Você está na página 1de 57

Livro Eletrônico

Aula 17

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário


- Engenharia Civil) - 2019
Marcus Campiteli

17183708810 - Renata Arielo


Marcus Campiteli
Aula 17

Instalações Especiais .......................................................................................................... 3


1 – Ventilação e Exaustão .................................................................................................. 3
2 – Condicionamento de Ar................................................................................................ 4
2.1 – Distribuição do Ar ..................................................................................................................... 6
2.2 – Sistema Básico de Ar-Condicionado ......................................................................................... 7
2.3 – Terminologia............................................................................................................................ 7
2.4 – Casa de Máquinas .................................................................................................................... 8
2.5 – Rede de Dutos de Distribuição de Ar ........................................................................................ 8
2.6 – Isolamento Térmico de Rede de Dutos ..................................................................................... 9
2.7 – Bocas de Ar ............................................................................................................................. 10
778818
2.8 – Difusores ................................................................................................................................. 10
2.9 – Grelhas.................................................................................................................................... 11
2.10 – Acessórios para Bocas de Ar ................................................................................................. 11
2.11 – Tomada de Ar Externo .......................................................................................................... 11
2.12 – Sistemas de Geração de Frio ................................................................................................ 12
3 – Instalações Telefônicas............................................................................................... 21
3.1 – Introdução .............................................................................................................................. 21
3.2 – Previsão de Pontos Telefônicos .............................................................................................. 21
3.3 – Caixas de Distribuição e de Passagem ................................................................................... 22
3.4 – Tubulação Secundária e Primária .......................................................................................... 22
4 – Instalações de Gás ...................................................................................................... 28
4.1 – Introdução .............................................................................................................................. 28
4.2 – Rede de Distribuição Interna .................................................................................................. 29
4.2.1 – Rede com regulador único, medição individual no térreo e prumadas individuais ............ 30
4.2.2 – Rede com reguladores, prumada única e medição individual nos andares ....................... 31
4.2.3 – Prumada única e regulador e medição individuais nos andares ........................................ 32
4.2.4 – Regulador, prumada única e regulador e medição individuais nos andares ...................... 33
4.2.5 – Reguladores e medição individual no térreo e prumadas individuais para os andares ..... 34
4.3 – Dispositivos de Segurança ...................................................................................................... 38
4.4 – Proibições ............................................................................................................................... 41
5 – Instalações de Ar Comprimido.................................................................................... 44

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
1
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

5.1 – Definições ............................................................................................................................... 44


5.2 – Condições Gerais .................................................................................................................... 45
6 – Instalações Para Vácuo............................................................................................... 46
6.1 – Definições ............................................................................................................................... 46
7 – Instalações de Proteção e Vigilância ........................................................................... 46
7.1 – Introdução .............................................................................................................................. 46
7.2 – Detecção e Alarme de Incêndio ............................................................................................. 47
7.3 – Sistemas de Circuitos Fechados de TV – CFTV ........................................................................ 49
8 – Questões Apresentadas Nesta Aula............................................................................ 51
9 – Gabarito ..................................................................................................................... 56
10 – Referências Bibliográficas......................................................................................... 56

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
2
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

INSTALAÇÕES ESPECIAIS
Olá, pessoal.
Apresento a aula de Instalações Especiais.
As questões são comentadas em conjunto com a teoria de forma a complementá-la.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Boa sorte a todos!

1 – VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO
Iniciemos com as funções dos sistemas de ventilação e exaustão:
 promover a circulação de ar condicionado (resfriado ou aquecido) para manter conforto
humano em ambientes;
 remover ar contaminado de ambientes;
 remover, com auxílio de uma corrente de gás, particulado sólido gerado em processos
industriais;
 promover a filtragem de ar de ambientes críticos, etc.
Uma lista dos elementos de um sistema de ventilação compreenderia:
 Dutos: função de conduzir, confinadamente, os gases de trabalho (muitas vezes o ar)
 ‘dampers’ de controle, as ‘válvulas’ dos sistemas de ventilação, podem ser manuais ou
automáticos, e são usados para controlar e ajustar a vazão do gás de trabalho e mesmo
isolar elementos do sistema de ventilação, como é o caso dos ‘dampers’ corta-fogo;
 filtros, aplicados para remover pó, particulado sólido, contaminantes e odor do escoamento
de gás;
 serpentinas de aquecimento e resfriamento, utilizadas em sistemas de condicionamento de
ar e refrigeração para manter o ar na temperatura de conforto ou em temperatura
específica;
 abafadores de ruído, aplicados para reduzir o nível de ruído produzido pelo ventilador;
 caixas de mistura, utilizadas para misturar correntes gasosas diversas e garantir a
especificação do gás insuflado no ambiente (por exemplo, o ar de retorno de um ambiente
condicionado e o ar externo são misturados na caixa de mistura para garantir uma taxa de
renovação especificada e manter em nível baixo a concentração de contaminantes, CO2,
etc);
 umidificadores e desumidificadores, utilizados para controlar a umidade do ar insuflado em
ambientes. Serpentinas de resfriamento são desumidificadores quando operam em
temperaturas inferiores ao ponto de orvalho, causando a condensação da umidade do gás
ventilado sobre sua superfície;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
3
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

 caixas de volume variável, utilizadas em sistemas de condicionamento de ar, suprem uma


vazão variável de ar condicionado ao ambiente em resposta a um sinal proveniente de um
sensor de temperatura;
 difusores, instalados na extremidade dos dutos, são os elementos responsáveis por
distribuir/remover adequadamente o ar dos ambientes condicionados;
 singularidades dos dutos, tais como cotovelos, junções, derivações, etc.
1. (36 – SEAD/PA – 2005) Os sistemas de ventilação contribuem para a melhoria da qualidade
e salubridade do ar de ambientes. Nesse contexto, no sistema de distribuição cruzada, o ar é
insuflado no recinto
A) verticalmente, a baixas velocidades, pela parte superior do recinto, enquanto que o ar
viciado é retirado pela parte inferior do recinto.
B) horizontalmente, à meia altura e a saída do ar viciado ocorre pela parte superior do
recinto, por meio de um exaustor especial.
==be242==

C) horizontalmente, a velocidades elevadas e pela parte superior do recinto.


D) verticalmente e o ar viciado é retirado através de pontos localizados na parte inferior do
recinto.
E) horizontalmente pelo piso, sendo retirado verticalmente, por exaustão, pela sua parte
superior.
Comentários
A – Ventilação cruzada vertical o ar fresco entra pela parte inferior e sai o ar quente pela
parte superior. Densidade do ar quente mais leve sobe!
B – Não há necessidade de exaustor especial.
C – Opção correta.
D – É o inverso.
E – Pelo piso é ventilação cruzada vertical, a C está mais correta.
Gabarito: C

2 – CONDICIONAMENTO DE AR
Condicionamento de ar é o controle de temperatura, umidade, movimentação, pressão e
qualidade do ar, dentro de um determinado ambiente.
Geralmente, o mercado oferece grande número de alternativas capazes de satisfazer às
necessidades de um projeto. A seleção e combinação dessas opções, que serão consideradas pela
construtora na elaboração de um projeto, devem basear-se nos seguintes critérios: desempenho,
capacidade, local ocupado, custo inicial, custo operacional, flexibilidade, manutenção e
durabilidade. Como esses oito fatores são relacionados entre si, o projetista e a construtora
precisam analisar, com cuidado, a maneira como eles poderão afetar um ao outro.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
4
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Outro item que tem de ser levado em conta é o dos tipos de ar-condicionado.
No grupo de sistema de expansão direta, fazem parte os modelos em que o resfriamento ocorre
diretamente em contato com o ar externo, por meio da serpentina de resfriamento. Aparelhos de
janela, split (condensador remoto), self contained, multi split, automotivos, entre outros, são os
equipamentos de condicionamento de ar mais comuns desse grupo.
No sistema de expansão indireta, o ar é resfriado por um líquido que não seja o gás refrigerante,
como, por exemplo, água ou etileno glicol. Nesse grupo, os modelos mais frequentes são: fan coil
lavador de ar com resfriamento e painel radiante. Existe uma série de fatores que têm de ser
levados em consideração na escolha do ar-condicionado.
A seleção de um tipo de equipamento depende, principalmente, da capacidade térmica de
resfriamento.

a) Aparelhos de Pequeno Porte

Os aparelhos de janela e splits de pequeno porte são normalmente usados para condicionar
residências e pequenos escritórios. Dentre suas maiores vantagens estão: controle individual por
ambiente; o resfriamento (ou aquecimento) pode ser controlado individualmente e por todo o
tempo; fácil aquisição do equipamento; operação simplificada; custo inicial baixo. Geralmente,
dispensa a necessidade de salas de máquinas, que ocupam áreas úteis. Em contrapartida, têm
como desvantagem: a capacidade limitada de resfriamento; alto consumo de energia; controle de
umidade inexistente; controle limitado para distribuição de ar; alto nível de ruído (existem
sistemas de splits de pequeno porte, mais silenciosos); algumas unidades só podem ser instaladas
ao longo de paredes externas.

b) Aparelhos de Médio Porte

Os equipamentos de médio porte – self contained e multi splits - e splits de grande porte, entre
outros, são geralmente usados em instalações com capacidade de refrigeração variando entre 5 TR
e 20 TR (Toneladas de Refrigeração). Os benefícios desse sistema são: simples instalação; as
unidades são apresentadas com controles integrados; de fácil acesso para manutenção rotineira.
Dentre os fatores que determinam as desvantagens estão: a pressão estática disponível para rede
de dutos limitada; algumas unidades só podem ser instaladas ao longo de paredes externas;
quando instaladas próximas aos usuários, podem gerar problemas acústicos; necessidade de sala
de máquinas (que ocupam áreas úteis).

c) Equipamentos Centrais

Os equipamentos centrais compõem-se, basicamente, de dois tipos: chillers e fan coils.


Os chillers são unidades centrais de resfriamento de líquido. Esse líquido é conduzido por
eletrobombas e rede hidráulica para os fan coils.
Os fan coils trocam calor entre a água e o ar, por meio de serpentina e ventilador e, a partir daí, o
ar-condicionado é distribuído por intermédio de complexas redes de dutos no entreforro ou pelo
piso elevado.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
5
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Além disso, os fan coils são muito usados para condicionamento de sistemas de grande porte. Isso
se deve, principalmente, à grande versatilidade de tamanho e capacidade.
O sistema da fan coils, quando explorado ao máximo pelo projetista, proporciona ao usuário
condicionamento completo. Inclui como vantagens: maior vida útil; controle de umidade que pode
ser acoplado facilmente quando ligado a sistema VAV (Volume de Ar Variável); proporciona
controle individual, por ambiente; os ventiladores podem ser selecionados para rede de dutos
complexa; manutenção simples; menor consumo de energia no conjunto fan coils e chillers. As
principais desvantagens desses tipos de equipamento são: maior investimento inicial; salas de
máquinas que ocupam áreas úteis.
O sistema de distribuição de ar é o principal responsável pelo conforto térmico dos usuários,
podendo ser feito por uma rede de dutos no entreforro ou sem dutos no entre forro ou no
entrepiso (plenum). Para esses dois sistemas, a distribuição do ar no ambiente pode ser do tipo
VAV ou CV (Volume Constante).
O sistema VAV – de custo inicial elevado - proporciona grande economia de energia e controle
individual dos diferentes ambientes. Essa economia e maior conforto são atingidos com a variação
do ar insuflado no ambiente. O sistema CV mantém a mesma quantidade de ar nos diferentes
ambientes, mesmo com a grande variação de carga térmica dos locais. A temperatura do ar de
insuflamento é variada com base no retomo do ar dos diferentes ambientes, que normalmente
gera grande desconforto aos usuários, pois a temperatura do ar é a média das temperaturas dos
diferentes locais.

