Revista de Jovens e

Adultos da Convenção
Batista Fluminense
Ano 17 - n° 70 - 3T2021
 Novidade!

Sumário
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7 Primeiras Palavras
Revista evangélica
trimestral da Convenção 11 Palavra do Redator
Batista Fluminense.
13 Apresentação – Quem Escreve
O intuito desta revista
é servir de material de 14 Lição 1 Mordomia Cristã e os Propósitos da Igreja
educação religiosa acerca
do que é ensinado na
Palavra de Deus, pela
17 Lição 2 A Mordomia Cristã Como Generosidade

leitura e interpretação dos

escritores destas lições. 20 Lição 3 Generosidade no Cuidado
Esta revista não é um
manual para a vida cristã,
é apenas um material de
23 Lição 4 Generosidade na Família

auxílio educacional. Antes

de tudo leia a Bíblia, que
é a Palavra de Deus.
26 Lição 5 Generosidade para com o Próprio Corpo

29 Lição 6 Generosidade e Tempo

Publicada pela Convenção
Batista Fluminense, sob
cuidado do Departamento
32 Lição 7 Generosidade e os Bens Materiais

de Educação Religiosa
e produção do DECOM
(Departamento de
35 Lição 8 Generosidade e as Finanças

Comunicação).
38 Lição 9 Generosidade e Dízimo – Parte I

41 Lição 10 Generosidade e Dízimo – Parte II

44 Lição 11 Generosidade e o Trabalho

47 Lição 12 Generosidade e o Descanso

(21) 2620-1515
50 Lição 13 Relembrando a Generosidade
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Rua Visconde de Morais, 231
Ingá, Niterói/RJ - CEP 24210-145 54 Ficha Técnica
 grama
M issão é um pro
Jove n s E m 8 anos e 35
ár io p ar a jovens de 1 das à
mis sio n
s d as igreja s batistas filia
ro
anos, memb se que sejam
o B at ista Fluminen
Co n ve n çã vontade de
ad o s e que tenham mento
voca cio n
m p ro gram a de Fortaleci
participar de
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m até 50 m embros em d
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Como primeiras palavras, nesta
edição da Revista Palavra e Vida,
reapresentamos uma breve refle-
xão sobre o tema de Missões Es-
taduais para este ano, É Tempo de
Reconstruir. Esta ênfase é muito
mais abrangente do que normal-
mente se imagina. Com base em
Neemias 2:18, “Então lhes declarei
como a mão do meu Deus me fora
favorável, como também as palavras
do rei, que ele me tinha dito; então
disseram: Levantemo-nos, e edifi-
quemos. E esforçaram as suas mãos
para o bem”, somos orientados à
semelhança de Neemias, sobre a
necessidade de fazer uma grande
obra, entretanto precisamos muito
mais do que uma obra física, com
projetos, materiais de construção e
profissionais de construção civil. A
“grande obra” abrange os princípios
e valores do reino que foram colo-
cados em plano secundário, senão
Primeiras Palavras
Pr. Amilton Ribeiro Vargas
Diretor Executivo da CBF
Membro da PIB Universitária
É Tempo de
Reconstruir
totalmente abandonados. Precisa-
mos relembrar que pessoas valem
mais do que as coisas e o espiritual
está acima do material.
Vivemos numa sociedade mar-
cada por projetos ideológicos que
visam a desconstrução e destrui-
ção de princípios e valores funda-
mentais de nossa fé e da família
cristã, logo precisamos reconstruir
os alicerces do edifício espiritual e
ético que são fundamentais à nos-
sa vida cristã e, à semelhança do
que fez Neemias, que não apenas
sofreu pela tragédia do abando-
no daquilo que julgava importante
para Deus, mas não ficou inerte e
prostrado apenas de “braços cru-
zados”, ele orou e jejuou. Orou por
quatro meses, preparando-se para
receber a direção de Deus, vejam:
“Quando ouvi essas coisas, sentei-
-me e chorei. Passei dias lamentan-
do-me, jejuando e orando ao Deus
dos céus.” (Neemias 1:4).
Se entendemos que É Tempo de
Reconstruir, em primeiro lugar, pre-
cisamos permitir que Deus fale ao
7
nosso coração, como falou a Nee- favorável a você e aos projetos que
mias através de um diálogo com Ele mesmo colocou em seu cora-
Hanani e seus amigos, conforme ção.
registro em Neemias 1:3, “E eles me
Para concluir, lembro que se re-
responderam: Aqueles que sobre-
conhecemos que É Tempo De Re-
viveram ao cativeiro e estão lá na
construir, precisamos iniciar a obra,
pro¬víncia passam por grande sofri-
pois outros ajudarão. Quando
mento e humilhação. O muro de Je-
Neemias conclama o povo ele não
rusalém foi derrubado, e suas portas
diz: levantem-se e façam. Ao con-
foram destruídas pelo fogo". Nee-
trário, o que se vê pelo sentimento
mias preocupou-se com as pes-
do povo, ele estava junto e, assim é
soas e com a “Cidade Santa”, com
participante da obra, dizendo: “Le-
o sofrimento, insegurança injustiça
vantemo-nos, e edifiquemos. E es-
e abandono do povo. Temos sido
forçaram as suas mãos para o bem.”
sensíveis às necessidades e sofri-
Em outras palavras; estamos juntos
mento do povo?
vamos trabalhar em unidade!
Se reconhecemos que É Tempo
Quando surgiram os adversários
de Reconstruir, precisamos teste-
da obra, que Deus já tinha apro-
munhar que a mão de Deus é favo-
vado, Neemias não delega a sua
rável à realização da obra. O regis-
responsabilidade de agir e fazer a
tro inicial de Neemias 2.18 encoraja
sua parte, vejamos sua atitude re-
o povo: “Então lhes declarei como a
gistrada em Neemias 2:20a, “Eu lhes
mão do meu Deus me fora favorá-
respondi: O Deus dos céus fará que
vel,”. Se você tem a certeza de que
sejamos bem-sucedidos. Nós, os
a mão do Senhor lhe é favorável,
seus servos, começaremos a recons-
pode ter certeza: as portas irão se
trução”. O líder precisa estar junto,
abrir e pessoas irão ajudar, como
não basta falar para que os outros
no caso de Neemias, onde até o
façam, é preciso envolvimento pes-
rei, imprevisivelmente, apoiou-o. A
soal e dedicação, especialmente
missão de Deus para você sempre
quando estamos falando de uma
contará com a ajuda dEle! E “se Ele
obra tão importante, como a obra
é por nós, quem será contra nós?"
missionária, que requer tanto a
(Rm 8:31b). Podemos afirmar, com
cooperação de todos, por isso Nee-
certeza, que apenas serão enver-
mias usava a auto inclusiva primeira
gonhados e derrotados os que se
pessoa do plural: O “nós”, pois pre-
opuserem a reconstrução aprovada
cisamos estar incluídos. Deus, atra-
por Deus! Empreenda com fé e a
vés do nosso dedicadíssimo líder
certeza de que a mão de Deus será

8
do Departamento de Evangelismo
e Missões, está nos conclamando
ao trabalho de reconstrução, a obra
missionária precisa ser valorizada,
então não deixe de participar, aces-
se: www.missoesestaduais.com.br/
etempodereconstruir, e saiba como
participar dessa grande campanha
de reconstrução!
Agradecendo aos queridos co-
legas pastores, diáconos, líderes e
membros de igrejas de nossa que-
rida Convenção Batista Fluminense,
pois não nos tem faltado o apoio
dos que amam a obra do Senhor,
para ampliar nossa reflexão, per-
gunto: Por que precisamos recons-
truir? Quais as evidências de que a
obra missionária precisa ser feita e
não pode ser abandonada?
- Quando há indiferença diante
da miséria e do opróbrio (vergonha)
das pessoas. Neemias viu o sofri-
mento do povo, veja em 1:4 “Aqueles
que sobreviveram ao cativeiro e es-
tão lá na província passam por gran-
de sofrimento e humilhação”, temos
visto o sofrimento e humilhação?
- Quando estamos diante de pro-
blemas de difícil solução, grandes
desafios e poucos recursos, povo
humilhado, desprezado, desampa-
rado e passando necessidades;
- Quando, à semelhança de Nee-
mias, temos obstáculos a serem
vencidos, tais como: o Decreto do
Rei contra a reconstrução da Cida-
de, adversidades dos inimigos de
Deus que tentavam desanimar o
povo, veja: “Quando ouviu Sambala-
te, o horonita, e Tobias, o servo amo-
nita, e Gesém, o árabe, zombaram de
nós, e desprezaram-nos, e disseram:
Que é isto que fazeis? Quereis rebe-
lar-vos contra o rei?” (Neemias 2:19).
- Quando há isolacionismo, de-
sunião, desânimo, fraqueza, aban-
dono da fé, da unidade e coopera-
ção, falta de sentimento de corpo e
pertencimento, falta de sinergia, a
independência absoluta precisa ser
substituída pela interdependência;
- Quando existem líderes consa-
grados ao Senhor e comprometidos
com a obra missionária, o desejo de
reconstruir brotará naturalmente
dos corações, então nos dedica-
remos e lutaremos pela evangeli-
zação dos sem Cristo e sem igreja,
pela nossa família, nossa igreja,
nossa denominação, nossa cidade
e nossa nação.
Não importam as dificuldades e
barreiras, reconstruiremos para a
honra e glória de nosso Senhor Je-
sus Cristo que vive, reina e reinará
para todo sempre! Com amor e ca-
rinho fraternal.
9
Acesse as aulas das lições da Revista
Palavra & Vida desse semestre em
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Acesso rápido à aula


“Vocês serão enriquecidos de to-
das as formas, para que possam ser
generosos em qualquer ocasião e,
por nosso intermédio, a sua genero-
sidade resulte em ação de graças a
Deus.” 2 Coríntios 9.11
Com imensurável gratidão ao SE-
NHOR, entregamos as lições do ter-
ceiro trimestre de 2021. Desta feita,
estaremos refletindo acerca de um
tema especial, embora esquecido
por alguns: A mordomia cristã!
Esse tema é de grande relevância
e muito oportuno, especialmente,
diante do quadro no qual estamos.
Temos observado os desdobra-
mentos dessa pandemia nos meios
sociais. Contudo, percebemos a ne-
cessidade de um clamor, a fim da
Igreja se levantar como instrumento
de Deus em um mundo quebranta-
do. A mordomia cristã, portanto, é a
resposta da Igreja do SENHOR aos
aflitos e exaustos, pois, a partir da
Palavra do Redator
Pr. Alonso Colares
Pastor da Igreja Batista de Vera Cruz,
Campos dos Goytacazes (RJ) e
Diretor da FABERJ
compreensão de que somos ‘mor-
domos’ daquilo que o SENHOR nos
outorgou, temos o dever de ser ge-
nerosos para com as pessoas aflitas,
exaustas e necessitadas, expressan-
do, assim, na prática, as palavras do
Mestre Jesus: “Vinde a mim todos
vós que estão cansados e sobrecar-
regados e eu vos aliviarei.” (Mateus
11.28).
Nossa sincera gratidão ao Pr.
Mauro Stélio Sanches por ter conse-
guido, de forma feliz e sensível, nos
presentear com tão nobres lições.
De fato, a mordomia cristã é, antes
de tudo, uma expressão do caráter
de Jesus em nós. O Servo que en-
tregou a sua própria vida em nosso
favor. Nesse prisma, então, é per-
feitamente compreensível refletir a
mordomia cristã sob a vertente: ge-
nerosidade.
Nossa oração é que, o SENHOR
nos faça crescer por meio do estu-
do dessas lições e que, as mesmas
sejam um marco em nossa vida para
realizarmos o propósito do SENHOR:
sermos ‘sal’ e ‘luz’ em um mundo
caído.
Que o SENHOR nos abençoe e
nos guarde!
11
 Apresentação

Quem Escreve
Pr. Mauro Stélio Sanches
Pastor titular da Igreja Batista
em Parque Alian, São João de Me-
riti, RJ, desde 1994. Graduado em
Teologia (STBSB), Direito (UNIG),
Liderança Avançada pelo Instituto
Haggai do Brasil e Graduando em
Psicologia (Unigranrio). Pós gradu-
ado em Aconselhamento Pastoral
(FABAT/STBSB) e Gestão de Pes-
soas (Estácio de Sá). Casado com
Marluce Cordeiro Alberto Sanches
e pai de Maíse Alberto Sanches.

