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Motores | Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas

Transformador de Potência

Linha Aletado

Manual de Instalação, Operação e


Manutenção
Manual de Instalação, Operação e Manutenção

N º do Documento: 10000892317

Idioma: Português

Versão: 14
Julho 2020
_______________________________________________________

Prezado Cliente,

Obrigado por adquirir o transformador de potência da WEG. É um produto desenvolvido com


níveis de qualidade e eficiência que garantem um excelente desempenho.
A energia elétrica exerce um papel de relevante importância para o conforto e bem-estar da
humanidade, sendo o transformador elétrico um dos equipamentos responsável pela geração,
transmissão e distribuição desta energia, por isso este precisa ser identificado e tratado como
uma máquina cujas características envolvem determinados cuidados, dentre os quais os de
armazenagem, instalação e manutenção.
Assim indicamos ler atentamente este manual antes de proceder à instalação, operação ou
manutenção do transformador, assegurando uma operação segura e contínua, além de garantir
a sua segurança e de suas instalações. Caso as dúvidas persistam, solicitamos contatar a
WEG.
Mantenha este manual sempre próximo ao seu transformador, para que possa ser consultado
quando necessário.

ATENÇÃO!
É imprescindível seguir os procedimentos contidos neste manual para que a garantia tenha
validade.
Os procedimentos de instalação, operação e manutenção do transformador deverão ser feitos
por pessoal qualificado.

NOTA!
A reprodução das informações deste manual, no todo ou em partes, é permitida desde que a
fonte seja citada.
Caso este manual seja extraviado, entre em contato com a WEG para que outra cópia seja
fornecida.

WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A


10000892317 Versão. 14 www.weg.net

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 7
1.1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 7
1.2 RESPONSABILIDADE ........................................................................................................ 7
1.3 SUPORTE TÉCNICO PARA TRANSFORMADORES......................................................... 7
2 INSTRUÇÕES BÁSICAS ........................................................................................................... 7
3 TRANSPORTE ........................................................................................................................... 8
3.1 ETAPAS EM FÁBRICA ANTES DO TRANSPORTE ........................................................... 8
3.1.1 PRESSURIZAÇÃO PARA RETIRADA DE ÓLEO ....................................................................... 8
3.1.2 DRENAGEM DO ÓLEO ....................................................................................................... 9
3.1.3 DESMONTAGEM DOS RADIADORES .................................................................................... 9
3.1.4 DESMONTAGEM DOS CONSERVADOR DE ÓLEO ................................................................. 10
3.1.5 DESMONTAGEM DAS TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS ........................................................... 10
3.1.6 PRESSURIZAÇÃO PARA TRANSPORTE .............................................................................. 10
3.1.7 INSTALAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO DE TRANSPORTE ............................ 11
3.1.8 CARREGAMENTO ........................................................................................................... 12
3.2 REGISTRADOR DE IMPACTO TIPO ELETRÔNICO........................................................ 12
3.3 EQUIPAMENTO PRESSURIZADO COM CILINDRO REGULADOR DE PRESSÃO ....... 13
3.3.1 VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DO GÁS................................................................................. 13
3.3.2 PRESSURIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO ................................................................................ 14
3.3.3 PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE PRESSÃO DO GÁS ............................................................. 15
4 INSTRUÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 17
4.1 INSPEÇÃO E VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO .......................................................... 17
4.2 ARMAZENAMENTO .......................................................................................................... 18
5 MONTAGEM ............................................................................................................................ 19
5.1 NIVELAMENTO ................................................................................................................. 20
5.2 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS .................................................................................... 20
5.3 ESTANQUEIDADE ............................................................................................................ 20
5.4 NIVEL DO LÍQUIDO ISOLANTE ........................................................................................ 20
5.5 ATERRAMENTO DO TANQUE ......................................................................................... 21
5.6 LIGAÇÕES ........................................................................................................................ 21
5.7 TANQUE PRINCIPAL ........................................................................................................ 21
5.8 CONSERVADOR DE ÓLEO .............................................................................................. 23
5.9 RADIADOR DESTACAVEL ............................................................................................... 25
5.10 OLHAL DE IÇAMENTO ................................................................................................... 27
5.11 APOIO PARA MACACO .................................................................................................. 28
5.12 COMUTADOR DE DERIVAÇÃO ..................................................................................... 29
5.12.1 COMUTADOR TIPO ACIONAMENTO A VAZIO (DESENERGIZADO) ........................................ 29

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5.13 ACESSÓRIOS ................................................................................................................. 29


5.13.1 DESCRIÇÃO FUNCIONAL DOS ACESSÓRIOS .................................................................... 29
5.13.1.1 VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO (DAP) ................................................................ 29
5.13.1.2 DESUMIDIFICAR (SECADOR) DE AR A SÍLICA GEL ...................................................... 30
5.13.1.3 RELÉ DETECTOR DE GÁS TIPO BUCHHOLZ (RB) ...................................................... 31
5.13.1.4 INDICADOR MAGNÉTICO DE NÍVEL DE ÓLEO (INO) .................................................. 32
5.13.1.5 TERMÔMETRO DO ÓLEO (ITO) .............................................................................. 33
5.13.1.6 TERMÔMETRO DO ENROLAMENTO (ITE) ................................................................ 33
5.13.1.7 CONTROLADOR MICROPROCESSADO DE TEMPERATURA........................................... 35
5.13.1.8 TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC) .................................................................. 35
5.13.1.9 RELÉ DE PRESSÃO SÚBITA (RPS) ......................................................................... 36
5.13.1.10 MANÔMETRO E MANOVACUÔMETRO ..................................................................... 37
5.13.1.11 BOLSA DE BORRACHA EM CONSERVADOR DE ÓLEO ............................................... 37
5.13.1.12 RELÉ DE RUPTURA DE MEMBRANA/BOLSA ............................................................. 37
5.13.1.13 BUCHAS ............................................................................................................. 38
5.13.1.14 RODA LISA OU FLANGEADA .................................................................................. 40
6 INSTALAÇÃO .......................................................................................................................... 42
6.1 INSPEÇÃO VISUAL........................................................................................................... 42
6.2 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................ 42
6.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO E MANOBRA .......................................................................... 42
7 ENSAIOS ANTES DA ENERGIZAÇÃO .................................................................................. 42
7.1 RELAÇÃO DOS ENSAIOS ELÉTRICOS E COMISSIONAMENTO .................................. 42
7.1.1 ÓLEO ISOLANTE ............................................................................................................. 43
7.2 VERIFICAÇÕES ANTES DA ENERGIZAÇÃO .................................................................. 43
8 ENERGIZAÇÃO ....................................................................................................................... 44
8.1 VERIFICAÇÕES PRELIMINARES À ENERGIZAÇÃO ...................................................... 44
8.2 VERIFICAÇÕES PÓS ENERGIZAÇÃO ............................................................................ 44
8.2.1 MUDANÇA DE POSIÇÃO DO TAP DO TRANSFORMADOR ...................................................... 45
9 MANUTENÇÃO........................................................................................................................ 45
9.1 CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO ................................................................................ 46
9.1.1 INSPEÇÃO TRIMESTRAL .................................................................................................. 46
9.1.2 ROTINA DE INSPEÇÃO PARA INTERVALOS MAIS ABRANGENTES .......................................... 47
9.2 COLETA DE AMOSTRAS DO ÓLEO ISOLANTE .............................................................. 48
9.2.1 CONDIÇÃO DE COLETA EM TRANSFORMADORES EM OPERAÇÃO ........................................ 48
9.2.2 COLETA DE ÓLEO PARA TRANSFORMADOR PROVIDO DE SISTEMA DE SELAGEM .................. 48
9.2.3 PROCEDIMENTO PARA AVALIAR CONDIÇÃO DO SISTEMA DE SELAGEM ................................ 49
9.3 COLETA PARA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA .................................................................... 49
9.3.1 UTENSÍLIOS DE COLETA DA AMOSTRA.............................................................................. 49
9.3.2 LIMPEZA DOS FRASCOS DE AMOSTRAGEM ....................................................................... 50

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9.3.3 PROCEDIMENTO PARA COLETA DA AMOSTRA COM FRASCO ............................................... 50


9.4 COLETA PARA ANÁLISE CROMATOGRÁFICA .............................................................. 52
9.4.1 UTENSÍLIOS DE COLETA DA AMOSTRA.............................................................................. 52
9.4.2 LIMPEZA DA SERINGA DE AMOSTRAGEM .......................................................................... 52
9.4.3 PROCEDIMENTO PARA COLETA DA AMOSTRA COM SERINGA .............................................. 52
9.5 IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS DE ÓLEO ................................................................. 54
9.5.1 IDENTIFICAÇÃO DOS RECIPIENTES COM AMOSTRAS DE ÓLEO PARA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E
CROMATOGRÁFICA ................................................................................................................. 54

9.5.2 ARMAZENAGEM DAS AMOSTRAS COLETADAS ................................................................... 54


9.6 DESLIGAMENTO DE EMERGÊNCIA ............................................................................... 54
9.7 FALHAS E DIAGNÓSTICOS ............................................................................................. 55
ANEXO A – TERMO DE GARANTIA ......................................................................................... 57
ANEXO B – PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO ............................................ 58
APÊNDICE A – ÓLEO ISOLANTE ............................................................................................. 59
APÊNDICE B – CONEXÕES DOS TERMINAIS ........................................................................ 64
APÊNDICE C – TORQUE RECOMENDADO ............................................................................. 66
APÊNDICE D – CUIDADOS AMBIENTAIS ............................................................................... 74
APÊNDICE E – DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA PROTEÇÕES DE TRANSFORMADORES
PARA INVERSORES .................................................................................................................. 77

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1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVO

Este manual foi elaborado com o objetivo de dar as instruções necessárias para o recebimento,
armazenamento, montagem, instalação, energização e manutenção de transformadores de
potência igual ou superior a 500kVA e com radiadores aletados. Todos os procedimentos
constantes neste manual deverão ser seguidos para garantir o bom funcionamento do
equipamento e a segurança do pessoal envolvido. O manual deve ser lido antes do início de
qualquer trabalho.
Estas instruções (não pretendem) abranger todas as situações que possivelmente podem
ocorrer durante a instalação, operação, manutenção, nem todos os detalhes e variações
desses equipamentos. Mas pretende orientar adequadamente o usuário na instalação quanto
aos procedimentos e atividades necessárias para receber e colocar o equipamento em serviço.
Isto irá assegurar a proteção do equipamento e a validação do “Termo de Garantia Contratual”.
Em caso de dúvidas, o operador deve necessariamente contatar o fabricante do produto, para
obtenção de informações adicionais e os devidos esclarecimentos sobre os temas
correlacionados ao uso adequado do seu equipamento. Este manual também fornece
informações sobre ensaios que devem ser executados nestes equipamentos, em determinados
momentos específicos.
Se necessitar de informações adicionais referentes a instalação em particular ou à operação e
manutenção de seu equipamento, entre em contato com o representante WEG local ou
Assistência Técnica autorizada WEG.
Jamais, em face de dúvidas sobre instalação, manutenção ou operação, execute manobras
que tem potencial para colocar seu equipamento em risco. Sempre acione o fabricante nestes
casos.

1.2 RESPONSABILIDADE

Devido à constante evolução tecnológica, a WEG se reserva o direito de fazer alterações neste
documento sem prévio aviso e não se responsabiliza por quaisquer ações de terceiros em
função de tais modificações.

1.3 SUPORTE TÉCNICO PARA TRANSFORMADORES

Para maiores informações ou esclarecimentos sobre as informações fornecidas neste manual,


entre em contato pelo seguinte endereço ou e-mail da assistência técnica WEG.

Blumenau
Santa Catarina – Brasil
Fone: +55 (47) 3276-5993
E-mail: wtd-astec@weg.net

Consulte a rede autorizada de Assistência Técnica WEG e as representações WEG


distribuídas no Brasil e no mundo no site da WEG.

2 INSTRUÇÕES BÁSICAS

Todos que trabalham em instalações elétricas, seja na montagem, operação ou manutenção,


deverão ser permanentemente informados e atualizados sobre as normas e prescrições de
segurança que regem este tipo de serviço, e a obrigatoriedade em segui-las. Cabe ao
responsável certificar-se, antes do início do trabalho, de que tudo foi devidamente observado e
alertar seu pessoal para os perigos inerentes à tarefa proposta.
O local de trabalho deve estar de acordo com as normas de segurança atuais que regem as
atividades, ou seja, contar com equipamento para combate a incêndios e avisos sobre
primeiros socorros, em lugares bem visíveis e acessíveis.

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É de fundamental importância que os procedimentos de instalação, operação e manutenção do


transformador sejam efetuados por equipe qualificada.
Os transformadores antes de expedidos são testados na fábrica, garantindo, assim, o seu
perfeito funcionamento, (dependendo do tamanho do transformador ou das condições de
transporte, ele pode ser expedido montado ou desmontado). Maiores detalhes estão descritos
mais adiante neste manual.

3 TRANSPORTE

3.1 ETAPAS EM FÁBRICA ANTES DO TRANSPORTE

O equipamento é preparado para atender as limitações de espaço e peso para transporte


ferroviário, rodoviário ou marítimo. Transformadores com radiador de aleta fixa são
transportados montados, transformadores com radiador destacável usualmente são
transportados desmontado ou parcialmente. Por esta razão, e também para proteger os
acessórios contra possíveis danos, o equipamento, quando necessário, é despachado com as
seguintes partes principais desmontadas:

* Buchas (condensivas)
* Para-raios (quando aplicável)
* Conservador de óleo
* Rodas
* Radiadores destacáveis
* Motoventiladores (quando aplicável)
* Acessórios diversos e tubulações, conexões, suportes, etc.

O equipamento é despachado com a sua parte ativa alojada dentro do tanque e protegida com
gás pressurizado (quando aplicável), que dependendo das características do equipamento
pode ser controlado por meio de cilindro regulador de pressão. O equipamento pode ser
transportado sem óleo ou com óleo rebaixado. O óleo para abastecimento do equipamento é
fornecido na forma de tambores. Todas as partes desmontadas são cuidadosamente
embaladas e protegidas. Cuidado especial deve ser tomado com a embalagem de todos os
acessórios que forem particularmente frágeis. Para os fins de proteção, todos os componentes
feitos de aço, tais como o conservador, tubulações, radiadores etc., que serão abastecidos com
óleo na instalação do equipamento, têm suas aberturas provisoriamente fechadas. Todas as
aberturas da tampa e das paredes do tanque são provisoriamente fechadas por meio de
tampas à prova d’água ou flanges cegos de aço. Com a finalidade de evidenciar quaisquer
colisões ou choques que possam ocorrer durante o transporte e manuseio do equipamento,
quando aplicável é instalado em fábrica o registrador ou indicador de impacto.

As seguintes etapas são executadas em fábrica nos transformadores que são desmontados
para transporte:

3.1.1 Pressurização para Retirada de Óleo

Evita que na retirada do óleo isolante e desmontagem do transformador, a parte ativa tenha
contato com o meio externo.

* Tempo permitido de exposição da parte ativa:


O transformador, quando necessário, é embarcado cheio de ar seco ou gás nitrogênio, sob
baixa pressão. Serviços como inspeção interna (realizada somente por pessoal autorizado),
instalação de bucha, conexão interna, entre outros, são executados no transformador com a
tampa aberta. Dessa forma o núcleo e as bobinas absorvem umidade por estarem expostas à
atmosfera. Por esta razão, o tempo de exposição do núcleo e das bobinas deve ser limitado
dentro do alcance mencionado no Gráfico 01.

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ATENÇÃO!
O tanque do transformador não deve ser aberto quando estiver chovendo, ameaçando
tempestade ou quando a umidade relativa exceder a 70%.

Feche e sele a janela de inspeção e aberturas imediatamente após a suspensão ou término do


serviço interno. Entretanto, não só o tempo de trabalho com a tampa aberta, como também o
tempo no qual o transformador permanece fechado e cheio de ar devem ser considerados
como tempo de exposição, já que o núcleo e as bobinas absorverão umidade durante este
período. Se o tempo em que o transformador ficar fechado com ar for menor que 4 horas,
conte-o como tempo de exposição. De outra forma, considere apenas 4 horas como tempo de
exposição, se o tempo em que o transformador ficar fechado com ar for maior que 4 horas.
No caso do transformador cuja tensão superior é menor ou igual a 362 kV, ilustra-se no
Gráfico 01, o tempo permissível total de exposição.

Gráfico 01 - Tempo permitido de exposição da parte ativa do transformador

3.1.2 Drenagem do Óleo

Rebaixar ou retirar todo o óleo isolante de acordo com a especificação definida para o
transporte do transformador até o cliente.

3.1.3 Desmontagem dos Radiadores

Retirar, flangear e embalar, disponibilizando para transporte (Figura 01).

Figura 01 - Desmontagem dos radiadores

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3.1.4 Desmontagem do Conservador de Óleo

Retirar, flangear e embalar, disponibilizando para transporte (Figura 02).

Figura 02 - Preparação do conservador de óleo para transporte

3.1.5 Desmontagem das Tubulações e Acessórios

Retirar, flangear e embalar, disponibilizando para transporte (Figura 03).

Figura 03 - Preparação das tubulações e acessórios para transporte

3.1.6 Pressurização para Transporte

Mantêm a parte interna do tanque do transformador com pressão positiva durante as etapas de
manuseio e transporte, evitando contaminação por umidade externa, preservando a secagem
da parte interna do tanque e da parte ativa.
Quando o transformador for transportado com óleo, deve ser mantido um nível de óleo
suficiente para cobrir a parte ativa, bem como assegurada uma camada de gás seco, que
possibilite a compensação da variação de volume do óleo em função da variação da
temperatura ambiente. Caso o cliente solicite monitoramento desta pressão, é instalado um
manômetro na tampa superior do transformador.
Quando o transformador for transportado sem óleo, deve ser pressurizado com gás seco,
mantendo-se pressão positiva de 0,25 kgfcm², a uma temperatura referenciada a 25 °C (Figura
04). Este sistema deve ser composto por cilindros acoplados ao tanque, através de dispositivos
que fornecem pressão positiva constante.
Durante o percurso e antes do recebimento, devem ser realizadas inspeções no sistema de
pressurização de gás para detecção de possíveis vazamentos.

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Figura 04 - Ligação do sistema de pressurização automático

3.1.7 Instalação de Instrumentos de Monitoramento de Transporte

Servem para indicar a ocorrência de choques e vibrações nos sentidos transversal, longitudinal
e vertical durante o transporte, carga e descarga. A amplitude das vibrações e choques é
registrada em termos "g" (múltiplos da aceleração da gravidade), conforme Tabela 01. São
analisados os limites do indicador de impacto após descarga do transformador e enviado ao
fabricante. Caso estejam fora dos limites, o fabricante tomará as devidas providências. Se os
limites de aceleração recomendados forem extrapolados, não significa que houve danos no
transformador. Caso ocorra esta extrapolação, o fabricante deverá realizar uma análise mais
criteriosa da ocorrência, definindo a necessidade ou não de uma avaliação interna ou,
eventualmente, a adoção de outra ação específica. É necessário observar que, não somente o
valor máximo é importante, mas também a quantidade de vezes que este valor é atingido
durante o transporte.

Tabela 01 - Valores de aceleração aceitáveis durante o transporte

Sentido da Transporte rodoviário Duração máxima do impacto


aceleração ou marítimo Modelo: MLog IM 100 Modelo: Shocklog 298
Longitudinal 2,0 g 35 ms 100 ms
Transversal 2,0 g 35 ms 100 ms
Vertical 3,0 g 35 ms 100 ms
Observação: g = Aceleração da gravidade (9,81 m/s2)

O indicador de impacto apenas indica através de um LED vermelho Figura 05 b a ocorrência


de um evento de choque ou vibração, caso o impacto ultrapasse o valor de “3g” nos sentidos
transversal e longitudinal.

