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Diretoria Técnica - TE

Superintendência de Operação - TOP


Gerência de Operação - TOOP

MANUAL PARA TREINAMENTO


NA OPERAÇÃO LOCAL
DAS SUBESTAÇÕES DA ESCELSA
Diretoria Técnica – TE
Superintendência de Operação – TOP
Gerência de Operação – TOOP

MANUAL PARA TREINAMENTO NA


OPERAÇÃO LOCAL DAS
SUBESTAÇÕES DA ESCELSA
2ª edição

Junho/2006
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico verificado a partir dos meados do século passado


influenciou decisivamente na atual dependência mundial dos fatores energéticos
para reprodução do capital e a conseqüente alteração na divisão técnica do
trabalho.

Para possibilitar o desenvolvimento tecnológico e informacional de nossos


tempos, a energia elétrica apresenta-se como fator fundamental de suporte dessas
atividades, sendo, para isso, uma das prioridades de todos os governo. O volume
dos investimentos atuais em diferentes formas de geração de energia, prova a
necessidade de ampliação – e não de manutenção – das fontes de energia.

A continuidade do fornecimento de energia elétrica com qualidade e de


seus investimentos auxiliam o processo de “modernização” da sociedade, sendo
estes, obviamente, um dos maiores interesses das Empresas de Energia Elétrica.

As intervenções nas instalações realizadas pelos seus técnicos tornam-se uma


importante atividade diante da conjuntura exposta e dos objetivos da empresa.
Para isso, o treinamento de profissionais deve ser atividade permanente no âmbito
da empresa.

Outrossim, a área de Operação da ESCELSA vem enfrentando nos últimos


anos um processo acelerado de automação de todas as subestações da empresa,
com a transferência dos controles e comandos para o COS – Centro de Operação
do Sistema. No entanto, diversos equipamentos e instalações ainda exigem
intervenções locais, especialmente no caso de manobras em equipamentos com
comando manual e que não puderam ser automatizados, tais como: chaves
seccionadoras, relés de bloqueio eletromecânicos, etc...

A área de operação elaborou esse Manual de Equipamentos para facilitar as


intervenções locais de técnicos e/ou eletricistas, bem como possibilitar o
treinamento desses profissionais. A preocupação que dirigiu o presente Manual, foi
de colocar a disposição dos profissionais que operam subestações, um manual que
reunisse os elementos e os conceitos mais atualizados com relação a suas
atividades, programadas ou emergências, nas diferentes subestações,
apresentando para tanto, os dispositivos e equipamentos mais comuns.

Desde já agradecemos, a todos os colaboradores da Gerencia de Operação


da ESCELSA, pela colaboração de fotos, textos, experiências e conhecimentos que
permitiram a elaboração desse manual.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

SUMÁRIO

1 PÁRA-RAIOS .................................................................................................................. 8

1.1 Introdução.................................................................................................................8

1.2 Localização............................................................................................................... 8

1.3 Inspeção.................................................................................................................... 8

2 TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS ..................................................................... 9

2.1 Introdução.................................................................................................................9

2.2 Transformadores de Corrente (TC).......................................................................... 9

2.3 Transformadores de Potencial (TP) ....................................................................... 10

2.4 Conjunto de Medição............................................................................................ 11

3 CHAVES SECCIONADORAS........................................................................................ 12

3.1 Introdução............................................................................................................... 12

3.2 Chaves Seccionadoras Monopolares ................................................................. 12

3.3 Chaves Seccionadoras Tripolares ........................................................................ 12

3.4 Operação................................................................................................................ 12

3.5 Comando motorizado............................................................................................ 13

3.6 Localização............................................................................................................. 14

3.7 Inspeção.................................................................................................................. 14

3.8 Chaves de Aterramento Rápido ........................................................................... 15

4 CHAVES FUSÍVEIS ........................................................................................................ 16

4.1 Introdução............................................................................................................... 16

4.2 Chaves Fusíveis HXO .............................................................................................. 16

4.3 Chaves Fusíveis S&C (POWER FUSE) ...................................................................... 16

5 TRANSFORMADORES................................................................................................... 17

5.1 Introdução............................................................................................................... 17

4
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

5.2 Principio de Funcionamento ................................................................................. 17

5.3 Componentes ......................................................................................................... 17

5.4 Ligações .................................................................................................................. 18

5.5 Proteções Internas .................................................................................................. 18

5.6 Inspeção.................................................................................................................. 21

5.7 Comutadores de Tapes.......................................................................................... 22

5.8 Relé Regulador de Tensão..................................................................................... 22

5.9 Sistema de Paralelismo de Transformadores....................................................... 22

5.10 Parada de Emergência ...................................................................................... 24

5.11 Chaves de Comando ......................................................................................... 24

5.12 Refrigeração ........................................................................................................ 27

5.13 Sistema de Filtragem de Óleo de Comutadores ............................................. 28

6 DISJUNTORES ............................................................................................................... 29

6.1 Finalidade................................................................................................................ 29

6.2 Sistema de Extinção de Arco ................................................................................ 29

6.3 Mecanismo de Fechamento de Disjuntores........................................................ 29

6.4 Sinalização de Abertura e Fechamento .............................................................. 30

6.5 Comando de Fechamento e Abertura Local (armário do disjuntor)................ 31

6.6 Proteção dos Circuitos de Controles .................................................................... 31

6.7 Inspeção.................................................................................................................. 31

6.8 Mecanismo de Comandos de Disjuntores – CLASSE DE TENSÃO 138KV........... 32

6.9 Mecanismos de Comandos Disjuntores – CLASSE DE TENSÃO 69 E 34,5KV ...... 35

7 RELIGADORES .............................................................................................................. 39

7.1 Finalidade................................................................................................................ 39

7.2 Localização............................................................................................................. 39

7.3 Inspeção.................................................................................................................. 39

7.4 Religador MCGRAW EDISON (modelo original)................................................... 39


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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.5 Religador MCGRAW EDISON (modelo adaptado). ............................................. 41

7.6 Religador Westhinghouse / Cooper ..................................................................... 44

7.7 Religador Sprecher Energie ................................................................................... 46

7.8 Religador ABB.......................................................................................................... 50

7.9 Religador da Automat............................................................................................ 51

7.10 Religador Nu Lec................................................................................................ 51

8 REGULADORES DE TENSÃO: ........................................................................................ 52

8.1 Finalidade................................................................................................................ 52

8.2 Manobra Padrão para Operação de Reguladores de Tensão ......................... 52

8.3 Fusíveis de Proteção do Comando e Motor ........................................................ 53

8.4 Painéis de Comando: Siemens Allis, Toshiba, MC Graw Edilson e GE .............. 53

9 CIRCUITOS AUXILIARES............................................................................................... 56

9.1 Circuitos Auxiliares de Corrente Alternada ......................................................... 56

9.2 Circuitos Auxiliares de Corrente Contínua........................................................... 57

10 RETIFICADOR/CARREGADOR DE BATERIAS ............................................................... 58

10.1 Modelos de Retificadores .................................................................................. 58

11 BATERIAS...................................................................................................................... 60

12 PAINEL DE COMANDO................................................................................................ 61

12.1 Comando de Abertura e Fechamento de Disjuntores e Religadores ........... 61

12.2 Chaves de Transferência de Proteção (43-TR) ................................................ 62

12.3 Relé de Bloqueio (86) ......................................................................................... 63

12.4 Chave de Controle Permissivo (69)................................................................... 64

12.5 Comandos Remotos de Comutador de Tapes (Painel de Controle) ............ 64

12.6 Quadros Anunciadores ...................................................................................... 65

13 UNIDADE TERMINAL REMOTA (UTR)............................................................................ 66

13.1 Função ................................................................................................................. 66


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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

13.2 Componentes Principais .................................................................................... 67

14 PAINEL DE INTERFACE ................................................................................................. 69

14.1 Componentes do Painel de Interface .............................................................. 69

15 TRANSMISSÃO DE DADOS DO SSC ............................................................................ 71

15.1 Introdução ........................................................................................................... 71

15.2 Transmissão de Dados via Carrier ..................................................................... 71

15.3 Transmissão de Dados Via Rádio UHF............................................................... 73

15.4 Satélite..................................................................................................................74

15.5 Modem................................................................................................................. 74

16 BANCOS DE CAPACITORES ........................................................................................ 76

16.1 Definição.............................................................................................................. 76

16.2 Proteção de Bancos de Capacitores ............................................................... 76

16.3 Proteção Interna dos Elementos Capacitvos.................................................. 76

16.4 Chaves Seccionadoras de Abertura em Carga.............................................. 76

16.5 Banco de Capacitores 138 kV........................................................................... 77

17 RELÉS DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 78

17.1 Noções Básicas ................................................................................................... 78

17.2 Funcionamento ................................................................................................... 78

17.3 Tipos de Relés mais Utilizados............................................................................ 78

17.4 Relés Eletromecânicos ....................................................................................... 78

17.5 Relés Digitais........................................................................................................ 79

18 ALARMES DE SEGURANÇA ......................................................................................... 80

Função................................................................................................................................ 80

18.2 Ativação e Desativação .................................................................................... 80

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

1 PÁRA-RAIOS

1.1 Introdução

O pára-raios é um dispositivo protetor,


que tem a função de eliminar as
sobretensões provenientes de descargas
atmosféricas.

Essas sobretensões podem causar danos


nos equipamentos do sistema elétrico,
principalmente, em seus isolamentos

Considerando-se que os pára-raios estão


permanentemente ligados aos circuitos
elétricos que se destinam a proteger, devem
ser obedecidas as condições abaixo:

Não devem permitir, nas condições normais de operação do sistema, o


escoamento da corrente elétrica para a terra;
Uma vez descarregada para a terra a corrente elétrica associada a um surto
de tensão que o tenha atingido, deverá voltar à sua condição de
isolamento.

1.2 Localização

O pára-raios estão normalmente localizados nas subestações nos seguintes


locais:

Chegada das linhas de transmissão;


Lado de Alta e Baixa tensão de transformadores;
Saída de alimentadores;
Barramentos.

1.3 Inspeção

Verificar estado dos isoladores quanto a trincas.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

2 TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS

2.1 Introdução

Com o objetivo de redução de perdas, devido às grandes extensões, o sistema


elétrico de potência exige o uso de correntes e tensões cada vez mais elevadas.
Para que sejam controlados e protegidos, esses sistemas utilizam instrumentos de
medição e proteção que necessitam receber informações destas grandezas. Como
é inviável economicamente o uso de instrumentos que meçam diretamente as
tensões e correntes de linha, utilizam-se os transformadores de instrumentos que
possuem os seguintes objetivos:

Alimentar o sistema de proteção e medição com tensão e corrente reduzidas,


mas proporcionais às grandezas dos circuitos de força;
Proporcionar isolamento entre o circuito de alta tensão e os instrumentos e,
consequentemente, segurança pessoal.

Para a transformação dos valores de corrente e tensão do sistema de potência, são


utilizados, respectivamente.

Transformador de corrente (TC);


Transformador de potencial (TP).

2.2 Transformadores de Corrente (TC)

São dispositivos que têm o enrolamento primário ligado em série com o circuito
principal e o enrolamento secundário ligado aos relés e/ou instrumentos de
medição. Os TC´s são projetados para suportar a corrente que circula pela linha no
seu lado primário e no lado secundário para uma corrente nominal de 5 ampères.

Tipos de TC´S mais utilizados em


subestações:

TC tipo Bucha: Possui enrolamento


secundário isolado e montado no núcleo,
sendo o enrolamento primário
representado por um condutor isolado.

Este condutor é parte componente de


um equipamento, como transformador de
força, ou um disjuntor.

TC TIPO BUCHA - Transformador

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

TC tipo Pedestal: Possui secundário


enrolado, sendo largamente utilizado nas
classes de tensão de 15, 34,5, 69 e 138 kV .

2.2.1 Localização

Os TC´S estão normalmente localizados


nos seguintes locais nas subestações:

Chegada das linhas de transmissão;


Buchas dos Lado de Alta e Baixa tensão
de transformadores;
Barramentos de instalações;
Bucha de disjuntores e religadores.

