) o comprimento não exceda 1/4 da altura total do prédio, medida na vertical do referido tubo;
b) não receba mais de 36 unidades de Hunter de contribuição;
c) tenha a coluna de ventilação prolongada até acima da cobertura ou em conexão com outra
existente.
Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%, de modo que
qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por gravidade
para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem.
Toda coluna de ventilação deve ter:
a) diâmetro uniforme;
b) a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo
da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga;
c) a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador
primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais elevado aparelho
sanitário por ele servido.
Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da cobertura,
pode ser usado um barrilete de ventilação, a ser executado com aclive mínimo de 1% até o trecho
prolongado.
As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação ou do
sistema de esgoto sanitário devem ser feitas com conexões apropriadas, como a seguir:
a) quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de junção a 45°;
ou
b) quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da tubulação,
elevando- se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais, acima do nível de
transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos sanitários por ele ventilados, antes de
ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que segue:
- a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45° com a derivação
instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo de esgoto, conforme
indicado na figura a seguir;
- quando não houver espaço vertical para a solução apresentada acima, podem ser adotados
ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção 45° ao respectivo ramal de
esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo de 2%;
- a distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e a conexão de
mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possível;
- a distância entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação deve ser igual a
no mínimo duas vezes o diâmetro do ramal de descarga.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 22


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente ao tubo
de queda (para a distância máxima, conforme a tabela acima, o tubo de queda deve ser ventilado
imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária, conforme a figura a seguir.

É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligada através de ramal
exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40 m, desde que esse tubo de queda

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 23


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga


devidamente ventilados, conforme mostrado na figura a seguir.

Bacias sanitárias instaladas em bateria, devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito
ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a penúltima bacia
sanitária, conforme indicado na figura seguinte.

Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no máximo oito bacias
sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda.
Quando o ramal de esgoto servir a mais de três bacias sanitárias e houver aparelhos em andares
superiores descarregando no tubo de queda, é necessária a instalação de tubo ventilador

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 24


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto na região entre o tubo de
queda e a primeira bacia sanitária.

2.9 – DIMENSIONAMENTO

a) Desconectores

Todo desconector deve satisfazer às seguintes condições:


a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m;
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele
conectado.
As caixas sifonadas devem ter as seguintes características mínimas:
a) ser de DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 6 UHC;
b) ser de DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 10 UHC;
c) ser de DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 15 UHC.
O ramal de esgoto da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na tabela a seguir.

As caixas sifonadas especiais devem ter as seguintes características mínimas:


a) fecho hídrico com altura de 0,20 m;
b) quando cilíndricas, devem ter o diâmetro interno de 0,30 m e, quando prismáticas de base
poligonal, devem permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro de 0,30 m;
c) devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 25


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

d) devem ter orifício de saída com o diâmetro nominal DN 75.

b) Ramais de descarga e de esgoto

Para os ramais de descarga, devem ser adotados no mínimo os diâmetros apresentados na tabela a
seguir.

Para os aparelhos não relacionados na tabela acima, devem ser estimadas as UHC correspondentes
e o dimensionamento deve ser feito com os valores indicados na tabela a seguir.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 26


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a tabela a seguir.

c) Tubos de queda

Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme valores indicados
na tabela a seguir.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 27


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser dimensionados da


seguinte forma:
a) quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a vertical, o tubo de queda é
dimensionado com os valores indicados na tabela acima;
b) quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a vertical, deve-se dimensionar:
- a parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, com base no
número de unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos acima do desvio, de acordo com os
valores da tabela acima;
- a parte horizontal do desvio de acordo com os valores da tabela a seguir;
- a parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no número de unidades de Hunter de
contribuição de todos os aparelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo com os
valores da tabela acima, não podendo o diâmetro nominal adotado, neste caso, ser menor do que
o da parte horizontal.

d) Coletor predial e subcoletores

O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme
os valores da tabela acima. O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100.
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve ser
considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número
de unidades de Hunter de contribuição.
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do
número de UHC.

e) Caixas de gordura

As caixas de gordura devem ser dimensionadas levando-se em conta o que segue:


a) para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena ou a caixa de
gordura simples;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 28


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

b) para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura simples ou a caixa de gordura
dupla;
c) para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura dupla;
d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais,
quartéis, etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais.
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora e outra vertedoura,
separadas por um septo não removível.
As caixas de gordura podem ser dos seguintes tipos:
a) pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
- diâmetro interno: 0,30 m;
- parte submersa do septo: 0,20 m;
- capacidade de retenção: 18 L;
- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75;
b) simples (CGS), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
- diâmetro interno: 0,40 m;
- parte submersa do septo: 0,20 m;
- capacidade de retenção: 31 L;
- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75;
c) dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
- diâmetro interno: 0,60 m;
- parte submersa do septo: 0,35 m
- capacidade de retenção: 120 L;
- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;
d) especial (CGE), prismática de base retangular, com as seguintes características:
- distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m;
- volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula: V = 2 N + 20, onde: N é o
número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno em
que existe maior afluxo; V é o volume, em litros;
- altura molhada: 0,60 m;
- parte submersa do septo: 0,40 m;
- diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100.

f) Caixas de passagem
As caixas de passagem devem ter as seguintes características:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 29


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

- quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de base poligonal,
permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15 m;
- ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário;
- ter altura mínima igual a 0,10 m;
- ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de esgoto,
sendo o diâmetro mínimo igual a DN 50.

g) Dispositivos de inspeção
As caixas de inspeção devem ter:
- profundidade máxima de 1,00 m;
- forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou
cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
- tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
- fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.
Os poços de visita devem ter:
- profundidade maior que 1,00 m;
- forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m, ou
cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
- degraus que permitam o acesso ao seu interior;
- tampa removível que garanta perfeita vedação;
- fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de sedimentos;
- duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte inferior
formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte superior formada
pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno mínimo de 0,60 m.

h) Instalação de recalque

O dimensionamento da instalação de recalque deve ser feito considerando-se, basicamente, os


seguintes aspectos:
- a capacidade da bomba, que deve atender à vazão máxima provável de contribuição dos
aparelhos e dos dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultâneo;
- o tempo de detenção do esgoto na caixa;
- o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor.
A caixa coletora deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de
partidas e paradas das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado
séptico por um volume exagerado.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 30


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

No caso de recebimento de efluentes de bacias sanitárias, deve ser considerado o atendimento aos
seguintes aspectos:
- a caixa coletora deve possuir uma profundidade mínima igual a 0,90 m, a contar do nível da
geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa; o fundo deve ser suficientemente inclinado,
para impedir a deposição de materiais sólidos quando caixa for esvaziada completamente;
- a caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, preferencialmente independente de
qualquer outra ventilação utilizada no edifício;
- devem ser instalados pelo menos dois grupos motobomba, para funcionamento alternado.
Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com diâmetro de 0,06 m e o diâmetro
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 75.
Caso a caixa coletora não receba efluentes de bacias sanitárias, devem ser considerados os
seguintes aspectos:
- a profundidade mínima deve ser igual a 0,60 m;
- as bombas a serem utilizadas devem permitir a passagem de esferas de 0,018 m e o diâmetro
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 40.
As tubulações de sucção devem ser previstas de modo a se ter uma para cada bomba e possuir
diâmetro nominal uniforme e nunca inferior ao das tubulações de recalque.
As tubulações de recalque devem atingir um nível superior ao do logradouro, de maneira que
impossibilite o refluxo do esgoto, devendo ser providas de dispositivos para este fim.
O volume útil da caixa coletora pode ser determinado através da seguinte expressão:

Onde:
Vu é o volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação da caixa
(faixa de operação da bomba), em m3;
Q é a capacidade da bomba determinada em função da vazão afluente de esgoto à caixa
coletora, em m3/min;
t é o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em minutos.
Recomenda-se que o intervalo entre duas partidas consecutivas do motor não seja inferior a 10
min, no sentido de se preservar os equipamentos eletromecânicos de frequentes esforços de
partida.
Recomenda-se que a capacidade da bomba seja considerada como sendo, no mínimo, igual a duas
vezes a vazão afluente de esgoto sanitário.
O volume total é obtido pelo volume útil somado àqueles ocupados pelas bombas (se forem do
tipo submersível), tubulações e acessórios da instalação que se encontrem no interior da caixa
coletora

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 31


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora pode ser determinado a partir da seguinte
equação:
d = Vt/q
Onde:
d é o tempo de detenção do esgoto na caixa coletora, em minutos;
Vt é o volume total da caixa coletora, em m3;
q é a vazão média de esgoto afluente, em m3/min.
O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve ultrapassar 30 min, para que não haja
comprometimento das condições de aerobiose do esgoto.

i) Componentes do subsistema de ventilação

Se as tubulações do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário foram dimensionadas


pelo método hidráulico constante no anexo B da NBR 8160, as tubulações do subsistema de
ventilação devem ser dimensionadas pelo método apresentado no anexo D da mesma norma.
Caso contrário, as tubulações do subsistema de ventilação, devem ser dimensionadas a partir da
metodologia apresentada a seguir.
Devem ser adotados os seguintes critérios para o dimensionamento do sistema de ventilação
secundária:
- ramal de ventilação: diâmetro nominal não inferior aos limites determinados na tabela a seguir:

- tubo ventilador de circuito: diâmetro nominal não inferior aos limites determinados na tabela 2
da NBR 8160;
- tubo ventilador complementar: diâmetro nominal não inferior à metade do diâmetro do ramal de
esgoto a que estiver ligado;
- coluna de ventilação: diâmetro nominal de acordo com as indicações da tabela 2 da NBR 8160.
Inclui-se no comprimento da coluna de ventilação, o trecho do tubo ventilador primário entre o
ponto de inserção da coluna e a extremidade aberta do tubo ventilador;
- barrilete de ventilação: diâmetro nominal de cada trecho de acordo com a tabela 2 da NBR 8160,
sendo que o número de UHC de cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 32


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

servidos pelo trecho, e o comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de


ventilação mais distante da extremidade aberta do barrilete, até essa extremidade;
- tubo ventilador de alívio: diâmetro nominal igual ao diâmetro nominal da coluna de ventilação a
que estiver ligado.

3 – PROJETO DA REDE COLETORA DE ESGOTO (NBR 9649)


A NBR 9649 adota as seguintes definições:
Ligação predial: Trecho do coletor predial (ver NBR 8160) compreendido entre o limite do terreno
e o coletor de esgoto.
Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores
prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento.
Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia.
Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros
coletores.
Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante.
Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto, e seus órgãos
acessórios.
Trecho: Segmento de coletor, coletor tronco, interceptor ou emissário, compreendido entre
singularidades sucessivas; entende-se por singularidade qualquer órgão acessório, mudança de
direção e variações de seção, de declividade e de vazão quando significativa.
Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente em sua parte superior,
destinada à execução de trabalhos de manutenção.
Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de
equipamentos de limpeza.
Terminal de limpeza (TL): Dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza,
localizado na cabeceira de qualquer coletor.
Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em pontos singulares por necessidade
construtiva.
Sifão invertido: Trecho rebaixado com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor
obstáculos, depressões do terreno ou cursos d’água.
Passagem forçada: Trecho com escoamento sob pressão, sem rebaixamento.
Profundidade: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz inferior interna do
coletor.
Recobrimento: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa do
coletor.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 33


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Tubo de queda: Dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente ao fundo
do poço.
Coeficiente de retorno: Relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água
efetivamente consumida.

3.1 – REQUISITOS DO PROJETO

O levantamento planialtimétrico da área de projeto e de suas zonas de expansão deve ser


apresentado em escala mínima de 1:2000, com curvas de nível de metro em metro e pontos
cotados onde necessários.
A planta deve ser apresentada com escala mínima de 1:10000, onde estejam representadas em
conjunto as áreas das bacias de esgotamento de interesse para o projeto.
Dave haver o levantamento de obstáculos superficiais e subterrâneos nos logradouros onde,
provavelmente, deve ser traçada a rede coletora, assim como o levantamento cadastral da rede
existente.
Deve-se realizar sondagens de reconhecimento para determinação da natureza do terreno e dos
níveis do lençol freático.

