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www.a u t o r e s e s p i r i t a s cl a s si c o s.c o m

Evang el h o s Apócrifos

O Livro de Enoq u e

O livro de Enoch é um texto apócrifo que é mencio n a d o


por algu m a s cart a s do Novo Test a m e n t o (Judas, Heb r e u s
e 2ª de Pedro). Até a elabo r a ç ã o da Vulgat a, por volta do
ano 400, os prim ei ro s seguido r e s de Cristo o
mencio n a v a m abe r t a m e n t e em seus textos e o aceit av a m
como real. Após a Vulgat a ele caiu no esqu e ci m e n t o .
Entr e t a n t o , o livro é muito inter e s s a n t e e par e c e real. O
livro de Enoch foi pres e r v a d o some n t e em uma cópia, na
totalida d e , em etíope e, por est a razão, tam b é m é
cha m a d o de Enoch etíop e.
2

Capít ulo 1

1As palavr a s das bênç ã o s de Enoqu e, com as quais ele


abe n ç o o u os eleitos e os justos, os quais deve m existir nos
tem p o s da tribul aç ã o, rejeit a n d o toda iniqüid a d e e
mun d a n i s m o . Enoqu e , um home m justo, o qual estav a
com Deus, respo n d e u e falai com Deus enq u a n t o seus
olhos estav a m abe r t o s , e enqu a n t o via uma sant a visão
dos céus. Isto os anjos me most r a r a m .
2Deles eu ouvi todas as coisas e ente n di o que vi; coisas
que não terã o luga r nest a ger a ç ã o , mas num a ger a ç ã o
que deve acont e c e r num tem p o dista n t e , por caus a dos
eleitos.
3A resp eit o deles eu falei e conve r s ei com Ele, o qual virá
de Sua habit a ç ã o, o Santo e Pode r o s o, o Deus do mun d o:
4O qual pisar á sobr e o Mont e Sinai; apa r e c e r á com Suas
host e s e se manifes t a r á com a força do Seu pode r dos
céus.
5Todos esta r ã o tem e r o s o s e as Sentin el a s esta r ã o
ater r o riz a d o s .
6Gra n d e temo r e tre m o r se apod e r a r ã o deles, mes m o aos
confins da terr a . As altur a s das mont a n h a s ser ã o
abala d a s , e os altos mont e s ser ão abatido s, der r e ti d o s
como o favo de mel na cha m a de fogo. A terr a ser á imers a
e todas as coisas que nela estã o pere c e r ã o ; enq u a n t o
julga m e n t o virá sobr e todos, mes m o sobr e todos os justos:
7Mas a eles ser á dad a paz: Ele pres e r v a r á os eleitos e
par a com eles exercit a r á clem ê n ci a.
8Ent ã o todos pert e n c e r ã o a Deus, ser ão felizes e
abe n ç o a d o s , e o esple n d o r da Divinda d e os ilumin a r á .

Capít ulo 2
3

1Eis que Ele vem com deze n a s de milha r e s dos Seus


santos par a execu t a r julga m e n t o sobr e os peca d o r e s e
dest r ui r o iníquo, e repr ov a r toda coisa carn al e toda coisa
peca mi n o s a e mun d a n a que foi feita, e come ti d a cont r a
Ele. (2)
(2) Citado por Judas, vss. 14, 15.

Capít ulo 3

1Todos os que est ão nos céus sabe m o que tra n s c o r r e lá .


2 Eles sabe m que as luminá ri a s celes t e s não mud a m seus
camin h o s; que cada uma nasc e e se põe reg ul a r m e n t e ,
cad a uma a seu próp rio tem p o, sem tran s g r e d i r os
man d a m e n t o s que rece b e r a m . A VISÃO da terr a, e
ent e n d e m o que deve acont e c e r , desd e o princípio até o
seu fim.
3 Eles vêem que toda obra de Deus é invariáv el no período
de seu apa r e ci m e n t o . Eles vêem o verão e o inver n o:
perc e b e n d o que toda terr a est á reple t a de águ a; e que a
nuve m, o orvalho, e a chuva refre s c a m- na.

Capít ulo 4

1Eles consid e r a m e vêem cad a árvor e, como apa r e c e m


par a depois murc h a r , e toda folha, par a depois cair,
exceto de quat o rz e árvor e s , as quais não são efêm e r a s , e
espe r a m pelo apa r e ci m e n t o das folhas novas por dois ou
três inver n o s .

Capít ulo 5

1Nova m e n t e eles consid e r a m os dias de verão, que o sol


4

est á sobr e a terr a desd e o princípio; enq u a n t o tu proc u r a s


por uma cobe r t u r a e por um lugar somb r e a d o por caus a
do sol arde n t e ; enq u a n t o a terr a é queim a d a com calor
ferve n t e , e tu te torn a s incap a z de and a r sobr e a terr a ou
sobr e as roch a s em conse q ü ê n c i a do calor.

Capít ulo 6

1Eles consid e r a m como as árvor e s, qua n d o elas dão suas


folhas verd e s, cobr e m- se e prod uz e m frutos; ente n d e n d o
tudo, e sabe n d o que Ele, o qual vive par a sem p r e , faz
toda s esta s coisas por caus a de vós:
2 Que as obra s desd e o princípio de todo ano exist e n t e ,
que toda s as suas obra s são obedie n t e s a Ele e
invariáv eis; assim como Deus dete r m i n o u , assim todas as
coisas acont e c e m .
3Eles vêem tam b é m como os mar e s e os rios juntos
compl e t a m suas res p e c tiv a s oper a ç õ e s :
4 Mas tu resist e s impacie n t e m e n t e , não cum p r e s os
man d a m e n t o s do Senho r , mas tran s g r i d e s e calunia s a
S ua gra n dio si d a d e ; e maldit a s são as palavr a s em tua
boca poluíd a cont r a Sua majes t a d e .
5Tu, murc h o de coraç ã o, a paz não esta r á contigo!
6Port a n t o teus dias te amaldiço a r ã o , e os anos de tua vida
per e c e r ã o ; execr a ç ã o per p é t u a se multiplica r á , e não
obte r á s misericó r di a.
7Nes t e s dias tu resig n a s tua paz com a eter n a maldiçã o
de todos os justos, e os peca d o r e s per p e t u a m e n t e te
execr a r ã o ;
8 Eles te execr a r ã o com tudo o que não é divino.
9Os eleitos poss uir ã o luz, alegri a e paz; e her d a r ã o a
terr a .
10M a s tu, que não és santo, ser á s amaldiço a d o .
11Ent ã o a sabe d o ri a ser á dada aos eleitos, todos os que
5

viverã o, e não tran s g r e d i r ã o por impied a d e ou orgul ho,


mas humilh a r- se- ão, proce s s a n d o prud ê n ci a , e não
rep e ti r ã o tra n s g r e s s ã o .
12Eles não cond e n a r ã o todo o período das suas vidas, não
mor r e r ã o em tor m e n t o e indign a ç ã o ; mas a som a dos seus
dias se comple t a r á , e envelh e c e r ã o em paz; enq u a n t o os
anos de sua felicida d e se multiplica r ã o em alegri a, e com
paz, par a sem p r e , em toda a dur a ç ã o de sua existê n ci a.

Capít ulo 7

1E acont e c e u depois que os filhos dos hom e n s se


multiplica r a m naqu el e s dias, nasc e r a m - lhe filhas,
eleg a n t e s e belas.
2E qua n d o os anjos, (3) os filhos dos céus, viram- nas,
ena m o r a r a m - se delas, dizen d o uns par a os outro s: Vinde,
selecion e m o s par a nós mes m o s espos a s da prog ê ni e dos
home n s , e ger e m o s filhos.
(3) No texto ara m ai co lê- se "Sentin el a s" (J.T. Milik,
Aram aic Fra g m e n t s of Qum r a n Cave 4 [Oxford: Clare n d o n
Pres s, 1976], p. 167).
3Ent ã o seu líder Samy az a disse- lhes: Eu temo que talvez
possais indispo r- vos na realizaç ã o dest e emp r e e n d i m e n t o ;
4E que só eu sofre r ei por tão grave crim e.
5Mas eles respo n d e r a m - lhe e disse r a m : Nós todos
jura m o s;
6 (e ama r r a r a m - se por mút u o s jura m e n t o s ), que nós não
mud a r e m o s noss a inten ç ã o mas execu t a m o s nosso
emp r e e n d i m e n t o projet a d o .
7Ent ã o eles jura r a m todos juntos, e todos se ama r r a r a m
(ou unira m ) por mút uo jura m e n t o . Todo seu núm e r o era
duze n t o s, os quais desc e n di a m de Ardis, (4) o qual é o
topo do mont e Armon.
(4) de Ardis. Ou, "nos dias de Jared" (R.H. Charle s, ed.
6

and tra n s., The Book of Enoch [Oxford: Clare n d o n Pres s,


1893], p. 63).
8Aquele mont e port a n t o foi cha m a d o Armon, porq u e eles
tinha m jurad o sobr e ele, (5) e ama r r a r a m s e por mútu o
jura m e n t o .
(5) Mt. Armon, ou Mont e Her m o n deriva seu nom e do
hebr e u her e m , uma maldiç ão (Charle s, p. 63).
9Est e s são os nom e s de seus chefe s: Samy az a, que era o
seu líder, Urak a b a r a m e e l , Akibeel, Tamiel, Ram u el,
Danel, Azkeel, Sara k ny al, Asael, Armer s, Batr a al, Anane,
Zaveb e, Sam s av e el, Erta el, Turel, Yomyael, Arazyal. Estes
era m os prefeitos dos duze n t o s anjos, e os rest a n t e s
est av a m todos com eles. (6)
(6) O texto ara m a i c o pres e r v a uma lista ant e rio r dos
nome s dest e s Guar di ã e s ou Sentin el a s: Semih a z a h ;
Artqop h;
Ramt el; Kokab el; Ram el; Danie al; Zeqiel; Bara q el; Asael;
Her m o ni; Mata r el; Ananel; Staw el; Sam si el; Sahri el,
Tum mi el; Turiel; Yomiel; Yhaddiel (Milik, p. 151).
10Ent ã o eles tom a r a m espos a s , cad a um escolh e n d o por
si mes m o; as quais eles com eç a r a m a abor d a r , e com as
quais eles coabit a r a m , ensin a n d o- lhes sortilégios,
enca n t a m e n t o s , e a divisão de raízes e árvor e s.
11E as mulh e r e s conc e b e r a m e ger a r a m gigan t e s , (7).
(7) O texto gre go varia consid e r a v el m e n t e do etíope aqui.
Um man u s c ri t o greg o acre s c e n t a a esta secç ã o, "E elas
[as mulhe r e s ] ger a r a m a eles [as Sentin el a s] três raça s: os
gra n d e s giga n t e s . Os giga n t e s trouxe r a m [algu n s dizem
“mat a r a m "] os Nap h eli m, e os Nap h eli m trouxe r a m [ou
"mat a r a m "] os Elioud. E eles sobr evive r a m , cres c e n d o em
pode r de acor do com a sua gran d e z a ." Veja o regist r o no
Livro dos Jubileu s.
12Cuja esta t u r a era de treze n t o s cúbitos. Este s
devor av a m tudo o que o labor dos hom e n s prod uzi a e
7

torno u- se impos sível alime n t á- los;


13Ent ã o eles voltar a m- se cont r a os hom e n s , a fim de
devor á- los;
14E com eç a r a m a ferir páss a r o s , anim ais, répt eis e
peixes, par a com e r sua carn e, um depois do outro, (8) e
par a beb e r seu sang u e .
(8) Sua carn e, um depois do outro. Ou, "de uma outr a
carn e". R.H. Charl e s nota que esta frase pode referi r- se à
dest r ui ç ã o de uma class e de giga n t e s por outr a. (Charle s,
p. 65).
15Ent ã o a ter r a rep r ovo u os injustos.

Capít ulo 8

1Além disso, Azazyel ensino u os hom e n s a fazer e m


espa d a s , facas, escu d o s, arm a d u r a s (ou peitor ai s), a
fabric a ç ã o de espelho s e a man uf a t u r a de brac el e t e s e
orna m e n t o s , o uso de pintu r a s , o emb el ez a m e n t o das
sobr a n c el h a s , o uso de todo tipo selecion a d o de pedr a s
valiosa s, e toda sort e de cora n t e s , par a que o mun d o fosse
alte r a d o .
2A impied a d e foi aum e n t a d a , a fornica ç ã o multiplica d a ; e
eles tra n s g r e d i r a m e corro m p e r a m todos os seus
camin h o s.
3Amaz a r a k ensino u todos os sortilégios, e divisor e s de
raízes:
4Arm e r s ensino u a soluçã o de sortilégios;
5Bark ay al ensino u os obse rv a d o r e s das estr el a s , (9)
(9) Obse rv a d o r e s das estr el a s. Astrólogos (Charl e s, p. 67).
6Akibe el ensino u sinais;
7Tamiel ensino u astr o n o m i a;
8E Asara d el ensino u o movim e n t o da lua,
9E os home n s , sendo dest r uí d o s, clam a r a m , e suas vozes
rom p e r a m os céus.
8

Capít ulo 9

1Ent ã o Migu el e Gabriel, Rada el, Suryal, e Uriel, olhar a m


abaixo desd e os céus, e vira m a qua n ti d a d e de sang u e que
era der r a m a d a na terr a, e toda a iniqüid a d e que era
pratic a d a sobr e ela, e disse r a m um ao outro; Esta é a voz
de seus clamo r e s ;
2A terr a desp r ovid a de seus filhos tem clam a d o, mes m o
até os portõ e s do céu.
3E agor a a ti, ó Santo dos céus, as alma s dos hom e n s
queixa m- se, dizen d o: Obté m justiça par a conos co com o
Altíssimo (10). Então eles disse r a m ao seu Senho r, o Rei:
Tu és Senho r dos senho r e s , Deus dos deus e s , Rei dos reis.
O trono de Tua glória é par a sem p r e e sem p r e , e par a
sem p r e seja Teu nom e santifica d o e glorifica do.
(10) Obté m justiça par a conosco. Liter al m e n t e , "Traz
julga m e n t o par a nós do..." (Richa r d Laur e n c e , ed. and
tra n s.,
The Book of Enoch the Proph e t [London: Kega n Paul,
Trenc h & Co., 1883], p. 9).
4Tu fizest e toda s as coisas; Tu poss uis pode r sobr e toda s
as coisas; e toda s as coisas estão aber t a s e manifest a s
diant e de Ti. Tu vês toda s as coisas e nada pode escon d e r-
se de Ti.
5Tu viste o que Azazyel tem feito, como ele tem ensin a d o
toda espé ci e de iniqüid a d e sobr e a terr a , e tem abe r t o ao
mun d o toda s as coisas secr e t a s que são feitas nos céus.
6Sa my a z a tam b é m tem ensin a d o sortilégios, par a que m
Tu dest e auto ri d a d e sobr e aquel e s que estão associa d o s
Contigo. Eles tem ido juntos às filhas dos hom e n s , têm- se
deita d o com elas; têm- se cont a m i n a d o ;
9

7E têm desco b e r t o crim e s a elas. (11)


(11) Descob e r t o crim e s. Ou, "revela d o este s sinais"
(Charle s, p. 70).
8As mulh e r e s igualm e n t e têm ger a d o giga n t e s .
9Assim toda a terr a tem se enchido de sang u e e
iniqüid a d e .
10E agor a, vês que as alma s daq u el e s que est ão morto s
clam a m .
11E queixa m- se até ao port ã o do céu.
12Se u s gemido s sobe m ; nem pode m eles esca p a r da
injustiç a que é come ti d a na terr a. Tu conh e c e s todas as
coisas, ant e s de elas existir e m .
13Tu conh e c e s est a s coisa s, e o que tem sido feito por
eles; já Tu não falas a nós.
14O que, por cont a dest a s coisas, deve m o s fazer contr a
eles?
Capít ulo 10
1Ent ã o o Altíssimo, o Gran d e e Sant o falou,
2E enviou a Arsayal alyu r (12) ao filho de Lamec h,
(12) Arsayal alyu r. No texto em greg o lê- se "Uriel”.
3Dizen d o: Diz a eles em Meu nom e: Escon d e- te.
4Ent ã o explicou- lhe a consu m a ç ã o que est á pres t e a
acont e c e r ; pois toda a terr a per e c e r á ; as águ a s do dilúvio
virão sobr e toda a ter r a , e todas os que est ão nela ser ã o
dest r uí d o s.
5E agor a, ensin a- o como ele pode esca p a r , e como sua
sem e n t e pode per m a n e c e r em toda a terr a.
6Nova m e n t e o Senho r disse a Rafael: Amar r a a Azazyel,
mãos e pés; lança- o na escu ri d ã o; e
abrin d o o dese r t o que est á em Duda el, lança- o nele.
7Arre m e s s a sobr e ele ped r a s agud a s , cobrin d o- o com
escu ri d ã o;
8Lá ele per m a n e c e r á par a sem p r e ; cobr e sua face, par a
que ele não poss a ver a luz.
10

9E no gra n d e dia do julga m e n t o lança- o ao fogo.


10Res t a u r a a ter r a , a qual os anjos corro m p e r a m ; e
anu n ci a vida a ela, par a que Eu possa rece b ê- la.
11Todos os filhos dos hom e n s , sua desc e n d ê n c i a , não
per e c e r ã o em cons e q u ê n c i a de todo segr e d o, pelo qual as
Sentin el a s têm dest r uí d o, e o que eles ensin a r a m ;
12Tod a a a ter r a tem se corro m pi d o pelos efeitos dos
ensin a m e n t o s de Azazyel. A ele, port a n t o, se atrib ui todo
crime.
13A Gabriel tam b é m o Senho r disse: Vai aos bast a r d o s ,
(13) aos rép ro b o s , aos filhos da fornicaç ã o; e dest r ói os
filhos da fornica ç ã o , a desc e n d ê n c i a das Sentin el a s de
ent r e os hom e n s; trag a- os e excita- os uns cont r a os
outro s. Faça- os per e c e r por mút u a mat a n ç a ; pois o
prolon g a m e n t o de dias não ser á deles.
(13) "bast a r d o s " (Charl e s, p. 73; Micha el A. Knibb, ed.
and tran s., The Ethiopic Book of Enoch [Oxford:
Clar e n d o n Pres s, 1978], p. 88).
14Eles roga r ã o a ti, mas seus pais não obte r ã o seus
desejos com res p eit o a eles; pois eles espe r a r a m por vida
ete r n a , e que eles possa m viver, cad a um deles,
quinh e n t o s anos.
15A Migu el, igualm e n t e o Senho r disse: Vai e anu n ci a
seus próp rios crim e s a Samyaz a, e aos outros que estão
com ele, os quais têm se associa d o às mulhe r e s par a que
se cont a mi n e m com toda sua impu r e z a . E quan d o todos os
seus filhos fore m morto s, quan d o eles virem a per diç ã o
dos seus bem ama d o s, ama r r a- os por sete n t a ger a ç õ e s
debaixo da terr a , mes m o até o dia do julga m e n t o , e da
consu m a ç ã o , até o julga m e n t o , cujo efeito que dur a par a
sem p r e , seja comple t a d o .
16Ent ã o eles ser ão levado s par a as mais baixas
profun d e z a s do fogo em torm e n t o s ; lá eles ser ão
ence r r a d o s em confina m e n t o par a sem p r e .
11

17Im e di a t a m e n t e depois disso ele, (14) junt a m e n t e com


os outros, queim a r ã o e pere c e r ã o ; eles ser ão ama r r a d o s
até a cons u m a ç ã o de muita s ger a ç õ e s .
(14) Ele. I.e., Samyaz a.
18Des t r ói toda s as alma s viciad a s na luxúria, (15) e a
desc e n d ê n c i a das Sentin el a s , pois eles tira niz a m a
hum a ni d a d e .
(15) "luxúri a" (Knibb, p. 90; cp. Charl e s, p. 76).
19Qu e todo opres s o r pere ç a na face da terr a;
20Qu e toda má obra seja dest r uí d a ;
21A sem e n t e da justiça e da retid ã o apa r e ç a , e o que é
prod u tivo torn e- se uma bênç ã o.
22Justiç a e retid ã o ser ão plant a d o s par a sem p r e com
praz e r .
23E ent ão todos os santos dar ã o graç a s, e viver ão até
ter e m ger a d o milha r e s de filhos, enq u a n t o todo o período
se sua juvent u d e , e seus sáb a d o s , ser ão compl e t a d o s em
paz. Naq u el e s dias toda a ter r a ser á cultiva d a em retid ã o;
ela ser á total m e n t e cultivad a com árvor e s, e ser á cheia de
bendiçõ e s; toda árvor e de delícias será plant a d a nela.
24Vinh a s serã o plant a d a s ; e a vinha que nela ser á
plant a d a prod uzir á frutos par a sacie d a d e ; toda sem e n t e
que nela ser á sem e a d a prod uzir á mil por uma medid a; e
uma medid a de olivas prod uzi r á dez pren s a s de óleo.
25Pu rifica a terr a de toda opres s ã o, de toda injustiç a, de
todo crim e, de toda impied a d e , e de toda impu r e z a que é
come ti d a sobr e ela. Exter m i n a- os da terr a .
26Ent ã o todos os filhos dos hom e n s serã o justos, e todas
as naçõ e s me pag a r ã o divinas honr a s, e Me abe n ç o a r ã o ; e
todos Me ador a r ã o .
27A terr a ser á limpa de toda corr u p ç ã o , de toda puniçã o e
de todo sofrim e n t o; Eu não enviar ei nova m e n t e dilúvio
sobr e ela, de gera ç ã o em ger a ç ã o par a sem p r e .
28N a q u e l e s dias Eu abrir ei tesou r o s de bênç ã o s que estã o
12

nos céus, par a que Eu poss a fazê- las desc e r sobr e a ter r a ,
e sobr e todos os trab al h o s e labor e s do hom e m .
29Paz e eqüid a d e se associa r á aos filhos dos hom e n s
todos os dias do mun d o, em cada uma de suas ger a ç õ e s .

Capít ulo 11 (não tem)

Capít ulo 12

1Antes de todas est a s coisas acont e c e r e m , Enoqu e estev e


escon di d o; e nenh u m dos filhos dos hom e n s sabia onde
ele estav a, onde ele havia esta d o, e o que havia
acont e ci d o.
2Ele estev e total m e n t e eng aj a d o com os santos, e com as
Sentin el a s em seus dias.
3Eu, Enoqu e, fui aben ç o a d o pelo gra n d e Senh o r e Rei da
paz.
4E eis que as Sentin el a s cha m a r a m - me Enoqu e, o escrib a.
5Ent ã o o Senho r disse- me: Enoq u e , escrib a da retid ã o, vai
e dize às Sentin el a s dos céus, os quais dese r t a r a m o alto
céu e seu santo e eter n o est a d o, os quais fora m
cont a mi n a d o s com mulh e r e s .
6E fizera m como os filhos dos hom e n s fazem, toma n d o
par a si espos a s , e os quais têm sido gran d e m e n t e
corro m pi d o s na terr a;
7Que na terr a eles nunc a obte r ã o paz e remiss ã o de
peca d o s. Pois eles não se regozija r ã o em sua
desc e n d ê n c i a; eles verão a mat a n ç a dos seus bem-
ama d o s; lame n t a r ã o a dest r ui ç ã o dos seus filhos e farão
petiçã o par a sem p r e ; mas não obte r ã o mise ricó r di a e paz.

Capít ulo 13

1Ent ã o Enoq u e , pass a n d o ali, disse a Azazyel: Tu não


13

obte r á s paz. Uma gra n d e sent e n ç a há cont r a ti. Ele te


ama r r a r á ;
2Soco r r o, misericó r di a e súplica não est a r ã o contigo por
caus a da opres s ã o que tens ensin a d o;
3E por caus a de todo ato de blasfê mi a, tira ni a e peca d o
que tens desco b e r t o aos filhos dos hom e n s .
4Ent ã o parti n d o dele, falei a eles todos juntos;
5E eles todos ficar a m apavor a d o s , e tre m e r a m ;
6Aben ço a n d o- me por escr ev e r por eles um mem o ri al de
súplica, par a que eles pude s s e m obte r perd ã o; e que eu
fizess e um mem o ri al de suas oraçõ e s asce n d e n d o diant e
do Deus do céu; porq u e eles, por si mes m o s, desd e ent ão
não podia m dirigir- se a Ele, nem levant a r seus olhos aos
céus por caus a da infam e ofens a com a qual eles fora m
julgado s.
7Ent ã o eu escr evi um mem o ri al de suas oraçõ e s e
súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles havia m
feito, e pelo assu n t o de sua solicitaç ã o, par a que eles
obtivess e m remiss ã o e desc a n s o .
8Proc e d e n d o nisso, eu contin u ei sobr e as águ a s de
Danb a d a n , (16) as quais est ão da direit a par a o oest e de
Armon, lendo o me mo ri al de suas oraçõ e s, até que caí
ador m e ci d o.
(16) Danb a d a n . Dan in Dan (Knibb, p. 94).
9E eis que um sonho veio a mim, e visões apa r e c e r a m
acim a de mim. E caí e vi uma visão de castigo s, par a que
eu pude s s e ralat á- la aos filhos dos céus, e repr ov á- los.
Quan d o eu acord ei fui até eles. Todos estav a m reu nido s
chor a n d o em Oubels ey a el, que está situa d a entr e o
Libano e Sen e s e r ,
(17) com suas faces escon di d a s .
(17) Libanos e Sene s e r . Líbano e Senir (próximo a
Dam a s c o).
10E relat ei em sua pres e n ç a toda s as visões que eu havia
14

visto, e meu sonho;


11E com ec ei a pron u n ci a r est a s palavr a s de retid ã o,
rep r ov a n d o as Sentin el a s do céu.

Capít ulo 14

1Est e é o livro das palavr a s de retid ã o, e de rep r ov a ç ã o


das Sentin el a s , os quais pert e n c e m ao mun d o, (18) de
acor do com o que Ele, que é santo e gran d e , orde n o u na
visão. Eu perc e bi em meu sonho que eu est av a ent ão
faland o com a língu a da carn e, e com meu fôlego, que o
Pode r o s o colocou na boca dos hom e n s , par a que eles
pud e s s e m conve r s a r com Ele.
(18) Os quais pert e n c e m ao mun d o. Ou, "os quais (são) da
ete r ni d a d e " (Knibb, p. 95).
2Eu ente n di com o coraç ã o. Assim como Ele havia criado
e dado aos hom e n s o pode r de comp r e e n d e r a palavr a de
ent e n di m e n t o , assim criou, e deu a mim o pode r de
rep r ov a r os Sentin el a s, a ger a ç ã o dos céus. E escr evi sua
petiçã o; e na minh a visão foi-me most r a d o que seu pedido
não lhes será aten di do enqu a n t o o mun d o perd u r a r .
3Julga m e n t o passo u sobr e vós: vosso pedido não vos será
aten di do.
4De agor a em diant e, nunc a asce n d e r e i s ao céu; Ele o
disse que na terr a Ele vos ama r r a r á , tanto tem p o qua n t o o
mun d o existir.
5Mas ante s dest a s coisas tu verá s a dest r ui ç ã o dos vossos
bem- ama d o s filhos; não os poss uir ei s, mas eles cairão
diant e de vós pela espa d a .
6Ne m pedir ei s por eles, nem por vós mes m o s;
7Mas chor a r ei s e suplica r ei s em silêncio. As palavr a s do
livro que eu escr evi.(19)
(19) Mas chor a r e i s… Eu escr evi. Ou, "Assim tam b é m , a
desp eit o de vossas lágrim a s e oraçõ e s, não rece b e r e i s
15

nad a, de tudo o que est á contido nos regist r o s que eu


tenho escrito" (Charl e s, p. 80).
8Um a visão ent ã o me apa r e c e u .
9Eis que naq u el a visão, nuven s e névoa convida r a m - me;
estr el a s agita d a s e brilho de relâ m p a g o s impelir a m- me e
pres sio n a r a m - me adian t e , enqu a n t o ventos na visão
assistir a m meu vôo, acele r a n d o meu prog r e s s o.
10Eles eleva r a m - me no alto ao céu. Eu pross e g u i, até que
cheg u ei próximo dum muro const r uí d o com pedr a s de
crist al. Uma cha m a de fogo vibra n t e (20) rodeo u- o, a qual
come ço u a golpe a r- me com ter ro r .
(20) Cham a de fogo vibra n t e . Liter al m e n t e , "uma língu a
de fogo”.
11N e s t a cha m a de fogo vibra n t e eu entr ei;
12E aproxim ei- me de uma esp a ço s a habit a ç ã o , tam b é m
const r uí d a com ped r a s de crist al. Seus muros tam b é m ,
bem como o pavim e n t o, era m form a d o s com ped r a s de
crist al, e de crist al tam b é m era o piso. Seu telha d o tinh a a
apa r ê n c i a de estr el a s agita d a s e brilhos de relâ m p a g o s ; e
ent r e eles havia m quer u bi n s de fogo num céu
tem p e s t u o s o.
(21) Uma cha m a queim av a ao redo r dos muros; e seu
port al queim av a com fogo. Quan d o eu entr ei nest a
habit a ç ã o, ela era quen t e como fogo e frio como o gelo.
Nen h u m traço de enca n t o ou de vida havia lá. O ter ro r
sobr e p uj o u- me, e um tre m o r de medo apod e r o u- se de
mim.
(21) Num céu tem p e s t u o s o . Liter al m e n t e , "e seu céu era
águ a" (Charle s, p. 81).
13Violen t a m e n t e agita d o e tre m e n d o , eu caí sobr e minh a
face. Na visão eu olhei.
14E ví que lá havia outr a habit a ç ã o mais espa ç o s a que a
prim ei r a , cad a ent r a d a da qual est av a aber t a diant e de
mim, eleva d a no meio da cha m a vibra n t e .
16

15Tão gra n d e m e n t e supe r o u em todos os ponto s, em


glória, em mag nificê n ci a, em mag nit u d e , que é impos sível
desc r e v e r- vos o esple n d o r ou a exten s ã o dela.
16Se u s pisos era m de fogo, acim a havia m relâ m p a g o s e
estr el a s agita d a s , enq u a n t o o telha d o exibia um fogo
arde n t e .
17Eu exami n ei- a aten t a m e n t e e vi que ela contin h a um
trono exalt a d o;
18A apa r ê n ci a do qual era sem el h a n t e à da gea d a ,
enqu a n t o que sua circu nf e r ê n ci a asse m e l h a v a- se à órbita
do sol brilha n t e ; e havia a voz de um que r u bi m .
19De b aixo dess e pode r o s o trono saía m rios de fogo
flam eja n t e .
20Olh a r par a ele foi impos sível.
21Algué m gra n d e em glória asse n t a v a- se sobr e ele,
22Cujo mant o era mais brilha n t e que o sol, e mais bra n c o
que a neve.
23N e n h u m anjo era capaz de pene t r a r par a olhar a Sua
face, o Glorioso e Efulge n t e ; nem podia algu m mort al vê-
Lo. Um fogo flamej a n t e rode av a- O.
24Ta m b é m um fogo de gra n d e exte n s ã o contin u a v a a
eleva r- se diant e dEle; de modo que nen h u m daqu el e s que
est av a m ao redo r dEle era m capaz e s de aproxi m a r- se
dEle, ent r e as miríad e s de miríad e s( 2 2) que estav a m
diant e dEle. Par a Ele sant a cons ult a era des n e c e s s á r i a .
Contu d o, o Santifica d o, que est av a próximo dEle, não
apa r t o u- se dEle nem de noite nem de dia; nem era m eles
tira do s de diant e dEle. Eu tam b é m estav a tão adian t a d o ,
com um véu sobr e minh a face, e trê m ulo.
Então o Senh o r com sua próp ri a boca cha m o u- me,
dizen d o: Aproxim a- se aqui acim a, Enoqu e, à minh a sant a
palavr a.
(22) Miríad e s de miríad e s. Dez mil vezes dez mil (Knibb,
p. 99).
17

25E Ele erg u e u- me, fazen d o aproxim a r- me, mes m o até à


ent r a d a . Meus olhos estav a m dirigidos par a o chão.