2.2.2 Inspeções

Verificar a existência de vazamento de óleo isolante;


Verificar estado dos isoladores quanto a trincas;
Verificar nível de óleo.

2.3 Transformadores de Potencial (TP)

São dispositivos que possuem o enrolamento primário ligado em derivação


(paralelo) com o circuito principal e reproduz em seu enrolamento secundário uma
tensão. Nos TP´S, a tensão do lado de alta é a tensão nominal do sistema, como
por exemplo 138, 69, 34,5 e 15 kV. A tensão secundária é usada para fins de
medição, proteção e controle e é, geralmente, 120 ou 240 volts.

Tipos de TP´S mais utilizados em subestações:

Transformador de Potencial Convencional

Dispositivo que tem o primário em paralelo com o


circuito principal e o secundário ligado aos relés
e/ou instrumentos de medição. O enrolamento
primário está conectado diretamente ao circuito de
potência, entre duas fases ou o mais comum fase e
terra.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Transformador de Potencial Capacitivo ou Divisor Capacitivo (DCP)

Exerce as mesmas funções do transformador de


potencial convencional, porém é muito utilizado por ser
confiável e ter baixo custo. Esses TP´s são divididos em
dois subgrupos:

Divisor capacitivo de acoplamento, o mais utilizado;


Divisor capacitivo de bucha.

2.3.1 Inspeções

Verificar a existência de vazamento de óleo isolante;


Verificar estado dos isoladores quanto a trincas;
Verificar nível de óleo.

2.3.2 Localização

Os TP´S estão normalmente localizados nos seguintes locais nas subestações:

Chegada das linhas de transmissão;


Barramentos das instalações.

2.4 Conjunto de Medição

O conjunto de medição se compõe de um


transformador de corrente e transformador de
potencial em um único equipamento, cuja
função é idêntico aos TP´s e TC´s separados.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

3 CHAVES SECCIONADORAS

3.1 Introdução

É um equipamento destinado a interromper, de modo visível, a continuidade


metálica de um determinado circuito.
Devido a seu poder de interrupção ser praticamente nulo, as chaves
seccionadoras devem ser operadas com o circuito a vazio (somente tensão).
As chaves seccionadoras podem ser construídas com um só pólo (unipolares)
ou com três pólos (tripolares).

3.2 Chaves Seccionadoras Monopolares

São chaves constituídas por uma


faca munida de olhal, dois isoladores
suportes e uma base.

3.2.1 Operação

Sua operação é realizada


introduzindo a vara de manobra, no olhal,
executando o movimento de fechamento
ou abertura.

3.3 Chaves Seccionadoras Tripolares

Cada faca é munida de um


braço de acionamento e dois
suportes isolantes.
Os braços de acionamento
são ligados a um mesmo eixo cuja
rotação provoca o fechamento ou
abertura simultânea das três fases.

3.4 Operação

Esse tipo de seccionadora


pode ser acionada mecanicamente
através do punho de manobra,
executando movimento de rotação
ou através de motorização.
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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

3.5 Comando motorizado

EXEMPLO 1

Comando elétrico Chave LIGA /


Local DESLIGA motor
Fechar

Abrir Fusíveis diazed –


Alimentação da
lâmpada e resistor de
Chave LOCAL / aquecimento
REMOTO
Alimentação de CC
Motor e comando

EXEMPLO 2

Fechar

Abrir

Chave Local / Remoto

EXEMPLO 3

Comando elétrico local

Chave
Local/remoto

Intertravamento da
Chave
local/remoto
Disjuntores
de
alimentação
CA e CC

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

3.5.1 Comando Mecânico

EXEMPLO 1

Comando mecânico

O comando mecânico é
feito introduzindo a manivela
que se encontra na porta do
armário, colocando a mesma
no orifício que fica na lateral
direita do armário, efetuando o
movimento giratório de abrir ou
fechar, conforme indicação
correspondente, fixa na lateral
do armário.

EXEMPLO 2

Comando Mecânico

3.6 Localização

Nas subestações as seccionadoras são utilizadas para isolar os disjuntores e


religadores, transformadores, reguladores de tensão, barramento, banco de
capacitores.

3.7 Inspeção

Verificar se os contatos principais estão fechados;


Verificar estados dos isoladores quanto a trincas.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

3.8 Chaves de Aterramento Rápido

A seccionadora possui lâmina de aterramento com a finalidade de aterrar a linha


nos casos de impedimento operacional do disjuntor do transformador quando o
mesmo estiver baipassado. As proteções que atuam sobre o disjuntor do
transformador deverão ser transferidas para a chave de aterramento rápido através
de uma chave de transferência de proteção 43-TR.

Nesta condição se ocorrer defeito no


transformador , as proteções que irão atuar na
chave de aterramento rápido promovem o
fechamento da mesma, causando um curto-
circuito monofásico na linha de transmissão e
consequentemente a abertura do disjuntor do
terminal remoto, isto é, da subestação adjacente.

Em caso de fechamento da chave de


aterramento, o operador deverá retirar o cadeado
existente no punho de abertura e movimentar no
sentido de abertura. Com essa operação, após a
abertura total da lamina, a mesma é travada na
posição aberta ficando pronta para uma nova
operação. No final dessa operação, o operador
deverá retornar com o cadeado existente no
punho de abertura.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

4 CHAVES FUSÍVEIS

4.1 Introdução

As chaves fusíveis oferecem proteção segura e econômica para bancos de


capacitores e transformadores em subestações.

4.2 Chaves Fusíveis HXO

Em caso de queima de
elos fusíveis, a troca de deverá
ser realizada substituindo o elo
do cartucho.

4.3 Chaves Fusíveis S&C (POWER FUSE)

A chave fusível tipo POWER-FUSE da S&C utilizada na subestações possuem


elo e o cartucho que não podem ser trocados separadamente. Assim sendo,
ocorrendo a queima de uma ou mais fases da chave não é possível trocar somente
o elo fusível, mantendo-se o mesmo cartucho.

Para a substituição desses elos é


necessário que os cartuchos sejam
retirados da chave. Desmontar a base e a
ponta do fusível que queimou que deverá
ser montado no novo elo. Para essa
operação é necessário o auxilio de uma
chave de boca ou similar. Com o novo
fusível pronto, utilizar o bastão com a
ponta apropriada para colocação do elo
na chave.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

5 TRANSFORMADORES

5.1 Introdução

A função do transformador é transferir energia elétrica de um circuito para o


outro, com a mesma freqüência porém normalmente alterando seus níveis de
tensão e corrente para se adaptarem a sua finalidade.

5.2 Principio de Funcionamento

O transformador consta basicamente de dois enrolamentos acoplados


magneticamente. Denomina-se “Primário” o enrolamento que recebe a energia a
ser transferida e “Secundário” ao enrolamento que entrega esta mesma energia a
um sistema elétrico exterior.

5.3 Componentes

Pára-raios;
Buchas de alta e baixa tensão;
Relé de gás (63T);
Válvula de alívio de pressão (63V);
Tubo de explosão;
Tanque de expansão;
Relés de temperatura de óleo (26) e enrolamento (49);
Sistema de resfriamento;
Comutadores de tensão (com carga e fixo);
Respiradouro (silicagel);
Indicador de nível de óleo (71);
Placa de identificação e ligação.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

5.4 Ligações

Os tipos de ligações mais utilizada são:

Delta no primário e estrela aterrado no secundário;


Delta no primário e delta no secundário;
Estrela aterrado no primário e delta no secundário.

O tipo de ligação normalmente utilizado em subestações é a ligação delta no


primário e estrela no secundário, pois neste caso a ligação estrela é aterrada,
podendo o transformador ser isolado em relação a tensão fase-terra para fins de
proteção.

5.5 Proteções Internas

Relé de Gás (63)

Função: Atuar para curtos-circuitos ocorridos entre


espiras ou entre espiras e a massa, ou para
vazamentos de óleo nos transformadores.

Ligação: Possui dois contatos acionados por duas


bóias, sendo o primeiro utilizado para alarme e o
segundo para desligamento.

Localização: O relé de gás está localizado no tubo


que faz a ligação entre o tanque de expansão e o
tanque principal do transformador.

Operação: Na ocorrência de curtos-circuitos internos do transformador haverá o


aparecimento de bolhas de gás que se deslocam até o relé. Sua característica
construtiva permite que o gás fique alojado no relé, deslocando as bóias. Com o
deslocamento da primeira bóia (1º estágio) dará alarme no anunciador e no SSC.
No deslocamento da segunda bóia (2º estágio) irá desligar o transformador através
da atuação do relé de bloqueio (86), ocasionando a abertura do disjuntor
correspondente ao transformador. A operação do relé de gás impede o retorno do
transformador para a operação sendo necessário intervenção da Manutenção.

Válvula de Alívio de Pressão (63V)

Função: Proteger o transformador


contra elevadas pressões internas.

Ligação: Possui um contato utilizado


para desligamento do transformador.

Localização: Localizado na parte


superior do tanque principal do
transformador.
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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Operação: Quando ocorrem avarias dentro do transformador imerso em óleo


isolante, pode, surgir pressões elevadas dentro do tanque, que por sua vez operam
a válvula atuando diretamente sobre o relé de bloqueio do transformador,
desligando e bloqueando o disjuntor do transformador. Nesse caso é necessário
inspecionar o transformador e somente poderá ser energizado após autorização da
Manutenção.

Tubo de Explosão

Função: Proteger o transformador contra elevadas


internas.

Localização: localizado na parte superior do tanque


principal do transformador.

Operação: O tipo mais simples e bastante utilizado,


consiste de um tubo recurvado, montado na tampa do
transformador, possuindo um diafragma na sua
extremidade superior. A tubulação é montada de tal
forma que, quando houver pressões elevadas, o óleo sairá
para o exterior do tanque sem cair sobre as buchas.

Relés de Temperatura do Óleo e Enrolamento.

26 – Termômetro do óleo e 49 – Termômetro enrolamento

Função: Monitorar a elevação de temperatura do óleo e dos enrolamentos dos


transformadores.

Ligação: Os relés de temperatura podem possuir até quatro contatos para ligação
dos dispositivos de resfriamento, alarmes de alta temperatura e desligamento dos
transformadores.

Operação: Com a elevação de temperatura do óleo ou enrolamento, o relé atua,


sendo que no 1º estágio deverá ligar a ventilação forçada, no 2º estágio soará o
alarme e no 3º estágio, haverá operação da lógica de rejeição de carga, caso a
chave 26/49–TR esteja na posição normal ou abertura direta do disjuntor do
transformador caso a chave 26/49-TR esteja na posição transferida. Normalmente a
chave 26/49-TR opera na posição normal. Nessa posição, havendo altas
temperaturas no transformador, haverá atuação da lógica de rejeição de carga
armazenada na UTR (remota) da subestação. Essa lógica opera monitorando os
valores de temperatura e corrente no transformador, e atingindo os parâmetros
preestabelecidos, a mesma deverá retirar cargas prioritárias já previamente
definidas a fim de reduzir a temperatura no transformador.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

RELÉS
ELETROMECANICOS

RELÉS DIGITAIS

Relé de Nível de Óleo do Transformador ou Comutador (71T ou 71C)

71T – Nível de óleo do transformador;


71C – Nível de óleo do comutador.

Função: Proteger o transformador contra


vazamentos de óleo.

Ligação: Possui contatos acionados por bóias,


utilizado para alarme.

Localização: Os relés de nível de óleo estão


localizados no tanque de expansão dos
transformadores.

Operação: Basicamente os relés de nível de óleo


são constituídos por um flutuador, fixo a um eixo
que tem em sua extremidade um imã
permanente, formando assim o conjunto.

O conjunto interno é formado por outro imã permanente acoplado a um eixo


que atravessa o mostrador e no qual é ligado o ponteiro indicador. Qualquer
variação do nível de óleo no interior do transformador, haverá um movimento no
conjunto, indicando assim o nível de óleo ou acionando o alarme no caso de
aumento ou diminuição do nível de óleo do transformador.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Secador de Ar

Função: Retirar as umidade e as impurezas do ar que entra


no transformador durante o processo de respiração do
mesmo.
Composição: O secador de ar é composto de um
recipiente de vidro ou metálico, no qual está contido o
agente secador (sílica-gel) e uma antecâmara para o
óleo.