3.2 – ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

a) Delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento cujas contribuições podem influir no


dimensionamento da rede, inclusive as zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites
políticos administrativos.
b) Delimitação da área do projeto.
c) Fixação do início de operação da rede e determinação do alcance do projeto e respectivas
etapas de implantação para as diversas bacias de esgotamento.
d) Cálculo das taxas de contribuição inicial e final, definidas no Anexo.
e) Traçado da rede, interligações com a rede existente, se prevista sua utilização, e posição dos
outros componentes do sistema em relação à rede.
f) Verificação da capacidade da rede existente, se prevista sua utilização.
g) Dimensionamento hidráulico da rede e seus órgãos acessórios.
h) Desenho da rede coletora e de seus órgãos acessórios. Devem ser localizadas em planta as
contribuições industriais e outras contribuições singulares.
i) Relatório de apresentação do projeto contendo no mínimo:
- apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção básica;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 34


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

- cálculo hidráulico;
- aspectos construtivos;
- definição dos tubos, materiais e respectivas quantidades;
- especificações de serviços;
- orçamentos;
- aspectos de operação e manutenção;
- desenhos.

3.3 – DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO

Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final (Q i e Qf).
Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade estatística, recomenda-se como o
menor valor de vazão 1,5 L/s em qualquer trecho.
Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e especificações brasileiras relativas
aos diversos materiais, o menor não sendo inferior a DN 100.
A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível e nem
superior à máxima calculada segundo o critério dos parágrafos seguintes.
Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo σ t = 1,0 Pa,
calculada para vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade mínima que
satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada: Iomín. = 0,0055.Qi - 0,47,
sendo Iomín. em m/m e Qi em L/s.
Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão trativa média e declividade
mínima a adotar devem ser justificados.
A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade final = 5 m/s.
Quando a velocidade final é superior à velocidade crítica, a maior lâmina admissível deve ser 50%
do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade crítica é definida por:
vc = 6 (g.RH)1/2 ,onde g = aceleração da gravidade e RH = raio hidráulico.
As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime uniforme e
permanente, sendo o seu valor máximo, para vazão final (Q f), ≤ a 75% do diâmetro do coletor.
Sempre que a cota do nível d’água na saída de qualquer PV ou TIL está acima de qualquer das
cotas dos níveis d’água de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de
montante.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 35


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

3.4 – DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

Devem ser construídos poços de visita (PV) em todos os pontos singulares da rede coletora, tais
como no início de coletores, nas mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material,
na reunião de coletores e onde há degraus.
Garantidas as condições de acesso de equipamento para limpeza do trecho a jusante, pode ser
usada caixa de passagem (CP) em substituição a poço de visita (PV), nas mudanças de direção,
declividade, material e diâmetro, quando possível a supressão de degrau.
As caixas de passagem (CP) podem ser substituídas por conexões nas mudanças de direção e
declividade, quando as deflexões coincidem com as dessas peças.
As posições das caixas de passagem (CP) e das conexões utilizadas devem ser obrigatoriamente
cadastradas.
Terminal de limpeza (TL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV) no início de
coletores.
Tubo de inspeção e limpeza (TIL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV), nos casos
previstos acima e nos seguintes casos:
a) na reunião de até dois trechos ao coletor (três entradas e uma saída);
b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m;
c) a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problema de
manutenção.
O Poço de Visita (PV) deve ser obrigatoriamente usado nos seguintes casos:
a) na reunião de mais de dois trechos ao coletor;
b) na reunião que exige colocação de tubo de queda;
c) nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas;
d) nos casos previstos anteriormente quando a profundidade for maior ou igual a 3,00 m.
O Tubo de Queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau com altura
maior ou igual a 0,50 m.
As dimensões dos poços de visita (PV) devem se ater aos seguintes limites:
a) tampão: diâmetro mínimo de 0,60m;
b) câmara: dimensão mínima em planta de 0,80 m.
A distância entre PV, TIL ou TL consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos de
desobstrução.
O fundo de PV, TIL e CP deve ser constituído de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes em
direção à saída. Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do
tubo de saída.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 36


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

O recobrimento não deve ser inferior a 0,90 m para coletor assentado no leito da via de tráfego, ou
a 0,65 m para coletor assentado no passeio. Recobrimento menor deve ser justificado.
A rede coletora não deve ser aprofundada para atendimento de economia com cota de soleira
abaixo do nível da rua. Nos casos de atendimento considerado necessário, devem ser feitas
análises da conveniência do aprofundamento, considerados seus efeitos nos trechos subsequentes
e comparando-se com outras soluções.

4 – PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO (NBR


12208)

4.1 - INTRODUÇÃO

A estação elevatória de esgoto sanitário é a instalação que se destina ao transporte do esgoto do


nível do poço de sucção das bombas ao nível de descarga na saída do recalque, acompanhando
aproximadamente as variações da vazão afluente.
A NBR 12208 adota as seguintes definições:
Volume útil do poço de sucção: Volume compreendido entre os níveis máximo e mínimo de
operação das bombas.
Volume efetivo do poço de sucção: Volume compreendido entre o fundo do poço e o nível médio
de operação das bombas.
Tempo de detenção média: Relação entre o volume efetivo e a vazão média de início de plano
afluente ao poço de sucção.
Vazão média de início de plano: Vazão afluente inicial (Qi), avaliada conforme critério da NBR 9649
ou NBR 12207, conforme o caso, desprezada a variabilidade horária do fluxo (k2).
Faixa de operação do poço de sucção: Distância vertical entre os níveis máximo e mínimo de
operação das bombas.
Curva característica: Lugar geométrico dos pontos de correspondência biunívoca entre altura
manométrica e vazão.
Ponto de operação: Intersecção das curvas características da bomba e do sistema.
Altura manométrica: Diferença de pressão do líquido entre a entrada e a saída da bomba.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 37


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

4.2 – DIMENSIONAMENTO DO POÇO DE SUCÇÃO

O volume útil deve ser calculado considerando a vazão da maior bomba a instalar (quando operada
isoladamente) e o menor intervalo de tempo entre partidas consecutivas do seu motor de
acionamento, conforme recomendado pelo fabricante.
As dimensões e a forma do poço de sucção devem ser determinadas a partir do volume útil
calculado, respeitados os seguintes critérios:
a) não permitir a formação de vórtice;
b) não permitir descarga livre na entrada nem velocidade de aproximação superior a 0,60 m/s;
c) não permitir circulação que favoreça a tomada por uma ou mais bombas em prejuízo de outras;
d) não permitir depósitos no fundo ou nos cantos, adotando-se paramentos inclinados no sentido
das tomadas das bombas;
e) facilitar a instalação de tubulações e conjuntos elevatórios, bem como as condições de
operação, conforme recomendado pelo fabricante.
O tempo de detenção média deve ser o menor possível e, portanto, eventuais folgas nas
dimensões do poço de sucção devem ser eliminadas. O maior valor recomendado é de 30 min.

4.3 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTOS

São recomendados os seguintes limites de velocidade:


a) na sucção: entre 0,60 e 1,50 m/s;
b) no recalque: entre 0,60 e 3,00 m/s.

4.4 – SELEÇÃO DOS CONJUNTOS MOTOR-BOMBA

São determinantes as seguintes características hidráulicas:


a) vazão de recalque;
b) altura manométrica;
c) NPSH disponível.

a) Vazão de recalque

A seleção das bombas deve considerar as variações da vazão afluente, combinando-as


adequadamente com o esquema de entrada em operação das bombas.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 38


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

b) Altura manométrica

O cálculo da altura manométrica deve levar em consideração:


- o envelhecimento dos tubos ao longo do alcance do projeto;
- a variação combinada dos níveis no poço de sucção e na saída do recalque;
- a aderência de material às paredes dos tubos (tubulação suja), quando houver chaminé de
equilíbrio no conduto de recalque.

c) NPSH disponível

Deve superar o NPSH requerido pelas bombas em todos os pontos de operação, nas diversas
situações possíveis.

d) Número de unidades

Devem ser previstos pelo menos dois conjuntos motor- bomba, cada um com capacidade para
recalcar a vazão máxima, sendo um deles reserva; no caso de mais de dois conjuntos, o reserva
instalado deve ter capacidade igual à do conjunto de maior vazão; quando são adotadas bombas
de rotação constante, recomenda-se que os conjuntos motor-bomba sejam iguais.

4.5 – CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DOS CONJUNTOS MOTOR-BOMBA

O limite superior da rotação recomendado é de 1.800 rpm.


As bombas selecionadas devem dispor de curvas características estáveis, cuja composição com as
curvas características extremas do sistema resulte em funcionamento adequado em todos os
pontos de operação, conforme a associação de bombas adotada. As curvas características
extremas do sistema são as determinadas pelas alturas geométricas máxima e mínima.
A potência do motor de acionamento deve ser calculada de modo a atender, com folga, a qualquer
ponto de operação da bomba respectiva.

4.6 – CANAL AFLUENTE

O canal afluente pode ser previsto, a montante do poço de sucção, para as seguintes finalidades:
- reunião de contribuições;
- regularização do fluxo;
- instalação de extravasor ou canal de desvio (“by-pass”);
- instalação de comportas ou “stop logs”;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 39


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

- instalação de equipamentos para remoção de sólidos grosseiros;


- instalação de dispositivos para medição;
- inspeção e manutenção.
O canal afluente deve ser dimensionado, considerando a velocidade mínima de 0,40 m/s para
vazão afluente inicial.

4.7 – REMOÇÃO DE SÓLIDOS GROSSEIROS

A seleção e dimensionamento dos dispositivos ou equipa- mentos dependem das características


das bombas ou equipamentos que devem ser protegidos, das características e quantidade prevista
do material a ser retido, bem como das dificuldades e necessidades operacionais da instalação. São
admitidos os seguintes:
- grade de barras, de limpeza manual ou mecânica;
- cesto;
- triturador;
- peneira.

a) Grade de barras

Deve ser de limpeza mecanizada quando a vazão afluente final é igual ou superior a 250 L/s ou
quando o volume de material a ser retido diariamente justificar este equipamento, levando-se em
conta também as dificuldades de operação relativas à localização da elevatória e à profundidade
do canal afluente. Quando a limpeza for mecanizada, recomenda-se a instalação de pelo menos
duas unidades; quando não existir esta possibilidade, deve ser construído canal de desvio (“by-
pass”), protegido por grade de limpeza manual de mesmo espaçamento entre barras. Quando
houver risco de danos ao equipamento de remoção, deve ser instalada a montante grade grossa de
limpeza manual.
As grades de barras, de acordo com o espaçamento entre barras, podem ser:
- grade grossa: 40 mm a 100 mm;
- grade média: 20 mm a 40 mm;
- grade fina: 10 mm a 20 mm.
No dimensionamento das grades de barras, os critérios a observar são:
- velocidade através da grade máxima de 1,20 m/s para vazão afluente final;
- inclinação em relação à horizontal:
- limpeza manual - de 45° a 60°;
- limpeza mecânica - de 60° a 90°;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 40


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

- perda de carga mínima a ser considerada no cálculo:


- limpeza manual = 0,15 m;
- limpeza mecânica = 0,10 mm;
- no caso de limpeza manual, a perda de carga deve ser calculada para 50% de obstrução da grade.

4.8 – DEMAIS CONSIDERAÇÕES

Na previsão da extravazão, as condições a observar são:


a) vazão máxima igual à vazão afluente final de esgoto com o acréscimo da contribuição pluvial
parasitária, quando for o caso;
b) cota da soleira pelo menos 0,15 m acima do nível máximo de operação das bombas;
c) quando o nível máximo de extravasão não evita remanso no conduto afluente, deve ser
verificada a sua influência a montante;
d) nível máximo de extravasão tal que não permita inundação de esgoto no local da elevatória.
Para a medição de vazão, recomenda-se a previsão de facilidades para instalação de medidor da
vazão afluente, localizando-se o ponto de medição a jusante da grade de barras, quando esta for
empregada.
Os registros, válvulas e comportas devem ser instalados em locais acessíveis à operação, com
indicação clara de posição aberta ou fechada e de modo a possibilitar a montagem e
desmontagem. No caso de acionamento manual, o esforço tangencial a ser aplicado ao volante
ou acionador deve ser inferior ou igual a 200 N; quando esta condição não pode ser atendida,
deve ser previsto acionamento motorizado, hidropneumático ou redutor mecânico. Não devem ser
usadas válvulas borboleta e válvula de retenção do tipo “dupla portinhola” no fluxo de esgoto. Os
componentes sujeitos a desgaste devem ser de bronze ou aço inoxidável. As pressões de serviço
devem ser compatíveis com as máximas pressões previstas.
Quando é necessária a instalação de dispositivo de segurança na elevatória, de controle e alarme,
este deve indicar a condição potencial de perigo através de sinal sonoro e visual, bem como
interromper o funcionamento dos conjuntos antes da ocorrência de danos.
As escadas e os acessos necessários ao pessoal de operação devem ser cômodos e seguros,
protegidos com guarda-corpo, corrimão e piso antiderrapante de material resistente à corrosão;
não deve ser admitida escada tipo “marinheiro”.
O edifício da elevatória deve ser ventilado por meio de janelas, portas, exaustores ou outros
meios. Devem ser previstos condições ou dispositivos de segurança de modo a evitar a
concentração de gases que possam causar explosão, intoxicação ou desconforto.
O piso do poço seco da elavatória deve ter declividade em direção a canaletas que devem
concentrar as águas de lavagem, ou de eventual vazamento, em poço de drenagem equipado com
bomba de esgotamento que pode ser acionada automaticamente por sensor de nível. Estas águas

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 41


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

podem ser encaminhadas ao poço de sucção, com a saída pelo menos 0,15 m acima do nível
máximo de extravasão do canal afluente.
Para a reposição de água em dispositivos de proteção contra transientes hidráulicos, lubrificação
de gaxetas ou selos hidráulicos, deve ser previsto sistema de água de serviço, não se
recomendando a utilização de esgoto.

