Significado de Indolência
Substantivo feminino; Qualidade de indolente; condição da pessoa sem ânimo nem força física;
preguiça, morosidade. Falta de sensibilidade, incapacidade para sentir dor. ...
Indolente é um adjetivo ou substantivo de dois gêneros na língua portuguesa, utilizado para qualificar
algo ou alguém que não tem a capacidade de sentir dor física. Este termo também é bastante comum
como um sinônimo de quem é insensível, preguiçoso, desleixado ou negligente.
A indolência em ouvir e reter a Palavra pregada, para ser praticada, faz com
que os crentes tenham grande dificuldade para entenderem as coisas sobre
as realidades espirituais e divinas.
Quando se fala de indolência em ouvir a Palavra, está também implícita a
falta de obediência à mesma, a falta de oração, meditação e de reverência
para com Deus, pela falta de exercício da fé para conhecer e fazer a Sua
vontade.
Alguns ouvem a Palavra para satisfazerem apenas as suas convicções e não
se permitirão serem mudados pelo que ouvem; outros para satisfazerem a
sua curiosidade; e alguns o fazem por mero hábito; outros para cumprirem
uma obrigação religiosa, e há além disto uma infinidade de motivações e
interesses que nada têm a ver com o propósito de Deus em ouvirmos a Sua
Palavra, que é sobretudo para que a pratiquemos.
Sem uma disposição em consagrar a vida ao Senhor pela prática da Palavra,
o que ocorrerá é que a Palavra será recebida como uma palavra conceitual
ou ideal para simplesmente esclarecer o entendimento, e não como a palavra
viva que ela é e que possui poder espiritual para nos transformar à imagem
e semelhança de Jesus.
Nenhum pastor se iluda, portanto, pensando que o seu dever é apenas o de
pregar bons sermões, porque há esta fragilidade da natureza terrena para
dar boa acolhida à Palavra da verdade.
Todos os crentes são chamados a se aperfeiçoarem para que possam
conduzir outros à salvação. Para que possam instruir outros na verdade.
Mas como farão isto se eles próprios não são guiados pela Palavra de Cristo?
Eles aprenderam tudo o que convém sobre o caráter justo, santo e amoroso
do Senhor, e não se permitiriam se afastar daquele do qual sabem que
procede toda a existência, glória e poder deles.
Afastados de Deus, nada somos, menos até do que o pó da terra, do qual
fomos formados.
Mesmo estando no Senhor, continuamos sendo pó, apenas com a diferença
de sermos agora um pó separado e precioso para Ele, por meio do qual está
erigindo o edifício da Igreja.
Enquanto não ganhamos, pelo trabalho de Suas mãos, a forma de tijolos
sólidos e aptos para sermos assentados como colunas no templo de Cristo,
precisaremos do trabalho do amassamento do barro, da remoção das
impurezas, e do acabamento da fornalha para permanecermos firmes e para
sempre no lugar que nos tiver sido designado por Deus, para sermos pedras
vivas deste edifício espiritual vivo.
Assim, enquanto não for completado este trabalho de confirmação, sempre
haverá o risco da apostasia.
Desta forma, deve haver um grande empenho por parte de todos na Igreja,
para que nenhum crente seja faltoso nesta parte, a saber, a de ser
confirmado em toda boa palavra e obra, pela firme fundamentação na prática
das doutrinas do evangelho.
A vida cristã tem um objetivo a ser atingido, e é estranho à mesmo esta
atitude de cair e levantar frequentemente na fé, tão comum de ser vista em
nossos dias.
Não é Para Mim... Só Para uns Poucos
Pela montanha de pecados que havia em minha vida, e pelas densas trevas
que cobriam a minha alma, julgava que essa coisa de ser santo era destinada
por Deus senão para uns poucos que não fossem tão pecadores como eu.
Na verdade, esta é a forma de pensar de muitos, ainda que seja por outras
formas de julgamento.
Alguns pensam que ser santo é coisa para quem tem vocação religiosa e que
não está disposto a viver uma vida normal.
Por isso eu creio, assim como se deu no meu próprio caso, que sem a ajuda
de Deus para iluminar o nosso entendimento e nos revelar o que é o
verdadeiro caráter da santificação, jamais poderíamos alcançar por nós
mesmos o seu real significado.
Essa palavra santo ficou carregada de muito preconceito e recebeu
significados que em vez de nos incentivarem a sermos santos, podem gerar
até mesmo uma certa repulsa a isto.