(a) (b) (c)

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Figura 05 - (a) Registrador eletrônico (b) indicador de impacto (c) indicador de impacto instalado na parte inferior do
transformador

NOTA!
Consulte no transformador qual indicador de impacto está instalado.

3.1.8 Carregamento

Esta operação é realizada em fábrica quando o transformador é expedido com auxílio de ponte
rolante, içado pelos quatro pontos de engate, atendendo sempre os requisitos de segurança
para o manuseio do transformador (Figura 06).

Figura 06 - Carregamento do transformador em fábrica

3.2 REGISTRADOR DE IMPACTO TIPO ELETRÔNICO

A finalidade é registrar choques e vibrações ocorridas nos sentidos transversal, longitudinal e


vertical durante os processos de transporte, carregamento e descarregamento. A magnitude
das vibrações e dos choques é registrada em unidades de “g” (múltiplos de aceleração da
gravidade). Os valores de impacto serão analisados depois que o equipamento estiver
descarregado e os dados para análise devem ser enviados para a Assistência Técnica WEG.

NOTA!
A bateria utilizada para alimentação do registrador de impacto tem a duração aproximada de 6
(seis) meses.
Recomenda-se que a bateria do registrador de impacto seja trocada por uma nova sempre que
o registrador de impacto for utilizado, evitando assim perda de informações por falta de carga
na bateria.

A instalação do registrador de impacto (Figura 07) é feita por técnicos especializados WEG
antes do embarque efetivo do equipamento, habilitando o início do processo do registro de
impactos.
O registrador de impacto somente pode ser removido após o posicionamento efetivo do
equipamento na base definitiva. Para a remoção do instrumento, as seguintes informações
devem ser registradas na etiqueta:

* Data de remoção do registrador de impacto.


* Horário de remoção do registrador de impacto.
* Responsável pela remoção do registrador de impacto.

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Após o preenchimento das informações, remover o registrador de impacto com o auxílio de


uma chave através dos parafusos de fixação.

Figura 07 - Detalhes do registrador de impacto tipo eletrônico

3.3 EQUIPAMENTO PRESSURIZADO COM CILINDRO REGULADOR DE PRESSÃO

PERIGO!
O cilindro é altamente pressurizado. Desta forma, é necessário que seja manejado por
pessoas treinadas. A operação das válvulas deverá ser feita com movimentos suaves de
operação das válvulas, tomando cuidado com a integridade do cilindro.

3.3.1 Verificação da Pressão do Gás

Em casos onde se é necessário, um cilindro de gás, equipado com um regulador automático de


pressão, é conectado ao tanque principal do equipamento, e é mantido assim durante todo o
processo de transporte.

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O regulador automático de pressão possui dois manômetros: um de alta pressão, que indica a
pressão dentro do cilindro e um de baixa pressão, que indica a pressão dentro do tanque do
equipamento. A pressão dentro do tanque do equipamento é regulada entre 0,19 kgf/cm 2 e 0,30
kgf/cm2, em 25ºC. A verificação da pressão do gás deve ser feita de acordo com a planilha de
verificação de pressão de gás no item 3.3.3.

ATENÇÃO!
Caso o manômetro de alta pressão (pressão do gás do cilindro) indicar pressão menor do que
50 kgf/cm2 deve-se interromper o transporte e contatar a WEG imediatamente.

3.3.2 Pressurização do Equipamento

Para realizar a pressurização do equipamento os procedimentos abaixo devem ser seguidos


(ver Figura 08):

* Conectar a mangueira na válvula 4 na parte superior do tanque do equipamento,


normalmente conectada a uma tampa de inspeção;
* Abrir lentamente a válvula 4;
* Abrir lentamente a válvula 1;
* Checar as leituras de pressão nos manômetros 2 e 3.

Figura 08 - Arranjo de montagem do cilindro

ATENÇÃO!
A pressão limite inferior do(s) cilindro(s) de suprimento do gás seco deve ser de 20kgf/cm2.
Atingida esta pressão, este(s) cilindro(s) deve(m) ser substituído(s) por outro(s) de pressão não
inferior a 160kgf/cm2 (pressões referidas a uma temperatura de 25°C).

Para realizar a substituição do cilindro os procedimentos abaixo devem ser seguidos (ver
Figura 08):

* Fechar válvula 1;
* Fechar válvula 4;
* Desconectar o regulador de pressão do cilindro;
* Substituir o cilindro;
* Conectar o regulador de pressão no cilindro novo;
* Abrir a válvula 4;
* Abrir a válvula 1;
* Checar as leituras de pressão nos manômetros 2 e 3.

Dependendo do porte do equipamento, ou quando solicitado pelo comprador, pode ser


necessária a instalação de um ou dois cilindros de pressurização no tanque. Em qualquer um
dos casos, deve-se garantir que a válvula de cada cilindro permaneça na posição aberta de

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modo a garantir o bom funcionamento do(s) cilindro(s) de pressurização durante a etapa de


transporte e, quando for o caso, durante o armazenamento com o tanque pressurizado (Ver
detalhe na Figura 09).

NOTA!
Em solicitações especiais, pode ser fornecido um cilindro reserva não acoplado ao tanque do
equipamento. Este cilindro é fornecido totalmente lacrado. O lacre só deve ser retirado antes
de sua colocação em operação.

(a)

(b)
Figura 09 - (a) Regulador automático de pressão; (b) Arranjo da montagem dos cilindros

3.3.3 Planilha de Verificação de Pressão do Gás

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TRANSPORTADORA:

MEDIÇÕES DO PRESSURIZADOR

Medições de pressão:
(1) Antes do transporte rodoviário
(2) A cada 4 horas durante o transporte rodoviário
(3) Recebimento do equipamento após o transporte rodoviário
(4) Após o posicionamento do equipamento para transporte marítimo
(5) Recebimento do equipamento após o transporte marítimo

Data / Hora Opção de medição: Pressão no tanque Pressão no cilindro


(1) (2) (3) (4) (5) (kgf/cm2) (kgf/cm2)

Confirmo o recebimento de treinamento para execução do transporte do equipamento supra citado.

Limites de velocidade recomendados:

Condições da estrada Veículo Normal Veículo Rebaixado


Estradas com bom estado de conservação 70 km/h 40 km/h
Estradas com estado de conservação ruim 50 km/h 20 km/h

Nome Legível: Data:

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4 INSTRUÇÕES GERAIS

4.1 INSPEÇÃO E VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO

O processo de recebimento do transformador consiste em realizar a conferência dos itens


contidos na nota fiscal e os itens recebidos, assim como, suas condições, ainda em cima do
veículo transportador.
Desta forma, indica-se que o processo contemple as seguintes etapas destacadas abaixo e o
preenchimento do ANEXO B – PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO deste
manual:

* Registros fotográficos (5 fotos no mínimo) com foco voltado a lateral e parte superior do
equipamento;
* Registros fotográficos (2 fotos no mínimo) de cada acessório e buchas/terminais;
* Verificar a ausência de danos externos no transformador, tais como: vazamento de óleo em
vedações, fixação de acessórios, buchas, aletas de radiadores (trocadores de calor);
* Inexistência de fissuras ou lascas nos corpos isolantes das buchas;
* Arranhões, avarias na pintura;
* Sinais de corrosão, choque;
* Estado dos acessórios;
* Placa de identificação: Verificar se as características da placa de identificação do
transformador estão de acordo com o especificado;
* Sistema de comutação: Deve-se efetuar a troca de todas as posições do comutador a vazio,
de modo a identificar possíveis problemas ocorridos durante transporte, posteriormente
retornando à posição inicial.

Para casos em que supostamente os danos foram causados em decorrência do transporte,


indica-se proceder conforme indicações abaixo:

1 – Notificar imediatamente o representante WEG;


2 – Conforme termo de garantia, efetuar ressalva detalhando o desvio no verso do
conhecimento de transporte e nota fiscal;
3 – Enviar imediatamente e-mail para a Assistência Técnica WEG, wtd-astec@weg.net, com
cópia para wtd-sinistros@weg.net, contendo fotos do equipamento ainda sobre a carroceria do
caminhão, fotos das avarias e informar o número de série do equipamento.

ATENÇÃO!
Para ter direito à garantia, o CLIENTE deve atender às especificações dos documentos
técnicos da WEG.

No descarregamento ou içamento, devem ser observadas as normas usuais de segurança.


Sob hipótese alguma podem ser utilizadas as buchas ou os olhais dos acessórios (radiadores,
conservador, etc.), como apoio para qualquer esforço no transformador, pois os mesmos são
partes frágeis (nem mesmo para deslocamento longitudinal).

ATENÇÃO!
Os cabos para içamento do transformador devem ser posicionados corretamente para evitar a
deformação dos olhais (ganchos).

Para qualquer um dos casos a Assistência Técnica WEG deve ser informada o mais breve
possível, ou em um período máximo de 10 dias.
Após este período, toda e qualquer definição para atendimento em garantia ficará a critério de
avaliação das informações efetuadas pela Assistência Técnica WEG.
Somente com a observação e avaliação criteriosa dos procedimentos acima, a garantia do
equipamento poderá ser acionada.

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Para auxilio dispomos no final do manual o ANEXO B – PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE


RECEBIMENTO.
Demais informações de contatos WEG podem ser encontradas no final do Manual.

4.2 ARMAZENAMENTO

É indicado que o transformador, após chegar ao local de instalação, seja prontamente montado
e instalado em sua base definitiva, mesmo que não vá entrar em operação imediatamente.
Em casos de curtos intervalos de tempo (máximo 3 meses) o transformador pode ser
armazenado sem óleo, desde que seja pressurizado com gás seco para transformador imerso
em óleo isolante mineral (se o líquido do transformador for óleo vegetal, a pressurização deve
ser feita com nitrogênio). A pressão a ser aplicada no equipamento é de 0,3Kgf/cm² à
temperatura de 25°C. Os cilindros para pressurização e os dispositivos de controle da pressão
interna do transformador são de responsabilidade atribuída ao cliente.
Em transformadores armazenados sem óleo, deve ser realizado inspeção semanal na pressão
de gás, com respectivos registros, de modo a detectar vazamentos em tempo hábil e evitar
penetração de umidade.
Conforme boas práticas de manutenção, indicamos gerar, manter uma planilha de controle com
os registros de inspeção, contendo datas e valores obtidos de pressão do gás dos cilindros e
do equipamento, para serem apresentadas ao fabricante, caso solicitado.
A grande maioria dos transformadores abrangidos neste manual será entregue completo na
obra, incluindo óleo. Alguns poucos casos, por necessidades especiais, ou por solicitação do
cliente serão entregues sem óleo. Para estas situações, considerar:

a. Os transformadores, quando não instalados imediatamente, devem ser armazenados


preferencialmente em lugar abrigado, seco, isento de poeiras e gases corrosivos, colocando-os
sempre em posição normal e afastados de área com muito movimento ou sujeito a colisões e
intempéries.
Sempre deposite o transformador sobre suportes que evitem seu contato direto com o solo,
diminuindo assim a possibilidade de corrosão. Quando armazenado ao tempo, a posição deve
ser tal que evite o acúmulo de água sobre as superfícies, e se isto não for possível, use uma
proteção (lona) contra chuva.
b. Os componentes e acessórios, quando retirados do transformador para transporte ou para
armazenamento, devem atender ao seguinte:
* Os acessórios devem ser armazenados em locais adequados (abrigados, secos e limpos);
* Radiadores, quando destacáveis, devem ser armazenados em locais secos e limpos, e sem
contato com o solo;
* Especificamente para equipamentos com óleo vegetal isolante, o manuseio de peças e
acessórios com óleo, tal como radiadores, válvulas, etc. exigem cuidados adicionais de
preservação e acondicionamento, pois as camadas finas de óleo vegetal contidas nestes
materiais não devem ser expostos ao ar atmosférico e às temperaturas acima de 40°C, para
minimizar a possibilidade de contaminação e/ou degradação (polimerização).

O óleo isolante pode ser armazenado em tambores metálicos de 200L com revestimento
interno compatível com óleo isolante. Devem ser mantidos na posição horizontal, ficando os
tampões alinhados, conforme Figura 10, e devem ser colocados em local abrigado, evitando-
se ainda o contato dos tambores com o solo. É indicado verificar as informações da FISPQ
(Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos, elaborada pelo fabricante do óleo)
dos óleos mineral e vegetal antes de qualquer atividade com o óleo isolante.

Figura 10 - Armazenagem dos tambores de óleo

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Os recipientes de armazenamento com óleo isolante, bem como as embalagens vazias que
continham óleo e que serão reutilizadas:

a) Devem ser hermeticamente selados: com gás inerte para recipientes que continham óleo
mineral e nitrogênio super seco para os recipientes que continham óleo vegetal.
b) É indicado que sejam estocados à temperatura ambiente (inferior a 35°C), em áreas
abrigadas, sem incidência de luz solar direta, isoladas e bem ventiladas, longe de fontes de
ignição ou calor.

O transformador provido de painéis de circuitos auxiliares, deve ser mantido com os resistores
de aquecimento ligados, comandados por termostatos regulados para a temperatura de 30ºC.

NOTA!
Há casos em que o transformador poderá ser enviado à obra sem óleo. Nesta situação, levar
em conta o que segue indicado no item 4.2.

ATENÇÃO!
A observância de todas as instruções de armazenagem supracitadas é obrigatória e condição
básica para a manutenção e validação da garantia contratual.

5 MONTAGEM

Antes de qualquer providência para montagem do transformador, deve ser verificada a


disponibilidade de pessoal qualificado assim como de equipamentos e ferramentas adequadas.
O fabricante do transformador não é responsável por sua montagem e instalação. A montagem
e instalação deve ser realizada de acordo com as leis correntes, normas e as instruções do
fabricante.
Informamos que possuímos na WEG a Seção de Comissionamento e Startup, que atua na área
de prestação de serviços, assim como vendas de partes e peças de transformadores.
Caso julgar necessário a visita de um técnico especializado, ou equipe para instalação,
mediante vossa solicitação, este canal de atendimento poderá apresentar uma proposta
comercial para prestação do serviço.

Dados para contato:

Blumenau
Santa Catarina – Brasil
Fone: (47) 3231 - 8146
E-mail: wtd-parts@weg.net

ATENÇÃO!
Não deve ser feita a montagem do transformador em dia chuvoso, ou com umidade superior a
70%.

a) Antes da montagem do transformador, deve ser feita uma verificação geral constando de:

* Inspeção visual principalmente quanto ao correto nivelamento da base;


* Fixação correta do transformador, através do dispositivo de ancoragem;
* Inspeção visual, na parte externa do tanque do transformador, a fim de constatar a não-
ocorrência de danos durante o manuseio;
* Constatação de que os dados de placa estão compatíveis com a especificação técnica do
equipamento;

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* Para transformadores religáveis, constatação de que a ligação de despacho (expedição)


atende ao especificado;
* Para transformadores transportados sem óleo, deve ser verificada a pressão interna. Para o
caso do equipamento em que a parte ativa estiver impregnada com óleo vegetal, o
equipamento deve estar pressurizado com gás nitrogênio super seco. Precauções de
segurança quanto ao equipamento estar pressurizado com nitrogênio devem ser seguidas;
* Para transformadores transportados com óleo, verificar a existência de vazamentos;
* Para transformadores transportados sem óleo, realizar o enchimento do equipamento
conforme APÊNDICE A item 3 deste Manual;
* Devem ser verificadas as conexões de aterramento do transformador.

Quando o transformador tiver desenho de dimensões externas, utilizá-lo para a montagem do


mesmo.

ATENÇÃO!
A relação de tensão, além da placa de identificação, deve ser confirmada através do ensaio de
relação de transformação.

PERIGO!
Em caso de transformador transportado sem óleo, o mesmo pode ter sido preenchido com
nitrogênio: Cuidado, este gás é asfixiante e implica risco de morte. A manipulação deve ser
feita por pessoal qualificado.

5.1 NIVELAMENTO

Caso seja instalado sobre bases/rodas, providenciar seu nivelamento, de tal maneira que se
obtenha apoio adequado, a fim de evitar problemas devido às vibrações próprias do
transformador.

ATENÇÃO!
A base da unidade deverá estar nivelada (inclinação máxima: 1,5°) e suas fundações devem
ter resistência suficiente para suportar o peso do equipamento.

5.2 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

Verificar se os dados da placa de identificação estão coerentes com o sistema ao qual o


transformador vai ser instalado (particularmente deslocamento angular, tensão e frequência).
Salvo indicação em contrário na ordem de compra, o transformador será despachado da
fábrica na maior tensão (quando existirem derivações) da alta e/ou baixa tensão.

5.3 ESTANQUEIDADE

No caso de ocorrer algum vazamento de óleo isolante, indicamos identificar o ponto e


comunicar imediatamente a assistência técnica da WEG, o qual avaliará e definirá o
procedimento de reparo a ser executado.

5.4 NÍVEL DO LÍQUIDO ISOLANTE

O liquido isolante constitui-se num elemento essencial para a boa performance do


equipamento. Verificar a indicação de nível no seu respectivo indicador (25°C para o tipo
magnético e marcação no tipo coluna). Nos transformadores sem indicador de nível, a
indicação é feita no interior do tanque (normalmente no lado de baixa tensão) com uma marca
referente ao nível a 25°C, sendo o acesso feito através da tampa de inspeção.

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5.5 ATERRAMENTO DO TANQUE

O aterramento do tanque é necessário para atender os critérios de segurança operacional do


equipamento e pessoal dos técnicos operadores e/ou mantenedores. No tanque está previsto
um ou dois pontos (conectores) para conexão, o qual deverá ser ligado a malha de terra
através de um cabo de cobre devidamente especificado pelo projeto da instalação.
Caso o tanque contemple dois pontos de aterramento, a WEG indica que apenas um deles seja
utilizado.

Figura 11 - Aterramento do tanque

5.6 LIGAÇÕES

As ligações do transformador devem ser realizadas de acordo com o diagrama de ligações de


sua placa de identificação. É fundamental que se verifique se os dados da placa de
identificação estão coerentes com o sistema ao qual o transformador vai ser instalado, e,
adicionalmente, que seja feito o ensaio de relação de transformação. As ligações das buchas
deverão ser apertadas adequadamente, cuidando para que nenhum esforço seja transmitido
aos terminais, o que pode ocasionar afrouxamento das ligações, mau contato e posteriores
vazamentos por deformações no sistema de vedação.
As terminações devem ser suficientemente flexíveis, a fim de evitar esforços mecânicos por
tração, expansão e contração dos cabos ou barramentos, que poderão causar a quebrar da
porcelana dos isoladores. Os esforços devem eliminados através de suportes especiais
previstos no projeto da instalação e/ou conectores apropriados que podem ou não ser
fornecidos com o transformador, através especificação técnica de compra.

ATENÇÃO!
Verificar e confirmar que os dados da placa de identificação (tensão, derivação) do
transformador estão corretos, atendendo as necessidades da rede na qual o transformador será
instalado.

5.7 TANQUE PRINCIPAL

Destinado a servir de invólucro da parte ativa e de recipiente do líquido isolante, subdivide-se


em três partes: lateral, fundo e tampa.
Neste invólucro encontram-se janela de inspeção, dispositivos de drenagem e amostragem do
líquido isolante, conector de aterramento, furos de passagem das buchas, radiadores, suportes
para acessórios e placa de identificação do equipamento. Em transformadores de maior porte,
encontram-se também, a caixa de ligações dos acessórios, tubulações e demais acessórios
definidos durante o projeto topográfico.
O tanque e a respectiva tampa devem ser de chapas de aço, laminadas a quente, conforme
padronizados em normas.