5 – ÁGUAS PLUVIAIS (NBR 10844)

5.1 – DEFINIÇÕES

- Altura pluviométrica: volume de água precipitada por unidade de área horizontal.


- Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem as
águas para determinado ponto da instalação.
- Bordo livre: prolongamento vertical da calha, cuja função é evitar transbordamento.
- Caixa de areia: caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por
deposição.
- Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de
destino.
- Calha de água-furtada: calha instalada na linha de água-furtada da cobertura.
- Calha de beiral: calha instalada na linha de beiral da cobertura.
- Calha de platibanda: calha instalada na linha de encontro da cobertura com a platibanda.
- Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinado a recolher e conduzir águas pluviais
até locais permitidos pelos dispositivos legais.
- Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher águas de calhas, coberturas, terraços e
similares e conduzi-las até a parte inferior do edifício.
- Diâmetro nominal: simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de
tubulações (tubos, conexões, condutores, calhas, bocais, etc.), e que corresponde
aproximadamente ao diâmetro interno da tubulação em milímetros. O diâmetro nominal (DN) não
deve ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculos.
- Duração de precipitação: intervalo de tempo de referência para a determinação de intensidades
pluviométricas.
- Funil de saída: saída em forma de funil.
- Intensidade pluviométrica: quociente entre a altura pluviométrica precipitada num intervalo de
tempo e este intervalo.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 42


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

- Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junto às paredes e ao fundo do condutor
ou calha.
- Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma Duração de precipitação, uma
determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez.
- Ralo: caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas pluviais.
- Ralo hemisférico: ralo cuja grelha tem forma hemisférica.
- Ralo plano: ralo cuja grelha tem forma plana.
- Saída: orifício na calha, cobertura, terraço e similares, para onde as águas pluviais convergem.
- Seção molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha.
- Tempo de concentração: intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento em
que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de um
condutor ou calha.
- Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas.

5.2 – CONDIÇÕES GERAIS

As águas pluviais não devem ser lançadas em redes de esgoto usadas apenas para águas
residuárias (despejos, líquidos domésticos ou industriais).
A instalação predial de águas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e condução das
águas pluviais, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais.
Quando houver risco de penetração de gases, deve ser previsto dispositivo de proteção contra o
acesso destes gases ao interior da instalação.

5.3 – CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

a) Fatores meteorológicos

A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da
fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de retorno. Tomam-se
como base dados pluviométricos locais.
O período de retorno deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada,
obedecendo ao estabelecido a seguir:
- T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados;
- T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 43


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

- T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser
tolerado.
A duração de precipitação deve ser fixada em t = 5min.
Se forem conhecidos, com precisão, valores de tempo de concentração e houver dados de
intensidade pluviométrica correspondentes, estes podem ser utilizados. Isto é permitido quanto a
outros valores de período de retorno para obras especiais.
Para construção até 100 m2 de área de projeção horizontal, salvo casos especiais, pode-se adotar: I
= 150 mm/h.
A ação dos ventos deve ser levada em conta através da adoção de um ângulo de inclinação da
chuva em relação à horizontal igual a arc tg2 θ, para o cálculo da quantidade de chuva a ser
interceptada por superfícies inclinadas ou verticais. O vento deve ser considerado na direção que
ocasionar maior quantidade de chuva interceptada pelas superfícies consideradas, conforme a
seguir.

b) Área de contribuição

No cálculo da área de contribuição, devem-se considerar os incrementos devidos à inclinação da


cobertura e às paredes que interceptem água de chuva que também deva ser drenada pela
cobertura.

c) Vazão de projeto
A vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 44


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Q = I.A/60
Onde:
- Q = Vazão de projeto, em L/min
- I = intensidade pluviométrica, em mm/h
- A = área de contribuição, em m2

5.4 – COBERTURAS HORIZONTAIS DE LAJE

As coberturas horizontais de laje devem ser projetadas para evitar empoçamento, exceto aquele
tipo de acumulação temporária de água, durante tempestades, que pode ser permitido onde a
cobertura for especialmente projetada para ser impermeável sob certas condições.
As superfícies horizontais de laje devem ter declividade mínima de 0,5%, de modo que garanta o
escoamento das águas pluviais, até os pontos de drenagem previstos.
A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que não houver risco de
obstrução.
Quando necessário, a cobertura deve ser subdividida em áreas menores com caimentos de
orientações diferentes, para evitar grandes percursos de água.
Os trechos da linha perimetral da cobertura e das eventuais aberturas na cobertura (escadas,
clarabóias etc.) que possam receber água, em virtude do caimento, devem ser dotados de
platibanda ou calha.
Os raios hemisféricos devem ser usados onde os ralos planos possam causar obstruções.

5.5 – CALHAS

As calhas de beiral e platibanda devem, sempre que possível, ser fixadas centralmente sob a
extremidade da cobertura e o mais próximo desta.
A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%.
As calhas de água-furtada têm inclinação de acordo com o projeto da cobertura.
Quando a saída não estiver colocada em uma das extremidades, a vazão de projeto para o
dimensionamento das calhas de beiral ou platibanda deve ser aquela correspondente à maior das
áreas de contribuição.
Quando não se pode tolerar nenhum transbordamento ao longo da calha, extravasores podem ser
previstos como medida adicional de segurança. Nestes casos, eles devem descarregar em locais
adequados.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 45


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de


direção, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos coeficientes da Tabela 1 da NBR 10844.

O dimensionamento das calhas deve ser feito através da fórmula de Manning-Strickler, indicada a
seguir, ou de qualquer outra fórmula equivalente:

Onde:
- Q = Vazão de projeto, em L/min
- S = área da seção molhada, em m2
- n = coeficiente de rugosidade (Ver Tabela 2 da NBR 10844)
- R = raio hidráulico, em m
- P = perímetro molhado, em m
- i = declividade da calha, em m/m
- K = 60.000

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 46


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

5.6 – CONDUTORES VERTICAIS

Os condutores verticais devem ser projetados, sempre que possível, em uma só prumada. Quando
houver necessidade de desvio, devem ser usadas curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º e
devem ser previstas peças de inspeção.
Os condutores verticais podem ser colocados externa e internamente ao edifício, dependendo de
considerações de projeto, do uso e da ocupação do edifício e do material dos condutores.
O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70 mm.

5.7 – CONDUTORES HORIZONTAIS

Os condutores horizontais devem ser projetados, sempre que possível, com declividade uniforme,
com valor mínimo de 0,5%.
O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento
com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo.
Nas tubulações aparentes, devem ser previstas inspeções sempre que houver conexões com outra
tubulação, mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos
percursos retilíneos.
Nas tubulações enterradas, devem ser previstas caixas de areia sempre que houver conexões com
outra tubulação, mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos
percursos retilíneos.
A ligação entre os condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio longo, com
inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente ou enterrado.

6 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (52 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)
No projeto de instalação predial de água fria, o sistema de abastecimento de água em que a
rede de distribuição é alimentada pelo abastecimento público que assegure a continuidade
no fornecimento da água é:
(A) direto.
Comentários: Certo, os ramais são alimentados direto pela rede pública de abastecimento.
(B) indireto.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 47


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Comentários: Errado, nesse sistema a rede pública abastece os reservatórios do prédio ou


residência e a partir do reservatório elevado, superior, a água fria é distribuída nos ramais das
peças de utilização.
(C) misto.
Comentários: Errado, não exige maiores explicações parte dos ramais são abastecidos diretamente
pela rede pública, mas existe o reservatório de água para garantir os momentos de interrupção de
abastecimento.
(D) hidropneumático.
Comentários: Errado, o abastecimento público abastece um reservatório inferior pressurizado e a
partir desse reservatório os ramais são abastecidos.
(E) pneumático.
Comentários: Errado, o termo técnico é hidropneumático.
Gabarito: A

2. (56 – TRF2/2012 – FCC)


Tendo em vista a função a que se destina, a tubulação de uma instalação predial de
abastecimento de água fria recebe nomes distintos ao longo do trajeto da água: sub-ramais,
ramais, barriletes e colunas de distribuição. Barrilete é
(A) a ligação entre a coluna de distribuição e os ramais.
(B) a ligação final com a peça de utilização.
(C) o distribuidor para os ramais.
(D) a tubulação que se origina nos reservatórios.
Comentários: Certa, por definição isso é o Barrilete, não há o que comentar.
(E) o coletor final do sistema.
Gabarito: D

3. (57 – Defensoria-SP/2013 - FCC)


O dimensionamento das tubulações de água fria deve garantir que a vazão de projeto
estabelecida esteja disponível nos pontos de utilização. A NBR 5626 estabelece, para o
dimensionamento, que a velocidade da água, em m/s, em qualquer trecho da tubulação de
água fria NÃO atinja valores superiores a
(A) 1,5.
(B) 2.
(C) 1.
(D) 3.
(E) 5.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 48


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Comentários
De acordo com o subitem 5.3.4 da NBR 5626, as tubulações devem ser dimensionadas de modo
que a velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atinja valores superiores a 3
m/s.
Gabarito: D

4. (36 – SEGAS/2013 – FCC)


Uma rede predial de distribuição de água fria deve ser dimensionada de tal forma que, no uso
simultâneo de dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto plenamente disponível
para bacia sanitária com válvula de descarga seja, em L/s, igual a
(A) 0,50.
(B) 1,70.
(C) 1,50.
(D) 0,90.
(E) 0,25.
Comentários
De acordo com a NBR 8160, a instalação predial de água fria deve ser dimensionada de modo que
a vazão de projeto estabelecida na tabela a seguir seja disponível no respectivo ponto de
utilização, se apenas tal ponto estiver em uso.
Vazão de
Aparelho sanitário Peça de utilização
projeto L/s
Caixa de descarga 0,15
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,70
Banheira Misturador (água fria) 0,30
Bebedouro Registro de pressão 0,10
Bidê Misturador (água fria) 0,10
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10
Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 0,30
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15
Mictório cerâmico com sifão
Válvula de descarga 0,50
integrado
Mictório cerâmico sem sifão Caixa de descarga, registro de pressão ou
0,15
integrado válvula de descarga para mictório
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15/m de

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 49


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

calha
Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25
Pia Torneira elétrica 0,10
Tanque Torneira 0,25
Torneira de jardim ou lavagem em
Torneira 0,20
geral

A rede predial de distribuição deve ser dimensionada de tal forma que, no uso simultâneo provável
de dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto, estabelecida na tabela acima, seja
plenamente disponível.
Gabarito: B

5. (50 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)


Um edifício cujo sistema de recalque envia água para a caixa d’água superior possui uma
bomba com 8 CV de potência e rendimento de 80%. Se a altura manométrica é 40 m, a vazão
de água, em litros por segundos, é
(A) 8
(B) 10
(C) 12
(D) 16
(E) 24
Comentários
Essa questão é complicada, pois é necessário saber a fórmula
Pb= (ϒ.Q . H) / (75 .η),
Onde P é em Cavalo-Vapor (CV);
Q é em m3/s;
ϒ é o peso específico do líquido, em kgf/m3;
H é altura manométrica em m;
Nessa fórmula o 75 é o fator de conversão Kg.m/s para cavalo vapor, logo se na questão a unidade
de Potência for Kgm/s deve-se retirar o 75 da fórmula;
η é o rendimento do conjunto motor-bomba;
Gabarito C, pois Q = 8 x 75 x 0,8 / 1000.40, Q = 0,012 m3/s = 12 L/s.
Gabarito: C

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 50


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

6. (85 – TCE-AM/2012 – FCC)