Capít ulo 15

1Ent ã o dirigind o- se par a mim, Ele falou e disse: Ouve,


não se ate m o riz e, justo Enoq u e , tu escrib a da retid ã o:
aproxi m a- te par a cá, e ouve a minh a voz. Vai, dize às
Sentin el a s do céu, a que m te enviei par a roga r por eles;
tu deves roga r pelos hom e n s , e não os hom e n s por ti.
2Port a n t o , deves aba n d o n a r o sublim e e santo céu, o qual
per m a n e c e par a sem p r e ; deita s t e s com mulhe r e s ; vos
corro m p e s t e s com as filhas dos hom e n s ; toma s t e s par a ti
espos a s; agist e s igual aos filhos da terr a , e ger a s t e s uma
ímpia desc e n d ê n c i a .( 2 3)
(23) Uma ímpia desc e n d ê n c i a . Liter al m e n t e , "giga n t e s "
(Charle s, p. 82; Knibb, p. 101).
3 Sois espirit u ai s, santo s, e possui do r e s de uma vida que
é eter n a ; vos cont a m i n a s t e s com mulh e r e s , proc ri a s t e s
em sang u e car n al; cobiça s t e s o sang u e de hom e n s; e
fizest e s como aquel e s que são carn e e sang u e fazem.
4Est e s, cont u d o, morr e m e per e c e m .
5Port a n t o , de agor a em diant e Eu dou- vos espos a s, par a
que poss ais coabit a r com elas; par a que
filhos nasç a m delas; e que isto seja negocia d o sobr e a
terr a .
6Mas desd e o princípio fostes feitos espirit u ai s, poss ui n d o
uma vida que é ete r n a , e não sujeito à mort e par a sem p r e .
7Port a n t o , eu não fiz espos a s par a vós, porq u e , sendo
espirit u ai s, vossa habit a ç ã o est á no céu,
8Agor a, os giga n t e s que têm nascido de espírito e de
carn e, ser ã o cha m a d o s sobr e a ter r a de maus espíritos, e
na terr a esta r á a sua habit a ç ã o. Maus espírito s
proc e d e r ã o de sua carn e, porq u e eles fora m criado s de
18

cima; dos santos Sentin el a s foi seu princípio e a sua


prim ei r a fund a ç ã o . Maus espíritos eles ser ã o sobr e a
terr a , e de espírito s da mald a d e eles ser ão cha m a d o s . A
habit a ç ã o dos espíritos do céu ser á no céu, mas sobr e a
terr a est a r á a habit a ç ã o dos espíritos ter r e s t r i ai s, os quais
são nascidos na ter r a .( 2 4)
(24) Note as muit a s implicaçõ e s dos versículo 3- 8 com
res p eit o à prog ê ni e dos maus espíritos.
9Os espíritos dos giga n t e s ser ão sem el h a n t e s às nuven s,
(25) os quais oprim e m , corro m p e m , cae m, cont e n d e m e
confun d e m sobr e a ter r a .
(25) A palavr a gre g a par a "nuve m" aqui, nep h el a s , pode
ocult a r a mais antig a leitur a, Nap h el ei m (Nep hilim).
10Eles caus a r ã o lame n t a ç ã o . Nen h u m a comid a eles
come r ã o ; e ter ã o sede; eles se escon d e r ã o e não (26) se
levant a r ã o cont r a os filhos dos hom e n s , e cont r a as
mulh e r e s ; pois eles virão dur a n t e os dias da mat a n ç a e da
dest r ui ç ã o.
(26) Não. Quas e todos os man u s c ri t o s cont ê m esta
neg a tiva, mas Charle s, Knibb, e outro s acr e dit a m que o
“não” deve ser delet a d o par a que na fras e leia- se
"levan t a r ã o ".

Capít ulo 16

1E qua n t o à mort e dos gigan t e s , onde quer que seus


espírito s se apa r t e m de seus corpo s; que sua carn e, que é
per e cível, esteja sem julga m e n t o .( 2 7) Assim eles
per e c e r ã o , até o dia da gra n d e cons u m a ç ã o do mun d o.
Uma dest r ui ç ã o das Sentin el a s e dos ímpios acont e c e r á .
(27) Que sua carn e… estej a sem julga m e n t o . Ou, "sua
carn e será dest r uí d a ante s do julga m e n t o " (Knibb, p.
102).
2E ent ão às Sentin el a s, aos quais enviei- te par a roga r por
19

eles, os quais no princípio est av a m no céu, 3 Dize : No céu


tens esta d o; coisas secr e t a s , ent r e t a n t o , não têm sido
manifes t a d a s a ti; cont u d o tens conh e ci d o um rep rov áv el
mist é rio.
4E isto tens relat a d o às mulh e r e s na dur ez a do vosso
coraç ã o, e por aquel e mist é rio as mulhe r e s e a
hum a ni d a d e têm multiplica d o males sobr e a ter r a .
5Dize a eles: Nunc a, port a n t o, obte r ei s paz.

Capít ulo 17

1Eles levant a r a m - me a um certo luga r, onde lá havia (28)


a apa r ê n ci a de um fogo ferve n t e; e qua n d o eles se
agr a d a r a m assu mi r a m a sem el h a n ç a de hom e n s .
(28) Onde havia. Ou, "onde eles [os anjos] era m
sem el h a n t e s " (Knibb, p. 103).
2Eles levar a m- me a um alto lugar, a uma mont a n h a , cujo
topo alcan ç a v a o céu.
3E eu vi os rece p t á c u l o s da luz e do trovão nas
extre m i d a d e s do luga r, onde ele era profu n d o. Havia um
arco de fogo, e flech a s em seu vibra r, uma esp a d a de
fogo, e toda espé ci e de relâ m p a g o s .
4Ent ã o eles levar a m- me a um arroio mur m u r a n t e , (29) e a
um fogo no oest e, o qual rece b e u todo pôr- do- sol. Eu vim
a um rio de fogo, o qual fluiu como águ a, e des a g u o u no
gra n d e mar par a o oest e.
(29) A um arroio mur m u r a n t e . Liter al m e n t e , "à águ a da
vida, a qual fala" (Laur e n c e , p. 23).
5Eu vi todo largo rio, até que cheg u ei à gra n d e escu ri d ã o.
Eu fui par a onde toda carn e migr a; e vi as mont a n h a s da
escu ri d ã o as quais constit u e m o inver n o, e o lugar do qual
flui a águ a em cada abis m o.
6 Eu vi tam b é m as bocas de todos os rios no mun d o, e as
bocas das profun d e z a s .
20

Capít ulo 18

1Eu ent ã o exami n ei os rece p t á c u l o s de todos os ventos,


perc e b e n d o que eles cont rib u e m par a ador n a r toda
criaç ã o, e par a pres e r v a r a fund a ç ã o da terr a .
2Eu examin ei a pedr a que apóia os canto s da terr a .
3Tam b é m vi os quat r o ventos, os quais sust ê m a terr a, e o
firma m e n t o do céu.
4E eu vi os ventos ocup a n d o o céu exalta d o,
5Sur gi n d o no meio do céu e da terr a , e constit ui n d o os
pilar e s do céu.
6Eu vi os ventos que gira m no céu, os quais ocasion a m e
det e r m i n a m a órbita do sol e de toda s as estr el a s; e sobr e
a terr a eu vi os ventos que man t ê m as nuven s.
7Eu vi o camin h o dos anjos.
8Pe rc e bi na extr e m i d a d e da terr a o firma m e n t o do céu
acim a dele. Então pass ei par a a direç ã o do sul,
9Ond e queim a m , tanto de dia qua n t o de noite, seis
mont a n h a s form a d a s de glorios a s ped r a s , três em direç ã o
ao leste, e três em direç ã o ao sul.
10Aqu el a s que est ão em direç ã o ao leste era m de ped r a
multicolorid a, uma das quais era de mar g a ri t e , e outr a de
anti mô nio. Aquelas em direç ã o ao sul era m de uma pedr a
verm el h a . A do meio aproxi m av a- se do céu como o trono
de Deus; um trono compo s t o de alab a s t r o , o topo do qual
era de safira. Vi tam b é m um fogo flamej a n t e susp e n s o
sobr e toda s as mont a n h a s .
11E lá eu vi um lugar do outro lado de um exte n s o
territó rio, onde águ a s fora m colet a d a s .
12Ta m b é m vi fonte s ter r e s t r i ai s, profun d a s em colun a s
arde n t e s do céu.
13E nas colun a s do céu eu vi fogos, os quais descia m sem
núm e r o , mas nem no alto, ou no profun d o. Sobr e est a s
21

fontes tam b é m perc e bi um luga r onde não havia nem o


firma m e n t o do céu acim a dele, nem o sólido chão abaixo
dele; nem havia águ a acim a; ou nad a no vento; mas o
luga r era desola d o.
14E lá eu vi sete estr el a s, sem el h a n t e s a gra n d e s
mont a n h a s , e como espíritos suplica n d o- me.
15Ent ã o o anjo disse: Este lugar, até a cons u m a ç ã o do
céu e da terr a , será a prisão das estr el a s , e das host e s do
céu.
16As estr el a s que rolam sobr e fogo são aquel a s que
tra n s g r e d i r a m o man d a m e n t o de Deus ante s que seu
tem p o cheg a s s e ; pois elas não viera m em sua próp ri a
est aç ã o. Port a n t o , Ele ofend e u- se com elas, e ama r r o u- as
até o período da cons u m a ç ã o dos seus crim e s no ano
secr e t o.

Capít ulo 19

1Ent ã o Uriel disse: Eis aqui os anjos que coabit a r a m com


mulh e r e s , escolh e r a m seus líder e s;
2E sendo num e r o s o s em apa r ê n ci a (30) profa n a r a m os
home n s e fizera m com que err a s s e m ; assim eles
sacrifica r a m aos demô nio s como aos deus e s . Pois no
gra n d e dia haver á um julga m e n t o , no qual
eles ser ão julgado s, até que seja m consu m i d o s ; e suas
espos a s tam b é m ser ão julga d a s , as quais levar a m
dese n c a m i n h a d a m e n t e os anjos do céu par a que as
saud a s s e m .
(30) Sendo num e r o s o s em apa r ê n ci a. Ou, "assu mi n d o
muita s form a s" (Knibb, p. 106).
3E eu, Enoqu e, só vi a apa r ê n ci a do fim de toda s as
coisas. Não tendo visto nen h u m hom e m enqu a n t o via as
coisas.
22

Capít ulo 20

1Est e s são os nom e s dos anjos Sentin el a s:


2Uriel, um dos santos anjos, o qual presid e sobr e o clamo r
e o terr o r.
3Rafa el, um dos santo s anjos, o qual presid e sobr e os
espírito s dos hom e n s .
4Rag u el, um dos santos anjos, o qual inflige puniçã o ao
mun d o e às luminá ri a s.
5Migu el, um dos santos anjos, o qual, presidi n d o sobr e a
virtu d e hum a n a , coma n d a as ações.
6Sa r a ki el, um dos santo s anjos, o qual presid e sobr e os
espírito s dos filhos dos hom e n s que tran s g r i d e m .
7Gab ri el, um dos santo s anjos, o qual presid e sobr e Ikisat,
(31) sobr e o par aís o e sobr e o quer u bi m .
(31) Ikisat. As serp e n t e s (Charl e s, p. 92; Knibb, p. 107).

Capít ulo 21

1Ent ã o eu fiz um circuito par a um lugar no qual nad a


est av a comple t o.
2E lá eu não vi nem as tre m e n d a s man uf a t u r a s do um céu
exalta d o, nem de uma terr a est a b el e ci d a , mas um luga r
desola d o, prep a r a d o e terrível.
3Lá tam b é m vi sete estr el a s do céu ama r r a d a s junta s,
sem el h a n t e s a gra n d e s mont a n h a s , e sem el h a n t e ao fogo
ferve n t e . Eu excla m ei: Por que espé ci e de crime elas
fora m ama r r a d a s , e por que fora m removid a s de seu
luga r? Então Uriel, um dos santos anjos que est av a
comigo, e o qual cond uzi a- me, respo n d e u : Enoq u e , por
que per g u n t a s ; por que arr azo a s consigo mes m o, e
ansios a m e n t e indag a s ? Estas são aqu el a s estr el a s que
tra n s g r e d i r a m o man d a m e n t o do altíssim o Deus; e est ão
aqui ama r r a d a s , até que o núm e r o infinito dos dias dos
23

seus crime s estej a compl e t o.


4Dali eu pass ei depois par a um outro luga r ter rível;
5Ond e eu vi a oper a ç ã o de um gran d e fogo flamej a n t e e
res pl a n d e c e n t e , no meio do qual havia uma divisão.
Colun a s de fogo lutan d o junta s par a o fim do abis m o, e
profun d a era sua descid a. Mas sua medid a e mag ni t u d e
eu não fui cap az de desco b ri r, nem pude perc e b e r sua
orige m . Então excla m ei:
Quão terrível é este luga r, e quão difícil explor á- lo!
6Uriel, um dos santos anjos que estav a comigo, res po n d e u
e disse: Enoq u e , por que está s alar m a d o e mar avilh a d o
com este ter rível lugar, à vista dest e lugar de sofrim e n t o ?
Isto, disse ele, é a prisão dos
anjos; e aqui eles ser ã o mantido s par a sem p r e .

Capít ulo 22

1Dali eu me dirigi par a outro lugar, onde vi a oest e uma


gra n d e e eleva d a mont a n h a , uma forte roch a, e quat r o
luga r e s deleitoso s.
2Int e r n a m e n t e ele era profun d o, espa ç o s o e plano: ele era
profun d o e escu r o à vista.
3Ent ã o Rafael, um dos santos anjos que estav a comigo,
res po n d e u e disse: Este s são os luga r e s deleitoso s onde os
espírito s, as almas dos mortos, ser ão reu ni do s; par a eles
ele foi form a d o e aqui ser ã o reu ni d a s todas as almas dos
filhos dos hom e n s .
4Est e s lugar e s , nos quais habit a m , eles ocup a r ã o até o dia
do julga m e n t o , e até seu período escolhido.
5Seu período escolhido ser á longo, mes m o até o gran d e
julga m e n t o . E vi os espíritos dos filhos dos hom e n s que
est ão morto s; e suas vozes rom p e m o céu, enqu a n t o eles
são acus a d o s .
6Ent ã o inquiri de Rafael, o anjo que estav a comigo, e
24

disse: Que espírito é aqu el e, a voz do qual alcan ç a o céu,


e acus a ?
7Ele respo n d e u , dizen d o: Este é o espírito de Abel o qual
foi morto por Caim seu irmão; o qual acus a r á aqu el e
irmão, até que sua sem e n t e seja dest r uí d a da face da
terr a;
8Até que sua sem e n t e desa p a r e ç a da sem e n t e da raça
hum a n a .
9 Naq u el e tem p o port a n t o eu inquiri a resp eit o dele, e a
res p eit o do julga m e n t o ger al, dizen d o: Por que um est á
sepa r a d o ou outro? Ele respo n d e u : Três sepa r a ç õ e s fora m
feitas ent r e os espírito s dos morto s, e assim os espíritos
dos justos fora m sepa r a d o s ,
10No m e a d a m e n t e , por uma fend a na terr a, por águ a, e
por luz acim a dela.
11E da mes m a man ei r a os peca d o r e s são sepa r a d o s
quan d o morr e m , e são sepult a d o s na terr a; julga m e n t o
não os surp r e e n d e r á em seu tem p o de vida.
12Aqui suas alma s estão sep a r a d a s . Além disso,
abu n d a n t e é seu sofrim e n t o até o tem p o do gran d e
julga m e n t o , o castigo, e o torm e n t o daqu el e s que
ete r n a m e n t e execr a r a m , cujas alma s são munid a s e
ama r r a d a s lá par a sem p r e .
13E assim tem sido desd e o princípio do mun d o. Assim,
existe uma sepa r a ç ã o ent r e as almas daqu el e s que
profer e m recla m a ç õ e s , e daqu el e s que vigiam pela sua
dest r ui ç ã o, par a sua mat a n ç a no dia dos peca d o r e s .
14U m rece p t á c u l o dest e tipo foi form a d o par a as almas
dos injusto s, e dos pec a d o r e s ; daq u el e s que come t e r a m
crime, e se associ a r a m aos ímpios, com os quais eles se
ass e m el h a m . Suas almas não ser ã o aniquila d a s naqu el e
dia de julga m e n t o , nem se levant a r ã o dest e lugar. Então
eu bendiss e a Deus,
15E falei: Abenço a d o seja o meu Senho r, o Senho r da
25

glória e da retid ã o, cujo reino ser á par a sem p r e e sem p r e .


Capít ulo 23
1Dali eu fui par a outro lugar, em direç ã o ao oest e, até às
extre m i d a d e s da terr a ,
2Ond e vi um fogo respla n d e c e n t e corr e n d o ao longo sem
cess a r , com um curso não inter mi t e n t e , nem de dia nem
de noite; mas sem p r e o mes m o, contin u a d a m e n t e .
3Eu inda g u ei, diz e n d o: O que é isto, que nunc a cess a ?
4Ent ã o Ragu el, um dos santo s anjos que estav a comigo,
res po n d e u ,
5E disse: Este fogo flamej a n t e que tu vês corr e n d o em
direç ã o ao oest e é aqu el e de toda s as luminá ri a s do céu.
Capít ulo 24
1Eu fui dali par a outro lugar, e vi uma mont a n h a de fogo
que respl a n d e c e tanto de dia quan t o de noite. Fui em
direç ã o a ela e perc e bi sete esplê n di d a s mont a n h a s , as
quais era m difer e n t e s uma s das outr a s.
2Sua s pedr a s era m brilha n t e s e belas; toda s era m
brilha n t e s e esplê n di d a s à vista e formos a era sua
supe rfície. Três mont a n h a s estav a m em direç ã o ao leste,
consolida d a s e fortal eci d a s por est a r e m
coloca d a s uma sobr e a outr a; três est av a m em direç ã o ao
sul, consolida d a s de man ei r a similar. Três era m
igual m e n t e vales profu n d o s , os quais não se acer c a v a m
uma da outr a. A sétim a mont a n h a est av a no meio delas.
Em comp ri m e n t o elas toda s se asse m e l h a v a m ao ass e n t o
de um trono, e árvor e s odorífe r a s rode av a m- nas.
3Ent r e esta s havia uma árvor e de um odor inces s a n t e ;
nem daq u el a s que est av a m no Éden, havia lá algu m a , de
toda s as árvor e s de frag r â n ci a, que cheir av a como est a.
Suas folhas, suas flores, nunc a ficam murc h a s , e seu fruto
era belo.
4Seu fruto asse m el h a v a- se ao cacho da palm ei r a . Eu
excla m ei: Vê! Esta árvor e é vistos a de aspe c t o, agr a d á v el
26

em suas folhas, e o aspe c t o de seus frutos é delicioso à


vista. Então Miguel, um dos santo s anjos que est av a
comigo, e um dos que presid e m sobr e elas, respo n d e u ,
5E disse: Enoqu e, por que inquir e s a resp ei t o do odor
dest a árvor e ?
6 Por que está s inquisitivo par a sabê- lo?
7Ent ã o eu, Enoq u e , respo n di- lhe, e disse: Conce r n e n t e a
tudo eu estou des ejoso de instr u ç ã o , mas par tic ul a r m e n t e
com resp ei to a esta árvor e.
8Ele respo n d e u- me dizen d o: A mont a n h a que tu vês, o
prolon g a m e n t o da qual asse m e l h a- se ao asse n t o do
Senh o r, será o asse n t o no qual se asse n t a r á o Sant o e
gra n d e Senho r da glória, o eter n o Rei, quan d o Ele virá e
desc e r á par a visita r a terr a com bond a d e .
9E aquel a árvor e de agr a d á v el aro m a, não de um odor
carn al; lá ning u é m ter á pode r par a toca- la até o tem po do
gra n d e julga m e n t o . Quan d o todos ser ão punido s e
consu m i d o s par a sem p r e ; isto ser á conferi do sobr e os
justos e humild e s. O fruto da á rvore ser á dado ao eleito.
Pois em direç ã o ao nort e, vida ser á plant a d a no santo
luga r, em direç ã o à habit a ç ã o do eter n o Rei.
10Ent ã o eles se regozijar ã o gra n d e m e n t e e exulta r ã o no
Santo. O doce odor entr a r á em seus ossos; e eles viverã o
uma longa vida na terr a como seus ant e p a s s a d o s ; em seus
dias não have r á trist ez a, angú s ti a, abor r e ci m e n t o e nem
puniç ão os afligirá.
11E eu abe n ç o ei o Senho r da glória, o ete r n o Rei, porq u e
ele pre p a r o u esta árvor e par a os santo s, formo u- a, e
decla ro u que Ele a daria par a eles.
Capít ulo 25
1Dali eu fui par a o meio da ter r a, e vi um feliz e fértil
luga r, o qual contin h a ram o s esp alh a n d o- se
contin u a m e n t e das árvor e s que est av a m plant a d a s nele.
Ali eu vi uma sant a mont a n h a , e debaixo dela a águ a do
27

lado de traz fluía em direç ã o ao sul. Eu vi no orien t e outr a


mont a n h a tão alta qua n t o aqu el a; e entr e elas havia um
profun d o, mas não largo vale.
2Água corria par a a mont a n h a par a o ociden t e dela; e
debaixo dela havia igual m e n t e outr a mont a n h a .
3Lá havia um vale, mas não um vale largo, abaixo; e no
meio deles havia outro profun d o e seco vale em direç ã o
da extr e m i d a d e da árvor e. Todos esse s vales, que era m
profun d o s, mas não oblíquo, consisti a de uma forte roch a,
com a árvor e que estav a plant a d a nela. E eu mar avilh ei-
me com a roch a e o vale, ficand o extr e m a m e n t e surp r e s o .
Capít ulo 26
1Ent ã o eu disse: O que significa esta ter r a abe n ç o a d a , e
toda s esta s altas árvor e s, e o vale amaldiço a d o ent r e elas?
2Ent ã o Uriel, um dos santo s anjos que est av a comigo,
res po n d e u : Este vale é o amaldiço a d o dos amaldiço a d o s
par a sem p r e . Aqui ser ã o reuni do s todos os que
pron u n ci a r a m com suas bocas lingu a g e m impró p ri a
cont r a Deus, e falar a m rud e s coisas da Sua glória. Aqui
eles serã o reu nido s.
Aqui ser á seu territó rio.
3Nos últimos dias um exem plo de julga m e n t o será feito
em retid ã o diant e dos santo s, enq u a n t o aqu el e s que
rece b e r a m misericó r di a, par a sem p r e , todos os dias,
abe n ç o a r ã o a Deus, o ete r n o Deus.
4E no período do julga m e n t o eles abe n ç o a r ã o a Ele por
sua mise ricó r di a, como Ele distrib ui u- a a eles. Então eu
abe n ç o ei a Deus, dirigin do- me a Ele, e fazen d o menç ã o,
como foi recon h e ci d a , Sua gran diosi d a d e .
Capít ulo 27
1Dali eu fui à direç ã o do leste par a o meio da mont a n h a
no dese r t o, do qual som e n t e o nível da supe rfície eu
perc e bi.
2Ele estav a cheio de árvor e s da sem e n t e aludid a; e águ a
28

jorrav a sobr e ela.