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Para transformadores maiores não há normalização para as espessuras das chapas. Cada
fabricante escolhe as chapas conforme a especificação ou necessidade no projeto mecânico.
Com referência aos tipos construtivos do tanque, isto dependerá principalmente da
especificação do cliente, layout da subestação para definição da localização e saída das
buchas, do tipo de derivação dos enrolamentos para definição do comutador a ser utilizado e
principalmente do projeto da parte ativa, dentre outros requisitos gerais. Basicamente, os tipos
construtivos dividem-se em:

a) Transformador com conservador de óleo: os transformadores que tem o tanque totalmente


cheio de óleo possuem o conservador de óleo para expansão do mesmo quando aquecido
(Figura 12), o conservador é um acessório destinado a compensar as variações de volume de
óleo decorrentes das variações da temperatura ambiente e da parte ativa do transformador
quando em operação. Normalmente possuem forma cilíndrica, com o seu eixo disposto na
horizontal e instalado a uma altura suficiente que possa assegurar o nível mínimo permissível
para as partes isolantes, na condição de nível mínimo de óleo. Tem como vantagem melhor
controle da pressão interna no tanque e possibilita a instalação do relé detector de gás do tipo
Buchholz, detectando os gases combustíveis gerados por falha elétrica interna, permitindo o
desligamento do transformador.
Ao instalar, é necessário verificar se o conservador está seco e limpo internamente, caso não,
lavá-lo com óleo limpo e aquecido ± 10 à 50ºC.
Caso exista sistema de preservação do óleo isolante no conservador (membrana/bolsa de
borracha), verificar sua integridade e correto funcionamento.

Figura 12 - Tanque com conservador de óleo

b) Transformador com tanque selado: transformadores cujo tanque assegura a separação total
entre os ambientes interno e externo. O tanque, neste caso, mantém-se parcialmente cheio de
óleo (Figura 13) sendo necessário um espaço interno de ar para expansão do óleo quando é
aquecido.
Tem como vantagem uma melhor preservação do óleo uma vez que o mesmo não está em
contato com o meio externo.

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Figura 13 - Transformador com tanque selado

5.8 CONSERVADOR DE ÓLEO

Os equipamentos deste manual em geral são fornecidos com conservador de óleo montado no
transformador. No entanto há casos no qual o conservador será fornecido em separado. Nesta
situação, considerar as instruções a seguir.
O conservador de óleo possui tubos flangeados para as conexões das tubulações do secador
de ar e do relé de gás, para as conexões do indicador de nível de óleo, e válvulas para
enchimento e drenagem de óleo. É embalado separado do tanque principal e sem óleo e todas
as suas tubulações são tampadas com flanges.
Verificar se o conservador está seco e limpo internamente, caso não, lavá-lo com óleo limpo e
aquecido ± 10 à 50ºC.
Caso exista sistema de preservação do óleo isolante no conservador (membrana/bolsa de
borracha), verificar sua integridade e correto funcionamento.
Instalar o conservador (erguendo-o pelos pontos apropriados) e os respectivos suportes
eventualmente existentes.

ATENÇÃO!
Antes da montagem do conservador, deve-se proceder com uma inspeção visual e executar o
ensaio de estanqueidade na bolsa de borracha (caso a bolsa seja aplicável ao transformador).

ATENÇÃO!
Para o caso de transformadores recebidos com óleo ou sem óleo, porém com conservador
resistente a vácuo, montar a tubulação de interligação entre conservador e tampa do
transformador, incluindo o relé de gás e respectivas válvulas.

ATENÇÃO!
Para o caso dos transformadores recebidos sem óleo e o conservador não resistente a vácuo,
montar a tubulação, porém não montar o relé de gás e respectivas válvulas. A extremidade da
tubulação ligada à tampa do transformador pode ser utilizada para aplicação de vácuo.

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1 Caixa de passagem do ar 8 Tampa de inspeção


2 Equalização conservador/bolsa 9 Indicador de nível
3 Pontos de fixação da bolsa de borracha 10 Válvula de drenagem
4 Válvula para enchimento 11 Suporte do conservador
5 Bolsa de borracha 12 Tubulação do secador de ar
6 Conservador 13 Tubulação Buchholz do tanque princ.
7 Abertura do conservador
Figura 14 - Conservador de óleo com bolsa de borracha

O ar existente entre a bolsa de borracha e suas adjacências (Figura 14) deverá ser eliminado
no local da instalação durante o enchimento de óleo. O óleo devidamente preparado é
introduzido no tanque até a bolsa de borracha ficar vazia.
Exceto quando houver determinação especial, a temperatura deverá estar entre 5 e 35 °C, e a
umidade relativa do ar entre 45 e 85% durante os ensaios. Portanto, deverão ser evitadas
correntes de ar para que não haja variação de temperatura e umidade relativa, prejudicando
assim os resultados.
O conservador deverá resistir ao ensaio de estanqueidade com colocação de ar seco à
pressão de 0,1 kgf/cm². Não devendo apresentar nenhum vazamento durante o ensaio (Figura
15). Durante o processo de vácuo e pressurização do transformador manter aberta a válvula de
equalização da bolsa.

ATENÇÃO!
Proceda com a inspeção visual da bolsa de borracha e execute o ensaio de estanqueidade na
mesma antes da montagem no conservador de óleo.

ATENÇÃO!
Deve ser evitado o uso de objetos pontiagudos e cortantes para manuseio da bolsa de
borracha, já que os mesmos podem furar ou cortar a bolsa.

Figura 15 - Teste estanqueidade na bolsa de borracha

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Para conservador de óleo sem bolsa de borracha deve-se proceder a montagem normalmente.

5.9 RADIADOR DESTACÁVEL

Os equipamentos deste manual em geral são fornecidos com radiadores fixos no corpo do
transformador. No entanto há casos nos quais os radiadores são fornecidos em separado.
Nestas situações, considerar as instruções a seguir.
Os radiadores destacáveis, quando aplicados, são destacados para o transporte, e para evitar
a entrada de impurezas, umidade e outros elementos que possam contaminá-los, são
colocadas tampas nos flanges, que deverão ser retiradas na montagem, os radiadores devem
ser inspecionados internamente no momento da sua instalação quanto a limpeza e umidade.
Caso necessário (detecção de resíduos ou tempo de armazenagem superior a 03 meses)
devem ser lavados com óleo limpo e aquecido (50ºC. ± 10). Este procedimento deve ser
realizado por pessoal especializado.
Os radiadores são embalados empilhados sobre um pallet de madeira e amarrados com cintos
conforme mostrado na Figura 16. Para movimentar este conjunto de radiadores, deve-se
utilizar empilhadeira ou cintos que envolvam todo o estrado de madeira.

Figura 16 - Embalagem dos radiadores

Para o levantamento individual dos radiadores (Figura 17) deve-se operar com cuidado,
evitando batidas e amassamentos. Para isto separe cada um de seu engradamento prendendo
o cabo de aço nos olhais de suspensão (itens 10 e 11 da Figura 18).
A fixação do radiador ao transformador deverá ser realiza preferencialmente com guindaste
conforme a Figura 17.

Figura 17 - Levantamento do radiador para retirada da embalagem

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A passagem de óleo dos radiadores (Figura 18) ao tanque é feita através dos flanges de
ligação (1) soldados ao tanque. Os radiadores são fixados aos flanges de ligação (1) por meio
dos flanges dos radiadores (4) intercalando-se, em alguns casos, uma válvula “borboleta” (2)
que permite a desmontagem sem que seja necessário esgotar-se o óleo do tanque da unidade.
Estas válvulas existentes nos tubos superiores e inferiores são acionadas por meio de
alavancas (3). O radiador possui um bujão superior (9) para enchimento do óleo e purga de ar
localizado no tubo coletor superior e um bujão inferior (8) para drenagem do óleo. Para facilitar
o içamento individual do radiador, existem dois olhais de suspensão conforme (10 e 11), um
posicionado no tubo coletor inferior e o outro no superior.

1. Flange de ligação ao tanque 8. Bujão inferior


2. Válvula de tipo borboleta 9. Bujão superior
3. Alavanca 10. Olhal de suspensão inferior
4. Flange do radiador 11. Olhal de suspensão superior
5. Tubo coletor 12. Fundo do tubo coletor
6. Suporte antivibratório 13. Tanque do transformador
7. Elementos 14. Guarnição
Figura 18 - Montagem do radiador no transformador

O seguinte procedimento deve ser adotado para desmontagem dos radiadores, caso seja
necessário no futuro:

* Fechar as correspondentes válvulas tipo “borboleta” Figura 18 (item 2).


* Retirar o líquido isolante contido nos radiadores, através dos bujões inferiores Figura 18 (item
8). Para facilitar o escoamento, abrir também o bujão superior Figura 18 (item 9).
* Desmontar os radiadores, utilizando um guindaste Figura 19, colocando as respectivas
guarnições e flanges cegos nos flanges dos radiadores e das válvulas tipo borboleta.
* Armazená-los conforme Figura 16.

Figura 19 - Desmontagem do radiador

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ATENÇÃO!
Radiadores, flanges, suportes, válvulas, caixas de proteção de buchas ou quaisquer outros
componentes externos NUNCA devem ser submetidos a apoios de carga, apoio do operador
ou para apoio para levantamento do transformador. Tais componentes não são projetados para
esta finalidade.

ATENÇÃO!
As proteções dos flanges dos radiadores não devem ser retiradas durante o transporte e
armazenamento a fim de evitar qualquer penetração e/ou condensação de umidade. Deve
acontecer a retirada somente quando for executada a montagem dos radiadores no tanque
principal.

ATENÇÃO!
Faça o levantamento do transformador utilizando os pontos de sustentação destinados para
esta finalidade, conforme indicação nos desenhos. O uso de quaisquer outros pontos resultará
em danos severos ao equipamento.

ATENÇÃO!
Durante o levantamento evite batidas, amassamentos ou danos à pintura do radiador. Batidas
ou amassamentos do radiador podem causar mau funcionamento do mesmo.

PERIGO!
A carga suspensa nunca deve ser movimentada sobre pessoas.

ATENÇÃO!
Em caso de ventos e chuvas fortes a operação de levantamento e movimentação da carga, se
ocorrer em ambientes externos, deve ser paralisada.

5.10 OLHAL DE IÇAMENTO

Olhal de elevação é tipicamente fornecido para o levantamento do equipamento completo.


Os olhais de levantamento do transformador completo são posicionados no tanque do
equipamento. Os mesmos são projetados para a elevação vertical do equipamento e são
concebidos para suportar o peso do transformador completamente montado e com óleo
(Figura 20).
Se o transformador não puder ser conduzido por um guindaste ou carro hidráulico, pode então
ser deslocado sobre roletes. Neste caso, devem ser colocadas pranchas para melhor
distribuição dos esforços na base.
Ao levantar o equipamento completo, o cabo deve ser fixado de modo que ele forneça uma
força vertical para cada terminal. Como precaução adicional para evitar qualquer deformação
das paredes do tanque, a tampa deve estar sempre firmemente presa no lugar. O comprimento
dos cabos de elevação deve ser apropriado para que o equipamento seja levantado de
maneira uniforme. Os pesos são indicados na placa de identificação e desenho de dimensões
externas do equipamento.

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Figura 20 - Suspensão

ATENÇÃO!
Faça o levantamento utilizando exclusivamente os pontos de sustentação destinados para esta
finalidade, conforme indicação nos desenhos. O uso de quaisquer outros pontos resultará em
danos severos ao equipamento, consequente perca de garantia.

ATENÇÃO!
O içamento do transformador pode ser realizado com cabos de aço, cintas apropriadas,
correntes ou outros elementos de içamento disponíveis no cliente. Entretanto é importante
verificar previamente o estado de conservação dos elementos de elevação e se sua
capacidade de carga está de acordo com aquela necessidade.

PERIGO!
A carga suspensa nunca deve ser movimentada sobre pessoas.

Guias ou vigas intermediárias, devem ser usadas caso os cabos ou correntes não sejam
longos o suficiente para permitir o levantamento adequado.
Esta instrução somente deve ser efetuada no caso de operações especiais, por exemplo,
situações que apresentem limitações de altura no local da instalação ou componentes
montados na parte superior do equipamento a ser manuseado, que não possam ser
desmontados, e que interfiram diretamente nos cabos de levantamento.
Em qualquer situação, no mínimo quatro pontos de levantamento devem ser utilizados para
evitar a inclinação do equipamento durante o manuseio.

ATENÇÃO!
Em caso de ventos e chuvas fortes a operação de levantamento e movimentação da carga, se
acontecer em ambientes externos, deve ser paralisada.

5.11 APOIO PARA MACACO

Os apoios para macacos (Figura 21) são fornecidos nos equipamentos e normalmente
posicionados nas laterais maiores do tanque principal próximo à base do equipamento. São
projetados para suportar o peso do equipamento completamente montado e cheio de óleo.
Consulte o desenho do arranjo externo para verificar o posicionamento exato destes apoios.

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Figura 21 - Exemplo de apoio para macaco do transformador

5.12 COMUTADOR DE DERIVAÇÃO

5.12.1 Comutador Tipo Acionamento a Vazio (Desenergizado)

Este tipo de comutador tem como principal vantagem a sua facilidade de operação, sendo a
manobra ou comutação realizada internamente ou externamente por meio de uma manopla
que pode estar situada internamente acima do nível do óleo ou externamente na tampa ou
lateral do transformador. Podem ser monofásicos ou trifásicos. O acionamento externo do
comutador é usado obrigatoriamente quando o transformador possuir conservador de óleo.
Normalmente, os comutadores de acionamento a vazio utilizam acionamento não motorizado,
porém, dependendo do modelo poderão possuir acionamento motorizado.
Tipos de comutadores sem tensão utilizados nos transformadores de potência:

a) Comutador linear 300 A: até 13 posições, acionamento externo, tensões até classe 145 kV,
usado para potências superiores a 3 MVA ou quando a corrente for elevada. Este comutador é
normalmente instalado na vertical, possui grande flexibilidade. Admite até 3 colunas com até 4
grupos de contato por colunas.

b) Comutador rotativo: até 7 posições, acionamento externo, tensões até classe 145 kV,
corrente até 1.200A, normalmente 200, 300, 400, 800, 1.200 e 2000A. Podem ou não possuir
acionamento motorizado e sinalizações remotas de operação, normalmente são instalados na
vertical.

c) Comutador linear especial: até 13 posições e para qualquer classe de tensão e corrente até
2.500A, pode vir com contatos para bloqueio de operação indevida. Pode ou não possuir
acionamento motorizado e sinalizações remotas de operação. Instalado na vertical ou
horizontal. Neste grupo incluem-se o comutador sem tensão para religação de tensões.

5.13 ACESSÓRIOS

Os acessórios são componentes que complementam o conjunto tanque, tampa e conservador


(se aplicável) necessários para vários procedimentos aplicados a transformadores, tais como:
proteção, retirada de óleo isolante, indicação de nível, sinalizações, acionamento da
refrigeração etc.
Os acessórios tratados neste manual são aqueles utilizados para proteção e supervisão de
transformadores imersos em óleo isolante. No item 5.13.1 do manual está a descrição
funcional resumida dos principais acessórios. Definições mais detalhadas devem ser
consultadas nos desenhos do fornecimento, catálogos e manuais de cada fabricante do
componente específico.

5.13.1 Descrição Funcional dos Acessórios

5.13.1.1 Válvula de alívio de pressão (DAP)

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A válvula de alívio de pressão é utilizada contra surtos de sobrepressão em tanques de


transformadores selados ou com conservador de óleo. Pode ser fornecida, dependendo de seu
modelo, com ou sem capa de proteção para direcionar o fluxo do líquido que será ejetado
quando a mesma atuar. Também pode ter contatos de sinalização para alarme e/ou
desligamento.
Pode ser fornecida com ajustes de 0,25 a 0,9 kgf/cm² (25 a 90 kPa), conforme modelo. É
normalmente fornecida já calibrada de fábrica com 0,7 kgf/cm² (70 kPa).
Em transformadores podem ocorrer sobrepressões no interior do tanque causados por curtos-
circuitos.
Quando ocorrer uma sobrepressão interna no tanque que ultrapasse a pressão de calibração
da válvula, esta irá atuar imediatamente aliviando a sobrepressão interna excedente,
preservando assim a integridade física do tanque e dos equipamentos a ele ligados. Após o
alívio da pressão, a válvula retorna à posição original automaticamente. É equipada com ou
sem contatos elétricos e pode possuir um sinalizador visual, conforme modelo da válvula, que
irá permanecer atuado até o seu rearme manual.

ATENÇÃO!
A válvula de alívio de pressão instalada submersa em líquido, antes de colocada em operação,
deve ser purgada até que os gases existentes internamente sejam eliminados.

A Figura 22 apresenta algumas válvulas existentes no mercado que são utilizadas para
proteção de tanques de transformadores.

Figura 22 - Modelos de válvulas de alívio de pressão

5.13.1.2 Desumidificador (secador) de ar a sílica gel

O desumidificador de ar a sílica gel é utilizado nos transformadores que são providos de


conservador de óleo isolante. É instalado na tubulação de respiro do conservador e tem como
função retirar as impurezas e a umidade do ar que passa por dentro do mesmo através da
ação da sílica gel existente no seu interior, evitando assim a deterioração do óleo ou bolsa de
borracha existente no interior do conservador de óleo.
Ao passar pela sílica gel, o ar deixará umidade, fazendo que com o tempo a sílica gel troque de
coloração, até a sua saturação. No estado de saturação a sílica muda de cor indicando a
necessidade de sua substituição ou regeneração.
Devem-se observar nas instruções contidas no catálogo do fabricante da sílica para as
colorações predominantes para cada estado de saturação.
Para regeneração da sílica gel pode-se colocar em estufa com temperatura máxima de 120 °C
por 2 a 4 horas até o retorno da coloração original da sílica. Porém, existe um número máximo
de regenerações possíveis uma vez que a cada regeneração ocorrerá um percentual de perda
da capacidade de absorção de umidade pela sílica.
Os desumidificadores de ar poderão ser fornecidos com o corpo em alumínio, ferro, aço inox,
acrílico ou policarbonato. As capacidades internas dos mesmos variam de 0,5 a 7,0 kg de sílica
gel e as formas de fixação ao transformador são normalmente através de luva roscada ou
flange.
O dimensionamento da capacidade do reservatório do desumidificador de ar varia de acordo
com cada fabricante e está relacionado diretamente com o volume de óleo existente no
transformador.
Existem vários modelos e fornecedores de desumidificador de ar. A Figura 23 apresenta
alguns modelos disponíveis no mercado.

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Figura 23 - Modelos de desumidificadores de ar a sílica gel

Procedimento para enchimento do secador de ar com sílica gel:

* Identificar o ponto de colocação de sílica gel no secador de ar (consultar o manual do


fabricante) conforme Figura 24 (a).
* Colocar a quantidade de sílica gel de acordo com a capacidade de cada secador de ar
conforme mostrado na Figura 24 (b).
* Fechar o secador de ar (consultar o manual do fabricante).
* Instalar o secador de ar na tubulação específica para esta finalidade existente no
transformador conforme Figura 24 (c).
* Colocar óleo no copo destinado para o selo hidráulico do secador de ar conforme Figura 24
(d).