Chiller

2.1 – DISTRIBUIÇÃO DO AR

a) Pelo Forro

Como já descrito, esse sistema utiliza rede de dutos no entreforro e distribui o ar por meio de
difusores e grelhas. Os dutos, no entreforro, são normalmente isolados, e seu acesso para limpeza
é quase impossível.
Devido à complexa rede de dutos, o consumo de energia na distribuição de ar é elevado, e seu
balanceamento difícil de ser feito e regulado durante a manutenção do sistema.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
6
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

b) Pelo Piso

Esse sistema vem sendo usado como solução para os edifícios comerciais, pois a eliminação dos
dutos no forro proporciona, ao usuário, total flexibilidade do sistema de distribuição e maior
economia de energia.
As vantagens do insuflamento pelo piso elevado em relação à distribuição de ar peto forro
incluem: eficiente estratificação do ar (o ar quente é ascendente); baixa concentração de
poluentes na zona ocupada; o plenum criado no entrepiso é facilmente acessível para limpeza e
combate a bactérias e vírus (já para a rede de dutos, o acesso, sendo quase impossível, pode gerar
um prédio doente - Sick Building Syn-drome); grande flexibilidade em mudanças de layout e carga
térmica; redução do pé-direito de 15 cm a 30 cm; redução e quase supressão da rede de dutos;
eliminação da necessidade de coordenação do forro com engenheiros eletricistas e civis; fácil
balanceamento do sistema de distribuição de ar; maior controle sobre o conforto do usuário.

2.2 – SISTEMA BÁSICO DE AR-CONDICIONADO

Ar-condicionado é um ciclo fechado em que o ar circula constantemente entre o condicionador


central e o ambiente. Portanto, existe o insuflamento e o retorno do ar, exceto em alguns usos
(hospitais, laboratórios e outros) onde o ar insuflado não retorna, mas é exaurido e descarregado
no meio exterior (renovação total e contínua do ar).
No entanto, é necessário admitir uma parcela de ar externo para higienização do ambiente (entre
10% e 15%). O ar, normalmente, é insuflado a 15°C e conduzido aos ambientes por uma rede de
dutos.
A distribuição do ar nos ambientes é feita pelas bocas (difusores e grelhas). O ar é insuflado na
rede de dutos, sob pressão, por meio de ventilador existente no condicionador, e distribuído no
ambiente. Porém, para o retomo do ar (a 25ºC em média), não existe ventilador que o reconduza
ao condicionador central. O retorno é feito pela sucção do ventilador de insuflamento, que cria, na
casa de máquinas do condicionador, pressão negativa (sucção), fazendo com que o ar do ambiente
retorne por aberturas existentes na sala do condicionador.
O ar externo é captado por uma abertura, que comunica a casa de máquinas com o exterior e
como esta está sob pressão negativa, o ar exterior penetra pela abertura, a qual é provida de
veneziana (contra intempéries e pássaros) e, internamente, com damper (registro para regulara
vazão do ar) e filtros.

2.3 – TERMINOLOGIA

a) Casa de Máquinas do Condicionador: sala com uso específico, que trabalha sob pressão
negativa (sucção do ventilador).
b) Plenum de Retorno: espaço formado entre a laje de teto e o forro falso, ou entre a laje de piso e
o piso elevado, que, interligado à casa de máquinas, também tem pressão negativa e conduz o ar
de retorno do ambiente à casa de máquinas.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
7
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

c) Aberturas para Retorno: aberturas contínuas (frestas) no forro falso ou no piso elevado, ou
então bocas falsas (não ligadas a dutos), que comunicam o ambiente condicionado com o plenum,
permitindo que o ar retorne à máquina; normalmente, utilizam-se difusores ou grelhas apenas
para dar tratamento estético aos buracos no forro, não tendo elas função de distribuição do ar.
d) Retorno através de Sala: retorno que se faz pelo ambiente de uma sala (pequena) para outra
maior que ela, contígua à casa de máquinas; nesse caso, utiliza-se grelha de porta, com aletas
indevassáveis (lâminas com seção em "V" invertido, indevassáveis à luz e atenuantes de ruído).
e) Retorno Direto (à casa de máquinas): grelha que, interligando o ambiente com a casa de
máquinas (contígua), permite o retomo do ar devido à pressão negativa da máquina
(condicionador central).
d) Retorno Dutado: retorno através de dutos ligando as grelhas e difusores de retorno
diretamente com a casa de máquinas (nos casos em que não existe plenum, como, por exemplo,
ambiente coberto por telhado).

2.4 – CASA DE MÁQUINAS

Devem ter as seguintes características:


a) Atenuação Acústica: é necessário prever atenuação acústica internamente á casa de máquinas,
pois os equipamentos produzem ruído da ordem de 70 dB a 80 dB, barulho esse que não é
completamente absorvido pelas suas paredes normais (sem característica fono-absorvente).
b) Drenagem: como o condicionador retira umidade do ambiente no processo de resfriamento, é
preciso prever ralo sifonado em cada casa de máquinas.
c) Portas de Acesso: têm de ser as mais amplas possível, para dar acesso fácil ao equipamento, e
sempre abrir para fora, pois a casa de máquinas trabalha sob pressão negativa e, se as portas
abrissem para dentro, o trinco seria forçado constantemente. Além disso, a vedação de frestas
para evitar a propagação de ruídos é mais fácil com portas que se abrem para fora, pois vedam-se
os montantes com espuma de borracha e as portas são pressionadas contra a borracha de vedação
pela ação da pressão negativa.

2.5 – REDE DE DUTOS DE DISTRIBUIÇÃO DE AR

Rede de dutos é o conjunto de condutos de ar que interligam o condicionador às bocas de ar; têm
a função de conduzir o ar resfriado na máquina até os pontos dos ambientes que ele atende.
Existem várias opções de material para confecção de dutos, tais como: chapas de aço galvanizado;
placas rígidas de lã de vidro; fiberglass; PVC; chapas pretas de aço soldadas e flangeadas; alvenaria.
Os diversos tipos de dutos são:
- de Chapas de Aço Galvanizadas: produzem dutos de seção retangular, e a confecção usa dobras
na chapa para dar vedação ao conjunto. São diversas as formas de sustentação da rede de dutos; o
uso mais comum é o de ferro chato ou cantoneira, o que depende da dimensão (peso) do duto.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
8
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- de Placas Rígidas de Lã de Vidro: produzem dutos de seção retangular. Têm aplicação restrita,
pois sua resistência mecânica é baixa, e, se não forem construídos adequadamente, podem
desprender libras.
- de Fiber Glass ou PVC: produzem dutos de seção retangular ou circular, utilizados principalmente
quando o ar conduzido tem contaminantes corrosivos que atacam a chapa de aço.
- de Chapas Pretas de Aço Soldadas e Flangeadas: produzem dutos de seção retangular, muito
utilizados em exaustão de ar com gordura, pois permitem a condução desse ar com estanqueidade
(evitando vazamento de gordura), além de facilitar a limpeza da rede internamente.
- de Alvenaria: dutos somente utilizados para exaustão do ar sem poluentes sólidos, como de
sanitários (prumadas em prédio). Devem ter acabamento liso (reboco).
- Convencional Retangular Aparente: duto sem isolamento, instalado em ambiente condicionado;
normalmente, esse tipo de montagem é restrito a áreas industriais, pois sua construção é de
característica bruta, não dando ao ambiente o aspecto estético desejado. Todas as faces do duto
têm de ser vincadas em ponta de diamante, para aumentar a sua resistência.
- Giroval: duto de seção oval, confeccionado a partir do achatamento de duto circular; é
construído a partir de tiras de chapa, com juntas espiraladas em toda a extensão, o que lhe confere
resistência e aspecto estético característico. Geralmente, é fabricado com chapa de aço
galvanizada, mas pode também ter sua confecção em chapa de alumínio ou chapa de aço
inoxidável. Normalmente, utiliza-se rede de dutos giroval nos prédios sem forro falso, onde o
giroval funciona como elemento decorativo.
- Girotubo (seção circular): confeccionado também a partir de tiras de chapa, sendo elemento
básico para a construção do duto oval. Como normalmente tem dimensões grandes, deve sei'
usado em ambientes de grande pé-direito.
- Flexível: utilizado na saída de ar em troffer de luminária; consiste em um colarinho circular, com
borboleta e com trava. Paz a ligação entre tronco e difusor. E confeccionado com arame
espiralado, com alumínio reforçado, e tem isolamento externo (de manta de lã de vidro com
revestimento externo).

2.6 – ISOLAMENTO TÉRMICO DE REDE DE DUTOS

Os dutos de chapa galvanizada que não são instalados aparentes (dentro da área condicionada)
devem ser isolados termicamente. Os seguintes tipos de isolante são mais utilizados:
- poliestireno expandido (EPS): são placas com espessura de ½”, 1” ou mais, combustíveis porém
auto-extinguíveis, colocadas envolvendo o duto e protegidas por cantoneiras corridas e fixadas por
fitas plásticas, com selo; em caso de incêndio, produz gases tóxicos.
- manta de lã de vidro: o material mais utilizado é a manta de lã de vidro colada em papel
aluminizado, sendo aplicado em mantas coladas sobre o duto e fixado com fita adesiva e
aluminizada; nas juntas transversais, para evitar ondulações no isolamento, usam-se fitas plásticas
ou metálicas, transversalmente, com selos; em caso de incêndio, não gera gases tóxicos.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
9
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- placa de lã de vidro: (isolante mais denso): tem maior resistência mecânica e acabamento melhor
que o da manta.

2.7 – BOCAS DE AR

São chamadas genericamente bocas de aros elementos que promovem a distribuição de ar nos
ambientes; esses elementos localizam-se no final da rede de dutos. Os tipos de boca de ar podem
ser classificados em duas famílias: difusores e grelhas.

2.8 – DIFUSORES

São elementos de distribuição de ar que têm os formatos quadrado, redondo ou linear. Como
principal característica, possuem palhetas fixas. Essas palhetas têm desenho em anéis
concêntricos, e distribuem o ar insuflando-o paralelamente ao forro. São assim:

a) Difusores Quadrados:

Podem ser do tipo:


- de insuflamento: o ar sai por toda a área do difusor
- de insuflamento e retorno (misto): o ar é insuflado perifericamente e retoma ao plenum pela
parte central do difusor.
Os difusores quadrados de insuflamento podem ser retangulares e ter aletas fixas e direcionadas
para: quatro lados, três lados, dois lados ou um lado, em função das características do ambiente
que se deseja condicionar.

b) Difusores Circulares

Têm aletas concêntricas circulares e também podem ser de insuflamento ou de retomo e


insuflamento.
São construídos em perfis de alumínio, geralmente anodizado, podendo ser natural ou pintado.

c) Difusores Lineares

São bocas de ar, de desenho contínuo, criados a partir de perfis de alumínio, com miolo central
para distribuição do ar. Podem ser de dois tipos básicos:
- de Miolo Regulável: difusores onde o direcionamento do ar (para os lados) pode ser feito através
de palhetas reguláveis.
- de Lâminas Fixas: difusores lineares em que não há regulagem das lâminas e a distribuição do ar
tem direção definida.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
10
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Existe ainda o difusor de luminária (Light Troffer), que é um difusor linear, confeccionado com
chapa de aço galvanizado, de desenho (corte transversal) com perfil adequado ao desenho da
luminária (fluorescente). Normalmente é montado a ela acoplado.