13
Data do estudo Lição 1
Texto base: Mateus 28.18-20

Mordomia Cristã e
os Propósitos da
Igreja

Quais são os objetivos da Igreja propôs.

de Jesus nesse mundo? É relevante
mencionar que a Igreja não se fun-
damenta e nem deriva meramente
de sua membresia, mas daquele
que é o seu ‘cabeça’, Cristo. Para ser
reconhecida como uma Igreja de Je-
sus, esta deve reproduzir o discurso
de Jesus.
É preciso ter bastante clareza no
que tange aos objetivos da Igreja
no mundo. E, para não errar, deve-
-se concentrar no ensinamento de
Cristo, que é a própria Palavra. As-
sim, cabe a pergunta: O que esta-
mos fazendo para que a Igreja, onde
congregamos, esteja atenta ao pro-
jeto de Jesus para ela? Precisamos
refletir, a fim de que esses objetivos
sejam consoantes aos que Jesus
Vejamos alguns objetivos que de-
vem permear as ações da Igreja nas
mais diversas áreas de atuação: por
meio da sua comunidade local ou,
para além dela, com um propósito
missionário.
01. Evangelização
A Igreja é um grupo de pessoas
salvas por Cristo, que promove a
proclamação da redenção aos per-
didos por meio da evangelização.
Ao evangelizarem, os cristãos estão
se despojando do seu tempo e dos
seus bens; estão aplicando seus ta-
lentos em adoração a Deus e sendo
canais da Graça divina. A evangeli-
zação dos perdidos é tarefa para to-

14
dos na Igreja e em todo tempo. ricórdias de Deus que se ofereçam
em sacrifício vivo, santo e agradável
Com efeito, sem evangelização
a Deus; este é o culto racional de vo-
não há entusiasmo na Igreja. Poder-
cês”. Portanto, adorar a Deus é uma
-se-ia até possuir uma bela estrutu-
necessidade existencial de todo ser
ra, um belo santuário, mas sem o es-
humano, mesmo que muitos ainda
pírito evangelizador, não há alegria.
não tenham consciência disso.
Evangelização é a resposta de amor
da Igreja ao chamado do Calvário.
04. Educação Cristã
02. Missões Não se deve prescindir ensino no
processo de edificação do Corpo de
A Igreja deve compreender a am-
Cristo, o qual é a Igreja. Por meio do
plitude do seu compromisso com
discipulado, os cristãos entendem a
Cristo, bem como o seu papel de
natureza da sua nova vida em Cristo
participar do propósito de Deus na
e aceitam como alvo pessoal: tornar
expansão do evangelho ao redor do
os propósitos de Deus sendo o seu
mundo. Missões têm sido a marca
estilo de vida. O discipulado, portan-
do testemunho batista no mundo.
to, faz parte do crescimento qualita-
Isto se evidencia, pelo fato de os ba-
tivo e quantitativo da Igreja. É impe-
tistas terem a Bíblia Sagrada como
rativo à Igreja ensinar aos cristãos a
única regra de fé e conduta e, so-
obedecer a tudo o que Jesus orde-
bretudo, pelo ensinamento bíblico
nou, conforme descrito na Grande
junto à obra missionária. Um povo
Comissão: “... ensinando-os a obede-
que não seja missionário, não é povo
cer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mt
de Deus; uma Igreja que não seja
28.20). Por essa razão, a Educação
missionária, não é Igreja de Cristo.
Cristã precisa estar inserida nos ob-
Missões são: Deus agindo no mun-
jetivos da Igreja na mesma relevân-
do através da Igreja, para resgatar os
cia que a evangelização, missões e
povos do pecado e conceder-lhes a
adoração.
salvação eterna.

05. Comunhão
03. Adoração
Os cristãos devem compreender
A Igreja compreende o significa-
a comunhão cristã como evidência
do do culto cristão e, por meio dele,
de sua nova natureza, transformada
cada cristão participa voluntaria-
pelo amor de Jesus, e, a partir disso,
mente e com alegria e em sacrifício
refletir esse amor na prática do bem
vivo, conforme Romanos 12.1: “Por-
e da justiça; no seu dia a dia; em
tanto, irmãos, rogo-lhes pelas mise-
meio à sociedade na qual estão in-

15
seridos. Ao ser indagado sobre qual
seria o maior mandamento, Jesus,
com simplicidade e sabedoria, res-
pondeu: “Ame o Senhor, o seu Deus,
de todo o seu coração, de toda a sua
alma, de todo o seu conhecimento e
de todas as tuas forças. O segundo
é este: Ame o seu próximo como a si
mesmo. Não existem mandamentos
maiores do que estes” (Mc 12.30,31).
tivo maior: apresentar Jesus a uma
sociedade caída.
Para pensar e agir
01. Por que devemos evangelizar?
02. Quais recursos seriam neces-
sários para realizar uma obra ade-
quada de evangelização no bairro e/
ou na cidade?

Conclusão 03. Que benefícios trazem para o

Diante do quadro vivido nesse
tempo de pandemia, em que a igre-
ja tem sido alvo de muitos ataques,
quer sejam pelas ações objetivas
dos governos, quer sejam pelos ini-
migos da cruz, é mister, mais do que
nunca, nos atermos a esses objeti-
vos na transformação da sociedade
por meio da mensagem do evange-
lho.
Pertinente notar também que,
esses objetivos não prescindem de
templos ou locais de cultos abertos.
A mensagem e os objetivos da Igreja
transcendem o local de culto, sendo
uma orientação viva frente aos con-
turbados dias. Nesse prisma, então,
a Igreja pode ser definida como pes-
soas que se importam umas com as
outras e que compartilham do amor
e da mensagem de Cristo.
cristão e sua família participarem da
adoração na Igreja?
04. É possível haver progresso
na vida cristã por meio do ensino na
Igreja?
05. Os de ‘fora’ da Igreja, ao olha-
rem para dentro, conseguem ver que
somos discípulos de Jesus em rela-
ção ao mandamento de ‘amarmos
uns aos outros’?
06. Qual tem sido o seu envolvi-
mento na Igreja, para que ela cum-
pra os seus objetivos e seja relevante
onde está inserida, tornando Jesus
conhecido?
Leitura Diária
SEG Atos 1.1-8
TER Mateus 16.13-19
QUA Mateus 28.16-20

Precisamos, portanto, desenvol- QUI Mateus 28.18-20

ver um olhar amplo para o propósito SEX Romanos 12.1-5
de Deus e, assim, empreender todos SÁB Romanos 12.6-8
os esforços no sentido de que esses
DOM Marcos 12.30,31
objetivos sejam em direção ao obje-

16
Data do estudo
Texto base: 2 Coríntios 9.7
A Mordomia
Cristã Como
Generosidade
A proposta, nesse trimestre, é ex-
por o tema da mordomia cristã sob a
ótica da generosidade. Precisamos,
então, mostrá-la em nossas atitudes
de voluntariedade, contribuição e
posses. O grande desafio à genero-
sidade é: deixar de olhar para o que
é meu e passar a olhar a necessida-
de do outro, à luz do ensinamento de
Jesus.
Geralmente, interpretamos ‘gene-
rosidade’ pelo aspecto quantitativo. É
um engano! A generosidade não se
mede pelo que se tem para doar, mas
pela qualidade dada em confronto
com os recursos possuídos; com o
espírito voluntário e em prontidão
para doar, como o exemplo da viúva
pobre, observada por Jesus: “...mas
ela, da sua pobreza, deu tudo o que
possuía para viver” (Lc 21.1-4 NVI).
Lição 2
A Bíblia Sagrada ensina que “O
generoso prosperará; quem dá alí-
vio aos outros, alívio receberá” (Pv
11.24,25 NVI). Há, porém, uma con-
dição à promessa: ‘Quem dá alívio’
– pressupondo que há os que esco-
lhem não oferecer alívio (não fazer)
ao outro. Desse modo, a generosida-
de pavimenta o caminho da prospe-
ridade.
É muito comum referir a gene-
rosidade como algo meramente
financeiro, mas a generosidade é
muito mais ampla. Ela diz respeito à
disposição de alguém em oferecer
mais do que se é pedido ou espera-
do. A generosidade vai muito além
de finanças. Sendo assim, podemos
exercê-la com nosso tempo e nossas
habilidades.
17
 01. Generosidade com os
mais próximos
O apóstolo Paulo adverte a Ti-
móteo: “Se alguém não cuida de
seus parentes, e especialmente dos
de sua própria família, negou a fé e
é pior que um descrente” (I Tm 5.8
NVI). Na Igreja, embora os membros
não sejam família de sangue, ainda
assim a Bíblia Sagrada destaca que,
em Cristo, fomos feitos irmãos. Por-
tanto, podemos nos enxergar como
uma família que, por sua vez, requer
de nós cuidado uns com os outros no
exercício da generosidade.
Porém, não devemos nos esque-
cer dos nossos próprios parentes.
Aqueles a quem Deus nos presen-
teou como família nesse mundo.
Quantas pessoas se mostram tão
generosas com os irmãos da Igreja,
apenas para mostrar algo que não
são, e deixam os seus parentes pas-
sarem grandes apertos e necessida-
des? Paulo é enfático ao dizer que tal
pessoa é pior do que um incrédulo!
Como tem sido o seu cuidado para
com os seus parentes nesse tempo
de escassez e crise? Devemos nos
perguntar, frequentemente, se temos
expressado o amor de Deus em nos-
sa família e Igreja.
02. Generosidade é ir além
A generosidade se caracteriza
pelo ‘ir além’. Vale citar alguns exem-
plos: uma pessoa decide doar roupas,
mas antes, tem o cuidado de lavá-las,
18
pregar botões, costurar os rasgados.
Outra pessoa decide doar um móvel,
contudo, ela tem a gentileza de levá-
-lo à casa de quem irá receber. Ainda
outra pessoa decide doar livros, po-
rém antes, resolve encapá-los para
assim doar. Por último, alguém de-
cide doar os brinquedos do(a) filho(a),
que já não brinca mais e, antes se
certifica de que os bonecos estão in-
teiros com os bracinhos e perninhas
no lugar, se os carrinhos estão com as
rodinhas para depois doá-los. Esses
exemplos servem para refletir que,
se desejamos doar algo, podemos
ir além de simplesmente ‘dar’. Esses
exemplos, também, nos estimulam a
ensinar os filhos a ser doares daquilo
que não mais precisam e tenham o
cuidado de fazer bem. A generosida-
de pode e deve ser aprendida dentro
de casa. Quando a generosidade se
torna uma disposição espiritual, tor-
na-se natural. Assim sendo, nossos
filhos aprenderão com os pais a ser
generosos e será um ensinamento
para toda a vida.
03. A generosidade
é para todos
Você pode se perguntar: A ge-
nerosidade é um dom de Deus para
nós ou é uma disposição a ser bus-
cada por todos? A resposta: As duas
coisas! A Bíblia Sagrada ensina que
a generosidade é uma disposição
recomendada a todos os cristãos, a
exemplo do grande gesto do Deus
Pai ao entregar seu Filho, e do Senhor
Jesus, ao se esvaziar de sua divinda-
de para ser humano completo (Fl 2.5-
8). Logo, a generosidade é um dom
de Deus e uma disposição espiritual
de não fugir ou fechar os olhos aos
necessitados, “Há maior felicidade
em dar do que em receber” (At 20.35).
Jesus ensina que ser generoso é es-
tar disponível, mesmo estando ro-
deado de obrigações. O Mestre nos
deu o exemplo quando, generosa-
mente, curou uma mulher doente em
meio a uma multidão que o apertava
ou quando parou para dar atenção a
Bartimeu, quando uma multidão re-
queria a sua atenção. E como se es-
quecer do seu célebre encontro com
o publicano Zaqueu?
Certamente há, em nossas igrejas,
muitas pessoas que perderam o em-
prego ou ficaram sem um amigo ou
parente nesse tempo. Há, portanto,
um campo significativo para exercer
‘generosidade’. Sendo assim, quan-
to tempo nós temos investido no
cuidado para com esses irmãos? A
Igreja de Cristo tem a honra, o privilé-
gio com relação a demonstrar o seu
amor e sua relevância nesse tempo.
Não podemos perder essa oportuni-
dade!
será transformado(a) de dentro para
fora. Lembre-se: “...Deus ama quem
dá com alegria” (2 Co 9.7).
Para pensar e agir
01. Você consegue compreen-
der a diferença entre generosidade
e quantidade (‘dar tudo’ versus ‘dar
muito’)?
02. Ao seu redor, há alguém pre-
cisando de alguma coisa? Caso sim:
vá e ajude!
03. Quando você estiver dispos-
to(a) a doar algo, vá além.
04. A generosidade pode ser
apre(e)ndida. Caso você não se veja
como uma pessoa generosa, que tal
começar a desenvolver essa virtude
em sua vida?
05. Valorize a generosidade, pri-
meiramente, dentro de casa junto ao
seu cônjuge, filhos.
Leitura Diária

Conclusão SEG Lucas 21.1-4

TER Filipenses 2.5-8
Não permita que seu coração en-
dureça. Pratique o bem e doe-se! QUA 2 Coríntios 8.1-9
Não doe ou oferte pensando em QUI 2 Coríntios 9.1-5
benefício próprio, mas experimente SEX 2 Coríntios 9.6-9
ser liberto de tudo aquilo que o(a)
SÁB 2 Coríntios 9.10-15
prende ao realizar boas ações. Tenha
certeza de que você ganhará muito; DOM 2 Coríntios 7.1-7