(a) (b)

(c) (d)
Figura 24 - Secador de ar: a) Identificação do ponto de colocação de sílica, b) Colocação de sílica e
c) Instalação do secador na tubulação do transformador d) colocação do óleo no copo do secador

5.13.1.3 Relé detector de gás tipo Buchholz (RB)

O relé detector de gás tipo Buchholz (Figura 25) tem por finalidade proteger equipamentos
imersos em líquido isolante, através da supervisão do fluxo anormal do óleo ou ausência dele,
e a formação anormal de gases pelo transformador. É utilizado em transformadores que

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possuem tanque para expansão de líquido isolante (conservador de óleo). Detecta, por
exemplo, os seguintes problemas: vazamento de óleo isolante, curto-circuito interno do
transformador ocasionando grande deslocamento de óleo isolante, formação de gases internos
devido às falhas intermitentes ou contínuas que estejam ocorrendo no interior do
transformador.
O relé detector de gás é normalmente instalado entre o tanque principal e o tanque de
expansão do óleo (conservador de óleo) do transformador. O acoplamento é feito através de
flanges com aberturas para passagem do óleo com diâmetro que varia de acordo com o
modelo do relé. Possui visores nos quais estão indicados uma escala graduada do volume de
gás. Internamente, o relé tem uma estrutura de sustentação onde estão presas duas boias e
dois ou mais contatos elétricos. Uma das boias é destinada à atuação por acúmulo de gases e
a outra destinada à atuação por fluxo ou falta de óleo. Se uma produção excessiva de gás
provoca uma circulação de óleo no relé, é a boia inferior que irá reagir, antes mesmo que os
gases formados atinjam o relé. Em ambos os casos as boias, ao sofrerem deslocamento,
acionam os respectivos contatos.
A escolha do relé detector de gás é normalmente realizada de acordo com a potência do
transformador e do diâmetro da tubulação (1”, 2”, 3” ou 4”) no qual o mesmo será instalado.

Figura 25 - Modelos de relés detectores de gás (tipo Buchholz)

5.13.1.4 Indicador magnético de nível de óleo (INO)

O óleo isolante do transformador se dilata ou se contrai de acordo com a variação da


temperatura ambiente e a variação da temperatura gerada pela parte ativa do transformador.
Em função desta variação haverá um aumento ou uma diminuição do nível do óleo do
transformador. Sendo assim, a finalidade do indicador de nível do óleo (Figura 26) é indicar
com relativa precisão o nível de óleo no interior do tanque do transformador ou do conservador
de óleo. Para esta indicação são utilizados normalmente indicadores magnéticos de nível,
podendo possuir ou não sistema de indicação elétrico (contatos, transdutores etc.).
É um aparelho de proteção que mostra local ou remotamente o status do nível de óleo do
transformador.
A denominação “magnético” do indicador de nível se dá porque o mesmo possui o
acoplamento da parte traseira (onde é instalada a boia) à parte dianteira (ponteiro) sem
comunicação física entre eles, sendo esta comunicação realizada pelo acoplamento magnético
de dois imãs denominados “acionado” e “acionador”.
O imã acionador fica ligado ao eixo da boia e o imã acionado fica ligado ao eixo do ponteiro.
Existem no mercado vários modelos de INO que podem ser utilizados em transformadores, e a
Figura 26 mostra alguns destes modelos.

a) Vista frontal b) Vista traseira axial c) Vista traseira radial


Figura 26 - Modelo de indicador magnético de nível de óleo

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5.13.1.5 Termômetro do óleo (ITO)

O termômetro de óleo é utilizado para medir e indicar a temperatura do óleo, que varia em
função da carga e da condição climática a que é submetido o transformador.
Existem termômetros de óleo com haste rígida, usados nos transformadores de menor porte, e
termômetros de óleo com capilar, usados nos transformadores de maior porte. O sistema é
constituído de um sensor de temperatura, um capilar e um mostrador.
O sensor de temperatura é encapsulado e montado em um poço protetor, que é imerso em
uma câmara de óleo na tampa do tanque do transformador, ponto mais quente do óleo.
Conforme a variação da temperatura no sensor de temperatura, o fluído térmico em seu interior
sofre dilatação ou contração, transmitindo a variação de temperatura para o mecanismo interno
do mostrador do termômetro.
O capilar também é composto de fluído térmico em seu interior e une o sensor de temperatura
ao mecanismo do mostrador do termômetro.
O mostrador do termômetro é constituído de uma caixa com visor de escala graduada,
microchaves, ponteiros de limite (ajustados manualmente), ponteiro indicador da temperatura e
ponteiro de arraste para indicação da máxima temperatura.
O ponteiro indicador da temperatura movimenta-se de acordo com a variação do fluído térmico,
acionando as microchaves ao atingir as temperaturas ajustadas nos ponteiros de limite.
O ponteiro de arraste é movimentado pelo ponteiro indicador da temperatura somente no
processo de elevação de temperatura, ficando estacionado na maior temperatura atingida pelo
equipamento num determinado período.
Em função da necessidade, pode-se especificar modelos de termômetros de óleo com até seis
contatos tipo microchaves (NAF) independentes, saída de 0 a 1mA, 4 a 20mA e
termoresistência Pt100.
Seguem exemplos de termômetros de óleo com as características construtivas mencionadas
neste subitem, sendo a Figura 27 para termômetro com haste rígida e a Figura 28 para
termômetro com capilar.

a) b)
Figura 27 - Termômetros com bulbo com haste rígida - a) com contatos elétricos; b) sem contatos

Figura 28 - Termômetros com bulbo com capilar e contatos tipo microswitch

5.13.1.6 Termômetro do enrolamento (ITE)

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O termômetro do enrolamento é utilizado para medir e indicar indiretamente a temperatura do


enrolamento, que varia em função da carga a que é submetido o transformador.
A informação da temperatura do enrolamento é obtida através de um sistema chamado
“imagem térmica”. Ela é denominada imagem térmica por reproduzir indiretamente a
temperatura do enrolamento, sendo esta última a composição da temperatura do óleo
acrescida do gradiente de temperatura do enrolamento (Δt) em relação ao óleo.
Esta medição de temperatura poderá ser realizada através de termômetros do enrolamento
convencionais ou eletrônicos.
Os termômetros convencionais utilizam a calibração do sistema de imagem térmica realizada
através do ajuste de uma resistência de aquecimento (que representará o gradiente de
temperatura (Δt) calculado do enrolamento). A corrente do TC de imagem térmica do
enrolamento passará por esta resistência devendo a elevação da temperatura da resistência de
aquecimento ser proporcional à elevação da temperatura do enrolamento em relação ao óleo.
São constituídos basicamente de um bulbo, capilar, termoresistência (opcional), resistência de
ajuste e mostrador. O bulbo é instalado na parte mais quente do óleo (topo óleo) em um
reservatório geralmente localizado na tampa do transformador. O capilar, quando existir, liga o
mostrador ao bulbo possibilitando que o mostrador fique localizado em um local distante do
mesmo, mas de fácil visualização do usuário.
Termoresistência é um elemento sensor de temperatura de cobre (Cu) ou platina (Pt) que é
utilizado para transmitir remotamente um sinal de temperatura do enrolamento. A resistência de
ajuste serve para ajuste do incremento do gradiente de temperatura (Δt) do enrolamento. O
mostrador é constituído de uma caixa, um visor com impressão das temperaturas, contatos
elétricos ou microrruptores, ponteiro indicador da temperatura, e ponteiro de arraste para
indicação de temperatura máxima com retorno manual. Este ponteiro de arraste é impulsionado
pelo ponteiro indicador da temperatura e apenas quando em ascensão desta, possibilitando
assim, a verificação da temperatura máxima do enrolamento atingida em um dado período.
Com a variação da temperatura do óleo no bulbo, o líquido (fluído térmico) em seu interior sofre
uma dilatação ou contração, transmitindo esta variação de temperatura até o mecanismo
interno do mostrador do termômetro. No mesmo momento, o sistema também sofre o
acréscimo do gradiente de temperatura do enrolamento que se soma à temperatura do óleo.
Esta informação é repassada ao ponteiro do indicador de temperatura que é acionado
indicando esta composição de temperaturas no display do mostrador. Quando o valor da
temperatura atingir os valores ajustados para fechamento dos contatos elétricos ou
microrruptores, o sinal será transmitido ao sistema de proteção podendo acionar alarme,
desligamento ou fazer o controle automático do dispositivo de resfriamento do transformador.
Quando o transformador é dotado de termômetros do óleo e enrolamento, levando-se em
consideração que a resposta de aumento de temperatura é mais rápida no enrolamento do que
no óleo, geralmente o controle da ventilação forçada do transformador é realizado pelos
contatos do termômetro do enrolamento.
A constante do tempo do sistema é da mesma ordem de grandeza do enrolamento. Logo, o
sistema reproduz uma verdadeira imagem térmica da temperatura do enrolamento do
transformador.
Estão apresentados na Figura 29 alguns termômetros de enrolamento convencionais.

a) b)
Figura 29 - Termômetro do enrolamento (ITE) - a) Bulbo com capilar (com contatos tipo microswitch); b) Exemplo de
uma representação esquemática

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5.13.1.7 Controlador microprocessado de temperatura

Os controladores microprocessados de temperatura (Figura 30 c)) foram desenvolvidos para


substituir, com a vantagem da tecnologia microprocessada, o termômetro de óleo e
enrolamento tradicional. É um sistema microcontrolado de alta precisão, confiabilidade e
versatilidade. Sua aplicação é a leitura, cálculo, indicação e transmissão da temperatura do
ponto mais quente do óleo e enrolamento. Recebe valores de corrente provenientes de TCs e
de resistência de um sensor do tipo Pt100 (Figura 30 a)), que são transformados através de
um software incorporado em temperatura equivalente vista no display. Possuem relés de
contatos fixos ou programáveis, saídas analógicas individuais programáveis, saídas de
comunicação serial RS232 e RS485 em protocolo a ser especificado.
O monitor de temperatura desempenha diversas funções de controle e supervisão, sendo que
através do mesmo é possível configurar os parâmetros de sua atuação e ler os valores
medidos e programados.
Para verificar o funcionamento dos contatos e configurar os parâmetros no monitor de
temperatura, com o mesmo instalado no transformador, proceder conforme orientação
específica de cada fabricante.

a) b) c)
Figura 30 – Conexão do monitor de temperatura: a) Sensor de temperatura; b) Esquema de ligação; c) Controlador de
temperatura (TM)

5.13.1.8 Transformadores de corrente (TC)

O transformador de corrente faz parte de um grupo denominado transformador para


instrumento. Este transformador de corrente é mundialmente utilizado nos sistemas de
transmissão e distribuição de energia elétrica. Ele proporciona isolamento contra a alta tensão
e corrente do circuito de potência, suprindo instrumentos que integram os sistemas de
medição, controle e proteção da rede de transmissão e distribuição.
O circuito primário do TC é constituído de poucas espiras (uma, duas ou três, por exemplo)
feitas de condutor de cobre de grande seção. No caso do TC instalado na bucha do
transformador, o próprio condutor do circuito serve como primário. O circuito secundário
fornece uma corrente proporcional à passante no circuito primário, porém suficientemente
reduzida de forma que os instrumentos conectados a ele possam ser fabricados relativamente
pequenos. Esses instrumentos são elétricos de baixa impedância, e fazem parte dos sistemas
de proteção, medição e controle. Tratam-se de amperímetros, relés de corrente, termômetros
temperatura, monitores de temperatura, entre outros. Para os TCs fabricados no Brasil são
estabelecidas correntes primárias nominais dentro de uma faixa que varia de 5A à 8000A. A
corrente secundária nominal é padronizada em 5A, porém correntes de 1A, 1,5A, 2A, 2,5A
também são frequentemente utilizadas. A norma especifica as correntes primárias e as
relações nominais para transformadores de corrente em quatro grupos que caracterizam
respectivamente os tipos de relações nominais simples, duplas, triplas e múltiplas.
Os TCs utilizados em transformadores são do tipo bucha e possuem o núcleo com formato
toroidal, conforme ilustrado na Figura 31, construído com chapas de aço silício ou outro

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material de características ferromagnético adequadas a esta utilização. São normalmente


classificados como: TC para medição com classes de precisão de 0,3; 0,6; 1,2 ou 3% e TC
para proteção com classes de precisão de 3,5 ou 10%.
Outras relações de transformação poderão ser projetadas de acordo com as necessidades de
cada cliente, porém cuidados devem ser tomados, pois relações de transformação muito baixas
para este tipo de TC poderão acarretar dimensões e peso muito grandes. Dependendo da
classe de precisão requerida, a fabricação do TC poderá tornar-se inviável.
São instalados internamente no transformador.
Para o projeto dos TCs tipo bucha deverá ser seguido todas as indicações descritas em
normas.

Figura 31 - Transformador de corrente tipo bucha

5.13.1.9 Relé de pressão súbita (RPS)

O relé de pressão súbita (Figura 32) é um equipamento de proteção de súbitas pressões


internas em transformadores. Existem modelos distintos para instalação em transformadores
selados ou com conservador de líquido isolante. Normalmente, o relé de pressão súbita para
transformadores selados é instalado acima do nível máximo do líquido isolante, no espaço
compreendido entre o líquido isolante e a tampa do transformador. Entretanto, é aceitável
também a montagem horizontal, sobre a tampa do transformador. Para transformadores com
conservador de óleo, o relé de súbita pressão normalmente é instalado na parte inferior do
tanque no mesmo nível da válvula de drenagem de óleo do transformador.
O relé é projetado para atuar quando ocorrerem defeitos no transformador que produzam
pressão interna anormal, na ordem de 0,2 kgf/cm2, sendo sua operação ocasionada somente
pelas mudanças rápidas da pressão interna independente da pressão normal de operação do
transformador.
Por outro lado, o relé não opera devido a mudanças lentas de pressão, próprias do
funcionamento normal do transformador, bem como durante perturbações do sistema (raios,
sobretensões de manobra ou curto-circuito), a menos que tais perturbações produzam danos
internos no transformador.

Figura 32 - Relé de pressão súbita

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5.13.1.10 Manômetro e Manovacuômetro

O manômetro (Figura 33 a)) é um instrumento utilizado para medir a pressão interna do tanque
do transformador, e o manovacuômetro (Figura 33 b)), mede a pressão interna e o vácuo no
tanque do transformador. Podem ou não possuir contatos de atuação.

a) b)
Figura 33 – (a) Manômetro; (b) Manovacuômetro com contato elétrico

5.13.1.11 Bolsa de borracha em conservador de óleo

O sistema de selagem através de bolsa de borracha (Figura 34) no conservador de óleo de


transformadores previne que o óleo isolante do equipamento tenha contato com o ar ambiente,
evitando assim sua contaminação com oxigênio e umidade, fatores aceleradores do
envelhecimento da celulose, além de evitar a deterioração do óleo e a redução de sua rigidez
dielétrica.

Figura 34 – Montagem da bolsa de borracha

5.13.1.12 Relé de ruptura de membrana/bolsa

Eventuais vazamentos na bolsa de borracha podem permanecer despercebidos, expondo o


transformador a um processo de contaminação contínua por um longo período. O relé de
ruptura (Figura 35) monitora on-line a ruptura da membrana ou bolsa, emitindo alarme se for
detectada a presença indevida de óleo na parte interna da bolsa de borracha. É constituído por
um sensor óptico que é instalado dentro da bolsa de borracha (lado do ar), que se interliga a
uma unidade de controle localizada no painel do transformador, dotada de contato de alarme e
sinalização local de ruptura.
O princípio de funcionamento é baseado na reflexão da luz. Quando não há presença de óleo,
a luz emitida pelo led-emissor (contido no sensor óptico) é totalmente refletida internamente
pela cúpula da cápsula e captada pelo receptor óptico. Caso o óleo atinja a cúpula, a
quantidade de luz emitida será diferente da captada pelo receptor causando desequilíbrio dos
circuitos de acoplamento e atuação do contato de sinalização.

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(a) (b) (c)


Figura 35 – Relé de ruptura de membrana: a) Relé; b) Sensor; c) Esquema de instalação

5.13.1.13 Buchas

Buchas são dispositivos que permitem a passagem isolada dos condutores internos dos
enrolamentos do transformador ao meio externo. São constituídos, basicamente por:

* Corpo isolante: de porcelana vitrificada ou material polimérico;


* Condutor passante: de cobre eletrolítico ou latão;
* Terminal: de latão ou bronze;
* Vedação: de borracha (resistente ao óleo) e papelão hidráulico.

As formas, tipos e dimensões variam com a tensão e a corrente de operação. Para os


transformadores desta especificação subdividem-se em:

a) Bucha em porcelana sólida padrão DIN

Buchas de média e alta tensão, classes de tensão de 15, 24.2 e 36,2 kV e correntes nominais
de 250, 630, 1.000, 2.000 e 3.150A, fabricadas pela WEG conforme a Figura 36 a).
Buchas em porcelana sólida fornecidas por outros fabricantes, também com padrão
internacional:

* Podem ser fornecidas, quando forem solicitadas, tensão corrente ou características especiais
diferentes do padrão de fabricação da WEG. Ver Figura 36 b).

As buchas devem estar perfeitamente limpas e secas, e há necessidade de revisar e reapertar


os terminais antes de colocá-los em serviço. No momento de instalação e/ou manutenção
prévia as conexões devem passar por limpeza com escova de aço, reconectadas e revestidas
com vaselina ou outro produto que proporcione uma película inibidora à formação da oxidação.
Os isoladores não deverão apresentar lascas, ou trincas. Toda sujeira deve ser removida com
estopa limpa embebida em solvente.

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Figura 36 - a) Exemplo de bucha sólida DIN - fabricação WEG; b)Exemplo de bucha sólida DIN - fabricação COMEM

NOTA!
Verifique as características das buchas nos desenhos do fornecimento.
Algumas características das buchas podem sofrer alterações dependendo da necessidade do
projeto.

ATENÇÃO!
Tome cuidado durante o manuseio das buchas. Evite danos ou trincas a porcelana.

ATENÇÃO!
O processo de aperto dos prisioneiros e porcas de fixação das buchas deve ser cumprido
rigorosamente, a fim de evitar trincas, quebras na porcelana e vazamentos em decorrência da
má distribuição de torque.

b) Bucha polimérica

O corpo isolante de porcelana é substituído por um isolante polimérico.


A vantagem desse tipo de bucha é que elas são mais resistentes a quebras ou vandalismos e
seu peso é bem reduzido devido ao material. São muito utilizadas em transformador tipo
subterrâneo e transformadores móveis. Podem ser fabricadas a seco ou condensivas (Figura
37).

Figura 37 - Exemplo de bucha com corpo isolante polimérico

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c) Bucha plug-in

Bucha do tipo plug-in (Figura 38) caracterizam-se pelo seu sistema de inserção dos cabos
condutores externos por meio de conector completamente vedado e isolado. São comumente
construídas em resina epóxi e em alguns casos de plástico aprimorado.
Existem dois sistemas de operação:

* Sem tensão: onde a bucha e seu conector devem ser operados com o transformador
desligado;
* Sob carga: neste sistema as conexões podem ser realizadas com o transformador em
operação sem necessidade de desligá-lo, porém equipamentos especiais de manobra e
manuseio são necessários para sua operação.

É necessário que as conexões sejam limpas, reconectadas e revestidas com vaselina ou outro
produto que proporcione uma película inibidora à formação da oxidação e para facilitar a
inserção do conector.

a) b)
Figura 38 - a) Exemplo de bucha plug-in; b)Exemplo de conector tipo “cotovelo”

5.13.1.14 Roda lisa ou flangeada

As estruturas no fundo dos equipamentos WEG são projetadas para suportar o peso total do
equipamento completamente montado e cheio de óleo. O tipo destas estruturas é construído
conforme solicitações especificadas no início do processo de compra do equipamento,
podendo ser:

* Rodas orientáveis lisas para encaixe em canaletas ou somente sobre pisos;


* Rodas orientáveis flangeadas para encaixe em trilhos;
* Somente base de arraste.