2.9 – GRELHAS

São elementos de distribuição de ar, geralmente por insuflamento lateral (montagem em parede);
têm distribuição de ar não tão perfeita como a por difusores. Existem os seguintes tipos de grelha:
- de insuflamento:
- com lâminas reguláveis de simples deflexão e dupla deflexão;
- com lâminas fixas de simples deflexão e dupla deflexão.
- de retorno:
- com lâminas fixas inclinadas;
- com lâminas indevassáveis;
- com dupla moldura (montada em divisória, onde há necessidade de acabamento nos dois
lados).
- outros:
- grelha de piso para insuflamento (utilizada em pisos elevados);
- grelha contínua.

2.10 – ACESSÓRIOS PARA BOCAS DE AR

a) Damper: registro de lâminas que regula a vazão em cada difusor, sendo montado no colarinho
de insuflamento; tem acesso pelo difusor por meio de chave de fenda.
b) Caixa Plenum: caixa de chapa isolada com a função de reduzir a velocidade do ar no difusor e
permitir a conexão do flexível circular com a rede-tronco.
c) Captor: aletas montadas entre o colarinho e o duto (no caso de ligação sem caixa plenum), que
pescam o ar no duto e o conduzem ao difusor.
d) Borboleta de Regulagem: dispositivo em forma de duas meias-luas, cm forma de borboleta, que
tem a mesma função do damper para difusores circulares.

2.11 – TOMADA DE AR EXTERNO

Deve-se guarnecer a abertura na casa de máquinas para entrada do ar externo com:


- veneziana (com lâminas inclinadas), para evitar a entrada de chuva, bichos e outros;
- damper, para regulagem da vazão de ar;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
11
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- filtro (com montagem em moldura removível pelo lado interno, para limpeza), que pode ser
metálico, em tela plástica do tipo recuperável (lavável) ou, em casos mais exigentes de filtragem
(hospitais, por exemplo), em manta filtrante descartável.

2.12 – SISTEMAS DE GERAÇÃO DE FRIO

Os gases refrigerantes têm a propriedade de absorver muito calor quando evaporam e ceder muito
calor para se condensarem. O gás mais utilizado é o freon 22. São os seguintes os componentes
básicos do ciclo:
- Evaporador: trocador de calor (serpentina ou radiador, para troca de calor com o ar exterior), em
que o gás evapora, retirando calor do ar circulante por meio das aletas.
- Condensador: trocador de calor do mesmo tipo que o anterior, que permite a condensação do
gás para o estado líquido, com a retirada de calor (resfriamento) por meio do ar ou de água.
- Compressor: promove a circulação do gás frigorífico entre evaporador e condensador: é o
coração do sistema.
- Válvula de Expansão: responsável pela redução e regulagem da pressão no ciclo.
- Rede Frigorífica: conjunto de tubos que interligam os diversos componentes e permitem ao gás
refrigerante fluir em condições adequadas de trabalho.
Os equipamentos de ar-condicionado utilizam o ciclo descrito para retirar calor do ambiente (pelo
evaporador) e lançar esse calor no exterior (pelo condensador). O resfriamento no condensador é
feito:
- a ar: em que o ar externo resfria o condensador, circulando pela serpentina;
- a água: o resfriamento do condensador é feito por água, que nele entra fria e sai mais quente.
Existem os seguintes sistemas:

a) Condicionador Resfriado a Água

É resfriado por um fluido (geralmente água) que entra no condensador em média a 29° C e sai a
35° C; essa água circula constantemente e deve ser resfriada (recuperada) antes de voltar para o
condensador.

b) Condicionador de Ar Self Contained

Os condicionadores de ar self contained (autossuficientes) são equipamentos que fazem o


condicionamento do ar de conformidade com o ciclo frigorifico já descrito.
O ar-condicionado circula, por meio do ventilador do evaporador, entre a sala e o evaporador, com
o ar entrando cm média a 25° C e saindo do evaporador a 15° C, sendo insuflado nos ambientes
pela rede de dutos.
O condensador é resfriado por meio de outro ventilador que promove a circulação de ar captado
no exterior, sendo novamente descarregado, já mais quente, no exterior.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
12
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Os sistemas em que a troca de calor é feita diretamente entre o gás evaporando e o ar entrando na
serpentina são chamados de expansão direto. Basicamente, os condicionadores self contained são
centrais que atendem a diversos ambientes por meio de rede de dutos.

b.1) Self Contained a Ar (com condensador remoto)

É uma versão na qual o conjunto condensador-ventilador é instalado fora da unidade self


contained, em um gabinete remoto interligado por tubos de cobre (gás e líquido) ao evaporador.

b.2) Self Contained a Água

O equipamento é basicamente o mesmo que o anterior, porém não há o ventilador do


condensador (sendo esse do tipo casca e tubos), além de o resfriamento ser feito por circulação
contínua de água.

c) Sistema Split

Suas unidades são semelhantes aos self contained, porém de menor capacidade. São basicamente
compostas de:
- evaporador: horizontal não aparente (para dutos montados em forro rebaixado) ou horizontal
aparente ou vertical aparente;
- condensador remoto: instalado em ambiente externo, abriga também o compressor.
O sistema split representa a mais nova geração de condicionadores de ar do mercado brasileiro,
porém tem limitações na capacidade de refrigeração, de até 60.000 BTU/h. São silenciosos,
dotados de controle remoto e os aparentes tem boa estética. Uma unidade condensadora
(externa) pode atender a até quatro unidades evaporadoras (internas).
São encontrados tipos variados com evaporador não-aparente (built in) com unidade evaporadora
aparente horizontal (underceiling) e com evaporador aparente vertical (high wall). Existem ainda
modelos móveis (portáteis) com capacidade de até 12.000 BTU/h e para ambientes maiores, em
forma de torre (tower), com capacidade dc até 71.400 BTU/h.
As unidades evaporadora e condensadora podem se posicionar a vários metros de distância e são
interligadas por tubulação que precisa de apenas uma abertura de 7,5 cm de diâmetro na parede
divisória entre os ambientes interno e externo.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
13
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Sistema de resfriamento Split

Unidade Condensadora Split

d) Sistema Self Contained Resfriado a Água

No sistema que utiliza self contained, a água faz o resfriamento do condensador utilizando água.
Nos centros urbanos, o custo da água inviabiliza sua utilização no self contained se for com
posterior perda (despejo no esgoto). Assim, torna-se necessário a instalação de um sistema que:
- recircule a água continuamente;
- reduza a temperatura da água, que sai quente do self contained (35º C) e nele deve reentrar mais
fria (29,5° C).
Os principais equipamentos são:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
14
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- bombas centrífugas: promovem a circulação contínua da água, aumentando sua pressão (de 2
kgf/cm2 a 3 kgf/cm2) para vencer a perda de carga em tubos e acessórios (válvulas e curvas), e a
perda no equipamento, desnível da torre e condensadores;
- rede hidráulica: conjunto de tubos, curvas, válvulas e acessórios (juntas flexíveis, manômetros e
termômetros) que permite distribuir a água para cada self contained e garantir o seu retorno;
- torre de resfriamento: promove a redução (recuperação) da temperatura da água, que retoma
quente (35° C) dos self contained e a eles tem de voltar mais fria (29,5º C).

e) Sistema de Água Gelada

Conhecido como sistema de expansão indireta, é um sistema de ar-condicionado em que a troca


de calor entre ar e o fluido refrigerante não se faz diretamente, mas utilizando um líquido
intermediário, que é a água gelada.
Enquanto no caso dos sistemas self contained o resfriamento do ar se faz em contato direto, na
serpentina, entre o gás evaporado e o ar (expansão direta), no sistema de água gelada o ar é
resfriado pela água à baixa temperatura (no chiller), que circula na serpentina do condicionador
fan coil.
Há a seguinte divisão básica quanto ao tipo chiller:
- Chiller a Ar: chiller resfriado pelo ar atmosférico (condensador a serpentina);
- Chiller a Água: chiller resfriado por água (condensador tipo casca e tubos).
Ambos os tipos produzem água gelada e a diferença entre eles é somente no tipo de resfriamento
do condensador (ar ou água), à semelhança dos self contained. Os equipamentos no circuito chiller
resfriado a água são os seguintes:
- Chiller (a água): é o equipamento que retira calor e tem componentes básicos do ciclo frigorífico
já descrito para self contained (conhecido como resfriador de água); é o coração do sistema. É um
equipamento composto de:
- compressor: que comprime e faz circular o gás refrigerante;
- condensador: tipo casca e tubos, para chiller a água e tipo serpentina, para chiller a ar;
- evaporador: também tipo casca e tubos (ao contrário do self contained de serpentina),
sendo no evaporador a água resfriada (de 12,7º C para 7,2° C), indo para o fan coil;
- componentes complementares: válvula de expansão, quadro, estrutura, dispositivos de
segurança etc.
- Fan Coil (ventilador-serpentina, em inglês): é o equivalente ao self contained no ciclo de
condicionamento. Tem apenas:
- ventilador: que faz circular o ar entre sala e serpentina;
- serpentina: trocador de calor, do tipo radiador, com tubos e aletas, onde circula a água,
recebendo calor do ar de retomo pata resfriá-lo (de 25,5°C a 15ºC, em média) e em
consequência aquecendo a água (de 7,2°C para 12,7°C), que retorna ao chiller para ser
novamente resfriada.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
15
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- Torre de Resfriamento: permite a redução da temperatura da água de condensação que resfria o


condensador do chiller.

Torres de resfriamento

- Bombas: tem-se:
- bombas de água gelada: fazem circular a água entre o evaporador do chiller e os
condicionadores fan coil;
- bombas de água de condensação: fazem circular a água entre a torre de resfriamento e o
condensador do chiller.
- Rede Hidráulica: a rede entre o evaporador e o fan coil é isolada com poliestireno expandido
(EPS) e novamente chapeada com alumínio corrugado, enquanto a rede de condensação não tem
isolamento.
- Tanque de Expansão: tem por função permitir a expansão da água gelada, que aumenta de
volume quando resfriada.
Os equipamentos no circuito chiller a ar são semelhantes aos do sistema chiller a água, porém com
a diferença de que não existem torre de resfriamento e bomba de condensação, já que o
resfriamento do chiller é feito pelo ar que circula pelos condensadores (serpentinas). Os
equipamentos são:
- Chiller (a ar): em tese, idêntico ao chiller a água, porém, no lugar do condensador (casca e tubos)
existe um tipo de serpentina por onde circula o ar exterior, resfriando-o. É composto de:
- ventiladores: axiais, montados na parte superior, fazem circular o ar entre a tela de
entrada e o exterior;
- gabinete: caixa metálica formando um condicionador, onde estão instalados todos os
componentes;
- evaporador: tipo casca e tubos, idêntico ao do chiIIer à água.
- Bombas e Circuito de Água Gelada: idênticos aos do sistema chiller à água.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
16
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

f) Termoacumulação de Gelo (Ice Bank)

Nos sistemas comuns de ar-condicionado, a carga térmica varia ao longo do dia, chegando ao
máximo por volta das 16 h. Assim, a capacidade do chiller é dimensionada por esse pico e, na
prática, o sistema funciona abaixo de sua capacidade máxima durante grande parte do tempo.
O princípio de funcionamento da termoacumulação de gelo é o armazenamento de grande
quantidade de gelo em tanques. Produzido durante a noite, o gelo, no período de pico de carga, é
derretido, resultando em água gelada, o que dispensa o chiller de ser dimensionado pelo pico.

g) Sistema com Acumulação de Água Gelada

Existem também sistemas que acumulam água gelada em vez de gelo, porém o volume de água
gelada armazenada é cerca de dez vezes maior que o de mesma capacidade em gelo.
2. (139 – TCU/2009) O sistema de ventilação para condicionamento de ar do tipo fan-coil
pode atender uma grande quantidade de ambientes, sendo o ar insuflado e(ou) exaurido
através de um conjunto complexo de dutos interligados ou ramificados.
Comentários
Há sistemas de ventilação simples, constituídos pelo ventilador somente (os “circuladores de
ar”, de teto, de coluna ou de mesa), os sistemas formados por um único ventilador e duto de
insuflamento ou exaustão, ou mesmo um ventilador montado em um gabinete de dimensões
reduzidas, onde há um filtro e uma sepentina de resfriamento ou de aquecimento de ar (o
chamado ‘fan-coil’), e difusores nas extremidades de dutos de comprimento reduzido”.