3Ali apa r e c e u uma cata r a t a compo s t a de muit a s
cacho ei r a s voltad a s tanto par a o orien t e quan t o par a o
ocide n t e . Sobr e um lado havia árvor e s; sobr e o outro águ a
e orvalho.
Capít ulo 28
1Ent ã o eu fui par a outro luga r do dese r t o; em direç ã o ao
leste daqu el a mont a n h a da qual eu havia me aproxi m a d o.
2Ali eu vi árvor e s escolhid a s , (32) partic ul a r m e n t e
aqu el a s que prod uz e m o cheiro doce opiato, incen s o e
mirr a; e árvor e s difer e n t e s umas das outr a s.
(32) Árvores escolhid a s . Liter al m e n t e "árvor e s de
julga m e n t o" (Laur e n c e , p. 35; Knibb, p. 117).
3E sobr e elas havia a elevaç ã o da mont a n h a ocide n t al, a
não gran d e distâ n ci a.
Capít ulo 29
1IIgu al m e n t e vi outro luga r com vales de águ a que nunc a
par a m ,
2 Onde perc e bi uma agr a d á v el árvor e, a qual em odor
ass e m el h a- se a Zasakino n. (33)
(33) Zasakino n. A árvor e de mastic (Knibb, p. 118).
3Em direç ã o ao vale eu perc e bi o cina m o m o de doce odor.
Sobr e eles avanc ei em direç ã o ao leste.
Capít ulo 30
1Ent ã o vi outr a mont a n h a cont e n d o árvor e s, da qual águ a
fluía como Neke t r o.(3 4) Seus nom e s era m Sarir a, e
Kalbon e b a .( 3 5) E sobr e est a mont a n h a eu vi outr a
mont a n h a , sobr e a qual havia m árvor e s de Alva.(36)
(34) Neke t r o. O néct a r (Knibb, p. 119).
(35) Sarir a, e Kalbon e b a . Styrax e galba nio (Knibb, p.
119).
(36) Alva. Aloé (Knibb, p. 119).
2Est a s árvor e s est av a m cheias como ame n d o e i r a s , e
forte s; e qua n d o elas prod uzia m frutos era m supe rio r e s a
29

toda redo n d e z a .
Capít ulo 31
1Depois dest a s coisas, inspecio n a n d o as entr a d a s do
nort e acim a das mont a n h a s , vi mont a n h a s e
perc e bi sete mont a n h a s reple t a s de puro nar do, árvor e s
odorífe r a s e papiro.
2Dali eu pass ei acim a dos picos daq u el a s mont a n h a s a
algu m a distâ n ci a par a o leste, e fui sobr e o mar da
Eritr éi a.(3 7) E qua n d o eu havia avanç a d o par a longe,
além dele, pass ei ao longo, acim a do anjo Zate el, e
cheg u ei ao jardi m da justiça. Nest e jardi m eu vi outr a s
árvor e s , as quais era m num e r o s a s e gran d e s , e flores ci a m
ali. (37) Mar da Eritr éi a. O Mar Verm el ho.
3Sua frag r â n ci a era agr a d á v el e pode r o s a e sua apa r ê n ci a
era tanto agr a d á v el quan t o eleg a n t e . A árvor e do
conh e ci m e n t o tam b é m estav a ali, do qual se algu é m
come s s e , torn av a- se dota d o de gra n d e sabe d o ri a .
4Ela era sem el h a n t e às espé ci e s da tam a r e i r a , dand o
frutos sem el h a n t e s à uva extr e m a m e n t e fina, e sua
frag r â n c i a este n di a- se a consid e r á v el distâ n ci a. Eu
excla m ei: Que bela é est a árvor e e quão deleit áv el é sua
apa r ê n c i a !
5Ent ã o o santo Rafael, um anjo que est av a comigo,
res po n d e u e disse: Esta é a árvor e do conh e ci m e n t o , da
qual vosso antigo pai e vossa mãe com e r a m , os quais
fora m ante s de ti e que obte n d o conh e ci m e n t o , seus olhos
sendo abe r t o s, e desco b ri n d o que estav a m nus, fora m
expulsos do jardim.
Capít ulo 32
1Dali eu fui na direç ã o das extr e m i d a d e s da terr a, onde vi
gra n d e s feras difer e n t e s uma s das outr a s, e páss a r o s
variado s em suas apa r ê n ci a s e form a s , bem como com
nota s de difer e n t e s sons.
2Pa r a a direit a dest a s feras eu perc e bi as extr e mi d a d e s
30

da terr a , onde os céus cess a m . Os portõ e s do céu estav a m


abe r t o s e vi as estr el a s celesti ais vindo. Eu enu m e r e i- as
enqu a n t o elas proce di a m do
port ã o e escr evi- as toda s, enq u a n t o elas saia m uma por
uma, de acord o com seu núm e r o . Eu escr evi seus nom e s
compl e t a m e n t e , seus tem p o s e esta çõ e s , enqu a n t o o anjo
Uriel, que est av a comigo, most r a v a- as a mim.
3Ele as most r o u toda s a mim, e escr evi uma conta delas.
4Ele tam b é m escr ev e u par a mim seus nom e s, seus
reg ul a m e n t o s , e suas oper a ç õ e s .
Capít ulo 33
1Dali eu avanc ei em direç ã o ao nort e, par a as
extre m i d a d e s da terr a .
2E ali vi a gra n d e e glorios a mar avilh a das extr e mi d a d e s
de toda terr a .
3Vi ali portõ e s celesti ais abe r t o s par a o céu, três dos
quais distint a m e n t e sepa r a d o s . Os ventos do nort e
proc e di a m deles, sopr a n d o frio, gra nizo, gead a, neve,
orvalho e chuva.
4De um dos portõ e s eles sopr av a m suave m e n t e , mas
quan d o eles sopr av a m dos dois outro s portõ e s , ele era
violento e forte. Eles sopr av a m sobr e a terr a forte m e n t e .
Capít ulo 34
1Dali eu fui par a as extr e mi d a d e s do mun do par a o oest e;
2Ali perc e bi três portõ e s abe r t o s , enq u a n t o eu est av a
olha n d o no nort e; os portõ e s e pass a g e n s atr av é s deles
era de igual mag ni t u d e .
Capít ulo 35
1Ent ã o eu segui às extr e m i d a d e s da terr a ao sul, onde vi
três portõ e s abe r t o s par a o sul, do qual provinh a orvalho,
chuva e vento.
2Dali eu fui par a as extr e m i d a d e s do céu orient al, onde vi
três portõ e s celesti ais aber t o s par a o leste, os quais
tinha m portõ e s meno r e s dent r o deles. Através de cada um
31

dess e s portõ e s meno r e s as estr el a s do céu pass av a m , e


pass a r a m par a o oest e por um camin h o que foi visto por
elas, e todo o período de seu apa r e ci m e n t o .
3Qua n d o eu as vi, as abe n ç o ei cada vez que elas
apa r e c e r a m , e aben ç o ei o Senho r da glória que tinh a feito
este s gra n d e s e esplê n di d o s sinais, par a que eles
pud e s s e m most r a r a mag nificê n ci a de suas obra s aos
anjos e às alma s dos hom e n s , e par a que este s pud e s s e m
glorifica r toda s as suas obr a s e oper a ç õ e s , pud e s s e m ver
os efeitos do seu pode r; pude s s e m glorifica r o gran d e
labor de suas mãos e abe n ç o á- lo par a sem p r e .
Capít ulo 36 (não tem)
Capít ulo 37
1A visão que ele viu, a segu n d a visão de sabe d o ri a, que
Enoqu e viu, o filho de Jared, filho de Malale el, o filho de
Cana n, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o
come ço da palavr a de sab e d o ri a, a qual eu rece bi par a
decla r a r e dizer àquel e s que habit a m sobr e a terr a. Ouvi
desd e o princípio, e ente n d e i até o fim, as sant a s coisas
que eu pron u n cio na pres e n ç a do Senh o r dos espíritos.
Aqueles que era m ant e s de nós pens a r a m - nas boas par a
se pron u n ci a r ; 2E nós, que viemos depois, obst r uí m o s o
princípio da sabe d o ri a. Até ao pres e n t e tem p o nunc a
acont e c e u ter sido dado diant e do Senho r dos espíritos o
que eu rece bi, sabe d o ri a de acor do com a capa ci d a d e do
meu intelec t o, e de acor d o com o praze r do Senho r dos
espírito s; o que eu rece bi dele, uma porç ão da vida
ete r n a .
3E eu obtive três par á b ol a s, as quais eu decla r ei aos
habit a n t e s do mun do.
Capít ulo 38
1A prim ei r a par á b ol a. Quan d o a cong r e g a ç ã o dos justos
for manifes t a d a e os peca d o r e s fore m julga do s por seus
crime s, e fore m afligidos à vista do mun d o;
32

2Qua n d o os justos fore m manifes t a d o s (38) na pres e n ç a


dos mes m o s justos, os quais ser ã o eleitos por suas boas
obra s corr e t a m e n t e pesa d a s pelo Senh o r dos espíritos, e
quan d o a luz dos justos e dos eleitos, o quais habit a m na
terr a for manifes t a d a ; onde será a habit a ç ã o dos
peca d o r e s ? E qual ser á o luga r de desc a n s o daqu el e s que
rejeit a r a m o Senh o r dos espíritos? Seria melho r par a eles
se nunc a tivess e m nascido.
(38) Quan d o os justos fore m manifes t a d o s . Ou, "qua n d o o
Justo apa r e c e r " (Knibb, p. 125; cp. Charl e s, p. 112).
3Qua n d o os segr e d o s dos justos tam b é m fore m revela d o s ,
ent ã o os peca d o r e s ser ã o julga do s e os ímpios serã o
afligidos na pres e n ç a dos justos e eleitos.
4Daq u el e tem po, aquel e s que possuí r e m a ter r a deixar ã o
de ser pode r o s o s e exalta d o s. Nem serã o capaz e s de olhar
par a o sem bl a n t e do santo, pois a luz dos sem bl a n t e s dos
santos, dos justos, e dos eleitos, ter á sido visto pelo
Senh o r dos espíritos.(3 9)
(39) Pois a luz… Senho r dos espíritos. Ou, "pois a luz do
Senh o r dos espíritos ter á apa r e ci d o na face dos santo s,
dos juntos, e dos escolhidos" (Knibb, p. 126).
5Ent ã o os reis pode r o s o s daq u el e tem po ser ã o dest r uí d o s,
mas ser ão ent r e g u e s nas mãos dos retos e santo s.
6Desd e ent ão ningu é m obte r á comp aix ão do Senh o r dos
espírito s, porq u e suas vidas nest e mun d o ter á sido
compl e t a d a .
Capít ulo 39
1Naq u e l e s dias a raç a eleita e sant a desc e r á do céu e sua
sem e n t e est a r á com os filhos dos hom e n s .
Enoqu e rece b e u livros de indign a ç ã o e ira, e livros de
pres s a e agitaç ã o.
2Nun c a obte r ã o mise ricó r di a, diz o Senh o r dos espíritos.
3Um a nuve m ent ão me arr e b a t o u , e o vento elevou- me
acim a da supe rfície da terr a , coloca n d o- me na
33

extre m i d a d e dos céus.


4Lá eu vi outr a visão, e vi as habit a ç õ e s e os lugar e s de
desc a n s o dos santo s. Meus olhos vira m suas habit a ç õ e s
com os anjos, e seus lugar e s de desc a n s o com os santo s.
Eles estav a m entr a n d o , suplica n d o e oran d o pelos filhos
dos hom e n s ; enqu a n t o a justiça fluía como a águ a diant e
deles, e a mise ricó r di a se espal h a v a sobr e a terr a como o
orvalho. E assim ser á par a com eles par a sem p r e e
sem p r e .
5Naq u e l e tem p o os meu s olhos vira m a habit a ç ã o do
eleito, da verd a d e , fé e retid ã o.
6Se m cont a ser á o núm e r o dos santos e eleitos na
pres e n ç a de Deus par a sem p r e e sem p r e .
7Sua resid ê n ci a eu vi sob as asas do Senho r dos espíritos.
Todos os santo s e eleitos cant av a m diant e dele, com a
apa r ê n c i a sem el h a n t e à cha m a de fogo; suas bocas
est av a m cheias de bênç ã o s e seus lábios glorificav a m o
nome do Senho r dos Espíritos. E retid ão inces s a n t e m e n t e
habit av a diant e dele.
8Eu quis per m a n e c e r ali, e minh a alma desejou aqu el a
habit a ç ã o. Ali estav a minh a ante c e d e n t e her a n ç a , pois
dest e modo eu prevale ci diant e do Senho r dos espíritos.
9Nes t e mom e n t o eu glorifiqu ei e exaltei o nom e do
Senh o r dos espíritos com louvor e exalta ç ã o, pois Ele o
tem esta b el e ci d o com bênç ã o e com exalta ç ã o, de acor do
com Sua próp ri a boa vont a d e .
10Me u s olhos cont e m pl a r a m aqu el e espa ço s o luga r. Eu o
bendis s e e falei: Abenço a d o seja, aben ç o a d o desd e o
princípio e par a sem p r e . No princípio, ante s que o mun do
fosse criado, e sem fim é seu conh e ci m e n t o .
11Qu al é este mun do ? De toda ger a ç ã o existe n t e , eles
abe n ç o a r ã o aquel e que não dorm e
espirit u al m e n t e , mas per m a n e c e diant e da Tua glória,
abe n ç o a n d o , glorifica n d o, exalta n d o- te, e dizen d o: Santo,
34

santo, o Senh o r dos espíritos ench e u o mun d o todo de


espírito s.
12Ali meu s olhos vira m a todos que, sem dor mi r,
per m a n e c e m diant e dele e aben ç o a m - no dizen d o:
Abenço a d o sejas, e abe n ç o a d o seja o nom e de Deus par a
sem p r e e sem p r e . Então meu sem bl a n t e ficou mud a d o ,
até que fiquei incap a z de contin u a r vendo.
Capít ulo 40
1Depois disto eu vi milha r e s de milha r e s e miría d e s de
miríad e s , e um núm e r o infinito de pesso a s , em pé, diant e
do Senho r dos espíritos.
2Igu al m e n t e , nas quat r o asas do Senh o r dos espíritos, nos
quat r o lados, perc e bi outros, ao lado daq u el e s que
est av a m em pé diant e dele. Seus nom e s tam b é m eu sei
porq u e o anjo que estav a comigo decla r o u- os a mim,
revela n d o- me toda coisa secr e t a .
3Ent ã o ouvi as vozes daqu el e s sobr e os quat r o lados,
mag nifica n d o o Senh o r da glória.
4A prim ei r a voz abe n ç o o u o Senh o r dos espíritos par a
sem p r e e sem p r e .
5A segu n d a voz ouvi abe n ç o a n d o ao Eleito e aos eleitos
que sofre m pela caus a do Senho r dos espíritos.
6A terc ei r a voz eu ouvi pedin d o e oran d o em favor
daq u el e s que habit a m sobr e a terr a, e suplica m no nom e
do Senho r dos espíritos.
7A qua r t a voz eu ouvi expuls a n d o os anjos ímpios, (40) e
proibin do- os de ent r a r e m na pres e n ç a do Senh o r dos
espírito s par a proferi r e m acus a ç õ e s cont r a( 4 1) os
habit a n t e s da terr a.
(40) Anjos ímpios. Liter al m e n t e "os Satã s" (Laur e n c e , p.
45; Knibb, p. 128). Ha- sata n em Hebr e u ("o adve r s á r i o")
foi original m e n t e o título de um ofício, não o nom e de um
anjo.
(41) Proferir acus a ç õ e s cont r a . Ou, "par a acus a r"
35

(Charle s, p. 119) .
8Depois disso eu pedi ao anjo da paz, que pross e g ui a
comigo, par a explica r tudo o que est av a escon di d o. Eu
disse- lhe: Que m são aquel e s que eu havia visto nos quat r o
lados e que palavr a s era m aquel a s que eu havia ouvido e
escrito? Ele respo n d e u : O prim ei r o é o miserico r di o s o, o
pacie n t e , o santo Miguel.
9O segu n d o é aquel e que presid e sobr e todo sofrim e n t o e
toda aflição dos filhos dos hom e n s , o santo Rafael. O
terc ei r o, o qual presid e sobr e tudo o que é pode r o s o é
Gabriel. E o qua r t o, o qual presid e sobr e o
arr e p e n d i m e n t o e a espe r a n ç a daqu el e s que her d a r ã o a
vida ete r n a , é Fanu el. Estes são os quat r o anjos do
Altíssimo Deus e suas quat r o vozes, as quais naq u el e
mom e n t o eu ouvi.
Capít ulo 41
1Depois disso eu vi os segr e d o s do céu e do par aíso, de
acor do com suas divisões, e das ações hum a n a s enq u a n t o
eles pesav a m- nas em balan ç a s . Vi as habit a ç õ e s dos
eleitos e as habit a ç õ e s dos santo s. E ali meus olhos vira m
todos os peca d o r e s que havia m nega d o o Senho r da glória
e como eles fora m expelidos dali, e arr a s t a d o s par a fora,
como eles estive r a m ali; nenh u m a puniç ã o proce d e u
cont r a eles vinda do Senho r dos espírito s.
2Ali tam b é m meu s olhos viram os segr e d o s do raio e do
trovão e os segr e d o s dos ventos, como eles são
distrib uí d o s qua n d o eles sopr a m sobr e a terr a: os
segr e d o s dos ventos, do orvalho, e das nuve n s.
Ali eu vi o luga r de onde eles sae m e torn a m- se satu r a d o s
com o pó da terr a .
3Ali eu vi os rece p t á c u l o s de mad ei r a nos quais os ventos
são sepa r a d o s , o rec e p t á c u l o do granizo, o rece p t á c u l o da
neve, o rece p t á c u l o das nuve n s, e a próp ri a nuve m, a qual
contin u a v a sobr e a terr a ante s da criaç ã o do mun d o.
36

4Eu vi tam b é m os rece p t á c u l o s da lua, de onde elas vêm,


par a onde elas vão, seus gloriosos retor n o s e como uma
se torn a mais esplê n di d a do que a outr a. Eu mar q u e i seu
rico prog r e s s o , seu imut áv el prog r e s s o , sua divisão e não
diminuído prog r e s s o; sua obse rv â n ci a de uma fidelida d e
mút u a por um jura m e n t o estáv el; seu proc e di m e n t o
diant e do sol e sua ade r ê n c i a ao camin h o que lhes foi
distrib uí d o , (42) em obediê n ci a ao coma n d o do Senho r
dos espíritos. Pote n t e é seu nom e par a sem p r e e sem p r e .
(42) Seu proce di m e n t o ... camin h o distrib uí do . Ou, "o sol
vai prim ei r o e compl e t a sua jorna d a " (Knibb, p. 129; cp.
Charl e s, p. 122).
5Depois eu vi que o camin h o da lua, tanto oculto quan t o
manifes t o; e tam b é m o prog r e s s o dess a trajet ó ri a fora m
compl e t a d o s dia a dia, e à noite; enq u a n t o cada uma,
junto com a outr a, olhou par a o Senho r dos espíritos,
mag nifica n d o- O e exalt a n d o- O sem cess a r , já que exalt á-
lO, par a eles, é repo u s o; pois no esplê n di d o sol há uma
freq ü e n t e alter a ç ã o par a bênç ã o e par a maldiç ã o.
6O curso do camin h o da lua par a com os retos é luz, mas
par a os peca d o r e s é escu ri d ã o; no nom e do Senho r dos
espírito s, o qual criou uma divisão entr e luz e escu rid ã o, e
sepa r a n d o os espíritos dos hom e n s , fortal ec e n d o os
espírito s dos justos em nom e de sua próp ri a retid ã o.
7O anjo não previn e isto, nem é ele dota d o de pode r par a
preve ni- lo, pois o Juiz vê a todos, e julgaos a todos na
próp ri a pres e n ç a deles.
Capít ulo 42
1A sabe d o r i a não encon t r o u um luga r na terr a onde
pud e s s e habit a r; sua habit a ç ã o , port a n t o est á no céu.
2A sabe d o r i a saiu par a habit a r entr e os filhos dos
home n s , mas ela não obteve habit a ç ã o. A sabe d o ri a
reto r n o u ao seu lugar e asse n t o u- se no meio dos anjos.
Mas a iniqüid a d e saiu depois do seu reto r n o, a qual de má
37

vonta d e encon t r o u uma habit a ç ã o e residiu ent r e eles


como chuva no dese r t o, e como o orvalho na terr a seca.
Capít ulo 43
1Eu vi outro esple n d o r , e as estr el a s do céu. Eu obse rv ei
que ele cha m o u- as todas por seus resp e c tivos nom e s, e
que elas ouvira m . Vi que ele peso u- as num a justa balanç a
por sua luz e amplitu d e de seus luga r e s , o dia de seu
apa r e ci m e n t o , e suas conve r s õ e s . Esple n d o r prod uziu
esple n d o r ; e sua conve r s ã o foi o núm e r o dos anjos, e dos
fiéis.
2Ent ã o eu per g u n t e i ao anjo, que pross e g u i a comigo, e
ele explicou- me coisas secr e t a s , e quais era m seus nom e s .
Ele respo n d e u : O Senh o r dos espíritos most r o u a ti uma
similarid a d e disto. Eles são nom e s dos justos que
habit a r a m na terr a , os quais acre dit a m no nom e do
Senh o r dos espíritos par a sem p r e e sem p r e .
Capít ulo 44
1Out r a coisa tam b é m vi com resp ei t o ao esple n d o r ; que
ele sobe por caus a das estr el a s e torn a- se esple n d o r ,
sendo incap a z de aba n d o n á- las.
Capít ulo 45
1A segu n d a par á b ol a, a resp eit o daqu el e s que neg a m o
nome da habit a ç ã o dos santo s e do Senho r dos espíritos.
2Aos céus eles não asce n d e r ã o nem virão sobr e a terr a .
Esta ser á a porç ã o dos peca d o r e s que neg a m o nom e do
Senh o r dos espíritos e que est ão assim res e rv a d o s par a o
dia da puniçã o e da aflição.
3Naq u e l e dia o Eleito se asse n t a r á sobr e um trono de
glória e escolh e r á suas condiçõ e s e suas incont áv ei s
habit a ç õ e s , enq u a n t o seus espíritos neles ser ã o
fortaleci do s quan d o eles vire m meu Eleito, pois esse s
fugira m por prot e ç ã o par a meu santo e glorioso nom e.
4Naq u e l e dia eu farei com que meu Eleito habit e no meio
deles; mud a r ei a face do céu; o aben ç o a r e i e o ilumin a r ei
38

par a sem p r e .
5Eu tam b é m mud a r e i a face da terr a , a aben ç o a r e i; e
farei com que aquel e s a que m elegi habit e m sobr e ela.
Mas aqu el e s que com e t e r a m peca d o e iniqüid a d e não
habit a r ã o nela, pois Eu mar q u e i seus proc e di m e n t o s .
Meus justos Eu satisfa r ei com paz, coloca n d o- os diant e de
Mim; mas a cond e n a ç ã o dos pec a d o r e s se aproxim a r á ,
par a que Eu poss a dest r uí- los da face da terr a.
Capít ulo 46
1Ali eu vi o Ancião de dias, cuja cabeç a era igual à bran c a
lã, e com ele outro, cujo sem bl a n t e
ass e m el h a v a- se àqu el e do hom e m . Seu sem bl a n t e era
cheio de graç a, igual àqu el e dos santos anjos.
Então eu inquiri dos anjos que estav a m comigo, e que me
most r a v a m toda coisa secr e t a conc e r n e n t e a este Filho do
home m , o qual foi; de onde Ele era e porq u e Ele
acom p a n h o u o Ancião de dias.
2Ele respo n d e u- me e disse: Este é o Filho do hom e m , ao
qual a justiça pert e n c e , com o qual a
retid ã o tem habit a d o e o qual revelou todos os tesou r o s
do que é escon di do: pois o Senho r dos espíritos o tem
escolhido e sua porç ã o tem excedido a tudo diant e do
Senh o r dos espíritos em eter n a asce n s ã o .
3Est e Filho do hom e m , que tu vês, levant a r á reis e
pode r o s o s de seus luga r e s de habita ç ã o , e os pode r o s o s
de seus trono s; soltar á as réd e a s do pode r o s o, e que b r a r á
em ped a ç o s os dent e s dos peca d o r e s .
4Ele lança r á reis dos seus tronos e de seus domínios
porq u e eles não O exalta r ã o , O louvar ã o, nem se
humilh a m diant e dEle, pelo Qual seus reinos lhes fora m
dados. Igual m e n t e o sem bl a n t e do pode r o s o Ele lança r á
abaixo, ench e n d o- os de confus ã o. Escu r a ser á sua
habit a ç ã o e verm e s serã o sua cam a; dest e seu leito eles
não espe r a m levant a r- se nova m e n t e porq u e eles não
39

exalta m o nom e do Senho r dos espírito s.


5Eles cond e n a r ã o as estr el a s do céu, eleva r ã o suas mãos
cont r a o Altíssimo, camin h a m e habit a m sobr e a terr a,
exibindo todos os seus atos de iniqüid a d e , mes m o suas
obra s de iniqüid a d e . Sua força est a r á em suas riqu ez a s e
sua fé nos bens que têm form a d o com suas próp ri a s mãos.
Eles neg a r ã o o nom e do Senh o r dos espíritos e o
expuls a r ã o de seus tem plos, nos quais eles se reú n e m ;
6E com Ele o fiel, (43) o qual sofre em nom e do Senh o r
dos espíritos.
(43) O expulça r ã o… o fiel. Ou, "expuls a r ã o das caus a s de
sua cong r e g a ç ã o e do fiel" (Knibb, p. 132; cp. Charle s, p.
131).
1Naq u e l e dia a oraç ã o dos santos e dos justos e o sang u e
dos ínteg r o s asce n d e r á da terr a até a pres e n ç a do Senho r
dos espíritos.
2Naq u e l e dia os santos se reuni r ã o, os quais habit a m nos
céus, e com vozes unida s de petição, suplica, oraç ã o,
louvor e bênç ã o ao nom e do Senho r dos espírito s, por
cont a do sang u e dos justos que tem sido der r a m a d o , par a
que a oraç ã o dos justos não seja desco n ti n u a d a diant e do
Senh o r dos
espírito s, par a que por eles se execu t e julga m e n t o ; e par a
que sua paciê n ci a poss a per d u r a r par a sem p r e .( 4 4)
(44) Para que sua paciê n ci a… per d u r e par a sem p r e . Ou,
"(par a que) sua paciê n ci a poss a não ter que dur a r par a
sem p r e " (Knibb, p. 133).
3Naq u e l e tem po eu vi o Ancião de dias enq u a n t o ele se
ass e n t a v a sobr e o trono da sua glória, enq u a n t o o livro
dos vivos foi abe r t o na sua pres e n ç a e enqu a n t o todos os
pode r e s que estão acima dos céus per m a n e c e m ao redo r e
diant e dele.
4Ent ã o os coraçõ e s dos santo s estav a m cheios de alegri a,
por caus a da cons u m a ç ã o da justiça que havia cheg a d o , a
40

súplica dos santo s foi ouvida e o sang u e dos justos


apr e ci a d o pelo Senh o r dos espíritos.
Capít ulo 48
1Naq u e l e lugar eu vi uma fonte de retid ã o, a qual nunc a
falha, envolt a em muit a s fontes de sabe d o ri a. Delas todos
os sede n t o s bebe r a m e fora m cheios de sabe d o ri a tendo
sua habit a ç ã o com os retos, eleitos e santo s.
2Naq u e l a hora o Filho do hom e m foi invoca d o diant e do
Senh o r dos espíritos e seu nom e na pres e n ç a do Ancião
de dias.
3Antes que o sol e os sinais fosse m criado s, ant e s que as
estr el a s do céu tivess e m sido form a d a s , seu nom e era
invoca d o na pres e n ç a do Senho r dos espírito. Ele ser á um
apoio par a os justos e santos se encos t a r e m , sem falhar; e
ele ser á a luz das naçõe s.
4Ele ser á a espe r a n ç a daqu el e s cujos coraçõ e s est ão
tem e r o s o s. Todos os que habit a m na terr a cair ão diant e
dEle; O abe n ç o a r ã o e glorifica r ã o, e cant a r ã o oraçõ e s ao
nome do Senho r dos espírito s.
5Port a n t o o Eleito e Escon di d o subsisti u em sua pres e n ç a ,
ante s que o mun d o fosse form a d o, e par a sem p r e .
6Na Sua pres e n ç a E le existiu, e revelou aos santos e aos
justos a sabe d o ri a do Senho r dos espírito s;
pois Ele pres e r v o u o lugar dos retos, porq u e eles irar a m e
rejeit a r a m este mun do de iniqüid a d e , e det e s t a r a m toda s
as suas obra s e camin h o s , no nom e do Senho r dos
espírito s.
7Pois em seu nom e eles ser ão pres e r v a d o s e sua ser á a
vida. Naq u el e s dias os reis da terr a e os hom e n s
pode r o s o s , os quais gan h a r a m o mun d o por suas
realizaçõ e s , se torn a r ã o humilde s em seus sem bl a n t e s .
8Pois no dia de sua ansied a d e e ang ú s ti a, suas almas não
ser ã o salvas, e eles est a r ã o em sujeição daqu el e a que m
eu escolhi.
41

9Eu os lança r ei como a palha ao fogo e como chu m b o, na


águ a. Assim eles queim a r ã o na pres e n ç a dos justos e
afund a r ã o na pres e n ç a dos santos; nem a décim a part e
deles ser á enco n t r a d a .
10M a s no dia da tribula ç ã o o mun d o ganh a r á
tra n q üilid a d e .
11E m sua pres e n ç a eles falha r ã o e não serã o levant a d o s
nova m e n t e ; nem haver á algué m par a tomá- los por suas
mãos e levant á- los; pois eles neg a r a m o Senho r dos
espírito s e seu Messias. O nom e do Senho r ser á
abe n ç o a d o .
Capít ulo 48A
(45)
(45) Dois capítulos cons e c u t ivos são enu m e r a d o s "48"
1Sa b e d o ri a vert e u como águ a e glória não falta diant e
dEle par a sem p r e e sem p r e , pois pote n t e é Ele em todos
os segr e d o s de retid ã o.
2Mas a iniqüid a d e pass a como uma somb r a e não poss ui
uma est aç ã o fixa, pois o Eleito per m a n e c e
diant e do Senho r dos espíritos e Sua glória é par a sem p r e
e sem p r e , e Seu pode r de ger a ç ã o em ger a ç ã o .
3Com Ele habita m os espíritos da sabe d o ri a intelec t u al, o
espírito da instr u ç ã o e do pode r e o espíritos dos que
dorm e m em retid ã o; Ele julga r á coisas secr e t a s .
4Ning u é m ser á capaz de pron u n ci a r uma única palavr a
diant e dEle, pois o Eleito está na pres e n ç a do Senh o r dos
espírito s de acor d o com Seu próp rio praze r.
Capít ulo 49
1Naq u e l e s dias os santo s e os escolhido s sofre r ã o uma
mud a n ç a . A luz do dia desc a n s a r á sobr e eles e o
esple n d o r e a glória dos santo s ser á tran sfo r m a d a .
2Naq u e l e dia de tribul aç ã o o mal ser á amon t o a d o sobr e
os peca d o r e s , mas os justos triunfa r ã o no nom e do Senho r
dos espíritos.
42