Normalmente as rodas são retiradas para transporte devido ao tipo construtivo do equipamento
e/ou limitações de altura para a realização do transporte.

ATENÇÃO!
Para executar o levantamento do equipamento utilize os olhais de içamento e apoios de
macaco indicados no desenho do equipamento.
O uso de quaisquer outros pontos pode ocasionar danos severos ao equipamento.

PERIGO!
Quando a carga estiver sendo movimentada, o operador deverá manter uma distância de pelo
menos 2 metros da carga.

NOTA!
Verifique as dimensões da base no desenho “Dimensões externas” do equipamento fornecido.

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As rodas com Ø de 127mm Figura 39 b) (para transformador até 6000Kg) normalmente são
acondicionadas na própria base de rodas, porém viradas para cima. Para desvirá-las, usar os
apoios para macacos, tendo o cuidado de instalar as rodas de um lado e depois do outro.
Para outros tipos de rodas (Ø > 127mm, flangeada), conforme Figura 39 a) o
acondicionamento é feito em embalagem separada.

Figura 39 - Exemplo de rodas; a) Flangeada; b) Lisa

ATENÇÃO!
Cada um dos macacos utilizados para levantamento deve ser dimensionado para suportar no
mínimo 50% do peso total do equipamento.

ATENÇÃO!
Nunca faça a descida da ação dos macacos com o equipamento inclinado.
A falta desta observação pode causar deslocamento do centro de gravidade e sobrecarregar
os dispositivos de levantamento, podendo resultar em danos na estrutura do equipamento e na
base da instalação, e até queda do transformador.

Antes de apoiar as rodas, verifique se as mesmas estão alinhadas corretamente no trilho ou


canaleta.
Desça o curso dos macacos até que as rodas se encostem ao trilho ou canaleta (Figura 40).

a) b)
Figura 40 - Encaixe da roda no local da instalação – a) canaleta para rodas lisas; b) trilho para rodas flangeadas

Após completamente montado, verifique nas rodas do equipamento por:

* Deformações ou trincas no conjunto;


* Existência de flexão nos eixos;
* Afrouxamentos.

Após montado no local inspecione o nivelamento do equipamento sobre a base da instalação.

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6 INSTALAÇÃO

Antes da instalação do transformador devem ser feitas verificações conforme os itens a seguir.

6.1 INSPEÇÃO VISUAL

Deve ser realizada uma inspeção visual com objetivo de verificar danos externos nos principais
itens do transformador, aos quais seguem:

* Vazamento de óleo;
* Arranhões na pintura;
* Sinais de corrosão;
* Inexistência de fissuras ou lascas nos corpos isolantes das buchas;
* Estado dos acessórios.

6.2 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

Verificar se os dados de placa estão coerentes com o sistema em que o transformador será
instalado. A correta ligação do painel de derivações ou a posição do comutador em relação ao
diagrama de ligações é primordial para a instalação / utilização do transformador.

6.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO E MANOBRA

Os transformadores devem ser protegidos contra sobrecargas, curtos-circuitos e surtos de


tensão, e, para esta finalidade são utilizados disjuntores, seccionadores, para-raios, e outros
dispositivos entendidos como necessários pelo responsável pela instalação.
Previamente à energização todos estes componentes devem ser detalhadamente testados de
acordo com as normas aplicáveis a cada um deles.

ATENÇÃO!
Aterramentos de para-raios (quando utilizados) devem ser feitos com cabos independentes do
aterramento do neutro do transformador.

7 ENSAIOS ANTES DA ENERGIZAÇÃO

Os ensaios de comissionamento do transformador são necessários de serem realizados em


campo antes da energização do transformador:

7.1 RELAÇÃO DOS ENSAIOS ELÉTRICOS E COMISSIONAMENTO

a) Medição da resistência do isolamento dos enrolamentos do transformador;


b) Medição da relação de transformação e deslocamento angular (TTR);
c) Medição da resistência elétrica em todos os enrolamentos, em todas as fases e posições do
comutador de derivações;
d) Medição da resistência de isolamento da fiação de painéis e acionamento(s) motorizado(s), caso
aplicável;
e) Medição da relação de transformação, saturação, polaridade, e resistência do isolamento dos
TC’s de buchas, caso aplicável;
f) Executar a análise físico-química do óleo isolante conforme item 6.1.1;
g) Executar a análise cromatográfica do óleo isolante;
h) Verificar o correto nível do óleo isolante;
i) Executar a simulação da atuação de todos os dispositivos de supervisão, proteção e sinalização;
j) Executar o ensaio de calibração dos termômetros de imagem térmica do transformador, caso
aplicável;
k) Efetuar uma nova desareação nos pontos previstos nos transformadores providos de buchas
capacitivas, do relé de gás, cabeçote (comutador de derivações) e radiadores;

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l) Executar o ensaio de estanqueidade, caso o equipamento seja montado em campo;


m) Verificar as tensões dos circuitos auxiliares;
n) Curto circuitar e aterrar todos os secundários dos TC’s de buchas que não tiverem previsão de
uso, caso aplicável;
o) Verificar sentido de rotação dos motores dos ventiladores, caso aplicável;
p) Verificar o funcionamento do sistema de aquecimento do painel e ajustar o termostato em 30
graus, caso aplicável.

NOTA!
O transformador dispõe de comutador e/ou painel para fazer a religação internamente, sendo
que no caso do comutador, na sua maioria, pode ser acessível externamente, porém no caso
de painel de religação, será sempre acessível internamente.
O acesso ao interior do tanque é através da janela de inspeção, sendo que para isso, deverá
ser feito em condições climáticas favoráveis, com umidade relativa do ar em no máximo de
70%, evitando assim penetração de umidade, particulados sólidos presentes no meio externo,
e/ou qualquer outro agente externo que possa contaminar a parte interna do equipamento.

ATENÇÃO!
Toda vez que o comutador de tap’s e/ou painel for manipulado, é necessário repetir o ensaio
de resistência ôhmica dos enrolamentos e relação de transformação na nova posição de
trabalho definida. Os valores obtidos deverão ser avaliados e comparados com as medições
realizadas em fabrica e/ou no comissionamento realizado em campo.

PERIGO!
Toda mudança de posição de tap em transformador com comutador de tensão em vazio e/ou
painel, deve ser feita com o transformador desenergizado e devidamente aterrado.

ATENÇÃO!
A execução de todos os ensaios indicados acima e verificações é OBRIGATÓRIA e condição
básica para a manutenção e validação da garantia contratual.

7.1.1 Óleo Isolante

a) Análise físico-química do óleo isolante.


* Rigidez dielétrica
* Teor de água
* Fator de perdas dielétricas à 100°C
* Tensão interfacial
* Índice de neutralização
* Ponto de fulgor e ponto de combustão (somente para óleo vegetal)
* Densidade relativa à 20/04°C
* Viscosidade cinemática 40°C (somente para óleo vegetal)

7.2 VERIFICAÇÕES ANTES DA ENERGIZAÇÃO

Avaliar os resultados obtidos nos relatórios de ensaios elétricos de comissionamento realizados


em campo e compará-los com as medições de fábrica.
Inspecionar e simular a atuação de todos os dispositivos de proteção e sinalização do
transformador.

ATENÇÃO!
O transformador deve ser energizado inicialmente em vazio.

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8 ENERGIZAÇÃO

A energização é o passo final na sequência de colocação em serviço de um transformador.


Algumas vezes a energização é feita imediatamente após a instalação. Entretanto, é comum a
energização ser realizada muito tempo após a instalação, com diversos eventos de obra que
podem alterar as condições iniciais nas quais o transformador se encontrava. Em ambos os
casos devem ser feitas verificações específicas antes da energização.

ATENÇÃO!
Os ensaios de comissionamento são considerados válidos por um período de limitados em 6
meses. Caso o transformador não seja energizado durante este período, o comissionamento
de campo deverá ser realizado novamente, senda esta condição OBRIGATÓRIA e básica para
a manutenção e validação da garantia contratual.

ATENÇÃO!
É importante observar que o transformador deve ser energizado após decorridos, pelo menos,
24 horas de conclusão de enchimento com óleo.

ATENÇÃO!
Curto-circuitar e aterrar todos os secundários do TC que não tiverem previsão de uso.

ATENÇÃO!
Verificar, ajustar e travar a posição do comutador manual conforme condição de tensão do
sistema.

8.1 VERIFICAÇÕES PRELIMINARES À ENERGIZAÇÃO

Sempre que possível, todas as atividades de montagem, ensaios e energização, devem ser
preferencialmente acompanhados por um supervisor do fabricante.
Avaliar os resultados obtidos nos relatórios de ensaios elétricos de comissionamento realizados
em campo e compará-los com as medições de fábrica.
Inspecionar e simular a atuação de todos os dispositivos de proteção e sinalização do
transformador.

ATENÇÃO!
O transformador deve ser energizado inicialmente em vazio.

8.2 VERIFICAÇÕES PÓS ENERGIZAÇÃO

O transformador deve ser energizado inicialmente em vazio, possibilitando uma avaliação do


equipamento previamente a aplicação da carga, sendo indicada as seguintes ações:

a) Verificar as tensões de entrada e saída do transformador;


b) Verificar nível de ruído;
c) Verificar, acionar o comutador sob carga em todas as suas posições, podendo esta ser
realizada nas condições manual e/ou motorizada, caso aplicável;
d) Acionar e verificar o desempenho dos motoventiladores, caso aplicável;
e) Após 12h da colocação em carga, verificar se a temperatura registrada nos termômetros de
óleo e/ou enrolamento, estão de acordo com o limite registrado na placa de identificação do
transformador, caso aplicável;
f) Avaliar possíveis pontos de vazamentos de óleo;
g) Avaliar as indicações de nível de óleo;
h) Efetuar análise cromatográfica do óleo isolante, antes da energização (referência), 24 e 36
horas após a energização e 30 dias após a energização, para detecção de defeitos incipientes
(utilizar o diagnóstico conforme NBR 7274).

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ATENÇÃO!
O transformador deve ser energizado inicialmente em vazio.

ATENÇÃO!
Em se detectando qualquer anormalidade nas verificações pós – energização, a WEG deverá
ser contatada.

8.2.1 Mudança de Posição do TAP do Transformador

O transformador dispõe de comutador e/ou painel para fazer a religação internamente, sendo
que no caso do comutador, na sua maioria, pode ser acessível externamente, porém no caso
de painel de religação, será sempre acessível internamente.
O acesso ao interior do tanque é através da janela de inspeção, sendo que para isso, deverá
ser feito em condições climáticas favoráveis, com umidade relativa do ar em no máximo de
70%, evitando assim penetração de umidade, particulados sólidos presentes no meio externo,
e/ou qualquer outro agente externo que possa contaminar a parte interna do equipamento.

PERIGO!
Toda mudança de posição de tap em transformador com comutador de tensão em vazio e/ou
painel, deve ser feita com o transformador desenergizado e devidamente aterrado.

ATENÇÃO!
Toda vez que o comutador de tap’s e/ou painel for manipulado, é necessário repetir o ensaio
de resistência ôhmica dos enrolamentos e relação de transformação na nova posição de
trabalho definida. Os valores obtidos deverão ser avaliados e comparados com as medições
realizadas em fabrica e/ou no comissionamento realizado em campo.

9 MANUTENÇÃO

Os equipamentos em operação são geralmente expostos a exigências diversas, de natureza


tanto elétrica quanto mecânica, e por eventos do sistema e da instalação na qual encontram-se
inseridos. Para evitar qualquer falha ou dano para o equipamento é importante monitorar
algumas partes regularmente e cuidadosamente, assegurando a funcionalidade adequada. Se
o equipamento é usado como uma unidade reserva, a inspeção e manutenção devem ser
iguais às de um equipamento em operação. Além das coordenadas gerais explicitadas a
seguir, devem ser observados rigorosamente, sob pena de perda de garantia, o estabelecido
no item 9.1 a seguir.
As buchas isolantes do equipamento devem estar sempre limpas, e as partes vivas devem
estar livres de poeira e sujeira, principalmente em condições especiais, tais como aquelas em
que há acúmulo de sal, areia e produtos químicos, que requerem uma limpeza regular (a cada
03 meses) para evitar a possibilidade de descargas superficiais.
A temperatura é um fator fundamental na vida útil do equipamento. É muito importante
observar a temperatura do equipamento continuamente e correlacionar os valores com a
tensão nominal nos lados primários e secundários, e com as condições de carga do
equipamento. As altas temperaturas causam envelhecimento acelerado das partes isolantes
internas, e reduzem a vida útil do equipamento.
O sistema de pintura deve estar livre de arranhões e oxidação. Para alcançar a melhor
proteção possível contra a corrosão do equipamento, devem-se restaurar prontamente os itens
danificados durante o transporte ou montagem utilizando tinta apropriada, conforme plano de
pintura original do equipamento.
Deve-se checar o nível de óleo do equipamento durante a operação, mesmo que não existam
sinais de nível mínimo no indicador de nível de óleo. Vazamentos de óleo no tanque não são
muito comuns, mas devem ser verificados regularmente (a cada 06 meses).

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Acessórios como o indicador do nível de óleo, indicadores de temperatura do óleo e dos


enrolamentos, relé buchholz e demais utilizados especialmente naquele determinado
equipamento são construídos para este tipo de aplicação ao tempo, mas se houver oxidação
no componente / acessório, preferencialmente deve-se substituir o conjunto danificado, uma
vez que pode afetar o funcionamento correto do equipamento.
O gabinete de controle deve estar seco e limpo. O acúmulo de poeira ou infiltração de água no
compartimento de controle pode causar danos ou mau funcionamento dos componentes
elétricos.
Os trabalhadores que executarão as atividades relacionadas neste documento devem ter
realizados os cursos de segurança indicados abaixo e devem estar com os devidos certificados
atualizados, conforme previsto nas normas regulamentadoras. São eles:

* NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.


* NR 10 Complementar: Sistema Elétrico de Potência (SEP).
* NR 33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaço Confinado.
* NR 35: Trabalho em Altura.

9.1 CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO

9.1.1 Inspeção Trimestral

Tabela 02 - Inspeção trimestral


ITEM A SER
DESCRIÇÃO/PROCEDIMENTO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
INSPECIONADO
Temperatura do
Verifique a temperatura mediante uma inspeção Comparar com os dados da placa de
óleo do
visual. identificação do transformador.
transformador
Verificar o nível de óleo indicado pelo
Nível de óleo do Verifique o nível do óleo mediante uma inspeção
instrumento. Se muito próximo do
transformador visual.
nível mínimo, contatar o fabricante.
01- Quando existir um vazamento de
óleo em qualquer junta/gaxeta, refaça
o ajuste e o reaperto conforme
indicação do Apêndice D – Torque
Recomendado.
Vazamentos de Caso o vazamento continue, informe
Verifique se há algum vazamento mediante uma
óleo no a WEG.
inspeção visual em todo o perímetro do equipamento.
transformador 02- Quando existir um vazamento de
óleo nas soldas, informe
imediatamente a WEG.
Nota: Esta verificação deve ser
realizada com o transformador
desenergizado.
Remova a oxidação e pinte
Pontos de
novamente a zona oxidada.
oxidação no Verifique se existem pontos de oxidação
Nota: Para esta verificação o
transformador
equipamento deve ser desligado.
Quando existir um vazamento de óleo
em qualquer junta/gaxeta, refaça o
Vazamentos de Verifique se há algum vazamento mediante uma ajuste e o reaperto conforme
óleo no sistema inspeção visual nos radiadores, flanges de conexão e indicação do Apêndice D – Torque
de resfriamento válvulas do sistema de resfriamento. Recomendado.
Caso o vazamento continue, informe
a WEG.
Se existir deve-se secá-los através
Verifique se existe saturação de água nos grãos de
Secadores de ar do processo de regeneração da
sílica-gel.
sílica.
Se existir algum tipo de vazamento,
Verifique a integridade do corpo da bucha e se não
Bucha plug-in peça quebrada, ou qualquer outro
existem trincas e/ou peças quebradas.
defeito, informe a WEG.
Se existir algum tipo de vazamento,
Bucha em Verifique a integridade do corpo da bucha e se não
peça quebrada, ou qualquer outro
porcelana sólida existem trincas e/ou peças quebradas.
defeito, informe a WEG.

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Comutador sem Verifique se existe dano ao acionamento manual ou Se existir algum tipo de dano, informe
tensão manivela do comutador sem tensão. a WEG.

9.1.2 Rotina de Inspeção para Intervalos mais Abrangentes

Tabela 03 - Rotina de inspeção para intervalos mais abrangentes


ITEM A SER
PERÍODO DESCRIÇÃO/PROCEDIMENTO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
INSPECIONADO

Se necessário faça o reaperto dos


parafusos nas conexões conforme
indicação do Apêndice D – Torque
Recomendado.
Verifique se existem vazamentos nas
Verifique se existem vazamentos de óleo.
juntas, e se existir, refaça o aperto
naquela região conforme indicação do
Inspeção geral Apêndice D – Torque Recomendado.
no Anualmente Se houver vazamentos nas soldas,
transformador informe a WEG.
Remova os pontos oxidados e repinte
Verifique se existem pontos de oxidação.
a zona oxidada.
Verifique se as conexões a terra, os
terminais e cabos de ligação, os tubos e
as barras de ligação, etc., estão Faça o ajuste se necessário.
posicionados corretamente e
suficientemente apertados.
Conforme os procedimentos e as
Análise físico- Conforme ABNT NBR 10576 para óleo
disposições da norma ABNT NBR 10576
química do óleo Anualmente mineral, e ABNT NBR 16518 para óleo
para óleo mineral, e ABNT NBR 16518
isolante vegetal.
para óleo vegetal.
Conforme os procedimentos e as
Análise Conforme ABNT NBR 7274 para óleo
disposições da norma ABNT NBR 7274
cromatográfica 6 meses mineral, e IEEE C57.155 para óleo
para óleo mineral, e IEEE C57.155 para
do óleo isolante vegetal.
óleo vegetal.
Radiadores e Se for necessário, faça o reaperto
Verifique se todos os parafusos e porcas
elementos de Anualmente conforme indicação do Apêndice D –
estão suficientemente apertados.
fixação Torque Recomendado.
Sistema do Verifique se o secador de ar e o indicador
tanque de 6 meses
de nível de óleo se encontram em Caso algo não esteja nas condições
expansão do condições indicadas conforme o item adequadas, informe a WEG.
óleo “ACESSÓRIOS”.
Verifique se existem contaminações / Se os danos forem muitos severos,
Tanque 6 meses
oxidação sobre a superfície do tanque. informe a WEG.
Limpe a superfície aletada.
01- Verifique se existem contaminações /
Se necessário repinte as áreas
oxidação as aletas do radiador.
Radiadores 6 meses afetadas.
02- Procure por fissuras ou danos nas
Se os danos forem muitos severos,
aletas.
informe a WEG.
01- Teste o funcionamento dos relés:
nível do óleo, fluxo de óleo, dispositivo de
alivio de pressão, indicadores de Todos os contatos deverão funcionar
temperatura do óleo e enrolamento, etc. de forma adequada, não devem existir
Circuito de A cada 2 02- Verifique o funcionamento dos danos mecânicos no corpo dos
controle anos contatores e disjuntores. componentes, e a resistência de
03- Meça a resistência de isolamento dos isolamento não deve indicar pontos
cabos. sem isolamento adequado.
04- Faça uma inspeção detalhada dos
cabos e conexões.
01- Verifique o estado externo da válvula.
02- Verifique se existem vazamentos de
Válvula de alivio Caso algo não esteja nas condições
Anualmente óleo.
de pressão adequadas, informe a WEG.
03- Verifique o acionamento do pino
indicador de atuação.
O nível de óleo não deve ultrapassar a
01- Verifique o nível de óleo na cuba de
Secador de ar Anualmente marca vermelha e a condição de sílica
purificação.
gel.
Relé detector de 01- Verifique se tem presença de gás.
A cada 2 Caso haja gás dentro do relé
gás – tipo anos 02- Teste o funcionamento do
Buchholz, informe a WEG.
buchholz componente.