Ar insuflado
Difusor

Unidade
'Fan-Coil'
Vent. Exterior
Sala
Serpentina
de resfriamento

Filtro
Ar externo
Ar de retorno

Difusor Damper

Sistema de ar Fan Coil


Gabarito: Errada

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
17
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

3. (140 – TCU/2009) O sistema de ventilação para condicionamento de ar de volume


constante e temperatura variável consiste de um único ventilador, instalado de modo a
propiciar a circulação do ar por apenas um duto de insuflamento.
Comentários
O sistema de ventilação para condicionamento de ar de volume constante e temperatura
variável (o volume constante refere-se à vazão de ar constante). Tem somente um ventilador
instalado, que circula o ar e mantém os ambientes com pressão ligeiramente superior à
atmosférica para evitar infiltrações, e vários elementos auxiliares. Utiliza dutos de retorno, os
quais, em conjunto com os dutos de insuflamento, constituem um sistema em circuito ‘quase
fechado’, pois ‘dampers’ são utilizados para permitir que uma fração do ar circulante seja
renovado com ar fresco externo. Um sensor de temperatura no duto principal de
insuflamento para os ambientes condicionados alimenta um controlador que atua as válvulas
de controle de vazão da água gelada na serpentina de resfriamento. Desta forma o ar frio
(caso dominante no Brasil, onde as regiões que requerem aquecimento restrigem-se a
estados do sul e alguns do sudeste) é insuflado nos ambientes (podem ser vários, como o
conjunto de salas de um edifício, etc) com a temperatura ajustada pela carga térmica
instantânea.
Damper

Ar de Ar de
exaustão retorno

Abafador
de ruído
Damper
Damper

Ar
Ar T
misturado Ventilador Ar para
externo ambientes

Filtro Serpentina de Abafador


resfriamento de ruído

Sistema de ventilação para condicionamento de ar: volume constante e temperatura


variável
Gabarito: Errada

4. (141 – TCU/2009) O sistema de ventilação para condicionamento de ar de volume variável


e temperatura constante apresenta como principal limitação a incapacidade de controle
individualizado por ambiente condicionado.
Comentários
O sistema de ventilação de volume de ar variável e temperatura constante (vazão de ar
variável e temperatura de insuflamento constante). Utiliza as caixas VAV para insuflar o ar
condicionado nos ambientes. Note que este sistema permite um controle individualizado por
ambiente condicionado. As variações da carga térmica são compensadas com a variação do
volume do ar insuflado com temperatura constante. O ‘damper’ na entrada da caixa VAV
realiza esta operação. Para manter a pressão e a temperatura do ar no duto principal

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
18
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

constante, a vazão de água gelada da serpentina de resfriamento e a rotação do ventilador


são controladas. Um sistema como o mostrado pode ter uma centena de VAVs e ambientes.

Damper
Ar de Ar de Ventilador
exaustão retorno retorno

Abafador
de ruído
Damper

Serpentina de Abafador
resfriamento de ruído
Caixa
VAV
Damper

Ar
Ar misturado Ventilador Ar para
externo insuflamento ambientes T

Damper Difusor
Filtro
P
T
T
Caixa
VAV

Sistema de ventilação para condicionamento de ar: volume variável e temperatura


constante
Gabarito: Errada

5. (44 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) BTU é a sigla de British Thermal Unit, que é uma
unidade de
(A) radiação.
(B) caloria por m2.
(C) área.
(D) temperatura.
(E) potência.
Comentários
BTU significa Unidade Térmica Britânica, que é uma unidade de energia, equivalente a 252,2
calorias. Um BTU é a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de uma
libra de água de 59,5ºF para 60,5ºF, sob pressão constante de uma atmosfera.
Gabarito: E

6. (198 – TCU/2007) A unidade resfriadora de líquido de uma unidade de condicionamento


de ar do tipo chiller trabalha com soluções à base de etileno-glicol.
Comentários
A unidade de condicionamento Chiller trabalha com solução a base de etileno-glicol, o uso do
etileno-glicol é prejudicial.
Gabarito: Correta

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
19
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
20
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

3 – INSTALAÇÕES TELEFÔNICAS
As normas da ABNT que regiam o assunto foram canceladas em
17/10/2012. Eram elas:
- NBR 13726/96 – Redes telefônicas internas em prédios – Tubulação de entrada telefônica –
Projeto;
- NBR 13727/96 – Redes telefônicas internas em prédios – plantas / partes componentes de
projeto de tubulação telefônica;
- NBR 13300/96 – Redes telefônicas internas em prédios – terminologia.
Faz sentido o cancelamento dessas normas, pois, afinal, a tecnologia desse setor mudou
rapidamente nos últimos anos. Atualmente, o serviço de tecnologia é ofertado por empresas de TV
a cabo, via satélite ou por antenas.
Mesmo assim, vamos considerar algumas informações gerais sobre instalações telefônicas dos
livros técnicos que continuam válidas, em especial o livro “Técnica de Edificar”, do autor Walid
Yazigi, e o Manual de Obras Públicas – Edificações – Projeto – Práticas da SEAP, exceto
regramentos específicos que eram determinados por essas normas.

3.1 – INTRODUÇÃO

A tubulação telefônica de uma edificação está dividida basicamente em três partes:


- Tubulação Secundária
- Tubulação Primária, que interliga as caixas de distribuição dos andares (vertical)
- Tubulação de Entrada, que interliga a caixa de entrada da edificação e a caixa de distribuição
geral (do térreo).

3.2 – PREVISÃO DE PONTOS TELEFÔNICOS

Em apartamentos:
- de até três dormitórios: um ponto telefônico
- de quatro dormitórios ou mais: dois pontos telefônicos
- apartamentos populares: um único ponto independente da quantidade de dormitórios
- escritórios: um ponto para cada 10 m2 de área útil
- lojas: um ponto para cada 50 m2

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
21
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

3.3 – CAIXAS DE DISTRIBUIÇÃO E DE PASSAGEM

- Caixa de Distribuição Geral: para instalação de blocos terminais, fios e cabos telefônicos das redes
interna e externa da edificação.
- Caixa de Distribuição: para instalação de blocos terminais, fios e cabos telefônicos da rede
interna.
- Caixa de Passagem: para passagem de cabos telefônicos. São de dois tipos, de acordo com a
finalidade:
- Caixa de Passagem Direta: somente para passagem de cabos telefônicos;
- Caixa de Passagem com Derivação: prevista para passagem de cabos telefônicos com
emendas.
As caixas de distribuição geral, de distribuição e de passagem são dimensionadas em função do
número de pontos telefônicos nelas acumulados, que determinam a capacidade do cabo telefônico
que vai ser utilizado.
As caixas não poderão ser localizadas:
- em halls sociais
- em áreas que dificultem o acesso a elas
- embutidas em paredes à prova de fogo
- atrás de portas.
Como regra geral, cada caixa de distribuição precisa atender ao andar em que estiver localizada, e
mais um andar acima e um abaixo, salvo a última caixa da prumada, que poderá atender a dois
andares acima.
As caixas de distribuição geral, de distribuição e de passagem deverão ser instaladas a 1,3 m do seu
centro ao piso acabado e devidamente niveladas. Essa altura poderá variar de 90 cm a 1,3 m
quando houver algum impedimento técnico, devido às características construtivas do prédio. As
portas das caixas telefônicas precisam ter aberturas para ventilação. A prancha de madeira deverá
ser pintada com tinta a óleo ou esmalte semifosco na cor cinza-claro.

3.4 – TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA E PRIMÁRIA

Tipos de eletrodutos:
- rígidos metálicos: esmaltados e galvanizados (externos)
- PVC rígido
- semirrígido de polietileno de alta densidade
Os diâmetros internos mínimos da tubulação secundária e primária serão determinados em função
do número de pontos telefônicos acumulados.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
22
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
23
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Figuras para as questões 44 e 45

7. (45 – TRE-GO/2008 – Cespe)


< A caixa de distribuição geral deve estar, obrigatoriamente, no andar térreo.
< Cada caixa de distribuição deve atender a um andar abaixo e um acima daquele em que
estiver localizada.
< A tubulação secundária é destinada à instalação da fiação telefônica interna de uma
edificação.
< A tubulação primária abrange a caixa de distribuição geral, as caixas de distribuição e as
tubulações que as interligam.
Com base nas figuras e informações fornecidas, julgue os itens subsequentes.
I – Até chegar ao aparelho, a ligação da rede telefônica passa pela caixa subterrânea, pela
tubulação de entrada e pela caixa de distribuição geral, que alimenta as caixas para tomada
telefônica (cx. Saída).
Comentários:
Das caixas de distribuição geral, a linha telefônica passa pela tubulação primária até a caixa
de distribuição dos apartamentos, passando pela tubulação secundária até as caixas de saída
(tomadas).
Gabarito: Errada
II – No edifício de quatro lajes representado na figura 1, haverá 4 caixas de distribuição e 1
caixa de distribuição geral.
Comentários:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
24
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Como regra geral, cada caixa de distribuição precisa atender ao andar em que estiver
localizada, e mais um andar acima e um abaixo, salvo a última caixa da prumada, que poderá
atender a dois andares acima.
Portanto, poderá haver somente uma caixa de distribuição no segundo andar, atendendo ao
próprio andar, mais o andar de baixo e aos dois andares acima.
Gabarito: Errada
III – A tubulação entre as caixas deve ser a mais curta possível, visando-se baixo consumo de
material.
Comentários:
Na verdade, os comprimentos das tubulações devem ser limitados para facilitar a instalação
dos cabos. Com relação ao consumo de tubulação, a assertiva está correta.
Gabarito: Correta
IV – A tubulação primária a ser incorporada na figura 1 será vertical.
Comentários:
A tubulação primária interliga a caixa de distribuição geral e a caixa de distribuição dos
apartamentos. Portanto, será vertical.
Gabarito: Correta
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV.
Gabarito: D

8. (87 – Ceará Portos/2004 – Cespe) Em residências típicas, as caixas de saídas em paredes de


dormitórios situam-se a 30 cm do piso acabado.
Comentários:
Localização das caixas de saída:
- apartamentos: geralmente, serão utilizadas caixas de saída em parede, devendo ser previsto
no mínimo uma caixa de saída na sala, uma em cada dormitório e uma na copa ou na cozinha;
- sala: as caixas de saída localizam-se em parede e a 30 cm do piso acabado;
- dormitórios: as caixas localizam-se ao lado da provável posição da cabeceira das camas, na
parede, e a 30 cm do piso acabado;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
25
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- cozinha: a caixa de saída tem de ser localizada a 1,3 m do piso acabado, para instalação de
telefone de parede, e não poderá ficar nos locais onde provavelmente serão instalados o
fogão, a geladeira, a pia ou armários.
Gabarito: Correta

9. (88 – Ceará Portos/2004 – Cespe) A caixa de distribuição geral serve para a instalação de
blocos terminais, fios e cabos telefônicos das redes internas e externas da edificação.
Comentários:
Conforme vimos:
- Caixa de Distribuição Geral: para instalação de blocos terminais, fios e cabos telefônicos das
redes interna e externa da edificação.
- Caixa de Distribuição: para instalação de blocos terminais, fios e cabos telefônicos da rede
interna.
- Caixa de Passagem: para passagem de cabos telefônicos. São de dois tipos, de acordo com a
finalidade:
- Caixa de Passagem Direta: somente para passagem de cabos telefônicos;
- Caixa de Passagem com Derivação: prevista para passagem de cabos telefônicos com
emendas.
Gabarito: Correta

10. (89 – Ceará Portos/2004 – Cespe) Eletrodutos de PVC rígido não podem ser utilizados em
instalações de telefonia.
Comentários:
Tipos de eletrodutos que podem ser utilizados em instalações telefônicas:
- rígidos metálicos: esmaltados e galvanizados (externos)
- PVC rígido
- semirrígido de polietileno de alta densidade
Gabarito: Errada

11. (63 – PF Adm/2014 – CESPE) Desde que contemplados em projeto, a tubulação da rede
telefônica poderá abrigar os serviços de comunicação interna da edificação, como interfones
e antenas coletivas.
Comentários:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
26
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

De acordo com o Manual de Projetos da SEAP, a tubulação para serviços de comunicação


interna da edificação, como interfones, sinalizações internas, antenas coletivas, TV a cabo e
outros sistemas de telecomunicação deverá ser independente da tubulação telefônica.
Gabarito: Errada
(MJ/2013 – Cespe) Acerca do projeto complementar de telefonia, julgue os itens
subsecutivos.