Operação: Durante o funcionamento normal do


transformador o óleo se aquece e dilata, expulsando o ar
do conservador através do secador.
Havendo diminuição de carga ou a temperatura ambiente, também haverá
um queda de temperatura do óleo, acompanhada de redução de volume. Forma-
se uma depressão no conservador e o ar ambiente é aspirado através da
antecâmara de óleo, o qual retém as impurezas do ar e passa pelos recipiente que
contém a sílica-gel retendo a umidade.
Quando a sílica-gel está com estado ativo, sua cor é azulada e devido a
absorção da água, o mesmo passa a ter uma cor rosa, devendo ser neste caso
substituído.

Conservador de Óleo ou Tanque de Expansão

Função: Compensar as variações do volume


do óleo, decorrentes das mudanças de
temperatura interna do transformador, com a
variação de carga e temperatura ambiente.

Localização: Na parte superior do


transformador, sendo ligado ao tanque
principal do transformador através de um
tubo.

Operação: Com as variações de temperatura


no interior do transformador haverá variação
do nível de óleo que será compensado no
conservador.

5.6 Inspeção

Verificar existência de vazamento de óleo no tanque principal;


Verificar existência de vazamento de óleo nos radiadores;
Verificar existência de vazamento de óleo nas buchas;
Verificar existência de vazamento de óleo no tanque de expansão;
Verificar existência de vazamento de óleo no relé de gás;
Testar o sistema de ventilação forçada;
Testar sistema de comutação de tapes.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

5.7 Comutadores de Tapes

A maioria dos transformadores existentes nas subestações possui comutação


automática de carga.
O comutador automático é um equipamento associado ao transformador,
localizado em seu interior e isolado através de um tanque que contém óleo,
destinando a controlar a tensão para que seu valor esteja dentro da faixa pré
estabelecida. A variação de tensão é feita através da mudança de tap´s,
adicionando ou retirando espiras no enrolamento do transformador. Estas
mudanças podem ser feita por:

Acionamento manual através de manivela;


Acionamento eletromanual local – através de botoeiras;
Acionamento automático – através do relé 90 ou lógica na UTR.

5.8 Relé Regulador de Tensão

Para os relés
reguladores de tensão
das figuras ao lado, as
operações de
comutações de tapes
são executadas pelas
chaves local / remoto,
manual / automático,
aumentar / diminuir e
MCI localizadas nos
painéis de comando

5.9 Sistema de Paralelismo de Transformadores

Função

Permitir que os comutadores de tapes comutem simultaneamente quando dois


transformadores operam em paralelo.

Posição MESTRE: O comando do comutador do transformador que está na está na


posição MESTRE é que executa a comutação dos transformadores que estão em
paralelo.

Posição COMANDADO: O comando do comutador do transformador que está na


posição COMANDADO recebe o comando do comutador do transformador que é
o MESTRE.

Posição INDIVIDUAL: Cada comutador opera individualmente, podendo via SSC,


relé regulador ou manualmente.

22
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Chave M C I Manual

Cada transformador possui uma chave


M C I sendo sua mudança feita de forma
mecânica, girando o punho para a
posição desejada.

Chave M C I elétrica

BOTOEIRAS DE SELEÇÃO
Vermelha – Posição Mestre
Amarela – Posição Comandado
Azul – Posição Individual

Para o relé da figura ao lado, a


operação local do sistema de
paralelismo é efetuada através do
painel frontal, por meio das teclas
P, ↑ e ↓, com o auxílio do display do
equipamento.
Se o usuário pressionar P altera os
estados de Local / Remoto, Mestre
/ comandado / Individual e
Automático/Manual, confirmando
a seleção sempre com o botão P.
Na posição Local/Manual a
mudança de taps é feita através
das tecla de navegação (↑ e ↓).

23
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

A mudança de tapes dos Comutadores de transformadores que operam em


paralelo através do sistema de paralelismo de Mestre para Comandado do relé
TREE, deve ser feita na seqüência abaixo .

Passar o relé 90 (supervisor de paralelismo síncrono) do transformador que está


em Comandado para Individual;
Passar o relé 90 (supervisor de paralelismo síncrono) do transformador que está
em Mestre para Individual;
Passar o relé 90 (supervisor de paralelismo síncrono) do transformador que será o
Mestre da posição de Individual para Mestre;
Passar o relé 90 (supervisor de paralelismo síncrono) do transformador que será o
comandado da posição Individual para Comandado.

5.10 Parada de Emergência

A botoeira de parada de emergência ao ser


acionada localmente ou via SSC desliga e
bloqueia o comutador através do desligamento
do disjuntor de alimentação de corrente
alternada, sinalizando “defeito no comutador”.
Para que o comutador volte a comutar
novamente é necessário o rearme manual do
disjuntor de alimentação de corrente alternada
localizado no armário do comutador no
transformador.

5.11 Chaves de Comando

Nos armários de comandos dos transformadores, estão localizadas as chaves com


as seguintes funções:

Chave LOCAL/REMOTO – Na posição local, a comutação é feita no próprio


comutador através da chave aumentar/diminuir e com a chave
manual/automático na posição manual. Na posição remoto a comutação é feita
no painel ou pelo SSC.

Chave AUMENTAR/DIMINUIR – Sua função é elevar e abaixar a tensão através da


comutação de tapes.

Chave MANUAL/AUTOMÁTICO – Esta chave deverá ser passada para a posição


manual, em caso de operação local.

24
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Proteção dos comutadores – Durante a


troca de tapes (abertura e fechamento
de contatos) poderão ocorrer defeitos
que danifiquem o equipamento,
principalmente se, no momento da
mudança, houver uma elevação
brusca de corrente. A fim de evitar esta
situação, um relé de pressão
semelhante ao Buchollz é instalado
entre o comutador e o conservador de
óleo que quando operado, energiza o
relé 86, retirando o transformador de
operação.

COMANDO DE COMUTADORES DE TAPES USADOS EM SUBESTAÇÕES

3 4

Legenda:

2 1- Disjuntor de alimentação de corrente


alternada do motor.
2- Mecanismo de acionamento mecânico do
comutador.
3- Indicador mecânico de tapes e contador de
1 operação.
4- Motor do comutador.

Desbloqueio Local do Comutador de Tapes


3
Para desbloquear o comutador é necessário,
apertar o botão do disjuntor alimentação 1,
normalmente Verde ou preto, confirmando
2
com COS a normalização do comutador.

25
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

COMANDO DE COMUTADORES DE TAPES UTILIZADOS EM SUBESTAÇÕES

2
5

1
6
LEGENDA

1 MOTOR DO COMUTADOR

5 2 DISJUNTOR DE ALIMENTAÇÃO

2 3 CHAVES LOCAL / REMOTO


4
3
6 4 CHAVE AUMENTAR / DIMINUIR

5
INDICADOR DE TAPES

5 6
COMANDO MECANICO

6
2 CHAVE MANUAL / AUTOMÁTICO
CHAVE LOCAL / REMOTO
CHAVE AUMENTAR / DIMINUIR

26
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

5.12 Refrigeração

Todos os transformadores, especialmente transformadores de grande porte,


geram calor em virtude de perdas na bobina e no núcleo, e esse calor deve ser
removido do tanque de alguma forma. A maioria dos transformadores contém óleo
que atua não só como meio refrigerante, mas também como isolamento para os
enrolamentos e o núcleo. Existem três tipos e sistema de refrigeração conforme
descrito a seguir.

Auto refrigeração;
Refrigeração forçada;
Refrigeração ar /óleo forçados.

5.12.1 Sistema de Refrigeração Forçada

Os transformadores com refrigeração forçada, funcionam a base do princípio


de circulação lenta de óleo, mas são equipados com moto-ventiladores na parte
externa do tanque. O ar que sopra contra os radiadores acoplados ao tanque
principal, permitem a troca mais rápida de calor entre o óleo e a atmosfera.

5.12.2 Componentes

Radiadores;
Motos ventiladores;
Termômetros;
Chave local/remoto;
Chave liga desliga;
Chave automático/manual;
Dispositivos de alimentação.

Chave local / remoto

Chave manual/desl/automático

Chave desligado/ligado. Essa chave


deverá permanecer sempre na posição “LIGADO”, mantendo o circuito de
alimentação de corrente alternada fechado.
Além das chaves de comando da ventilação, os circuitos da ventilação
forçada são protegidos por fusíveis diazed´s, cartuchos e/ou disjuntores
termonagnéticos.

27
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

5.13 Sistema de Filtragem de Óleo de Comutadores

O sistema de filtragem automática de óleo dos comutadores, foi projetado


para filtrar o óleo do comutador, uma vez que a cada comutação, ocorre desgaste
mecânico e queima superficial dos contatos, bem como a decomposição química
do óleo, no qual está imersa a chave desviadora ou de transferencia, gerando
subprodutos como água e partículas de carbono.

O painel de comando e controle contém contator, pressostato ajustável, relé


de sobrecarga, disjuntores, componentes para controle, relé temporizado, relé
programador de horário diário e contatos para alarme remoto de sobrecarga e
sobrepressão ou baixo nível de óleo do transformador.

No frontal do painel de comando e controle estão localizados: Sinaleiro para


indicação de presença de alimentação, chave seletora de operação Liga (ON)
desliga (OFF) e auto , botão com sinalização para indicação de sobrepressão ou
baixo nível de óleo do transformador e operação de rearme (reset) e horímetro.

28
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6 DISJUNTORES

6.1 Finalidade

O disjuntor tem por função interromper a circulação de corrente no sistema,


seja em condições normais ou anormais.

6.2 Sistema de Extinção de Arco

O principal componente de qualquer disjuntor é um par de contatos que se


separam a fim de interromper a corrente.
Vários meios são empregados nas câmaras de interrupção, nas subestações usam-
se geralmente os seguintes tipos de disjuntores.

6.2.1 Disjuntores a Óleo.

Neste tipo de disjuntor, o óleo é jogado contra a região do arco elétrico, até
extingui-lo.

6.2.2 Disjuntores a Gás.

Estes usam especialmente o hexafluoreto de enxofre (SF6) para a extinção do


arco elétrico. A vantagem do SF6 é que este gás tem propriedades diéletricas muito
fortes que ajudam a suportar o aumento de tensão e evitar a reignição do arco.

6.2.3 Disjuntores a Vácuo

Outro meio utilizado para a extinção do arco elétrico é o vácuo. Devido a


ausência de oxigênio, o vácuo é excelente meio de extinção e com isso vem sendo
muito utilizado.

6.3 Mecanismo de Fechamento de Disjuntores.

Outro componente de qualquer disjuntor é o mecanismo de fechamento dos


contatos principais do disjuntor. Vários meios são empregados para o acionamento
dos contatos de interrupção do arco elétrico, nas subestações usam-se geralmente
os seguintes tipos de disjuntores.

6.3.1 Mecanismo de Operação a Ar Comprimido

Neste caso, o fechamento se dá pela expansão do ar. Na operação de


fechamento, o ar previamente comprimido num reservatório, é liberado por meio
de válvulas que acionam o mecanismo dos contatos principais fechando o
disjuntor. Nessa operação a mola de abertura é automaticamente carregada.

29
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.3.2 Mecanismo de Operação a Óleo Pressurizado

Neste caso, o fechamento se dá pela expansão do óleo. Na operação de


fechamento o óleo é comprimido e aciona o mecanismo dos contatos principais
fechando o disjuntor.

6.3.3 Mecanismo de Operação a Mola

Este é o sistema mais utilizado e consiste em fechar os contatos pela ação de


molas. O fechamento se dá por meio de uma mola de fechamento, previamente
tencionada, que ao ser destravada desloca rapidamente o contato para a posição
fechada, ficando travado nesta posição. Nessa operação a mola de abertura é
automaticamente carregada.

6.3.3.1 Carregamento da Mola

Carregamento Elétrico

As molas de fechamento são carregadas automaticamente em toda


operação de fechamento do disjuntor.