O sistema elevatório de água de um edifício é composto por duas bombas centrífugas iguais,
ligadas em paralelo, com capacidade de 10 litros por segundo e 35 metros de altura
manométrica. A vazão, em litros por segundo, e a altura manométrica, em metros, das duas
bombas funcionamento em conjunto são, respectivamente,
(A) 10 e 35
(B) 10 e 70
(C) 20 e 35
(D) 20 e 70
(E) 40 e 70
Comentários
Primeiro, aproveitando a questão vamos a alguns conceitos.
Altura geométrica é aquela que se pretende vencer, por exemplo, a diferença entre o nível do
reservatório inferior e do superior é 60 m, logo a altura geométrica é 60 m.
As perdas de carga são resultado do atrito entre o fluído e a tubulação e entre o fluído e as peças
como válvulas, reduções, curvas e etc. A perda de carga é inversamente proporcional ao diâmetro
e diretamente proporcional a rugosidade do material e a vazão.
A altura manométrica é dada pela soma da altura geométrica acrescida da perda de carga do
sistema. Assim para o exemplo dado a altura geométrica de 60 m, digamos que, hipoteticamente,
a soma das perdas de carga distribuídas (ao longo da tubulação) e das localizadas (devido a cada
peça da instalada na tubulação, como válvulas e curava) seja igual a 10 m, logo a altura
manométrica requerida pela bomba é 70 m para uma dada vazão fixa.
Perceba o seguinte para um dada bomba ao aumentar a vazão a altura manométrica decresce,
esse conjunto de pontos Altura manométrica (Hm) x Vazão (Q) formam a curva característica da
bomba (CCB). Por outro lado a instalação (tubulações, válvulas curvas) ao aumentar a vazão a
altura manométrica aumenta, esse conjunto de pontos formam a CCI, curva característica da
instalação.
O confronto entre a CCI e CCB fornecem para o projetista o ponto de operação do sistema.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 51


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Figura 10 – CCI x CCB

As bombas ligadas em paralelo (uma ao lado da outra) recalcam a mesma altura manométrica e as
vazões são somadas. Já as bombas ligadas em série (uma após a outra) as alturas manométricas
são somadas.
Aprofundando um pouco mais a questão, verifica-se que a banca falou apenas de altura
manométrica, no entanto quando se associam as bombas as perdas de cargas aumentam e logo a
altura geométrica disponibilizada pelas bombas associadas varia, fica claro para bombas em
paralelo, duplica-se a vazão para a mesma tubulação o que acarreta mais perdas de carga.
Gabarito: C

7. (79- TCE-SE/2011 – FCC)


Para instalação do sistema de recalque de água de um edifício foram adquiridas duas bombas
centrífugas iguais, com capacidade de 60 litros por segundo e 50 m de altura manométrica.
Se as duas bombas forem instaladas em série, a vazão de água a ser recalcada, em litros por
segundo, e a altura manométrica, em metros, serão, respectivamente,
(A) 120 e 100.
(B) 120 e 50.
(C) 60 e 100.
(D) 60 e 50.
(E) 30 e 25.
Comentários
Como já explicado na questão anterior, só que agora as bombas estão em série!
Gabarito: C

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 52


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

8. (66 - TCE-SE/2011 – FCC)


O sistema de recalque de água de um edifício é composto por dois reservatórios, bomba
hidráulica e tubulações, como representado na figura abaixo.

Sabendo-se que as distâncias L1 e L2 são, respectivamente, 5 m e 80 m e a perda de carga


entre os pontos (A) e (C) é 3 m e entre os pontos (C) e (H) é 7 m, a altura manométrica, em
metros, a ser considerada no projeto de dimensionamento da potência da bomba é
(A) 65
(B) 75
(C) 85
(D) 95
(E) 105
Comentários
Questão interessante de bombas. A altura geométrica é dada pela diferença L2-L1 = 80 -5 =75 m.
As perdas de carga hidráulica são 3m (entre A-C) e 7 m (entre C-H), perfazendo 10 m A altura
manométrica é a soma da altura geométrica Hg e das Perdas de Carga, logo Hm = 75 + 10 = 85 m.
Gabarito: C

9. (57 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)


Um estudo prevê que um edifício com 64 apartamentos será habitado por 320 pessoas. A
água de abastecimento será recalcada do reservatório inferior para o superior por meio de
conjuntos elevatórios. Sabendo que o consumo diário estimado é igual a 200 L/ hab e que as
bombas terão a capacidade para recalcar o volume total diário a ser consumido em apenas 8
horas de funcionamento, a vazão mínima das bombas é igual a
(A) 2,22 L/s
(B) 0,74 L/s
(C) 0,67 L/s

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 53


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(D) 0,42 L/s


(E) 0,45 L/s
Comentários
É só fazer continhas multiplicar, dividir, somar...
Vamos lá vazão é o volume de água por unidade de tempo (L/s).
O cosumo diário no prédio é 320 (pessoas) x 200 (L/pessoa) o que dá 64000 L por dia.
Ah, atenção as unidades, os itens estão com unidades em L/s, logo transformando as 8h para
segundos, temos que 1h = 60 minutos =60 x 60 s = 3600 s, 3600 s x 8h resultam em 28800,
aproximadamente 30000 s
Lembre-se vazão volume de água dividido pelo tempo, assim
64.000 L /30000 = 2,..... .logo o gabarito é a letra A. As vezes fazer uma conta aproximada é
suficiente para matar a questão e seguir para próxima, note que os demais itens estão todos com
menos de 1 L/s. Portanto a dica nas questões de calcular veja as alternativas primeiro e veja o que
dá para eliminar com contas rápidas, aumentando suas chances de acertar. Além disso, atenção às
unidades, as vezes, são necessárias algumas conversões de unidades.
Gabarito: A

10. (81 – TCE-AM/2012 – FCC)


Uma caixa d’água com capacidade de armazenamento de 12600 litros é alimentada por um
tubo de PVC com área interna da seção transversal de 7 cm2. Considerando que a velocidade
máxima da água na tubulação seja de 3 m/s, o tempo mínimo para atingir a capacidade total
de armazenamento da caixa d’água é
(A) 90 minutos.
(B) 100 minutos.
(C) 2100 minutos.
(D) 12 horas.
(E) 21 horas.
Comentários
Só fazer conta, de novo! Vejamos 12 600 l = 12, 6 m³ (1000 l = 1 m³) e 7 cm² = 7/10000 = 0,0007 m²
(1 cm² = 0,0001 m²). A vazão é dada pelo produto da área x velocidade (Q(m³/s) = v (m/s) x a (m²),
assim Q = 3 x 7/10000 = 21/10000 m³/s.
O tempo é dado pelo Volume do reservatório / Vazão Q, T = 12,6 / 21/10000 =126000/21 = 6000 s.
Os 6000 s = 100 minutos.
Exige umas continhas chatas para se fazer em uma prova, mas as vezes a FCC cobra coisas do tipo.
Reparem que a velocidade 3 m/s é máxima admitida pela norma atual, portanto a banca poderia
ter perguntado somente qual é o tempo mínimo para encher o reservatório superior,
considerando os requisitos da norma e omitido o valor 3 m/s.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 54


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Gabarito: B

11. (55 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)


Considerando-se as condições de pressão máxima e mínima previstas na norma NBR
5626/1992, é correto o que consta em:
(A) Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de
utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 200 kPa.
Comentários
Errado, a 400 KPa, memorize!
(B) Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições
dinâmicas (com escoamento) deve estar entre 3 e 5 kPa.
Comentários
Errado, é permitido 5 KPa somente para caixas de descarga, para demais peças o mínimo é 10 KPa.
(C) Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização
deve garantir a vazão de projeto e o bom funcionamento das instalações sanitárias, onde a
pressão mínima deve ser de 10 kPa. No ponto da caixa de descarga e no ponto da válvula de
descarga para bacia sanitária admite-se, respectivamente, pressão mínima 5 e 15 kPa.
Comentários
Correta, portanto quem não memorizou, perdeu a questão.
(D) A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no
dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem
o valor de 300 kPa.
Comentários
Errado 200 KPa, portanto memorize.
(E) Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas em nível, tendo em vista
reduzir o risco de formação de bolhas de ar no seu interior e a garantir o alinhamento da
rede, fator assegurado pela colocação de calços e guias.
Comentários
Errado, item para ser eliminado logo de início, pois não há exigências hidráulicas para instalar as
tubulações em nível, nenhum encanador verifica o nível, ou prumo das tubulações. E mais a
ausência de bolhas de ar esta assegurada pela pressão mínima admitida na tubulação)

Sobre instalações hidráulicas, digamos que essa questão é das mais cobradas, ainda mais em uma
banca que costuma exigir amplos e profundos conhecimentos formais, enfim decore alguns
detalhes.
A norma estabelece (itens 5.3.4 e 5.3.5) que, a velocidade máxima admitida em tubulações
hidráulicas é 3 m/s, em qualquer trecho da tubulação (cuidado, significa que não há exceções).

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 55


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

A pressão mínima em condições dinâmicas, ou seja, com escoamento, deve ser 10 KPA = 1 mca
(metros de coluna d’água), no entanto, há exceção, para as caixas de descarga admite-se o mínimo
de 5 KPa, ou 0,5 m de coluna d’água. Acrescento ainda que para válvulas de descarga a pressão
dinâmica mínima admitida é 15 KPa, menos que isso a válvula não funciona bem.
Em condições estáticas (sem escoamento) a pressão máxima admissível nas tubulações é de 400
KPa = 40 mca, logo em prédios com altura superior a 40 metros (13 andares) é necessário a
utilização de válvulas de alivio (quebra) de pressão ou caixa d’água intermediárias. Mas, nesse
caso, a pressão máxima estática pode superar os 40 KPa, logo a exceção é a ocorrência de
transientes hidráulicos (um exemplo é o golpe de aríete) em que a sobrepressão deve ser limitada
a 200 KPa.
Assim vejamos um esboço de questão: Verificou-se a ocorrência de pressão de 600 KPa em
determinado ponto da tubulação, logo foi infringiu-se a regra da pressão estática máxima de 400
KPa. Errado, pois nesse momento deve ter ocorrido um caso excepcional de sobrepressão de 200
KPa, logo não houve descumprimento da norma.
Gabarito: C

12. (34 – Metrô-SP/2010 – FCC)


Em instalações hidráulicas de água fria observa-se a ocorrência de “ronco” durante a
operação de fechamento de torneiras de boia em reservatórios de água. Tal fenômeno deve-
se
(A) ao escoamento em velocidades muito abaixo das velocidades de projeto. Errado, o
escoamento em velocidades baixas não gera ruídos.
(B) ao escoamento de água continuado a partir de tubulação de extravasão de reservatório
superior, desaguando sobre o sistema de coleta de águas pluviais.
Comentários
Errado, o fechamento da válvula de boia atua contra essa extravasão de água do reservatório
superior, logo o fechamento da válvula de boia não vai causar esse ruído.
(C) à manifestação na forma de uso deficiente de aparelhos sanitários por insuficiência de
pressões e vazões.
Comentários
Errado, a válvula de boia do reservatório superior não se comunica em nada com o uso de
aparelhos sanitários.
(D) a incompatibilidades entre os materiais das tubulações hidráulicas e componentes
hidráulicos utilizados, por conta de erros de execução.
Comentários
Errado, essa causa normalmente justifica a maioria dos ruídos das instalações hidráulicas, porém
para o caso específico das válvulas de boia em reservatórios superiores a causa é outra.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 56


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(E) à ressonância, pela formação de ondulações na superfície líquida. Certa, a causa desse
barulho quem explicou foi um especialista em projetos de instalações hidráulicas.
Comentários
Certo. Segue o trecho da entrevista, em que ele cita outras causas de ruídos.
AECweb – Quais as outras fontes de ruídos?
Knipper - Há os ruídos provenientes do escoamento livre (esgoto e águas pluviais) em tubos
plásticos de parede estreita mau fixados, ou seja, com suportação deficiente, particularmente a
partir de conexões de mudança de direção. É comum o ‘ronco’ durante a operação de fechamento
de torneiras de bóia em reservatórios de água, decorrentes do fenômeno de ressonância pela
formação de ondulações na superfície líquida. E, também, os ruídos na forma de silvos agudos
durante a operação de fechamento de torneiras de bóia em reservatórios de água de bacias
sanitárias com caixas de descarga acopladas. A transmissão de vibração de bombas pela
correspondente tubulação de recalque se deve, geralmente, à fixação deficiente e ausência de
dispositivos antivibratórios. Esses são alguns exemplos.
Acho que essa questão foi fruto de uma cabeça pouco inspirada, pesquisei e só encontrei
referência a esse ruído nessa entrevista. Creio que a banca colou da entrevista.
Gabarito: E