12. 71 – Em escritórios, deve-se prever, no mínimo, um ponto telefônico para cada 50 m2 de


área útil.
Comentários:
Yazigi (2009) apresenta os seguintes critérios para previsão mínima de pontos telefônicos:
- apartamentos:
-de até três dormitórios: um ponto telefônico;
- de quatro dormitórios ou mais: dois pontos telefônicos;
- apartamentos populares: um único ponto independente da quantidade de dormitórios;
- escritórios: um ponto para cada 10 m2 de área útil;
- lojas: um ponto para cada 50 m2.
Gabarito: Errada

13. 72 – Serviços de comunicação não prestados pela concessionária, tais como interfones e
alarmes, poderão ser instalados em tubulação ou caixas telefônicas destinadas ao uso da
concessionária.
Comentários:
Conforme vimos, de acordo com o Manual de Projetos da SEAP, a tubulação para serviços de
comunicação interna da edificação, como interfones, sinalizações internas, antenas coletivas,
TV a cabo e outros sistemas de telecomunicação deverá ser independente da tubulação
telefônica.
Gabarito: Errada

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
27
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

4 – INSTALAÇÕES DE GÁS

4.1 – INTRODUÇÃO

Esta aula baseia-se na norma NBR 15526/2016 - Redes de Distribuição Interna para gases
combustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto e Execução.
Começaremos esta aula com algumas terminologias adotadas pela NBR 15526 nas instalações de
gás:
- Aparelhos a gás: aparelhos destinados à utilização do gás combustível.
- Capacidade volumétrica: capacidade total em volume de água que o recipiente ou a tubulação
pode comportar.
- Densidade relativa do gás: relação entre a densidade absoluta do gás e a densidade absoluta do
ar seco, na mesma pressão e temperatura.
- Fator de simultaneidade (F): coeficiente de minoração, expresso em %, aplicado à potência
computada (C) para obtenção da potência adotada (A).
- Mistura ar-GLP: mistura ar e GLP com o objetivo de substituição ao gás natural ou de garantir
maior estabilidade no índice de Woobe em processos termicamente sensíveis.
- Medidor: equipamento destinado à medição do consumo de gás.
- Perda de carga: perda de pressão do gás ao longo da tubulação e acessórios.
- Perda de carga localizada: perda de pressão do gás devido a atritos nos acessórios.
- Ponto de utilização: extremidade da tubulação da rede de distribuição interna destinada a
conexão de aparelhos a gás.
- Potência adotada (A): utilizada para o dimensionamento do trecho da rede de distribuição
interna.
- Potência nominal do aparelho de gás: quantidade de calor contida no gás combustível,
consumida na unidade de tempo pelo aparelho a gás, com todos os queimadores acesos e
regulados com as válvulas totalmente abertas.
- Pressão de operação: pressão que um sistema é operado em condições normais, respeitadas as
condições de máxima pressão admissível dos materiais e componentes do sistema.
- Rede de distribuição interna: conjunto de tubulações, medidores, reguladores e válvulas, com os
necessários complementos, destinados à condução e ao uso do gás, compreendido entre o limite
de propriedade até os pontos de utilização, com pressão de operação não superior a 150 kPa (1,53
kgf/cm2).
- Regulador de pressão: dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás.
- Tubo-luva: duto destinado a envolver a tubulação de condução de gás.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
28
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- Tubulação aparente: tubulação disposta externamente a uma parede, piso, teto ou qualquer
outro elemento construtivo, sem cobertura.
- Tubulação embutida: tubulação disposta com cobertura, sem vazios, podendo estar colocada
internamente ou externamente à parede e sob piso. Não permite acesso sem a destruição da
cobertura.
- Válvula de Alívio: válvula projetada para reduzir rapidamente a pressão, a jusante dela, quando
tal pressão excede o valor máximo estabelecido.
- Válvula de Bloqueio automática: válvula instalada com a finalidade de interromper o fluxo de
gás, mediante acionamento automático, sempre que não forem atendidos limites pré-ajustados.
- Válvula de Bloqueio manual: válvula instalada com a finalidade de interromper o fluxo de gás,
mediante acionamento manual.

4.2 – REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA

Todas as referências a pressão da NBR 15526 são manométricas e a vazão são para as condições de
20º C e 1 atm ao nível do mar.
Para a execução da rede de distribuição interna são admitidos:
- tubos de condução aço-carbono, com ou sem costura, API 5-L grau A, com espessura mínima
correspondente a Schedulle 40;
- tubos de condução de cobre rígido; sem costura;
- tubo de condução de cobre flexível, sem costura, classes 2 ou 3;
- tubo de condução de polietileno (PE80 ou PE100), para redes enterradas, somente em trechos
enterrados e externos às projeções horizontais das edificações.
Para a execução das conexões são admitidas:
- conexões de aço forjado;
- conexões de ferro fundido maleável;
- conexões de cobre e ligas de cobre para acoplamento soldado ou roscado dos tubos de cobre;
- conexões com terminais de compressão para uso com tubos de cobre;
- conexões de PE para redes enterradas;
- conexões para transição entre tubos PE e tubos metálicos, para rede enterradas;
- conexões de ferro fundido maleável com terminais de compressão para uso com tubos PE, ou
transição entre tubos PE e tubos metálicos, para redes enterradas.
Para se efetuar a interligação entre um ponto de utilização e o aparelho a gás, medidor e
dispositivos de instrumentação, são admitidos:
- mangueira flexível de borracha, compatíveis com a pressão de operação;
- tubo flexível metálico;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
29
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- tubo de condução de cobre flexível, sem costura, classes 2 ou 3;


- tubo flexível de borracha para uso em instalações de GLP/GN.
A pressão máxima da rede de distribuição interna deve ser de 150 kPa, e a pressão da rede de
distribuição interna dentro das unidades habitacionais deve ser limitada a 7,5 kPa.
A norma NBR 15526 traz os seguintes esquemas para apresentar a rede de distribuição interna de
gás:

4.2.1 – REDE COM REGULADOR ÚNICO, MEDIÇÃO INDIVIDUAL NO TÉRREO E PRUMADAS


INDIVIDUAIS

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
30
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

4.2.2 – REDE COM REGULADORES, PRUMADA ÚNICA E MEDIÇÃO INDIVIDUAL NOS ANDARES

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
31
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

4.2.3 – PRUMADA ÚNICA E REGULADOR E MEDIÇÃO INDIVIDUAIS NOS ANDARES

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
32
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

4.2.4 – REGULADOR, PRUMADA ÚNICA E REGULADOR E MEDIÇÃO INDIVIDUAIS NOS ANDARES

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
33
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

4.2.5 – REGULADORES E MEDIÇÃO INDIVIDUAL NO TÉRREO E PRUMADAS INDIVIDUAIS PARA


OS ANDARES

14. (43 – SEGAS/2013 – FCC) Em garagens e área comuns de edifícios comerciais e


residenciais, a tubulação de gás natural deve ser fixada como uma rede aérea. Para a
manutenção da rede interna de gás natural será necessária a identificação da rede através da
pintura da tubulação na cor
(A) verde.
(B) vermelha.
(C) azul.
(D) amarela.
(E) branca
Comentários
De acordo com a NBR 15526/2016, a rede de distribuição interna aparente deve ser
identificada através de pintura da tubulação na cor amarela, com as seguintes ressalvas:
- fachadas de prédios: em função da necessidade de harmonia arquitetônica, a tubulação
pode ser pintada na cor da fachada e, neste caso, a tubulação e os suportes de fixação devem
ser identificados com a palavra “GÁS” no máximo a cada 10 m ou em cada trecho aparente, o
que primeiro ocorrer;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
34
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- interior de residências: em função da necessidade de harmonia arquitetônica, a tubulação


pode ser pintada na cor adequada e, neste caso, a tubulação e os suportes de fixação devem
ser identificados com a palavra “GÁS” no máximo a cada 10 m ou em cada trecho aparente, o
que primeiro ocorrer;
- garagens e áreas comuns de prédios: a tubulação deve ser pintada na cor amarela e a
tubulação ou os suportes de fixação devem ser identificados com a palavra “GÁS” no máximo
a cada 10 m ou em cada trecho aparente, o que primeiro ocorrer.
Gabarito: D

15. (38 – TSE/2007 - Cespe) Nas redes para distribuição de gases combustíveis, algumas
condições gerais são fundamentais para o bom funcionamento e a garantia de segurança da
edificação. Quanto a essas redes, assinale a opção correta acerca dos procedimentos para a
sua instalação, seus componentes e sua utilização.
A) A instalação de purgadores permite a retirada de CO2 ou outros gases não inflamáveis.
Comentários
Purgadores são dispositivos automáticos que separam e eliminam o condensado das linhas
de vapor e dos aparelhos de aquecimento.
Portanto, eles não permitem a retirada de CO2 e outros gases não condensados.
Gabarito: Errada
B) Os aparelhos deverão ser ligados diretamente à rede interna.
Comentários
Antes da norma NBR 15526, estava em vigor a norma NBR 13932, que separava a rede de
distribuição interna em Ramal Interno, Ramificação Primária e Ramificação Secundária.
Ramal Interno era o trecho do ramal compreendido entre o limite da propriedade e o
medidor ou local de sua instalação e a Ramificação Secundária compreende o trecho da
instalação compreendido entre o medidor individual (ou local do medidor individual) e os
aparelhos de utilização.
Portanto, os aparelhos, de acordo com a definição da norma anterior, não eram ligados
diretamente ao ramal interno.
Segue abaixo o esquema com os ramais e ramificações prediais de instalações de gás:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
35
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Onde:

E ainda:
- F4 – fogão
- A – aquecedor

- : registro das instalações internas


Contudo, a norma atual, NBR 15526, traz o seguinte esquema para apresentar a rede de
distribuição interna de gás:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
36
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Portanto, atualmente, os aparelhos fazem parte da rede de distribuição interna.