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1 - Análise visual indicando bom


01- Inspecione visualmente a parte
estado do componente.
Anualmente externa.
2 - Conexões devidamente apertadas
02- Verifique as conexões dos cabos.
com bom acoplamento mecânico.
Resistência de
Compare a temperatura medida no
ajuste do
termômetro com outro medidor de
termômetro do 03- Verifique as seguintes características:
referência.
enrolamento Temperatura indicada.
3 anos Todos os contatos deverão funcionar
Valor da resistência.
adequadamente e a resistência de
Resistência de isolamento.
isolamento deverá ser superior a
2 M.
01- Verifique o estado externo.
Análise visual indicando bom estado
Anualmente 02- Teste o funcionamento do
do componente.
componente.
Indicador de 03- Verifique os seguintes pontos:
Todos os contatos deverão funcionar
nível do óleo Funcionamento da resistência de
de forma adequada e a resistência de
3 anos isolamento.
isolamento deverá ser superior a
Funcionamento do microinterruptor.
2 M.
Funcionamento correto da boia e ponteiro.
Análise visual indicando bom estado
Anualmente 01- Verifique o estado externo.
do componente.
Relé de pressão
02- Verifique os seguintes pontos:
súbita Caso algo não esteja nas condições
3 anos Funcionamento dos contatos.
adequadas, informe a WEG.
Funcionamento das conexões dos cabos.
Análise visual indicando bom estado
Anualmente 01- Verifique o estado externo.
do componente.
02- Verifique as seguintes características:
Termômetro do Todos os contatos deverão funcionar
Indicador do termômetro.
enrolamento de forma adequada e a resistência de
3 anos Valor da resistência.
isolamento deverá ser superior a
Resistência de isolamento.
2 M.
Transformador de corrente.
Análise visual indicando bom estado
Anualmente 01- Verifique o estado externo.
do componente.
Termômetro do Todos os contatos deverão funcionar
02- Verifique se está funcionando
óleo de forma adequada e a resistência de
3 anos adequadamente. Verifique o isolamento e
isolamento deverá ser superior a
a resistência.
2 M.
01- Meça o ruído com o decibelímetro e
compare com o valor admissível na norma
Nivel de ruido Anualmente Caso algo não esteja nas condições
para o equipamento.
adequadas, informe a WEG.

Verifique se há aquecimento anormal nos


Análise Caso algo não esteja nas condições
Anualmente conectores, ou em algum ponto especifico
termográfica adequadas, informe a WEG.
do corpo do transformador.

9.2 COLETA DE AMOSTRAS DO ÓLEO ISOLANTE

É de responsabilidade do cliente a verificação e acompanhamento das características físico-


químicas e cromatográficas do óleo isolante para a segurança operacional e preservação da
vida útil do equipamento.
Este procedimento estabelece a forma correta de coletar amostras de óleo isolante do
equipamento, tambores e outros recipientes, tanto para ensaios físico-químicos quanto para
cromatografia.

ATENÇÃO!
A quantidade de óleo extraída para amostragem deverá ser retornada afim de não alterar o
nível de óleo.

9.2.1 Condição de Coleta em Transformadores em Operação

a) Transformador desprovido de sistema de selagem - Proceder com a coleta normalmente.


b) Transformador provido de sistema de selagem.

9.2.2 Coleta de Óleo para Transformador Provido de Sistema de Selagem

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ATENÇÃO!
Neste tipo de sistema, previamente à coleta deve ser feita a verificação se a pressão interna do
equipamento é positiva ou negativa. Para a coleta, a pressão necessariamente deve ser
positiva.
Em caso de abertura do registro inferior na condição de pressão negativa, o ar externo será
sugado para dentro do transformador, formando bolhas de ar livre em suspensão que poderão
passar por um ponto crítico do dielétrico, vindo a comprometer a isolação, causando descargas
elétricas, e podendo até mesmo levar à queima do transformador.

9.2.3 Procedimento para Avaliar Condição do Sistema de Selagem

a) Conectar devidamente o dispositivo de coleta na válvula;


b) Acoplar o mesmo na seringa;
c) Forçar o êmbolo da seringa, certificando que o circuito está fechado.

Proceder cuidadosamente com a abertura da válvula e observar se o óleo é drenado


normalmente. Caso contrário, caracteriza que o transformador está com pressão interna
negativa e sua coleta deverá ser feita somente com o transformador desenergizado.

Figura 41 - Coleta de óleo para análise de gás Figura 42 - Dispositivos de coleta de amostra

9.3 COLETA PARA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA

9.3.1 Utensílios de Coleta da Amostra

Ter à mão os seguintes utensílios para a coleta de amostras:

a) Frasco para amostragem (Figura 43): a garrafa de amostragem deverá ser de vidro escuro,
com capacidade para 1000ml (1 litro) e deverá ser limpa conforme descrito no item 9.3.2;
b) Aparatos de coleta de amostras: aparato de coleta (Bico) e mangueira;
c) Dispositivos de coleta de amostras: dispositivo de coleta (niple) e mangueira.

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Figura 43 - Frasco para amostragem

9.3.2 Limpeza dos Frascos de Amostragem

Os frascos devem ser limpos de acordo com o seguinte procedimento:

a) Retirar eventual conteúdo dos frascos;


b) Lavar os frascos e as tampas com detergente neutro (Figura 44);
c) Enxaguar os frascos com bastante água corrente comum;
d) Deixar escorrer a água comum e enxaguar com água destilada;
e) Secar os frascos na estufa, mantendo-os na posição vertical a uma temperatura de 102 ±
2°C por um período mínimo de 2 horas;
f) Deixar os frascos esfriarem dentro da estufa fechada, fechando-os em seguida, tomando
cuidado para não tocar com a mão a borda do frasco ou parte interna da tampa que entrará em
contato com o óleo.

Figura 44 - Limpeza do frasco amostragem

9.3.3 Procedimento para Coleta da Amostra com Frasco

A coleta de amostras de óleo deve ser executada preferencialmente em condições de clima


seco, de modo a impedir qualquer contaminação externa no transformador. Se o clima estiver
chuvoso, as seguintes precauções devem ser tomadas:

a) O ponto de coleta deverá ser protegido para evitar contaminação pela precipitação;
b) Se possível, o óleo deverá estar pelo menos na mesma temperatura que o ar ambiente;
c) Quando o equipamento estiver em operação, a temperatura do óleo no momento da
amostragem deverá ser anotada. Esta informação é necessária para verificar o conteúdo de
água.

PERIGO!
Para equipamentos com conservador de óleo (tanque de expansão) que estejam energizados,
o operador deverá possuir treinamento de normas de segurança (NR 10: Segurança em
Instalações e Serviços em Eletricidade e NR 10 Complementar: Sistema Elétrico de Potência
(SEP) e devem estar com os devidos certificados atualizados, conforme previsto nas normas
regulamentadoras) para executar a coleta de amostras de óleo com o equipamento
energizado.

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Para a coleta da amostra do óleo, siga as seguintes instruções:

a) Observar a coleta na sequência de 1 a 8 na Figura 45;


b) Remover a proteção do orifício de amostragem;
c) Remover toda a sujeira e poeira visível da válvula com um tecido limpo e sem fiapos;
d) Conectar o dispositivo de coleta de amostra (niple e mangueira) na válvula;
e) Abrir a válvula e deixar fluir, vigorosamente, no mínimo três vezes o volume da tubulação;
f) Colocar o frasco embaixo do dispositivo de coleta de amostra;
g) Encher o frasco desprezando no mínimo, um volume de líquido igual à capacidade do
recipiente. Indica-se encher os frascos o máximo possível, levando-se em conta as variações
de volume decorrentes de possíveis alterações de temperatura;
h) Depois de enchido o frasco, selar o mesmo e colocar a sua tampa tomando o cuidado para
não tocar na parte da tampa que ficará em contato com o óleo. Embrulhar o gargalo da garrafa
com filme plástico (cortado na forma de círculo), apertando-o firmemente e fixando-o com fita
adesiva;
i) Identificar o frasco conforme indicado no item 8.5 e enviar a um laboratório qualificado.

Figura 45 - Sequência de coleta com frasco

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9.4 COLETA PARA ANÁLISE CROMATOGRÁFICA

9.4.1 Utensílios de Coleta da Amostra

Ter à mão os seguintes utensílios para a coleta de amostras:

a) Mangueira resistente a óleo com uma torneira de 3 vias;


b) Seringa de vidro de 50 ml (Figura 46);

Figura 46 - Seringa de vidro para coleta de amostragem

ATENÇÃO!
Não é permitido o uso de seringa com pistão de borracha.

9.4.2 Limpeza da Seringa de Amostragem

A seringa de amostragem deverá ser limpa de acordo com o seguinte procedimento (Figura
47):

a) Remover qualquer conteúdo da seringa;


b) Lavar a seringa com detergente neutro;
c) Enxaguar a seringa com água limpa comum;
d) Escorrer a água comum e enxaguar a seringa com água destilada;
e) Secar a seringa numa estufa, em temperatura de 102 ± 2°C durante pelo menos 2 horas;
f) Deixar esfriar dentro da estufa fechada;
g) Depois de esfriada a seringa, fechar a mesma.

NOTA!
Não tocar com as mãos na parte interna da seringa que ficará em contato com o óleo.

Figura 47 - Limpeza da seringa (1 e 2) e armazenamento (3 e 4)

9.4.3 Procedimento para Coleta da Amostra com Seringa

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A coleta de amostras de óleo deve ser executada em condições de clima seco, de modo a
impedir qualquer contaminação externa. Se o clima estiver chuvoso, as seguintes precauções
devem ser tomadas:

a) Se possível, o óleo deverá estar pelo menos na mesma temperatura que o ar ambiente;
b) Quando o equipamento estiver em operação, a temperatura do óleo no momento da
amostragem deverá ser anotada. Esta informação é necessária para verificar o conteúdo de
água.

PERIGO!
Para equipamentos com conservador de óleo (tanque de expansão) que estejam energizados,
o operador deverá possuir treinamento de normas de segurança (NR 10: Segurança em
Instalações e Serviços em Eletricidade e NR 10 Complementar: Sistema Elétrico de Potência
(SEP) e devem estar com os devidos certificados atualizados, conforme previsto nas normas
regulamentadoras) para executar a coleta de amostras de óleo com o equipamento
energizado.

Para a coleta da amostra do óleo, siga as seguintes instruções:

a) Observar a coleta na sequência de 1 a 6 na Figura 48;


b) Remover a proteção do orifício de amostragem;
c) Limpar toda a sujeira e poeira visível da válvula com um tecido limpo e sem fiapos;
d) Conectar o dispositivo de coleta de amostra na válvula;
e) Abrir a válvula e deixar fluir, vigorosamente, no mínimo três vezes o volume da tubulação;
f) Abrir a válvula para deixar o óleo entrar na seringa. Não puxar o pistão, mas deixar o mesmo
mover-se sozinho para trás apenas com a pressão da coluna de óleo;
g) Mudar a posição da válvula e empurrar o pistão para esvaziar o conteúdo de óleo da
seringa;
h) Mudar a posição da válvula novamente para encher a seringa mais uma vez. Não puxar o
pistão, mas deixar o mesmo mover-se sozinho para trás apenas com a pressão da coluna de
óleo;
i) Fechar a válvula do ponto de coleta da amostra;
j) Desconectar a seringa do ponto de retirada da amostra;
k) Identificar a amostra conforme item 9.5 e enviar a mesma para um laboratório qualificado.

ATENÇÃO!
Cuidado para não deixar bolhas se formarem no interior da seringa.
A presença de bolhas vai levar a resultados de teste incorretos.

Figura 48 - Sequência de coleta com seringa

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ATENÇÃO!
A amostragem do óleo para analise cromatográfica deverá ser de pelo menos duas amostras
(prova e contraprova), ou seja, através de duas seringas para cada ponto de coleta.
Este procedimento é necessário para esclarecer qualquer dúvida que houver sobre algum
resultado inesperado.

9.5 IDENTIFICAÇÃO DAS AMOSTRAS DE ÓLEO

9.5.1 Identificação dos Recipientes com Amostras de Óleo para Análise Físico-Química e
Cromatográfica

A identificação correta e detalhada dos recipientes garantirá a qualidade e rastreabilidade do


processo. A identificação deve ser conforme descrita abaixo:

a) Nome do equipamento;
b) Fabricante do equipamento;
c) Instalação onde está localizado;
d) Tensão em kV;
e) Potência em kVA;
f) Número de série;
g) Data de coleta da amostra;
h) Quando não se tratar de amostra de rotina, informar de forma detalhada o motivo da coleta;
i) Situação do óleo: Novo ou regenerado;
j) Temperatura do óleo coletado;
k) Nome do cliente local.

9.5.2 Armazenagem das amostras coletadas

O armazenamento das amostras preferencialmente deve ser conforme mostrado na Figura 49.

ATENÇÃO!
O acondicionamento das amostras de óleo deverá ter em conta a necessidade de garantir a
integridade das amostras e a proteção contra exposição aos raios solares.

Figura 49 - Armazenagem dos recipientes com amostras de óleo

9.6 DESLIGAMENTO DE EMERGÊNCIA

Durante o funcionamento do transformador é possível que ocorra a necessidade de um


desligamento de emergência. Dependendo do tipo da situação, as emergências podem ser
classificadas basicamente em dois tipos: desligamento imediato e desligamento planejado.
Um desligamento imediato em qual é necessário quando alguma das seguintes condições for
(em) constatada (s) no equipamento:

a) Ruído interno anormal;


b) Vazamentos significantes de óleo;
c) Aquecimento excessivo dos conectores.

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d) Sobreaquecimento do óleo ou dos enrolamentos detectados através dos termômetros (óleo


e/ou enrolamento);
e) Buchas rachadas;
f) Estado anormal do óleo isolante;
g) Surgimento de gases com tendência evolutiva ou atuação do relé detector de gás devido ao
surgimento de gases combustíveis.

Um desligamento planejado será necessário quando alguma das seguintes condições for
constatada no equipamento:

a) Vazamentos em menor proporção do óleo isolante, que não afetam significativamente o


nível do óleo;
b) Anormalidades constatadas nos ensaios de óleo que não indiquem evolução acentuada de
gases ou deterioração de suas propriedades;
c) Defeitos nos acessórios de proteção e sinalização, sem que o funcional dos mesmos tenha
sido afetado;
d) Fissuras no tanque ou radiadores sem grandes vazamentos de óleo.

NOTA!
A distinção entre a condição que exige desligamento imediato e outra que comporte uma
programação mais flexível às vezes não é tão fácil de ser evidenciada.
Em caso de dúvidas, sempre contate a WEG.

9.7 FALHAS E DIAGNÓSTICOS

A seguir alguns defeitos possíveis de ocorrer em serviço nos transformadores e seus principais
componentes (quando os mesmos forem aplicáveis ao transformador), bem como o
procedimento para sua verificação e quando possível correção.

Tabela 04 – Defeitos no transformador


Defeito Causa provável Ações corretivas

Ajuste a tensão através do comutador para evitar uma


1. Sobretensão
sobretensão excessiva.
Verifique o carregamento. Se for possível, ajuste a
potência através da correção do fator de potência para
que fique de acordo com o previsto para o
equipamento.
2. Sobrecarga
Assegure-se de que não está ocorrendo circulação de
corrente nos barramentos de saída, já que as
Temperaturas muito conexões em paralelo podem gerar diferenças na
elevadas impedância.
3. Temperatura da sala de instalação
Melhore a ventilação na sala onde o equipamento está
muito alta (em caso de transformador
instalado.
abrigado)

Confirme o funcionamento adequado do sistema de


4. Não está refrigerando corretamente
refrigeração.

5. Baixo nível de óleo Complete o nível do óleo.

6. Óleo em condição inadequada Realize o tratamento ou a substituição do óleo.

Sobretensões devido a descargas


Falha nos atmosféricas, curtos circuitos,
Contatar a WEG.
enrolamentos sobrecarga, óleo isolante em condições
inadequadas e com partículas sólidas.

Rompimento do isolamento do núcleo; Verifique a temperatura do transformador e a corrente


Falha no núcleo
Curto-circuito no núcleo. de excitação e contate a WEG.

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Dano mecânico ou montagem Encontre o ponto de fuga e realize o reparo. Caso não
Vazamentos
incorreta. seja possível, contate a WEG.

Ruído excessivo
Peças externas soltas ou com pouco Reaperte as conexões ou solde as peças que
(acima do valor
aperto, com vibração excessiva. estiverem soltas.
garantido)

Atuação da válvula
Falha interna / nível do óleo excessivo. Contatar a WEG.
de alivio de pressão

Atuação do
Verifique o nível de óleo e complete ou remova o óleo
indicador de nível do Nível de óleo.
conforme a necessidade.
óleo

1. Curto-circuito

2. Arco elétrico de alta energia nos


Atuação do relé enrolamentos
detector de gás Contatar a WEG.
(relé tipo Buchholz) 3. Bolhas de ar causadas pelo
aquecimento excessivo das conexões

4. Descargas parciais

Tabela 05 – Defeitos relacionados ao óleo isolante


Defeito Causa provável Ações corretivas

Vazamentos nas
1. Juntas em más condições Substitua as juntas danificadas.
juntas de vedação

56
_______________________________________________________

ANEXO A - TERMO DE GARANTIA


A WEG Equipamentos Elétricos S/A, Unidade Transmissão e Distribuição, oferece garantia contra defeitos de fabricação e de materiais para
seus produtos por um período de 12 meses, contados a partir da data de emissão da nota fiscal da fábrica, limitado a 18 meses da data de
fabricação. Nos prazos de garantia acima, constam os prazos de garantia legal, não sendo cumulativos entre si. Caso um prazo de garantia
diferenciado estiver definido na proposta técnico-comercial ou pedido de compra para determinado fornecimento, este prevalecerá sobre os
prazos já informados.
Os prazos estabelecidos acima, independem da data de instalação do produto e de sua entrada em operação.
Na ocorrência de um desvio em relação à operação normal do produto, o CLIENTE deve comunicar imediatamente por escrito à WEG e
disponibilizar o produto para avaliação pela WEG, pelo prazo necessário para a identificação da causa do desvio, verificação da cobertura da
garantia e para o eventual devido reparo. Toda e qualquer atividade que envolva a abertura# do equipamento* deve ser realizada por pessoal
capacitado, durante o período de garantia somente por pessoal WEG e após o período de garantia sendo recomendável a contratação de
profissionais WEG. O não cumprimento do exposto acima impossibilitará o acionamento da garantia contratual do produto para qualquer tipo de
reclamação.
Danos causados possivelmente em decorrência do transporte deverão ser informados no verso do conhecimento de transporte no momento do
recebimento do equipamento*, ou em um período máximo de 10 dias por escrito à WEG.
Para ter direito à garantia, o CLIENTE deve atender às especificações dos documentos técnicos da WEG. Especialmente àquelas previstas no
Manual de Instalação e Manutenção dos equipamentos* bem como as normas e regulamentações de instalação, operação, manutenção e
armazenagem vigentes em cada estado ou país.
Não possuem cobertura da garantia os defeitos decorrentes de utilização, operação, movimentação e instalação inadequadas ou
inapropriadas dos equipamentos*, sua falta de manutenção preventiva, bem como defeitos decorrentes de fatores externos ou demais
componentes não fornecidos pela WEG. Danos ocasionados aos equipamentos*, entre o local de entrega e a obra (base de instalação do
transformador), quando o transporte não é de responsabilidade da WEG, não estão cobertos pela garantia.
A garantia não se aplica se o CLIENTE, por própria iniciativa, efetuar a abertura, reparo ou modificação nos equipamentos sem prévio
consentimento por escrito da WEG.
A garantia não cobre demais componentes e partes e peças, cuja vida útil for inferior ao período de garantia. Não cobre, igualmente, defeitos ou
problemas decorrentes de força maior, negligência ou outras causas que não podem ser atribuídas à WEG, mas não limitado a: especificações
ou dados incorretos ou incompletos por parte do cliente, transporte, armazenagem, manuseio, instalação, operação e manutenção em desacordo
com as instruções fornecidas, acidentes, deficiências de obras civis, utilização em aplicações ou condições ambientais que não eram de
conhecimento prévio da WEG, ou demais componentes não inclusos no escopo de fornecimento da WEG.
A garantia não inclui os serviços de desmontagem nas instalações do cliente, remoção, carregamento, os custos de transporte do produto e
as despesas de locomoção, locação de equipamento, hospedagem e alimentação do pessoal da Assistência Técnica, quando solicitado pelo
CLIENTE.
Os serviços em garantia serão prestados em oficinas de Assistência Técnica autorizadas pela WEG, em campo ou na sua própria fábrica.
Em nenhuma hipótese, estes serviços em garantia prorrogarão os prazos de garantia dos equipamentos* ou das partes e peças substituídas ou
reparadas.
A responsabilidade civil da WEG está limitada ao produto fornecido, não se responsabilizando por danos indiretos ou emergentes, tais como
lucros cessantes, perdas de receitas e afins que, porventura, decorrerem do contrato firmado entres as partes.