3Out r o s ser ã o levado s a ver que deve m arr e p e n d e r- se e


desistir das obra s das suas mãos, e que a glória não os
espe r a na pres e n ç a do Senho r dos espíritos já que por
Seu nom e eles pode m ser salvos. O Senho r dos espíritos
ter á comp aixã o deles, pois gra n d e é a Sua mise ricó r di a e
a justiça está em Seu julga m e n t o; na pres e n ç a de Sua
glória, em seu julga m e n t o a iniqüid a d e não per m a n e c e r á .
Aquele que não se arr e p e n d e em per e c e r á Sua pres e n ç a .
4Daq ui em diant e Eu não ter ei mise ricó r di a deles, diz o
Senh o r dos espíritos.
Capít ulo 50
1Naq u e l e s dias a terr a entr e g a r á de seu vent r e e o
infer n o entr e g a r á de si aqu el e s a que m rece b e u , e a
dest r ui ç ã o rest a u r a r á àqu el e s a que m ela deve.
2Ele selecion a r á os justos e santo s de entr e eles, pois o
dia de sua salvaç ã o se tem aproxi m a d o.
3E naqu el e s dias o Eleito se asse n t a r á sobr e seu trono,
enqu a n t o todo segr e d o de sabe d o ri a intelec t u al proc e d e r á
da sua boca, pois o Senh o r dos espíritos lhe conce d e u e
glorificou.
4Naq u e l e s dias as mont a n h a s salta r ã o como as rãs e os
mont e s pular ã o como jovens ovelha s (46)
saciad a s com leite; e todos os justos se torn a r ã o iguais
aos anjos nos céu.
(46) Cp. Salmos 114:4
5Seu sem bl a n t e se ilumin a r á de alegri a, pois naq u el e s
dias o Eleito ser á exalta d o. A ter r a se regozijar á; os justos
habit a r ã o nela e a possui r ã o.
Capít ulo 51
1Depois dess e tem po, no luga r onde eu havia visto toda
visão secr e t a , fui arr e b a t a d o em um red e m oi n h o de vento
e tran s p o r t a d o par a o oest e.
2Lá meu s olhos viram os segr e d o s do céu e tudo o que
existe na terr a; uma mont a n h a de fogo, uma mont a n h a de
43

cobr e, uma mont a n h a de prat a, uma mont a n h a de ouro,


uma mont a n h a de met al fundido, e uma mont a n h a de
chu m b o.
3E eu per g u n t e i ao anjo que foi comigo, dizen d o: O que
são esta s coisas, que em segr e g o eu vi?
4Ele disse: Todas as coisas que tu viste ser ão par a o
domínio do Messia s, par a que ele possa com a n d a r e ser
pode r o s o sobr e a terr a .
5E aquel e anjo de paz res po n d e u- me dizen d o: Espe r a um
pouco de tem po e ente n d e r á s , e cada coisa secr e t a te será
revela d a , o que o Senho r dos espíritos tem decr e t a d o .
Aquelas mont a n h a s que tu viste, a mont a n h a de ferro, a
mont a n h a de cobr e, a mont a n h a de prat a, a mont a n h a de
ouro, a mont a n h a de met al fluido e a mont a n h a de
chu m b o, toda s esta s na pres e n ç a do Eleito serã o como o
favo de mel diant e do fogo, e como a águ a desc e n d o de
cima sobr e esta s mont a n h a s , e se torn a r ã o debilita d a s
diant e de seus pés.
6Naq u e l e s dias os hom e n s não ser ão salvos por ouro e por
prat a.
7Ne m eles o ter ão em seu pode r par a asse g u r a r - se, e
voar.
8Lá não haver á nem ferro, nem casa c o de malh a par a o
peito.
9Cobr e ser á unútil; inútil tam b é m ser á o que não
enfer r uj a nem se conso m e ; e levar não ser á desej a d o.
10Tod a s est as coisas ser ão rejeit a d a s , e per e c e m na ter r a ,
quan d o o Eleito apa r e c e r na pres e n ç a do Senho r dos
espírito s.
Capít ulo 52
1Ali meus olhos vira m um profu n d o vale, e larg a era sua
ent r a d a .
2Todos os que habit a m na terr a, no mar, e nas ilhas,
tra r ã o par a ele dons, pres e n t e s e ofere n d a s ; cont u d o
44

aqu el e profun d o vale não se ench e r á . Suas mãos


come t e r ã o iniqüid a d e . Tudo qua n t o eles prod uzi r e m por
labor ser á devor a d o pelos peca d o r e s por crime. Mas eles
per e c e r ã o de diant e da face do Senho r dos espíritos e da
face de sua ter r a . Eles se levant a r ã o , e não falha r ã o par a
sem p r e .
3Eu vi anjos de puniçã o, os quais est av a m habit a n d o ali, e
pre p a r a n d o todos os instr u m e n t o s de Sat a n.
4Ent ã o perg u n t e i ao anjo da paz que contin u av a comigo,
par a que m aquel e s instr u m e n t o s era m pre p a r a d o s .
5Ele disse: Estes são pre p a r a d o s par a os reis e pode r o s o s
da terr a, par a que assim eles per e ç a m .
6Depois que os justos e a casa escolhid a de sua
cong r e g a ç ã o apa r e c e r ã o , e desd e ent ão ser ão imut áv ei s
no nom e do Senho r dos espíritos.
7Ne m aquel a s mont a n h a s existir ão na sua pres e n ç a como
a terr a e os mont e s , como as fontes de águ a existe m . E os
justos ser ã o aliviado s da vexaç ã o dos peca d o r e s .
Capít ulo 53
1Ent ã o eu olhei e me virei par a outr a par t e da ter r a , onde
vi um profun d o vale de fogo arde n t e .
2Pa r a esse vale, eles levar a m os mona r c a s e os pode r o s o s .
3Ali meus olhos vira m os instr u m e n t o s que eles fizera m ,
corr e n t e s de ferro sem peso.(47)
(47) Sem peso. Ou, "de imens u r á v el peso" (Knibb, p. 138).
4Ent ã o eu per g u n t e i ao anjo da paz que est av a comigo,
dizen d o: Para que m essa s corr e n t e s são pre p a r a d a s ?
5Ele respo n d e u : Estas são prep a r a d a s par a as host e s de
Azazeel, par a que eles sejam ent r e g u e s e julgado s a uma
meno r cond e n a ç ã o , e par a que seus anjos seja m
subjug a d o s com ped r a s arr e m e s s a d a s , como o Senho r dos
espírito s orde n o u .
6Migu el e Gabriel, Rafael e Fan u el serã o fortale ci do s
naq u el e dia, e ent ão os lanç a r ã o num a fornalh a de fogo
45

arde n t e par a que o Senho r dos espíritos poss a ser


vinga d o pelos crim e s que eles come t e r a m ; porq u e eles se
torn a r a m minist r o de Sat a n, e seduzir a m aquel e s que
habit a m sobr e a terr a.
7Naq u e l e s dias puniç ão virá do Senho r dos espíritos, e os
rece p t á c u l o s de águ a que est ão acim a nos
céus serã o abe r t o s, e igualm e n t e as fontes que estão sob
a terr a .
8Toda s as águ a s, que est ão nos céus e abaixo deles, ser ã o
reu ni d a s e se mistu r a r ã o .
9A águ a que est á acim a no céu ser á o age n t e; (48)
(48) Agent e. Liter al m e n t e , "mach o" (Laur e n c e , p. 61).
10E a águ a que est á sob a terr a ser á o recipie n t e , (49) e
todos os que habit a m sobr e a terr a serã o dest r uí d o s e os
que habit a m sob as extre mi d a d e s do céu.
(49) Recipie n t e . Liter al m e n t e , "fême a" (Laur e n c e , p. 61).
11Por esses meios eles ente n d e r ã o a iniqüid a d e que
come t e r a m na ter r a , e por esses meios per e c e r ã o .
Capít ulo 54
1Depois disso o Ancião de dias arr e p e n d e u - se, e disse: Em
vão eu dest r uí todos os habit a n t e s da ter r a .
2E ele jurou por seu gra n d e nom e, dizen d o : De agor a em
diant e eu não agirei mais assim par a com todos aqu el e s
que habit a m sobr e a terr a.
3Mas eu coloca r ei um sinal nos céus; (50) e ele será uma
fiel test e m u n h a entr e mim e eles par a sem p r e , tantos
quan t o s os dias do céu dur a r e m sobr e a terr a.
(50) Cp. Gen. 9:13, "Eu coloca r ei meu arco na nuve m, e
ele ser á um sinal do convê nio entr e mim e a terr a".
4Depois disso, de acor d o com esse meu decr e t o, quan d o
eu estive r dispos t o a pren d e- los ante ci p a d a m e n t e , pela
instr u m e n t a li d a d e dos anjos, no dia da aflição e da
pert u r b a ç ã o , minh a ira e minh a puniç ão per m a n e c e r á
sobr e eles, minh a puniçã o e minh a ira, diz Deus, o Senho r
46

dos espíritos.
5Ó vós reis, ó vós pode r o s o s, que habit a m o mun d o, vereis
meu Eleito, asse n t a d o sobr e o trono da minh a glória. E
Ele julgar á Azazeel, todos seus associ a d o s, em nom e do
Senh o r dos espíritos.
6Ali igualm e n t e eu vi as host e s dos anjos que est av a m se
moven d o em puniç ão, confina d a s num a red e de ferro e
bronz e. Então eu per g u n t e i ao anjo da paz, que estav a
comigo: Par a que m este s sob confina m e n t o est ão indo.
7Ele disse: Par a todos os seus eleitos e seus ama d o s , (51)
par a que eles poss a m ser lança d o s nas fontes e profun d a s
fenda s do abism o.
(51) Par a cada um dos… seus ama d o s. Ou, "Par a cada um
de seus escolhidos e par a os seus ama d o s" (Knibb, p.
139).
8E aquel e vale será cheio com seus eleitos e ama d o s; os
dias cuja vida serã o cons u m a d o s , mas os dias de seus
erros ser ão inum e r á v ei s.
9Ent ã o príncip e s (52) se combin a r ã o e juntos cons pi r a r ã o .
Os chefes do leste, entr e os Partos e Medos, remov e r ã o
reis, nos quais um espírito de pert u r b a ç ã o entr a r á . Ele os
lança r á de seus trono s, salta n d o como leões de seus
escon d e r ijos, e como lobos faminto s no meio do reb a n h o .
(52) Príncip e s. Ou, "anjos" (Charle s, p. 149; Knibb, p.
140).
10Eles subir ã o e pisar ã o na terr a de seus eleitos. A terr a
de seus eleitos est a r á diant e deles. A eira, a send a e a
cidad e do meu povo justo impe r a r á o prog r e s s o de seus
cavalos. Eles se levant a r ã o par a dest r ui r uns aos outros;
sua mão direit a se este n d e r á ; o hom e m não conh e c e r á seu
amigo ou seu irmão;
11N e m o filho de seu pai ou de sua mãe; até que o
núm e r o dos corpos de seus mortos sejam comple t a d o s ,
pela sua mort e e puniç ão. Nem isto acont e c e r á sem
47

caus a.
12N a q u e l e s dias a boca do infern o será abe r t a , na qual
eles serã o imers o s; o infer no dest r ui r á e tra g a r á os
pega d o r e s da face dos eleitos.
Capít ulo 55
1Depois disto eu vi outro exército de carr u a g e n s com
home n s dirigind o- as.
2E eles viera m sobr e o vento do leste, desd e o oest e, e do
sul.(53)
(53) Desde o sul. Liter al m e n t e "do meio do dia".
(Laur e n c e , p. 63).
3O som do bar ul ho de suas carr u a g e n s foi ouvido.
4E qua n d o aqu el a agita ç ã o acont e c e u os santo s fora do
céu perc e b e r a m - na; o pilar da ter r a abalou- se desd e a sua
fund a ç ã o e o som foi ouvido desd e as extr e m i d a d e s da
terr a até as extr e m i d a d e s do céu ao mes m o tem p o.
5Ent ã o eles caíra m e ador a r a m o Senh o r dos espíritos.
6Est e é o fim da segu n d a par á b ol a.
Capít ulo 56
1Ent ã o eu com ec ei a proferi r a terc ei r a par á b ol a,
conce r n e n t e aos santo s e aos eleitos.
2Aben ço a d o s sois vós, ó santos e eleitos, pois glorioso é o
vosso luga r.
3Os santo s existir ão na luz do sol e os eleitos na luz da
vida ete r n a , cujos dias de vida nunc a ter mi n a r ã o nem os
dias dos santo s ser ão enu m e r a d o s , os quais procu r a m
pela luz e obtê m retid ã o com o Senh o r dos espíritos.
4Paz seja aos santo s com o Senh o r do mun d o.
5Daq ui em diant e aos santo s seja dito que procu r e m nos
céu os segr e d o s da retid ã o, a porç ã o da fé; sem el h a n t e ao
sol nascido sobr e a terr a, enqu a n t o a escu ri d ã o se vai. Ali
haver á luz inter mi n á v el; eles não ent r a r ã o em cont a g e m
de tem po, pois a escu ri d ã o ser á previa m e n t e dest r uí d a e a
luz aum e n t a r á diant e do Senho r dos espíritos; diant e do
48

Senh o r dos espíritos a luz da honr a d e z aum e n t a r á par a


sem p r e .
Capít ulo 57
1Naq u e l e s dias meu s olhos vira m os segr e d o s dos
relâ m p a g o s e seu esple n d o r , e o julga m e n t o a eles
pert e n c e n t e .
2Eles ilumin a m por bênç ã o e por maldiçã o, de acor d o com
a vonta d e do Senho r dos espírito s.
3Ali eu vi os segr e d o s do trovão quan d o ele agita- se acim a
no céu e seu som é ouvido.
4As habit a ç õ e s da terr a tam b é m fora m most r a d a s a mim.
O som do trovão é par a paz e par a bênç ã o, tanto par a o
bem qua n t o par a maldiç ão, de acor d o com a palavr a do
Senh o r dos espíritos.
5Depois disso, todo segr e d o dos esple n d o r e s e dos
trovõe s fora m vistos por mim. Par a bênç ã o e par a
fertilida d e eles ilumin a m .
Capít ulo 58
1No qüinq u a g é s i m o ano, no sétimo mês, no décimo
qua r t o dia da vida de Enoq u e , naqu el a par á b ol a eu vi o
céu dos céus tre m e r , que ele tre m e u violent a m e n t e e que
os pode r e s do Altíssimo e dos anjos, milha r e s de milha r e s ,
e miría d e s de miría d e s , ficar a m agita d o s com gra n d e
agita ç ã o. E qua n d o eu olhei o Ancião de dias est av a
ass e n t a d o no trono de sua glória enq u a n t o os anjos e
santos est av a m em pé ao redo r dele. Um gra n d e tre m o r
veio sobr e mim. Meus lombos fora m curva d o s e soltos,
meu s rins fora m dissolvidos; e eu cai sobr e minh a face. O
santo Miguel, outro santo anjo, um dos santo s, foi
enviado, o qual levanto u- me.
2E qua n d o ele levant o u- me, meu espírito retor n o u , pois
eu fui incap a z de supor t a r essa visão de violência, sua
agita ç ã o e o choq u e do céu.
3Ent ã o o santo Miguel disse- me: Por que est á s pert u r b a d o
49

com essa visão?


4Desd e ent ão tem existido o dia da misericó r di a; Ele tem
sido mise rico r di o so e mag n â ni m o com todos os que
habit a m sobr e a terr a.
5Mas quan d o o tem p o vier, ent ão o pode r, a puniçã o, e o
julga m e n t o tom a r ã o lugar , o qual o Senho r dos espíritos
pre p a r o u par a aqu el e s que se prost r a r e m par a o
julga m e n t o da retid ã o, par a aquel e s que ren u n ci a r e m
àqu el e julga m e n t o , e par a aqu el e s que tom a m seu nom e
em vão.
6Aquele dia foi prep a r a d o par a os eleitos como um dia de
convê nio e par a os peca d o r e s como um dia de inquisiç ão.
7Naq u e l e dia dois mons t r o s ser ã o distrib uí d o s como
alime n t o (54), um mons t r o fême a, cujo nom e é Leviat h a n ,
habit a n d o nas profun d e z a s do mar, acim a das fonte s de
águ a s;
(54) Distrib uí d o s como alime n t o. Ou, "sep a r a d o s um do
outro" (Knibb, p. 143).
8E um mons t r o mach o, cujo nom e é Behe m o t h , o qual
possui, moven d o- se em seu vent r e , o dese r t o invisível.
9Seu nom e era Dend ay e n . A leste do jardi m, onde os
eleitos e os justos habita r ã o , onde ele rece b e u o
de meu ance s t r a l, desd e Adão o prim ei r o dos hom e n s ,
(55) cujo hom e m o Senho r dos espírito s fez.
(55) Ele rece b e u- o… prim ei r o dos hom e n s . Ou, "meu
bisavô foi toma d o, o sétimo desd e Adão" (Charl e s, p. 155).
Isto implica que esta seção do livro foi escrit a por Noé,
desc e n d e n t e de Enoq u e . Os estu dios o s têm espe c ul a d o
que esta part e do livro pode cont e r frag m e n t o s do perdi do
Apocalips e de Noé.
10Ent ã o eu pedi a outro anjo que me most r a s s e o pode r
daq u el e s mons t r o s , como eles se sep a r a r a m naq u el e
mes m o dia, um est a n d o nas profun d e z a s do mar, e o outro
no seco des e r t o.
50

11E ele disse: Tu, filho do hom e m , est á s aqui desejoso de


ent e n di m e n t o das coisas secr e t a s .
12E o anjo da paz, o qual estav a comigo disse: Estes dois
mons t r o s estão pre p a r a d o s pelo pode r de Deus par a
torn a r e m - se alime n t o, par a que a puniçã o de Deus não
seja em vão.
13Ent ã o crianç a s ser ã o mort a s com suas mãe s, e os filhos
com seus pais.
14E qua n d o a puniçã o do Senho r dos espíritos contin u a r ,
sobr e eles ela contin u a r á , par a que a puniç ão do Senho r
dos espírito s não acont e ç a em vão. Depois do quê, o
julga m e n t o existir á com misericó r di a e longa ni mi d a d e .
Capít ulo 59
1Ent ã o outro anjo, o qual est av a comigo, me falou,
2E most r o u- me o prim ei r o e o último dos segr e d o s em
cima no céu, e nas profun d e z a s da ter r a:
3Nas extr e mi d a d e s do céu e nas funda ç õ e s dela, e no
rece p t á c u l o dos céus.
4 Ele most r o u- me como seus espírito s fora m divididos;
como eles fora m balanç a d o s e como amb a s as fontes e os
ventos fora m cont a d o s de acor do com a força de seu
espírito.
5 Ele me most ro u o pode r da luz da lua, que seu pode r é
justo; bem como as divisões das estr el a s, de acor d o com
seus res p e c tivos nom e s;
6 Que cada divisão é sepa r a d a ; que os relâ m p a g o s
ilumin a m ;
7Que suas trop a s imedia t a m e n t e obed e c e m e que uma
cess a ç ã o toma luga r dur a n t e o trovão em contin u a ç ã o de
seu som. Não são sepa r a d o s o trovão e o raio; nem eles se
move m com um espírito, já que eles não são sep a r a d o s .
8Pois quan d o os raios ilumin a m , o trovão soa e o espírito
a um próp rio período faz paus a, fazen d o uma igual divisão
ent r e eles, pois o rece p t á c u l o sobr e o qual seus período s
51

depe n d e m é solto como a areia. Cada um deles à sua


próp ri a est aç ã o é rest ri n gi d o com uma réd e a e virado
pelo pode r do espírito, que assim impele- os de acor do
com a esp a ç o s a exte n s ã o da terr a .
9O espírito do mar é igual m e n t e pote n t e e forte, e um
pode r tão forte o faz vazar; assim ele é dirigido adian t e e
espal h a- se cont r a as mont a n h a s da terr a. O espírito da
gea d a tem seu anjo; no espírito do gra nizo ele é um bom
anjo; o espírito da neve cess a em sua força e um espírito
solitá rio est á nele, o qual asce n d e dele como vapor, e é
cha m a d o refrige r a ç ã o .
10O espírito da névoa tam b é m habit a com eles em seu
rece p t á c u l o, mas ele tem um rece p t á c u l o par a si mes m o,
pois seu prog r e s s o está no esple n d o r ,
11N a luz e na escu ri d ã o, no inver n o e no verão. Seu
rece p t á c u l o é brilho, e um anjo est a nele.
12O espírito do orvalho tem seu domicílio nas
extre m i d a d e s do céu, em conexã o com o rece p t á c u l o da
chuva e seu prog r e s s o est á no inver n o e no verão. A
nuve m prod uzi d a por ele e a nuve m do meio se torn a m
unidos, um dá ao outro; e qua n d o o espírito da chuva está
em movim e n t o de seu rece p t á c u l o, anjos vêm e, abrin d o
seu rece p t á c u l o, o traz adian t e .
13Qu a n d o igual m e n t e ele é borrifad o sobr e toda a terr a
ele form a uma união com todo tipo de águ a no chão; pois
as águ a s ficam na ter r a , porq u e eles fornec e m nutriç ã o
par a a ter r a desd e o Altíssimo, o qual est á no céu.
14Sob r e este infor m e , port a n t o há uma reg ul a m e n t a ç ã o
na qualida d e da chuva que os anjos rece b e m .
15Est a s coisas eu vi, todas elas, até o par aíso.
Capít ulo 60
1Naq u e l e s dias eu vi que longos man t o s fora m dados
àqu el e s anjos, os quais tom a r a m suas asas e fugira m em
direç ã o ao nort e.
52

2Eu per g u n t e i ao anjo, dizen d o: Par a onde eles levar a m


aqu el e s longos mant o s e par a onde se fora m ? Ele disse:
Eles fora m medir.
3O anjo, o qual contin u a v a comigo, disse: Esta s são as
medid a s dos justos e cord a s ser ão trazid a s par a que eles
possa m confiar no nom e do Senh o r dos espíritos par a
sem p r e e sem p r e .
4O eleito come ç a r á a habit a r com o eleito.
5Est a s são as medid a s que ser ão dad a s pela fé, as quais
fortalec e r ã o as palavr a s de retid ã o.
6Est a s medid a s revela r ã o todos os segr e d o s nas
profun d e z a s da ter r a .
7E acont e c e r á que aqu el e s que fora m dest r uí d o s no
dese r t o e os que fora m devor a d o s pelos peixes do mar e
pelas best a s do cam po, retor n a r ã o e confiar ã o no dia do
Eleito, pois ning u é m per e c e r á na pres e n ç a do Senho r dos
espírito s, nem ningu é m ser á capaz de pere c e r .
8Ent ã o eles rece b e r a m o man d a m e n t o , todos os quais
est av a m nos céus acim a, par a que m foi dado um pode r
combi n a d o , voz e esple n d o r , sem el h a n t e ao fogo.
9E prim ei r o, com suas vozes eles aben ç o a r a m - no,
exalta r a m - no, glorifica r a m - no com sabe d o ri a e atrib uí r a m
a Ele sabe d o ri a com a palavr a e com o sopro da vida.
10Ent ã o o Senho r dos espíritos asse n t a d o sobr e o trono
de sua glória, o Eleito,
11O qual julga r á todas as obra s do Santo acima no céu, e
num a balan ç a Ele pesa r á suas ações. E quan d o Ele
levant a r Seu sem bl a n t e par a julga r seus camin h o s
secr e t o s na palavr a do nom e do Senho r dos espíritos, e
seu prog r e s s o no camin h o do justo julga m e n t o do
altíssim o Deus;
12Eles falar ã o com vozes unida s; abe n ç o a r ã o ,
glorifica r ã o , exalt a r ã o, e orar ã o em nome do Senho r dos
espírito s.
53

13Ele cha m a r á a todo pode r dos céus, a todo santo acim a,


e ao pode r de Deus. O Quer u bi m , o Serafim, o Ofanim,
todos os anjos de pode r e todos os anjos dos Senh o r e s , a
sabe r , do Eleito, e do outro Pode r, o qual est av a sobr e a
águ a naq u el e dia.
14E levar ã o suas vozes unida s; abe n ç o a r ã o , glorifica r ã o ,
orar ã o, e exalt a r ã o com o espírito da fé, com o espírito da
sabe d o ri a e da paciê n ci a, com o espírito da misericó r di a,
com o espírito do julga m e n t o e da paz, e com o espírito da
benevol ê n ci a; todos dirão com vozes unida s: Abenço a d o é
Ele; e o nom e do Senho r dos espíritos ser á abe n ç o a d o
par a sem p r e e sem p r e ; todos, os quais não dor m e m , o
abe n ç o a r ã o acim a no céu.
15Todo santo no céu o aben ç o a r á ; todo o eleito que habit a
no jardim da vida e todo espírito de luz
que é capaz de aben ç o a r , glorifica r, exalt a r, e orar em seu
santo nom e e todo hom e m mort al, (56) mais do que os
pode r e s do céu, glorifica r á e aben ç o a r á seu nom e par a
sem p r e e sem p r e .
(56) Todo hom e m mort al Liter al m e n t e , "toda carn e"
(Laur e n c e , p. 73).
16Pois gra n d e é a mise ricó r di a do Senh o r dos espíritos;
mag n â n i m o Ele é; e todas as suas obra s, todo o seu pode r,
gra n d e como são as coisas que Ele tem feito, tem revela d o
aos santos e eleitos, em nom e do Senho r dos espíritos.
Capít ulo 61
1Ent ã o o Senho r orde n o u os reis, os príncip e s, os
exalta d o s e aquel e s que habit a m na terr a dizen do:
Abri vossos olhos, e elevai vossas buzin a s se sois capaz e s
de comp r e e n d e r o Eleito.
2O Senho r dos espíritos asse n t o u- se sobr e o trono de sua
glória.
3E o espírito de retid ã o foi coloca d o sobr e ele.
4A palavr a de sua boca dest r ui r á todos os peca d o r e s e
54

todos os mun d a n o s , os quais per e c e r ã o na sua pres e n ç a .


5Naq u e l e dia todos os reis, os príncip e s, os exalt a d o s e
todos os que poss u e m a terr a se coloca r ã o em pé, verão e
perc e b e r ã o Aquele que está asse n t a d o no trono da sua
glória, que diant e dEle os santo s ser ão julgado s em
retid ã o,
6E que nad a que será falado diant e dEle, ser á falado em
vão.
7Inq ui e t a ç ã o virá sobr e eles, como sobr e uma mulhe r em
trab al h o de parto, cujo labor é sever o, quan d o seu filho
vem à boca do vent r e e ela encon t r a- se em dificuld a d e de
dar a luz.
8Um a porç ã o deles olhar á par a a outr a. Eles ficar ã o
atônitos e baixar ã o seu sem bl a n t e .
9E aflição os pre n d e r á qua n d o eles virem o Filho da
mulh e r asse n t a d o sobr e o seu trono de glória.
10Ent ã o os reis, os príncip e s e todos os que poss u e m a
terr a glorifica r ã o Aquele que tem domínio sobr e todas as
coisas, Aquele que estev e em consel h o; pois desd e o
princípio o Filho do hom e m existiu em segr e d o, o qual o
Altíssimo pres e r v o u na pres e n ç a do Seu pode r e foi
revela d o aos eleitos.
11Ele sem e a r á a cong r e g a ç ã o dos santo s e dos eleitos, e
todo eleito ficar á diant e dEle naq u el e dia.
12Todos os reis, príncip e s, o exalta d o e aqu el e s que
gover n a m sobr e toda a ter r a cairão sobr e suas faces
diant e dEle, e O ador a r ã o .
13Eles coloca r ã o suas espe r a n ç a s nest e Filho do hom e m
orar ã o a Ele e implor a r ã o por misericó r di a.
14Ent ã o o Senho r dos espíritos se apr e s s a r á em expeli- los
da Sua pres e n ç a . Suas faces ficar ã o cheias de confus ã o e
suas faces se cobrir ã o de escu ri d ã o. Os anjos os toma r ã o
par a castigo, aquel a vinga n ç a pode r á ser infligida
naq u el e s que têm oprimido Seus filhos e Seus eleitos. E
55

eles se torn a r ã o como um exem plo aos santos aos Seus


eleitos. Atravé s deles este s ser ã o feitos jubilosos, pois a
ira do Senho r dos espíritos desc a n s a r á sobr e eles.
15Ent ã o a espa d a do Senho r dos espíritos se emb e b e d a r á
com seu sang u e , mas os santos e eleitos ser ã o salvos
naq u el e dia; a face dos peca d o r e s e dos mun d a n o s
daq u el e tem p o em diant e eles não verão.
16O Senho r dos espíritos per m a n e c e r á sobr e eles:
17E com este Filho do home m eles habit a r ã o , com e r ã o,
deita r ã o e levant a r ã o , par a sem p r e e sem p r e .
18Os santos e eleitos têm se levant a d o da terr a. Têm
deixado de dep ri mi r seus sem bl a n t e s e ter ão sido vestidos
com a vestim e n t a da vida. Aqueles vestidos da vida estão
com o Senho r dos espíritos, em cuja pres e n ç a suas
vestim e n t a s não envelh e c e r ã o nem ser á diminuíd a sua
glória.
Capít ulo 62
1Naq u e l e s dias os reis que possuí r a m a terr a ser ão
punido s pelos anjos de Sua ira, onde quer que eles lhes
seja m ent r e g u e s , par a que Ele poss a dar desc a n s o por um
curto período de tem p o; e par a que eles prost e m- se diant e
dEle e ador e m o Senho r dos espíritos, confes s a n d o seus
peca d o s diant e dEle.
2Eles abe n ç o a r ã o e glorifica r ã o o Senho r dos espíritos
dizen d o: Abenço a d o é o Senho r dos espíritos, o Senho r
dos reis, o Senho r dos espíritos, o Senho r dos ricos, o
Senh o r da glória, e o Senh o r da sabe d o r i a.
3Ele ilumina r á toda coisa secr e t a .
4Seu pode r é de ger a ç ã o a ger a ç ã o e Sua glória par a
sem p r e e sem p r e .
5Profu n d o s são todos os Seus segr e d o s e incont áv ei s; sua
retid ã o não pode ser calcula d a .
6Agor a nós sab e m o s que deve m o s glorifica r e abe n ç o a r o
Senh o r dos reis o qual é Rei sobr e todas as coisas.
56

7Eles tam b é m dirão: Que m nos tem per miti do ficar par a
glorifica r, louvar, abe n ç o a r , e confess a r na pres e n ç a da
Sua glória?
8E agor a peq u e n o é o repo u s o que nós deseja m o s , mas
nós não o enco n t r a m o s ; nós rejeit a m o s e não o poss uí m o s.
Luz passo u diant e de nós e escu ri d ã o tem cobe r t o nossos
trono s par a sem p r e .
9 Pois nós não confes s a m o s diant e dEle; não temos
glorifica do o nom e do Senh o r dos reis; não temo s
glorifica do o Senho r em toda s as Suas obra s, mas temos
confiado no cetro do nosso próp rio domínio e da noss a
glória.
10N a q u e l e dia do nosso sofrim e n t o e da noss a angú s ti a
Ele não nos salvar á , nem encon t r a r e m o s desc a n s o.
Confess a m o s que nosso Senh o r é fiel em toda s as Suas
obra s, em todos os Seus julga m e n t o s e em Sua retid ã o.
11E m Seus julga m e n t o s ele não pag a nenh u m resp ei to a
pesso a s; e nós deve m o s apa r t a r- nos de sua pres e n ç a por
caus a de nossos mau s atos.
12Todos os nossos peca d o s são verd a d e i r a m e n t e sem
núm e r o .
13Ent ã o eles dirão a si mes m o s: Noss a s almas estão
saciad a s com os instr u m e n t o s de crim e;
14M a s que não nos impe d e de desc e r ao vent r e
flam eja n t e do infer no.
15Daí em diant e seus sem bl a n t e s se ench e r ã o de
escu ri d ã o e confus ã o diant e do Filho do hom e m , de cuja
pres e n ç a eles ser ão expulsos e diant e do qual a esp a d a
per m a n e c e r á expelindo- os.
16Assim diz o Senh o r dos espíritos: Este decr e t o e o
julga m e n t o cont r a os príncip e s, os reis, os exalta d o s, e
aqu el e s que possu e m a ter r a , na pres e n ç a do Senh o r dos
espírito s.
Capít ulo 63
57