19
 Data do estudo
Texto base: 1 Pedro 4.10
Generosidade
no Cuidado
O termo “mordomia” sofreu uma de-
turpação ao longo do tempo devido ao
seu mau uso. O termo passou a ser usado
referindo-se a regalias e favores conce-
didos, especialmente pelos que detêm
o poder, ou das grandes empresas aos
funcionários de alto escalão. Além disso,
quando pensamos em mordomo, pensa-
mos naquela pessoa dos filmes policiais
que sempre é incriminado como o cul-
pado de algum assassinato. Mas esses
exemplos certamente não exprimem o
sentido bíblico da mordomia cristã.
Vejamos o que a Bíblia tem a nos di-
zer sobre mordomo:
“Cada um exerça o dom que recebeu
para servir aos outros, administrando fiel-
mente a graça de Deus em suas múltiplas
formas” (1 Pd 4:10 NVI).
“Portanto, que todos nos considerem
como servos de Cristo e encarregados dos
mistérios de Deus. O que se requer destes
20
Lição 3
encarregados é que sejam fiéis” (1 Co 4:1,2
NVI).
A mordomia, em sentido bíblico, é um
princípio espiritual pelo qual o cristão re-
conhece a Deus como o dono de todas
as coisas. Cada cristão carrega consigo a
responsabilidade de cuidar daquilo que
Deus lhe confiou, a partir do seu pró-
prio corpo, estendendo aos seus bem
materiais e até a natureza criada. Sim, a
Bíblia traz em si uma linda mensagem
ecológica, incentivando-nos a cuidar da
natureza de Deus como seus mordo-
mos. Somos responsáveis pelo uso des-
sas coisas de acordo com o propósito
de Deus, tendo que prestar contas pela
qualidade e pelos resultados de nossa
administração.
1. Significado da palavra
mordomo
O significado da palavra neotesta-
mentária traduzida por mordomo é “ad-
ministrador da casa” (Lc 16:2). O mordo-
mo era aquele que se encarregava da
responsabilidade de ordenar correta-
mente os assuntos do interesse do seu
senhor; era um servo responsável, de
confiança.
No Antigo Testamento, um típico
exemplo de um mordomo responsável
foi José, tendo sido vendido como escra-
vo, no Egito, trabalhou na casa de Potifar:
“Potifar deixou a seu cuidado a sua casa
e lhe confiou tudo o que possuía. Desde
que o deixou cuidando de sua casa e de
todos os seus bens, o Senhor abençoou
a casa do egípcio por causa de José” (Gn
39:4-6). Uma palavra que gosto sempre
de frisar quando leio este texto é cuida-
do. A casa de Potifar ficou sob os cuida-
dos de José. Ele deveria cuidar com zelo
dos bens de seu senhor. O mordomo é,
portanto, o principal servo, o que admi-
nistra a casa do seu senhor. Em nosso
caso, somos mordomos responsáveis
em cuidar com zelo e amor das coisas
de Deus.
2. Características que
distinguem o mordomo
cristão
O mordomo cristão é alguém que é
nascido de novo por sua entrega pessoal
a Jesus. Tal mordomo demonstra algu-
mas características que se tornam muito
evidentes em seu estilo de vida:
a) Reconhece que Deus é o dono de
tudo o que existe e vê a si mesmo como
mordomo de Deus - “Ao Senhor, o seu
Deus, pertencem os céus e até os mais al-
tos céus, a terra e tudo o que nela existe”
(Dt 10:14).
b) Compreende que Cristo é o seu
Senhor (Mt 6:33).
c) Esforça-se em perceber o propósi-
to de Deus para a utilização de cada bem
material que possui (Lc 12:42,43).
d) Assume os propósitos de Deus
como seu estilo de vida.
3. Mordomia e
Generosidade
Na perspectiva bíblica há uma intri-
cada relação entre mordomia e genero-
sidade. Uma vez entendido que somos
seres criados e que Deus é o Senhor de
todas as coisas, tornamo-nos solidários
para com as necessidades do próximo.
Generosidade é um estado de espírito
que nos leva a agir com bondade, cor-
dialidade e simpatia, bem como edu-
cação e respeito ao próximo. O livro de
Provérbios, texto que correlaciona a vida
prática ao contexto da Aliança com Javé,
contrasta dois modos de existir entre
aquele que oprime e o que é generoso
(Provérbios 22:7-9). No primeiro, está o
rico que empresta e domina o pobre que
pede emprestado. Observe que, no ver-
sículo 8, o caminho de opressão e egoís-
mo é de ruina e desgraça. Em oposição a
esse comportamento se apresenta a ge-
nerosidade que reparte o seu pão com
o pobre, sendo felicitado com a benção.
O mesmo ocorre em Atos 20:35 quando
Paulo, em sua mensagem a Éfeso (Atos
22:17), destaca o cuidado que os cristãos
deveriam nutrir por si mesmos e uns pe-
los outros (Atos 22:28) e o exercício da
misericórdia e generosidade para com
os necessitados.
Na atualidade, podemos destacar o
gesto de algumas famílias que, mesmo
devastadas pela dor da perda de um fi-
lho num acidente ou num assassinato,
reúnem forças para doar os seus órgãos,
desejando que se prolongue a vida de
21
pessoas desconhecidas, indicadas numa de mutirão missionário, nossa motivação
lista de espera por transplante. Há de se precisa ser a generosidade aliada à mor-
refletir, de igual modo, que a generosi- domia cristã.
dade em sua conexão com a mordomia
deve nos impelir a uma ação solidária e
complacente em tempos de pandemia.
Conclusão
O cuidado e o evangelho são insepa-
Por conseguinte, a forma como lida-
ráveis, assim como a mordomia cristã e
mos com nossos recursos pode revelar
a generosidade. Suas raízes não estão
se somos ou não bons mordomos. Com
em programas, mas em uma relação di-
efeito, um bom mordomo é generoso,
reta com o Deus vivo. É Ele quem define
pois não aplica a avareza ao coração e
e direciona a qualidade da mordomia,
está disposto a dar o melhor de si por
capacitando pessoas dispostas a serem
amor àqueles que estão em necessida-
exemplos de cristãos para outros seres
de ou desespero.
humanos, e os motiva para serem cuida-
dosos com a sua criação e a proclama-
4. Doação e generosidade ção do evangelho.
Em diálogo com a seção anterior, po-
demos observar que doação e generosi- Para pensar e agir
dade caminham lado a lado. A recomen- 1) Você consegue perceber que
dação do apóstolo João (3:18-22) é que quem você é e tudo o que tem perten-
“não amemos de palavra, nem da boca cem exclusivamente a Deus?
para fora, mas de fato e verdade”. Nes-
se contexto, o modo visível do amor de 2) Seu estilo de vida inclui servir bem
Deus no cristão é a abertura para o outro a Deus como mordomo fiel?
em sua necessidade (I João 3:17). A pará- 3) Seu estilo de vida inclui servir bem
bola do bom samaritano (Lucas 10:25-37) às pessoas em cuidado?
conta uma linda história de generosida-
de ao relatar o cuidado que aquele sa- 4) Sua vida pode ser vista como uma
maritano teve para com o homem ferido doação completa à obra de Deus no
e caído, contrastando com o interprete mundo?
da Lei que, em seu zelo pela religião e
pelas coisas eternas, descuidou do mais
importante dos mandamentos: amar o Leitura Diária
próximo ainda que diferente em sua con- SEG Lucas 16.10-14
cepção religiosa.
TER Gênesis 39.4-6
Não há outra palavra para designar
QUA Deuteronômio 10.12-14
essa atitude senão generosidade. Ao fi-
nal, Jesus incentiva àquele legalista (e a QUI Mateus 6.32,33
nós também) a agir da mesma maneira, SEX Lucas 12.1-7
com amor ao próximo. Quando decidi-
mos participar de uma obra de caridade, SÁB Lucas 12.8-12
uma campanha humanitária, ou mesmo DOM Lucas 12.41-44

22
Data do estudo
Texto base: 1 Timóteo 5.8
Generosidade
na Família
Não existe família perfeita! A Bí-
blia não esconde a triste realidade da
imperfeição familiar, pelo contrário,
ela revela a origem da imperfeição,
que foi o pecado (Rm 5:12). Com um
ato de desobediência à voz de Deus,
o primeiro casal não somente tornou
a sua relação conjugal defeituosa
como a da família a partir de então.
A família original rompeu sua relação
de intimidade espiritual com o Criador
e herdou todas as consequências de-
sastrosas desse rompimento, encon-
tradas em Gênesis 3:7-24: vergonha
(v.7), culpa (v.8), perversão da nature-
za (v.13-15), dificuldades e obstáculos
com a natureza (v.17-19), morte física
(v.19), morte espiritual (v.24). Porém,
mesmo com toda essa exposição
catastrófica, a Palavra de Deus nos
aponta para a solução, que é a graça
de Deus, o Criador (At 16:31 NVI).
Lição 4
Desejo refletir nesta lição sobre a
família de José, filho de Jacó. Mesmo
com as imperfeições naturais de to-
das as famílias, Deus a restaurou e a
fez prosperar. Em José, encontramos
características que mostram como
uma pessoa que se permite ser um
bom mordomo dos seus sentimentos
pode ser usada por Deus para mudar
o rumo de sua família.
1. Uma pessoa cheia
de amor
“(...) assim, ninguém mais estava
presente quando José se revelou a
seus irmãos. E ele se pôs a chorar tão
alto que os egípcios o ouviram, e a no-
tícia chegou ao palácio do Faraó” (Gn
45:1,2). José foi tremendamente injus-
tiçado pelos seus irmãos, porém os
perdoa. O seu choro não é de ressen-
23
timento, da vingança, do ódio, mas
ele derrama o seu coração cheio de
amor fraterno.
Na atualidade, muitas famílias têm
se dispersado por conta das angús-
tias da escassez. A pandemia tem fei-
to famílias inteiras de desesperarem,
procurando o divórcio ou se afogando
nos vícios, chegando até ao crime da
violência física.
No entanto, mesmo em um quadro
caótico como esse, a restauração e o
perdão são possíveis, acredite! Lem-
bre-se de que a generosidade nos faz
caminhar na direção das pessoas a
fim de promover a paz. Você pode ser
um agente transformador da realida-
de dentro de sua casa, permitindo-se
ser usado por Deus para destruir as
obras das trevas.
2. Uma pessoa realizada
As circunstâncias foram desafiado-
ras para José quando chegou ao Egi-
to. Odiado pelos irmãos, foi vendido,
humilhado, encarcerado e esquecido
na prisão, perdendo toda a sua juven-
tude. Ele tinha tudo para ser uma pes-
soa amarga, pessimista, com comple-
xo de inferioridade, com depressão.
Mas, ao invés disso, ele venceu todas
as circunstâncias e, aos trinta anos,
tornou-se governador (Gn 41:44). José
não olhou para os problemas como
derrota, mas como oportunidades de
mudança. De cada situação, ele saía
mais fortalecido. Um exemplo para
nós, que enfrentamos crises de todo
tipo em nossas famílias: conjugal, en-
fermidade, desemprego, vícios etc.
Situações como essas, muitas vezes,
24
são vistas como ponto final, ao invés
de serem interpretadas como possi-
bilidades de restauração e mudan-
ças. Assim, por piores que sejam as
situações, em todas elas o Senhor Je-
sus caminha conosco, pois ele mes-
mo prometeu – “(...) e eu estarei sempre
com vocês, até o fim dos tempos” (Mt
28:20).
3. Uma pessoa grata com
sua própria família
Podemos observar também que
José, mesmo ocupando uma alta po-
sição no governo do Egito, sendo um
bom mordomo dos bens que lhe fo-
ram confiados, não teve vergonha de
sua origem simples e estrangeira e,
sem nenhum constrangimento, apre-
senta a sua família a Faraó (Gn 47:5,6).
Dias atrás, vi a foto de uma jovem
expondo o seu diploma, ao lado de
seu pai, um carroceiro, catador de
recicláveis nas ruas de Belo Horizon-
te. Emocionei-me e percebi o quanto
ela tinha muito orgulho e gratidão por
seu pai. Por muito menos, pessoas
desistem de sua família, tentam es-
quecer sua origem. Em suas palavras,
a jovem dizia: “Eu sinto muito orgulho
de meus pais que, com muito sacrifício,
souberam criar seus três filhos. Meu pai
foi caminhoneiro e sempre dizia: nem
sempre posso dar o melhor, mas dou
o que posso. Minha mãe era diarista
e, muitas vezes, me levava junto para
ajudá-la nas faxinas em lugares altos
das casas. Chegamos aonde chega-
mos, graças ao esforço deles por nós.”
A família é abençoada quando
seus membros olham para a sua his-
tória de vida com um coração gene- sidade em relação ao perdão, saben-
roso e conseguem perceber a ação do que somos um pouco de cada um
de Deus em sua trajetória. José teve dos nossos familiares.
a sua história forjada no calor da sua
família. Assim, ele soube valorizar os Conclusão
seus e ser um bom mordomo daqui-
lo que lhe fora confiado, inclusive dos A família é uma criação de Deus
seus próprios sentimentos. Em decor- e não uma simples “instituição” so-
rência disso, através dele, seu pai e cial ou moral. Nela embasamos nos-
toda a sua família foram abençoados sos valores morais e espirituais. Nela
física e economicamente. aprendemos sobre irmandade. Por
isso, é necessário agirmos com gene-
rosidade e um coração puro para com
4. Uma pessoa humilde
a nossa família, sempre dispostos a
Assim, podemos perceber que hu- oferecer o nosso melhor.
mildade e generosidade caminham
juntas. Digo isso porque às vezes de- Para pensar e agir
nominamos pessoas pobres de “hu-
mildes”. Há pessoas muito pobres e 1) Você estaria disposto a ajudar a
orgulhosas, como também pessoas corrigir as imperfeições de sua famí-
muito ricas e humildes. A humildade lia?
é uma virtude e não uma condição de 2) O que você tem aprendido nas
vida. situações difíceis e crises na família?
José estava no auge da riqueza, 3) Você se sente honrado pela sua
no entanto sabia reconhecer a ação origem familiar?
soberana de Deus em toda a sua tra- 4) Pratique atitudes humildes e ge-
jetória de vida. Tudo o que ele enfren- nerosas.
tou foi providencialmente permissão
de Deus - “Vocês planejaram o mal
contra mim, mas Deus o tornou em
bem, para que hoje fosse preservada
a vida de muitos” (Gn 50:20). Com esta Leitura Diária
atitude, José agiu com generosidade
sobre os seus e, por extensão, sobre SEG Romanos 5.12-21
todo o Egito. TER Gênesis 3.1-10
Quando assumimos uma postura QUA Gênesis 3.11-24
generosa e humilde, começamos a
QUI Atos 16.31-34
abençoar o mundo a partir de dentro
da nossa própria família. Deus dese- SEX Gênesis 41.38-44
ja que sejamos bons mordomos do SÁB Gênesis 47.5-12
nosso sentimento para com a nossa
família e exerçamos a nossa genero- DOM Gênesis 45.1-8