Gabarito Oficial: Errada
Gabarito Atual: Correta
C) Para as redes primárias e secundárias, pode-se empregar tubos de aço preto, para classe
média.
Comentários
Essa informação constava na norma NBR 13932, em que, na tubulação da rede de
distribuição devem ser empregados:
a) tubos de condução de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado, mínimo classe
média (NBR 5580) com conexões de ferro fundido maleável, preto ou galvanizado (NBR 6943)
em acoplamentos roscados NBR 6414 (sistema BSP) ou;
b) tubos de condução de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado, mínimo classe
normal (NBR 5590) com conexões de ferro fundido maleável, preto ou galvanizado (NBR
6925) em acoplamentos roscados NBR 12912 (sistema NPT).
Na norma NBR 15526 não há mais esta informação.
Gabarito: Correta
D) A pressão de GLP nas tubulações é controlada por registros do tipo com esfera, de fecho
rápido.
Comentários
A pressão de GLP é controlada por Reguladores de Pressão, que reduzem a pressão da rede
para valores especificados para cada trecho da rede de tubulações.
De acordo com a NBR 13932, temos que o:

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
37
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- Regulador de pressão de primeiro estágio: reduz a pressão do GLP, proveniente da central


de GLP, para o valor máximo de 150 kPa; e
- Regulador de pressão de segundo estágio: reduz a pressão do GLP, proveniente da rede
primária, para o valor máximo de 5 kPa. Contudo, de acordo com a nova norma, NBR 15526,
esse valor máximo passou para 7,5 kPa.
Gabarito: Errada
Gabarito: C

16. (103 – INSS/2008 – Cespe) A norma determina que, em uma cozinha, a localização da
central de GLP deve ser na parte interna, portanto, fora da ação do vento.
Comentários
De acordo com a norma NBR 13523, em uma central de GLP, os dispositivos de segurança dos
recipientes devem situar-se fora das edificações, em atmosfera ventilada e distar no mínimo
1,5 m, medido horizontalmente, de qualquer abertura que, nas edificações ou no terreno, se
situem em nível inferior aos dispositivos de segurança.
Gabarito: Errada

17. (74 – CAIXA/2006 – Cespe) No dimensionamento de tubulação de gás predial, a vazão de


gás independe do comprimento da tubulação.
Comentários
O dimensionamento das tubulações leva em conta as perdas de carga, de modo a garantir a
vazão necessária para suprir a instalação.
O cálculo dessas perdas de carga depende do comprimento da tubulação, assim como do
comprimento equivalente das conexões e válvulas.
Gabarito: Errada

4.3 – DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

São considerados dispositivos de segurança devem possuir proteção de forma a não permitir a
entrada de água, objetos estranhos ou qualquer outro elemento que venha a interferir no correto
funcionamento do dispositivo.
Os dispositivos devem ser identificados de forma permanente: pressão de acionamento e sua
unidade, fabricante, data de fabricação (mês e ano) e sentido de fluxo.
São considerados dispositivos de segurança, entre outros:
- válvula de alívio

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
38
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

- válvula de bloqueio automático (por sobrepressão, subpressão, excesso de fluxo, ação térmica
etc)
- limitador de pressão
- regulador monitor
- dispositivo de segurança incorporado em regulador
- detector de vazamento

18. (41 – INPI/2006 – Cespe) As instalações prediais de gás são constituídas basicamente por
reguladores de pressão, dispositivos de segurança, medidores de vazão, mangueiras e tubos
flexíveis. A respeito desses componentes, assinale a opção correta.
A) O regulador de primeiro estágio reduz a pressão da rede de distribuição diretamente para
a pressão de utilização dos equipamentos que fazem uso de baixa pressão.
Comentários
De acordo com a norma anterior, NBR 13932:
O regulador de primeiro estágio é um dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes
de sua entrada na rede primária, para o valor de no máximo 150 kPa (1,5 kgf/cm2).
A rede primária é o trecho da instalação situado entre o regulador de primeiro estágio e o
regulador de segundo estágio.
O regulador de segundo estágio ou estágio único é um dispositivo destinado a reduzir a
pressão do gás, antes de sua entrada na rede secundária, para um valor adequado ao
funcionamento do aparelho de utilização de gás abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2).
E a rede secundária é o trecho da instalação situado entre o regulador de segundo estágio ou
estágio único e os aparelhos de utilização.
Portanto, era o regulador de segundo estágio que reduz a pressão para a utilização dos
equipamentos.
Contudo, na norma atual, NBR 15526, não mais esta classificação dos reguladores.
Gabarito: Errada
B) O regulador de segundo estágio reduz a pressão da rede primária para a pressão de
utilização dos equipamentos que fazem uso de baixa pressão.
Comentários
Conforme vimos acima, o regulador de segundo estágio ou estágio único, de acordo com a
norma anterior, NBR 13932, reduzia a pressão do gás, antes de sua entrada na rede
secundária, para um valor adequado ao funcionamento do aparelho de utilização de gás
abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2).
Gabarito: Correta

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
39
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

C) O OPSO é um dispositivo de segurança que interrompe o fluxo de gás a partir de um valor


inferior ao permitido para a pressão de saída mínima.
Comentários
A Válvula OPSO - Over Pressure Shut Off (bloqueio por sobrepressão) é um mecanismo de
segurança que é posto após o regulador de pressão, em instalações de GLP, e corta o fluxo do
gás quando a pressão na saída do mesmo ultrapassa um certo limite.
Portanto, a sua atuação é oposta ao que diz a assertiva.
Gabarito: Errada
D) O UPSO é um dispositivo de segurança que reduz o fluxo de gás a partir de uma pressão de
saída superior à máxima permitida.
Comentários
A Válvula UPSO - Under Pressure Shut Off (bloqueio por subpressão) bloqueia a tubulação a
jusante quando a pressão neste trecho se torna muito baixa ou nula.
Portanto, a sua atuação é oposta ao que diz a assertiva.
Gabarito: Errada
E) A válvula de alívio promove o alívio do gás para a atmosfera quando a pressão de saída é
superior a determinado valor e bloqueia o fluxo de gás.
Comentários
A válvula de alívio é uma válvula projetada para reduzir rapidamente a pressão a jusante dela,
quando tal pressão exceder o máximo preestabelecido. Contudo, ela não bloqueia o fluxo de
gás.
Gabarito: Errada
Gabarito: B

(TJ-CE/2008 – Cespe) Determinados cuidados devem ser observados no projeto de uma


instalação predial de gás natural, para se garantir a segurança da instalação. A respeito das
características desse tipo de instalação, julgue os seguintes itens.
19. 70 Os abrigos prediais para reguladores de pressão, quando instalados em áreas
fechadas, devem estar protegidos com portas de material incombustível e resistente a
choques mecânicos.
Comentários
De acordo com a NBR 13932, o abrigo deve ser construído de material incombustível, de
modo a assegurar completa proteção do equipamento nele contido contra choques, ação de
substâncias corrosivas, calor, chama ou outros agentes externos de efeitos nocivos
previsíveis.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
40
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

A norma NBR 15526 só se manifesta acerca da proteção contra choques mecânicos,


conforme questão anterior. Contudo, por bom senso, verificamos que a assertiva continua
sendo correta.
Gabarito: Correta

20. 71 A tubulação de gás não deve atravessar elementos estruturais do prédio, tais como
pilares, colunas, vigas e lajes.
Comentários
De acordo com a norma 15526, no caso da rede de distribuição interna embutida, a
tubulação pode atravessar elementos estruturais, desde que não exista contato entre a
tubulação e estes elementos estruturais, de forma a evitar tensões inerentes à estrutura da
edificação sobre a tubulação.
Gabarito: Errada

21. 72 Quando ocorra passagem da tubulação de gás por forros falsos, as tubulações deverão
ser envolvidas por dutos ou tubos-luva.
Comentários
De acordo com a norma anterior, NBR 13932, a tubulação da rede de distribuição não pode
passar no interior de qualquer tipo de forro falso ou compartimento não ventilado, exceto
quando utilizado tubo-luva.
A atual norma, NBR 15526, não se manifesta acerca de forros. Contudo, verifica-se que a
assertiva continua correta.
Gabarito: Correta

4.4 – PROIBIÇÕES

É proibida a instalação da tubulação da rede de distribuição interna em:


- duto em atividade (ventilação de ar-condicionado, produtos residuais, exaustão, chaminés etc);
- cisternas e reservatórios de águas;
- compartimento de equipamento ou dispositivo elétrico (painéis elétricos, subestação etc);
- depósito de combustível inflamável;
- elementos estruturais (lajes, pilares, vigas);
- espaços fechados que possibilitem o acúmulo de gás eventualmente vazado;
- poço ou vazio de elevador.
No caso da rede de distribuição interna embutida, a tubulação pode atravessar elementos
estruturais, desde que não exista contato entre a tubulação e estes elementos estruturais, de

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
41
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

forma a evitar tensões inerentes à estrutura da edificação sobre a tubulação. Quando for utilizado
tubo-luva, a relação da área da seção transversal da tubulação e do tubo-luva deve ser no mínimo
1 para 1,5. As trevaessias de paredes ou lajes podem ser feitas conforme a figura a seguir:

22. (67 – CBMDF/2007 – Cespe) Não há impedimento para que colunas de ventilação do
esgoto primário recebam também a ventilação da instalação de gás.
Comentários
A ventilação das instalações de gás devem ocorrer para áreas abertas externas, o que não é o
caso das colunas de ventilação do esgoto primário. Além disso, o esgoto primário libera gases
potencialmente inflamáveis, não podendo se misturar aos gases das instalações de gás.
Gabarito: Errada

23. (25 – TJPA/2006 – Cespe) Considerando que as instalações prediais de gás devem atender
às exigências da legislação vigente no país, assinale a opção correta.
A) Para a execução das instalações, é permitido apenas o uso de tubulações de condução de
aço com ou sem costura, preto ou galvanizado.
Comentários
De acordo com a NBR 15526, para a execução da rede de distribuição interna são admitidos:
- tubos de condução aço-carbono, com ou sem costura, API 5-L grau A, com espessura
mínima correspondente a Schedulle 40;
- tubos de condução de cobre rígido; sem costura, com espessura mínima de 0,8 mm;
- tubo de condução de cobre flexível, sem costura, classes 2 ou 3;
- tubo de condução de polietileno (PE80 ou PE100), para redes enterradas, somente em
trechos enterrados e externos às projeções horizontais das edificações.
As interligações das ramificações executadas com tubo de aço-carbono serão feitas com
emprego de roscas, flanges, soldas oxi-acetilênicas e soldas elétricas.
Portanto, o termo “apenas” torna este item errado.
Gabarito: Errada

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
42
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

B) As tubulações de condução de gás podem ser embutidas no contrapiso.