1Eu vi outro s sem bl a n t e s naq u el e lugar secr e t o. Ouvi a


voz de um anjo, dizen d o: Estes são os anjos que desc e r a m
do céu à terr a, revela r a m segr e d o s aos filhos dos hom e n s
e seduzir a m os filhos dos
home n s par a com e t e r e m de peca d o.
Capít ulo 64
(57) Os capít ulos 64, 65, 66 e o prim ei r o versículo do 67
evide n t e m e n t e cont ê m a versã o de Noé e não de Enoq u e
(Laur e n c e , p. 78).
1Naq u e l e s dias Noé viu que a terr a inclinou- se, e que
dest r ui ç ã o aproxim av a- se.
2Ent ã o ele levant o u seus pés e foi par a os confins da
terr a , par a a habit a ç ã o do seu bisavô Enoqu e.
3E Noé clamo u com uma ama r g a voz: Ouví- me, ouví- me,
ouví- me, três vezes. E ele disse: Dize- me o que est á
ocorr e n d o sobr e a terr a, pois a terr a trab al h a e é
violent a m e n t e abala d a . Cert a m e n t e eu per e c e r e i com ela.
4Depois disso houve uma gra n d e pert u r b a ç ã o na terr a e
uma voz foi ouvida desd e o céu. Eu caí sobr e minh a face,
ent ã o meu bisavô Enoqu e veio e colocou- se ao meu lado.
5Ele disse- me: Por que clam a s a mim com um ama r g o
clamo r e lame n t a ç ã o ?
6Um man d a m e n t o partiu do Senho r cont r a aquel e s que
habit a m na terr a par a que eles seja m dest r uí d o s, pois eles
conh e c e m todo segr e d o dos anjos, toda obra opre s siva, o
pode r secr e t o dos demô nio s (58) e todo pode r daqu el e s
que com e t e m sortilégios, tanto quan t o daq u el e s que
faze m imag e n s fundid a s em toda a terr a.
(58) Os demô nio s. Liter al m e n t e , "os Sata n s" (Laur e n c e , p.
78).
7 Eles sabe m como a prat a é prod uzi d a do pó da ter r a e
como na terr a a gota met álica existe, pois o chu m b o e o
est a n h o não são prod uzido s da terr a como fonte prim á ri a
de sua prod u ç ã o.
58

8Há um anjo coloca d o sobr e ela, e o anjo luta par a


preval e c e r .
9Depois disso meu bisavô Enoq u e aga r r o u- me com sua
mão, levant a n d o- me e disse- me: Vai, pois eu pedí ao
Senh o r dos espíritos a resp ei t o dest a pert u r b a ç ã o da
terr a; o qual respo n d e u : Por cont a da impied a d e deles
seus inum e r á v ei s julga m e n t o s fora m cons u m a d o s diant e
de mim. Com resp eit o às luas eles inquirir a m , e têm
conh e ci m e n t o de que a terr a per e c e r á com aqu el e s que
habit a m sobr e
ela,(59) e que este s não ter ão lugar de refúgio par a
sem p r e .
(59) Com resp ei t o às luas… habit a m sobr e ela. Ou, "Por
caus a dos sortilégios que eles proc u r a r a m e apr e n d e r a m
a terr a e aquel e s que habit a m sobr e ela serã o dest r uí d o s"
(Knibb, p. 155).
10Eles desco b ri r a m segr e d o s , e eles são aqu el e s que têm
sido julga do s; mas não você, meu filho. O Senho r dos
espírito s sabe que tu és puro e bom, livre da rep r ov a ç ã o
do desco b ri m e n t o de segr e d o s .
11Ele, o Santo, esta b el e c e r á Seu nom e no meio dos
santos e te pres e r v a r á daqu el e s que habit a m sobr e a
terr a . Ele esta b el e c e r á tua sem e n t e em retid ã o com
domínio e gran d e glória, (60) e da tua sem e n t e se
espal h a r á retid ã o, e hom e n s santo s sem núm e r o par a
sem p r e .
(60) Com domínio… gloria. Liter al m e n t e , "par a reis, e
par a gran d e glória" (Laur e n c e , p. 79).
Capít ulo 65
1Depois disso ele most ro u- me os anjos de puniç ão, os
quais estão prep a r a d o s par a vir e abrir toda s as águ a s
pode r o s a s sob a terr a:
2Que elas pode m ser par a julga m e n t o e par a dest r ui ç ã o
de todos aquel e s que per m a n e c e m e habit a m sobr e a
59

terr a .
3O Senho r dos espíritos orde n o u os anjos que saíra m ,
par a não toma r os hom e n s , e pres e r v á- los ,
4pois aqu el e s anjos presid e m sobr e todas as pode r o s a s
águ a s. Então eu saí da pres e n ç a de Enoqu e.
Capít ulo 66
1Naq u e l e s dias a palavr a de Deus veio a mim, e disse: Vê
Noé, tua sort e asce n d e u a Mim, uma sort e imun e de
crime, uma sort e ama d a e supe rio r.
2Agor a ent ã o os anjos trab al h a r ã o as árvor e s, (61), mas
enqu a n t o eles proce d e m nisto eu coloca r ei minh a mão
sobr e elas e as pres e r v a r e i.
(61) Trab al h a r ã o nas árvor e s. Ou, "est ão fazen d o uma
(estr u t u r a de) mad ei r a" (Knibb, p. 156).
3A sem e n t e da vida se erg u e r á dela e uma mud a n ç a
toma r á luga r par a que a terr a seca não seja deixad a vazia.
Eu est a b el e c e r e i tua sem e n t e diant e de mim par a semp r e
e sem p r e , e a sem e n t e daq u el e s que habit a r e m contigo na
supe rfície da ter r a . Ela será abe n ç o a d a e multiplica d a na
pres e n ç a da ter r a , em nom e do Senho r .
4Eles confina r ã o aquel e s anjos que desco b ri r a m
impied a d e . Naqu el e vale arde n t e é que eles ser ão
confina d o s , o qual a princípio meu bisavô most r o u- me no
oest e, onde há mont a n h a s de ouro e prat a, de ferro, de
met al fluído, e de esta n h o .
5Eu vi aqu el e vale no qual há uma gran d e pert u r b a ç ã o e
onde as águ a s são agita d a s .
6E qua n d o tudo isto foi execu t a d o , da mas s a fluída de
fogo e na pert u r b a ç ã o que preval ec e u (62) naqu el e luga r,
levant o u- se um forte cheiro de enxofr e que se mist u r o u
com as águ a s; e o vale dos anjos que havia m sido
culpa d o s de sedu ç ã o, queim o u- se deb aixo da ter r a .
(62) A pert u r b a ç ã o que prevale c e u . Liter al m e n t e ,
"pert u r b o u- os" (Laur e n c e , p. 81).
60

7Atravé s daqu el e vale rios de fogo tam b é m est av a m


fluindo, par a os quais aqu el e s anjos ser ão cond e n a d o s , os
quais seduzi r a m os habit a n t e s da ter r a .
8E naq u el e s dias esta s águ a s ser ão par a os reis, aos
príncip e s, aos exalt a d o s e par a os habit a n t e s da terr a ,
par a a cura da alma e do corpo e par a o julga m e n t o do
espírito. 9Se u s espíritos ser ã o cheios de festa (63) par a
que eles possa m ser julgad o s em seus corpo s; porq u e eles
neg a r a m o Senho r dos espíritos, e apes a r de eles
perc e b e r e m sua cond e n a ç ã o dia após dia, não
acre dit a r a m em seu nome.
(63) Fest a. Ou, "luxúri a" (Knibb, p. 157).
10E como a inflam a ç ã o de seus corpos ser á gra n d e , assim
seus espíritos sofre r ã o uma tran sfo r m a ç ã o par a sem p r e .
11Pois nenh u m a palavr a que é pron u n ci a d a diant e do
Senh o r dos espíritos será em vão.
12Julga m e n t o veio sobr e eles porq u e eles confiar a m em
sua luxúria carn al, e nega r a m o Senho r dos espíritos.
13N a q u e l e s dias as águ a s daqu el e vale serã o
tra n sfo r m a d a s , pois enq u a n t o os anjos fore m julgado s, o
calor daqu el a s fontes de águ a sofre m uma alter a ç ã o .
14E enq u a n t o os anjos asce n d e r e m , a águ a das fontes
nova m e n t e sofre m uma alter a ç ã o e cong el a m .
Então eu ouvi o santo Miguel respo n d e n d o e dizen d o:
Este julga m e n t o , com o qual os anjos ser ão julgado s, dar á
test e m u n h o cont r a os reis, príncip e s e aquel e s que
possu e m a terr a.
15Pois est a s águ a s de julga m e n t o ser ão par a sua cura e
par a a mort e (64) de seus corpo s. Mas eles não
perc e b e r ã o e não acr e di t a r ã o que as águ a s ser ã o
tra n sfo r m a d a s e torn a d a s como fogo, que arde r á par a
sem p r e .
(64) Mort e. Ou, "luxúria" (Charl e s, p. 176; Knibb, p. 158).
Capít ulo 67
61

1Depois disto ele deu- me as marc a s car a c t e r í s ti c a s (65)


de todas as coisas secr e t a s do livro do meu bisavô
Enoqu e, e nas par á b ol a s que havia m sido dad a s a ele;
inseri n d o- as par a mim entr e as palavr a s do livro das
par á b ol a s.
(65) Marc a s car a c t e r í s ti c a s . Liter al m e n t e , "os sinais"
(Laur e n c e , p. 83).
2Naq u e l e mom e n t o o santo Miguel res po n d e u e disse a
Rafael: O pode r do espírito precipit a- me daq ui e impele-
me par a fora. A severid a d e do julga m e n t o , do secr e t o
julga m e n t o dos anjos, que m é capaz de obse rv a r a
resist ê n ci a daqu el e sever o julga m e n t o que acont e c e u e se
torno u per m a n e n t e sem ser dissolvido no seu luga r?
Nova m e n t e o santo Miguel res po n d e u e disse ao santo
Rafael:
Que m est á lá, cujo coraç ã o não se abr a n d o u por isto, e
cujos rins não se afligir a m com est a coisa?
3Julga m e n t o saiu cont r a eles por aqu el e s que assim
arr a s t a r a m - nos par a fora; e que se fora m, quan d o eles
est av a m na pres e n ç a do Senh o r dos espíritos.
4De igual man ei r a tam b é m o santo Raka el disse a Rafael:
Eles não est a r ã o diant e do olho do Senho r (66) já que o
Senh o r dos espíritos foi ofendido por eles, pois como
Senh o r e s (67) eles têm- se cond uzi do. Port a n t o Ele traz
sobr e eles um secr e t o julga m e n t o par a sem p r e e sem p r e .
(66) Eles não... olho do Senho r. Ou, "Eu não toma r ei part e
sob o olho do Senh o r" (Knibb,p. 1 5 9).
(67) Pois como Senho r e s . Ou, "pois eles agir a m como se
fosse m o Senh o r" (Knibb, p. 159).
5Pois nem o anjo, nem o hom e m rece b e uma porç ão dele,
mas eles só rece b e r ã o seu próp rio julga m e n t o par a
sem p r e e sem p r e .
Capít ulo 68
1Depois dest e julga m e n t o eles esta r ã o asso m b r a d o s e
62

irrita d o s, pois ser ã o exibidos aos habit a n t e s da ter r a .


2Eis os nom e s dest e s anjos. Estes são seus nom e s: O
prim ei r o deles é Samy az a; o segu n d o é Arstika p h a ; o
terc ei r o é Arme n; o qua r t o, Kakab a el; o quinto, Turel; o
sexto, Rumyel; o sétimo,
Danyal; o oitavo, Kael; o nono, Barak el; o décimo, Azazel;
o décimo prim ei r o, Arme r s; o décimo segu n d o, Bata ry al; o
décimo terc ei r o, Basas a el; o décimo qua r t o, Ananel; o
décimo quinto, Turyal; o décimo sexto, Sima pis e el; o
décimo sétimo, Yetar el; o décimo oitavo, Tuma el; o
décimo nono, Tarel; o vigési mo, Rumel; o vigésim o
prim ei r o, Azazyel.
3Est e s são os princip ai s (chefes) dos anjos, e os nom e s
dos líder e s de suas cent e n a s , e seus líder e s de cinqü e n t a ,
e os líder e s de suas deze n a s .
4O nom e do prim ei r o é Yekun: (68) ele foi que m seduziu
todos os filhos dos santos anjos e fez com que desc e s s e m
à terr a , cond uzin d o des e n c a m i n h a d a m e n t e a
desc e n d ê n c i a dos hom e n s.
(68) Yekun pode simple s m e n t e significa r "o reb eld e"
(Knibb, p. 160).
5O nom e do segu n d o é Kesab el, o qual apon t o u mau
consel h o aos filhos dos santos anjos e cond uziu- os a
corro m p e r e m seus corpos ger a n d o hum a n o s .
6O nom e do terc ei r o é Gadr el: ele desco b ri u todo golpe de
mort e aos filhos dos hom e n s .
7Ele seduziu Eva e desco b ri u aos filhos dos hom e n s os
instr u m e n t o s de mort e, o casa co de malh a, o escu d o, e a
espa d a par a mat a n ç a ; todo instr u m e n t o de mort e par a os
filhos dos hom e n s .
8 Esta s coisas deriva r a m de suas mãos par a os que
habit a m sobr e a terr a daqu el e período par a sem p r e .
9O nom e do qua r t o é Pene m u e : ele desco b ri u aos filhos
dos hom e n s o ama r g o r e a doçur a .
63

10E most r o u a eles todo segr e d o de sua sabe d o r i a.


11Ele ensino u os hom e n s a ent e n d e r e m o escrito e o uso
de tinta e papel.
12Por t a n t o , num e r o s o s tem sido aquel e s que têm se
extravi a d o em todo período do mun d o, mes m o até este
dia.
13Os hom e n s não nasc e r a m par a isto, assim com pena e
tinta, par a confir m a r sua fé;
14Des d e ent ã o eles não criar a m , exceto que, como os
anjos, eles pode m per m a n e c e r retos e puros.
15N e m pode ri a m morr e r , o que dest r ói tudo, tem afeta d o-
os;
16M a s por este seu conh e ci m e n t o eles per e c e m , e por
isto tam b é m seu pode r os conso m e .
17 O nom e do quinto é Kasyad e: ele desco b ri u aos filhos
dos hom e n s todo iníquo golpe de espíritos e de demô nio s:
18O golpe do emb ri ã o no vent r e , par a diminuí- lo ; (69) o
golpe do espírito pela mordid a da serp e n t e , e o golpe que
é dado ao meio- dia pelo filho da serp e n t e , cujo nom e é
Taba e t. (70)
(69) O golpe…p a r a diminuí- lo. Ou, "o soco (com ataq u e ,
agr e s s ã o) ao emb ri ã o no vent r e par a que seja abort a d o"
(Knibb, p. 162).
(70) Taba e t . Liter al m e n t e , "mach o" ou "forte" (Knibb, p.
162).
19Est e é o núm e r o de Kasbel; a part e princip al do
jura m e n t o que o Altíssimo, habit a n d o em glória, revelou
aos santos.
20Se u nom e é Beka. Ele falou ao santo Miguel par a que
revela s s e a eles o nom e sagr a d o, par a que eles pude s s e m
ent e n d e r o sagr a d o nom e e assim lemb r a r do jura m e n t o ;
e par a que aqu el e s que apon t a r a m toda coisa secr e t a aos
filhos dos hom e n s poss a m tre m e r sob aquel e nom e e
jura m e n t o .
64

21Est e é o pode r do jura m e n t o; pois pode r o s o ele é, e


forte.
22E est a b el e ci d o este jura m e n t o de Akae pela
instr u m e n t a li d a d e do santo Miguel.
23Est e s são os segr e d o s dest e jura m e n t o , e por ele eles
fora m confir m a d o s .
24Os céus estive r a m em susp e n s o por ele ante s que o
mun d o fosse feito, par a sem p r e .
25Por ele a terr a foi inund a d a no dilúvio enq u a n t o das
part e s escon di d a s dos mont e s as águ a s agita d a s as águ a s
saíra m desd e a criaç ã o até o fim do mun do.
26Por este jura m e n t o o mar foi form a d o e a sua fund a ç ã o.
27Dur a n t e o período dest a fúria ele est a b el e c e u a areia
cont r a ele, a qual contin u a imut áv el par a sem p r e , e por
este jura m e n t o o abis m o foi feito forte; e não é rem ovível
de sua esta ç ã o par a sem p r e e sem p r e .
28Por este jura m e n t o o sol e a lua compl e t a m seu
prog r e s s o nunc a se desvian d o do coma n d o que lhes foi
dado par a sem p r e e sem p r e .
29Por este jura m e n t o as estr el a s comple t a m seu
prog r e s s o ,
30E quan d o seus nom e s fore m cha m a d o s eles reto r n a r ã o
em respo s t a , par a sem p r e e sem p r e .
31Ent ã o nos céus tom a m luga r os sopro s dos ventos:
todos eles têm res pi r a ç ã o (71) e efet u a m uma compl e t a
combi n a ç ã o de res pi r a ç õ e s .
(71) Respir a ç ã o . Ou, "espíritos" (Laur e n c e , p. 87).
32Ali os tesou r o s do trovão são man ti do s e o esple n d o r do
relâ m p a g o .
33Ali são guar d a d o s os tesou r o s do gra nizo e da neblina,
os tesou r o s da neve, os tesou r o s da chuva e do orvalho.
34Todos este s confes s a m e louva m diant e do Senh o r dos
espírito s.
35Eles glorifica m com todo seu pode r de súplica; e Ele os
65

sust é m em todo aquel e ato de agr a d e ci m e n t o enqu a n t o


eles louva m, glorifica m e exalta m o nom e do Senho r dos
espírito s par a sem p r e e sem p r e .
36E com eles ele esta b el e c e este jura m e n t o , pelo qual
eles e seus camin h o s são pres e r v a d o s , e seus prog r e s s o s
não pere c e m .
37Gr a n d e foi sua alegri a.
38Eles abe n ç o a r a m , glorifica r a m , e exalta r a m porq u e o
nome do Filho do hom e m lhes foi revela d o.
39Ele asse n t o u- se sobr e o trono de Sua glória, e a part e
princip al do julga m e n t o foi design a d a e Ele, o Filho do
home m . Os peca d o r e s per e c e r ã o e desa p a r e c e r ã o da face
da terr a , enqu a n t o aquel e s que os seduzir a m ser ã o
ama r r a d o s com corr e n t e s par a sem p r e .
40De acord o com seus gra u s de corr u p ç ã o eles ser ã o
aprision a d o s , e todas as suas obra s desa p a r e c e r ã o da face
da terr a; desd e entã o ali não haver á ningu é m par a
corro m p e r , pois o Filho do hom e m foi visto asse n t a d o
sobr e Seu trono de glória.
41Tod a iniqüid a d e desa p a r e c e r á e se apa r t a r á de diant e
de Sua face; a palavr a do Filho do hom e m se torn a r á
pode r o s a na pres e n ç a do Senh o r dos espíritos.
42Est a é a terc ei r a par á b ol a de Enoq u e .
Capít ulo 69
1Depois disto o nom e do Filho do hom e m , vivendo com o
Senh o r dos espíritos, foi exalt a d o pelos habit a n t e s da
terr a .
2Ele foi exalta d o nas car r u a g e n s do Espírito e o seu nom e
est av a no meio deles.
3Desd e aquel e tem p o eu não fui arr a n c a d o do meio deles;
mas Ele asse n t o u- se ent r e dois espíritos, entr e o nort e e o
oest e, onde os anjos rece b e r a m seus cordõ e s , par a medir
o luga r par a os eleitos e os justos.
4Ali eu vi os pais dos prim ei r o s hom e n s e os santo s que
66

habit a m naqu el e luga r par a sem p r e .


Capít ulo 70
1Depois disso meu espírito foi ocult a d o, asce n d e n d o aos
céus. Eu vi os filhos dos santos anjos and a n d o em cha m a s
de fogo, cujas vestim e n t a s e man t o s era m bran c o s e cujos
sem bl a n t e s era m tra n s p a r e n t e s como crist al.
2Eu vi dois rios de fogo brilha n d o como o jacinto.
3Ent ã o caí sobr e minh a face diant e do Senh o r dos
espírito s.
4E Miguel, um dos arca njos, tomo u- me pela mão direit a e
levant o u- me, e trouxe- me par a onde estav a todo segr e d o
de mise ricó r di a e retid ã o.
5Ele me most r o u todas as coisas ocult a s das extr e m i d a d e s
do céu, todos os rece p t á c u l o s das estr el a s e o seu
esple n d o r , desd e quan d o elas saíra m de diant e da face do
Santo.
6Ele escon d e u o espírito de Enoq u e no céu dos céus.
7Ali eu vi no meio daqu el a luz uma const r u ç ã o levant a d a
com ped r a s de gelo.
8E no meio dest a s ped r a s vi vibraçõ e s de (72) de fogo
vivo. Meu espírito viu ao redo r o círculo dest a habit a ç ã o
flam eja n t e em uma de suas extr e mi d a d e s ; que ali havia
rios cheios de fogo vivo, o qual cerc av a- a.
(72) Vibraçõ e s . Liter al m e n t e , "língu a s" (Laur e n c e , p. 90).
9Ent ã o o Ser afi m, o Quer u bi m , e o Opha ni n (73)
rode a r a m - na: este s são aqu el e s que nunc a ador m e c e m ,
mas vigiam o trono de Sua glória.
(73) Opha ni n. As "roda s" Ezeq ui el 1:15- 21 (Cha rle s, p.
162).
10Eu vi inum e r á v ei s anjos, milha r e s de milha r e s , e
miríad e s de miríad e s , as quais rode av a m aqu el a
habit a ç ã o.
11Mig u el, Rafael, Gabriel, Phan u el e os santos anjos que
est av a m acim a nos céus fora m e saír a m dele. Miguel,
67

Rafael, e Gabriel saíra m daqu el a habit a ç ã o, e santos anjos


inum e r á v ei s.
12 Estav a com eles o Ancião de dias, cuja cabeç a era
bra n c a como o algod ã o, e pur a, e seu man t o era
indesc ri tível.
13Ent ã o eu caí sobr e minh a face enqu a n t o toda minh a
carn e era dissolvida, e meu espírito torno u- se
tra n sfo r m a d o .
14Eu clam ei com alta voz com um pode r o s o espírito,
abe n ç o a n d o , glorifica n d o, e exalt a n d o .
15E aquel a s bênç ã o s que proc e di a m da minh a boca
torn a r a m - se aceit áv eis na pres e n ç a do Ancião de dias.
16O Ancião de dias veio com Miguel e Gabriel, e Rafael e
Phan u el, com milha r e s de milha r e s , e miríad e s de
miríad e s , que não podia m ser enu m e r a d o s .
17Ent ã o aquel e anjo veio a mim, com sua voz saudo u- me,
dizen d o: Tu és o Filho do home m , (74) oqual é nascido
par a retid ã o, e retid ã o desc a n s o u sobr e ti.
(74) Filho do hom e m . A trad u ç ã o origin al de Laur e n c e
mud a essa frase "desc e n d ê n c i a do hom e m ", Knibb (p.
166) e Charl e s (p. 185) indica m que deve ser "Filho do
home m " consist e n t e com outr a s ocor r ê n ci a s daqu el e
ter m o no livro de Enoqu e.
18A retid ã o do ancião de dias não te esqu e c e r á .
19Ele disse: Em ti Ele confe rir á paz em nom e do mun do
existe n t e ; por isso a paz tem existido desd e que o mun d o
foi criado.
20E assim acont e c e r á a ti par a sem p r e e sem p r e .
21Todos os que existir ão e camin h a r ã o em seus camin h o s
de retid ã o, não te esqu e c e r ã o par a sem p r e .
22Con ti g o est a r ã o suas habit a ç õ e s , contigo seu destino;
de ti eles não serã o sepa r a d o s par a sem p r e e sem p r e .
23E assim o prolon g a m e n t o dos dias est a r á com o Filho
do home m .( 7 5)
68

(75) Filho do hom e m . Liter al m e n t e , "desc e n d ê n c i a do


home m ", ou "o Cristo que vem da desc e n d ê n c i a do
home m ”.
24A paz ser á par a os justos e os retos poss uir ã o o
camin h o da integ ri d a d e , em nom e do Senho r dos
espírito s, par a sem p r e e sem p r e .
Capít ulo 71
1O livro das revoluçõ e s das luminá ri a s dos céus, de
acor do com suas resp e c tiva s class e s, seus res p e c tivos
pode r e s , seus resp e c tivos períodos, seus res p e c tivos
nome s, os luga r e s cond e elas come ç a m seu prog r e s s o e
seus resp e c tivos mes e s, que Uriel, o santo anjo que estav a
comigo,
explicou- me; aqu el e que as administ r a . Toda a cont a delas
de acor do com o exato ano do mun d o par a sem p r e , até
que um novo trab al h o seja efetu a d o, o qual ser á ete r n o.
2Est a é a prim ei r a lei das lumin á ri a s. O sol e a luz
cheg a m aos portõ e s que est ão ao leste, ao oest e e no
oest e dele, nos portõ e s ocide n t ai s do céu.
3Eu vi os portõ e s onde o sol sai e os portõ e s onde o sol se
põe,
4Em cujos portõ e s tam b é m a lua nasc e e se põe; Eu vi os
cond u t o r e s das estr el a s, ent r e aqu el e s que prec e d e m - nas;
seis portõ e s estão no nasc e n t e , e seis no poent e do sol.
5Todos estes, res p e c tiv a m e n t e , um depois do outro, estã o
em nível; e num e r o s a s janelas estão ao lado direito e ao
lado esqu e r d o dest e s portõ e s.
6Prim ei r o avanç a aquel a gra n d e lumin á ri a, a qual é
cha m a d a sól, cuja órbit a é a órbit a do céu, toda ela está
reple t a com esplê n di d o e flameja n t e fogo.
7Sua carr u a g e m , onde ela asce n d e , o vento sopr a.
8O sól se põe no céu e reto r n a n d o pelo nort e, par a segui r
em direç ã o ao leste, é cond uzi do assim enqu a n t o ent r a
por aqu el e port ã o e ilumin a a face do céu.
69

9Da mes m a man ei r a ele sai no prim ei r o mês pelo gra n d e


port ã o.
10Ele sai atr av é s do qua r t o daqu el e s seis portõ e s, que
est ão ao nasc e n t e do sol.
11E no qua r t o port ã o, atr av é s do qual o sól com a lua
pross e g u e m , na prim ei r a part e dele, (76) lá existe m doze
janelas aber t a s das quais sai uma cha m a qua n d o elas
est ão aber t a s em seus próp rios período s.
(76) Através do qual… part e dele. Ou, "do qual o sol se
levant a no prim ei r o mês" (Knibb, p. 168).
12Qu a n d o o sol se levant a no céu ele sai atr av é s dest e
qua r t o port ã o por três dias, e pelo quar t o port ã o ao oest e
do céu no nível em que ele desc e n d e .
13Dur a n t e aqu el e período o dia é prolon g a d o dur a n t e o
dia, e a noite encu r t a d o dur a n t e a noite por trint a dias. E
ent ã o o dia é mais longo que a noite por duas part e s .
14O dia é precis a m e n t e , dez part e s , e a noite é oito.
15O sol sai atr av é s dest e qua r t o port ã o, se põe nele e
volta par a o quinto port ã o dur a n t e trint a dias, depois do
quê ele pross e g u e e se põe nele, o quinto port ã o.
16Ent ã o o dia se torn a prolon g a d o por uma segu n d a
porç ã o de modo que ele é doze part e s , enq u a n t o a noite
se torn a encu r t a d a , e é apen a s sete part e s.
17O sol ent ão retor n a par a o leste, entr a n d o no sexto
port ã o, e nasc e e se põe no sexto port ã o trint a e um dias,
na cont a g e m de seus sinais.
18N a q u e l e período o dia é mais longo que a noite, sendo
duas vezes tão longo quan t o a noite, e cheg a a ser de doze
part e s;
19M a s a noite é encu r t a d a e se torn a em seis part e s .
Então o sol nasc e par a que o dia possa ser encu r t a d o e a
noite prolon g a d a .
20E o sol reto r n a par a o leste entr a n d o pelo sexto port ã o,
onde ele nasc e e se põe por trint a dias.
70