Carregamento Mecânico

Colocar a manivela no mecanismo de carregamento da mola;


Efetuar o carregamento total da mola, isto é, quando o indicador de mola de
fechamento que estava indicando mola frouxa ou descarregada, passar para
posição mola tensa ou carregada;
Retirar a alavanca.

6.3.3.2 Sinalização

O disjuntor possui no mecanismo de operação a sinalização de mola de


fechamento carregada, através de um indicador do tipo bandeirola que muda de
estado assim que a mola for carregada. A indicação em branco ou frouxa ou
descarregada indica que a mola esta descarregada e em amarelo ou tensa ou
carregada indica que a mola esta carregada.

6.4 Sinalização de Abertura e Fechamento

O disjuntor possui no mecanismo de operação a sinalização de


aberto/fechado, através de um indicador do tipo bandeirola que muda de estado
assim que o disjuntor muda de estado (aberto ou fechado). A indicação em
vermelho indica que o disjuntor está fechado e em verde aberto.

30
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.5 Comando de Fechamento e Abertura Local (armário do disjuntor)

6.5.1 Comando Mecânico de Fechamento ou Abertura Local

Acionar a alavanca de fechamento ou abertura mecânica para a posição de


“FECHAR” ou “ABRIR”;
Confirmar o fechamento ou abertura local do disjuntor, através do indicador
mecânico que devera está com a cor “ VERMELHO ” ou “VERDE”.

6.5.2 Comando Elétrico de Fechamento ou Abertura Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Mover o punho ou acionar a botoeira de comando de fechamento ou abertura
para a posição de “FECHAR” ou “BRIR”;
Confirmar a abertura local do disjuntor, através do indicador mecânico que
devera está com a cor “VERMELHO” ou “VERDE”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

Nota: A OPERAÇÃO DE FECHAMENTO ELÉTRICO LOCAL OU MECANICO NÃO É


PERMITIDA PARA OS DISJUNTORES COM EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO A GÁS SF6
PORQUE TODAS AS VEZES QUE A CHAVE LOCAL / REMOTO FOR COLOCADA NA
POSIÇÃO LOCAL, O DISJUNTOR FICARÁ SEM PROTEÇÃO.

6.6 Proteção dos Circuitos de Controles

Localizado no interior do painel de comando, podendo ser fusíveis diazed ou


disjuntores termomagnéticos, cuja função é proteger os circuitos de corrente
contínua tais como: comando de abertura e fechamento, carregamento de molas
e circuitos de corrente alternada (resistência de aquecimento e lâmpada).

6.7 Inspeção

Verificar existência de vazamento de óleo nas buchas;


Verificar existência de vazamento de óleo no tanque principal para os disjuntores
a grande volume de óleo;
Verificar vazamento de óleo no comando hidráulico em disjuntores que possuem
comando a óleo pressurizado;
Verificar existência de vazamento de ar em disjuntores que possuem comando
pneumático;
Verificar pressão de gás para os disjuntores com extinção do arco elétrico a gás;
Verificar nos painéis de comandos se a resistência de aquecimento está ligada.

31
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.8 Mecanismo de Comandos de Disjuntores – CLASSE DE TENSÃO 138KV


6.8.1 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante SPRECHER
1 – Carregamento manual da mola de
6 4 5 fechamento;

2 2 – Fusíveis e Disjuntor de
alimentação C.A e CC;

7 3 – Comando elétrico local;


8
4 – Chave LOCAL / REMOTO;
1
5 – Chave manutenção/serviço;

6 – Comando mecânico;

3 7 – Sinalização mecânica;

8 – Indicação de mola carregada.

6.8.2 Mecanismo de Operação a Mola – Fabricante CROMPTON GREAVES

Indicador
pressão
de gás SF6

Carregamento manual da
Indicador de aberto/fechado
mola de fechamento
Usar chave disponível na
subestação

32
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.8.3 Mecanismo de Operação a Mola – Fabricante ALSTON

Indicação de Aberto (verde) /


Fechado (vermelho)

Indicação de mola carregada

6.8.4 Mecanismo de Operação a Mola – Fabricante TRAFO

Carregamento manual da mola de


Fechamento;

Indicação de mola carregada;

Manômetro – Pressão de Gás SF6;

Indicação de Aberto / Fechado;

Alimentação de CC e CA;

Comando elétrico local;

Chave Local / Remoto.

33
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.8.5 Mecanismo de Operação a Ar Comprimido


Fabricantes: GE, WESTHINGHOUSE, ALLIS-CHALMERS E SIEMENS
LEGENDA

1 – Motor do compressor;

2 – Compressor;

3 – Reservatório de ar;

4 – Manômetro de pressão
de ar;

5 – Chave Local/remoto;

6 – Comando elétrico
local;

7 – Fusíveis de alimentação
de CA e CC;

6.8.6 Mecanismo de Operação a Óleo Pressurizado


– MERLIN GERIN

Comando elétrico local;

Disjuntores de alimentação de CA e CC;

Chave Local / Remoto;

Indicação mecânica de aberto / fechado;

Indicador de pressão de óleo;

Mecanismo manual de pressurização do


óleo.

34
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.8.7 Mecanismo de Operação a Gás Comprimido

Botoeiras de comando elétrico


local;

Chave local / remoto;

Alimentação de CA e CC.

6.9 Mecanismos de Comandos Disjuntores – CLASSE DE TENSÃO 69 E 34,5KV

6.9.1 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante LORENZETTI

Chave Local / Remoto;

Indicação mecânica de aberto / fechado;


Comando mecânico de abertura e
fechamento;
Lâmpada indicadora de falta de gás SF6;

Indicação mecânica de mola de fechamento


carregada;

Carregador manual da mola de fechamento;

Comando elétrico Local.

35
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.9.2 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante AEG

Comando mecânico de abertura e fechamento;

Indicação mecânica de aberto /


CH- Local/remoto fechado;

Comando elétrico Indicação de mola de


fechamento carregada;
Carregamento manual da mola de fechamento
A alavanca de carregamento encontra-se afixada
na porta do armário.

6.9.3 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante MERLIN GERIN

1 Comando mecânico de abertura e


fechamento;

Local para carregamento da mola de


2 2
fechamento;
4
1 3
Sinalização mecânica de aberto /
fechado;

Indicação de mola de fechamento


4
5 carregada;
3
Comando elétrico local, chave Local
5
/Remoto e Manutenção/Serviço.
Indicador de
Pressão de Gás SF6

36
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.9.4 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante DASA – DELE ALSTON

Os mecanismos de operação a mola podem sofrer algumas alterações quanto a


posição física dos comandos.

Comando elétrico
Abertura e
fechamento

Sinalização
mecânica
Aberto/Fechado

Comando mecânico
de abertura e
Carregamento manual da
fechamento
mola de fechamento
Indicação da mola de
fechamento carregada

37
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

6.9.5 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante ABB

Indicador de Mola Carregada


Tarja amarela – Mola carregada;
Tarja Branca – Mola descarregada;

Chave de bloqueio – Não girar com o disjuntor


fechado, o mesmo abre;
Carregamento manual da mola de fechamento;

Comando mecânico de abertura e fechamento;

Bloqueio por falta de gás SF6.


Obs: Não apertar botão vermelho - abre e
bloqueia, para desbloquear aperte o botão preto.
Indicação Mecânica de Aberto / Fechado

6.9.6 Mecanismo de Operação a Mola - Fabricante MERLIN GERIN

1 Comando mecânico de abertura e


fechamento;
5 2 Carregamento manual da mola de
fechamento;

Indicação de mola carregada


3 3 Amarela – mola carregada;
1
Branca – mola descarregada;

2 4
Comando elétrico local;
4
Chave Local / Remoto

5 Disjuntores de alimentação de CA e CC.

38
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7 RELIGADORES

7.1 Finalidade

Baseado em dados estatísticos observou-se que a maior parte dos defeitos


ocorridos num sistema de distribuição, são defeitos do tipo passageiro. Foi então
concebido um equipamento capaz de restabelecer o sistema logo após o mesmo
haver sido desligado pela ocorrência de defeitos. O religador é este equipamento.
Ele tem a capacidade de desligar o sistema e religá-lo em seguida, podendo repetir
esta operação até 03 vezes, permanecendo aberto após o quarto religamento
caso persista o defeito. Se o defeito desaparecer durante o tempo que o religador
estiver testando o sistema, o ciclo de operação é interrompido e é mantido o
fornecimento de energia.

7.2 Localização

Alimentadores de 15 kV;
Linhas de transmissão de 34,5 kV.

7.3 Inspeção

Verificar isolamento em PVC;


Verificar vazamento de óleo isolante;
Verificar mecanismo de carregamento da mola de fechamento para os
religadores Sprecher Energie;
Verificar fuga de corrente entre os pólos para os religadores Sprecher Energie.

7.4 Religador MCGRAW EDISON (modelo original)

7.4.1 Comando Elétrico de Fechamento e Abertura


Local (religador original)

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL;
Mover a chave de controle do religador para a
Comando
posição CLOSE (fechar ) ou TRIP (abrir);
elétrico
Confirmar o fechamento ou abertura local do
religador, através da alavanca amarela;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição 1
REMOTO.

NOTAS Chave local/remoto


1- Quando da execução do comando de abertura,
o operador deverá efetuar teste de bloqueio através da chave “LOCKOUT
INDICATOR” , passando a chave para a posição “LOCKOUT TESTE”.
39
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

2- Na falha de controle do comando elétrico o religador


poderá ser aberto, puxando a alavanca amarela localizada
no próprio religador para baixo usando luvas e bastão.

3- Em toda operação de fechamento do religador (local ou


via ssc) é necessário que haja tensão nas buchas do religador ligadas ao
barramento, pois caso isto não aconteça haverá a queima do fusível de proteção
do comando elétrico.

7.4.2 Bloqueio de Religamento Automático Local


Passar a chave LOCAL/REMOTO para a
posição LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de
religamento para a posição “NON
RECLOSING” ou “ NÃO RELIGA”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a
posição REMOTO.

7.4.3 Desbloqueio de Religamento Automático Local


Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de religamento para a posição “NORMAL
RECLOSING” ou “RELIGA”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.
Nota: Caso o religamento automático tenha sido bloqueado via SSC e seja
necessário o desbloqueio localmente, é necessário passar a chave de bloqueio de
religamento para a posição “NON RECLOSING” ou “NÃO RELIGA” aguardar 20
segundos e após retornando a chave de bloqueio de religamento para a posição
“NORMAL RECLOSING” ou “RELIGA”.

7.4.4 Bloqueio de Neutro

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a


posição LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de neutro para a
posição “GROUND TRIP BLOCK” ou
“BLOQUEADO”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a
posição REMOTO.

40
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.4.5 Desbloqueio de Neutro

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de neutro para a posição “NORMAL”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

Nota: Caso o a proteção de neutro do religador tenha sido bloqueado via SSC e
seja necessário o desbloqueio localmente, é necessário passar a chave de bloqueio
de neutro para a posição “GROUND TRIP BLOCK” ou “BLOQUEADO” aguardar 20
segundos e após retornando a chave de bloqueio de neutro para a posição
“NORMAL”.

7.5 Religador MCGRAW EDISON (modelo adaptado).

7.5.1 Comando Elétrico de Fechamento ou Abertura Local (RELIGADOR ADAPTADO).

Passar a chave LOCAL/REMOTO


para a posição LOCAL;
Mover a chave de controle do
religador para a posição FECHAR
ou ABRIR;
Confirmar o fechamento ou a
abertura local do religador,
através da alavanca amarela;
Passar a chave LOCAL/REMOTO
para a posição REMOTO.

7.5.2 Bloqueio de Religamento

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a


posição LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de religamento
para a posição “RELIGAMENTO BLOQUEADO”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a
posição REMOTO.

7.5.3 Desbloqueio de Religamento Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de religamento para a posição “RELIGAMENTO
NORMAL”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

41
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.5.4 Bloqueio de Neutro

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a


posição LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de neutro
para a posição “NEUTRO BLOQUEADO”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a
posição REMOTO.