Comentários
De acordo com a NBR 15526, no caso da rede de distribuição interna embutida, a tubulação
pode atravessar elementos estruturais, desde que não exista contato entre a tubulação e
estes elementos estruturais, de forma a evitar tensões inerentes à estrutura da edificação
sobre a tubulação.
Gabarito: Correta
C) É proibido o aterramento da tubulação de condução de gás.
Comentários
Na verdade, é proibido o uso da tubulação de gás como aterramento e não o aterramento da
tubulação de gás.
Gabarito: Errada
D) Para o dimensionamento da rede interna, a pressão máxima de operação deve ser fixada
pela empresa fornecedora.
Comentários
A pressão máxima de operação é determinada por norma. A NBR 15526 fixa que pressão
máxima da rede de distribuição interna deve ser 150 kPa. Dentro das unidades habitacionais,
ela deve ser limitada a 7,5 kPa.
Gabarito: Errada
Gabarito: B

(PF Regional/2004 – Cespe) As instalações prediais de gás devem ser projetadas e executadas
atendendo critérios rígidos de segurança. Com relação a projetos desse tipo de instalação,
julgue o item abaixo.
24. 79) No dimensionamento das canalizações para instalações prediais de gás, o diâmetro do
cano pode ser obtido pela fórmula de Pole, que relaciona a descarga de gás com o seu
diâmetro e comprimento.
Comentários
Exato, a fórmula de Pole é a seguinte:
Q = 1,49 x [(D5)1/2]/L
Onde:
Q – vazão, em m3/h
D – diâmetro, em cm
L – comprimento da tubulação, em m

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
43
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Conhecendo-se o consumo estimado para os equipamentos e o comprimento da tubulação,


encontramos o correspondente diâmetro.
Gabarito: Correta

25. (85–B – TCE-AC/2009 – Cespe) As instalações residenciais e prediais de gás assim como os
reguladores de pressão devem ser instalados em local aberto, sendo desaconselhável, nesse
caso, o uso de abrigos.
Comentários
De acordo com a NBR 15526, o local de regulagem e medição do gás deve:
- estar no interior ou exterior da edificação que possibilite leitura, inspeções, manutenções e
intervenções de emergência;
- estar protegido de possível ação predatória de terceiros;
- estar protegido contra choques mecânicos, tais como colisão de veículos e cargas em
movimento;
- estar protegido contra corrosão e intempéries;
- ser ventilado de forma a evitar o acúmulo de gás eventualmente vazado, levando-se em
consideração a densidade do gás relativa ao ar;
- não apresentar interferência física ou possibilidade de vazamento em área de antecâmara e
escadas de emergência;
- não possuir dispositivos que possam produzir chama ou calor de forma a afetar ou danificar
equipamentos.
Portanto, o uso de abrigos é aconselhável para atender a estes requisitos.
Gabarito: Errada

5 – INSTALAÇÕES DE AR COMPRIMIDO

5.1 – DEFINIÇÕES

a) Central de Ar Comprimido: Conjunto composto de compressor, reservatório, trocadores de


calor intermediário e posterior, filtros de ar, painel elétrico de comando e outros acessórios,
inclusive sistema de operação e segurança exigido pelas normas, destinado à geração e reservação
de ar comprimido, ou um conjunto de cilindros, regulador de pressão e acessórios, destinado
somente a reservação.
b) Unidade Completa Unificada: Conjunto completo de equipamentos, acessórios, instrumentos
de segurança e controle, tubulações e fiações, projetado e fornecido pelo fabricante do

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
44
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

equipamento principal, em condições de utilização imediata e com a garantia de desempenho


previamente estabelecida.
c) Limite de Bateria: Limite de fornecimento da Unidade Completa Unificada, onde se prevê a
interligação com a rede externa do conjunto.
d) Trocador de Calor Intermediário e Posterior: Equipamento destinado ao resfriamento de ar
comprimido, acoplado a compressores. O resfriamento se realiza pela troca de calor entre o ar
comprimido e a água em circulação.
e) Torre de Resfriamento: Equipamento destinado à recuperação da água de resfriamento pela
troca de calor com o ar exterior.
f) Ar Exterior: Atmosfera externa à edificação.
g) Purgador: Equipamento destinado a separar os condensados do ar comprimido.
h) Secador de Ar Comprimido: Equipamento utilizado para a secagem do ar comprimido por
refrigeração, constituindo um sistema de circuito fechado, onde se comprime o fluído refrigerador
e, por trocas térmicas, se extrai automaticamente a água do ar.
i) Descarga Livre Efetiva: Quantidade de ar livre descarregada por um compressor, corrigida para
as condições de pressão, temperatura e umidade reinantes no ponto de admissão, sob condições
atmosféricas locais.

5.2 – CONDIÇÕES GERAIS

Considerar que os materiais básicos recomendados para este tipo de instalação são os seguintes:
cobre para tubulações de ar comprimido para fins medicinais e aço carbono para as demais.
Evitar tubulações enterradas de ar comprimido, adotando tubulações aéreas ou embutidas em
canaletas.
Considerar que nas instalações hospitalares, as tubulações internas devem ser embutidas até o
ponto de consumo.
Deve-se verificar a disponibilidade de instalação de água de refrigeração e a conveniência da
utilização no sistema de ar comprimido.
Nas instalações hospitalares não se deve interligar o compressor de anel líquido e a bomba de
vácuo de anel líquido no mesmo circuito de refrigeração, a fim de evitar contaminação.
Para o dimensionamento das tubulações de distribuição de ar comprimido, recomenda-se
obedecer ao seguinte roteiro:
 determinar a descarga livre efetiva, trecho por trecho;
 estabelecer o valor da velocidade entre 8 e 10 m/s para ramais secundários e entre 6 e 8
m/s para ramais principais;
 adotar um diâmetro para cada trecho e calcular através de formulação adequada as perdas
de cargas e velocidades;

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
45
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

 verificar se as pressões satisfazem às pressões requeridas nos pontos de consumo e a


necessidade de prever uma reguladora de pressão após a central de ar comprimido.

6 – INSTALAÇÕES PARA VÁCUO

6.1 – DEFINIÇÕES

a) Central de Vácuo: Conjunto composto de bomba de vácuo, reservatório, silenciador, painel


elétrico de comando e outros acessórios, inclusive sistema de proteção e segurança exigido pelas
Normas, destinado à geração de vácuo.
b) Unidade Completa Unificada: Conjunto completo de equipamentos, acessórios, instrumentos
de segurança e controle, tubulações e fiações, projetado e fornecido pelo fabricante do
equipamento principal, em condições de utilização imediata e com a garantia de desempenho
previamente estabelecido.
c) Limite de Bateria: Limite de fornecimento da Unidade Completa Unificada, onde se prevê a
interligação com a rede externa do conjunto.
d) Torre de Resfriamento: Equipamento destinado à recuperação da água de resfriamento pela
troca de calor com o ar exterior.

7 – INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO E VIGILÂNCIA

7.1 – INTRODUÇÃO

O subitem de Instalações de Proteção e Vigilância aproxima-se do nosso tema de instalações da


Aula 10 de combate a incêndios, em especial com relação ao sistema de detecção de incêndio.
Na parte de Instalações de Vigilância, destaca-se o assunto de Instalações de Circuito Fechado de
TV – CFTV.
Não encontrei questões anteriores sobre esses assuntos, por isso, apresento somente uma breve
teoria sobre o tema.
Os principais exemplos de instalação de proteção e vigilância são os detectores de incêndio,
alarmes e circuitos fechados de TV, que podem trabalhar interligados.
Além disso, a integração do sistema de detecção de incêndios com o de segurança pode destravar
todas as portas de forma a fornecer o caminho mais rápido para a evacuação do edifício no caso de
emergência.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
46
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Neves (2002) cita outro exemplo relacionado à integração entre o CFTV e o sistema de detecção e
alarme de incêndio, pelo qual, quando se aciona um alarme pelo sistema detector de incêndios,
pode-se visualizar a ocorrência do incêndio ou também se o alarme é falso.
A mesma autora cita também o sistema de Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado – HVAC,
que pode controlar o fluxo de ar para impedir a propagação de chamas.

7.2 – DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

O sistema de detecção e alarme de incêndio será composto dos seguintes elementos:


- detectores e acionadores manuais;
- painéis centrais e repetidores;
- fonte de alimentação;
- rede de distribuição;
- avisadores.
O sistema de detecção e alarme desencadeia ações complementares, tais como:
 desligar corrente elétrica;
 ligar iluminação de emergência;
 abrir ou fechar portas;
 acionar gravações orientadoras às pessoas que estão deixando a área;
 acionar o sistema de comando de elevadores;
 acionar sistemas locais de combate a incêndio;
 acionar ou desligar quaisquer equipamentos que se deseje;
 retransmitir o alarme a postos de bombeiros ou outras autoridades.

a) Detectores

Os detectores poderão ser: de temperatura, de fumaça, de chama, e de gás.


Os detectores de temperatura reagem à energia calorífica desprendida pelo fogo, podendo ser:
- detectores térmicos - dispositivos que reagem a uma determinada temperatura fixa (em geral de
60 ou 80º);
- detectores termovelocimétricos - dispositivos que reagem pela variação da temperatura num
determinado tempo.
Os detectores térmicos deverão ser empregados em locais onde haja instalações de máquinas e
equipamentos que provoquem grandes variações de temperatura instantânea. Os
termovelocimétricos são empregados nos casos em que as grandes variações de temperatura se
processem de forma lenta. A preferência, todavia, por segurança, deve ser dada ao emprego
combinado de ambos os sistemas.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
47
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

Os detectores de fumaça reagem a uma alta concentração de fumaça visível, sendo eficazes
somente na detecção de incêndio onde haja uma densa produção de fumaça, especialmente nos
primeiros estágios de combustão.
O princípio de operação dos detectores de fumaça depende da entrada de fumaça em sua câmara.
Quando existir uma concentração de fumaça suficiente nesta câmara, ocorrerá a operação do
detector.
A área de ação dos detectores de fumaça diminui com o aumento do volume de ar trocado em um
ambiente.
Os detectores de chama dividem-se em 3 tipos básicos de acordo com a técnica utilizada para a
detecção da radiação da chama:
- detector de chama tremulante - utilizados para detecção de chama de luz visível, quando é
modulada em uma determinada frequência;
- detector de ultravioleta: utilizados para detecção de energia radiante fora da faixa de visão
humana, abaixo de 400 Aº (nm).
- detector de infravermelho: utilizados para detecção de energia radiante fora da faixa de visão
humana e, acima de 700 Aº (nm).
Os detectores de chama deverão ser utilizados em áreas onde o fogo alastra-se rapidamente, com
pouco ou nenhum estágio incipiente como, por exemplo, em salas de equipamentos de força ou
depósitos de combustível. Estes detectores reagem diretamente às radiações emanadas das
chamas.
Em ambientes sujeitos a vazamentos e acumulação de gás ou partículas que possam produzir
combustão, como cozinhas, locais de armazenamento e passagem de tubulações de gás, deverá
ser prevista a instalação de detectores de gás, interligados aos Painéis Centrais do sistema de
detecção e alarme de incêndio, de modo a originar alarme de vazamento e acumulação,
desligamento de energia elétrica na área afetada e corte no abastecimento do sistema de
alimentação de gás.
Os acionadores manuais são caixas de alarme com tampa de vidro que deverá ser quebrada para
que se consiga transmitir o alarme. Deverão ser posicionados em local visível e de fácil acesso.

b) Painéis centrais e repetidores

O painel central indicará o estado de todos os ramais de detectores, mantendo o sistema em


condições de permanente auto verificação, isto é, o próprio equipamento deverá ser capaz de
acusar defeitos, tais como fios partidos, curto-circuitos, descargas à terra, equipamentos
defeituosos, falta de energia elétrica e outros.
A localização do Painel Central deve ser em área de fácil acesso distante de materiais tóxicos e
inflamáveis e sob vigilância humana constante, como por exemplo, portarias principais, salas de
bombeiros, salas de pessoal de segurança etc.
Os ramais de detectores deverão representar subdivisões do prédio, indicando claramente a área
supervisionada. Um maior número de ramais resulta em maior facilidade de operação e permite

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
48
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

melhor adequação de planos de evacuação ou acionamento de portas, sistemas de combate e


outros equipamentos.
Recomenda-se a adoção, de, pelo menos, uma ramal por pavimento, ou um ramal por área
máxima de 750 m² e um ramal por edifício ou edificação isolada, não devendo ser ultrapassados
estes valores.
O painel repetidor deverá ser empregado quando se deseja retransmitir o alarme a um organismo
central, a um posto de bombeiros ou outro local, ou ainda para acionar outros sistemas e
equipamentos.
O Painel repetidor deve ser instalado em locais onde as informações sobre o sistema de detecção
sejam necessárias.
O local deve ser provido de proteção contra fumaça e fogo.