21Qu a n d o aquel e período é comple t a d o o dia cheg a a ser


encu r t a d o precis a m e n t e uma part e, de modo que ele é de
doze part e s , enqu a n t o que a noite é de sete part e s.
22Ent ã o o sol vai do oest e, daq u el e sexto port ã o, e
pross e g u e em direç ã o ao leste nasc e n d o no quinto port ã o
por trint a dias e se pondo nova m e n t e ao oest e no quinto
port ã o do oest e.
23N a q u e l e período o dia cheg a a ser encu r t a d o duas
part e s , e é de dez part e s , enq u a n t o que a noite é de oito
part e s .
24Ent ã o o sol vai do quinto port ã o, enq u a n t o se põe no
sexto port ã o do oest e e nasc e no qua r t o port ã o por trint a
e um dias, na cont a de seus sinais, se pondo a oest e.
25N a q u e l e período o dia é feito igual à noite e, sendo
igual a ela, a noite torn a- se a nove part e s , e o dia nove
part e s .
26Ent ã o o sol vai daqu el e port ã o enqu a n t o ele se põe no
oest e, e retor n a n d o pelo leste pross e g u e pelo terc ei r o
port ã o por trint a dias, se pondo no oest e no terc ei r o
port ã o.
27N a q u e l e período a noite é prolon g a d o desd e o dia
dur a n t e trint a man h ã s , e o dia é encu r t a d o desd e o dia
dur a n t e trint a dias; a noite sendo precis a m e n t e de dez
part e s , e o dia oito part e s .
28O sol ent ã o sai do terc ei r o port ã o, enqu a n t o ele se põe
no terc ei r o port ã o no oest e; mas retor n a n d o par a o leste.
Ele pross e g u e pelo segu n d o port ã o do leste por trint a
dias.
29De igual man ei r a ele tam b é m se põe no segu n d o port ã o
na direç ã o oest e do céu.
30N a q u e l e período a noite é onze part e s , e o dia sete
part e s .
31Ent ã o o sol sai naqu el e tem po pelo segu n d o port ã o,
enqu a n t o se põe no segu n d o port ã o no oest e, mas retor n a
71

par a o leste, pross e g u i n d o pelo prim ei r o port ã o, por trint a


e um dias.
32E se pões no oest e no prim ei r o port ã o.
33N a q u e l e período a noite é nova m e n t e prolon g a d a tanto
quan t o o dia.
34Ela é precis a m e n t e de doze part e s , enq u a n t o que o dia
é seis part e s .
35O sol tem assim compl e t a d o seus come ço s, e uma
segu n d a vez de volta desd e este s com eç o s.
36N a q u e l e prim ei r o port ã o ele ent r a por trint a dias, e se
põe no oest e, defron t e do céu .
37N a q u e l e período a noite é cont r aí d a em seu
comp ri m e n t o uma quar t a part e, que é, uma porç ã o, e se
torn a onze part e s.
38O dia é de sete part e s .
39Ent ã o o sol reto r n a , e ent r a no segu n d o port ã o ao leste.
40ele retor n a por estes com eç o s trint a dias, nasc e n d o e
se pondo.
41N a q u e l e período, a noite é encu r t a d o em seu
comp ri m e n t o . Ela se torn a dez part e s, e o dia oito part e s.
Então o sol sai do segu n d o port ã o, e se põe a oest e; mas
reto r n a pelo leste, e nasc e no leste, no terc ei r o port ã o,
trint a e um dias, se pondo no oest e do céu.
42N a q u e l e período a noite se torn a encu r t a d a , Ela é nove
part e s . E a noite é igual ao dia. O ano é precis a m e n t e
treze n t o s e sess e n t a e quat r o dias.
43Prolon g a m e n t o do dia e da noite, e a cont r a ç ã o do dia e
da noite, são feitos difer e n t e s um do outro pelo prog r e s s o
do sol.
44Por meio dest e prog r e s s o o dia é diaria m e n t e
prolon g a d o , e a noite gran d e m e n t e encu r t a d a .
45Est a é a lei e o prog r e s s o do sol, e suas voltas, quan d o
ele retor n a , voltan d o dura n t e sess e n t a dias,
(77) e segui n d o em frent e. Esta é a gran d e per p é t u a
72

lumin á ri a, aqu el a que ele cha m a o sol par a sem p r e e


sem p r e .
(77) O que é, ele está sess e n t a dias nos mes m o s portõ e s.
Trint a dias duas vezes cada ano. (Laur e n c e , p. 97).
46Est e tam b é m é a gran d e lumin á ri a, e a qual é cha m a d a
segu n d o seu tipo peculia r, como Deus orde n o u .
47E assim ele ent r a e sai, nem afroux a n d o nem
desc a n s a n d o ; mas corr e n d o em sua car r u a g e m de dia e
de noite. Ele brilha com uma sétim a porç ão da luz da lua;
(78) mas as dime n s õ e s de ambos são iguais.
(78) ele brilha com…da lua. Ou, "Sua luz é sete vezes mais
brilha n t e que a da lua" (Knibb, p.171). O texto ara m a i c o
desc r e v e mais clar a m e n t e como a luz da lua aum e n t a e
diminui pela met a d e de uma sétim a part e cad a dia. Aqui
na vers ão etíope, a lua é consid e r a d a como duas met a d e s ,
cad a met a d e sendo dividida em sete part e s. Por isso,
“quat o r z e porçõ e s" de 72:9- 10 (Knibb, p. 171)
Capít ulo 72
1Depois disso eu vi outr a lei fé uma luminá ri a inferior, o
nome da qual é a lua, e a órbita da qual é como a órbita
do céu.
2Sua carr u a g e m , a qual secr e t a m e n t e asce n d e , o vento
sopr a; e luz é dad a a ela por medid a.
3Cad a mês em sua saída e ent r a d a ela torn a- se
tra n sfo r m a d a ; e seus período s são como os período s do
sol. E qua n d o de igual man ei r a sua luz é par a existir, (79)
sua luz é uma sétim a porç ã o da luz do sol.
(79) E quan d o de… é par a existir. Isto é, quan d o a lua
est á cheia (Knibb, p. 171).
4Assim ela nasc e, e seu come ço em direç ã o ao leste sai
por trint a dias.
5Naq u e l e tem p o ela apa r e c e , e torn a- se par a você o
come ço do mês. Trinta dias ela est á com o sol no port ã o
do qual o sol nasc e.
73

6Met a d e dela está em prolon g a m e n t o sete porçõ e s, uma


met a d e ; e o total de sua órbit a é sem luz, exceto uma
sétim a porç ão de quat o rz e porçõ e s de sua luz. E de dia
ela rece b e uma sétim a porç ã o, ou a met a d e daqu el a
porç ã o , de sua luz. Sua luz é por sete, por uma porç ã o, e
pela met a d e de uma porç ão . Seus crep ú s c ul o s com o sol.
7E quan d o o sol nasc e, a lua nasc e com ele; e rece b e
met a d e de uma porç ã o de luz.
8Nes t a noite, qua n d o ela com eç a seu período,
previa m e n t e par a o dia do mês, a lua se põe com o sol.
9E naq u el a noite ela é escu r a em suas décim a s qua r t a s
porçõ e s, que é, em cada met a d e ; mas ela nasc e naqu el e
dia com uma sétim a porç ã o aproxim a d a m e n t e , e em seu
prog r e s s o declina do nasc e r do sol.
10Dur a n t e o rest a n t e de seu período sua luz aum e n t a em
quato r z e porçõ e s.
Capít ulo 73
1Ent ã o eu vi outro prog r e s s o e reg ula ç õ e s que Ele
efetuo u na lei da lua. O prog r e s s o das luas, e tudo o que
se relacion a com ela , Uriel most ro u- me, o santo anjo que
adminis t r a a todos.
2Sua s esta çõ e s eu escr evi enq u a n t o ele most r av a- os a
mim.
3Eu escr evi teus mes e s , como eles ocorr e m , e a apa r ê n ci a
de sua luz, até que ela é comple t a d a em quinze dias.
4Em cada um de seus dois sétimo s de porçõ e s ela
compl e t a toda sua luz ao nasc e r e se pôr.
5Em det e r m i n a d o s mes e s ela mud a seus crep ú s c ul o s; e
em det e r m i n a d o s mese s ela faz seu prog r e s s o atr av é s de
cad a port ã o . Em dois portõ e s a lua se põe com o sol.
Naq u el e s dois portõ e s que estão no meio, no terc ei r o e no
qua r t o port ã o. Do terc ei r o port ã o ela sai por sete dias, e
faz seu circuito.
6Nova m e n t e ela retor n a par a o port ã o do qual o sol
74

nasc e, e naq u el e ela comple t a toda a sua luz.


Então ela declina do sol, e entr a por oito dias no sexto
port ã o, e retor n a em sete dias par a o terc ei r o port ã o, no
qual o sol nasc e.
7Qua n d o o sol pross e g u e par a o qua r t o port ã o, a lua sai
por sete dias, até ela pass a r do quinto port ã o .
8Nova m e n t e ela retor n a em sete dias par a o qua r t o
port ã o, e comple t a n d o toda a sua luz, declina, e pass a
pelo prim ei r o port ã o em oito dias;
9E retor n a em sete dias par a o quar t o port ã o, do qual o
sol nasc e u.
10Assim eu vi suas esta çõ e s , como de acor d o com a
orde m fixada dos mes e s o sol nasc e e se põe.
11N e s s e s tem p o s há um excess o de trint a dias
pert e n c e n t e s ao sol em cinco anos; todos os dias
pert e n c e n t e s a cad a ano de cinco anos, qua n d o
compl e t a d o s , som a m trez e n t o s e sess e n t a e quat r o dias; e
ao sol e às estr el a s; deles em cad a um dos cinco anos;
assim trint a dias pert e n c e m a eles;
12De modo que a lua tem trint a dias a menos que o sol e
as estr el a s.
13A lua traz em todos os anos exat a m e n t e , par a que suas
est aç õ e s poss a m vir nem tão adian t e nem tão par a traz
um simple s dia; mas que os anos poss a m ser mud a d o s
com corr e t a precis ã o nos treze n t o s e sess e n t a e quat r o
dias. Em três anos os dias são mil e noven t a e dois; em
cinco anos eles são mil oitoce n t o s e vinte; e em oito anos
dois mil novec e n t o s e vinte dias.
14Pa r a a lua só corr e s p o n d e em três anos mil e sess e n t a e
dois dias; em cinco anos ela tem cinqü e n t a dias menos
que o sol , pois uma adição sendo feita a mil e sess e n t a e
dois dias, em cinco anos há mil sete c e n t o s e sete n t a dias;
e os dias da lua em oito anos são dois mil oitoce n t o s e
trint a e dois dias.
75

15Pois os seus dias em oito anos são meno s que aqu el e s


do sol por oitent a dias, cujos oitent a dias são sua
diminuiç ã o em oito anos.
16O ano ent ão se torn a verd a d ei r a m e n t e compl e t o de
acor do com a est aç ã o da lua, e a esta ç ã o do sol; o qual
nasc e em difer e n t e s portõ e s; o qual nasc e e se pões neles
por trint a dias.
Capít ulo 74
1 Este s são os líder e s dos chefes dos milha r e s , os quais
presid e m sobr e toda criaç ã o, e sobr e todas as estr el a s;
com os quat r o dias que são adicion a d o s e nunc a se
sepa r a m do luga r a eles det e r m i n a d o s , de acor do com o
cálculo comple t o do ano.
2E este s serve m quat r o dias, os quais não são cont a d o s no
cálculo do ano.
3Com resp eit o a eles, os hom e n s err a m gran d e m e n t e ,
pois esta s luminá ri a s verd a d e i r a m e n t e serve m , no luga r
de habit a ç ã o do mun d o, um dia no prim ei r o port ã o, um
dia no terc ei r o port ã o, um dia no qua r t o port ã o, e um dia
no sexto port ã o.
4E a har m o ni a do mun d o torn a- se comple t o a cada
treze n t o s e sess e n t a e quat r o esta d o s dele. Par a os sinais.
5As esta çõ e s ,
6Os anos,
7E Uriel me most r o u os dias; o anjo que o Senho r da
glória escolh e u sobr e toda s as lumin á ri a s.
8Do céu no céu, e no mun do; par a que poss a gover n a r na
face do céu, e apa r e c e n d o sobr e a terr a , se torn a m .
9Cond u t o r e s dos dias e noites: o sol, a lua, as estr el a s, e
toda s as luminá ri a s do céu, que fazem seu circuito com
toda s as carr u a g e n s do céu.
10Ent ã o Uriel me most r o u doze portõ e s aber t o s par a o
circuito das carr u a g e n s do sol no céu, no qual os raios do
sol bate m .
76

11Dele s proc e d e calor sobr e a terr a , quan d o eles são


abe r t o s em suas det e r m i n a d a s est aç õ e s. Eles são estão
par a os ventos, e o espírito da neblina, qua n d o em suas
est aç õ e s eles são aber t o s; aber t o s no céu nas suas
extre m i d a d e s .
12Doze portõ e s eu vi no céu, nas extr e m i d a d e s da terr a,
atrav é s do qual o sol, a lua e estr el a s, e toda s as obr a s do
céu, proc e d e m no seu nasc e r e no seu crep ú s c ul o.
13Muit a s janelas tam b é m são abe r t a s à direit a e à
esqu e r d a .
14U m a janela num a cert a esta ç ã o se torn a extr e m a m e n t e
quen t e . Assim tam b é m est ão portõ e s dos quais as estr el a s
sae m quan d o são coma n d a d a s , e nos quais se põem de
acor do com seu núm e r o.
15Eu vi igualm e n t e as carr u a g e n s do céu, corr e n d o no
mun d o acim a daqu el e s portõ e s nos quais se movim e n t a m
as estr el a s que jamais declina m . Um deles é maior de
todos, que vai ao redo r de todo o mun d o.
Capít ulo 75
1E nas extr e m i d a d e s da ter r a eu vi doze portõ e s abe r t o s
par a todos os ventos, dos quais eles sae m e sopr a m sobr e
a terr a .
2Três deles estão abe r t o s em frent e do céu, três no oest e,
três no lado direito do céu, e três no lado esqu e r d o . Os
três prim ei r o s são aquel e s que est ão virados par a o leste,
três estão virado s par a o nort e, tres atr á s daqu el e s que
est ão sobr e a esqu e r d a , virados par a o sul, e três par a o
oest e.
3De quat r o deles sae m ventos de bênç ã o, e de cura; e de
oito vêm ventos de puniçã o ou castigo; qua n d o eles são
enviado s par a dest r ui r a terr a , e o céu acim a dela, todos
os seus habit a n t e s , e e tudo o que está nas águ a s , ou na
terr a seca.
4O prim ei r o dest e s ventos proc e d e do port ã o orient al,
77

atrav é s do prim ei r o port ã o ao leste, o qual se inclina par a


o sul. Dest e port ã o sae m a dest r ui ç ã o, a aridez, o calor e a
per diç ã o.
5Do segu n d o port ã o, o do meio, proce d e a equid a d e . Dele
ema n a m a chuva, a abun d â n c i a , a saúd e e
o orvalho; e do terc ei ro port ã o ao nort e, vêm o frio e a
seca.
6Depois dest e s proce d e m os ventos do sul atr av é s de três
princip ais portõ e s; atr av é s do seu prim ei r o port ã o, que
inclina- se par a o leste, vem um vento que n t e .
7Mas do port ã o do meio vem um agr a d á v el odor, orvalho,
chuva, saúd e e vida.
8Do terc ei r o port ã o, que está ao oest e, vem orvalho,
chuva, ruína e dest r ui ç ã o.
9Depois dess e s est ão os ventos do nort e, que é cha m a d o
mar. Eles vêm dos três portõ e s. O prim ei r o (80) port ã o é
aqu el e que está ao leste, inclina n d o- se ao sul; dest e vem
orvalho, chuva, ruína e dest r ui ç ã o. Direto do port ã o do
meio vem chuva, orvalho, vida e saúd e. E do terc ei r o
port ã o, que est á ao leste, inclina n d o- se ao sul, vem névoa,
gea d a , neve, chuva, orvalho e dest r ui ç ã o.
(80) Prim ei ro. Ou, "sétimo" (Knibb, p. 178).
10De pois dest e s, no qua r t o qua d r a n t e est ão os ventos do
oest e. Do prim ei r o port ã o, inclina n d o- se ao nort e, vem
orvalho, chuva, gea d a , neve e frio; do port ã o do meio vem
chuva, saúd e e bênç ã o;
11E do último port ã o, que está ao sul, vem seca,
dest r ui ç ã o, queim a e per diç ã o.
12O infor m e dos doze portõ e s dos quat r o quad r a n t e s do
céu est á ter mi n a d a .
13Tod a s as suas leis, toda s as suas imposiçõ e s de
puniç ão, e a saúd e prod uzid a por eles, eu expliqu ei a ti,
meu filho Matu s al é m . (81)
(81) Matu s al é m . Filho de Enoqu e, Cp. Gen. 5:21.
78

Capít ulo 76
1O prim ei r o vento é cha m a d o orien t al, porq u e é o
prim ei r o.
2O segu n d o é cha m a d o do sul, porq u e o Altíssimo desc e, e
freq ü e n t e m e n t e ali desc e aquel e que é abe n ç o a d o par a
sem p r e .
3O vento ocide n t al tem o nom e de diminuiç ã o, porq u e ali
toda s as luminá ri a s do céu est ão diminuí d a s , e desc e m .
4O qua r t o port ã o, cujo nom e é do nort e, é dividido em
três part e s; uma das quais é par a a habit a ç ã o do hom e m ;
outr a part e par a mar e s de águ a s, com vales, bosq u e s ,
rios, luga r e s somb rio s, e neve, e a terc ei r a part e cont é m o
par aíso.
5Set e altas mont a n h a s eu vi, mais altas do que toda s as
mont a n h a s da ter r a , de onde o cong el a m e n t o proce d e ;
enqu a n t o os dias, est aç õ e s , e anos pass a m .
6Set e rios eu vi sobr e a terr a , maior e s que todos os rios,
um dos quais toma seu curso do oest e; par a um gra n d e
mar suas águ a s fluem.
7Dois vêm do nort e par a o mar, suas águ a s fluem par a o
Mar da Eritr éi a, (82) no leste. E com res p ei t o aos outros
quat r o, eles tom a m seu curso na cavida d e do nort e, d ois
par a seu mar, o mar da Eritr éi a, e dois são der r a m a d o s
num gra n d e mar, onde tam b é m é dito que é um dese r t o.
(82) O Mar Verm elh o.
8Set e gran d e s ilhas eu vi no mar da terr a. Set e no gran d e
mar.
Capít ulo 77
1Os nom e s do sol são este s: um é Aryar e s, o outro Tomas.
2A lua tem quat r o nom e s. O prim ei r o é Asonya; o
segu n d o, Ebla; o terc ei r o, Bena s e; e o quar t o, Era e.
3Est e s são as duas gran d e s luminá ri a s , cujas órbit a s são
como as órbita s do céu; e as dime n s õ e s de ambos são
iguais.
79

4Na órbit a do sol há uma sétim a porç ão de luz, a qual é


adicion a d a àquel a que vem da lua. (83) Elas se põem,
ent r a m no port ã o ocide n t al, circul a m pelo nort e, e atr av é s
do port ã o orien t al pass a m pela face do céu.
(83) Uma sétim a porç ã o… da lua. Ou, "set e part e s da luz
que são adicion a d a s e ele mais do que à lua" (Knibb, p.
182).
5Qua n d o a lua nasc e, ela apa r e c e no céu; e a met a d e da
sétim a porç ão de luz é tudo o que está nela.
6Em qua r e n t a dias toda a sua luz é compl e t a d a .
7 Por três quínt u plo s de luz são coloca d o s nela, até que
em quinze dias sua luz é compl e t a d a , de acor do com os
sinais do ano; ela tem três quínt u plo s.
8A lua tem a met a d e de uma sétim a porçã o.
9Dur a n t e sua diminuiç ã o no prim ei r o dia sua luz decr e s c e
uma décim a qua r t a part e; no segu n d o dia é diminuí d a
uma décim a terc ei r a par t e; no terc ei r o dia uma décim a
segu n d a part e; no qua r t o dia uma décim a prim ei r a part e;
no quinto dia uma décim a part e; no sexto dia uma nona
part e; no sétimo dia ela decr e s c e uma oitava part e; no
oitavo dia ela decr e s c e uma sétim a part e; no nono dia ela
decr e s c e uma sexta part e; no décimo dia ela decr e s c e
uma quint a part e; no décimo prim ei r o dia ela decr e s c e
uma qua r t a par t e; no décimo segu n d o dia ela decr e s c e
uma terc ei r a part e; no décimo terc ei r o dia ela decr e s c e
uma segu n d a par t e; no décimo qua r t o dia ela decr e s c e a
met a d e de uma sétim a part e; e no décimo quinto dia todo
o rest a n t e da sua luz é cons u mi d o.
10Nos mes e s decla r a d o s a lua tem vinte e nove dias.
11Ela tam b é m tem um período de vinte e oito dias.
12Uri el igual m e n t e most r o u- me outro regul a m e n t o ,
quan d o a luz é der r a m a d a nela vinda do sol.
13Todo o tem po em que a lua está em prog r e s s o com a
sua luz, que é cons u mi d a na pres e n ç a do sol, até que sua
80

luz em quat o rz e dias seja comple t a d a no céu.


14E quan d o é total m e n t e extint a, sua luz é cons u mi d a no
céu; e no prim ei r o dia ela é cha m a d a lua nova, pois
naq u el e dia luz é rece bi d a nela.
15Ela torn a- se precis a m e n t e comple t a no dia em que o sol
desc e no oest e, enq u a n t o a lua sobe à noite do leste.
16A lua ent ão brilha toda a noite, até que o sol se levant e
diant e dela; qua n d o a lua desa p a r e c e diant e do sol
17De onde a luz vem par a a lua, ali nova m e n t e ela
decr e s c e , até que toda sua luz sem a exting ui d a , e os dias
da lua pass a m .
18Ent ã o sua órbita per m a n e c e solitá ri a sem luz.
19Dur a n t e três mes e s ela efet u a em trint a dias, a cad a
mês seu período; e dur a n t e mais três mes e s ela efet u a- o
em vinte e nove dias. Este s são os tem po s nos quais ela
efetu a seu decr é s ci m o em seu prim ei r o período, e no
prim ei r o port ã o, nom e a d a m e n t e , e, cento e sete n t a e sete
dias.
20E no tem p o de seu and a m e n t o dur a n t e três mes e s ela
apr e c e trint a dias cada, e dur a n t e mais três mes e s ela
apa r e c e vinte e nove dias cada.
21À noite ela apa r e c e a cada vinte dias como a face de um
home m , e no dia como o céu; pois ela não é nad a além de
sua luz.
Capít ulo 78
1E ent ão, meu filho Mat u s al é m , eu te most r ei tudo; e o
relato de toda orde n a n ç a das estr el a s do céu est á
ter mi n a d o .
2Ele most r o u- me todo decr e t o com res p ei t o a elas, o que
toma luga r em todos os temp o s e em todas as esta çõ e s
sob cada influê n ci a, em todos os anos, na cheg a d a e sob a
reg r a de cada, dur a n t e cad a mês e a cada sem a n a . Ele
most r o u- me e tam b é m o decr é s ci m o da lua, que é
efetu a d a no sexto port ã o; pois naq u el e sexto port ã o sua
81

luz é consu m i d a .
3E lá é o come ço do mês; e seu decr é s ci m o é efetu a d o no
sexto port ã o em seu período, até cento e sete n t a e sete
dias são compl e t a d o s ; de acor d o com o modo do cálculo
pelas sem a n a s , vinte e cinco sem a n a s e dois dias.
4 Seus período s são menos que os do sol, de acord o com a
reg r a das estr el a s, por cinco dias em meio ano (84)
precis a m e n t e .
(84) Em meio ano. Liter al m e n t e "em um tem p o"
(Laur e n c e , p. 110).
5Qua n d o aqu el a sua visível situa ç ã o é comple t a d a . Assim
é o apa r e ci m e n t o e a sem el h a n ç a de toda luminá ri a, que
Uriel, o gra n d e anjo que as cond uz, most r o u- me.
Capít ulo 79
1Naq u e l e s dias Uriel respo n d e u- me e disse: Eu most r ei- te
toda s as coisas, oh Enoq u e;
2E toda s as coisas eu te revelei. Você viu o sol, a lua, e
aqu el e s que cond uz e m as estr el a s do céu, que ocasion a m
toda s as suas oper a ç õ e s , est aç õ e s , e cheg a d a s par a
reto r n o.
3Nos dias dos peca d o r e s os anos ser ão encu r t a d o s .
4Sua sem e n t e ser á retr o a gi d a em seu prolífico solo; e
tudo o que é feito na terr a ser á subve r ti d o, e
desa p a r e c e m em suas est aç õ e s. A chuva ser á rest ri n gi d a ,
e o céu aind a per m a n e c e r á .
5Naq u e l e s dias os frutos da terr a serã o tar dios, e não
floresc e r ã o na sua esta ç ã o; e em sua esta ç ã o os frutos das
árvor e s ser ão retidos.
6A lua mud a r á suas leis, e não ser á vista em seu período.
Mas naq u el e s dias o céu ser á vista; e este rilida d e toma r á
luga r nas front ei r a s das gra n d e s carr u a g e n s no oest e. O
céu brilha r á mais do que qua n d o ilumin a d o por orde m da
luz; enqu a n t o muitos chefes entr e as estr el a s de
autori d a d e err a r ã o , perve r t e n d o seus camin h o s e obra s.
82

7Elas não apa r e c e r ã o na sua esta ç ã o, que lhes foi


orde n a d a , e todas as class e s de estr el a s ser ã o fecha d a s
cont r a os peca d o r e s .
8Os pens a m e n t o s daqu el e s que habit a m na ter r a
tra n s g r e d i r ã o dent r o deles; e eles se perve r t e r ã o em
todos so seus camin h o s.
9Eles tra n s g r e d i r ã o , e consid e r a r ã o a si mes m o s (85)
deus e s ; enqu a n t o que o mal se multiplica r á ent r e eles.
(85) A si mes m o s . Ou, "eles” i.e., os chefes ent r e as
estr el a s (vs. 6) (Knibb, p. 186).
10E castigo virá sobr e eles, par a que todos eles sejam
dest r uí d o s.
Capít ulo 80
1ele disse: Oh, Enoqu e, olha no livro que o céu tem
gra d u al m e n t e der r a m a d o ; (86) e, lendo o que est á escrito
nele, ente n d a toda par t e dele.
(86) O livro que… der r a m a d o . Ou, "o livro das tábu a s do
céu" (Knibb, p. 186).
2Ent ã o eu olhei em tudo o que est á escrito, e ent e n di
tudo, lendo o livro e todas as coisas escrit a s nele, e
ent e n di tudo, toda s as obras do hom e m ;
3E de todos os filhos da carn e sobr e a ter r a, dur a n t e as
ger a ç õ e s do mun d o.
4Ime di a t a m e n t e depois eu vi o Senho r, o Rei da glória, o
qual tem assim par a sem p r e o Gover n a n t e de toda a
criaç ã o.
5E eu glorifiqu ei o Senho r, por cont a de sua
longa ni mi d a d e e bênç ã o s par a com os filhos do mun d o.
6Naq u e l e tem p o eu disse: Abenço a d o é o hom e m que
mor r e justo e bom, cont r a que m nenh u m a relaç ã o de
crime foi escrito, e em que m iniqüid a d e não é encon t r a d a .
7Ent ã o aqu el e s três santo s fizera m com que eu me
aproxi m a s s e , e coloca r a m- me na terr a , diant e da port a da
minh a casa.
83

8E eles disse r a m - me: Explica tudo a Matu s al é m , teu filho;


e infor m a a todos os teus filhos, que nenh u m a carn e será
justifica d a diant e do Senho r; pois Ele é seu Criado r.
9Dur a n t e um ano nós te deixar e m o s com teus filhos, até
que tenh a s nova m e n t e reto m a d o suas força s, par a que
possa s instr ui r tua família, escr ev e esta s coisas e explica-
as aos teus filhos. Mas em outro ano tu ser á s tom a d o do
meio deles; e seus coraçõ e s ser ã o fortaleci do s; pois os
eleitos apon t a r á a retid ã o par a outros eleitos; os justos
com os justos se regozija r ã o, cong r a t u l a n d o- se uns com os
outro s, mas os peca d o r e s com os pec a d o r e s morr e r ã o ,
10E os perve r ti d o s com os perve r ti d o s ser ã o afoga d o s .
11Aqu el e s que tam b é m agira m ret a m e n t e morr e r ã o por
cont a das obra s dos hom e n s , e ser ão reu ni do s por caus a
das obra s dos iníquos.
12N a q u e l e s dias eles ter mi n a r a m de conve r s a r comigo.
13E eu retor n ei par a meus comp a n h e i r o s , abe n ç o a n d o o
Senh o r dos mun d o s.
Capít ulo 81
1Agor a, meu filho Matu s al é m , todas esta s coisas eu te
falei, e te escr evi. A você eu revelei tudo, e te dei os livros
de tudo.
2Pr e s e r v e , meu filho Matu s al é m , os livros escrito s por teu
pai; par a que possa s revelá- los às futur a s ger a ç õ e s .
3Eu tenho dado a ti sabe d o ri a, aos teus filhos e à tua
post e ri d a d e , par a que eles poss a m revela r aos seus filhos,
por ger a ç õ e s par a sem p r e , est a sabe d o ri a em suas
palavr a s ; e par a que aqu el e s que comp r e e n d e m não
dur a r a m , mas ouça m com seus ouvidos; par a que eles
possa m apr e n d e r sabe d o ri a, e seja m consid e r a d o s dignos
de come r esta saud á v el comid a.
4Aben ço a d o s são todos os justos, abe n ç o a d o s são todos os
que and a m em retid ã o, nos quais crime não é encon t r a d o ,
como nos peca d o r e s , qua n d o todos os seus dias são
84

cont a d o s .
5Com resp eit o ao prog r e s s o do sol no céu, ele entr a e sai
de cada port ã o por trint a dias, com os líder e s de milha r e s
de estr el a s; com quat r o que são adicion a d a s , e apa r e c e m
nos quat r o qua r t o s do ano, os quais cond uz e m- nos, e
acom p a n h a m - nos em seus quat r o períodos.
6Com resp eit o a eles, os hom e n s err a m gran d e m e n t e , e
não calcula m- nos nos cálculos de cada era;
pois eles gra n d e m e n t e err a m com resp eit o a eles; os
home n s conh e c e m acur a d a m e n t e o que eles são no
cálculo do ano. Mas cert a m e n t e eles são marc a d o s a
menos par a sem p r e ; um no prim ei r o port ã o, um no
terc ei r o, um no qua r t o, e um no sexto:
7Pa r a que o ano esteja comple t o em treze n t o s e sess e n t a
e quat r o dias.
8Verd a d ei r a m e n t e tem sido decla r a d o , e acur a d a m e n t e
tem sido calcula d o o que est á marc a d o ; pois as
lumin á ri a s, os mes e s, os período s fixados, os anos, e os
dias, Uriel explicou a mim, e com u nico u a mim; a que m o
Senh o r de toda criaç ã o, por consid e r a ç ã o de mim,
orde n o u , (de acor d o com o pode r do céu, e o pode r que
ele poss ui tanto de dia quan t o de noite) pra explica r as
leis da luz ao hom e m , do sol, da lua, e das estr el a s , e de
todo o pode r do céu, que est á voltado em suas resp e c tiv a s
órbita s.
9Est a é a orde n a n ç a das estr el a s, que se põe m em seus
luga r e s , em suas esta çõ e s , em seus período s, em seus
dias, e em seus mes e s.
10Est e s são os nom e s daq u el e s que as cond uz e m , que
vigiam e entr a m em suas est aç õ e s de acord o com suas
orde n a n ç a s e seus período s, em seus mes e s, nos tem po s
de sua influê n ci a, e em suas esta ç õ e s .
11Qu a t r o cond u t o r e s deles ent r a m prim ei r o, os quais
sepa r a m os quat r o qua r t o s do ano. Depois dest e s , doze
85

cond u t o r e s de suas class e s, que sepa r a m os mes e s e o


ano em treze n t o s e sess e n t a e quat r o dias , com os líder e s
de mil, os quais disting u e m entr e os dias, tanto quan t o
ent r e os quat r o adicion ai s; os quais, como cond u t o r e s ,
divide m os quat r o qua r t o s do ano.
12Est e s líder e s de mil est ão no meio dos cond u t o r e s , e
aos cond u t o r e s são adicion a d o s atr á s de sua esta ç ã o, e
seus cond u t o r e s faze m a sep a r a ç ã o . Estes são os nom e s
dos cond u t o r e s , os quais sepa r a m os quat r o qua r t o s do
ano, os quais são escolhido s sobr e eles : Melkel,
Hela m m e l a k ,
13Meliyal, and Nar el.
14E os nome s dos que cond uz e m- nos são Adnar el,
Jyasus al, e Jyelum e al.
15Est e s são os três que segu e m os cond u t o r e s das class e s
de estr el a s ; cada um segui n d o os três cond u t o r e s de
class e s, os quais segu e m aquel e s cond u t o r e s das
est aç õ e s , que divide m os quat r o quar t o s do ano.
16N a prim ei r a part e do ano levant a- se e gover n a
Melkyas, que é cha m a d o Tama ni, e Zahay. (87)
(87) Tam a ni, e Zahay. Ou, "o sol do sul" (Knibb, p. 190).
17Todos os dias de sua influê n ci a, dur a n t e os quais ele
gover n a , são noven t a e um dias.
18E estes são os sinais dos dias que são vistos sobr e a
terr a . Nos dias de sua influên ci a há tra n s pi r a ç ã o , calor e
dificuld a d e . Todas as árvor e s se torn a m frutífer a s ; as
folhas de cad a árvor e apa r e c e m ; o milho é colhido; a rosa
e todas as espé ci e s de flores floresc e m no cam p o; e as
árvor e s do inver n o são seca d a s .
19Est e s são os nom e s dos cond u t o r e s que est ão sob eles:
Barkel, Zelsa b el; e outro cond u t o r adicion al de mil é
cha m a d o Heloyalef, os dias de cuja influê n ci a tem sido
compl e t a d o s . O outro cond u t o r depois deles é
Hele m m e l e k, cujo nom e eles cha m a m o esplê n di d o Zahay.
86