PERIGO
De seu fornecimento, até seu descarte, os equipamentos salvaguardados através deste termo, representam riscos à
segurança e à saúde dos indivíduos que, direta ou indiretamente, estejam envolvidos em seu ciclo de vida.
Haja visto, o constante risco elétrico a que se expõem os indivíduos em contato com estes equipamentos e os riscos inerentes
aos agentes contaminantes e/ou químicos que podem estar presentes em sua construção (tais como óleos minerais, gases
tóxicos e asfixiantes), caso não atenda os padrões estabelecidos nas regulamentações de prevenção contra acidentes e
legislações ambientais locais vigentes, seu mantenedor legal, responderá as consequências civis e/ou penais de seus atos e
omissões.
Portanto não proceder com a abertura# do equipamento* sem o acompanhamento ou anuência da WEG.

Notas:
¹ Para os casos onde o transformador segue no transporte com registrador de impacto, o registrador de impacto deve ser retirado e enviado
para responsável na WEG em um prazo máximo de 5 dias após a entrega do transformador. Somente mediante confirmação destes dados
recebidos, será efetuada a validação da garantia.
² Após realizar o comissionamento do transformador em campo, seguindo os procedimentos descritos no manual de instalação do referido
equipamento, os resultados dos ensaios realizados durante essa atividade devem ser arquivados pelo período mínimo de vigência da garantia
contratual do produto, pois os mesmos poderão ser solicitados pela WEG para validação do atendimento em caráter de garantia.
# Abertura: retirada e/ou remoção de tampas e/ou janelas de inspeção ou tampa principal ou qualquer outra abertura que exponha a parte

interna dos equipamentos isolados a óleo. Remoção, retirada, substituição de qualquer componente em Chaves Secionadoras ou painéis de
comando e/ou controle.
* Equipamento (s): Transformadores à óleo, Transformadores Secos e Chaves Secionadoras.

WEG EQUIPAMENTO ELÉTRICOS S/A – TRANSMISSÃO & DISTRIBUIÇÃO


Rua Dr. Pedro Zimmermann, 6751 – Bairro Itoupava Central 89068-005 – Blumenau – SC
Fone: (47) 3337-1000 – Fax: (47) 3337-1090
E-mail: wtd@weg.net (Comercial) / wtd-astec@weg.net (Suporte Técnico)

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ANEXO B – PLANILHA DE VERIFICAÇÃO DE RECEBIMENTO

ITEM SIM NÃO OBSERVAÇÕES

Danos na pintura

Danos no tanque

Danos no radiador

Danos nos acessórios

Danos nas buchas

Danos no acionamento do comutador

Danos na placa de identificação

Dados da placa de identificação estão coerentes

Quantidade de acessórios fornecidos estão


corretos

Caixa de comando e controle

Tipo de Óleo está correto

Vazamento de óleo

Pontos de oxidação

Registrador de impacto

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APÊNDICE A - ÓLEO ISOLANTE


O óleo isolante utilizado em transformadores possui a finalidade de garantir isolação elétrica entre os
componentes do transformador e dissipar para o exterior o calor gerado pelos enrolamentos e núcleo.
Para que o óleo possa cumprir satisfatoriamente as duas condições acima, deve sempre atender os
parâmetros físico-químicos estabelecidos em normas técnicas para cada tipo de óleo. Importante
destacar que os fatores umidade e impurezas alteram significativamente o desempenho elétrico do
óleo e, portanto, devem ser muito bem controlados.

1. ÓLEO MINERAL ISOLANTE (OMI)

Os óleos mais utilizados em transformadores atualmente são os Óleos Minerais Isolantes (OMI), que
são obtidos através do refino do petróleo. Podem ser de base naftênica (tipo A) ou de base parafínica
(tipo B).
Existem também, fluídos isolantes de alto ponto de fulgor* (maior que 300°C) e baixa inflamabilidade,
esses fluídos são recomendados para áreas que necessitam de alto grau de segurança, pois essas
características reduzem significativamente a probabilidade da propagação de incêndio e explosão.

*Ponto de Fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável desprende vapores em quantidade
suficiente para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os
vapores liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade à combustão. A pressão
atmosférica influi diretamente nesta determinação.

A Tabela 06 apresenta as características físico-químicas dos óleos mineiras naftênicos e parafínicos


novos, sem contato com o transformador. Os valores especificados Tabela 06 estão de acordo com a
RESOLUÇÃO ANP Nº 36, DE 5.12.2008 - DOU 8.12.2008.

Tabela 06 – Especificação dos Óleos Minerais Isolantes Tipo A (Naftênico) e Tipo B (Parafínico)
LIMITES MÉTODO
ABNT MÉTODO
CARACTERÍSTICA UNIDADE TIPO A TIPO B
NBR e ASTM e IEC
LIMITE LIMITE
NBR/IEC
Claro, límpido e isento
- Visual
Aspecto impurezas
Cor ASTM, máx, - 1,0 14483 ASTM D1500
Massa específica a 20º C kg/m³ 861 - 900 860 máx. 7148 ASTM D1298
ASTM D97 ou
Ponto de fluidez, máx.(1) ºC -39 -12 11349 ASTM
D5950
Viscosidade cinemática, máx. (2): 25,0
a 20º C mm²/s 12,0
10441 ASTM D 445
a 40º C (cSt)
3,0
a 100º C
Ponto de fulgor, mín. ºC 140 11341 ASTM D92
Índice de neutralização (IAT), máx. mg KOH/g 0,03 14248 ASTM D974
Água, máx. (3) mg/kg 35 10710 B ASTM D1533
Cloretos - Ausente 5779 -
Bifenila Policlorada (PCB) mg/kg Não detectável 13882-B -
Carbono aromático % massa Anotar - ASTM D2140
ASTM D1275
10505
Enxofre corrosivo - Não corrosivo Method B
ASTM D2622
Anotar -
Enxofre total, máx. % massa ASTM D4294
Hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos, % massa 3,0 - IP346
máx.
Fator de perdas dielétricas, máx. (4)
a 25º C e 0,05 12133 ASTM D 924
a 90º C, ou % 0,40
a 100º C 0,50
Rigidez dielétrica
Eletrodo de disco, mín., ou 30 6869 ASTM D 877
kV
Eletrodo de calota, mín. 42 NBR/IEC 601560
Rigidez dielétrica a impulse
kV 145 - ASTM D 3300
Eletrodos (agulha/esfera), mín.
Tendência a evolução de gases µl/min Anotar - ASTM D 2300

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Tensão interfacial a 25º C, mín. mN/m 40 6234 ASTM D 971


Aditivo inibidor de oxidação DBPC (5) Não detectável
Óleo não inibido % massa 12134 A ASTM D 2668
Óleo inibido, máx. 0,33
Aditivos (6)
ENSAIOS COMPLEMENTARES
Óleo Não Inibido
Estabilidade a oxidação
Índice de neutralização (IAT), máx. mg KOH/g 0,40
Borra, máx. % massa 0,10 10504 IEC 61125 A
Fator de perdas dielétricas, a 90ºC,
máx % 20
Óleo Inibido
Estabilidade a oxidação 164 horas
Índice de neutralização (IAT), máx. mg KOH/g 0,40 - ASTM D2440
Borra, máx. % massa 0,20
Bomba rotativa (RBOT), min. minutos 220 NBR 15362 ASTM 2112
1) Outros limites de ponto de fluidez poderão ser aceitos mediante acordo entre comprador e vendedor.
(2) O óleo mineral isolante estará especificado se atendidos os limites estabelecidos para duas dentre as três temperaturas
citadas.
(3) Este limite não se aplica a produtos transportados em navios ou caminhões tanques, ou estocados em tanques, em que
possa ocorrer absorção de umidade. Neste caso, deverá ser processado tratamento físico adequado para atendimento do
limite especificado no presente Regulamento Técnico.
(4) O fator de perdas dielétricas do óleo mineral isolante deverá atender ao limite estabelecido para 25º C e, adicionalmente, a
uma das duas temperaturas adicionais citadas: 90ºC ou 100ºC.
(5) Este ensaio deverá ser executado em espectrofotômetro de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR).
(6) Somente é permitida a adição do aditivo antioxidante Di-Butil-Paracresol - DBPC. Qualquer outra substância química, além
do DBPC, deliberadamente adicionada ao óleo mineral isolante para melhorar desempenho das características da tabela
acima, como por exemplo, antiespumantes, anticarregamento eletrostático, outros antioxidantes, passivadores de metais,
anticorrosivos, depressores de ponto de fluidez, deverá ser previamente acordada com o comprador e deverá constar do
respectivo Certificado da Qualidade.

2. ÓLEO VEGETAL ISOLANTE (OVI)

Outros líquidos isolantes com características dielétricas e refrigerantes compatíveis para utilização em
transformadores estão sendo pesquisados tanto no Brasil quanto no exterior. Destaca-se o
desenvolvimento do óleo vegetal isolante (OVI) que tem a vantagem de ser biodegradável e possuir
alto ponto de fulgor* (maior que 300 °C). Porém, possui a desvantagem de ser altamente oxidante na
presença de oxigênio, sendo recomendável a utilização em transformadores com sistemas
comprovadamente selados.

*Ponto de Fulgor: é a menor temperatura na qual um líquido combustível ou inflamável desprende vapores em quantidade
suficiente para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição. Os
vapores liberados a essa temperatura não são, no entanto, suficientes para dar continuidade à combustão. A pressão
atmosférica influi diretamente nesta determinação.

A Tabela 07 e Tabela 08 apresentam características físico-químicas dos óleos vegetais isolantes sem
contato com o transformador. Os valores especificados na Tabela 07 e Tabela 08 estão de acordo
com a norma ABNT NBR 15422 – Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos.
Tabela 07– Óleo Vegetal Isolante Novo

Características Unidade Método de ensaio Valor especificado

O óleo deve ser claro, límpido, isento


Aspecto visual - Visual de material em suspensão ou
sedimentado.

Cor - NBR-14483 1,0 máximo


Densidade a 20/4°C - NBR-7148 0,96 máximo
Viscosidade cinemática (1)
20°C 150 máximo
mm²/s (cST) NBR-10441
40°C 50 máximo
100°C 15 máximo
Ponto de Fulgor °C NBR-11341 275 mínimo
Ponto de Combustão °C NBR-11341 300 mínimo
Ponto de Fluidez (2) °C NBR-11349 -10 máximo

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Rigidez dielétrica (3)


NBR-6869
Eletrodo de disco kV 30 mínimo
IEC-60156
Eletrodo VDE 42 mínimo
Fator de perdas dielétricas: (4)
25°C 0,20 máximo
NBR 12133
90°C % 3,6 máximo
100°C 4,0 máximo
Índice de Neutralização (IAT) mg KOH/g NBR-14248 0,06 máximo
Teor de água mg/kg NBR-10710 M 200 máximo
Teor de PCB mg/kg NBR-13882 < 2,0
(1) Recomenda-se que o ensaio de viscosidade cinemática seja realizado em duas temperaturas entre as três citadas.
(2) O ponto de fluidez do óleo vegetal isolante é importante como índice da temperatura mais baixa na qual o material pode
ser esfriado sem limitar seriamente seu grau de circulação. Alguns fluídos a base de óleo vegetal são sensíveis ao
armazenamento prolongado em baixas temperaturas, e seus pontos de fluidez podem não diagnosticar adequadamente
suas propriedades de escoamento em baixa temperaturas.

(3) Esta especificação requer que o produto seja aprovado em um ou outro ensaio e não nos dois. Em caso de dúvida,
recomenda-se que esta seja dirimida por meio do ensaio de eletrodo de disco.

(4) Esta especificação requer que o óleo isolante atenda ao limite de fator de perdas dielétricas a 90° C ou 100° C. Esta
especificação não exige que o óleo isolante atenda ao limites medidos nas duas temperaturas. Em caso de dúvida,
recomenda-se que seja dirimida por meio do ensaio de fator de perdas dielétricas a 100° C.

Tabela 08 – Ensaios de Tipo para Óleo Vegetal

Características Unidade Método de ensaio Valor especificado

Coeficiente de expansão térmica a° CASTM D 190 30,0007 a 0,0008


Constante dielétrica a 25°C - NBR 12133 3,1 a 3,3
Calor específico a 20°C cal/ gASTM D 2766 0,45 a 0,60
Condutividade térmica cal/cm.s.°C ASTM D 271 70,00035 a 0,00045
Rigidez dielétrica a impulso kV ASTM D 3300 100 mínimo
Enxofre corrosivo - NBR 10505 Não corrosivo
Biodegradabilidade - OECB Prontamente biodegradável

3. ENCHIMENTO COM ÓLEO ISOLANTE

Características do equipamento

Transformador transportado com óleo rebaixado e/ou radiador destacável e tanque resistente a vácuo
(tanque principal e conservador) e conservador sem sistema de preservação do óleo (bolsa de
borracha).

Equipamentos e materiais necessários

* Máquina termovácuo com conjunto de mangueiras;


* Bomba de vácuo auxiliar;
* Tanque auxiliar;
* Medidor de vácuo tipo Pirani;
* Dispositivo com manovácuometro para controle do enchimento;
* Dispositivos para coleta de óleo para analise físico química e cromatográfica;
* Ferramentas diversas.

Condições necessárias

* Serviços devem ser executados por empresa especializada;


* Máquina termovácuo e seus acessórios devidamente homologados e isentos de quaisquer
contaminantes que possam comprometer/contaminar o óleo do equipamento;
* Tanque auxiliar devidamente homologado.

Procedimento

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a) Executar a montagem eletromecânica geral do equipamento, radiadores e, caso aplicável, rele de


gás e conservador;
b) Coletar amostra de óleo do tanque do transformador para análise físico química (referência);
c) Transferir o óleo dos tambores para o tanque auxiliar;
d) Coletar amostra do óleo do tanque auxiliar para análise físico química (referência).

NOTA!
Executar a análise físico química em laboratório credenciado do óleo das duas amostras
coletadas e comparar os valores obtidos com os valores de referência indicados nas
tabelas 05, 06 e 07 do APÊNDICE A. Caso os valores estejam fora dos limites
estabelecidos, solicitamos que as etapas dos trabalhos de enchimento sejam paralisados e
imediatamente contatar a Assistência técnica da WEG (wtd-astec@weg.net) para definição
das providencias a serem executadas. Sendo os valores aprovados, prosseguir com as
etapas seguintes.

e) Abrir as válvulas superiores dos radiadores (Pos. 02);


f) Abrir as válvulas da tubulação do rele de gás (Pos. 07);
g) Abrir a válvula de equalização entre a bolsa e o conservador, caso aplicável (Pos. 06);
h) Instalar o dispositivo com manômetro na válvula da tubulação do secador de ar (Pos. 08);
i) Instalar a mangueira da máquina termovácuo na entrada do dispositivo instalado na válvula de
drenagem do tanque principal (Pos. 13);
j) Instalar a mangueira entre a máquina termovácuo e o tanque auxiliar (Pos. 17);
k) Iniciar o processo de enchimento;
l) Desaerar a mangueira instalada de enchimento através da válvula de drenagem do dispositivo de
enchimento (Pos. 19);
m) Iniciar o enchimento, mantendo pressão positiva (Valor máximo de 0,1 kgf/cm2) entre a entrada da
válvula de drenagem e a máquina termovácuo;
n) Continuar o enchimento até o nível do óleo especificado;
o) Finalizar o processo de enchimento;
p) Abrir as válvulas inferiores dos radiadores (Pos. 01);
q) Executar a circulação do óleo isolante no transformador, dando no mínimo 03 passadas de seu
volume total pela máquina termovácuo através das válvulas (Pos. 05 e 12);
r) Executar o ensaio de estanqueidade durante 24 horas com pressão de 0,3 kgf/cm2;
s) Desaerar todos os pontos previstos (tampa principal, radiadores e rele de gás);
t) Executar o procedimento de selagem da bolsa, caso aplicável;
u) Instalar o secador de ar;
v) Proceder a limpeza do transformador;
x) Proceder com os retoque na pintura do transformador;
y) Coletar amostra de óleo do transformador para análise físico química e cromatográfica de
referência.

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Figura 50 - Transformador com nível rebaixado de óleo

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APÊNDICE B – CONEXÕES DOS TERMINAIS

A WEG indica a aplicação de composto anti-óxido Penetrox1 para todas as conexões (barra
acoplamento e/ou terminal da bucha tipo barra) em cobre-cobre, cobre-alumínio, cobre estanhado-
alumínio e alumínio-alumínio.
Penetrox - Marca registrada Burndy (www.burndy.com).
O Penetrox contém partículas de zinco em suspensão em um fluído viscoso. Estas partículas rompem
a película de óxido existente em todas as superfícies de alumínio, estabelecendo pontes de contato
elétrico.

1. OPÇÕES EM FUNÇÃO DO MATERIAL OU TENSÃO

PENETROX-A - Composto a base de petróleo, para uso em conexões com condutores isolados até
600V e condutores nus em qualquer voltagem.

PENETROX-A13 - Composto sintético, para uso em conexões com condutores isolados para todos os
níveis de tensão.

PENETROX-E - Composto anti-óxido para conexões cobre-cobre. Contém partículas de cobre em um


fluído viscoso.

1.1. Orientações de Aplicação Para Conexões

Não existe uma definição de espessura de camada para esta aplicação.


Deverá ser aplicada a quantidade de Penetrox que garanta que toda a área de contato tenha uma
película do produto.
Após o aperto dos conectores, remover o excesso de Penetrox das laterais do conector para evitar
que haja uma oxidação residual no produto.