7.5.5 Desbloqueio de Neutro

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de religamento para a posição “NEUTRO NORMAL”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

7.5.6 Sinalização de Proteção Atuada

O religador com o comando original possui quatro


bandeirolas localizadas a esquerda do painel de
comando, cujo objetivo é identificar a operação da
proteção de sobrecorrente de fase e neutro, já que esta
proteção é feita através de cartões eletrônicos. Estas
bandeirolas consistem de um pino vermelho ou uma
bandeirola que quando ocorre a operação, o mesmo é
jogado para fora caso seja do tipo pino, ou fica vermelha
caso seja do tipo bandeirola, identificando a fase ou
neutro operada. O Reset é feito empurrando o pino para
dentro ou apertando a botoeira de Reset.

Para o religador adaptado, a sinalização das


proteções operadas são indicadas no próprio relé de
proteção.

42
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.5.7 Fonte de CC para Alimentação do Comando Eletrônico

Fonte PWM - Esta fonte é totalmente eletrônica,


dispensando portanto, o carregador de baterias e
as próprias baterias. O sinal de entrada pode ser
de 127 volts em corrente alternada proveniente do
painel de CA ou de 125 volts em corrente continua
proveniente do banco de baterias. Cada fonte
pode alimentar até 04 comandos de religadores.

7.5.8 Proteção do Circuito de Comando


Fusível do Controle Eletrônico (Modelo Original)

Localizado no painel frontal, este fusível de 1 ampère


tem a função de proteção do comando eletrônico do
religador, caso exista algum defeito nos dispositivos de
fechamento e abertura do religador.
Haverá queima deste fusível, caso seja feita tentativa
de fechamento do religador na falta de tensão nas buchas
no lado da fonte do religador.

Fusível 5 Ampères

Localizado no interior do painel de comando, este fusível


protege o comando eletrônico e também os circuitos de
fechamento e abertura do religador.

Disjuntores Termonagnético de CA e CC (Modelo Adaptado)

Localizado no interior do painel de comando, este disjuntor


protege os circuitos de fechamento e abertura do religador.

43
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.6 Religador Westhinghouse / Cooper


7.6.1 Comando Elétrico de Fechamento e Abertura Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL; Chave Local/Remoto
Mover o punho de comando do religador para a
posição de “CLOSE” (Fechamento) ou “TRIP”
(Abertura);
Confirmar a abertura local do religador, através do
indicador mecânico que devera está com a cor
“VERMELHA” (Fechado) ou “VERDE” (Aberto);
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição
Punho de Comando
REMOTO.

7.6.2 Comando Mecânico de Abertura Local


Indicador aberto/fechado
Puxar a haste de abertura mecânica, cuja
extremidade em forma de gancho, que
atravessa o fundo do mecanismo de
operação;
Confirmar a abertura local do religador, Botão de fechamento
através do indicador mecânico que devera mecânico
está com a cor “VERDE”;
Confirmar o bloqueio de fechamento
Haste desbloqueio
elétrico através do dispositivo 69;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a
posição REMOTO. Haste de abertura
mecânica

7.6.3 Comando Mecânico de Fechamento


Local

Empurrar a haste de desbloqueio de fechamento, que atravessa o fundo do


mecanismo de operação;
Apertar o botão de fechamento mecânico localizado no mecanismo de
operação (caixa localizada em cima do comando elétrico;
Confirmar o fechamento do religador, através do indicador mecânico que
deverá estar “VERMELHO;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

Nota: Em alguns religadores, o botão de fechamento é vermelho e em outros é azul.

44
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.6.4 Bloqueio de Religamento Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de religamento para a Local/Remoto
posição “NÁO RELIGA”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição
REMOTO.

7.6.5 Desbloqueio de Religamento Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de religamento para a Bloqueio de religamento
posição “RELIGA”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

7.6.6 Bloqueio de Neutro Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de terra para a posição Local/Remoto
“BLOQUEADO”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição
REMOTO.
Bloqueio de
Neutro
7.6.7 Desbloqueio de Neutro Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL;
Passar a chave de bloqueio de terra para a posição
“NORMAL”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

7.6.8 Carregamento da Mola de Fechamento

As molas de fechamento são carregadas automaticamente em toda


operação de fechamento do religador.

7.6.8.1 Carregamento Mecânico da Mola de Fechamento

Retirar a tampa do mecanismo, que se encontra em cima do painel de


comando do religador;
Colocar a manivela que se encontra no mecanismo, no cubo de carregamento
da mola de fechamento;
Bombear até o carregamento total da mola, isto é, quando o indicador de mola
de fechamento que estava com a cor BRANCA, passar para a cor AMARELA;
Retirar a alavanca.

45
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.6.8.2 Bandeirolas de Sinalização

O religador possui no mecanismo de


operação a sinalização de Aberto /
Fechado, através de um indicador do tipo
bandeirola que muda de estado assim que
o religador é comandado. A bandeirola
em vermelho indica que o religador está
fechado e em verde aberto.

Para a mola de fechamento as


indicações são: Amarelo – Mola Carregada
e Branca – Mola descarregada.

7.6.9 Proteção dos Circuitos de Corrente Alternada e Continua

Localizado no interior do painel de comando, podendo ser fusíveis diazed ou


disjuntores termomagnéticos, cuja função e proteger os circuitos de corrente
alternada, tais como carregamento de molas de fechamento e circuito de
fechamento para alguns modelos e circuitos abertura ou fechamento em corrente
continua.

7.7 Religador Sprecher Energie

7.7.1 Comando Elétrico de Fechamento e Abertura Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição


LOCAL;
Mover o punho de comando do religador para a
posição de “LIGA” ou “DESLIGA”;
Confirmar a abertura local do religador, através do
indicador mecânico que devera está com a Linha na
posição Vertical (Fechado) ou Linha na posição
Horizontal (Aberto);
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição
REMOTO.

7.7.2 Bloqueio de Religamento Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de religamento para a posição “NÁO RELIGA”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

46
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.7.3 Desbloqueio de Religamento Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de religamento para a posição “RELIGA”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

7.7.4 Bloqueio Local de Neutro

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de neutro para a posição “BLOQUEADO”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

7.7.5 Desbloqueio Neutro Local

Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição LOCAL;


Passar a chave de bloqueio de neutro para a posição “NORMAL”;
Passar a chave LOCAL/REMOTO para a posição REMOTO.

Painel de Comando do Religador Sprecher Energie

6
7

5 4 2 3
1

LEGENDA:
1. Chave do comando de abertura e fechamento elétrico local.
2. Chave LOCAL / REMOTO.
3. Bloqueio local de religamento.
4. Bloqueio local de proteção de neutro.
5. Bloqueio local da proteção de instantâneo.
6. Lâmpadas de sinalização.
Lâmpada verde – religador aberto;
Lâmpada vermelha – religador fechado;
Lâmpada amarela – religador bloqueado – não religa.
7. Reset para possibilitar o religamento após a abertura do religador.

47
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.7.6 Carregamento da Mola de Fechamento

As molas de fechamento são carregadas automaticamente em toda


operação de fechamento do religador.

7.7.6.1 CARREGAMENTO MECÂNICO DA MOLA DE FECHAMENTO

Abrir a tampa do mecanismo mecânico atrás do painel de comando do


religador;
Colocar a manivela que se encontra no mecanismo, no cubo de carregamento
da mola de fechamento;
Manivelar aproximadamente 13 movimentos alternados de cima para baixo até
o carregamento total da mola;
Retirar a alavanca.

7.7.7 Bandeirolas de Sinalização

Sinalização de Abertura e Fechamento

O religador possui no mecanismo de operação a sinalização de


aberto/fechado, através de um indicador do tipo bandeirola que muda de estado
assim que o religador é comandado. A bandeirola horizontal indica que o religador
está aberto e na vertical indica que o religador está fechado.

Sinalização de Mola de Fechamento Carregada

O religador possui no mecanismo de operação a sinalização de mola de


fechamento carregada, através de um indicador do tipo bandeirola que muda de
estado assim que a mola for carregada. A bandeirola em branco indica que a
mola esta descarregada e em amarelo indica que a mola esta carregada.

As figuras abaixo, mostram os indicadores de mola carregada, religador


aberto/fechado e o mecanismo de carregamento da mola de fechamento para os
dois modelos de religadores da Sprecher Energie.

2
1
4
5

48
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

1
2

4
5

LEGENDA
1- Botão de abertura mecânica.
2- Botão de fechamento mecânico.
3- Carregamento mecânico de mola de fechamento.
4- Indicador mecânico de aberto/fechado.
5- Indicador de mola de fechamento carregada.

PAINEL DE COMANDO SPRECHER ENERGIE – MODIFICADO

BLOQ. DE NEUTRO
BLOQ. DE INSTANTÂNEO
LOCAL / REMOTO
RESET RELÉ 79 - DESATIVADO
COMANDO
BLOQ. DE RELIGAMENTO

49
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.8 Religador ABB

RESET RELÉ

BLOQ. RELIGAMENTO AUTOMÁTICO

LOCAL / REMOTO

BLOQ. INSTANTÂNEO

BLOQ. NEUTRO

PAINEL DE COMANDO MECÂNICO DO RELIGADOR ABB

INDICADOR ABERTO / FECHADO

FECHAMENTO

CARREGADOR MOLA

INDICADOR MOLA

PAINEL DE COMANDO MECÂNICO DO RELIGADOR ABB

ABERTURA MECÂNICA

50
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

7.9 Religador da Automat

Alavanca
de
Indicação
Abertura
de Aberto /
Fechado

7.10 Religador Nu Lec

INDICAÇÃO
ABERTO/FECHADO PAINEL DE COMANDO

51
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

8 REGULADORES DE TENSÃO:

8.1 Finalidade

Melhorar a tensão de saída para as


cargas.

8.2 Manobra Padrão para Operação de Reguladores de Tensão

Especial atenção deve ser dada em relação as manobras com o regulador


de tensão, sendo que o mesmo só poderá ser manobrado quando o comutador de
tapes estiver no tape “0” (zero) e a chave de controle na posição desligada. Isto
significa que o regulador nesta posição estará com a tensão de entrada igual a
tensão de saída e não havendo portanto diferença de potencial (tensão), neste
caso a chave baipasse poderá ser aberta ou fechada.

Manobra padrão para colocar o regulador em operação.

Fechar a chave seccionadora do lado da barra principal da SE;


Zerar o regulador através da chave de controle;
Passar a chave de controle para a posição desligada;
Fechar a chave seccionadora do lado da carga;
Abrir a chave baipasse;
Passar a chave de controle para a posição automático.

Manobra padrão para retirar de operação o regulador.

Zerar o regulador através da chave de controle;


Passar a chave de controle para a posição desligada;
Fechar a chave baipasse;
Abrir a chave seccionadora do lado da carga;
Abrir a chave seccionadora do lado da fonte.

52
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

8.3 Fusíveis de Proteção do Comando e Motor

Os reguladores de tensão possuem dois fusíveis de vidro cuja a função e proteger o


comando e o motor e estão localizados no painel de comando.

8.4 Painéis de Comando: Siemens Allis, Toshiba, MC Graw Edilson e GE

8.4.1 Regulador SIEMENS ALLIS

53
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

8.4.2 Regulador TOSHIBA

Indicador de Tapes

Indicação Posição Neutra

Chave de Operação
Elevar, Desligar, Automático
Desligar, Abaixar

Chave de alimentação
do comando
Fusíveis de alimentação
Motor e Comando

Os reguladores de tensão TOSHIBA, possuem um comando alternativo em caso de


perda do controle eletrônico. Esse comando está localizado no interior do painel
eletrônico. Mudando a chave Controle/Manual para a posição MANUAL, o
comando elevar ou abaixar tapes pode ser feito através da chave
ELEVAR/ABAIXAR, conforme figura. A indicação de tape central do regulador
poderá ser verificada através da lâmpada indicadora da posição NEUTRA,
localizada junto aos componentes eletrônicos do painel de comando.

Indicador de Tap Atual, Max e Min.