13. (35 – Metrô-SP/2010 – FCC)


As patologias em sistemas hidráulicos podem ter suas causas decorrentes do armazenamento
dos materiais. São cuidados a serem observados no armazenamento de tubos de plásticos
rígidos:
(A) não devem ter contato com o solo; devem ser segregados por tipo de linha de instalação;
devem ser armazenados em áreas de manobras e circulação de veículos.
Comentários: Errado, os veículos podem danificar os tubos ao realizar manobras.
(B) obedecer a uma inclinação de aproximadamente 5%; quando possível apoiados sobre
estrado metálico, na posição vertical; diretamente no solo, se este estiver sido aplainado.
Comentários: Errado. A posição de armazenagem é horizontal.
(C) posição horizontal sobre bancada de madeira; a altura das pilhas não devem ultrapassar
1,80 m; colocar os tubos com as bolsas alternadamente de cada lado.
Comentários: Correto.
(D) em locais abertos, as pilhas devem ficar soltas e desimpedidas para facilitar a utilização;
os tubos das diferentes camadas devem ficar em contato direto, diminuindo assim a altura da
pilha.
Comentários: Errado. É em local fechado e os tubos devem ser separados por bitolas facilitando a
seleção para uso.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 57


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(E) devem ser armazenados cruzados e alinhando ponta e luva distintamente; na falta de
espaço admite-se pilhas com altura máxima de 2,50 m; o local destinado ao armazenamento
deve ser coberto, mesmo que apresente ondulações e desnivelamento.
Comentários: Errado. Armazenar os tubos de forma cruzada presumo que exige uma área maior,
além de dificultar o manuseio, e o local não precisa ser necessariamente coberto, pode-se utilizar
um material resistente aos raios solares sobre os tubos.
Essa questão envolve a organização do canteiro de obras, os tubos de PVC devem ser escorados
lateralmente e as pilhas não podem ultrapassar 1,8 m de altura. Também podem ser acomodados
em ganchos fixados nas paredes, devem ser separados por diâmetros. O local deve ser abrigado da
luz solar, pois o PVC é degradado por raios ultravioletas, o espaço requerido é de cerca de 2 x 7 m,
tendo em vista o comprimento usual dos tubos ser de 6 m. Dica: veja o site
http://construcaocivilpet.wordpress.com/2011/09/01/estoques-sob-controle/, acesso em
16/4/2013, nele há várias figuras e dicas de armazenagem de insumos de construção civil, além de
regras de organização do canteiro de obras.
Gabarito: C

14. (48 – Metrô-SP/2012 – FCC)


Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção
sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais
e de serviços, insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos, dentre outros. É
característica própria dos sistemas hidráulicos prediais a sua complexidade funcional e a
inter-relação dinâmica entre os seus diversos subsistemas, além da enorme variedade de
materiais, componentes e equipamentos constituintes. Tampas de acesso às câmaras do
reservatório elevado executadas e instaladas de modo incorreto, com possibilidade de
admissão de água contaminada em seu interior, é a causa de falha frequente em sistemas de
(A) água fria.
Comentários: Certo, pois possui reservatório superior, as vezes de concreto armado e quando o
projeto não apresenta o detalhamento correto a vedação do reservatório fica comprometida,
deve-se executar a tampa em um nível elevado em relação a laje do reservatório.
(B) água quente.
Comentários: Errado, pois o reservatório de água quente é possui isolamento térmico, portanto os
requisitos são mais rigorosos, eliminando-se eventuais falhas de vedação.
(C) esgoto sanitário.
Comentários: Errado não existem reservatórios elevados para esgotos sanitários.
(D) combate a incêndio.
Comentários: Errado, normalmente os reservatórios elevados possuem uma reserva técnica de
incêndio, cerca de 20% do volume do reservatório, portanto é apenas uma parte do reservatório
de água fria.
(E) águas pluviais.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 58


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Comentários: Errado, quando existentes ficam próximos ao solo, além do que as águas pluviais
costumam ser os maiores contaminantes da água potável armazenada em reservatórios elevados.
Gabarito: A

15. (82 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto e execução de instalações prediais de água quente, o dispositivo antirretorno
(A) destina-se a impedir o retorno de fluidos para a rede de distribuição.
Comentários: Correto!
(B) é geralmente do tipo gaveta e deve ser instalado em uma tubulação para interromper a
passagem da água.
Comentários: Errado, definitivamente ela não é uma simples válvula de gaveta, muito mais
complexa, chama-se válvula anti-retorno.
(C) destina-se a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação predial de água quente.
Comentários: Errado, isso é o famoso respiro.
(D) permite o escoamento da água em um único sentido.
Comentários: Errado, essa peça chama-se válvula de retenção.
(E) destina-se a evitar que a pressão ultrapasse determinado valor.
Comentários: Errado, isso é válvula de segurança de pressão.
Sem dúvida é o item 3.7 da NBR 7198/93 – Projeto de Instalações Prediais de água quente. Veja
algumas definições que o item traz.
3.7 Dispositivo anti-retorno: Dispositivo destinado a impedir o retorno de fluidos para a rede de
distribuição.
Além desse dispositivo é importante mencionar os seguintes para as instalações de água quente
3.18 Respiro: Dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação.
3.30 Dispositivo de recirculação: Dispositivo destinado a manter a água quente em circulação, a
fim de equalizar sua temperatura. (evita aquela demora quando se liga o registro de água quente
até que comece a sair realmente a água quente).
3.23 Válvula de segurança de pressão: Dispositivo destinado a evitar que a pressão ultrapasse
determinado valor.
3.24 Válvula de segurança de temperatura: Dispositivo destinado a evitar que a temperatura da
água quente ultrapasse determinado valor.
Gabarito: A

16. (49 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)


Segundo a NBR 8160, a instalação predial de esgotos sanitários deve ser projetada e
construída de modo a

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 59


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

I. permitir rápido escoamento da água utilizada e dos despejos.


Comentários: Certo.
II. não permitir a contaminação da água de consumo.
Comentários: Certo.
III. facilitar a liberação dos gases produzidos no sistema na tubulação sifonada.
Comentários: Errado, não seria agradável aos usuários se os gases do sistema de esgoto fossem
liberados na tubulação sifonada, como o item diz. Os gases do sistema são liberados pela colunas
de ventilação integrantes do sistema de esgoto predial sanitário.
IV. facilitar a inspeção dos componentes do sistema.
Comentários: Certo.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I, II e IV.
(D) I e IV.
(E) II, III e IV.
Gabarito: C

17. (83 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das instalações prediais de esgoto sanitário, todos os trechos horizontais das
tubulações devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso,
apresentar uma declividade constante. Além disso, a profundidade máxima, das caixas de
inspeção e a distância máxima, entre dois dispositivos de inspeção, são, em metros,
respectivamente,
(A) 1,5 e 35
(B) 1,8 e 40
(C) 1,0 e 25
(D) 1,2 e 28
(E) 1,6 e 30
Comentários
Reparem que bastava saber uma das informações para ganhar a questão.
Vamos lá retirei os dados da NBR 8160, resumindo-os. As caixas de inspeção (CI) devem ter
profundidade máxima de 1 m. e dimensões quadradas, retrangulares ou cilíndricas de, no mínimo,
60 cm de lado ou diâmetro, além de serem executadas de forma a permitir o escoamento rápido
dos dejetos Pórem considerando que a declividade mínima é de 1% para tubulações de diâmetro

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 60


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

de 100 m em um trecho de 100 m de tubulação ultrapassa-se os 1 m máximo permitido para as


caixas de inspeção. Assim, surge a necessidade de utilizar-se dos poços de visita. Esses devem
garantir os seguintes requisitos:
a) profundidade maior que 1,00 m;
b) forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m, ou
cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
c) degraus que permitam o acesso ao seu interior;
d) tampa removível que garanta perfeita vedação;
e) fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de
sedimentos;
Então a diferença básica entre as CI e os PV é que nos PVs devem permitir que a equipe de
manutenção entre dentro dele e nas CIs não. O limite de norma entre um e outro é a profundidade
de 1 m.
A distância máxima entre dois dispositivos de inspeção é 25 m. A distância entre o coletor predial
com o público e o dispositivo de inspeção mais próximo não deve ser superior a 15,00 m. Em
prédios com mais de dois pavimentos a cada tubo de queda deve ser instalado uma caixa de
inspeção a 2 m do TQ. E os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de
bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos
de inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m.
Gabarito: C

18. (34 – MPE-AM/2013 – FCC)


Nos projetos de instalações prediais de esgoto, a extremidade aberta de um tubo ventilador
primário ou coluna de ventilação deve situar-se a uma altura mínima acima de uma laje
utilizada para outros fins além de cobertura, em cm, de
(A) 500. (B) 300. (C) 200. (D) 100. (E) 30.
Comentários
De acordo com a NBR 8160, a extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de
ventilação deve estar situada acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que
impossibilite o encaminhamento à mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje
impermeabilizada.
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, conforme mostrado
na figura 3:
a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de ventilação, salvo
se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos;
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada
para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no mínimo igual a 0,30 m;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 61


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que
possam danificá-la;
d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das
águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.
Gabarito: C

19. (46 – TRT-15/2013 – FCC)


Em instalações prediais de esgoto sanitário, os desconectores devem apresentar orifício de
saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado, e ter fecho
hídrico com altura mínima, em mm, de
(A) 20. (B) 50. (C) 30. (D) 10. (E) 40.
Comentários
De acordo com Macintyre, é obrigatória a colocação de dispositivos desconectores, destinados à
proteção do ambiente interno contra a ação de gases emanados das canalizações. Fazem parte dos
esgotos primários.
São usados três tipos de desconectores:
- sifões: fecho hídrico de 50 mm, no mínimo;
- ralos sifonados: fecho hídrico > 50 mm;
- caixas sifonadas grandes (concreto ou alvenaria, circulares ou retangulares): fecho hídrico
mínimo de 200 mm.
De acordo com a NBR 8160, todo desconector deve satisfazer às seguintes condições:
a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m;
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele
conectado.
Gabarito: B

20. (35 – SEGAS/2013 – FCC)


O sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário deve possibilitar o escoamento dos
efluentes por gravidade. Para tubulações de trechos horizontais com diâmetro nominal igual
ou superior a 100 mm, é recomendável uma declividade mínima, em %, igual a
(A) 1,5. (B) 2,0. (C) 3,0. (D) 0,5. (E) 1,0.
Comentários
A norma NBR 8160 traz a seguinte tabela:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 62


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Verifica-se que a declividade mínima prevista é de 1% para diâmetros superiores a 100 mm.
Gabarito: E

21. (58 – Defensoria-SP/2013 – FCC)


Segundo a NBR 8160, as caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta de despejos de
aparelhos sanitários. A simbologia utilizada para a representação gráfica de uma caixa
sifonada corresponde a

Comentários
A NBR 8160 prevê a seguinte simbologia:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 63


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Portanto, p símbolo da letra A representa a caixa sifonada.