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1.1.1 Cobre – Cobre

Superfície de cobre: remover óxido de cobre esfregando um pano/flanela na superfície e logo após,
aplicar o Penetrox E.

1.1.2 Conexões Cobre – Alumínio

Superfície de Cobre: remover óxido de cobre esfregando um pano/flanela na superfície e logo após,
aplicar o Penetrox A ou A13.
Superfície de Alumínio: no barramento de alumínio o óxido formado (óxido de alumínio) é
extremamente duro, invisível e não condutor. Este óxido deve ser removido com escova de aço
utilizando o próprio Penetrox A ou A13 como abrasivo e evitando que o óxido se forme novamente.

1.1.3. Conexões Cobre Estanhado – Alumínio

Superfície de Cobre Estanhado: como o estanho já constitui uma proteção ao barramento, deve-se
apenas utilizar um pano/flanela para limpeza de resíduos/poeira e logo após, aplicar Penetrox A ou
A13.
Superfície de Alumínio: no barramento de alumínio o óxido formado (óxido de alumínio) é
extremamente duro, invisível e não condutor. Este óxido deve ser removido com escova de aço
utilizando o próprio Penetrox A ou A13 como abrasivo e evitando que o óxido se forme novamente.

1.1.4. Conexões Alumínio – Alumínio

Superfície de Alumínio: no barramento de alumínio o óxido formado (óxido de alumínio) é


extremamente duro, invisível e não condutor. Este óxido deve ser removido com escova de aço
utilizando o próprio Penetrox A ou A13 como abrasivo e evitando que o óxido se forme novamente.

ATENÇÃO!
A aplicação do composto anti-óxido Penetrox deverá ser somente no momento de instalação
dos barramentos e/ou terminais.

2. ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA

Para aplicação dos produtos Penetrox A, A13 ou E deve-se seguir orientações de segurança
detalhadas na embalagem e/ou FISPQ (Ficha de informações de segurança de produto químico) do
produto.

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APÊNDICE C – TORQUE RECOMENDADO

1. TORQUE DE APERTO EM BUCHA DE PORCELANA SÓLIDA

Este item estabelece os procedimentos a serem seguidos durante a instalação e manutenções em


buchas de porcelana sólida, visando padronizar o torque de aperto nas buchas de porcelana
instaladas em todo o transformador de acordo com cada modelo, evitando avarias e possíveis pontos
de vazamento de óleo no equipamento.
Na Figura 51 abaixo são mostrados os torques requeridos para as fixações das buchas de porcelana
de acordo com cada modelo de bucha. Para verificação do modelo utilizado em seu equipamento,
consulte os desenhos do fornecimento. Em caso de dúvidas consulte a WEG.

ATENÇÃO!
Os torques aplicados em buchas sólidas devem seguir rigorosamente as instruções contidas neste
manual.
A falta de observância destas instruções pode causar avarias, quebra da porcelana isolante e
vazamentos de óleo no equipamento.
A aplicação correta do torque é condição necessária para a manutenção e validação da garantia
contratual.

ATENÇÃO!
Se o modelo de bucha sólida instalada no seu equipamento não esteja entre as descritas neste
procedimento de aplicação de torque, deve ser tratada como um modelo de construção especial.
Neste caso, informações referentes ao torque requerido devem ser solicitadas à WEG quando existir
a necessidade de montagem. Consulte os desenhos do fornecimento.

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Figura 51 - Torque indicado em juntas flexíveis para 25% de deformação para montagem de buchas sólidas.
As porcas em aço inox devem ser lubrificadas com óleo para aplicação dos torques.

Os torques a serem aplicados nas porcas localizadas nos pinos terminais das buchas, assim como o
torque a ser aplicado no dispositivo de desaeração de ar destas buchas devem seguir a Figura 52.

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Figura 52 - Torque indicado para porcas nos terminais e desaerador das buchas sólidas

A sequência de aperto da fixação das buchas deve seguir conforme a Figura 53.
* Apertar todos os parafusos na sequência da numeração com 30% do torque final.
* Apertar todos os parafusos na sequência da numeração com 70% do torque final.
* Apertar todos os parafusos na sequência da numeração com 100% do torque final.

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Figura 53 - Sequência de aperto para buchas sólidas (com 4 tirantes e 6 tirantes de fixação)

As ferramentas indicadas e suas especificações mínimas para garantir o correto aperto das buchas
de porcelana estão mostradas na Figura 54.

Torquímetros:

* Torquímetro de estalo 2 a 25Nm com encaixe 9 x 12mm;


* Torquímetro de estalo 20 a 100Nm com encaixe 9 x 12mm;
* Torquímetro de estalo 40 a 200Nm com encaixe 14 x 18mm;
* Torquímetro axial com sistema de escape, 1 a 6 ou 4 a 9Nm com encaixe sextavado ¼”, com bits
fenda simples 8mm.

Figura 54 - Modelos de ferramentas de aperto

2. TORQUE PARA ELEMENTOS DE FIXAÇÃO ROSCADOS

Para o correto aperto dos elementos de fixação roscados, utilizar chaves com medidor de torque.
* Para sequência de aperto observar Figura 55 e Figura 56. 
* Torque admissível de acordo com o indicado na Tabela 09.

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Figura 55 - Sequência de aperto recomendado para flange circular

Figura 56 - Sequência de aperto recomendado para flange quadrado ou retangular

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A Tabela 09 indica o torque admissível para tipos diferentes de aplicações:

* Tipo 1: apresenta o torque requerido para diâmetros nominais de parafusos utilizados em conexões
de barramentos elétricos. Para esta aplicação deverá ser utilizado parafusos com resistência
CLASSE 8.8.
* Tipo 2: apresenta o torque requerido para diâmetros nominais de parafusos, prisioneiros e tirantes
aplicados em conexões externas que utilizam juntas de vedações de borracha ou papelão hidráulico.
* Tipo 3: apresenta o torque requerido para diâmetro nominal de parafusos, prisioneiros e tirantes
aplicados em montagem geral interna e externa, nos locais sem juntas de vedações.
* Tipo 4: apresenta o torque requerido para diâmetros nominais de parafusos, prisioneiros e tirantes
aplicados em conexões externas que utilizam juntas de vedações de teflon expandido Teadit ou Gore.

Tabela 09: Torque admissível


TORQUE ADMISSÍVEL (Nm)
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4
PARAFUSOS,
PARAFUSOS, PARAFUSOS,
PRISIONEIROS E
PARAFUSOS EM PRISIONEIROS E PRISIONEIROS E
TIRANTES EM
CONEXÕES DE TIRANTES EM TIRANTES EM
CONEXÕES EXTERNAS
BARRAMENTOS MONTAGEM GERAL CONEXÕES EXTERNAS
COM JUNTAS DE
Diâmetro COM CONTATOS INTERNO E COM JUNTAS DE
VEDAÇÃO DE
Nominal ELÉTRICOS EXTERNO SEM VEDAÇÃO DE TEFLON
BORRACHA OU
VEDAÇÕES EXPANDIDO
PAPELÃO HIDRÁULICO
Materiais Materiais Materiais Materiais

Aço carbono Aço carbono Aço carbono


Aço Classes 8.8
Aço Inox Aço Inox Aço Inox

M8 24 14 15 -
M10 48 28 18 -
M12 84 50 30 68
M16 200 118 60 180
M20 390 250 115 352
M24 670 395 195 609
M30 - 790 390 -
M36 - 1375 - -

NOTA!
A classe de resistência dos materiais deve ser observada.

ATENÇÃO!
Exclui-se da Tabela 09 o torque de aperto para buchas, válvulas borboletas, caixa de passagem e
elementos para prensagem do núcleo. Estas aplicações exigem valores específicos.

ATENÇÃO!
Consulte a indicação do tipo do material das vedações nos documentos do fornecimento.
Caso isto não seja feito, pode ocasionar aperto com torques inadequados e causar vazamentos no
equipamento.

ATENÇÃO!
Conexões que possuem juntas de vedações de teflon expandido Teadit ou Gore, lubrificar o
parafuso e faces da porca com graxa Molycote P-74 usando um pincel, ou Spray WD-40.

72
_______________________________________________________

ATENÇÃO!
Torque não citado neste apêndice, neste caso, informações referentes ao torque requerido devem
ser solicitados à WEG quando existir a necessidade de montagem. Consulte os desenhos do
fornecimento.

ATENÇÃO!
Para montagem de bujões ½" em aço zincado Figura 57, utilizar torque de 40 Nm.

Figura 57– Bujão ½”

2.1 SEQUÊNCIA DE APERTO EM CONEXÕES QUE UTILIZAM JUNTAS DE VEDAÇÃO

Realizar a sequência de aperto observando a Figura 55 e 56.

* Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 30% do torque final.


* Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 70% do torque final.
* Apertar todos os estojos na sequência da numeração com 100% do torque final.
* Apertar todos os estojos com 100% do torque final em sequência circular conforme mostrado.
* Repetir o quarto passo até que as porcas parem de girar.
* Efetuar reaperto com 100% do torque final no mínimo 4 horas após a instalação da junta.
* Reaperto com 100% do torque final antes do abastecimento.

ATENÇÃO!
Para a desmontagem, realizar a sequência recomendado no item 2.1 deste apêndice com sentido de
torque anti-horário.
Jamais desmontar um conjunto parafuso e porca por completo, pois haverá o risco de empenamento
e deformação dos últimos parafusos.

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_______________________________________________________

APÊNDICE D – CUIDADOS AMBIENTAIS


1. CUIDADOS COM ASPECTOS AMBIENTAIS

Esta instrução visa estabelecer parâmetros para análise de aspectos ambientais relacionados a
materiais e componentes de transformadores e determinar uma possível disposição dos mesmos, em
caso de fim de vida útil ou manutenções, evitando impactos ambientais negativos.

1.1 RESÍDUO DE MANUTENÇÃO

Indica-se que os resíduos gerados durante as atividades de manutenção de transformadores, tais


como panos e estopas com óleo e/ou graxa, sejam devidamente identificados e segregados em
compartimentos especiais (exemplo: tambores de aço), onde aguardarão posterior destinação.

ATENÇÃO!
Enfatiza-se que as manutenções sejam sempre executadas por pessoal devidamente treinado.
Em caso de substituição de peças, a disposição das mesmas deve seguir o item 1.2 e 1.3 deste
apêndice.

Os resíduos gerados ou contaminados, como por exemplo a brita/solo com óleo impregnado, indica-
se que sejam mitigados, de modo a minimizar os impactos ambientais, tais como: contaminação do
solo, lençol freático, rios e lagos. Posteriormente, estas partes contaminadas devem ser recolhidas e
segregadas em compartimentos especiais como, por exemplo, tambores de aço mantidos em locais
adequados para posterior destinação.
As peças danificadas devem ser dispostas conforme item 1.2 e 1.3 deste apêndice.

1.2 DISPOSIÇÃO PÓS VIDA ÚTIL

Após término da vida útil dos equipamentos, os componentes devem ser dispostos conforme Tabela
10.

ATENÇÃO!
Produtos pouco conhecidos quanto aos impactos e disposições pós vida útil, ou que não constam
neste apêndice, devem ser analisados e classificados conforme NBR 10004 (Resíduos sólidos -
Classificação) ou de acordo com a legislação ambiental do país vigente. Se tal classificação não for
possível, indica-se consultar o fabricante.

ATENÇÃO!
Materiais contaminados com óleo isolante devem ser tratados conforme descrito nos itens 1.2 e 1.3
desse apêndice.

ATENÇÃO!
A WEG informa que a destinação dos resíduos gerados sempre deve ser feita de acordo com as
disposições da legislação ambiental do país vigente.

ATENÇÃO!
Independentemente das indicações contidas neste documento, a WEG indica que, previamente à
destinação de qualquer tipo de resíduo gerado em função da utilização ou manutenção de seus
equipamentos, esta seja submetida à aprovação do órgão de controle ambiental do país vigente.

74
_______________________________________________________
Tabela 10 – Disposição de materiais pós vida útil

MATERIAL CLASSE DISPOSIÇÃO

Aço Carbono, Aço Silício, Aço Inox IIA Materiais recicláveis.


Cobre, Alumínio, Latão e Bronze
P.V.C IIA Material reciclável.
Enviado para local devidamente licenciado para receber
I
Tambores De Óleo resíduo classe I.
Os resíduos de óleo mineral isolante, conforme a
classificação da FISPQ (Ficha de informações de segurança
de produto químico), bem como os resíduos sólidos
Óleo Mineral Isolante I
contaminados com óleo isolante, devem ser destinados à
empresa ambientalmente licenciada para receber resíduo
classe I, atendendo a legislação ambiental do país vigente.
Em caso de derramamento, conter o vazamento utilizando
materiais absorventes, como turfas naturais e vermiculita.
Não utilizar tecidos e estopas.

Um vazamento de óleo vegetal isolante que represente risco


ambiental e deve ser comunicado aos órgãos de controle de
meio ambiente do país vigente.

Opções de descarte incluem a venda a processadores para


Óleo Vegetal Isolante I reciclagem ou refino, conversão em óleo biocombustível, ou
como combustível para caldeiras e fornos industriais.

Os resíduos de óleo vegetal isolante, conforme a


classificação da FISPQ (Ficha de informações de segurança
de produto químico), bem como os resíduos sólidos
contaminados com óleo isolante, devem ser destinados à
empresa ambientalmente licenciada, atendendo a legislação
ambiental do país vigente.

Material não reciclável, porém, no caso de porcelanas de


buchas, podem ser reutilizáveis em dutos de águas pluviais
Porcelanas e Esteatites IIB Inerte e esgotos. Tanto a porcelana como o esteatite podem
também ser enviados para aterro sanitário ou conforme
solicita a legislação ambiental do país vigente.

Material impregnado com óleo isolante deve ser destinado


Presspan, Papel Kraft, Compensado
I como resíduo perigoso, conforme solicita a legislação
de Presspan, Madeira, Cortiça.
ambiental do país vigente.

Material inerte quimicamente (depois de seco). Não


Fibra de Vidro e Resina Epóxi I
reciclável.
Material pode ser reciclado ou enviado para aterro sanitário
Borrachas Nitrílica, Neoprene ou Viton IIA
conforme solicita a legislação ambiental do país vigente.
Vidro IIA Material reciclável.

Metal “pesado”, é extremamente tóxico. Não deve ser


disposto diretamente no solo ou esgoto. O seu manuseio
Mercúrio (Hg) I
deve ser feito apenas por pessoal especializado. Mais
informações consultar o fabricante.

Material inerte quimicamente (depois de seco). Não


Fibra de Vidro e Resina Epóxi I
reciclável.

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_______________________________________________________

1.3 DESTINAÇÃO DE MATERIAIS UTILIZADOS PARA O TRANSPORTE DO TRANSFORMADOR

Após término da vida útil dos equipamentos, os componentes devem ser dispostos conforme Tabela
11.

Tabela 11 - Disposição de materiais pós vida útil

ITEM CLASSE DESTINAÇÃO / DISPOSIÇÃO

Caixas, engradados e Pallets de madeira Doação mediante termo de doação para


para acessórios desmontados IIA reaproveitamento.
Madeira utilizada no transporte do
Doação mediante termo de doação para
transformador para quebra fio e escoramento
IIA reaproveitamento.
na carreta
A empresa que transportará os tambores deverá portar
durante o transporte Plano de Atendimento à
Emergências e licenciamento para transporte de produtos
Tambores para transporte do óleo I
perigosos.
Os tambores vazios deverão ser destinados para local
licenciado para recebimento de resíduo classe I.
Óleo utilizado para limpeza e óleo Destinação para empresa licenciada para transporte e
I
remanescente recebimento de resíduo classe I.
Plásticos utilizados para proteger a
embalagem e plásticos para proteger os IIA Enviar para locais licenciados que façam reciclagem.
componentes inseridos na embalagem
Embalagens como caixa de papelão e
IIA Enviar para locais licenciados que façam reciclagem.
plástico dos acessórios desmontados

Proteção metálica para buchas, barramentos


IIA Enviar para empresa de reciclagem de metal.
e outros durante o transporte

Proteção de madeira para Cilindro de Doação mediante termo de doação para


IIA
pressurização reaproveitamento.

Juntas de vedação substituídas em campo IIA Destinadas à aterro sanitário.

Abraçadeiras de nylon, abraçadeiras de inox IIA Enviados para locais licenciados que façam reciclagem.

Sílica gel usada na embalagem de transporte IIA Enviada a aterro sanitário.

Destinação para empresa licenciada para transporte e


Lata de tinta / diluente / catalisador / pincel I
recebimento de resíduo classe I, coprocessamento.

Enviados para locais que façam reciclagem ou aterro


Isopor e espuma dos acessórios IIA
industrial classe II, coprocessamento.

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APÊNDICE E – DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA PROTEÇÕES DE


TRANSFORMADORES PARA INVERSORES

O modo de operação de um transformador para aplicação em sistemas com inversores é submetido


dominantemente por correntes pulsantes decorrentes dos chaveamentos por ciclo da tensão trifásica
em cada um de seus enrolamentos. Desta forma é inerente aos transformadores desta modalidade
conviverem com surtos de tensão no secundário, que precisam ser conhecidos e contidos dentro do
NBI dos enrolamentos.
Como regra verifica-se também existir níveis baixos de capacitâncias paralelas no trecho entre os
terminais dos secundários e a entrada das respectivas pontes retificadoras. Este fato aliado ao
descrito anteriormente facilitam o surgimento de surtos significativos de tensão entre os terminais das
bobinas sob chaveamento podendo comprometer a isolação dos secundários.
Devido a estes fenômenos, é necessária a adição de capacitores de surto individualmente em cada
um dos enrolamentos secundários. Para os transformadores com blindagem eletrostática estes
capacitores devem estar fechados em delta e, para os que não possuem esta blindagem devem estar
fechados em estrela. Além disto, para os casos em que os cabos de conexão no primário forem de
comprimento curto indica-se a adição de capacitores de surto também nos terminais do enrolamento
primário.
Abaixo estão representados exemplos típicos de aplicação de capacitores para proteção de surtos em
transformadores de 12 e 18 pulsos, que podem ser extrapolados para transformadores de 24 e 36
pulsos por serem de mesma configuração apenas com o dobro de enrolamentos.

Figura 58 - Exemplo de proteção para transformador 12 pulsos com blindagem eletrostática e neutro não acessível

77
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Figura 59 - Exemplo de proteção para transformador 12 pulsos com blindagem eletrostática e neutro acessível

Figura 60 - Exemplo de proteção para transformador 18 pulsos

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_______________________________________________________

WEG Equipamentos Elétricos S/A – Transmissão e Distribuição

 Assistência Técnica WEG

Solicitações de avaliação e esclarecimento de dúvidas técnicas relacionadas a


transformadores, entrar em contato através do e-mail wtd-astec@weg.net, ou via fone
(47) 3276-5993.

 Comissionamento e Start-up

Solicitações e esclarecimento de dúvidas técnicas em relação a montagens e


supervisão de montagens e aprovação e esclarecimento de dúvidas técnicas de
ensaios de campo relacionadas a transformadores, entrar em contato através do e-
mail wtd-comissionamento@weg.net, ou via fone (47) 3231-8109.

 Vendas de Partes e Peças & Serviços

Solicitações de cotação, propostas comerciais para fornecimento de partes e peças


relacionadas a transformadores, entrar em contato através do e-mail
wtd-parts@weg.net, ou via fone (47) 3231-8146.

 Sinistros

Danos e/ou avarias relacionadas ao transporte ou desvios detectados no recebimento


relacionadas ao transformador, seguir instruções contidas no termo de garantia ou
entrar em contato através do e-mail wtd-sinistros@weg.net, ou via fone (47) 3231-
8107.

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