Contador Chave de Alimentação Fusível Fusível Lâmpada indicadora Bornes de


Operações Normal / Desliga / Externo Controle Motor Posição neutra Alimentação
Externa

54
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Display de
cristal liquido

Tecla Manual/Automático
Tecla Local / Remoto
Teclas Elevar/Abaixar Tap
Porta de
Comunicação Serial Comando mecânico
Elevar / Abaixar Tap
(Dentro Painel)

8.4.3 Regulador MC GRAW EDISON

Lâmpada indicadora de posição Neutra

Chave de controle
Elevar, desligar, automático
desligar, abaixar

Fusíveis de alimentação
Motor e Comando
8.4.4 Regulador GE

Chave de controle
Elevar, desligar, automático
desligar, abaixar

Lâmpada indicadora de posição Neutra

Liga/Desliga Controle Eletrônico

55
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

9 CIRCUITOS AUXILIARES
9.1 Circuitos Auxiliares de Corrente Alternada
Estes circuitos são responsáveis pelo suprimento das cargas
de corrente alternada da subestação, como por exemplo:
carregador/retificador, iluminação, resistência de aquecimento
dos cubículos e painéis, motor de carregamento de mola de
disjuntores, bomba de óleo dos trafos e outros.
Das cargas citadas, a que mais tem importância é o
retificador para os esquemas de proteção e controle.
Os circuitos auxiliares podem ser alimentados por 2 tipos de
fontes:
Transformador de Consumo Próprio (CP) – é alimentado
pelos trafos de força da subestação e reduz a tensão de 34,5kV
, 13,8kV ou 11,4kV para 220V.
Na maioria dos casos, as proteções dos CP’s são feitas
através de fusíveis limitadores de corrente ou fusíveis localizados
próximo aos CP’s no lado de 25 ou 13,8kV; no lado de 220V
temos disjuntores termo-magnético.
Disjuntor geral
Nos circuitos do CP’s há chaves (Reversora que permitem a
Mecânico
transferência automática de alimentação para fonte de
emergência quando a fonte normal estiver fora de operação.

Disjuntor Geral do painel de CA com comando via


SSC
Algumas subestações possuem comando elétrico do
disjuntor geral de consumo próprio (Painel de CA) é
alimentado em corrente contínua (CC). Esse
1 disjuntor é TELECOMANDADO, podendo as suas
manobras de abertura e fechamento serem
executadas REMOTAMENTE via SSC.

Comando elétrico
Manual

O comando mecânico do disjuntor geral é feito através de uma chave allen


localizada dentro do painel de CA. Para FECHAR o disjuntor deve-se passar a chave
elétrico/manual para a posição manual introduzir a chave allen no orifício (1) e
girar para no sentido anti-horário. Para ABRIR o disjuntor geral de CA a chave allen
deve ser girada no sentido horário.

56
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

9.2 Circuitos Auxiliares de Corrente Contínua


Estes circuitos são responsáveis pelo suprimento das cargas
de corrente contínua da subestação, como por exemplo:
iluminação de emergência, circuitos de controle, circuitos de
proteção e etc.
Também é a fonte de energia responsável pela abertura e
fechamento do disjuntor através de comando eletromanual (por
acionamento de chave) ou automático (por atuação da
proteção) e ainda pela supervisão do estado do disjuntor
(aberto ou fechado) e de sua bobina de abertura através das
lâmpadas verde e vermelha.
Outros circuitos importantes na subestação alimentados por
corrente continua são:
Iluminação de emergência;
Alimentação do motor de carregamento de mola de
disjuntores;
Alarmes e outros.

Estas cargas são essenciais para o funcionamento da subestação, tendo como


fontes de alimentação o retificador ou, na falta deste, o grupo de baterias.
É importante frisar que na perda da alimentação destas cargas os
equipamentos da subestação deverão ser desenergizados por motivos de
segurança, pois os esquemas de proteção ficarão comprometidos.

9.2.1 Supervisão de Terra em Corrente Contínua

Sistema retificador/bateria não é aterrado, isto é, não tem contato com a


malha de terra. Qualquer contato indesejável de um de seus pólos com a terra
compromete o desempenho do esquema, devendo ser imediatamente
identificado e isolado.
No Painel de CC existem duas lâmpadas de mesma potência que ficam
permanentemente acesas, com a finalidade de supervisionar a ocorrência de
aterramento nos circuitos de corrente contínua da subestação, sendo ligadas em
conjunto com um relé 74(responsável pelo alarme sonoro). Em condição normal, as
lâmpadas apresentam a mesma intensidade luminosa.
Caso haja aterramento no pólo positivo, a lâmpada irá apagar(contato firme
à terra) ou diminuir de intensidade luminosa(contato pouco firme à terra), e outra
lâmpada ficará com intensidade maior que a normal. A corrente fará o relé 74
operar soando um alarme, indicando que houve terra no controle através do pólo
positivo(indicação das lâmpadas).
Portanto, a “terra será no pólo cuja lâmpada apresentar-se com luminosidade
fraca.

9.2.2 Circuito de Proteção (Atuação dos Relés)

Na ocorrência de um defeito, os dispositivos de proteção serão sensibilizados,


energizando a bobina do relé 86-1 (relé de bloqueio), que por sua vez modificará os
estados de seus contatos auxiliares para dar alarme, desligar disjuntores, sinalizar e
outras funções que sejam necessárias.

57
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

10 RETIFICADOR/CARREGADOR DE BATERIAS

O retificador de bateria converte corrente alternada (CA) em corrente


continua (CC), com alta estabilidade e boa regulação. O retificador/carregador, é
destinado a alimentar cargas CC e manter em flutuação (reposição de pequenas
perdas da bateria) ou em carga um conjunto de baterias com tensão estabilizada e
limitação de corrente.
Na ocorrência de anormalidade com o retificador/carregador, este é reposto
automaticamente em funcionamento passando a alimentar as cargas CC,
fornecendo, paralelamente, a corrente de carga para as baterias.

Os retificadores visam atender as seguintes finalidades especificas:

Suprir as cargas de corrente continua de consumo permanente da


subestação;
Suprir a corrente de perdas internas das baterias;
Repor ás baterias as correntes transitórias solicitadas nas operações dos
disjuntores, chaves seccionadoras motorizadas, etc. que normalmente
superam a corrente nominal de retificador.

Em condições normais de operação, o retificador fornece uma tensão


constante, que independe do valor de corrente continua solicitada. Quando esta
corrente ultrapassa o valor nominal do retificador, este passa a operar como
gerador de corrente constante em lugar de tensão constante, ou seja, se a corrente
aumentar demasiadamente, a tensão ficará abaixo de seu valor nominal . Tal
característica de limitação de corrente evita que um curto-circuito na carga
ocasione a queima de seus fusíveis protetores.

10.1 Modelos de Retificadores

Retificador do Sistema de Comunicação

Chaves de
Comando

58
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Retificadores de Subestação

No painel de controle, observamos que o retificador alarmou e indicou


defeito através da lâmpada vermelha acesa. Para identificação do defeito o
operador ou eletricista deverá pressionar a botoeira que indica ALARM
.
aparecerá em seguida o tipo de defeito. Para reconhecimento do defeito, o
operador, deverá RESETEAR pressionando a botoeira que indica REPOS e
observar se a lâmpada vermelha apagou.

1
2

Lâmpadas de
1 2
Sinalização
LEGENDA
1 Botoeira Teste de lâmpadas 3
2 Botoeira Reposição

3 Chave de controle

59
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

11 BATERIAS

As baterias são equipamentos independentes do sistema elétrico ao qual


estão associadas e têm por finalidade manter a confiabilidade da operação de
dispositivos de proteção, comando de equipamentos, sinalização, alarmes e
iluminação de emergência.

Consiste de elementos (cerca de 60) ligados em série, sendo que cada


elemento é composto de duas placas de polaridade opostas, com tensão nominal
de aproximadamente 2,2V por elemento.

Normalmente o conjunto de baterias é submetido a uma tensão de flutuação


de aproximadamente 132V, devido a seus 60 elementos terem uma tensão nominal
em seus terminais de 2,2V.

Nestas condições, o retificador sustenta as cargas permanentes e aquelas


transitórias de curta duração dentro do limite de sua capacidade nominal.

Qualquer excesso de carga será atendido pela bateria, a qual será


automaticamente recarregada quando cessar a carga intermitente.

Com a saída de operação do retificador as baterias sustentarão toda a carga


e o valor da tensão CC decrescerá enquanto continuar esta condição, até um
limite mínimo permissível de 105V, pois abaixo deste valor ocasionará danos às
baterias e poderá comprometer a atuação dos equipamentos de manobra para a
proteção.

60
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

12 PAINEL DE COMANDO
12.1 Comando de Abertura e Fechamento de Disjuntores e Religadores
12.1.1 OPERAÇÃO DE FECHAMENTO

Confirmar que o disjuntor está aberto;


Ligar o sincronismo onde houver (normalmente para
disjuntores de linhas de transmissão de 138 e 69 kV);
Mover a chave de comando no sentido horário – posição
fechar;
Confirmar que o disjuntor/religador fechou através da
indicação da lâmpada de sinalização vermelha acesa e
mecanicamente no próprio disjuntor/religador;
Desligar o sincronismo.

Para fechamento de linhas em anel é necessário a


verificação das condições necessárias para o sincronismo
entre os dois sistemas. O equipamento utilizado para esse fim
é chamado de SINCRONÓSCÓPIO. Três condições devem ser
satisfeitas antes do fechamento do disjuntor da LT:

Não deve haver diferença de ângulo entre a linha que


está sendo ligada e a barra;
A freqüência da linha e da barra devem ser idênticas,
As tensão da Linha e da barra devem ter a mesma
grandeza elétrica.

12.1.2 OPERAÇÃO DE ABERTURA

Confirmar que o disjuntor está fechado.


Mover a chave de comando no sentido anti-horário –
posição abrir.
Confirmar que o disjuntor / religador abriu através da
lâmpada de sinalização verde e mecanicamente no
próprio disjuntor /religador.

NOTA 1: Caso a lâmpada de sinalização vermelha


permanecer apagada e o disjuntor está fechado, trocar a
lâmpada, caso persista apagada avisar imediatamente
ao COS – Centro de Operação, pois provavelmente o
disjuntor está sem alimentação de CC
NOTA 2: O punho da chave de sincronismo normalmente
fica preso em alguma chave de sincronismo. O operador deverá retirar e colocar
na chave de sincronismo do disjuntor o qual se deseja fechar.

61
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

12.2 Chaves de Transferência de Proteção (43-TR)

12.2.1 CHAVES DO TIPO MECÂNICA

Mover a chave de transferência para posição


intermediária (se houver) ou transferida, conforme
solicitação do Centro de Operação.

Obs.: Para retornar para a posição normal, executar a


operação inversa.

12.2.2 MANOBRAS COM CHAVE DE TRANSFERÊNCIA MOTORIZADA

Mudança de Estado: Posição NORMAL para Posição TRANSFERIDA

Passar a chave LOCAL/REMOTO da chave de transferencia de proteção (43TR)


para a posição LOCAL;
Apertar a botoeira amarela – posição intermediária;
Confirmar sinalização da posição intermediária – lâmpada amarela acesa;
Apertar a botoeira vermelha – posição transferida;
Confirmar sinalização da posição transferida – lâmpada vermelha acesa;
Passar a chave LOCAL/REMOTO da chave de transferencia de proteção (43TR)
para a posição REMOTO.

Mudança de Estado: Posição TRANSFERIDA para Posição NORMAL

Passar a chave LOCAL/REMOTO da chave de transferencia de proteção (43TR)


para a posição LOCAL;
Apertar a botoeira amarela – posição intermediária;
Confirmar sinalização da posição intermediária – lâmpada amarela acesa.
Apertar a botoeira verde – posição normal;
Confirmar sinalização da posição normal – lâmpada verde acesa;
Passar a chave LOCAL/REMOTO da chave de transferencia de proteção (43TR)
para a posição REMOTO.

62
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

12.3 Relé de Bloqueio (86)

12.3.1 Rearme do Relé de Bloqueio

Verificar a lâmpada de indicação do desarme do relé de bloqueio está


apagada;
Girar o punho no sentido de reset, até o travamento do punho;
Confirmar o rearme, através da lâmpada indicadora que deverá acender;
Comunicar a o Centro de Operação.
NOTA: Caso a lâmpada indicadora do relé de bloqueio permaneça apagada é
sinal que o relé de bloqueio está sem alimentação de CC, neste caso avisar
imediatamente ao Centro de Operação.