25
Data do estudo
Texto base: 1 Coríntios 6.19
Generosidade
para com o
Próprio Corpo
Preocupado com seu amigo
Gaio, João lhe deseja boa saúde.
Na verdade, é o que esperamos
para nós e para os outros: saúde. –
“Amado, oro para que você tenha
boa saúde e tudo lhe corra bem,
assim como vai bem a sua alma” (3
Jo 1). Saúde é equilíbrio. É o corpo
funcionando em equilíbrio, sinto-
nia e todos os sistemas em ordem.
Quando isso não acontece, o mau
funcionamento de um órgão afe-
tará o seguinte, e assim sucessiva-
mente, desencadeando problemas
no funcionamento de todo o orga-
nismo. Assim, devemos ser bons
mordomos do nosso próprio corpo
e da nossa própria vida.
Muitas pessoas questionam o
fato de os cristãos adoecerem. No
26
Lição 5
entanto, se esquecem de que são
tão humanos como aqueles que
não creem em Deus. O corpo res-
ponde da mesma maneira no que
tange às adversidades, sejam elas
físicas ou emocionais. Nesse tempo
de pandemia, por exemplo, muitas
pessoas tentaram a Deus não cui-
dando de si mesmas por meio das
orientações recomendadas pelas
autoridades de saúde. Certamente,
esta não é uma atitude de um bom
mordomo do próprio corpo e da
própria vida.
Não obstante, a perda da saú-
de pode ocorrer por várias razões:
pode ser involuntária, quando não
há intenção de que algo aconteça
(fatores genéticos ou fatores exter-
nos os quais afetam ao indivíduo) ou
pode ser voluntária, quando é dado
causa a situações que poderiam
ser evitadas como a ingestão de
alimentos nocivos ao corpo, uso de
bebidas alcoólicas, fumo, drogas
etc., incluindo outros fatores como
a ausência de atividades físicas,
um sono inadequado, excesso de
trabalho, etc. Muitas enfermidades
poderiam ser evitadas se, no dia a
dia, usássemos o princípio bíblico
da mordomia do corpo. Uma saúde
desejável é como João sugere: saú-
de para o seu corpo e a sua alma.
Seja um bom mordomo de si mes-
mo e cuide-se generosamente!
01. Saúde física
Frequentemente, há alguém fa-
lando sobre saúde com amigos, na
TV, no rádio, no trabalho, nas mídias
sociais, etc. A saúde do corpo está
diretamente relacionada ao bom
funcionamento do organismo, ao
bom metabolismo e à disposição
para realizar as atividades do dia a
dia. A saúde é considerada o bem
mais precioso que temos, e cuidar
dela é ser um indivíduo generoso
para consigo mesmo. A palavra de
Deus nos ensina que o nosso cor-
po é templo do Espírito Santo (I Co
6.19). Portanto, devemos ter o máxi-
mo de cuidado com o nosso corpo,
assim como respeitamos o lugar
onde adoramos a Deus. A santida-
de do corpo, algo muito esquecido
pela sociedade atual, tem de ser
sempre lembrada entre aqueles
que exercem a mordomia do corpo,
sabendo que este pertence a Deus.
02. Saúde mental
Tão importante quanto cuidar da
saúde física é cuidar da saúde men-
tal. Algumas pessoas tratam saúde
mental e física como sendo dife-
rentes, vistas de forma superficial.
De fato, parecem ser assuntos dis-
tintos, todavia, ao analisarmos, tor-
na-se nítida a relação entre ambas.
Apesar de ser comum fazer essa di-
cotomia, não seria correto tratá-las
separadamente.
Muitas vezes, encontramos
membros das igrejas, ausentes das
atividades por longo tempo, cuja
justificativa é: estou frio na fé. Na
verdade, podem estar sofrendo de
um estágio de depressão e não se
dão conta. Sem ânimo para sair de
casa ou participar de alguma ati-
vidade, vão perdendo o interesse
pelas ‘coisas’ de Deus. Esse tipo de
comportamento tem atingido, até
mesmo, pastores.
03. Saúde espiritual
É possível adoecer espiritual-
mente? Sim, quando se desvia do
foco da espiritualidade verdadeira.
Há aqueles, os quais se preocupam
tanto com a ‘obra de Deus’, que
se esquecem do ‘Deus da obra’. O
27
ativismo eclesiástico pode levar a
uma exaustão espiritual. A realida-
de mostra como é importante viver
em uma comunidade e conversar
sobre assuntos relacionados à Igre-
ja. No entanto, muitas pessoas aca-
bam dando um tempo na igreja; não
sentem mais vontade de ir e partici-
par da comunidade cristã. Por que
isso acontece? Muitas delas param
de ir à Igreja por causa de uma de-
cepção com a liderança, com a li-
turgia, com os irmãos ou, até mes-
mo, porque estão tão aculturadas a
uma concepção mundana, que não
são capazes mais de se satisfaze-
rem por meio da comunhão com os
irmãos.
A espiritualidade é contempla-
ção; é relacionamento com o Deus
maravilhoso, o qual deseja se rela-
cionar conosco – “Clama a mim, e
responder-te-ei, e anunciar-te-ei
coisas grandes e ocultas que não
sabes.” (Jr 33.3).
Nós somos chamados a desen-
volver uma fé, a qual não dependa
ou se limite às circunstâncias, nem
dos benefícios de Deus, porém de
um relacionamento afetivo, que nos
livra do desespero. A questão não
é estar livre das situações adver-
sas, mas encontrar Deus em meio
a elas, e renovar o ânimo e o pra-
zer de servi-Lo. Isso é maturidade e
saúde espiritual.
28
Conclusão
A pergunta é: Nós somos bons
mordomos do nosso próprio corpo
e da nossa própria vida? Uma forte
evidência de que estamos, de fato,
crescendo em espiritualidade, é
quando adotamos um coração gra-
to a Deus por meio do nosso corpo,
reconhecendo, em primeiro lugar,
que Deus é bom e “o seu amor dura
para sempre” (Sl 106.1). Cuidar de si
mesmo é um ato de amor próprio,
de generosidade e um dever para
consigo mesmo diante de Deus.
Para pensar e agir
01. Você compreende que seu
corpo é templo do Espírito Santo?
02. O que você tem feito para o
bem de sua saúde física?
03. Seja generoso consigo mes-
mo. Busque ações preventivas no
cuidado com o corpo e a mente.
Descanse!
04. De forma madura, você tem
sido grato a Deus em tudo?
Leitura Diária
SEG João 1.1-8
TER 1 Coríntios 3.16,17
QUA Salmos 139.14-18
QUI Salmos 16.7-11
SEX Provérbios 3.1-7
SÁB Isaías 53.4,5
DOM Colossenses 3.15-17
Data do estudo
Texto base: Salmos 90.12
Generosidade
e Tempo
Na lição de hoje, vamos refletir so-
bre a mordomia do tempo e a impor-
tância de sermos generosos para com
as coisas que, realmente, importam.
O tempo é algo que o Senhor nos dá
graciosamente e, desse modo, deve-
mos fazer o esforço para administrar
bem este presente de Deus em nossa
vida.
Não sabemos quanto tempo de
vida teremos, contudo, precisamos
vivê-lo com sabedoria, a fim de que
Deus seja glorificado em nossa exis-
tência (I Pd 4.2). O apóstolo Paulo ensi-
na que o tempo deve ser olhado com
muita atenção, e nos aconselha a re-
mi-lo bem, porque os dias são maus.
O Salmista pediu: “Ensina-nos a contar
os nossos dias para que o nosso cora-
ção alcance sabedoria.” (Sl 90.12). Re-
fletiremos sobre estas coisas usando
Lição 6
os três tempos de nossa existência.
01. O passado: ponto de
partida
O passado se caracteriza por duas
constatações: a primeira é que os fa-
tos vividos não existem mais, a não
ser em nossa memória. A segunda é
acerca do que aprendemos com aqui-
lo que foi vivido. Quando refletimos
sobre o passado, faz-se necessário
acentuar: o que aprendemos com ele
e com as gerações passadas que vi-
veram nele, e não ficarmos cultivando
ressentimentos dos fatos passados.
Ao contrário, devemos ser gratos pelo
que fizeram os nossos antepassados.
Eles pavimentaram o caminho, o qual
estamos passando. Logo, é nosso de-
ver pavimentar o caminho das próxi-
mas gerações.
29
 Nesse prisma, então, podemos
constatar exemplo de valorização das
gerações passadas na própria história
do povo hebreu. A Bíblia Sagrada nos
mostra que, a história deste povo era
contada de pai para filho e, assim, su-
cessivamente. O salmista afirma: “Mas
tu, Senhor, permanecerás para sem-
pre, a tua memória de geração em ge-
ração.” (Sl 102.12); “Uma geração lou-
vará as tuas obras à outra geração, e
anunciarão as tuas proezas.” (Sl 145.4).
É, realmente, lamentável o fato da
geração atual não se preocupar em
reunir memórias, contá-las e torná-las
relevantes à formação dos membros
da família. O fato das igrejas não se
preocuparem em valorizar suas me-
mórias, e o mais grave, os cristãos que
vivem mudando de igreja, bem como
não criam raízes de memórias, não fir-
mam relacionamentos de amizades
por onde passam.
02. O presente: tempo real
O ‘hoje’, o ‘agora’, é o instante da
vida. O tempo passa rápido e preci-
samos usá-lo com sabedoria e inteli-
gência, pois brevemente tornar-se-á
passado. O presente, como o próprio
termo diz, é um ‘presente’, que rece-
bemos e precisamos desembrulhá-lo
da maneira mais cuidadosa possível.
Esse tempo é o principal, pois, so-
mente nele podemos realizar as nos-
sas tarefas como bons mordomos de
Deus e sua causa. É muito comum,
encontrarmos pessoas que deixam
tudo para depois. São desperdiçado-
res do tempo. Quando o certo seria
praticar: “Não deixe para amanhã, o
30
que você pode fazer hoje”. É no pre-
sente que, tomamos nossas mais im-
portantes decisões. Ser mordomo do
tempo é a tarefa mais difícil que Deus
nos confiou, porque diz respeito àqui-
lo que é, verdadeiramente, prioridade
em nossas vidas.
03. O futuro: tempo de
oportunidade
Esse é o tempo reserva; é uma fon-
te inesgotável que se apresenta dian-
te de nós, e que parece não chegar,
mas apenas parece. E é assim, porque
um dia nossa vida terá um fim nesse
mundo (Tg 4.14). Por isso, é importan-
te refletir sobre nossos sonhos e ava-
liar nossas prioridades. Os nossos pla-
nos não devem somente priorizar as
coisas dessa vida, mas a boa adminis-
tração do nosso tempo e dos nossos
recursos deve ter em vista a vida eter-
na. A verdade é que não tem como o
homem ‘contar’ os seus dias ou o seu
tempo, de um modo produtivo, sem o
auxílio de Deus. Diante do futuro, é ne-
cessário tomar algumas atitudes:
a) Colocar o futuro em seu devido
lugar – Para muitas pessoas, o futu-
ro é concebido sem nenhum prepa-
ro. Consequentemente, não saberão
aproveitá-lo de maneira correta. Ou-
tras pessoas, porém, esperam um
futuro e o mesmo acontece de modo
diferente, inesperado. Contudo, inde-
pendente da nossa falta de domínio
sobre o futuro, é importante ter um
planejamento mínimo para o porvir.
Salomão ensina: os planos futuros de-
vem estar nas mãos de Deus – “Con-
sagre ao Senhor tudo o que você faz,
e os seus planos serão bem-sucedi-
dos.” (Pv 16.3). Jeremias afirma: Deus
nos dá plena segurança, conhecedor
que é de nosso futuro (Jr 29.11). Sendo
assim, o nosso melhor planejamento
é consagrar ao Senhor o nosso futuro.
b) Encará-lo, sem medo – Um bom
mordomo encara o futuro segundo a
vontade de Deus, como fez Abraão
ao ser comissionado para deixar tudo
e viajar para um local desconhecido
numa nova realidade. O que ele fez?
Pela fé, ele simplesmente foi. Acredi-
tando que o futuro seja incerto, tudo
de que precisamos é ‘coragem’ para
esperá-lo e vivê-lo. Coragem, ensi-
nada por Jesus, encontra-se em Lc
12.22-32.
c) Visualizar oportunidade – Pro-
cure olhar para o futuro e visualizar
nova(s) oportunidade(s) de servir a
Deus. Olhe para sua própria vida, sua
igreja, seu trabalho, enfim, tudo o que
você faz, hoje, e que pode ser me-
lhorado a partir de agora. Tente fazer
algo novo, não feito antes. Experimen-
te participar de um ministério, o qual
ainda não se envolveu. Crie ações de
generosidade para abençoar a vida
das pessoas ao seu redor. Consagre,
porém, tudo isso ao Senhor. Acredite!
Você se surpreenderá com os diferen-
tes resultados abençoadores da parte
de Deus sobre a sua vida, bem como
sobre a vida de outras pessoas.
Conclusão
Quem sabe contar bem o tempo
nessa vida, saberá contá-lo, também,
depois dessa existência. O profeta Da-
niel diz: “Multidões que dormem no
pó da terra acordarão: uns para a vida
eterna, outros para a vergonha, para o
desprezo eterno.” (Dn 12.2). Usar bem o
tempo é, portanto, um lindo gesto de
generosidade para consigo mesmo,
bem como para com os outros. É mis-
ter dizer: não importa o que você fez
ou deixou de fazer no passado, você
pode dar um novo rumo ao seu futu-
ro por meio de novas atitudes. Peça a
Deus que o ajude a gerenciar melhor
o seu tempo e, certamente, o seu fu-
turo será melhor.
Para pensar e agir
01. Olhe para o seu passado e siga
os bons exemplos daqueles, os quais
investiram a vida de forma a agradar
a Deus.
02. Como você está gastando o seu
tempo agora? Está sendo produtivo e
alcançando resultados?
03. Pessoas estão sendo aben-
çoadas por intermédio do uso do seu
tempo?
04. Já pensou como o seu futuro
pode ser melhor do que o seu ‘hoje’?
Leitura Diária
SEG 1 Pedro 4.1-10
TER Eclesiastes 3.1-11
QUA Jó 31.1-40
QUI Tiago 4.13-45
SEX Jeremias 29.11-13
SÁB Marcos 13.31-37
DOM Salmos 145
31
Data do estudo
Texto base: 1 Timóteo 6.17
Generosidade
e os Bens
Materiais
Os bens materiais podem consti-
tuir uma grande tentação às pessoas.
De fato, o materialismo nos influencia,
tornando-nos muito suscetíveis à ava-
reza. A cultura do prazer como ideal
de vida tem sido muito valorizada nos
dias atuais, levando pessoas a deseja-
rem coisas por nenhuma outra razão a
não ser pelo fato de meramente pos-
suí-las. As coisas vão pouco a pouco
assumindo tanta importância que os
relacionamentos têm ficado enfraque-
cidos, como o caso do chefe de família
que se preocupa em trabalhar dema-
siadamente para dar o melhor confor-
to para os da sua casa e, em contra-
partida, se esquece de dar tempo à
esposa e aos filhos. Ao final, ele se vê
infeliz com tantos bens materiais, pois
está sem a família.
Na lição de hoje, vamos refletir so-
bre a mordomia dos bens materiais.
Veremos que a nossa casa, o nosso
32
Lição 7
carro e outros bens são muito bem-
-vindos para o conforto. No entanto,
deve-se prestar atenção para o apego
e a dependência que isso pode cau-
sar, transformando o indivíduo em um
avarento. Assim, os bens materiais não
são maus em si mesmos, mas, sim, o
apego inflexível a eles.
1. Saber Resistir
O apóstolo Paulo fez um apelo aos
irmãos de Corinto: “Entretanto, bus-
quem com dedicação os melhores
dons. Passo agora a mostrar-lhes um
caminho ainda mais excelente” (1Co
12:31). As tentações são camufladas
para nós naquilo que nos dão prazer e
conforto. Elas se apresentam para nós
como descanso daquilo que é a nos-
sa obrigação e dever. Somente com
discernimento espiritual, por meio da
reflexão na Palavra e da oração, pode-
mos encontrar o “escape” e vencer as
artimanhas do inimigo.
É muito fácil deixar que as coisas
materiais dominem nossa vida! Diaria-
mente somos bombardeados pela mí-
dia, com propagandas prometendo fe-
licidade em produtos que nem sempre
podemos ou precisamos comprar. Até
mesmo prometem alguma experiên-
cia estimulante que trará uma suposta
realização pessoal. Assim, muitos são
levados pela roda do consumo, para
logo em seguida, insatisfeitos, deseja-
rem algo mais.
2. Guardar ou Doar?
Há um desejo da parte de Deus,
expresso nas Escrituras, mostrando
que Ele deseja bem mais de seus fi-
lhos do que simplesmente escapar da
tentação do materialismo. Deus dese-
ja que experimentemos uma alegria
verdadeira: “(..). lembrando as palavras
do próprio Senhor Jesus, que disse: Há
maior felicidade em dar do que em re-
ceber” (At 20:35). A generosidade e o
egoísmo não podem coexistir.
Temos o exemplo das igrejas da
Macedônia, que estavam passando
necessidade. Num primeiro momento,
poderia parecer que os membros não
estivessem dispostos a doar. Porém,
pela graça de Deus, eles não apenas
se dispuseram a doar, mas contribuí-
ram além do que podiam. Ficaram feli-
zes em poder ajudar os irmãos de Co-
rinto, embora estivessem vivendo em
extrema pobreza. Que exemplo de co-
rações generosos, transformados pelo
poder do evangelho. Essa atitude dos
cristãos da Macedônia está em total
contraste com o materialismo egoís-
ta que é constatado hoje na vida de
muitos, quando se permitem dominar
pelos seus bens materiais, encolhen-
do suas mãos para a assistência dos
desesperados. Que o exemplo dos
macedônios sirva de exortação para
nós, em relação ao repartir com os
necessitados. Você se percebe gene-
roso ao dispor de algo em função de
outra pessoa. Somente cristãos cheios
do amor de Cristo poderiam ter feito o
que fizeram. E esta é a arma capaz de
enfrentar a ganância: o amor altruísta
no coração, para expulsá-la de vez e
substituí-la pela generosidade.
3. Reconhecer a quem
pertence
“Do Senhor é a terra e tudo o que
nela existe, o mundo e os que nele vi-
vem” (Sl 24:1). O termo “Do Senhor” nos
ensina duas coisas: a) propriedade – A
Terra e todos os seus recursos são, de
fato, do Senhor, sendo Ele seu criador.
b) origem – A Terra tem sua origem em
Deus e Ele a ofereceu ao homem para
nela viver, e lhe deixou a incumbência
para dela cuidar.
Entendemos, portanto, que a Terra
não é nossa. Não obstante, continua-
mos a desfrutar dela. Tudo o que a
Terra oferece naturalmente ou o que
nela produzimos não é nosso, é do
“dono”. Cabe-nos, assim como o afir-
mou o salmista, reconhecermos que
tudo provém de Deus graciosamente,
inclusive nós também somos proprie-
dade d’Ele. Uma percepção sábia é a
de que muito do que alcançamos na
vida tem a ver com a participação de
outros. É justo, então, partilhar sempre
que possível e necessário. Precisamos
nos despertar para a responsabilidade
de olhar para o próximo com gene-
33
rosidade, e os bens deixarão de ter o
mesmo valor possessivo e estarão à
disposição para a ajuda.
Paulo descreve todos os seus bens
materiais e imateriais que possuía an-
tes de seu encontro com Cristo e, a
partir daí, ele passou a dar mais valor
ao seu chamado declarando: “Mas o
que para mim era lucro, passei a con-
siderar perda, por causa de Cristo” (Fl
3:7-9). Agora, em sua vida, o que im-
portava era servir a Cristo com todo
seu conhecimento.
4. Mais importa dar valor
àquilo que é eterno
O texto de Lucas 12:16-21 é o re-
trato do que o egoísmo provoca no
coração humano: a vaidade. Jesus
lembra àqueles que estão a sua volta
que a vida tem um fim e dela nada se
leva, por mais preciosos que sejam os
bens alcançados. Quanto mais se tem,
mais se quer. Uma pessoa avarenta
será sempre alguém insatisfeito. Tudo
o que alcançar ainda será pouco. Veja
a matemática do apego aos bens: ga-
nância + avareza + vaidade = insatis-
fação. Com uma atitude assim, seus
olhos se fecham para a realidade es-
piritual que rege a existência humana.
Este é um bom momento para você
refletir sobre a eternidade.
Salomão adverte sobre a brevidade
da vida e nos estimula a fazer tudo o
que for necessário, nesta vida, para
abençoar a vida das pessoas: “Faça
bem feita qualquer coisa que você tiver
de fazer. Depois da morte, para onde
você vai, não se pode fazer planos, nem
trabalhar, nem aprender, nem ganhar
novos conhecimentos” (Ec 9:10).
34
Conclusão
“Se você for fiel, Deus o tornará rico!”.
Esse pensamento tem sido chama-
do de “evangelho da prosperidade”.
Sua mensagem é: “Siga a Deus, e Ele
o enriquecerá com bens materiais”. No
entanto, relacionar o evangelho à ri-
queza material é uma ênfase equivo-
cada. Lembre-se da generosidade dos
crentes da Macedônia (2Co 8:1-7), que,
mesmo em meio a extrema pobreza,
decidiram contribuir generosamente
para a obra missionária, mostrando
claramente alguns princípios contrá-
rios à ideia do evangelho da prospe-
ridade. O fato de eles doarem não os
tornou mais ricos, mas focaram naqui-
lo que era eterno, a salvação das pes-
soas.
Para pensar e agir
1) Qual é a melhor maneira de ven-
cer o egoísmo e ser um mordomo fiel
e generoso?
2) Você se vê capaz de partilhar um
bem com algum necessitado?
3) Que tal investir na salvação das
pessoas?
Leitura Diária
SEG 1 Reis 21
TER 2 Timóteo 3.1-5
QUA 2 Coríntios 8.9-15
QUI Mateus 4.1-11
SEX Filipenses 3.7-9
SÁB Mateus 13.3-7
DOM Lucas 12.16-21
Data do estudo
Texto base: 1 Timóteo 6.10
Generosidade
e as Finanças
Dinheiro é sempre um assunto que
gera opiniões controversas. Mas como
cristãos devemos ir à fonte da nossa
fé, a Palavra de Deus, e ver como po-
demos ser bons mordomos dos recur-
sos financeiros. Na lição anterior, estu-
damos sobre os bens materiais. Não
obstante, os recursos financeiros são
muito relevantes na vida do ser huma-
no e merecem uma atenção mais es-
pecial em nossa reflexão.
Como tem de ser a nossa relação
com o dinheiro? Muitas pessoas vivem
preocupadas em ter dinheiro e como
ganhá-lo. São pessoas que trabalham
demais, fazem de tudo para acres-
centar mais dinheiro no seu dia a dia.
O que menos as preocupa, porém, é
como gastá-lo sem nenhuma sabe-
doria, não fazendo contas, não econo-
mizando. Elas simplesmente gastam
indiscriminadamente. Com efeito, pas-
Lição 8
sam a vida correndo atrás do “prejuí-
zo”. Como equilibrar essas situações?
Afinal, o dinheiro é também ou não um
assunto espiritual?
1. Como a Bíblia trata o
dinheiro?
A Bíblia ensina a amar a Deus, a
amar as pessoas, porém nunca a amar
o dinheiro! Está escrito: "Pois o amor
ao dinheiro é a raiz de todos os males.
Algumas pessoas, por cobiçarem o
dinheiro, desviaram-se da fé e se ator-
mentaram com muitos sofrimentos"
(1Tm 6:10). Entenda exatamente o que
o apóstolo Paulo está dizendo: Se você
não ama o dinheiro, isso significa uma
grande bênção. Por outro lado, se você
ama e, consequentemente, serve ao
dinheiro, imagina também o “inferno”
que isso pode representar em sua vida
35
e em sua família. Vale considerar que a
expressão forte do texto é “o amor ao
dinheiro”.
É interessante que a única área
em que Deus nos permite prová-Lo é
em nossas finanças. Portanto, vemos
claramente que o dinheiro é, sim, um
assunto espiritual. Prova disso é que
Deus empenhou Sua Palavra e Seu
nome justamente nesse assunto. "Po-
nham-me à prova", diz o SENHOR dos
Exércitos, “e vejam se não vou abrir as
comportas dos céus e derramar sobre
vocês tantas bênçãos que nem terão
onde guardá-las" (Ml 3:10).
Se examinarmos a Bíblia toda, ve-
remos que o dinheiro ocupa um lugar
bastante significativo, pela simples
razão de que ele ocupa um lugar sig-
nificativo nas nossas vidas. O dinheiro,
ou algum assunto sobre ele, é mencio-
nado 140 vezes na Bíblia. Consideran-
do as palavras "ouro", "prata", "riqueza",
"ricos", "herança", "dívida", "pobreza" e
tópicos relacionados, verifica-se que
a Bíblia dedica muita atenção a ques-
tões financeiras — mais do que a qual-
quer outro assunto, o que deve des-
pertar nossa atenção e cuidado. Então,
dinheiro é algo que influencia muito
a vivência humana. Por dinheiro as
pessoas roubam, as pessoas matam,
adoecem e até enlouquecem.
Você não tem que ser contra o di-
nheiro, pois é com ele que você se
alimenta, chega aonde quer, pagando
a passagem, abastecendo o automó-
vel ou comprando sapatos e roupas
para andar por aí etc. O que a Palavra
nos orienta é não colocar no dinheiro
o sentido da nossa vida; não sermos
apegados demasiadamente ao di-
36
nheiro. Na Bíblia, encontramos um for-
te estímulo à confiança em Deus para
prover, em vez de tentar juntar sem
uma finalidade específica e acumular
grandes volumes de riqueza sem mo-
tivo justo, apenas pela simples avareza
(Pv 23:4-5 e Hb 13:5).
2. Quem manda mais:
você ou o dinheiro?
Uma boa teologia acerca do di-
nheiro nos leva a uma atitude saudá-
vel: devemos todos nos esforçar para
ganhar, guardar e gastar dinheiro. É
comum ouvir de algumas pessoas a
expressão: “bati o olho e não resisti”.
Resistir para não ganhar dinheiro fácil
ou resistir para não gastá-lo facilmen-
te é um exercício de caráter que tem
fortes implicações espirituais. Não por
acaso que o diabo fez uso de uma arti-
manha dessa com Jesus – “E lhe disse:
'Tudo isto te darei, se te prostrares e me
adorares" (Mt 4:9). E aí vem a facilida-
de: só se prostrar. Muitos caem porque
deixam-se levar pelas facilidades, não
enxergam as consequências, não pen-
sam nas implicações morais e, princi-
palmente, espirituais de uma atitude.
A Bíblia não é contra o dinheiro, mas
à sua divinização, é contra o culto ao
dinheiro, como se fosse fonte de todo
o bem. Paulo nos adverte que a paixão
pelo dinheiro é a raiz de todos os pro-
blemas da humanidade. Podemos ser
destruídos não pelo dinheiro, mas pelo
o que fazemos com e por ele.
A síntese, portanto, é simples: todos
devemos nos esforçar para ganhar,
guardar e gastar dinheiro, desde que
seja de uma forma prudente. Como
bons mordomos de Cristo e dos recur-
sos que Ele nos deu, devemos olhar faltar. Trabalhe e confie que Deus pro-
para o dinheiro com a visão da eterni- videnciará os recursos. Ele é o dono do
dade. Assim, o verdadeiro mordomo ouro e da prata!
de Cristo junta tesouros que terão divi-
dendos na eternidade. Cabe uma per- Conclusão
gunta aqui: O que você tem investido
dos seus recursos financeiros para a Por fim, sempre que possível, use
eternidade seu dinheiro para ajudar outras pes-
soas. Quem tem, porque recebeu pela
3. Experimentando o graça, de graça dê. Jesus disse aos
seus discípulos, referindo-se não ao
contentamento dinheiro, mas a outras bênçãos rece-
Devemos cultivar a certeza de que bidas: "(...) Vocês receberam de graça;
Deus está conosco, é Ele quem provê deem também de graça." (Mt 10:8b).
as nossas necessidades. Desse modo,
olharemos para o dinheiro sem a pers- Para pensar e agir
pectiva da dependência. Caso con-
trário, não experimentaremos o real 1) Na sua relação com o dinheiro,
contentamento. Há coisas que não você acredita que pode dominá-lo?
tem preço, coisas que o dinheiro não 2) Sua vida é caracterizada pelo
compra, aquelas as mais significativas. contentamento?
O dinheiro não pode alterar o que so- 3) Você diria que é fácil ou difícil ser
mos, embora pensemos o contrário. generoso hoje em dia?
O dinheiro deve ser apenas um meio
4) Dos temas listados no ponto 4,
para satisfazer nossas necessidades em qual deles você tem maior dificul-
essenciais. Paulo afirma que o conten- dade? E o que acha que pode ser feito
tamento é a verdadeira riqueza que para superar?
vem de uma vida íntegra e equilibrada.
A integridade, por sua vez, produz um 5) O que você entende que recebe
coração contente. de graça e, consequentemente, pode
oferecer de graça?
Quantas pessoas neste tempo de
escassez de recursos por conta da
pandemia perderam tudo o que ti- Leitura Diária
nham, fecharam seus negócios e che- SEG 1 Coríntios 2.9-16
garam à conclusão de que o melhor
caminho seria dar cabo da sua própria TER 1 Crônicas 29.9-14
vida, justamente porque colocaram os QUA Eclesiastes 5.10-15
recursos financeiros como finalidade e
QUI 1 Timóteo: 6.6-12
sentido para sua existência. A fonte do
nosso contentamento e sentido tem SEX Filipenses 4.4-9
de ser sempre o nosso Deus, que su- SÁB Mateus 6.19-25
pre todas as nossas necessidades.
DOM Mateus 6.26-34
Assim, não tema quando o dinheiro