Gabarito: A

22. (84 – TCE-AM/2012 – FCC)


Para as instalações prediais de águas pluviais, a inclinação das calhas de beiral e platibanda
deve ser uniforme e o diâmetro interno mínimo, em mm, dos condutores verticais de seção
circular é
(A) 25 (B) 40 (C) 50 (D) 70 (E) 100
Comentários
Primeiro, águas pluviais não devem receber nunca efluentes de esgotos sanitários. O diâmetro
interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70 mm. Os condutores horizontais
devem ser projetados com declividade uniforme de no mínimo 0,5%. Bem como as lajes de
coberura, calhas e platibandas, sempre declividade mínima de 0,5 %.
Deve ser prevista caixas de areia ou peças de inspeção a cada 20m, a cada mudança de direção e
na interligação com outros condutores. A norma que trata do assunto é a NBR 10844/1989 -
Instalações prediais de águas pluviais.
Gabarito: D

23. (32 – TCE-RN/2000 – ESAF)


Segundo a ABNT - NBR 13714/1996 - a reserva de incêndio nas edificações deve ser prevista
para permitir:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 64


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

a) o combate, durante todo o tempo de duração do incêndio;


b) o combate, através de 5 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
c) o combate, através de 3 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
d) o combate e ainda o reabastecimento dos caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros,
durante todo o tempo de duração do incêndio;
e) o primeiro combate, durante determinado tempo.
Comentários
Essa é cópia da norma: a reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate,
durante determinado tempo. Após este tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros mais
próximo atuará no combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.
Segundo a norma, a reserva deve ter volume suficiente para utilização dos sistemas de hidrantes e
mangotinhos, durante o tempo mínimo de 30 minutos a 1 hora dependendo do tipo de sistema
instalado no prédio.
Gabarito: E

24. (86 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das saídas de emergências em edifícios, as antecâmaras para ingressos nas
escadas enclausuradas devem ser dotadas de porta corta-fogo na entrada e de porta
estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada, bem como ter comprimento e pé-
direito mínimos, em metros, respectivamente, de
(A) 2,20 e 3,10
(B) 2,00 e 2,80
(C) 1,90 e 2,60
(D) 1,80 e 2,50
(E) 1,60 e 2,20
Comentários
Abaixo o desenho do que vem a ser uma antecâmera de acesso as escadas enclausuradas, as
dimensões mínimas dessas antecâmeras (NBR 9077/01 – Saídas de emergência em edifícios) é 1,80
m de comprimento e o pé direito é de 2,50 m (dimensões mínimas de norma). Além disso essa
câmara deve ter dutos de entrada de ar junto ao piso ou no máximo 15 cm acima do piso com 0,84
m² e duto de saída de ar junto ao teto ou no máximo 15 cm abaixo do teto também com 0,84 m, os
dutos de entrada e saída de ar devem ser afastados com nó mínimo 2 m de eixo a eixo. E claro
deve conter portas corta fogo. Com isso o gabarito é a D.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 65


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Gabarito: D

25. (75- TCE-SE/2011 – FCC)


Em um sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações para prevenção a
incêndio,
(A) os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de
saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 25
m.
Comentários: Errado, distância máxima de 15 m.
(B) cada circuito de iluminação de emergência não poderá alimentar mais de 15 luminárias.
Comentários: Errado, permite-se até 25 luminárias.
(C) a proteção dos cabos ramais dos circuitos de iluminação de emergência, além de proteção
contra curtocircuito, deve resistir 15 minutos em caso de incêndio.
Comentários: Errado, deve resistir até 30 minutos.
(D) o sistema de iluminação de emergência não poderá ter uma autonomia menor que 30
minutos de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.
Comentários: Errado, O sistema não poderá ter uma autonomia menor que 1 h de funcionamento,
com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.
(E) a corrente por circuito de iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por
fiação.
Comentários: Correto, Segundo a NBR 10898/99 item 4.8.10 A corrente por circuito de iluminação
de emergência não poderá ser maior que 12 A por fiação. Cada circuito não poderá alimentar mais
de 25 luminárias. A corrente máxima não pode superar 4 A por mm2 de seção do condutor. O
aquecimento dos condutores elétricos não pode superar 10°C em relação à temperatura ambiente,
nos locais onde estejam instalados.
A NBR 10898/99 traz muitos requisitos técnicos, seria enfadonho numerá-los aqui, ainda mais por
ser um tema muito específico, no entanto os comentários já englobam alguns requisitos
importantes.
Gabarito: E

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 66


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

26. (14 – DEMAE/2017 – UFG)


Um chuveiro, em uma instalação predial de água fria, deve ter uma carga mínima em metros
de coluna d'água para seu funcionamento. Se a distância vertical entre o chuveiro e o nível
d'água no reservatório for 2 m, a perda de carga unitária for de 0,03 e o comprimento
equivalente do reservatório até o chuveiro for de 15 m, a carga mínima no chuveiro será de:
(A) 0,45 m
(B) 1,55 m
(C) 2,0 m
(D) 15 m
Comentários
Carga no chuveiro = 2 – (15.0,03) = 1,55 m
Gabarito: B

27. (51 – CELG-G&T/2014 – UFG)


Em uma tubulação, garante-se que o fenômeno denominado golpe de aríete pode ser
atenuado,
(A) projetando-se tubulações com trechos mais longos.
(B) evitando-se o fechamento brusco de válvulas.
(C) regulando-se as válvulas de descarga de modo a se ter um menor tempo de fechamento.
(D) aumentando-se a velocidade da água.
(E) utilizando-se torneiras de fechamento automático.
Comentários
De acordo com a norma NBR 5626, a prevenção e a atenuação do golpe de aríete podem ser
obtidas evitando-se o fechamento brusco de válvulas, absorvendo-se picos de pressão,
aprimorando-se a atenuação das ondas de pressão transmitidas ao longo da tubulação,
projetando-se a tubulação de modo a evitar trechos muito longos, conduzindo diretamente para
válvulas e torneiras, e reduzindo-se a velocidade da água.
Gabarito: B

28. (57 – IF-GO/2013 – UFG)


Em uma instalação hidrossanitária, o refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas,
para o sistema de consumo, em decorrência de pressões negativas, é denominado de
(A) extravasor.
(B) interconexão.
(C) subpressão.
(D) retrossifonagem.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 67


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Comentários
De acordo com a norma NBR 5626, a retrossifonagem é o refluxo de água usada, proveniente de
um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma
tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica.
Gabarito: D

29. (59 – IF-GO/2013 – UFG)


Segundo a norma ABNT-NBR-5626, a pressão estática máxima e a pressão dinâmica mínima
em um chuveiro, em metros de coluna de água, são, respectivamente, iguais a
(A) 20,0 e 0,5.
(B) 40,0 e 1,0.
(C) 60,0 e 1,5.
(D) 80,0 e 2,0.
Comentários
De acordo com a NBR 5626, em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos
pontos de utilização deve ser estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto indicada na
tabela 1 e o bom funcionamento da peça de utilização e de aparelho sanitário. Em qualquer caso,
a pressão não deve ser inferior a 10 kPa = 10 m.c.a, com exceção do ponto da caixa de descarga
onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula
de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.
Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas
(com escoamento) não deve ser inferior a 5 kPa = 0,5 m.c.a.
E, em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização
da rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa = 40 m.c.a.
Gabarito: B

30. (50 – CELG-G&T/2014 – UFG)


Uma família comprou uma residência na qual o ramal da área de serviços possui diâmetro de
20 mm e estão instaladas as seguintes peças: uma lavadora de roupas, dois tanques, uma
bacia sanitária com caixa de descarga e um lavatório. Esta família deseja instalar, neste ramal,
algumas torneiras para lavagens em geral, cujo dimensionamento será feito utilizando o
método dos pesos relativos, a tabela 3 e a figura 5 a seguir.
Tabela 3 – Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 68


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 69


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Diante das informações oferecidas, quantas torneiras poderão ser instaladas?


(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5
Comentários
De acordo com o Anexo A da norma ABNT NBR 5626, por razões de economia, é usual estabelecer
como provável uma demanda simultânea de água menor do que a máxima possível. Essa demanda
simultânea pode ser estimada tanto pela aplicação da teoria das probabilidades, como a partir da
experiência acumulada na observação de instalações similares. O método de pesos relativos usado
neste anexo se enquadra no segundo caso.
Os pesos relativos são estabelecidos empiricamente em função da vazão de projeto, conforme a
tabela acima. A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pela tubulação, que está
sendo dimensionada, é multiplicada pelos correspondentes pesos relativos e a soma dos valores

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 70


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

obtidos nas multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a somatória total dos
pesos (ΣP).
Usando a equação apresentada a seguir, esse somatório é convertido na demanda simultânea total
do grupo de peças de utilização considerado, que é expressa como uma estimativa da vazão a ser
usada no dimensionamento da tubulação. Esse método é válido para instalações destinadas ao uso
normal da água e dotadas de aparelhos sanitários e peças de utilização usuais; não se aplica
quando o uso é intensivo (como é o caso de cinemas, escolas, quartéis, estádios e outros), onde
torna-se necessário estabelecer, para cada caso particular, o padrão de uso e os valores máximos
de demanda.
Q = 0,3.(ΣP)1/2
Onde:
Q é a vazão estimada na seção considerada, em L/s
ΣP é a soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pela tubulação
considerada
ΣP = 1+1,4+0,3+0,3 = 3
Pela figura, a tubulação de 20 mm tem capacidade limite de pesos de 3,4. Portanto, há uma folga
de 0,4 pesos. Portanto, pode-se instalar somente mais uma torneira de lavagem geral, com peso
relativo = 0,4.
Gabarito: A

31. (58 – IF-GO/2013 – UFG)


Analise a figura a seguir.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 71


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Figura 14 – Nomograma para cálculo de perda de carga em tubulações de plástico. In:


CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. p. 293.
De acordo com a Figura 14, o diâmetro necessário para uma tubulação de PVC se nela escoar
um líquido com velocidade média (V) de 0,6 m/s, com uma perda de carga (J) de 1/100 m/m,
a uma vazão (Q) de 1,2 L/s, é o seguinte:
(A) 50 mm.
(B) 60 mm.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 72


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(C) 70 mm.
(D) 80 mm.
Comentários
Se marcarmos no gráfico os pontos Q = 1,2 L/s e J = 0,01 m/m por uma reta, teremos D = 50
mm, e atendendo v > 0,6 m/s.
Gabarito: A

32. (60 – IF-GO/2013 – UFG)


Analise a figura e a tabela apresentadas a seguir.

Pesos relativos nos pontos de utilização segundo a norma ABNT-NBR-5626.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 73


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Qual é o diâmetro da tubulação de um ramal de água fria que alimenta um banheiro e uma
área de serviço com duas bacias sanitárias, um chuveiro elétrico, dois lavatórios, dois
mictórios, um tanque e quatro torneiras de jardim?
(A) 20 mm.
(B) 25 mm.
(C) 32 mm.
(D) 40 mm.
Comentários
∑P = (2 x 32) + 0,4 + (2 x 0,3) + (2 x 2,8) + 0,7 + (4 x 0,4)
∑P = 64 + 0,4 + 0,6 + 5,6 + 0,7 + 1,6 = 72,9
Na tabela acima, o peso de 72,9 corresponde ao diâmetro de 40 mm.
Gabarito: D

33. (67 – MPU/2004 – ESAF)


O conhecimento dos elementos e procedimentos básicos para a execução de instalações é
necessário a todo engenheiro civil. Com relação aos materiais e procedimentos para
instalações de água fria, assinalar a opção incorreta.
a) Os tubos de PVC para instalações de água fria são, de acordo com o tipo de junta,
classificados como soldáveis e roscáveis.
Comentários
Certo, porém ainda existem outros tipos de junções de tubulações de PVC rígido: junta soldada
(ponta e bolsa se encaixam e são coladas com adesivo próprio); junta elástica (utiliza-se um anel de
borracha para vedar o tubo padrão ponta e bolsa, o encaixe é feito sem adesivo, somente com o
anel de borracha); junta rosqueada, a rosca pode ser de PVC ou metálica (nos pontos de utilização
recomendam-se as roscas metálicas); junta sanitária (é um misto da junta elástica com a junta
soldada) união das vantagens da duas; junta flangeada (utilizada na junção de tubulação de PVC
com a tubulação metálica); colar de tomada (é uma peça que permite a junção de forma
transversal ao tubo, como uma tomada d’ água, sem a utilização de T).

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 74


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

b) O sistema de junta roscável permite a montagem e a desmontagem das ligações, sendo


que neste caso haverá um reaproveitamento do material.
Comentários
Certo, é possível soltar desfazer a junção facilmente.
c) Nípel é a conexão que permite a união de dois tubos ou peças de mesmo diâmetro com
rosca interna.
Certo, veja figura.

Niple PVC

d) As conexões têm a finalidade de possibilitar a união de tubos de diâmetros iguais ou


diferentes, sendo as mais utilizadas: adaptador, redução, cap, cruzeta, curva, joelho, junção,
luva, nípel, plugue e tê.
Comentários
Certa, com ressalva! Todas as conexões citadas permitem a união de tubos exceto as duas
mostradas na figura que não unem tubos, mas unem se a eles e são conexões também, para
esclarecer a figura acima mostra um CAP e um plugue. Pegadinha da banca, porém, em provas do
estilo ESAF e FCC, é necessário buscar sempre a mais errada para marcar a alternativa incorreta ou
a mais certa para marcar a alternativa correta.