(88)
(88) Zahay. Ou, "sol" (Knibb, p. 191).
20Todos os dias de sua luz são noven t a e um dias.
21Est e s são os sinais dos dias sobr e a ter r a , calor e seca;
enqu a n t o as árvor e s dão seus frutos, aque ci d a s e
pre p a r a d a s , e dão seus frutos par a seca.
22Os reb a n h o s segu e m e cria m (89) Todos os frutos da
terr a são colhidos, com tudo nos cam p o s, e as vinha s são
pisad a s . Isto acont e c e dur a n t e o tem po de sua influên ci a.
(89) Segu e m e criam. Acasala m e dão filhos.
23Est e s são seus nom e s e orde n s , e os nom e s dos
cond u t o r e s que est ão sob eles, dos que são chefes de mil:
Geda ey al, Keel, Heel.
24E o nom e do líder adicion al de mil é Aspha el.
25Os dias de sua influên ci a foi comple t a d o .
Capít ulo 82
1E agor a e te most r ei, meu filho Matu s al é m , toda visão
que eu vi ante s de você nasc e r . Eu relat a r e i outr a visão,
que eu vi ant e s que eu fosse casa d o; elas asse m e l h a m - se
uma à outr a.
2A prim ei r a foi quan d o eu est av a apr e n d e n d o de um livro;
e a outr a eu est av a casa d o com tua mãe. Eu vi uma
pote n t e visão;
3E por cont a dest a s coisas eu supliqu ei ao Senho r .
4 Eu estav a deita d o na casa de meu avô Malalel, qua n d o
eu vi num a visão o céu se purifica n d o, e sendo
arr e b a t a d o . (90)
(90) Purifica n d o, e sendo arr e b a t a d o . Ou, "estav a sendo
arr e m e s s a d o e removido" (Knibb, p. 192).
5E caindo na ter r a , (91) eu vi igual m e n t e a terr a sendo
absorvid a por um gran d e abis m o; e mont a n h a s
susp e n d i d a s sobr e mont a n h a s .
(91) e caindo na terr a . Ou, "e quan d o ele caiu sobr e a
terr a" (Knibb, p. 192).
87

6Mont a n h a s fora m afund a d a s sobr e colinas, á rv o r e s


impon e n t e s plan a r a m sobr e seus tronco s, e estav a m no
ato de ser e m projet a d a s , e de sere m arr e m e s s a d a s par a o
abis m o.
7 Esta n d o alar m a d o por esta s coisas, minh a voz hesitou.
(92) Eu clam ei e disse: A ter r a é dest r uí d a .
Então meu avô Malalel levant o u e disse- me: Por que
clam a s, meu filho? E por que lame n t a s ?
(92) Minh a voz hesitou. Liter al m e n t e "a palavr a caiu de
minh a boca" (Laur e n c e , p. 118).
8Eu relat ei a ele toda a visão que eu havia visto. Ele disse-
me: Confir m a d o está o que tu tem visto, meu filho;
9E pote n t e a visão do teu sonho com resp ei to a todo
peca d o secr e t o da terr a. Sua subs t â n ci a ser á sub m e r s a no
abis m o, e gran d e dest r ui ç ã o acont e c e r á .
10Agor a, meu filho, levant a; e suplica ao Senho r da glória
(pois tu és fiel), par a que um rem a n e s c e n t e poss a ser
deixado sobr e a terr a , e que ele poss a não dest r uí- lo
totalm e n t e . Meu filho, toda est a cala mi d a d e sobr e a terr a
desc e r á do céu; sobr e a ter r a have r á gran d e dest r ui ç ã o.
11Ent ã o eu levant ei, orei, e implor ei; e escr evi minh a
oraç ã o par a as ger a ç õ e s do mun d o, explica n d o tudo ao
meu filho Matu s al é m .
12Qu a n d o eu desci abaixo, e olha n d o par a o céu, vi o sol
vindo do leste, a lua desc e n d o do oest e, e algu m a s
estr el a s esp alh a d a s , e tudo o que Deus tem conh e ci d o
desd e o princípio, eu aben ç o ei o Senho r do julga m e n t o , e
mag nifiq u ei- o: porq u e ele tem enviado o sol dos apos e n t o s
(93) do leste; par a que, asce n d e n d o e levant a n d o na face
do céu, poss a cresc e r e segui r o camin h o que foi apon t a d o
par a ele.
(93) Apose n t o s .. Liter al m e n t e , "janel as" (Laur e n c e , p.
119).
Capít ulo 83
88

1Eu elevei minh a s mãos em retid ã o, e abe n ç o ei o santo, e


o Gran d e . Eu falei com o sopro da minh a boca, e com a
língu a da carn e, que Deus havia form a d o par a todos os
filhos dos hom e n s mort ais, par a que eles poss a m falar;
dan do- lhes fôlego, boca, e língu a par a conve r s a r .
2Aben ço a d o és tu, Ó Senh o r, o Rei, gra n d e e pode r o s o em
sua gran d e z a , Senho r de toda criat u r a do céu, Rei dos
reis, Deus de todo o mun d o, cujo reina d o, e cujo reino e
majes t a d e dur a m par a sem p r e e sem p r e .
3 De ger a ç ã o a ger a ç ã o teu domínio existir á . Todos os
céus são teu trono par a sem p r e , e toda a terr a o esca b elo
de teus pés par a sem p r e e sem p r e .
4Pois tu os fez, e sobr e todos reina s. Nen h u m ato exced e
teu pode r. Com tua sabe d o ri a és imut áv el,
nem do teu trono, nem de tua pres e n ç a ela nunc a se
desvia. Tu sabe s todas as coisas, vês e ouve- as; nad a se
escon d e de ti; pois tu perc e b e s toda s as coisas.
5Os anjos de teus céus tran s g r e d i r a m , e em car n e mort al
tua ira per m a n e c e , até o dia do gra n d e julga m e n t o ,
6Ent ã o, Ó Deus, Senho r e pode r o s o Rei, eu imploro- te, e
suplico- te que res po n d a s minh a oraç ã o, par a que uma
post e ri d a d e me poss a ser deixad a na terr a, e que toda a
raça hum a n a não per e ç a;
7Pa r a que a terr a não seja deixad a destit uí d a , e
dest r ui ç ã o tome lugar par a sem p r e .
8Ó meu Senh o r, que per e ç a da ter r a a raça que tem te
ofendido, mas que uma justa e ret a raça esta b el e ç a s por
uma post e ri d a d e (94) par a sem p r e . Não escon d a s tua
face, ó Senho r , da oraç ã o do teu servo.
(94) Por uma poste ri d a d e . Liter al m e n t e "par a a plant a de
uma sem e n t e " (Laur e n c e , p. 121).
Capít ulo 84
1Depois disto eu vi outro sonho, e expliqu ei- o todo a ti,
meu filho. Enoq u e levanto u e disse a seu filho Mat u s al é m :
89

A ti, meu filho, eu falar ei. Ouvi minh a palavr a, e inclina


teu ouvido ao sonho
visioná rio de teu pai. Antes que eu tivess e casa d o com
Edna, tua mãe, eu vi uma visão em minh a cam a; (95)
(95) Esta segu n d a visão de enoq u e par e c e repr e s e n t a r em
lingu a g e m simbólica a históri a comple t a do mun d o desd e
o tem p o de Adão até o julga m e n t o final e o
est a b el e ci m e n t o do Reina d o Messi â ni co. (Cha rl e s, p. 227).
2E vi, uma vaca cresc e r da terr a ;
3E esta vaca era bra n c a .
4Depois disso uma novilha fême a cresc e u ; e com ela outro
beze r r o: (96) Um deles era neg r o, e outro
era ver m el h o. (97)
(96) Outro beze r r o. O senso par e c e req u e r e r que a
pass a g e m deve ser lida: "dois outros beze r r o s" (Laur e n c e ,
p. 121).
(97) Caim e Abel.
5O beze r r o neg r o ent ã o golpeo u o verm el h o, e o
pers e g ui u sobr e a terr a .
6Daq u el e tem po em diant e eu não pud e ver nad a mais a
res p eit o do beze r r o verm el h o; mas o neg r o aum e n t o u de
tam a n h o , e uma novilha fême a veio com ele.
7Depois disto eu vi muit a s vacas proc e d e r a m , reuni n d o- se
a ele, e segui n d o após ele.
8A prim ei r a jovem fême a tam b é m saiu da pres e n ç a da
prim ei r a vaca; e proc u r o u o beze r r o verm el h o, mas não o
enco n t r o u .
9E ela lame n t o u com gra n d e lame n t a ç ã o , enqu a n t o ela
proc u r a v a por ele.
10Ent ã o eu olhei até que aqu ela prim ei r a vaca veio até
ela, e dess e tem p o em diant e, ela se torno u silent e, e
cesso u de lame n t a r .
11De pois disso ela pariu outr a vaca bra n c a .
12E nova m e n t e pariu muit a s vacas e beze r r o s negr o s.
90

13E m meu sonho eu tam b é m perc e bi um touro bra n c o, o


qual de igual man ei r a cres c e u , e se torno u um enor m e
anim al.
14De pois dele muita s vacas bran c a s viera m , se junta n d o a
ele.
15E eles come ç a r a m a parir muita s outr a s vacas bra n c a s ,
que se asse m e l h a r a m a eles e seguir a m uma s às outr a s.
Capít ulo 85
1Nova m e n t e eu olhei aten t a m e n t e , enqu a n t o dor mi n d o, e
exami n ei o céu acim a.
2E vi uma estr el a cair do céu.
3A qual est a n d o levant a d a , come u e fugiu de ent r e
aqu el a s vacas.
4Depois disso eu vi outr a s gran d e s e vacas negr a s ; e vi
toda s elas mud a r e m suas baias e past a g e n s , e
vi seus jovens come ç a m a lame n t a r um com o outro.
Nova m e n t e eu vi em minh a visão, e examin ei o céu; ent ã o
vi muit a s estr el a s desc e n d o , e projet a n d o- se do céu par a
onde a prim ei r a estr el a estav a,
5No meio dest e s jovens; enqu a n t o as vacas est av a m com
eles, alime n t a n d o- se no meio deles.
6Eu olhei e obse rv ei- os; quan d o olhei, eles todos agira m
segu n d o a man ei r a dos cavalos, e com eç a r a m a se
aproxi m a r das vaca s novas, e toda s elas ficar a m pre n h e s ,
e ger a r a m elefan t e s , cam elos e asnos
7Nisto toda s as vacas ficar a m alar m a d a s e apavo r a d a s ;
quan d o elas come ç a r a m mor d e r com seis dent e s ,
trag a n d o e golpe a n d o com seus chifre s.
8Elas com eç a r a m tam b é m a devor a r as vacas; e vi todos
os filhos da ter r a tre m e r e m , choca d o s com o ter ro r deles,
e de repe n t e fugira m .
Capít ulo 86
1Nova m e n t e eu perc e bi- os, qua n d o eles com eç a r a m a
mor d e r e devor a r um ao outro; e a terr a clamo u. Então eu
91

levant ei meus olhos uma segu n d a vez em direç ã o ao céu,


e vi num a visão que, eis que viera m do céu como se fosse
a sem el h a n ç a de hom e n s bra n c o s. Um veio, e três com
ele.
2Aquele s três, que viera m por último, pega r a m - me pela
minh a mão; e ergu e r a m - me das ger a ç õ e s da terr a ,
eleva r a m- me a uma alta est aç ã o.
3Ent ã o eles most r a r a m - me uma elevad a torr e na terr a,
enqu a n t o todo mont e torno u- se diminuí do. E eles
disse r a m : Per m a n e c e aqui, até que perc e b a o que virá
sobr e esse s elefan t e s , cam elos, e asnos, sobr e as estr el a s,
e sobr e as vacas.
Capít ulo 87
1Ent ã o eu olhei par a um dos quat r o hom e n s bra n c o s, que
veio prim ei r o.
2Ele segu r o u a prim ei r a estr el a que caiu do céu.
3E ama r r a n d o- a, mãos e pés, lançou- a a um vale; um vale
estr ei to, profun d o, estu p e n d o , e escu r o.
4Ent ã o um deles puxou sua esp a d a , e deu- a aos elefan t e s ,
cam elos, e asnos, que come ç a r a m a mor d e r um ao outro.
E toda a terr a tre m e u por caus a deles.
5E enq u a n t o eu via a visão, eis, um daqu el e s quat r o anjos
que viera m , lança d o do céu, reu ni u e tocou toda s as
gra n d e s estr el a s, cuja form a asse m e l h a- se parci al m e n t e à
dos cavalos; e ama r r a n d o os todos, mãos e pés, lanço u- as
nas cavida d e s da terr a.
Capít ulo 88
1Ent ã o um daq u el e s quat r o foi par a as vacas bra n c a s , e
ensino u a elas um misté rio. Enqu a n t o as vacas estav a m
tre m e n d o , ele nasc e u e torno u- se um hom e m , (98) e
fabricou par a si um gra n d e barco.
Nele ele habito u, e três vacas (99) habit a r a m com ele
naq u el e barco, que cobriu- os.
(98) Noé.
92

(99) Sem, Cam, e Jafé.


2Nova m e n t e eu elevei meu s olhos par a o céu, e vi um
opone n t e telha d o. Acima dele havia sete cata r a t a s , que
der r a m a v a m num a cert a vila muit a águ a.
3Nova m e n t e eu olhei, e vi que havia m fonte s aber t a s na
terr a naqu el a gran d e vila.
4A águ a com eç o u a ferve r, e eleva r- se sobr e a terr a; de
modo que a vila não foi vista, enqu a n t o todo o solo foi
cobe r t o com águ a.
5Muit a águ a saiu dela, escu ri d ã o, e nuve n s. Então eu
exami n e a altur a dest a águ a, e ela est av a elevad a acim a
da vila.
6Ela fluiu sobr e a vila, e ficou mais alta do que a terr a.
7Ent ã o toda s as vacas que estav a m junta s lá, enqu a n t o eu
olhava par a elas, fora m sub m e r s a s , trag a d a s , e dest r uí d a s
na águ a.
8Mas o barco flutuo u sobr e ela. Todas as vacas, os
elefan t e s , os cam elos, e os anos fora m afoga d o s na terr a,
e todo gado. Eu não pude vê- los. Nem eles fora m cap az e s
de fugir, mas per e c e r a m , e afund a r a m no abis m o.
9Nova m e n t e eu vi num a missão até aquel a s cat a r a t a s
fora m rem ovid a s daqu el e elevad o telha d o, e as fonte s da
terr a se torn a r a m equ aliza d a s , enq u a n t o outro s abis m o s
fora m abe r t o s;
10Pa r a os quais as águ a s com eç a r a m a desc e r , até a terr a
seca apa r e c e r .
11O barco per m a n e c e u na ter r a; a escu ri d ã o retr oc e d e u ;
e se torno u em luz.
12Ent ã o a vaca bran c a , que se torno u num hom e m , saiu
do barco, e três vacas com ele.
13U m a das três vacas era bra n c a , asse m el h a n d o- se
àqu el a vaca, uma delas era verm el h a como sang u e ; e uma
delas era negr a . E a vaca bran c a deixou- as.
14Ent ã o feras selvag e n s e páss a r o s come ç a r a m a surgi r.
93

15De todos esses tipos difer e n t e s reu ni r a m- se, leões,


tigr e s, lobos, cães, javalis selvag e n s , rapos a s , coelhos e
porcos.
16Cor uj a s, corvos e milhafr e s.
17Ent ã o a vaca bran c a (100) nasc e u no meio deles.
(100) Abraã o.
18E eles come ç a r a m a mord e r um ao outro, enq u a n t o a
vaca bra n c a , que havia nascido no meio deles, trouxe um
asno selvag e m e uma vaca bran c a ao mes m o tem p o e
depois daq u el e muitos asnos selvag e n s . Então a vaca
bra n c a , (101) a qual nasc e u, deu uma porc a neg r a
selvag e m e um cord ei r o bra n c o. (102)
(101) Isaq u e.
(102) Esau e Jacó.
19Aqu el a porc a selvag e m tam b é m deu muitos suínos.
20E aquel e cord ei r o deu doze cord ei r o s. (103)
(103) Os doze pat ri a r c a s .
21Qu a n d o aqu el e s doze cord ei r o s cresc e r a m , eles
ent r e g a r a m um deles (104) aos asnos. (105)
(104) José.
(105) Os Midianit a s.
22Nova m e n t e aqu el e s asnos entr e g a r a m aqu el e cord ei ro
aos lobos, (106)
(106) Os egípcios.
23E ele cresc e u no meio deles.
24Ent ã o o Senho r trouxe as outr a s doze ovelha s, par a que
pud e s s e m habit a r e alime n t a r- se com ele no meio dos
lobos.
25Eles multiplica r a m- se, e houve abun d â n ci a de pastos
par a eles.
26M a s os lobos come ç a r a m a ficar ame d r o n t a d o s e
oprimir a m- nos enq u a n t o eles dest r uí a m seus jovens.
27E eles deixar a m seu jovem em torr e n t e s de águ a
profun d a .
94

28Ent ã o as ovelha s come ç a r a , a clam a r por caus a de seus


filhos, e fugir a m par a refugia r o seu Senho r . Um, (107),
ent r e t a n t o , que foi salvo, esca p o u e foi par a os asnos
selvag e n s .
(107) Moisés.
29Eu vi a ovelha gem e n d o , chor a n d o , e implor a n d o ao seu
Senh o r.
30Co m todo o seu pode r, até que o Senho r das ovelha s
desc e u à sua voz da sua eleva d a habit a ç ã o; foi a eles; e
exami no u- as.
31Ele cha m o u aquel a ovelha que foi secr e t a m e n t e furt a d o
dos lobos, e disse- lhe par a fazer os lobos ente n d e r e m que
eles não devia m toca r as ovelha s.
32Ent ã o aqu el a ovelha foi aos lobos com a palavr a do
Senh o r, quan d o outro o enco n t r o u , (108) e contin u o u com
ele.
(108) Aarão.
33Ambos entr a r a m junto na habit a ç ã o dos lobos; e
conve r s a n d o com eles fizera m- nos ent e n d e r , que daí em
diant e eles não devia m toca r nas ovelha s.
34De pois disso eu perc e bi os lobos prevale c e n d o
gra n d e m e n t e sobr e as ovelha s com toda a sua força. O
reb a n h o clamo u; e seu Senho r veio até eles.
35Ele com eç o u a ferir os lobos, que come ç a r a m uma
grave lame n t a ç ã o ; mas as ovelha s ficar a m silent e s, nem
daq u el e tem p o elas clam a r a m .
36Ent ã o eu olhei par a elas, até elas apa r t a r e m - se dos
lobos. Os olhos dos lobos estav a m cegos, os quais saíra m
e segui r a m- nas com todo o seu pode r. Mas o Senho r das
ovelha s contin u o u com elas, e as cond uziu.
37Todo o seu reb a n h o o seguiu.
38Se u sem bl a n t e ficou terrível e esplê n di d o, e glorioso
era seu aspe c t o. Então os lobos come ç a r a m a segui r as
ovelha s, até que eles alcan ç a r a m - nas num certo lago de
95

águ a. (109)
(109) O Mar Verm elh o.
39Ent ã o aqu el e lago ficou dividido; a águ a ergu e n d o- se
em ambo s os lados diant e de sua face.
40E enq u a n t o seu Senho r estav a cond uzin d o- as, ele
colocou- se ent r e elas e os lobos.
41Os lobos, entr e t a n t o não perc e b e r a m as ovelha s, mas
fora m no meio do lago, seguin d o- as, e corr e n d o atrá s
delas no lago de águ a.
42M a s quan d o eles viram o Senh o r das ovelha s, eles
volta r a m par a fugir de diant e de sua face.
43Ent ã o a águ a do lago reto r n o u , e repe n ti n a m e n t e , de
acor do com sua nat u r e z a . Ela se torno u cheia, e levant o u-
se, até que cobriu os lobos. E eu vi que todos eles que
havia m segui do as ovelha s per e c e r a m e fora m afoga d o s.
44M a s as ovelha s pass a r a m sobr e est a águ a, contin u a n d o
par a o des e r t o, que estav a sem águ a e gra m a . E eles
come ç a r a m a abrir seus olhos e a ver.
45Ent ã o eu vi o Senho r das ovelha s examin a n d o- as, e
dan do- lhes águ a e gra m a .
46As ovelha s já mencio n a d a s contin u av a m com elas, e
cond uzi n d o- as.
47E qua n d o ele tinh a subido ao topo de uma alta roch a, o
Senh o r das ovelha s enviou- o a elas.
48De pois disso eu vi seu Senho r coloca d o diant e delas,
com um asp e c t o ter rível e sever o.
49E quan d o elas vira m- no, elas ficar a m ame d r o n t a d a s
com seu sem bl a n t e .
50Tod a s elas ficar a m alar m a d a s , e tre m e r a m . Elas
clam a r a m par a aquel a ovelha; e par a aquel a outr a ovelha
que estav a com ele, e o qual estav a no meio delas,
dizen d o: Nós somos cap az e s de per m a n e c e r diant e do
nosso Senho r , ou de olhar par a ele.
51Ent ã o aquel a ovelha que os cond uziu saiu, e subiu ao
96

topo da roch a;
52En q u a n t o as ovelha s que rest a r a m com eç a r a m a ficar
cega s, e a vaga r pelo camin h o que ele lhes havia
most r a d o ; mas ele não o soub e.
53Se u Senho r , ent r e t a n t o , est av a movido de gran d e
indign a ç ã o cont r a eles; e quan d o aquel a ovelha soub e o
qua havia acont e ci d o .
54Ele desc e u do topo da roch a, e veio a eles, desco b ri u
que havia muitos,
55Qu e se torn a r a m cegos;
56E tinh a m desvia do de seu camin h o. Tão logo elas viram-
no, tem e r a m , e tre m e r a m na sua pres e n ç a ;
57E ficar a m desejosos de retor n a r ao seu reb a n h o ,
58Ent ã o aquel a ovelha, toma n d o consigo outr a ovelha, foi
àqu el e s que tinh a m se perdi do.
59E depois disso come ço u a mat á- los. Eles ficar a m aflitos
ao seu sem bl a n t e . Então ele fez com que aquel e s que
tinha m se desviad o retor n a s s e m ; os quais voltar a m par a
seu reb a n h o .
60Eu igualm e n t e vi naq u el a visão, que esta ovelha se
torno u num hom e m , const r ui u uma casa (110) par a o
Senh o r do reb a n h o , e fez todos eles ficar e m na casa.
(110) Uma casa. Um tabe r n á c u l o (Milik, p. 205).
61Eu vi tam b é m que aqu el a ovelha que proc e d e u a
enco n t r a r est a ovelha, seu cond u t o r , morr e u . Eu vi
tam b é m que toda gra n d e ovelha pere c e u , enqu a n t o que
as meno r e s subir a m eu seu lugar, ent r a r a m num pasto, e
aproxi m a r a m - se de um rio de águ a. (111)
(111) O rio Jordão.
62Ent ã o aquel a ovelha, seu cond u t o r , que se torno u num
home m , foi sepa r a d o delas, e mor r e u .
63Todo o reb a n h o proc u r o u por ele, e clamo u por ele com
ama r g a lame n t a ç ã o .
64Eu vi tam b é m que eles cess a r a m de clam a r por aqu el a
97

ovelha e pass a r a m sobr e o rio de águ a.


65E que lá se levant o u outr a ovelha, toda s de que m as
cond uzi u, (112) em vez daq u el e s que fora m
morto s, os quais tinh a m previa m e n t e cond uzi do- as.
(112) Os juízes de Isra el.
66Ent ã o eu vi que aquel a ovelha entro u a um agr a d á v el
luga r, e um deleit áv el e glorioso ter ritó rio.
67Eu vi tam b é m que eles ficar a m satisfeitos; que sua casa
est av a no meio daqu el e deleit áv el territó rio; e que
algu m a s vezes seus olhos est av a m aber t o s, e que algu m a s
vezes eles ficava m cegos; até que outr a ovelha (113)
levant o u- se e cond uziu- as. Ele trouxe- os todos de volta; e
seus olhos fora m aber t o s.
(113) Sam u el.
68Ent ã o cães, lobos, e javalis selvag e n s devor a r a m - nos,
até, até nova m e n t e outr a ovelha (114)
levant a r , o mest r e do reb a n h o ; um deles mes m o s, um
carn ei r o, par a cond uzi- los. Este carn ei r o com eç o u a
chifra r em todo lado aqu ele s cães, lobos, javalis
selvag e n s , até que todos eles per e c e r a m .
(114) Saul.
Seus olhos, e vi o carn ei r o no meio deles, os quais tinh a m
deixar a m de lado sua glória.
70E ele come ço u a ferir o reba n h o , pisan d o sobr e eles, e
compo r t a n d o- se sem dignid a d e .
71Ent ã o seu Senh o r enviou a antig a ovelha nova m e n t e
par a uma still difer e n t e ovelha, (115) e levant o u- o par a
ser um carn ei r o, e par a cond uzi- las no luga r daq u el a
ovelha que tinha deixado de
lado sua glória.
(115) David.
72Indo ent ão a ele, e conve r s a n d o com ele só, ele
levant o u o carn ei r o, e fez dele um príncip e e líder do
reb a n h o . Todo o tem p o aquel e s cães (116) abor r e c e r a m a
98

ovelha,
(116) Os Filiste u s.
73O prim ei r o carn ei r o pago u resp ei t o a este último
carn ei r o.
74Ent ã o o último carn ei r o levant o u e fugiu de diant e de
sua face. E eu vi que aqu el e s cães fizera m o prim ei ro
carn ei r o cair.
75M a s o último carn ei r o levant o u, e cond uziu o carn ei r o
meno r.
76Aqu el e carn ei r o tam b é m gero u muita s ovelha s, e
mor r e u .
77Ent ã o houve uma ovelha meno r, (117) um car n ei r o, no
luga r dele, que torno u- se um príncip e e líder, cond uzi n d o
o reb a n h o .
(117) Salom ã o.
78E a ovelha aum e n t o u de tam a n h o , e multiplicou.
79E todos os cães, lobos, e javalis selvag e n s tem e r a m , e
fugira m dele.
80Aqu el e carn ei r o tam b é m golpeo u e mato u toda s as
best a s feras, de modo que eles não pud e s s e m nova m e n t e
preval e c e r no meio das ovelha s, nem em nenh u m tem p o
arr e b a t e- as.
81E aqu el a casa foi feita gran d e e larga; uma impon e n t e
torr e sendo const r uí d a sobr e ela pelas ovelha s, par a o
Senh o r das ovelha s.
82A casa era baixa, mas a torr e era eleva d a e muito alta.
83Ent ã o o Senho r das ovelha s colocou- se sobr e a torr e, e
causo u uma mes a cheia aproxi m a r- se diant e dele.
84Nova m e n t e eu vi que aqu el a ovelha per d e u- se, e foi
par a vários camin h o s, esqu e c e n d o- se daq u el a sua casa;
85E que seu Senho r cha m o u algun s entr e eles, os quais
ele enviou- as (118) a eles.
(118) Os profet a s .
86M a s a este s as ovelha s com eç a r a m a mat a r . E quan d o
99

um deles foi salvo da mat a n ç a (119) ele saltou, e clamo u


cont r a aqu el e s que estav a m desejoso s de mat á- los.
(119) Elias.
87M a s o Senh o r das ovelha s livrou- o das suas mãos, e o
fez subir a ele, e per m a n e c e r com ele.
88Ele enviou muitos outros a elas, par a testifica r, e com
lame n t a ç õ e s par a clam a r cont r a eles.
89Nova m e n t e eu vi, quan d o algu n s deles esqu e c e r a m a
casa do seu Senho r, e sua torr e, vaga n d o em todos os
luga r e s , e cresc e n d o cegos,
90Eu vi que o Senh o r das ovelha s fez uma gra n d e
mat a n ç a ent r e eles em suas past a g e n s , até que eles
clam a r a m a ele em conse q ü ê n c i a da mat a n ç a . Então ele
apa r t o u- as do luga r de sua habit a ç ã o , e os deixou no
pode r dos leões, tigre s, lobos, e das zeeb t, (120) e ao
pode r das rapos a s, e de todo anim al.
(120) Zeebt. Hien a. (Knibb, p. 209).
91E os anim ais selvag e n s com eç a r a m a desp e d a ç á- los.
92Eu vi, tam b é m , que eles esqu e c e r a m a casa de seus
pais, e sua torr e, dand o- os todos ao pode r dos leões par a
desp e d a ç á- los e devor á- los; até ao pode r de todo anim al.
93Ent ã o eu com ec ei a clam a r com todo meu pode r,
implor a n d o ao Senh o r das ovelha s, e most r a n d o- lhe como
as ovelha s era m devor a d a s por todos os anim ai s de
rapin a.
94M a s ele olhou em silêncio, regozijan d o- se de que elas
fosse m devor a d a s , engolida s, e carr e g a d a s ; e deixan d o- as
ao pode r de todo anim al por comid a. Ele cha m o u tam b é m
sete n t a pasto r e s , e design o u- os ao cuida d o das ovelha s,
par a que eles poss a m cuida r delas;
95Dize n d o a eles e aos seus associ a d o s: Todos vós, de
agor a em diant e todos vós cuideis das ovelha s, e a todos
eu orde n o; fazei; e eu os entr e g o par a as enu m e r a r e m .
96Eu vos direi qual delas ser ã o mort a s ; a esta s dest r uí s. E
100

ele entr e g o u as ovelha s a eles.