37
Data do estudo
Texto base: Malaquias 3.8-18
Generosidade
e Dízimo
Parte I
Muitas vezes, tratamos o dízimo em
separado das finanças. Primeiro, porque
o dízimo não se restringe ao dinheiro
somente e, segundo, porque a entrega
do dízimo é cercada de uma santidade
confessional e emocional em larga es-
cala. Refletir sobre o dízimo é sempre
necessário, pois que, em todas as épo-
cas, houve infelizmente quem discor-
dasse de sua origem e aplicação. Hoje
ainda, como se não bastasse a oposição
dos incrédulos, muitos falsos teólogos
se levantam fortemente armados de
seus argumentos ilusórios para negar
sejam nos púlpitos, na imprensa e, até,
nas redes sociais a necessidade e a im-
portância do dízimo. Há uma gama de
seguidores dessa oposição à Palavra,
em sua maioria, pessoas avarentas que
nunca contribuíram. Vejamos o que a
Palavra nos diz acerca do dízimo.
38
Lição 9
01. No começo...
Em Gênesis 4.3,4 encontramos a pri-
meira disposição para entregar a Deus
uma oferta. Caim oferece a Deus o fru-
to da terra e Abel entrega oferta de seu
gado. Poderíamos pensar que, já seria
uma referência ao dízimo. No entanto, é
mencionado o termo ‘oferta’. Vale consi-
derar que, a atitude da ‘entrega’ foi mo-
vida pelo princípio da gratidão, o mes-
mo princípio que deve nos mover hoje.
Abraão entregou ao sacerdote Mel-
quisedeque o dízimo de tudo o que
havia ganho com a vitória sobre seus
inimigos (Gn 14.17-20). Qual a motiva-
ção? Gratidão. Ele reconheceu a bên-
ção divina e devolveu ao Senhor uma
parte do que havia conquistado. Em sua
experiência de fuga, Jacó tem um so-
nho no qual ele percebe a presença de
Deus naquele lugar e lhe faz um voto de
entregar o dízimo de tudo o que con-
quistasse (Gn 28.22). Novamente, a gra-
tidão está presente. Fica evidente que,
a prática de entregar o dízimo a Deus
já era conhecida pelos antepassados
de Jacó. Deus instruiu os israelitas, por
meio de Arão e Moisés, a contribuir com
o dízimo para o sustento dos sacerdo-
tes e levitas que eram responsáveis pe-
los serviços do santuário (Nm 18.21-26).
Em o Novo Testamento, Jesus tam-
bém deixou claro sua aprovação ao
dízimo, ao repreender a hipocrisia dos
fariseus – “Ai de vocês, fariseus, porque
dão a Deus o dízimo da hortelã, da arru-
da e de toda a sorte de hortaliças, mas
desprezam a justiça e o amor de Deus!
Vocês deviam praticar estas coisas sem
deixar de fazer aquelas” (Lc 11.42). Justa-
mente, o que faltava no sentimento dos
fariseus era o caro princípio da gratidão
na entrega do dízimo.
A igreja primitiva cresceu graças à
fidelidade dos cristãos nos dízimos e
ofertas. O apóstolo Paulo faz menção
dos mesmos princípios do Antigo Testa-
mento, os quais regiam o sustento dos
levitas, trazendo-os para sua realidade
como alguém que também dependia
do sustento por meio das contribuições
dos crentes, para a continuidade de seu
ministério (I Co 9.11-14). No decorrer da
história, esse tem sido o método usado
para a manutenção da casa de Deus e
na expansão do evangelho por todo o
mundo.
02. Dízimo: obrigação ou
devoção?
A linha que divide a obrigação da de-
voção é muito tênue, porque depende
de algo que só compete ao indivíduo:
vontade. Esse prisma é enxergado por
aqueles que se sentem gratos a Deus
pela bênção de Sua salvação.
O dízimo precisa ser entendido com
base na devoção, sendo entregue em
forma de culto, em reconhecimento de
que tudo que se tem, vem do Senhor.
Paulo exorta aos crentes de Corinto a
essa prática: “Cada um dê conforme
determinou em seu coração, não com
pesar ou por obrigação, pois Deus ama
quem dá com alegria” (II Co 9.6,7). Per-
ceba, Deus não ama o que... Deus ama
quem dá com alegria. Ele ama a pessoa,
e não o valor. Ama a motivação (grati-
dão) e não a quantidade. Ao entregar-
mos o dízimo, reconheçamos a entrega
da menor parte, pois a maior continua
em nossas mãos. O dízimo (a décima
parte daquilo que ganhamos) é a forma
mais justa de equiparar todos os cris-
tãos. O dízimo não nos nivela pela quan-
tidade, não importa o muito de alguns
ou o pouco de outros, o que realmente
importa é que todos entreguem a déci-
ma parte.
03. Qual é a questão
principal?
Você é dizimista? As respostas a
essa pergunta são várias. Uns respon-
dem: “Sim”; outros: “Mais ou menos”,
seguido de uma série de explicações; e
ainda outros dizem: “Não”.
Respeitando o posicionamento e a
resposta de cada um, poderíamos, aqui,
discorrer sobre os mandamentos bíbli-
cos e promessas vinculadas ao dízimo
e, ainda, argumentar contra as inúmeras
pregações, segundo as quais afirmam
39
que o dízimo seja apenas para os ju-
deus, no Velho Testamento, não caben-
do hoje. A questão principal é que dízi-
mo é uma questão de amor e obediência
ao Senhor. Não é a única, mas é uma
demonstração inequívoca dos nossos
sentimentos.
Logo, diante de argumentações
contrárias e favoráveis, diante da cri-
se financeira que assola nosso País,
nenhuma motivação seria eficaz no
convencimento para o cumprimento
dessa e de outras práticas ensinadas
nas Escrituras, a não ser o amor. Só se
exerce a prática da entrega voluntária
do dízimo, se houver amor no coração
do cristão. Amor gera gratidão e impul-
siona mesmo àqueles atingidos pelas
muitas restrições financeiras ao desejo
de participar e ser bênção na vida da
Igreja, como o apóstolo Paulo, que faz
menção quanto às dificuldades dos
cristãos que o ajudavam em sua traje-
tória missionária e, ainda assim, se sen-
tiam motivados ao levantar ofertas a fim
de ajudar os crentes necessitados em
outras regiões (II Co 9).
confiar na provisão do Senhor. Entenda
que o dízimo seja um ato de adoração
ao Senhor, de louvor e honra à Sua san-
tidade. Entregue o dízimo não espe-
rando receber, mas porque já recebeu
e isso significa que o ‘todo’ está na sua
mão, pois Deus já deu a você e permi-
ta-se a grandes experiências com Deus.
Para pensar e agir
01. Na sua relação com o dinheiro,
você entende que deve retirar o dízimo
e entregá-lo?
02. Antes de entregar o dízimo, re-
conheça o que Cristo fez para sua sal-
vação.
03. Entregando a décima parte, lem-
bre-se de que a maior parte está com
você.
04. Não deixe que maus procedi-
mentos de outros interfiram na sua gra-
tidão para com Deus.
05. Sinta-se parte relevante, nesse
processo evangelizador de Deus, a fa-
vor do mundo por meio de seu dízimo.