CAP e Plugue, respectivamente

e) O sistema de junta soldável tem como vantagem a maior rapidez na instalação,


necessitando apenas da morsa para a sua execução.
Comentários
Errada: Essa é a mais errada. As instalações de PVC de água fria e CPVC de água quente dispensam
o uso de morsa, para executar a junta soldável exige-se apenas de adesivo químico.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 75


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Gabarito: E

34. (27 – TCE-RN/2000 – ESAF)


A ABNT - NBR 5626/1998 e 7198/93 – prescreve o(s) seguinte(s) valor(es) máximo(s) da
velocidade da água para projeto e execução de instalações prediais de água fria e água
quente:
a) 3,0 m/s para água fria e água quente
b) 2,5 m/s para água fria e água quente
c) 3,0 m/s para água fria e 2,5 m/s para água quente
d) 2,5 m/s para água fria e 3,0 m/s para água quente
e) 1,0 m/s para água fria e água quente
Comentários
As velocidades máximas nas tubulações não devem ultrapassar 3,00 m/s, nem os valores da
fórmula seguinte V=14 D. Independentemente se água fria ou quente. Onde, D é o diâmetro do
tubo.
Gabarito: A

35. (29 – MPOG/2006 – ESAF)


Os serviços referentes às instalações hidrossanitárias devem ser executados por profissionais
habilitados e as ferramentas utilizadas devem ser apropriadas aos serviços, sendo incorreto
afirmar que:
a) as tubulações devem ser montadas dentro dos rasgos ou cavidades das alvenarias, de
forma que o eixo dos registros fique com comprimento adequado à colocação da canopla e
do volante.
Comentários: Certo. Os fabricantes de registros indicam qual deve ser a distância mínima e
máxima para o posicionamento da canopla na parede acabada.
b) as tubulações deverão ter suas extremidades vedadas com bujões, a serem removidos na
ligação final dos aparelhos sanitários.
Comentários: Certo. A medida visa evitar danos aos bocais de conexão durante a fase de
acabamento da obra, além de permitir a realização de testes.
c) as buchas, bainhas e caixas necessárias à passagem da tubulação através de elementos
estruturais deverão ser executadas e colocadas antes da concretagem, desde que permitido
expressamente no projeto estrutural.
Comentários: Certo. Devem ser instalados tais dispositivos para impedir danos às tubulações
quando os elementos estruturais trabalharem, movimentarem-se.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 76


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

d) as tubulações devem guardar certa distância das fundações, a fim de prevenir a ação de
eventuais recalques.
Comentários: Certo. Essa medida visa evitar que algum vazamento nessa tubulação próxima a
fundação possa saturar o solo da fundação, alterando suas características de resistência e
acarretando em recalques.
e) para constituição de ventilador primário, os tubos de queda devem ser prolongados
verticalmente até o nível da cobertura.
Comentários: Errado. o tubo ventilador primário é um prolongamento do tubo de queda acima do
ramal mais alto a ele ligado e com a extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da
cobertura do prédio. Vejam é acima da cobertura e não no nível, caso fosse ao nível da cobertura
ficaria mau cheiro nesse nível.
Gabarito: E

36. (30 – MPOG/2006 – ESAF)


De acordo com a figura abaixo os diâmetros mínimos dos sub-ramais 1 e 2 são,
respectivamente,

a) 32 mm e 20 mm.
b) 15 mm e 20 mm.
c) 20 mm e 32 mm.
d) 15 mm e 32 mm.
e) 25 mm e 32 mm.
Comentários

A tabela seguinte mostra os diâmetros mínimos dos sub-ramais.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 77


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Diâmetro Diâmetro
Peças de utilização Peça de utilização
mm e pol mm e pol
Aquecedor baixa pressão 20 , (3/4) Chuveiro 15 , (1/2)
Aquecedor alta pressão 15 , (1/2) Filtro de pressão 15 , (1/2)
Bacia sanitária com caixa de
15 , (1/2) Lavatório 15 , (1/2)
descarga
Bacia sanitária com válvula de Máquina de lavar pratos ou
32 , (1 1/14) 20 , (3/4)
descarga roupa
Banheira 15 , (1/2) Mictório auto-aspirante 25 , (1)
Mictório de descarga
Bebedouro 15 , (1/2) 15 , (1/2)
descontínua
Bidê 15 , (1/2) Pia de despejo 20 , (3/4)
Tanque de lavar roupa 20 , (3/4) Pia de cozinha 15 , (1/2)
Tabela – Diâmetros mínimos

Gabarito: D

37. (26 – TCE-RN/2000 – ESAF)


Indique a opção correta quanto à definição de tubulação primária de esgotos sanitários.
a) Tubulação protegida por um desconector contra o acesso de gases do coletor público ou
dos dispositivos de tratamento.
b) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes dos
aparelhos sanitários.
c) Tubulação à qual têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de
tratamento.
d) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes de pias de
cozinha escoando-os numa caixa de gordura para tratamento primário.
e) Tubulação protegida por um desconector primário contra o refluxo de espuma dos
efluentes de máquinas de lavar roupa.
Comentários

A tubulação primária é aquela que tem acesso aos gases provenientes do coletor público ou dos
dispositivos de tratamento. Seguindo, a tubulação secundária é protegida por desconector (sifão =
fecho hídrico), contra o acesso de gases da tubulação primária. Obs.: Fecho hídrico é uma camada
líquida que, em um desconector, veda a passagem de gases, ex. vaso sanitário. Portanto a resposta
é a C.
Gabarito: C

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 78


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

7 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA


1. (52 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)
No projeto de instalação predial de água fria, o sistema de abastecimento de água em que a
rede de distribuição é alimentada pelo abastecimento público que assegure a continuidade
no fornecimento da água é:
(A) direto.
(B) indireto.
(C) misto.
(D) hidropneumático.
(E) pneumático.
2. (56 – TRF2/2012 – FCC)
Tendo em vista a função a que se destina, a tubulação de uma instalação predial de
abastecimento de água fria recebe nomes distintos ao longo do trajeto da água: subramais,
ramais, barriletes e colunas de distribuição.Barrilete é
(A) a ligação entre a coluna de distribuição e os ramais.
(B) a ligação final com a peça de utilização.
(C) o distribuidor para os ramais.
(D) a tubulação que se origina nos reservatórios.
(E) o coletor final do sistema.
3. (57 – Defensoria-SP/2013 - FCC)
O dimensionamento das tubulações de água fria deve garantir que a vazão de projeto
estabelecida esteja disponível nos pontos de utilização. A NBR 5626 estabelece, para o
dimensionamento, que a velocidade da água, em m/s, em qualquer trecho da tubulação de
água fria NÃO atinja valores superiores a
(A) 1,5.
(B) 2.
(C) 1.
(D) 3.
(E) 5.
4. (36 – SEGAS/2013 – FCC)
Uma rede predial de distribuição de água fria deve ser dimensionada de tal forma que, no uso
simultâneo de dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto plenamente disponível
para bacia sanitária com válvula de descarga seja, em L/s, igual a

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 79


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(A) 0,50.
(B) 1,70.
(C) 1,50.
(D) 0,90.
(E) 0,25.
5. (50 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)
Um edifício cujo sistema de recalque envia água para a caixa d’água superior possui uma
bomba com 8 CV de potência e rendimento de 80%. Se a altura manométrica é 40 m, a vazão
de água, em litros por segundos, é
(A) 8
(B) 10
(C) 12
(D) 16
(E) 24
6. (85 – TCE-AM/2012 – FCC)
O sistema elevatório de água de um edifício é composto por duas bombas centrífugas iguais,
ligadas em paralelo, com capacidade de 10 litros por segundo e 35 metros de altura
manométrica. A vazão, em litros por segundo, e a altura manométrica, em metros, das duas
bombas funcionamento em conjunto são, respectivamente,
(A) 10 e 35
(B) 10 e 70
(C) 20 e 35
(D) 20 e 70
(E) 40 e 70
7. (79- TCE-SE/2011 – FCC)
Para instalação do sistema de recalque de água de um edifício foram adquiridas duas bombas
centrífugas iguais, com capacidade de 60 litros por segundo e 50 m de altura manométrica.
Se as duas bombas forem instaladas em série, a vazão de água a ser recalcada, em litros por
segundo, e a altura manométrica, em metros, serão, respectivamente,
(A) 120 e 100.
(B) 120 e 50.
(C) 60 e 100.
(D) 60 e 50.
(E) 30 e 25.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 80


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

8. (66 - TCE-SE/2011 – FCC)


O sistema de recalque de água de um edifício é composto por dois reservatórios, bomba
hidráulica e tubulações, como representado na figura abaixo.

Sabendo-se que as distâncias L1 e L2 são, respectivamente, 5 m e 80 m e a perda de carga


entre os pontos (A) e (C) é 3 m e entre os pontos (C) e (H) é 7 m, a altura manométrica, em
metros, a ser considerada no projeto de dimensionamento da potência da bomba é
(A) 65
(B) 75
(C) 85
(D) 95
(E) 105
9. (57 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)
Um estudo prevê que um edifício com 64 apartamentos será habitado por 320 pessoas. A
água de abastecimento será recalcada do reservatório inferior para o superior por meio de
conjuntos elevatórios. Sabendo que o consumo diário estimado é igual a 200 L/ hab e que as
bombas terão a capacidade para recalcar o volume total diário a ser consumido em apenas 8
horas de funcionamento, a vazão mínima das bombas é igual a
(A) 2,22 L/s
(B) 0,74 L/s
(C) 0,67 L/s
(D) 0,42 L/s
(E) 0,45 L/s
10. (81 – TCE-AM/2012 – FCC)
Uma caixa d’água com capacidade de armazenamento de 12600 litros é alimentada por um
tubo de PVC com área interna da seção transversal de 7 cm2. Considerando que a velocidade

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 81


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

máxima da água na tubulação seja de 3 m/s, o tempo mínimo para atingir a capacidade total
de armazenamento da caixa d’água é
(A) 90 minutos.
(B) 100 minutos.
(C) 2100 minutos.
(D) 12 horas.
(E) 21 horas.
11. (55 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)
Considerando-se as condições de pressão máxima e mínima previstas na norma NBR
5626/1992, é correto o que consta em:
(A) Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de
utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 200 kPa.
(B) Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições
dinâmicas (com escoamento) deve estar entre 3 e 5 kPa.
(C) Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização
deve garantir a vazão de projeto e o bom funcionamento das instalações sanitárias, onde a
pressão mínima deve ser de 10 kPa. No ponto da caixa de descarga e no ponto da válvula de
descarga para bacia sanitária admite-se, respectivamente, pressão mínima 5 e 15 kPa.
(D) A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no
dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem
o valor de 300 kPa.
(E) Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas em nível, tendo em vista
reduzir o risco de formação de bolhas de ar no seu interior e a garantir o alinhamento da
rede, fator assegurado pela colocação de calços e guias.
12. (34 – Metrô-SP/2010 – FCC)
Em instalações hidráulicas de água fria observa-se a ocorrência de “ronco” durante a
operação de fechamento de torneiras de boia em reservatórios de água. Tal fenômeno deve-
se
(A) ao escoamento em velocidades muito abaixo das velocidades de projeto.
(B) ao escoamento de água continuado a partir de tubulação de extravasão de reservatório
superior, desaguando sobre o sistema de coleta de águas pluviais.
(C) à manifestação na forma de uso deficiente de aparelhos sanitários por insuficiência de
pressões e vazões.
(D) a incompatibilidades entre os materiais das tubulações hidráulicas e componentes
hidráulicos utilizados, por conta de erros de execução.
(E) à ressonância, pela formação de ondulações na superfície líquida. Certa, a causa desse
barulho quem explicou foi um especialista em projetos de instalações hidráulicas.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 82


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

13. (35 – Metrô-SP/2010 – FCC)


As patologias em sistemas hidráulicos podem ter suas causas decorrentes do armazenamento
dos materiais. São cuidados a serem observados no armazenamento de tubos de plásticos
rígidos:
(A) não devem ter contato com o solo; devem ser segregados por tipo de linha de instalação;
devem ser armazenados em áreas de manobras e circulação de veículos.
(B) obedecer a uma inclinação de aproximadamente 5%; quando possível apoiados sobre
estrado metálico, na posição vertical; diretamente no solo, se este estiver sido aplainado.
(C) posição horizontal sobre bancada de madeira; a altura das pilhas não devem ultrapassar
1,80 m; colocar os tubos com as bolsas alternadamente de cada lado.
(D) em locais abertos, as pilhas devem ficar soltas e desimpedidas para facilitar a utilização;
os tubos das diferentes camadas devem ficar em contato direto, diminuindo assim a altura da
pilha.
(E) devem ser armazenados cruzados e alinhando ponta e luva distintamente; na falta de
espaço admite-se pilhas com altura máxima de 2,50 m; o local destinado ao armazenamento
deve ser coberto, mesmo que apresente ondulações e desnivelamento.
14. (48 – Metrô-SP/2012 – FCC)
Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção
sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais
e de serviços, insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos, dentre outros. É
característica própria dos sistemas hidráulicos prediais a sua complexidade funcional e a
inter-relação dinâmica entre os seus diversos subsistemas, além da enorme variedade de
materiais, componentes e equipamentos constituintes. Tampas de acesso às câmaras do
reservatório elevado executadas e instaladas de modo incorreto, com possibilidade de
admissão de água contaminada em seu interior, é a causa de falha frequente em sistemas de
(A) água fria.
(B) água quente.
(C) esgoto sanitário.
(D) combate a incêndio.
(E) águas pluviais.
15. (82 – TCE-AM/2012 – FCC)
No projeto e execução de instalações prediais de água quente, o dispositivo antirretorno
(A) destina-se a impedir o retorno de fluidos para a rede de distribuição.
(B) é geralmente do tipo gaveta e deve ser instalado em uma tubulação para interromper a
passagem da água.
(C) destina-se a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação predial de água quente.
(D) permite o escoamento da água em um único sentido.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 83


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(E) destina-se a evitar que a pressão ultrapasse determinado valor.