RELÉ ELETROMECANICO

Indicação do relé 86
Lâmpada apagada – relé atuado
Lâmpada acesa – relé normal

RELÉ DIGITAL

Botoeira para o
Rearme do relé 86

Bandeirola de atuação
do relé de bloqueio
Vermelha – Relé
atuado

63
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

12.4 Chave de Controle Permissivo (69)

12.4.1 FUNÇÃO

Desligar as proteções internas do transformador, tais


como: relé de gás, válvula de alívio de pressão, relés de
temperatura, relé diferencial e etc.

12.4.2 OPERAÇÃO

A chave possui duas posições, sendo que na


posição liga, as proteções descritas acima operam no
disjuntor do transformador e na posição desliga, as
proteções ficam inoperantes, isto é, estão bloqueadas.

Normalmente esta chave é utilizada na manutenção de transformadores


quando o arranjo da subestação possui dois ou mais transformadores atendidos por
um único disjuntor, sendo necessário o bloqueio das proteções internas do
transformador em manutenção. Em condições de emergência, no caso de defeito
em algum transformador, sendo necessário, para normalizar o relé de bloqueio, afim
que se possa fechar o disjuntor normalizando o transformador remanescente.

12.5 Comandos Remotos de Comutador de Tapes (Painel de Controle)

12.5.1 CHAVE LOCAL/REMOTO

POSIÇÃO LOCAL: O comando é


executado através do painel de
comando;
POSIÇÃO REMOTO: O comando é
executado pelo Centro de
Operação através do SSC ou pelo
painel da Subestação.

12.5.2 CHAVE
MANUAL/DESLIGA/AUTOMÁTICO

POSIÇÃO MANUAL: O comando do


comutador é executado através do
painel de comando, passando a
chave AUMENTAR/DIMINUIR para a
posição desejada, com a chave
LOCAL/REMOTO na posição LOCAL;

POSIÇÃO DESLIGA: Desliga o circuito do comutador de tapes;

POSIÇÃO AUTOMÁTICO: O comutador de tapes é comandado


automaticamente pelo relé regulador de tensão (90).

64
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

12.6 Quadros Anunciadores

Os quadros anunciadores são equipamentos instalados nas subestações


geralmente na parte frontal dos painéis de comando. Sua finalidade é alertar os
operadores locais de ocorrências ou anomalias que por ventura ocorrem nos
equipamentos da subestação.

12.6.1 Funcionamento

Ocorrendo uma anomalia, permanente ou transitória sua correspondente


lâmpada de sinalização deverá começar a piscar e a buzina soar;
A buzina deverá continuar soando até que a botoeira de quitação do sinal
sonoro seja pressionada;
Pressionando a botoeira de quitação luminosa a lâmpada deverá parar de
piscar, porém permanecendo acesa até que a botoeira de apagar sinal
luminoso seja pressionada. Nesta ocasião a lâmpada deverá apagar caso o
defeito tenha sido sanado, porém permanecerá acesa se anomalia
permanecer.

Um outro botão deverá ser usado para teste de lâmpadas e outro para teste de
função.
Quando a buzina e/ou oscilador estiverem bloqueados pelos respectivos botões,
a ocorrência de uma outra anomalia deverá provocar energização da buzina e do
oscilador tão logo os botões tenham retomado as suas posições iniciais.
A buzina deverá ser desligada todas as vezes em que o operador estiver ausente
da subestação através da botoeira LIGA/DESLIGA CAMPAINHA, evitando que o
sinal sonoro permaneça ativo durante eventos, o que poderá ocasionar a queima
da buzina.

12.6.2 Exemplos de Anunciadores

Quitação de Sinal ou Conhecimento


Apagar Sinal ou rearme
Silenciamento da Buzina

65
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

13 UNIDADE TERMINAL REMOTA (UTR)

13.1 Função

A UTR (Unidade Terminal Remota) trata-se do equipamento responsável pela


aquisição dos sinais digitais e analógicos, envio de comandos para os
equipamentos da subestação, intertravamentos de disjuntores e chaves através de
processamento dos automatismos locais e interfaceamento do Sistema Supervisório
(Sage ou FoxScada) com o processo elétrico da subestação, utilizando para tal, o
Sistema de Comunicação de Dados.

Na ESCELSA as remotas são do tipo C50 da FOXBORO, com exceção da


Subestação de Bento Ferreira, cuja o fabricante é SIEMENS.

A configuração básica de remota é a que contempla no máximo 4 files de 6


slots, ligadas via barramento elétrico.

SLOT

FILE

66
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

13.2 Componentes Principais

As UTR´S C50 utilizadas na ESCELSA são compostas por cartões, que por sua
vez possuem diferentes funções.

13.2.1 CARTÃO FONTE

Cada File da UTR C50 possui um cartão fonte. O cartão fonte está sempre
localizado no slot 1 de cada file e são alimentados pelo banco de baterias das
subestações e possui contatos para instalação de alarmes externos de defeito na
UTR, que também é indicado por um LED na frente do cartão.

13.2.2 CARTÃO DE COMUNICAÇÃO

Cada subestação, possui um único cartão de comunicação, utilizado para


permitir supervisão e controle remoto da subestação.

13.2.3 CARTÃO DE PROCESSAMENTO (CPU)

A característica chave do cartão CPU da C50 é o uso de FLASH CARD


(EEPROM) para o armazenamento do sistema operacional em tempo real AMX, do
software de configuração da base de dados e das configurações de cálculos do
usuário.
A frente do cartão CPU contém uma chave sense / reset (SEN/RST), que
permite ao usuário reabilitar a UTR caso seja feita solicitação pela equipe de
manutenção ou pelo centro de operação (COS).

13.2.4 CARTÃO DE MEDIÇÃO DIRETA (ACT)

Cartão ACT prevê uma interface direta com equipamentos de campo (TC e
TP), suprimindo a necessidade de instalação de transdutores externos.
As entradas de tensão e corrente são utilizadas pelo processador interno para
calcular todas as grandezas elétricas de freqüência, tensão, corrente, ângulo de
fase e potência ativa, reativa e aparente. Este cartão fornece ainda dois pontos de
entrada e dois pontos de saída, que podem ou não serem utilizados.

13.2.5 CARTÃO DE ENTRADAS DIGITAIS E ANALÓGICAS (ADI)

Cartão ADI permite a aquisição e monitoramento de até 32 entradas digitais


e quatro entradas analógicas de 12 bits configuradas individualmente Além das 32
entradas digitais este cartão possui ainda 4 entradas analógicas (de 4 a 20 mA),
que são utilizadas para medidas de tensão, corrente, tape, etc...

13.2.6 CARTÃO DE ENTRADAS ANALÓGICAS (20AI)

Cartão 20AI fornece um método efetivo para compartilhar um grande volume


de informações analógicas do campo. Este cartão possui 20 entradas analógicas
(de 4 a 20 mA), que são utilizadas para medidas em geral originadas de
transdutores de diversos tipos, como por exemplo, transdutores de tensão, corrente,
fator de potência, potência ativa ou reativa, tape, etc...

67
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

13.2.7 CARTÃO DE SAÍDAS DIGITAIS (TDO)

Cartão TDO oferece segurança e controle para todas as saídas digitais. A chave
isolado/habilitado (ISOLATE/ENABLE) no painel frontal permite trabalhar no
equipamento controlado sem risco de operação remota.

13.2.8 CARTÃO DE SAÍDAS DIGITAIS MEMORIZADAS (TDOLATCH)

Cartão TDOLatch permite configuração individual dos relés de saída como relés
magneticamente atracados ou ajustáveis para até 12 bits (um bit por relé). Uma
operação de dois passos, com a verificação do hardware embutido garante
controle confiável sobre o equipamento.
A chave isolado / habilitado (ISOLATE/ENABLE) no painel frontal permite
trabalhar no equipamento controlado sem risco de operação remota.

Chave liga / desliga UTR UTR C50


Chave para resetear a UTR

1 2 3 4 5 6

Legenda

1 – Cartão de comunicação ;
2 – Cartão fonte;
3 – Cartão de processamento (CPU);
4 – Cartão de medição direta (ACT);
5 – Cartão de entradas digitais e analógicas;
6 – Cartão de saídas digitais.

68
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

14 PAINEL DE INTERFACE

Painel de interface tem a função de fazer o isolamento entre o campo e o


Sistema de Supervisão e Controle. É no painel de interface que são colocados todos
os elementos e componentes necessários a supervisão e controle remoto da
subestação. É aí que ficam localizados relés auxiliares, transdutores, disjuntores,
chaves de isolamento para testes (Flex-Test) e réguas de bornes.

14.1 Componentes do Painel de Interface

A alimentação para os componentes dos painéis de interface é feito de


forma diferenciada para as entradas digitais, analógicas e saídas digitais. A
alimentação de todos os relés auxiliares das entradas digitais estão todos em um
único disjuntor. Da mesma forma para as entradas analógicas e para as saídas
digitais.

14.1.1 Transdutores

Transformar qualquer informação de entrada em um valor relativo seja ele de


corrente ou tensão, dependendo do tipo de transdutor que se esteja usando.

Atendo-se aos tipos usados no SSC, seu funcionamento é bastante simples.


Qualquer sinal de entrada (seja ele de tensão (0 a 140 Vca), corrente (0 a 5 A),
tape, temperatura, potência ativa ou reativa, fator de potência, etc... ) é
transformado em um sinal proporcional de saída, de 4 a 20 mA.

14.1.2 Relés Auxiliares

Quando um equipamento não possui contatos auxiliares disponíveis para se


fazer a supervisão torna-se necessário a duplicação destes contatos. Para tal o SSC
lança mão de relés auxiliares, que são introduzidos no circuito de forma que quando
o equipamento a ser supervisionado mudar de estado, esta mudança vai energizar
a bobina de um relé que também fará com que o contato deste relé auxiliar mude
de estado.

14.1.3 Cartões de Relés de Sinalização de Atuação de Proteção

No caso dos relés de sobrecorrente de fase e neutro eletromecânicos, cada qual


possui o seu relativo relé auxiliar que representa a atuação de cada fase. Como os
tempos para este caso resume-se a mili-segundos, foi necessário utilizar relés com
tempo de resposta muito rápido e baixa potência. Como são menores e diferente
dos demais, estes relés são instalados em placas de circuito impresso, que também
ficam dentro dos painéis de interface.
Para os casos de relés digitais, a informação de atuação é aquisitada
diretamente do relé, através de um ponto digital disponível no próprio.

69
MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

14.1.4 Chaves de Aferição (Flex-Test)

Para que os circuitos de corrente nunca fiquem em aberto, são utilizadas chaves
Flex-Test que ao serem operadas, fecham automaticamente o circuito ao qual
estejam ligadas, permitindo assim, que se trabalhe na outra parte do circuito.
Toda vez que estas chaves são operadas, a medição correspondente fica
zerada no sistema Supervisório (SAGE ou FoxScada).

14.1.5 Régua de Bornes

A régua de bornes é a linha divisória entre os equipamentos de campo, no


pátio da subestação, e os equipamentos utilizados para a automação desta
subestação. Eventualmente, os equipamentos utilizados na automação, são
instalados junto aos equipamentos no pátio ou junto aos painéis convencionais das
subestações, mas na maioria dos casos, tudo que se relaciona com o SSC está
instalado desde a régua de bornes.

Nas fotos abaixo, são mostrados exemplos de painéis de interface com todos
os seus componentes.

Relés auxiliares

Disjuntores termonagnéticos
Alimentação das entradas digitais Transdutores
Alimentação das entradas analógicas
Alimentação das saídas digitais
Alimentação das saídas analógicas
Alimentação da UTR

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

15 TRANSMISSÃO DE DADOS DO SSC

15.1 Introdução

Basicamente os sistemas (meios) de Telecomunicações que trafegam os


dados do SSC são formados por um ou mais dos seguintes tipos de equipamentos:
via Carrier (OPLAT), via Rádio UHF Bicanal ou Tricanal, via Multiplex e Rádio
Analógicos, via Multiplex Flexível e cabo coaxial/fibra óptica (direto) e via Multiplex
Flexível e Transmissor Óptico.