Conclusão
Por vezes, o cristão se esconde da
entrega do dízimo, atrás de suas des-
culpas para não o fazer; atrás de suas Leitura Diária
crises pessoais e financeiras, das quais SEG Gênesis 14.17-20
jamais sairá sem uma ajuda profissional
e reeducação financeira. Tal indivíduo TER Gênesis 28.11-22
se esconde sob as explicações dos ou- QUA Números 18.21-26
tros, quando, na verdade, deveria bus- QUI Malaquias 3.8-18
car suas próprias experiências com o
Senhor. É Deus mesmo quem o convida SEX 1 Coríntios 9.11-14
a uma prova de fé, entregando-se a Ele, SÁB Marcos 12.41-44
dependendo exclusivamente Dele. De
DOM Lucas 18.9-14
nada adianta, declarar-se cristão e não

40
Data do estudo
Texto base: Lucas 11.42
Generosidade
e Dízimo
Parte II
Em nossa análise sobre dízimo na
lição anterior, aprendemos sobre sua
origem e que a sua prática da entrega
não ficou restrita ao passado, mas que
se encaixa perfeitamente na atualida-
de, à luz das observações vistas tanto
no Antigo Testamento como no Novo
Testamento. Vimos sobre a relevân-
cia de sua entrega na vida do cristão,
no que diz respeito à sua devoção e
gratidão a Deus. E aprendemos que,
entregar o dízimo é uma forma de es-
tarmos envolvidos com a grande obra
de Deus em alcançar o mundo para
Cristo, bem como, tem a ver com nos-
sa participação nas atividades da igre-
ja local. Sendo assim, deve fazer parte
dessa observação as formas práticas
de entregar o dízimo e as dúvidas sur-
gidas a partir do tema.
Lição 10
01. A entrega do dízimo
deve ser ensinada?
Nessa reflexão, desejo passar um
recadinho aos pais. É bom frisar que,
a prática da entrega do dízimo pode
ser ensinada, sim, aos filhos desde a
mais tenra idade. Os pais não devem
se esquecer de ensinar que, a entre-
ga dos dízimos é um gesto de gratidão
a Deus, e deve ser feita com alegria.
A criança pode ser ensinada acerca
das campanhas missionárias, fazendo
disso um meio educativo e de cons-
cientização, tornando-se um hábito
saudável no crescimento espiritual da
mesma. Ao crescer, o(a) adolescente
ou jovem que dependa financeira-
mente dos pais, deve ser lembrado(a)
e reorientado(a) a entregar o dízimo do
dinheiro que recebe para seu uso pes-
soal, ainda que no caso houvesse sido
previamente dizimado por seus pais.
41
 Muitas vezes, homens e mulheres,
interessados na prática fiel do dízimo,
perguntam se, caso a esposa não tra-
balhe fora de casa ou não tenha uma
renda própria, também deve ser dizi-
mista. É uma pergunta simples, mas
que merece especial atenção, pois
nem todos os casos são iguais e não
pode haver uma resposta definitiva.
Já tenho orientado, algumas vezes, da
seguinte maneira: Primeiro, o esposo
pode voluntariamente separar par-
te de seu dízimo e cedê-lo à esposa,
para que ela entregue pessoalmente.
Segundo, se ambos entenderem que
apenas ele dizimando seja um gesto
familiar de entrega, também poderá
fazê-lo. Entretanto, há uma terceira
situação: quando a esposa é cristã,
não possui sua própria renda e o es-
poso ainda não é cristão. Nesse caso,
oriento a esposa agir com prudência,
conversando com o esposo sobre o
assunto, e seguir trabalhando pela
sua conversão. A esposa deve, sem-
pre, priorizar os cuidados para ser fiel
a Deus.
02. Quem deve
administrar o dízimo?
É comum encontrarmos cristãos
desanimados e descontentes com a
prática da entrega dos dízimos, como
vimos na lição anterior. Maus exem-
plos, na administração do dízimo, têm
esfriado o desejo de muitos para con-
tribuir. Já ouvi algumas vezes: “Não
sinto a mesma alegria que outras pes-
soas têm ao dizimar”; "Por que entre-
gar o dízimo é tão difícil para mim?”. A
dificuldade pode não fazer referência à
quantidade, mas à motivação. Se você
sente que dizimar seja difícil, pode ser
42
que esteja dizimando por motivos er-
rados. Assim,
Se você entrega o dízimo...
... Apenas porque vê o outro fa-
zer; seu motivo é se comparar a
essa pessoa e não fazer a vontade
de Deus.
... Porque tem a esperança de
ser escolhido como líder na igreja;
seu motivo é a popularidade e não
o amor a Deus.
... Porque a igreja apenas neces-
sita de dinheiro; está fazendo do dí-
zimo um motivo de caridade e não
um ato de consagração.
... Para deixar de ter problemas
na vida; seu motivo é obter egoisti-
camente proteção e alegria e não a
salvação de seus semelhantes.
... Com o objetivo de se tornar
rico e próspero; seu motivo é ga-
nhar, fazer negócios com Deus, em
lugar de servir a Deus por amor.
... Para agradar ao pastor da Igre-
ja; seu motivo é agradar ao homem
e, não, a Deus.
... Se você entrega o dízimo, por-
que Deus diz que deve fazê-lo; seu
motivo é somente um cumprimento
do dever e está deixando de lado a
melhor parte: a adoração sincera.
No entanto, se você está diziman-
do, porque seu amor a Deus, acima
de todas as coisas, o(a) leva a cumprir
com essa responsabilidade e, porque
é grato e tem amor pela obra de Deus;
seu motivo é puro, espiritual e desin-
teressado. Assim, você descobrirá que
o dízimo é um caminho de vida aben-
çoada e, abundantemente, recompen-
sadora. A atitude da entrega estará
sempre em primeiro lugar.
Quanto à administração do dízimo,
esta deve ser feita pela Igreja, de for-
ma responsável e prudente. Nesse
prisma, então, surge a pergunta: Pode
o cristão mesmo usar o dízimo em
vez de levá-lo à Igreja? Não, porque a
Igreja necessita do dízimo. Em consi-
deração a isso, vale lembrar daqueles
cristãos que tomam para si a adminis-
tração do dízimo, julgando que a Igreja
não o administra correta e adequada-
mente. Alguns passam o valor para
alguma entidade filantrópica, julgando
que a Igreja deveria fazê-lo e não o
faz. Outros dividem o valor com algu-
ma outra oferta do momento, pois não
têm o suficiente para ofertar, e a reti-
ram do dízimo. Uma vez que o dízimo é
um percentual fixo, aquele que come-
te tal prática não está dizimando nem
ofertando. Tais procedimentos só de-
monstram desconfiança e infidelidade.
De todo modo, o cristão nunca
deve fazer alguma coisa que cause
debilidade ou atraso à Igreja. Se todos
os membros decidissem usar seus dí-
zimos como melhor lhes parecessem,
embora com o melhor dos propósitos
cristãos, haveria uma anarquia finan-
ceira e administrativa no dia a dia da
Igreja. Ao contrário, devemos ser bons
mordomos do Senhor em relação ao
nosso dízimo.
Conclusão
Que o cristão/a cristã devolva seu
dízimo ao Senhor por meio da tesou-
raria da Igreja, na qual ele/ela é mem-
bro (este é o ensinamento da Bíblia
Sagrada e o melhor sistema), e não o
use para dar oferta a quem quer que
seja. A oferta não deve vir da parte
que Deus reserva para Si (10%), mas da
parte que Ele nos reserva (90%) restan-
tes de nossos ganhos. Cristo não quis
obrigar seus seguidores a ser dizimis-
tas; preferiu confiar no amor liberal de-
les. Mereceremos essa confiança?
Para pensar e agir
01. Tendo aprendido sobre a entre-
ga do dízimo, é dever também ensinar
àqueles que ainda não o fazem.
02. Sendo pai ou mãe, você tem
uma grande responsabilidade no ensi-
no de seu/sua filho(a) quanto à entre-
ga de dízimo e oferta.
03. Qual é a motivação que leva
você a contribuir? Que seja ela em
amor e gratidão.
04. Quais são os motivos pelos
quais você tem deixado de contribuir?
Lembre-se de que nenhum deles
pode ser maior que sua gratidão.
05. Se você é desses que tentam
administrar o seu próprio dízimo, con-
sidere que essa prática não seja bíbli-
ca e nem ajuda a Igreja.
Leitura Diária
SEG Mateus 5.17-20
TER Mateus 23.23-28
QUA Hebreus 7.1-10
QUI Deuteronômio 8
SEX Gálatas 3.1-9
SÁB Atos 4.32-37
DOM Lucas 19.1-10
43
Data do estudo
Texto base: Provérbios 10.4
Generosidade
e o Trabalho
Afinal, o trabalho é bom ou ruim?
Faz bem ou não para o ser humano? É
um conflito que vivemos, pois depen-
demos do trabalho, no entanto convi-
vemos com o cansaço. Podemos con-
ceituar o trabalho como a aplicação
de atividade física ou intelectual do
ser humano com propósito definido. O
homem recebeu essa capacidade e a
incumbência de realizá-la no universo
pelo próprio Criador.
O trabalho começou com Deus, que
agiu com o intelecto ao projetar o uni-
verso, ordenando a existência do mun-
do pelo poder de sua palavra.
1. Teologia do trabalho
A Teologia do Trabalho contri-
bui para a mudança do pensamento
dualista de separação entre religião
e trabalho, ao mesmo tempo que in-
44
Lição 11
duz uma nova consciência teológica
social, no sentido de tornar o trabalho
mais humano, auxiliando os cristãos a
verem o ambiente de trabalho como
uma extensão do Reino de Deus, um
local de adoração, um ministério, um
serviço a Deus e ao próximo, onde o
ser humano entende que deva expres-
sar sua vocação em uma profissão ou
negócio, onde somos abençoados e
nos tornamos uma bênção. A Bíblia não
ensina que o trabalho tem que ser de-
primente ou degradante e, até mesmo,
escravizante. Pelo contrário, ela diz que
o trabalho é uma bênção de Deus – “As
mãos preguiçosas empobrecem o ho-
mem, porém as mãos diligentes lhe tra-
zem riqueza” (Pv 10.4).
2. A origem do trabalho
Segundo a Bíblia, a origem do tra-
balho é divina. “Disse Deus: ‘Haja luz’, e
houve luz". (Gn 1:3). “Pela fé entendemos
que o universo foi formado pela pala-
vra de Deus, de modo que o que se vê
não foi feito do que é visível” (Hb 11:3). O
trabalho precedeu a queda do homem
- “O Senhor Deus colocou o homem no
jardim do Éden para cuidar dele e cul-
tivá-lo” (Gn 2:15); foi designado a todos
os seres humanos (Gn 1:28); dura en-
quanto durar a vida (Gn 3:19). O trabalho
será necessário sempre, nesta vida.
Tanto nos livros do Antigo Testa-
mento quanto nos do Novo Testamen-
to, não faltam menções ao trabalho,
assim como aos diversos ofícios exerci-
dos pelos servos de Deus no passado.
Podemos perceber, portanto, que não
é a vontade do Senhor que seu povo
fique ocioso, contemplativo, vivendo
num devaneio religioso. Sua vontade é
que trabalhem enquanto o dia da sua
maravilhosa vinda não chega.
3. O valor do Trabalho
A sociedade afirma: “Para sobreviver
num mercado de trabalho competitivo,
você precisa colocar seu emprego aci-
ma de tudo”. Por conta dessa afirma-
ção, alguns permitem que o emprego
consuma tanto de sua vida que aca-
bam negligenciando sua família e sua
saúde. A Bíblia ensina a encarar o traba-
lho de forma equilibrada. Ela condena
a preguiça e incentiva a pessoa a ser
trabalhadora (Pv 6:6-11). – “Pois ouvi-
mos que alguns de vocês estão ociosos;
não trabalham, mas andam se introme-
tendo na vida alheia” (2 Ts 3:11). Mas a
Bíblia não aprova trabalhar em excesso.
Em vez disso, ela nos incentiva a rela-
xar e descansar de tempos em tempos
- “Melhor é um punhado de descanso
do que um punhado duplo de trabalho
árduo e um esforço para alcançar o ven-
to” (Ec 4:6). Portanto, não devemos ficar
tão envolvidos com o trabalho a ponto
de negligenciar nossa família ou nossa
saúde. Não há nenhum mérito em se
matar de trabalhar! (Ec 2.24).
Triste também o fato de existirem
pessoas que vivem carecendo de re-
cursos, mas não têm a coragem de
buscar seu próprio sustento, sobre-
carregando, por fim, até a igreja ou a
algum irmão especificamente, abu-
sando da bondade deste. Tais práticas
não agradam a Deus! Devemos dispor
de todos os nossos meios possíveis
para não sobrecarregar os irmãos ou
a igreja. Antes, trabalhar com zelo para
poder ajudar aqueles que realmente
precisam.
Desse modo, o bom trabalho é
aquele que beneficia outras pessoas
e ajuda o trabalhador a ter uma boa
consciência (1Pd 3:16). Se você traba-
lha em uma posição de destaque, por
exemplo, lembre-se de que sob sua
liderança estão pessoas iguais a você,
dignas de respeito e consideração. Ao
recomendar o escravo Onésimo ao seu
dono, Filemon, Paulo o faz como um
apelo que pode ser exercitados pelos
“patrões” de hoje – “Talvez ele tenha
sido separado de você por algum tem-
po, para que você o tivesse de volta para
sempre, não mais como escravo, mas,
acima de escravo, como irmão amado.
Para mim ele é um irmão muito amado,
e ainda mais para você, tanto como pes-
soa quanto como cristão” (Fm 1:15,16).
45
 4. A função do Trabalho
Parece estranho afirmar sobre a “no-
breza” do trabalho, no entanto o traba-
lho de fato dá um sentido de utilidade
ao ser humano. A Bíblia também ensina
que a função principal do trabalho não
é dar meramente um senso de reali-
zação à pessoa, mas algo muito mais
nobre: O trabalho é o instrumento de
Deus para a realização dos nossos
sonhos! Não é errado gostar de seu
trabalho, mas encare-o apenas como
um meio para alcançar objetivos mais
importantes, e não como um fim em si
mesmo.
É bem verdade que nos assusta-
mos cada vez que chegam as contas
e os boletos, também é verdade que
a inflação e o aumento dos preços po-
dem nos deixar ansiosos sobre como
pagá-los, mas a Bíblia enfatiza a agir-
mos com moderação. Ela declara: “(...)
Por isso, tendo com que comermos e
com que nos vestir, estejamos com isso
satisfeitos” (1Tm 6:8). Isso não quer dizer
que devemos viver sem nenhum con-
forto, mas precisamos ser realistas so-
bre o que temos condições de gastar e
razoáveis sobre a quantidade de bens
que adquirimos e como os adquirimos
(Lc 12:15).
Conclusão
Seja, portanto, uma pessoa traba-
lhadora. Interesse-se de verdade por
seu serviço. Mesmo que seu trabalho
pareça muito humilde e não seja o tipo
de serviço que você gostaria de fazer,
aprenda a fazê-lo bem.
Torne seu trabalho uma expressão
46
de generosidade como bom mordo-
mo de Cristo. Vale a pena parar e olhar
o seu trabalho com olhos de gratidão
e vê-lo como uma dádiva divina. Além
disso, ganhar o nosso próprio sustento
contribui para termos uma boa autoes-
tima e conquistarmos o respeito de
outros, incluindo o da nossa família (2Ts
3:12).
Para pensar e agir
1) Encare o seu trabalho como uma
bênção de Deus; e o fato de se levantar
todos os dias para trabalhar como uma
oportunidade que Ele te dá para teste-
munhar de seu amor e sua graça.
2) Seja qual for a sua profissão, ela é
importante para sociedade. Então faça
de seu ambiente de trabalho o “jardim”
que Deus lhe deu para cuidar, traba-
lhando com dedicação e honestidade.
3) Entenda que aquilo que você faz
é um dom de Deus para que você seja
útil no Corpo de Cristo, a Igreja. Então
se valha disso e abençoe a vida das
pessoas, pois o trabalho é também um