16. (49 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)
Segundo a NBR 8160, a instalação predial de esgotos sanitários deve ser projetada e
construída de modo a
I. permitir rápido escoamento da água utilizada e dos despejos.
II. não permitir a contaminação da água de consumo.
III. facilitar a liberação dos gases produzidos no sistema na tubulação sifonada.
IV. facilitar a inspeção dos componentes do sistema.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I, II e IV.
(D) I e IV.
(E) II, III e IV.
17. (83 – TCE-AM/2012 – FCC)
No projeto das instalações prediais de esgoto sanitário, todos os trechos horizontais das
tubulações devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso,
apresentar uma declividade constante. Além disso, a profundidade máxima, das caixas de
inspeção e a distância máxima, entre dois dispositivos de inspeção, são, em metros,
respectivamente,
(A) 1,5 e 35
(B) 1,8 e 40
(C) 1,0 e 25
(D) 1,2 e 28
(E) 1,6 e 30
18. (34 – MPE-AM/2013 – FCC)
Nos projetos de instalações prediais de esgoto, a extremidade aberta de um tubo ventilador
primário ou coluna de ventilação deve situar-se a uma altura mínima acima de uma laje
utilizada para outros fins além de cobertura, em cm, de
(A) 500. (B) 300. (C) 200. (D) 100. (E) 30.
19. (46 – TRT-15/2013 – FCC)
Em instalações prediais de esgoto sanitário, os desconectores devem apresentar orifício de
saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado, e ter fecho
hídrico com altura mínima, em mm, de

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 84


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(A) 20. (B) 50. (C) 30. (D) 10. (E) 40.
20. (35 – SEGAS/2013 – FCC)
O sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário deve possibilitar o escoamento dos
efluentes por gravidade. Para tubulações de trechos horizontais com diâmetro nominal igual
ou superior a 100 mm, é recomendável uma declividade mínima, em %, igual a
(A) 1,5. (B) 2,0. (C) 3,0. (D) 0,5. (E) 1,0.
21. (58 – Defensoria-SP/2013 – FCC)
Segundo a NBR 8160, as caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta de despejos de
aparelhos sanitários. A simbologia utilizada para a representação gráfica de uma caixa
sifonada corresponde a

22. (84 – TCE-AM/2012 – FCC)


Para as instalações prediais de águas pluviais, a inclinação das calhas de beiral e platibanda
deve ser uniforme e o diâmetro interno mínimo, em mm, dos condutores verticais de seção
circular é
(A) 25 (B) 40 (C) 50 (D) 70 (E) 100
23. (32 – TCE-RN/2000 – ESAF)
Segundo a ABNT - NBR 13714/1996 - a reserva de incêndio nas edificações deve ser prevista
para permitir:
a) o combate, durante todo o tempo de duração do incêndio;
b) o combate, através de 5 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
c) o combate, através de 3 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
d) o combate e ainda o reabastecimento dos caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros,
durante todo o tempo de duração do incêndio;
e) o primeiro combate, durante determinado tempo.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 85


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

24. (86 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das saídas de emergências em edifícios, as antecâmaras para ingressos nas
escadas enclausuradas devem ser dotadas de porta corta-fogo na entrada e de porta
estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada, bem como ter comprimento e pé-
direito mínimos, em metros, respectivamente, de
(A) 2,20 e 3,10
(B) 2,00 e 2,80
(C) 1,90 e 2,60
(D) 1,80 e 2,50
(E) 1,60 e 2,20
25. (75- TCE-SE/2011 – FCC)
Em um sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações para prevenção a
incêndio,
(A) os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de
saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 25
m.
(B) cada circuito de iluminação de emergência não poderá alimentar mais de 15 luminárias.
(C) a proteção dos cabos ramais dos circuitos de iluminação de emergência, além de proteção
contra curtocircuito, deve resistir 15 minutos em caso de incêndio.
(D) o sistema de iluminação de emergência não poderá ter uma autonomia menor que 30
minutos de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.
(E) a corrente por circuito de iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por
fiação.
26. (14 – DEMAE/2017 – UFG)
Um chuveiro, em uma instalação predial de água fria, deve ter uma carga mínima em metros
de coluna d'água para seu funcionamento. Se a distância vertical entre o chuveiro e o nível
d'água no reservatório for 2 m, a perda de carga unitária for de 0,03 e o comprimento
equivalente do reservatório até o chuveiro for de 15 m, a carga mínima no chuveiro será de:
(A) 0,45 m (B) 1,55 m (C) 2,0 m (D) 15 m
27. (51 – CELG-G&T/2014 – UFG)
Em uma tubulação, garante-se que o fenômeno denominado golpe de aríete pode ser
atenuado,
(A) projetando-se tubulações com trechos mais longos.
(B) evitando-se o fechamento brusco de válvulas.
(C) regulando-se as válvulas de descarga de modo a se ter um menor tempo de fechamento.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 86


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

(D) aumentando-se a velocidade da água.


(E) utilizando-se torneiras de fechamento automático.
28. (57 – IF-GO/2013 – UFG)
Em uma instalação hidrossanitária, o refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas,
para o sistema de consumo, em decorrência de pressões negativas, é denominado de
(A) extravasor.
(B) interconexão.
(C) subpressão.
(D) retrossifonagem.
29. (59 – IF-GO/2013 – UFG)
Segundo a norma ABNT-NBR-5626, a pressão estática máxima e a pressão dinâmica mínima
em um chuveiro, em metros de coluna de água, são, respectivamente, iguais a
(A) 20,0 e 0,5.
(B) 40,0 e 1,0.
(C) 60,0 e 1,5.
(D) 80,0 e 2,0.
30. (50 – CELG-G&T/2014 – UFG)
Uma família comprou uma residência na qual o ramal da área de serviços possui diâmetro de
20 mm e estão instaladas as seguintes peças: uma lavadora de roupas, dois tanques, uma
bacia sanitária com caixa de descarga e um lavatório. Esta família deseja instalar, neste ramal,
algumas torneiras para lavagens em geral, cujo dimensionamento será feito utilizando o
método dos pesos relativos, a tabela 3 e a figura 5 a seguir.
Tabela 3 – Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 87


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 88


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Diante das informações oferecidas, quantas torneiras poderão ser instaladas?


(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5
31. (58 – IF-GO/2013 – UFG)
Analise a figura a seguir.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 89


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Figura 14 – Nomograma para cálculo de perda de carga em tubulações de plástico. In:


CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. p. 293.
De acordo com a Figura 14, o diâmetro necessário para uma tubulação de PVC se nela escoar
um líquido com velocidade média (V) de 0,6 m/s, com uma perda de carga (J) de 1/100 m/m,
a uma vazão (Q) de 1,2 L/s, é o seguinte:
(A) 50 mm. (B) 60 mm. (C) 70 mm. (D) 80 mm.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 90


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

32. (60 – IF-GO/2013 – UFG)


Analise a figura e a tabela apresentadas a seguir.

Pesos relativos nos pontos de utilização segundo a norma ABNT-NBR-5626.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 91


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

Qual é o diâmetro da tubulação de um ramal de água fria que alimenta um banheiro e uma
área de serviço com duas bacias sanitárias, um chuveiro elétrico, dois lavatórios, dois
mictórios, um tanque e quatro torneiras de jardim?
(A) 20 mm.
(B) 25 mm.
(C) 32 mm.
(D) 40 mm.
33. (67 – MPU/2004 – ESAF)
O conhecimento dos elementos e procedimentos básicos para a execução de instalações é
necessário a todo engenheiro civil. Com relação aos materiais e procedimentos para
instalações de água fria, assinalar a opção incorreta.
a) Os tubos de PVC para instalações de água fria são, de acordo com o tipo de junta,
classificados como soldáveis e roscáveis.
b) O sistema de junta roscável permite a montagem e a desmontagem das ligações, sendo
que neste caso haverá um reaproveitamento do material.
c) Nípel é a conexão que permite a união de dois tubos ou peças de mesmo diâmetro com
rosca interna.
d) As conexões têm a finalidade de possibilitar a união de tubos de diâmetros iguais ou
diferentes, sendo as mais utilizadas: adaptador, redução, cap, cruzeta, curva, joelho, junção,
luva, nípel, plugue e tê.
e) O sistema de junta soldável tem como vantagem a maior rapidez na instalação,
necessitando apenas da morsa para a sua execução.
34. (27 – TCE-RN/2000 – ESAF)
A ABNT - NBR 5626/1998 e 7198/93 – prescreve o(s) seguinte(s) valor(es) máximo(s) da
velocidade da água para projeto e execução de instalações prediais de água fria e água
quente:
a) 3,0 m/s para água fria e água quente
b) 2,5 m/s para água fria e água quente
c) 3,0 m/s para água fria e 2,5 m/s para água quente
d) 2,5 m/s para água fria e 3,0 m/s para água quente
e) 1,0 m/s para água fria e água quente
35. (29 – MPOG/2006 – ESAF)
Os serviços referentes às instalações hidrossanitárias devem ser executados por profissionais
habilitados e as ferramentas utilizadas devem ser apropriadas aos serviços, sendo incorreto
afirmar que:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 92


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

a) as tubulações devem ser montadas dentro dos rasgos ou cavidades das alvenarias, de
forma que o eixo dos registros fique com comprimento adequado à colocação da canopla e
do volante.
b) as tubulações deverão ter suas extremidades vedadas com bujões, a serem removidos na
ligação final dos aparelhos sanitários.
c) as buchas, bainhas e caixas necessárias à passagem da tubulação através de elementos
estruturais deverão ser executadas e colocadas antes da concretagem, desde que permitido
expressamente no projeto estrutural.
d) as tubulações devem guardar certa distância das fundações, a fim de prevenir a ação de
eventuais recalques.
e) para constituição de ventilador primário, os tubos de queda devem ser prolongados
verticalmente até o nível da cobertura.
36. (30 – MPOG/2006 – ESAF)
De acordo com a figura abaixo os diâmetros mínimos dos sub-ramais 1 e 2 são,
respectivamente,

a) 32 mm e 20 mm.
b) 15 mm e 20 mm.
c) 20 mm e 32 mm.
d) 15 mm e 32 mm.
e) 25 mm e 32 mm.
37. (26 – TCE-RN/2000 – ESAF)
Indique a opção correta quanto à definição de tubulação primária de esgotos sanitários.
a) Tubulação protegida por um desconector contra o acesso de gases do coletor público ou
dos dispositivos de tratamento.
b) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes dos
aparelhos sanitários.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 93


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

c) Tubulação à qual têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de
tratamento.
d) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes de pias de
cozinha escoando-os numa caixa de gordura para tratamento primário.
e) Tubulação protegida por um desconector primário contra o refluxo de espuma dos
efluentes de máquinas de lavar roupa.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 94


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 15
778818

8 – GABARITO

1) A 11) C 21) A 31) A

2) D 12) E 22) D 32) D

3) D 13) C 23) E 33) E

4) B 14) A 24) D 34) A

5) C 15) A 25) E 35) E

6) C 16) C 26) B 36) D

7) C 17) C 27) B 37) C

8) C 18) C 28) D

9) A 19) B 29) B

10) B 20) E 30) A

9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Creder, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Editora LTC. Rio de Janeiro: 1999.
- Macintyre, Archibald Joseph. Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Editora LTC. Rio de
Janeiro: 1996.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019 95


www.estrategiaconcursos.com.br 95
17183708810 - Renata Arielo

Você também pode gostar