15.2 Transmissão de Dados via Carrier

Sistema Carrier, (Ondas Portadoras Sobre Linha de Alta Tensão), utiliza como
meio de propagação do sinal as linhas de transmissão de Alta Tensão da ESCELSA.
Normalmente são utilizadas linhas de transmissão acima de 34 kV.
Sistema Carrier é composto pelos seguintes componentes: Equipamento
Carrier (na Escelsa - Brown Boveri ou General Electric), Caixa de Sintonia, Capacitor
de Acoplamento, Bobina de Bloqueio e Linha de Alta Tensão.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

15.2.1 ARMÁRIO DO CARRIER BEGE

Fusível de proteção

Botoeira Liga

Indicação de ligado

Liga / Desliga

15.2.2 ARMÁRIO DO CARRIER AZUL

Lâmpada indicadora de defeito

Lâmpada B1 – Fonte

Chave S1 – liga/desliga

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

15.3 Transmissão de Dados Via Rádio UHF

Os Rádios UHF normalmente utilizados para a transmissão de dados do SSC


possuem 2 (Bi) ou 3 (Tri) canais. Desses 2 ou 3 canais somente 1 é utilizado para a
transmissão de dados do SSC. O(s) outro(s) é(são) utilizado(s) para ligação de um
ramal, por exemplo, ou outros fins. O meio de propagação (transmissão) do sinal,
como acontece em todo equipamento Rádio (VHF, UHF, Microondas, etc.), é o ar.
Os utilizados na Escelsa são do fornecedor Autel (RTR 80, RTR 83 e RTR 90) e ficam
instalados dentro das Salas de Telecomunicações e/ou Salas de Comando. O
sistema é composto pelo Rádio propriamente dito, cabo de antena e antena de
transmissão.

Rádio para a comunicação de dados


do SSC

Modem da comunicação de dados do


SSC

Rádio para a comunicação de voz

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

15.4 Satélite

PAINEL DA AUTOMAÇÃO E ESTAÇÃO DE COMUNICAÇÃO DA CONSAT

15.5 Modem

Equipamento eletrônico que faz a interface entre o sistema de telecomunicações e


o sistema de informática (Remota e/ou Estação de Operação). Compatibiliza os
dados de modo a conectar um sistema digital (Remota e/ou Estação de
Operação) à um sistema analógico (Rádio UHF, Carrier e Multiplex Analógico).
Normalmente possui Led’s indicativo dos dados e de seu funcionamento. Citamos
abaixo os de interesse para esta aplicação:

15.5.1 Led’s de Sinalizações

Led 103 – Dados transmitidos. Se o modem está no PA, indica dados transmitidos
pela Estação de Operação. Se o modem está na S/E ou Usina, indica dados
transmitidos pela Remota.
Led 104 – Dados recebidos. Se o modem está no PA, indica dados recebidos da
Remota e vice-versa.
Led 106 – Indica que o modem está pronto para transmitir os dados.
Led 107 – Indica que o modem está em condição operacional.
Led 108 – Indica que o Equipamento Terminal de Dados está em condição
operacional. Este Led somente fica acesso do lado da Remota, quando a
comunicação entre ela e o modem está normal.
Led 109 – Portadora detectada. Indica que o modem está recebendo a portadora
do outro modem. Na situação normal de comunicação entre os modems, este Led
deverá estar acesso em ambos os lados.
Led 110 – Qualidade do sinal. Este Led acesso em ambos os lados indica boa
qualidade de sinal recebido – situação normal.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

15.5.2 Localização

Normalmente os modems ficam localizados nos seguintes locais nas


subestações:
a) Sala de comunicação;
b) Dentro dos painéis de interface ou remota;
c) Sala de controle;
d) Dentro dos armários de Carrier.

15.5.3 Operação de Reset de Modem

Caso seja solicitado, pela equipe de manutenção ou pelo Centro de


Operação, o reset do modem deve ser feito de duas maneiras:
1ª Forma:

Desligar a alimentação do mesmo através de interruptor LIGA/DESLIGA que se


encontra na parte traseira do modem;
Após alguns segundos, ligar o modem pelo mesmo interruptor.

2ª Forma:
Retirar os parafusos de fixação do
modem da caixa;
Puxar o modem, verificando o
desligamento dos Led’s de
sinalização;
Após alguns segundos, empurrar o
modem para fixação do mesmo na
caixa, verificando que os Led’s de
sinalização estão acessos;
Apertar os parafusos de fixação.
Não é aconselhável a retirada total
do modem da caixa, pois o retorno do
mesmo, poderá haver problemas de
fixação que acarretará no seu mau
funcionamento.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

16 BANCOS DE CAPACITORES

16.1 Definição

Os bancos de capacitores destinam-se o controle


de tensão do sistema elétrico, injetando potência
reativa para prover elevação de tensão e reduzir perdas
das linhas de transmissão, entre as usinas geradoras e as
subestações onde estão instalados.

16.2 Proteção de Bancos de Capacitores

Os dispositivos típicos de proteção de bancos dos


capacitores:

Proteção internas dos elementos capacitivos (elos


fusíveis);
Proteção de sobrecorrente (50/51);
Proteção de sobretensão (59);
Proteção de desequilíbrio de corrente (61).

16.3 Proteção Interna dos Elementos Capacitvos

Cada unidade capacitiva (elemento) normalmente


apresenta proteção individual por elo fusível, visando retira-lo de operação para
ocorrência de defeitos internos.

16.4 Chaves Seccionadoras de Abertura em Carga

Comando mecânico
Abertura e fechamento Comando mecânico
Caso seja necessário a troca de fusíveis do banco de capacitores, deverá ser
aguardado um tempo mínimo de 10 minutos entre a abertura do disjuntor e o
fechamento da chave de aterramento. Esse tempo é necessário para drenar o
reativo dos bancos.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

16.5 Banco de Capacitores 138 kV

VOLTÍMETRO DO SECUNDÁRIO DO TC DE NEUTRO – 7BC1:

Caso a tensão no secundário do TC de neutro


do banco de capacitores caia para “0” (zero)
VOLT, aparecerá na tela “Secundário TC DO
BANCO – DEFEITO”, devendo ser retirado
imediatamente de operação o banco de
capacitores, e solicitar substituição da proteção
secundária do TC de neutro (AMPOLA).

NOTA: Esta AMPOLA está


localizada dentro do painel
do bay do banco de
capacitores na sala de
comando. O led do sensor
de mínima tensão (foto ao
lado), localizado próximo da
ampola, supervisiona o
estado da mesma como
indicado.

AMPOLA

LEGENDA

LED NA COR VERMELHA – TC EM CURTO OU BANCO DE CAPACITORES FORA DE


OPERAÇÃO

LED NA COR VERDE – TC NORMAL OU BANCO DE CAPACITORES EM OPERAÇÃO

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

17 RELÉS DE PROTEÇÃO

17.1 Noções Básicas

O relé de proteção é um dispositivo destinado a detectar anormalidades no


elétrico, atuando diretamente sobre um equipamento, normalmente um disjuntor /
religador, retirando de operação os equipamentos envolvidos com a anormalidade,
acionando circuitos de alarmes quando necessários.

17.2 Funcionamento

O relé consiste basicamente de um elemento de operação (bobina) e um


jogo de contatos. O elemento de operação recebe a informação de corrente e/ou
tensão através dos transformadores de instrumentos (TP´s/TC´s), compara a
grandeza medida com um ajuste pré-estabelecido e transforma o resultado num
movimento dos contatos se necessário. No caso de um equipamento em situação
de defeito, os contatos do relé mudam de posição desencadeando o processo
para isolação do elemento em curto, interrompendo o fluxo de corrente para
aquele elemento. Normalmente o relé possui uma forma visual de indicar que
operou.

17.3 Tipos de Relés mais Utilizados

Relé de Sobrecorrente (50/51): Opera quando o valor de corrente exceder o ajuste


pré-determinado;
Relé de Sobretensão (59): Opera quando a tensão excede determinado limite;
Relé de Subtensão (27): Opera quando a tensão cai a certo valor;
Relé de Diferencial (87): Opera por comparação de corrente;
Relé de Direcional (67): Opera quando o fluxo de corrente está em um sentido
determinado e seu valor excede certo limite;
Relé de bloqueio (86): Opera comandado por outros relés. Quando operado
bloqueia a energização de outros equipamentos;
Relé de Religamento (79): Opera para comandar o religamento de um disjuntor;
Relé de distância (21): Opera para defeitos em linha de transmissão de alta tensão.

17.4 Relés Eletromecânicos

Os relés eletromecânicos, são constituídos por


um disco de indução, contato fixo e móvel,
bandeirolas de sinalização e dial de tempo. Sua
operação é realizada quando a grandeza elétrica
na qual o relé supervisiona, ultrapasse a um valor pré
estabelecido, com o fechamento do contato móvel
com o fixo, acionando os dispositivos de
desligamento e alarmes

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

17.5 Relés Digitais

A tecnologia digital tem se tornado a base da maioria dos sistemas de uma


subestação, atuando nas funções de medição, comunicação, proteção e controle.
Desta forma, além das funções de proteção, o relé digital pode ser programado
para desempenhar outras tarefas, como exemplo, medição de corrente e tensões
dos circuitos. Outra importante função desse tipo de relé é o autodiagnóstico. Essa
função faz com que o relé realize uma supervisão de seu hardware e software,
detectando anormalidades que venham a surgir e que possam ser reparadas antes
que o relé opere incorretamente.

Vantagens do Uso do Relé Digital

Oscilografia;
Análise de seqüência de eventos;
Localização de defeitos;
Possibilita ajustes a distancia;
Comunicação via protocolo;
Não tem desgastes;
Monitora disjuntores;
Reduz fiação e painéis.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

18 ALARMES DE SEGURANÇA

18.1 Função

Alertar ao Centro de Operação que pessoas não


autorizadas encontram-se nas subestações e na
ocorrência de incêndio, para que o mesmo tome as
devidas providências.

18.2 Ativação e Desativação

18.2.1 Desativação do Alarme Remotamente


Entrar em contato com o Centro de operação, através de telefone que se
encontra instalado no pátio da SE.
Aguardar confirmação do Centro de operação que o alarme foi desativado.

18.2.2 Ativação do Alarme Remotamente

Fechar as portas e janela da subestação.


Entrar em contato com o Centro de operação, através de telefone que se
encontra instalado no pátio da SE.
Aguardar confirmação do Centro de operação que o alarme foi Ativado.
Trancar o portão de acesso a subestação.

18.2.3 Desativação do Alarme Localmente

Entrar em contato com o Centro de operação,


via telefone ou outro meio de comunicação.
Executar os procedimentos, conforme
orientações do Centro de Operação.

18.2.4 Ativação do Alarme no Local

Fechar portas e janela da casa de comando


Entrar em contato com o Centro de operação,
via telefone ou outro meio de comunicação.
Solicitar orientações do Centro de Operação, de
como ativar no local, o alarme.
Trancar o portão de acesso a subestação.
A ativação do alarme seja localmente ou
remotamente, somente é permitida com as
barreiras totalmente livres.
NOTA: Qualquer irregularidade quanto ao fechamento da casa de comando, portão
de acesso e ativação do alarme, deverá ser comunicado imediatamente ao
Centro de Operação.
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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Bibliografia:

- Proteção de Sistemas Elétricos, Carlos André S. Araújo, Flavio Camara de Sousa,


José Roberto R. Cândido, Marcos Pereira Dias, Editora Interciência 2ª Edição.

- Instruções de Operação das Subestações – Diversos – ESCELSA – TOOP.

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MANUAL PARA OPERAÇÃO LOCAL DE SUBESTAÇÕES

Elaborado por:

EDSON GONÇALVES
TOOP - Sistema
edsong@notes.escelsa.com.br
Tel.: 3348-4047

Revisado por:

JOSÉ MARIO BARBOSA REIS


Supervisor de Operação do Sistema
TOOP – SISTEMA
ESCELSA

Aprovada por:

JAIRO BAPTISTA
Gerente de Operação
TOOP
ESCELSA

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