7.3 – SISTEMAS DE CIRCUITOS FECHADOS DE TV – CFTV

Para a elaboração do projeto, deve-se determinar, junto ao Contratante, as áreas a serem vigiadas,
o grau de detalhamento desejável para cada área, os pontos ou áreas específicas de vigilância
constante e o grau de segurança de cada área.
Deve-se também conhecer e determinar os seguintes condicionantes de projeto, para cada área:
 nível, variação e tipos de iluminação;
 relação de contraste;
 condições ambientais;
 nível médio de reflexão;
 fontes de ofuscamento;
 possibilidades de instalação e fixação das câmeras;
 facilidades de infra-estrutura.
Além disso, cabe considerar que fontes luminosas ou reflexas, de acordo com sua intensidade,
poderão inviabilizar o projeto e danificar o equipamento.
Seguem algumas definições sobre CFTV:
a) Projeto de Sistema de Circuito Fechado de TV: Conjunto de elementos gráficos, como
memoriais, desenhos e especificações, que visa definir e disciplinar a instalação de receptores,
central de monitores e rede de distribuição de imagens, de modo a cobrir adequadamente as áreas
de visualização.
b) Receptor: Equipamento constituído pelo conjunto câmeraobjetiva responsável pela captação e
geração da imagem.
c) Central de Monitores: Conjunto de monitores que recebem e reproduzem as imagens geradas
pelos receptores, permitindo a supervisão das áreas da edificação.
d) Rede de Distribuição: Conjunto de linhas de transmissão, comando, amplificadores de linha e
rede de dutos que conecta os receptores à central de monitores.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
49
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

e) Sensores: Dispositivos acoplados ao sistema de circuito fechado de TV, que sinalizam a violação
de regiões de segurança, bem como interrompem uma seqüência de imagens dos monitores no
ponto violado, para melhor identificação e possível gravação em vídeo (gravador de evento).

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
50
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

8 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA


1. (36 – SEAD/PA – 2005)
Os sistemas de ventilação contribuem para a melhoria da qualidade e salubridade do ar de
ambientes. Nesse contexto, no sistema de distribuição cruzada, o ar é insuflado no recinto
A) verticalmente, a baixas velocidades, pela parte superior do recinto, enquanto que o ar
viciado é retirado pela parte inferior do recinto.
B) horizontalmente, à meia altura e a saída do ar viciado ocorre pela parte superior do
recinto, por meio de um exaustor especial.
C) horizontalmente, a velocidades elevadas e pela parte superior do recinto.
D) verticalmente e o ar viciado é retirado através de pontos localizados na parte inferior do
recinto.
E) horizontalmente pelo piso, sendo retirado verticalmente, por exaustão, pela sua parte
superior.
2. (139 – TCU/2009)
Os sistema de ventilação para condicionamento de ar do tipo fan-coil pode atender uma
grande quantidade de ambientes, sendo o ar insuflado e(ou) exaurido através de um
conjunto complexo de dutos interligados ou ramificados.
3. (140 – TCU/2009)
O sistema de ventilação para condicionamento de ar de volume constante e temperatura
variável consiste de um único ventilador, instalado de modo a propiciar a circulação do ar por
apenas um duto de insuflamento.
4. (141 – TCU/2009)
O sistema de ventilação para condicionamento de ar de volume variável e temperatura
constante apresenta como principal limitação a incapacidade de controle individualizado por
ambiente condicionado.
5. (44 – Fundação Casa/2013 – VUNESP)
BTU é a sigla de British Thermal Unit, que é uma unidade de
(A) radiação.
(B) caloria por m2.
(C) área.
(D) temperatura.
(E) potência.
6. (198 – TCU/2007)

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
51
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

A unidade resfriadora de líquido de uma unidade de condicionamento de ar do tipo chiller


trabalha com soluções à base de etileno-glicol.
7. (45 – TRE-GO/2008 – Cespe)
< A caixa de distribuição geral deve estar, obrigatoriamente, no andar térreo.
< Cada caixa de distribuição deve atender a um andar abaixo e um acima daquele em que
estiver localizada.
< A tubulação secundária é destinada à instalação da fiação telefônica interna de uma
edificação.
< A tubulação primária abrange a caixa de distribuição geral, as caixas de distribuição e as
tubulações que as interligam.
Com base nas figuras e informações fornecidas, julgue os itens subsequentes.
I – Até chegar ao aparelho, a ligação da rede telefônica passa pela caixa subterrânea, pela
tubulação de entrada e pela caixa de distribuição geral, que alimenta as caixas para tomada
telefônica (cx. Saída).
II – No edifício de quatro lajes representado na figura 1, haverá 4 caixas de distribuição e 1
caixa de distribuição geral.
III – A tubulação entre as caixas deve ser a mais curta possível, visando-se baixo consumo de
material.
IV – A tubulação primária a ser incorporada na figura 1 será vertical.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV.
8. (87 – Ceará Portos/2004 – Cespe)
Em residências típicas, as caixas de saídas em paredes de dormitórios situam-se a 30 cm do
piso acabado.
9. (88 – Ceará Portos/2004 – Cespe)
A caixa de distribuição geral serve para a instalação de blocos terminais, fios e cabos
telefônicos das redes internas e externas da edificação
10. (89 – Ceará Portos/2004 – Cespe)
Eletrodutos de PVC rígido não podem ser utilizados em instalações de telefonia.
11. (63 – PF Adm/2014 – CESPE)
Desde que contemplados em projeto, a tubulação da rede telefônica poderá abrigar os
serviços de comunicação interna da edificação, como interfones e antenas coletivas.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
52
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

(MJ/2013 – Cespe)
Acerca do projeto complementar de telefonia, julgue os itens subsecutivos.
12. 71 –
Em escritórios, deve-se prever, no mínimo, um ponto telefônico para cada 50 m2 de área útil.
13. 72 –
Serviços de comunicação não prestados pela concessionária, tais como interfones e alarmes,
poderão ser instalados em tubulação ou caixas telefônicas destinadas ao uso da
concessionária.
14. (43 – SEGAS/2013 – FCC)
Em garagens e área comuns de edifícios comerciais e residenciais, a tubulação de gás natural
deve ser fixada como uma rede aérea. Para a manutenção da rede interna de gás natural será
necessária a identificação da rede através da pintura da tubulação na cor
(A) verde.
(B) vermelha.
(C) azul.
(D) amarela.
(E) branca
15. (38 – TSE/2007 - Cespe)
Nas redes para distribuição de gases combustíveis, algumas condições gerais são
fundamentais para o bom funcionamento e a garantia de segurança da edificação. Quanto a
essas redes, assinale a opção correta acerca dos procedimentos para a sua instalação, seus
componentes e sua utilização.
A) A instalação de purgadores permite a retirada de CO2 ou outros gases não inflamáveis.
B) Os aparelhos deverão ser ligados diretamente à rede interna.
C) Para as redes primárias e secundárias, pode-se empregar tubos de aço preto, para classe
média.
D) A pressão de GLP nas tubulações é controlada por registros do tipo com esfera, de fecho
rápido.
16. (103 – INSS/2008 – Cespe)
A norma determina que, em uma cozinha, a localização da central de GLP deve ser na parte
interna, portanto, fora da ação do vento.
17. (74 – CAIXA/2006 – Cespe)
No dimensionamento de tubulação de gás predial, a vazão de gás independe do comprimento
da tubulação.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
53
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

18. (41 – INPI/2006 – Cespe)


As instalações prediais de gás são constituídas basicamente por reguladores de pressão,
dispositivos de segurança, medidores de vazão, mangueiras e tubos flexíveis. A respeito
desses componentes, assinale a opção correta.
A) O regulador de primeiro estágio reduz a pressão da rede de distribuição diretamente para
a pressão de utilização dos equipamentos que fazem uso de baixa pressão.
B) O regulador de segundo estágio reduz a pressão da rede primária para a pressão de
utilização dos equipamentos que fazem uso de baixa pressão.
C) O OPSO é um dispositivo de segurança que interrompe o fluxo de gás a partir de um valor
inferior ao permitido para a pressão de saída mínima.
D) O UPSO é um dispositivo de segurança que reduz o fluxo de gás a partir de uma pressão de
saída superior à máxima permitida.
E) A válvula de alívio promove o alívio do gás para a atmosfera quando a pressão de saída é
superior a determinado valor e bloqueia o fluxo de gás.
(TJ-CE/2008 – Cespe)
Determinados cuidados devem ser observados no projeto de uma instalação predial de gás
natural, para se garantir a segurança da instalação. A respeito das características desse tipo
de instalação, julgue os seguintes itens.
19. 70 –
Os abrigos prediais para reguladores de pressão, quando instalados em áreas fechadas,
devem estar protegidos com portas de material incombustível e resistente a choques
mecânicos.
20. 71 –
A tubulação de gás não deve atravessar elementos estruturais do prédio, tais como pilares,
colunas, vigas e lajes.
21. 72 –
Quando ocorra passagem da tubulação de gás por forros falsos, as tubulações deverão ser
envolvidas por dutos ou tubos-luva.
22. (67 – CBMDF/2007 – Cespe)
Não há impedimento para que colunas de ventilação do esgoto primário recebam também a
ventilação da instalação de gás.
23. (25 – TJPA/2006 – Cespe)
Considerando que as instalações prediais de gás devem atender às exigências da legislação
vigente no país, assinale a opção correta.
A) Para a execução das instalações, é permitido apenas o uso de tubulações de condução de
aço com ou sem costura, preto ou galvanizado.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
54
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

B) As tubulações de condução de gás podem ser embutidas no contrapiso.


C) É proibido o aterramento da tubulação de condução de gás.
D) Para o dimensionamento da rede interna, a pressão máxima de operação deve ser fixada
pela empresa fornecedora.
(PF Regional/2004 – Cespe)
As instalações prediais de gás devem ser projetadas e executadas atendendo critérios rígidos
de segurança. Com relação a projetos desse tipo de instalação, julgue o item abaixo.
24. 79)
No dimensionamento das canalizações para instalações prediais de gás, o diâmetro do cano
pode ser obtido pela fórmula de Pole, que relaciona a descarga de gás com o seu diâmetro e
comprimento.
25. (85–B – TCE-AC/2009 – Cespe)
As instalações residenciais e prediais de gás assim como os reguladores de pressão devem ser
instalados em local aberto, sendo desaconselhável, nesse caso, o uso de abrigos.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
55
56
17183708810 - Renata Arielo
Marcus Campiteli
Aula 17
778818

9 – GABARITO

1) C 2) Errada 3) Errada 4) Errada

5) E 6) Correta 7) D 8) Correta

9) Correta 10) Errada 11) Errada 12) Errada

13) Errada 14) D 15) C 16) Errada

17) Errada 18) B 19) Correta 20) Errada

21) Correta 22) Errada 23) B 24) Correta

25) Errada

10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Neves, Raïsa Pereira Alves de Azevêdo. Espaços Arquitetônicos de Alta Tecnologia. Dissertação
de Mestrado. Universidade de São Carlos – USP. 2002.

- SEAP. Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP – Projeto.

Conhecimentos Específicos p/ TJ-MG 2ª Instância (Técnico Judiciário - Engenharia Civil) - 2019


www.estrategiaconcursos.com.br
56
56
17183708810 - Renata Arielo

Você também pode gostar