Mas se considerássemos que o próprio Deus é inteiramente santo, e que criou
o primeiro homem santo e para crescer em santidade, tendo sido este o Seu
propósito na criação, então podemos ver o quanto dependemos de ser santos
para que possamos agradar a Deus e ter a vida eterna.
Deus afirma expressamente na Bíblia que sem santificação ninguém o verá,
ninguém terá comunhão com ele eternamente; ao contrário será expulso de
Sua presença para um lugar de tormentos eternos, depois da morte.
Deveríamos então, para o bem eterno de nossas almas, dar uma maior
atenção e consideração ao assunto da santidade, e entender, pela conversão
a Cristo, e pelo Espírito Santo, o que é realmente ser santo.
O que é a santificação evangélica, ou seja, a que é segundo a misericórdia,
o perdão e a graça do evangelho de Cristo.
A santificação que trabalha em nós progressivamente para enfraquecer o
princípio do pecado e fortalecer o da graça de Deus, pela qual somos tornados
cada vez mais semelhantes a Cristo, pela aplicação da Palavra do Evangelho
às nossas vidas.
Combatendo o Mal nas Fileiras do Próprio Exército
“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.
Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a
maioria sobrevive até agora” (1 Coríntios 15.3-6).
Portanto, quando a Bíblia diz: “Andamos por fé e não pelo que vemos”, isso
não significa que nunca houve quaisquer evidências visíveis. Também não
significa que não haja evidências visíveis hoje.
Então, o que Paulo quis dizer, ao falar: “Andamos pela fé e não pelo que
vemos”? O contexto é essencial.
Sim, Cristo foi visto por olhos físicos. Sim, Ele fez sinais e maravilhas, de
modo infalível, com uma simples palavra ou um toque. Sim, Cristo morreu,
ressuscitou e apareceu a muitos. Mas agora Ele está distante da visão. Não
O vemos dessa maneira agora. Conforme Paulo disse: enquanto estamos “no
corpo, estamos ausentes do Senhor”; ou seja, não O vemos. E não somente
isso, neste corpo nós gememos. Ainda não vemos todo o efeito do poder de
Jesus em nossa vida. Por isso, Paulo disse que temos o Espírito como um
penhor. O Espírito é um pagamento não visível, mas experimentado, que foi
dado como adiantamento da visão de Cristo na glória.
Em que sentido andamos pela fé e não pelo que vemos? Andamos pela fé e
não pelo que vemos, porque, com base nos atos de Deus em Cristo, visíveis
e passados, e com base no testemunho constrangedor dos apóstolos a
respeito desses atos, agora confiamos neste Cristo vivo e no que Ele promete
ser para nós, embora não O vejamos agora com os olhos físicos. Paulo disse
isto em Romanos 8.24-25: “Na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que
se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se
esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”.
Pedro falou sobre isso nos seguintes termos: “A quem, não havendo visto,
amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível
e cheia de glória” (1 Pedro 1.8). Nunca vi o Cristo ressuscitado na carne.
Meus olhos físicos jamais contemplaram a Jesus. Mas existe um ver que está
além do ver de nossos olhos. Paulo orou para que tivéssemos esse ver:
“Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do
seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos”
(Efésios 1.18). E falou sobre “a luz do evangelho da glória de Cristo” (2
Coríntios 4.4), para que vejamos quando Deus sobrepuja os efeitos da
cegueira produzida por Satanás e nossa dureza de coração.
Portanto, andar pela fé e não pelo que vemos significa andar não pela
contemplação imediata de Cristo, com nossos olhos físicos. Não significa
andar sem qualquer evidência histórica, bem como sem iluminação espiritual
nos olhos do coração. O Espírito Santo realmente nos outorga a
contemplação da glória divina que confirma a si mesma no evangelho de
Cristo. O Cristo que eu vejo no evangelho tem triunfado em minha mente e
em meu coração. Por isso, digo juntamente com Paulo:
“Vivo [não por vista] pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo
se entregou por mim” (Gálatas 2.20).
Se esta não é a sua experiência, ore humildemente por ela. Isto não é
presunção. Foi o assunto da oração de Paulo em Efésios 1.16, 18:
“Fazendo menção de vós nas minhas orações... iluminados os olhos do vosso
coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a
riqueza da glória da sua herança nos santos”.
É correto pedir a Deus que ilumine nosso coração. É correto pedir-Lhe:
“Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei”
(Salmos 119.18). Isso vai além da simples leitura, do simples estudo e do
simples aprendizado. É a visão de algo maravilhoso, que desperta e sustenta
a fé. Fixe seus olhos no Filho e peça iluminação.