ato de generosidade de Deus a nós.
Leitura Diária
SEG Colossenses 3.22-25
TER Eclesiastes 3.10-14
QUA Eclesiastes 8.15-17
QUI Eclesiastes 11
SEX Provérbios 6.6-11
SÁB Gálatas 6.1-10
DOM 2 Tessalonicenses 3.6-12
Data do estudo
Texto base: Gênesis 2.2
Generosidade
e o Descanso
Assim como na lição passada vimos
no trabalho algo eminentemente divino,
podemos ver no descanso algo sério a
se considerar da parte de Deus. A pri-
meira pessoa que descansou foi o pró-
prio Deus: “No sétimo dia Deus já havia
concluído a obra que realizara, e nesse
dia descansou” (Gn 2:2). Pela força de
sua palavra, Deus criou todas as coi-
sas visíveis e invisíveis em apenas seis
dias: “Pois ele falou, e tudo se fez; ele or-
denou, e tudo surgiu” (Sl 33:9). Ele, que
é a fonte de todo o poder, não precisa
de descanso: “(...) sim, o protetor de Israel
não dormirá, ele está sempre alerta!” (Sl
121:4); “Será que você não sabe? Nunca
ouviu falar? O Senhor é o Deus eterno, o
Criador de toda a terra. Ele não se cansa
nem fica exausto, sua sabedoria é inson-
dável” (Is 40:28). O sétimo dia de des-
canso tem, assim, um sentido peculiar
no plano divino de salvação, mostrando
Lição 12
o que desde o início Deus queria para
o homem.
1. Teologia do descanso
Ao descansar no sétimo dia, ao final
de toda a criação, inclusive do homem,
Deus objetivara que o homem vivesse
um relacionamento de descanso pleno.
Isso significa que o homem estava des-
tinado a viver no descanso divino. O ser
humano deveria trabalhar, sujeitar a ter-
ra, ser fértil e dominar a natureza a partir
do descanso divino. Contudo, o pecado
se interpôs e destruiu esse descanso. A
fadiga tomou seu lugar. Um desassos-
sego tomou conta de todas as ações
humanas. A mulher, a partir de então,
teria sofrimentos em sua gravidez e
daria à luz aos seus filhos com muitas
dores (Gn 3:16). O homem teria de obter
seu sustento com fadiga, trabalhando
47
o solo, para comer do fruto da terra e
ganhar seu pão com o suor de seu ros-
to. Consequentemente, o ser humano
passou a enfrentar a morte para voltar à
terra da qual fora feito.
Tendo o mundo chegado a um es-
tado de tão grande degradação moral
e espiritual, Deus decide destruí-lo por
meio do dilúvio. No entanto, Deus se-
para um sobrevivente juntamente com
sua família, Noé. Diz a Bíblia que o pai
de Noé, Lameque, “Deu-lhe o nome de
Noé e disse: nele os aliviará do nosso tra-
balho e do sofrimento de nossas mãos,
causados pela terra que o Senhor amal-
diçoou” (Gn 5:29). Noé significa “descan-
so” ou “consolo”.
Dessa forma, Deus conduzia a his-
tória direcionando tudo para um alvo
específico: trazer a humanidade de
volta ao seu descanso originário. Essa
é uma das razões porque Ele ordenou
que Israel descansasse no sétimo dia
da semana, no sábado (Êx 20:9-11). Seu
povo deveria entrar no descanso divino,
o verdadeiro “shebbat”, o bem-estar,
o descanso, o repouso em que Adão e
Eva viviam antes de caírem em pecado.
A plenitude do descanso de Deus se
dá no Calvário, quando tem ali o seu Fi-
lho entregue por amor a nós, para pôr
fim ao nosso desassossego espiritual
– “E assim se cumpriu o que fora dito
pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e sobre si levou as
nossas doenças" (Mt 8:17); “(...) ou seja,
que Deus em Cristo estava reconciliando
consigo o mundo, não lançando em con-
ta os pecados dos homens, e nos con-
fiou a mensagem da reconciliação” (2Co
5:19). Na pessoa de seu Filho, vemos
mais uma vez o quanto Deus deseja tra-
zer as pessoas para dentro da sua paz
48
e do seu repouso, simbolizados pelo
sábado. Jesus explica de si mesmo:
“Porque o Filho do Homem é senhor do
sábado” (Mt 12:8); “Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados,
e eu vos aliviarei." (Mt 11:28). Descanso
esse que culminará na eternidade, por
sua promessa de que virá outra vez e
nos levará com Ele.
2. O descanso e a
adoração
O descanso também pode ser visto
como uma troca de atividade. Ao nos
orientar ao descanso, Deus pede de nós
momentos com Ele, daí a necessidade
de separarmos um dia de adoração. O
homem troca o trabalho pela adoração.
É o seu encontro pessoal ou coletivo
para adorar ao Senhor, em culto.
A separação do domingo, como sen-
do o dia do descanso e separado para a
adoração, ocorre a partir da ressurreição
de Cristo, e até hoje temos essa prática.
No entanto, é bom considerar a dinâmi-
ca atual do trabalho, em que muitos tra-
balham no domingo. Há algumas fun-
ções como: militar, segurança, médico,
enfermeiro etc, que por trabalharem em
escala, ficam privados de participarem
dos cultos. Sendo assim, vale conside-
rar o princípio da “separação”, ou seja, o
cristão pode separar um dia (podendo
ser sua folga) para sua adoração, que
não seja exatamente um domingo.
3. A prática do descanso
Biblicamente, o corpo tem uma im-
portância fundamental junto a nossa
espiritualidade: foi criado por Deus (Gn
1:26-28; 2:7 e Sl 139:14); é templo do Es-
pírito Santo (1Co 6:19,20); podemos glo-
rificar a Deus em nosso corpo (Fp 1:20),
dedicando-o a Deus (Rm 12:1,2). Sendo
assim, todo o cuidado para o corpo
ainda será pouco. Trabalhar é necessá-
rio, mas, ao mesmo tempo, seja equili-
brado. É preciso ter a maturidade para
vencer os excessos de todos os lados.
Já é uma ótima prática descansar ape-
nas para evitar que os problemas acima
mencionados surjam. Mas o relaxamen-
to e o repouso podem trazer inúmeros
outros benefícios, com melhorias de
ordem física, mental e espiritual. O des-
canso, então, representa o respeito com
o próprio corpo, uma vez que as pausas
dão tempo para que o corpo renove as
energias perdidas ao longo do tempo.
Tire um tempo para relaxar e descansar
de vez em quando. Esse tempo é ainda
mais agradável depois de ter feito um
bom trabalho. Vão algumas dicas que
podem auxiliar a introduzir essa rotina
no dia a dia:
• Faça atividades físicas: exercitar-
-se auxilia o corpo a gastar a energia
acumulada, auxiliando na redução das
tensões e na melhoria de outros aspec-
tos da saúde.
• Dedique-se ao lazer: o descanso
não se associa apenas ao tempo inves-
tido no sono. Dedicar-se a um lazer de
qualidade, que traz alegria e satisfação,
é também uma forma de descansar.
Algumas dessas atividades podem até
trazer cansaço físico, mas são funda-
mentais para a saúde mental, para os
relacionamentos e para a socialização.
Conclusão
Diante de tudo isso, fica fácil perce-
ber que o descanso não passa apenas
pelo desligamento em relação aos pro-
blemas, mas é também um processo de
escolha e postura ativa de cada um em
busca da sua própria saúde, bem estar
e qualidade de vida. Na teoria parece
fácil, não é mesmo? Na prática, porém,
sabemos que é mais difícil se isolar ou
pausar os problemas e excessos para
focar apenas no relaxamento, mas ago-
ra você sabe o quanto isso é necessário.
Como bom mordomo de Cristo, en-
care o descanso como uma oportuni-
dade de adorar a Deus com seu corpo,
mesmo em meio ao seu lazer. Seja ge-
neroso consigo mesmo e com sua famí-
lia. Divirta-se!
Para pensar e agir
1) Entenda que o descanso é tão
importante quanto o trabalho, e ambos
são valorizados na Palavra de Deus.
2) Lembre-se de que você precisa
separar um dia para a adoração ao Se-
nhor.
3) Como anda o seu tempo de des-
canso? Tem sido suficiente?
4) O descanso é também um ato de
generosidade da parte de Deus para
conosco.
Leitura Diária
SEG Salmos 90.1-6
TER Hebreus 4
QUA Salmos 116
QUI Salmos 73.25-28
SEX Mateus 11.28-30
SÁB Salmos 37.3-7
DOM Salmos 100
49
Data do estudo
Texto base: 1 Coríntios 4.1-2
Relembrando a
Generosidade
Antes que você estranhe o formato
da nossa última lição, desejo que relem-
bre a nossa caminhada pela generosi-
dade em tempos de escassez. Por isso,
gostaria de promover um resumo para
sua melhor fixação. Normalmente acon-
tece de as igrejas realizarem uma aula
de resumo do trimestre, portanto fica
aqui uma ajuda que pode ser didática,
ponto a ponto.
Entendendo a Mordomia
nos Objetivos da Igreja
Quais são os objetivos da Igreja de
Jesus neste mundo? Para não errar, pre-
cisamos ir necessariamente à fonte do
pensamento de Cristo, que é a Bíblia
Sagrada, e desenvolver um olhar amplo,
para além de suas quatro paredes. As-
sim, conjugar esforços para que todos
esses objetivos sigam na mesma dire-
ção: Apresentar Jesus às pessoas!
50
Lição 13
Redescobrindo a
Generosidade
Deus concede bênçãos materiais
para nossa alegria e para o desenvolvi-
mento do nosso caráter. Quando as usa-
mos para honrá-lo e ajudar aqueles que
Ele criou, somos abençoados. Quando
nos tornamos materialistas, perdemos
essa bênção. Isso se caracteriza ao re-
nunciar algo que se tem em função de
outrem. A Bíblia ensina que a generosi-
dade é uma disposição recomendada a
todos os cristãos, a exemplo do grande
gesto do Deus Pai ao entregar seu Filho
por nossa salvação. Assim também de-
vemos ser generosos.
Generosidade no Cuidado
A mordomia é um ensino bíblico e um
princípio espiritual pelo qual o cristão re-
conhece a Deus como o dono de todas
as coisas. Cada cristão carrega consigo a
responsabilidade de tomar conta daqui-
lo que Deus lhe confiou, a partir do seu
próprio corpo, perpassando pelos bem
materiais e estendendo-se a toda natu-
reza. Você pode não ter pensado nisso,
mas você tem uma enorme responsa-
bilidade com o cuidado de sua saúde
e do ambiente no qual vive, afinal, tudo
provém de Deus.
Generosidade na Família
Com base no exemplo de José, en-
contramos características que mostram
como uma pessoa que se permite ser
usada por Deus pode mudar o rumo
de sua família e torná-la abençoada: a)
Uma pessoa cheia de amor; b) Uma pes-
soa realizada; c) Uma pessoa orgulhosa
de sua família, e d) uma pessoa humil-
de. Por que é que os cristãos sentem
a necessidade de celebrar a família? A
razão é simples: A família é uma criação
de Deus e não meramente uma “institui-
ção” social ou moral. Nela embasamos
nossos valores morais e espirituais. Nela
aprendemos sobre irmandade e gene-
rosidade.
Generosidade na Saúde –
Física e Emocional
A saúde está diretamente relaciona-
da ao bom funcionamento do organis-
mo e a ter disposição para realizar as
atividades do dia a dia. A saúde é con-
siderada um bem precioso que temos,
e cuidar dela é sermos generosos com
nós mesmos. Muitas enfermidades po-
deriam ser evitadas se, no dia a dia, to-
mássemos mais cuidado com a nossa
saúde. E é exatamente com propósito
de cuidado que a igreja deve proporcio-
nar mensagens, palestras, utilizando-se
da presença de agentes da área da saú-
de, para esclarecer aquilo que for pre-
ciso para que a mordomia com o corpo
seja mais eficaz.
Generosidade e o Tempo
Quem sabe contar bem o tempo nes-
ta vida saberá contá-lo também despois
desta existência. O profeta Daniel diz
que: “Multidões que dormem no pó da
terra acordarão: uns para a vida eterna,
outros para a vergonha, para o despre-
zo eterno” (Dn12:2). Usar bem o tempo
é também um lindo gesto de genero-
sidade consigo mesmo e com os ou-
tros. Agora, não importa o que você fez
ou deixou de fazer no passado. Está na
hora de você mudar o seu futuro com
novas atitudes. Peça a Deus que o ajude
a gerenciar melhor o seu tempo e, certa-
mente, o seu futuro, na eternidade, será
melhor.
Generosidade e os
Bens Materiais
É muito fácil deixar as coisas mate-
riais dominarem nossa vida! Diariamen-
te somos bombardeados com muitas
propagandas. Sejamos cautelosos. Uma
pessoa avarenta será sempre alguém
insatisfeito. Porém, precisamos nos ape-
gar ao seguinte princípio: “Do Senhor é a
terra e tudo o que nela existe, o mundo e
os que nele vivem” (Sl 24:1).
Generosidade e o Dinheiro
Afinal, o dinheiro é ou não um as-
sunto espiritual? O dinheiro é, sim, uma
questão espiritual muito séria. Se não
fosse, a Bíblia não trataria do assunto
com tanta importância. Uma boa teo-
51
logia acerca do dinheiro nos leva a uma vê-lo como uma dádiva divina.
atitude saudável. Assim, devemos todos
nos esforçar para ganhar, guardar e gas- Generosidade e o
tar dinheiro, de uma forma prudente. Ser
generoso é para quem tem e para quem
Descanso
não tem. Use seu dinheiro também para Além da visão do descanso de ca-
ajudar outras pessoas. ráter espiritual, descrito em todo o An-
tigo Testamento e reafirmado no Novo
Generosidade e Testamento, encontramos na Bíblia a
o Dízimo - I e II importância da mordomia do descanso
para o corpo físico. O descanso, então,
Desde o Gênesis, quando Abraão representa o respeito com o próprio cor-
entrega seu dízimo a Melquisedeque, po, uma vez que as pausas dão tempo
seguem outros relatos de Jacó, Arão, para que o corpo renove as energias
Moisés e o povo hebreu exercendo perdidas ao longo do tempo. Tire um
essa prática. No Novo Testamento, en- tempo para relaxar e descansar de vez
contramos Jesus fazendo referência ao em quando.
dízimo (Lc 11:42). Ele citou as Escrituras
(o Antigo Testamento) muitas vezes. No Para pensar e agir
decorrer da história, esse tem sido o mé-
todo usado para a manutenção da casa 1) Como tem sido a sua caminhada
de Deus e a expansão do evangelho por pela generosidade?
todo mundo. É bom frisar que a prática 2) Você está disposto a crescer espi-
da entrega do dízimo pode ser ensinada ritualmente na administração de tudo o
pelos pais aos filhos, que a entrega é um que Deus te dá?
gesto de gratidão a Deus e deve ser feita
3) Compreende que pode ser um di-
com oração.
zimista fiel, correspondendo a generosi-
dade de Deus para contigo?
Generosidade e o Trabalho 4) Lembre-se de que você precisa
A Bíblia ensina a encarar o traba- separar sempre um dia para a adoração
lho de forma equilibrada. Ela condena ao Senhor
a preguiça e incentiva a pessoa a ser
trabalhadora (Pv 6:6-11), mas não apro- Leitura Diária
va trabalhar em excesso. Em vez disso,
SEG Tito 2.11-14
ela nos incentiva a relaxar e descansar
de tempos em tempos. A função princi- TER Efésios 2
pal do trabalho é ser um instrumento de QUA Efésios 3.13-21
Deus para a realização dos nossos so-
nhos. Torne seu trabalho uma expressão QUI Colossenses 4.1-6
de generosidade. Quando puder fazer SEX Efésios 6.11-18
algo para alguém, faça com generosida-
de e diligência. Vale a pena parar e olhar SÁB 1 Tessalonicenses 4.1-12
o seu trabalho com olhos de gratidão e DOM 1 Pedro 1.15-22

52
Homens
Encontro dos

batista fluminense

incrições: http://bit.ly/encontroumhbf2021
contato: (22) 98157-7530
Data: 10 e 11 de dezembro
Valor: R$ 120
Local: Espaço Batista (Acampamento Batista Fluminense |
Rio Bonito
Revista da Convenção Batista Fluminense Novo design para a
Ano 17 - n° 70 - 3T2021 revista Palavra
Diretor Executivo: Pr. Amilton Ribeiro Vargas
& Vida
Diretoria da Convenção Batista Fluminense: O Departamento de Co-
Presidente: Pr. Elildes Junio Macharete Fonseca municação da Convenção
Primeiro Vice-Presidente: Pr. Geraldo Geremias Batista Fluminense deu
Segundo Vice-Presidente: Dca. Lindomar Ferreira da Silva uma nova aparência para
Terceiro Vice-Presidente: Pr. Dario Francisco de Oliveira a revista, mais simples e
Primeira Secretária: Lilia Matilde Freichos Godoy moderna, dando um re-
Segunda Secretária: Lina Silvana de Abreu Xavier de Oliveira novo em seus 16 anos de
Terceiro Secretário: Pr. Paulo César Conceição dos Santos caminhada no ensino de
Quarto Secretário: Pr. Ozéas Dias Gomes da Silva nossos irmãos nas esco-
las bíblicas e demais reu-
Redator: Pr. Alonso Colares niões de estudo.
Revisão Bíblico Doutrinária:
“Apega-te à instrução e
Pr. Flávio da Silva Chaves não a largues; guarda-a,
Pr. Isaac Vieira de Araújo porque ela é a tua vida.”
Pr. Ronaldo Gomes de Souza Provérbios 4.13
Pr. Antônio Carlos Mageschi
Pr. Osvaldo Reis do Amaral Barros Queremos a sua opinião
Pr. Euclides Manhães sobre essa mudança.
Responda nossa
Revisão e Copidesque: enquete:
Dcª Simara Marques de Souza Mineiro
Ir. Leandro Sant’Anna da Silva Guimarães

Diagramação e Design: Davi Silveira

Convenção Batista Fluminense

Rua Visconde de Morais, 231 - lngá - Niterói - RJ
CEP 24210-145
Tel.: (21) 2620-1515
E-mail: contato@batistafluminense.org.br

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54