97Ent ã o ele cha m o u a outro, e disse: Ente n d e , e cuida de
tudo o que os pasto r e s farão a est a s ovelha s; pois muit a s
delas per e c e r ã o depois que eu orde n ei.
98De todo excess o e mat a n ç a , que os pasto r e s com e t e r ã o ,
haver á uma cont a; como, quan t a s per e c e r a m pelo meu
coma n d o, e quan t o s eles dest r uí r a m por sua próp ri a
cabe ç a .
99De toda dest r ui ç ã o trazid a por cada um dos pasto r e s
haver á uma cont a g e m ; e de acor do com o núm e r o eu farei
com que um recit al seja feito diant e de mim, qua n t a s eles
dest r uí r a m por suas próp ri a s cabeç a s , e qua n t a s eles
ent r e g a r a m à dest r ui ç ã o, par a que eu possa ter esse
test e m u n h o cont r a eles; par a que eu poss a sabe r todos os
seus proce di m e n t o s ; e que, ent r e g a n d o as ovelha s a eles,
eu poss a ver o que eles farão; se eles agir ão como eu lhes
orde n ei, ou não.
100 Disto , port a n t o , eles ser ão ignor a n t e s ; nem farás
qualq u e r explan a ç ã o a eles, nem os repr ov a r á s ; mas
haver á uma cont a g e m de toda dest r ui ç ã o feita por eles
em suas res p e c tiv a s est aç õ e s . Então eles come ç a r ã o a
mat a r , e a dest r ui r mais do que lhes for orde n a d o .
101E eles deixar a m as ovelha s sob o pode r dos leões,
assim que muitos deles fora m devor a d o s e engolidos pelos
leões e tigr e s; e javalis selvag e n s caír a m sobr e eles par a
depr e d á- los. Aquela torr e eles queim a r a m , e der r u b a r a m
aqu el a casa.
102E n t ã o eu me afligi extr e m a m e n t e por caus a da torr e, e
porq u e a casa das ovelha s foi der r u b a d a .
103 N e m fui, depois disso, capaz de perc e b e r se eles
ent r a r a m nova m e n t e naq u el a casa.
104Os pasto r e s igual m e n t e , e seus associa d o s,
ent r e g a r a m - nos a todos os anim ai s selvag e n s , par a que os
devor a s s e m . Cada um deles em sua esta ç ã o, de acor do
101

com seu núm e r o, foi ent r e g u e ; cad a um deles, um com o


outro, fora m desc rit os num livro, como muitos deles, um
com o outro, fora m dest r uí d o s, num livro.
105M ais, poré m , do que foi orde n a d o , cada pasto r mato u
e dest r ui u.
106E n t ã o eu come c ei a chor a r , e fiquei gran d e m e n t e
indign a d o , por caus a dos pasto r e s .
107De igual man ei r a, tam b é m vi na visão aqu el e que
escr ev e u , como ele escr ev e u um, dest r uí d o pelos
pasto r e s , todo dia. Ele subiu, per m a n e c e u , e exibiu cad a
um de seus livros par a o Senho r das ovelha s, cont e n d o
tudo o que eles havia m feito, e tudo o que cada um deles
tinha feito;
108E todos os que eles havia m entr e g u e à dest r ui ç ã o.
109Ele tomo u o livro em suas mãos, rei- o, selou- o, e
deposito u- o.
110De p oi s disso, por doze hora s, os pasto r e s
neglige n ci a r a m as orde n s do senho r .
111E eis que três das ovelha s (121) sep a r a d a s , cheg a r a m ,
ent r a r a m ; e come ç a r a m const r ui n d o tudo o que est av a
caído daqu el a casa.
(121) Zorob a b e l, Josué e Nee mi a s .
112M a s os javalis selvag e n s (122) estorv a r a m - nos, apes a r
de que eles não preval e c e r a m .
(122) Os Sam a ri t a n o s .
113 N ov a m e n t e eles com eç a r a m a const r ui r como ant e s, e
levant a r a m aquel a torr e que foi cha m a d a “a torr e
eleva d a ”.
114E nova m e n t e eles com eç a r a m a coloca r diant e da
torr e uma mes a, com todo tipo de pães impu r o s e sujos
sobr e ela.
115Além disso tam b é m toda s as ovelha s era m cega s, e
não podia m ver, como tam b é m era m os pasto r e s .
116Assim elas fora m ent r e g u e s aos pasto r e s par a uma
102

gra n d e dest r ui ç ã o, que as pisar a m sob seus pés, e


devor a r a m - nas.
117Co n t u d o o seu Senh o r estav a cient e, até que toda
ovelha no cam po foi dest r uí d a . Os pasto r e s e as ovelha s
fora m todos mescl a d o s, juntos, mas eles não salvar a m- nos
do pode r dos anim ais.
118E n t ã o aquel e que escr ev e u o livro subiu, exibiu- o e
leu- o na resid ê n ci a do Senho r das ovelha s.
Ele pediu- lhe por eles, e orou, apont a n d o cad a ato dos
pasto r e s , e testifica n d o diant e dele cont r a todos eles.
Então, toma n d o o livro, ele gua r d o u- o consigo, e apa r t o u-
se.
Capít ulo 89
1E eu obse rv ei dur a n t e o tem p o, que assim trint a e sete
(123) pasto r e s estiver a m inspe cio n a n d o , todos dos quais
ter mi n a r a m em seus resp e c tivos períodos como o
prim ei r o. Outro s ent ão rece b e r a m - nos em suas mãos,
par a que pude s s e m cuida r delas em seus res p e c tivos
período s, cada pasto r em seu próp rio período.
(123) Trint a e sete. Um apa r e n t e erro par a trint a e cinco
(veja verso 7). Os reis de Judá e Isra el (Laur e n c e , p. 139).
2Depois disso eu vi na visão, que todos os páss a r o s do céu
cheg a r a m ; águia s, o viveiro, o papa g a i o e corvos. A águ a
instr ui u a toda s.
3Elas com eç a r a m a devor a r as ovelha s, a picar seus olhos,
e a come r seus corpo s.
4A ovelha ent ã o clamo u; pois seus corpos fora m
devor a d o s pelos páss a r o s.
5Eu tam b é m clam ei, e gemi em meu sono cont r a os
pasto r e s que cuidava m do reb a n h o .
6E olhei, enqu a n t o as ovelha s era m comid a s pelos cães,
pelas águia s e pelos corvos. Eles não deixar a m seus
corpo s, nem sua pele, nem seus músc ulos, e some n t e seus
ossos rest a r a m ; até seus ossos caíra m sobr e o chão. E a
103

ovelha ficou diminuíd a.


7Eu tam b é m obse rv ei dur a n t e o tem p o, que vinte e três
pasto r e s (124) est av a m cuida n d o, os quais comple t a r a m
seus res p e c tivos período s, cinqü e n t a e oito períodos.
(124) Os reis da Babilônia, etc., dur a n t e e depois do
cativeiro. O núm e r o de trint a e cincoe vinte e três som a m
cinqü e n t a e oito; e não trint a e sete, como erro n e a m e n t e
é coloca d o no prim ei r o verso (Laur e n c e , p. 139).
8Ent ã o peq u e n o s cord ei r o s nasc e r a m daq u el a ovelha
bra n c a; que com eç a r a m a abrir seus olhos e a ver,
chor a n d o pela ovelha.
9A ovelha, poré m , não clamo u a eles, nem ouviu o que
eles lhe diziam, mas ficou mud a, cega e obstin a d a em
maior inten si d a d e .
10Eu vi na visão que corvos voar a m sobr e aqu el e s
cord ei r o s;
11Qu e eles aga r r a r a m - nos; e que segu r a r a m um deles, e
rasg a r a m a ovelha em peda ç o s, e os devor a r a m .
12Eu vi tam b é m , que chifres cresc e r a m nos cord ei r o s; e
que os corvos pous av a m sobr e seus chifres.
13Eu vi, tam b é m , que um gran d e chifre broto u num
anim al ent r e as ovelha s, e que seus olhos est av a m
abe r t o s .
14Ele olhou par a elas. Seus olhos estav a m bem aber t o s; e
ele clam av a par a elas.
15Ent ã o o íbex (125) viu- o; todos eles corr e r a m par a ele.
(125) O íbex. Provavel m e n t e simboliza n d o Alexan d r e o
Gran d e (Laur e n c e , p. 140).
16E enq u a n t o isso, toda s as águia s, os corvos e os
pap a g ai o s estav a m aind a levan d o a ovelha, voando sobr e
ela, e devor a n d o- a. A ovelha ficou em silêncio, mas o íbex
lame n t o u e choro u.
17Ent ã o os corvos cont e n d e r a m , e luta r a m com ela.
18Eles deseja r a m entr e eles queb r a r seu chifre; mas eles
104

não preval e c e r a m cont r a ele.


19Eu olhei par a eles, até os pasto r e s , as águias, o
abut r e s , e os pap a g ai o s viera m .
20Os quais clam a r a m aos corvos par a queb r a r o chifre do
íbex; par a cont e n d e r com ele; e par a mat á- lo.
Mas ele lutou com eles, e clamo u, par a que ajud a pud e s s e
vir a ele.
21Ent ã o eu perc e bi que o hom e m veio, o que escr ev e u os
nome s dos pasto r e s , o qual subiu diant e do Senh o r das
ovelha s.
22Ele trouxe assist e n t e s , e fez com que cada um o visse
desc e n d o par a ajuda r o íbex.
23Eu perc e bi tam b é m que o Senh o r das ovelha s veio a
elas com ira, enqu a n t o todos aquel e s que viram- no
fugira m ; todos caír a m em seu tabe r n á c u l o diant e de sua
face; enq u a n t o toda s as águias, os corvos, e pap a g a i o s se
reu ni r a m e trouxe r a m com eles toda s as ovelha s do
cam po.
24Todos viera m juntos, e impe di r a m de queb r a r o chifre
do íbex.
25Ent ã o eu vi aqu el e hom e m que escr ev e u o livro à
palavr a do Senh o r, abriu o livro da dest r ui ç ã o, daq u el a
dest r ui ç ã o com os últimos doze pasto r e s (126); e o
most r o u diant e do Senho r das ovelha s, par a que eles
dest r uí s s e m mais do que aquel e s que os prec e d e r a m .
(126) Os príncip e s nativos de Judá depois de sua
libert a ç ã o do cativeiro sírio.
26Eu vi tam b é m que o Senho r das ovelha s veio a elas, e
toma n d o em sua mão o cetro de sua ira preso na ter r a ,
que se dividiu ao meio; enqu a n t o todos os anim ais e
páss a r o s do céu caír a m sobr e as ovelha s, e afund a r a m na
terr a , que fecho u- se sobr e eles.
27Eu vi, tam b é m , que uma gra n d e espa d a foi dad a às
ovelha s, que saíra m cont r a todos os anim ais do cam po
105

par a mat á- los.


28M a s todos os anim ai s e páss a r o s do céu fugira m de
diant e da sua face.
29E eu vi um trono ergui do num a ter r a deleitáv el;
30Sob r e ele asse n t a v a- se o Senh o r das ovelha s, o qual
rece b e u todos os livros selado s;
31Os quais fora m abe r t o s diant e dele.
32Ent ã o o Senho r cha m o u os prim ei ro s sete bran c o s, e
orde n o u- os traze r e m diant e dele a prim ei r a de toda s as
estr el a s, a qual prec e d e u as estr el a s que se
ass e m el h a v a m parci al m e n t e à form a de cavalos; a
prim ei r a estr el a, que caiu prim ei ro; e eles troux e r a m - na
diant e dele.
33E ele falou ao hom e m que escr ev e u em sua pres e n ç a , o
qual era um dos sete bran c o s, dizen d o:
Toma aquel e s sete n t a pasto r e s , aos quais eu ent r e g u e i as
ovelha s, e os quais rece b e n d o- as mat a r a m mais delas do
que eu orde n ei. Eis que, eu vi-os todos ama r r a d o s , e m pé
diant e dele. Prim ei ro veio no julga m e n t o das estr el a s, que
sendo julgad a s , e consid e r a d a s culpa d a s , fora m par a o
luga r da puniç ão. Elas confiar a m- nas a um luga r,
profun d o, e cheio de cha m a s de pilare s de fogo. Então os
sete n t a pasto r e s fora m julgado s, e consid e r a d o s culpa d o s ,
fora m confiado s às cha m a s do abis m o.
34N e s t e tem p o igual m e n t e eu vi, que o abis m o est av a
assim abe r t o no meio da terr a, que estav a cheia de fogo.
3E a ela fora m trazid a s as ovelha s cega s; as quais sendo
julgad a s , e consid e r a d a s culpa d a s , fora m todas confiad a s
àqu el e abism o de fogo na terr a, e queim a r a m .
36O abis m o ficava à direit a daqu el a casa.
37E eu vi as ovelha s quei m a n d o , e seus ossos sendo
consu m i d o s .
38Eu fiquei olhan d o- o imer gi r aqu el a antig a casa,
enqu a n t o eles trouxe r a m seus pilar e s, cada plant a nela, e
106

o marfim ali contido. Eles trouxe r a m - no par a fora, e


deposit a r a m - no no lugar ao lado direito da terr a.
39Eu tam b é m vi, que o Senh o r das ovelha s prod uziu uma
nova casa, gran d e e mais elevad a do que a ante rio r, a
qual ele ligou com o antigo luga r circul a r . Todos os seus
pilar e s era m novos, e seu már m o r e novo, tam b é m mais
abu n d a n t e do que o antigo már m o r e , que ele havia
trazido.
40E enqu a n t o todas as ovelha s que fora m deixad a s no
meio dela, todos os anim ais da terr a , e toda s as aves do
céu, prost r a r a m - se e ador a r a m - no, implor a n d o a ele, e
obed e c e n d o- o em tudo.
41Ent ã o aqu el e s três, que estav a m vestidos de bran d o, e
os quais, segu r a n d o- me pela minh a mão, tinh a m ante s me
feito subir, enq u a n t o a mão daqu el e que falava comigo me
segu r a v a; e colocav a- me no meio das ovelha s, ant e s que o
julga m e n t o acont e c e s s e .
42A ovelha era toda bra n c a , com lã longa e pur a. Então
toda s as que tinha m pere ci do, e tinh a m sido dest r uí d o s,
todo anim al do cam po, e toda ave do céu, reuni r a m- se
naq u el a casa: enq u a n t o o Senho r das ovelha s regozijou- se
com gran d e aleg ri a, porq u e todas est av a m bem, e tinha m
voltado nova m e n t e par a sua habit a ç ã o.
43E eu vi que elas abaixa r a m a esp a d a que havia sido
dad a às ovelha s, e retor n o u à sua casa, selan d o- a na
pres e n ç a do Senho r .
44Tod a s as ovelha s havia m sido fecha d a s naqu el a casa,
tinha sido capaz de cont ê- las; e os olhos de toda s fora m
abe r t o s , cont e m p l a n d o o Bondoso; não houve ent r e elas
que m não o viu.
45Eu igual m e n t e perc e bi que a casa era gran d e , larg a e
extre m a m e n t e cheia. Eu vi tam b é m , que a vaca bran c a
havia nascido, cujos chifres era m gran d e s ; e que todos os
anim ai s do cam p o, e toda s as aves do céu, estav a m
107

alar m a d a s com ele, e implor a r a m a ele todas as vezes.


46Ent ã o eu vi que a natu r e z a deles foi mud a d a , e que eles
se torn a r a m vacas bran c a s ;
47E que o prim ei ro, o qual est av a no meio deles, falou,
quan d o aqu el a palavr a torno u- se (127) um gran d e anim al,
sobr e cuja cabeç a havia gran d e s chifres neg r o s;
(127) Falou, qua n d o aqu el a palavr a. Ou "era um touro
selvag e m , e aqu el e touro selvag e m era…" (Knibb, p. 216).
48En q u a n t o o Senho r das ovelha s regozijou- se por caus a
delas, e de toda s as vacas.
49Eu caí no meio deles: Eu acor d ei; e vi o todo. Esta é a
visão que eu vi, desc e n d o e desp e r t a n d o .
Então eu aben ç o ei o Senho r da justiça, e dei glória a Ele.
50De pois disso eu chor ei abu n d a n t e m e n t e , não cess a r a m
minh a s lágri m a s, de modo que eu torn ei- me inca p az de
supor t á- lo. Enqu a n t o eu estav a olhan d o, eles fluíra m por
caus a do que eu vi; pois tudo est av a vindo e indo; cada
circu n s t â n ci a individu al com resp eit o à cond u t a da
hum a ni d a d e que est av a sendo vista por mim.
51N a q u e l a noite eu rele m b r e i meu s sonhos ant e rio r e s ; e
ent ã o chor ei e me afligi, por caus a do que eu tinh a visto
na visão.
Capít ulo 90
1E agor a, meu filho Matu s al é m , cha m a par a mim todos os
teus irmãos, e reún e par a mim todos os filhos de tua mãe;
pois uma voz me cha m a , e o espírito est á coloca d o sobr e
mim par a que eu possa most r a r- te tudo o que te
acont e c e r á par a sem p r e .
2Ent ã o Matu s al é m foi, cha m o u- lhes todos de os seus
irmão s, e reuni u seus filhos.
3E conve r s a n d o com todos seus filhos na verd a d e .
4 Enoqu e disse: Ouve, meu filho, toda palavr a de teu pai, e
escu t a com honr a d e z a voz da minh a boca; pois eu
gost a ri a de obte r tua aten ç ã o , enq u a n t o me dirijo a ti.
108

Meu ama d o, esteja s ligado à integ ri d a d e , e and a nela.


5Não te aproxi m e s da integ ri d a d e com um coraç ã o duplo;
nem te associe s a hom e n s com men t e dupla: mas and a,
meu filho, em retid ã o, a qual te cond uzi r á em bons
camin h o s; e seja a verd a d e a tua comp a n hi a .
6Pois eu sei , que opres s ã o existir á e preval e c e r á na
terr a; que no fim gran d e puniç ão na ter r a acont e c e r á ; e
que haver á uma consu m a ç ã o de toda iniqüid a d e , que ser á
cort a d a com suas raízes, e toda estr u t u r a que levant o u- se
pass a r á . Iniqüid a d e , entr e t a n t o , ser á renova d a
nova m e n t e , e consu m i d a na ter r a . Todo ato de crim e, e
todo ato de opres s ã o e impied a d e ser ã o abr a ç a d o s uma
segu n d a vez.
7Qua n d o ent ão a iniqüid a d e , peca d o, blasfê mi a, tira ni a, e
toda má obra, aum e n t a r , e quan d o tra n s g r e s s ã o ,
impied a d e , impu r e z a tam b é m aum e n t a r , ent ã o sobr e eles
toda gran d e puniç ão ser á infligida desd e o céu.
8O santo Senho r irá em ira, e sobr e eles toda gra n d e
puniç ão do céu ser á infligida.
9O santo Senho r sair á em ira, e com puniçã o, par a que
possa execu t a r julga m e n t o sobr e a terr a .
10N a q u e l e s dias opre s s ã o ser á cort a d a em suas raízes, e
iniqüid a d e com frau d e ser á err a dic a d a , per e c e n d o de sob
o céu.
11Todo luga r de força (128) será rode a d o com seus
habit a n t e s ; com fogo ele ser á quei m a d o. Eles serã o
trazido s de toda part e da terr a , e ser ão lança d o s num
julga m e n t o de fogo. Eles per e c e r ã o em ira, e por um
julga m e n t o domin a n d o- os par a sem p r e .
(128) Todo luga r de força. Ou, "todos os ídolos das
naçõ e s" (Knibb, p. 218).
12Reti d ã o se levant a r á do desc a n s o; e sabe d o ri a se
levant a r á , e conferid a sobr e eles.
13Ent ã o as raízes da iniqüid a d e ser ão cort a d a s ;
109

peca d o r e s per e c e r ã o pela esp a d a ; e blasfe m a d o r e s ser ão


aniquila do s em todos os lugar e s .
14Aqu el e s que medit a m opre s s ã o , e aquel e s que
blasfe m a m , pela espa d a pere c e r ã o .
15E agor a, meu filho, eu desc r e v e r e i e most r a r e i a ti o
camin h o da retid ã o e o camin h o da opre s s ã o.
16Eu nova m e n t e os apont a r e i par a ti, par a que poss a s
sabe r o que est á por vir.
17Ouvi agor a, meu filho, e and a no camin h o da retid ã o,
mas evita aqu el e da opres s ã o; pois todo o que and a no
camin h o da iniqüid a d e per e c e r á par a sem p r e .
Capít ulo 91
1Aquilo que foi escrito por Enoq u e . Ele escr ev e u toda est a
instr u ç ã o de sabe d o ri a par a todo hom e m de dignid a d e , e
todo juiz da terr a; par a todos os meus filhos que habit a r ã o
sobr e a terr a , e par a subs e q u e n t e s ger a ç õ e s , cond uzin d o-
se elevad a e pacifica m e n t e .
2Não deixes que teu espírito seja afligido por caus a dos
tem p o s; pois o santo, o Gran d e , pres c r e v e u um período
par a tudo.
3Deixe que os hom e n s justos se levant e m do sonho, deixe-
os levant a r , e prossig a no camin h o da retid ã o, em todos
os seus camin h o s; e deixa- os avanç a r em bond a d e e
ete r n a clem ê n ci a .
Mise ricó r di a ser á most r a d a aos hom e n s justos; sobr e eles
ser ã o conferido s integ ri d a d e e pode r par a sem p r e . Em
bond a d e e retid ã o eles existir ão, and a r ã o em eter n a luz;
mas peca d o per e c e r á em eter n a escu ri d ã o, nem ser á vista
daq u el e tem p o em diant e ete r n a m e n t e .
Capít ulo 92
1Depois disto, Enoqu e come ço u a falar sobr e um livro.
2E Enoq u e disse: Conce r n e n t e aos filhos da retid ã o,
conce r n e n t e aos eleitos do mun d o, e conce r n e n t e à
sem e n t e da retid ã o e integ ri d a d e .
110

3 Conce r n e n t e a esta s coisas eu falei, e esta s coisas e


explica r ei a ti, meu filho: e que sou Enoq u e .
Em cons e q ü ê n c i a daq uilo que me foi most r a d o , de minh a
visão eter n a e da voz dos santo s anjos (129) eu tenho
adq ui rido conh e ci m e n t o ; e da mes a do céu eu adq ui ri
ent e n di m e n t o .
(129) Santo s anjos. Num texto de Qum r a n , lê- se
"Guar diõ e s e Santo s", denot a n d o clar a m e n t e Guar diõ e s
celesti ais que não caíra m com os iníquos (Milik, p. 264).
Veja tam b é m Dan. 4:13, "um guar di ã o e um santo desc e u
do céu"; 4:17, "gua r diõ e s , e… santos."
4Enoq u e ent ão come ço u a falar de um livro, e disse: Eu
nasci o sétimo na prim ei r a sem a n a , enqu a n t o julga m e n t o
e retid ã o espe r a v a m com paciên ci a.
5Mas depois de mim, na segu n d a sem a n a , gra n d e
iniqüid a d e se levant o u, e fraud e espal ho u- se.
6Naq u e l a sem a n a o fim do prim ei r o acont e c e r á , na qual a
hum a ni d a d e ser á salva. (130)
(130) Hum a ni d a d e ser á salva. Ou, "o hom e m será salvo"
(Knibb, p. 224).
7Mas qua n d o o prim ei r o é compl e t a d o , iniqüid a d e
cres c e r á ; e dur a n t e a segu n d a sem a n a ele execu t a r á o
decr e t o (131) sobr e os peca d o r e s .
(131) O Dilúvio depois do prim ei ro (no meio do segu n d o)
Milênio (2500 B.C.).
8Depois disso, na terc ei r a sem a n a , dur a n t e sua conclus ã o,
o home m (132) da plant a dos justos julga m e n t o s ser á
selecion a d a ; e depois dele a Plant a (133) da retid ã o virá
par a sem p r e .
(132) O Rei Davi no fim do terc ei r o Milênio (1000 B.C.),
(133) O Messi as no fim do quar t o Milênio (4 B.C. to 30
A.D.).
9Sub s e q u e n t e m e n t e , na qua r t a sem a n a , dur a n t e sua
conclus ã o, a visão dos santos e dos justos ser á vista, a
111

orde m de ger a ç ã o após ger a ç ã o toma r á luga r, uma


habit a ç ã o ser á feita par a eles. Então na quint a sem a n a ,
dur a n t e sua conclus ã o, a casa da glória e da domin a ç ã o
(134) ser á erigid a par a sem p r e .
(134) O est a b el e ci m e n t o (30 A.D.) e const r u ç ã o da Igreja
atrav é s do quinto (e do sexto) Milênio.
10De pois disso, na sext a sem a n a , todos aquel e s que
existir e m nele ser ão escu r e ci d o s , os coraçõ e s de todos
eles est a r ã o esqu e ci d o s da sabe d o ri a, e nele um Hom e m
(135) se levant a r á e virá.
(135) O Messi as no fim do sexto Milênio.
11E dur a n t e sua conclus ã o Ele quei m a r á a casa do
domínio com fogo, e toda a raça da raiz eleita ser á
dispe r s a . (136)
(136) A dest r ui ç ã o de Jerus al é m e o dese m b ol s o daqu el e s
que habit a m naqu el a terr a no fim do sexto (e no com eç o
do sétimo) Milênio.
12De pois disso, na sétim a sem a n a , uma ger a ç ã o perve r s a
se levant a r á ; abu n d a n t e s ser ão seus feitos,
e todos os seus feitos perve r s o s . Dura n t e sua conclus ã o,
os justos ser ão selecion a d o s dent r e a eter n a m sem e n t e da
justiça ete r n a ; e a eles ser á dado a dout ri n a de sua
criaç ã o.
13De pois have r á outr a sem a n a , a oitava, (137) da retid ã o,
par a a qual ser á dad a uma esp a d a par a execu t a r
julga m e n t o e justiça sobr e todos os opre s s o r e s .
(137) O com eç o do oitavo Milênio.
14Os peca d o r e s ser ão ent r e g u e s nas mãos dos justos, os
quais dur a n t e sua conclus ã o adq ui ri r ã o habit a ç õ e s par a
sua retid ã o; e a casa do gran d e Rei ser á esta b el e ci d a par a
celeb r a ç õ e s par a sem p r e .
Depois disso, na nona sem a n a , o julga m e n t o da retid ã o
ser á revela d o par a todo o mun d o.
15Tod a obra de mald a d e des a p a r e c e r á de toda terr a ; o
112

mun d o ser á marc a d o par a a dest r ui ç ã o; e todos os


home n s est a r ã o ate n t o s ao camin h o da integ ri d a d e .
16E depois disso, no sétimo dia da décim a sem a n a ,
haver á um eter n o julga m e n t o , que será execu t a d o sobr e
os Sentin el a s ; e um eter n o céu espa ç o s o brot a r á no meio
dos anjos.
17O antigo céu se apa r t a r á e pass a r á ; um novo céu
apa r e c e r á ; e os pode r e s celes ti ais brilha r ã o com
esple n d o r par a sem p r e . Depois, igualm e n t e have r á muita s
sem a n a s , que existir ão em extre m a bond a d e e retid ã o.
18O peca d o nem ser á nom e a d o lá par a sem p r e e sem p r e .
19Qu e m have r á lá, de todos os filhos dos hom e n s , capaz
de ouvir a voz do Santo sem emoç ã o?
20Qu e m have r á, capaz de pens a r seus próp rios
pens a m e n t o s ? Quem ser á capaz de cont e m p l a r toda a
obra do céu? Que m, de comp r e e n d e r os feitos do céu?
21Ele pode r á ver sua anim a ç ã o, mas não seu espírito. Ele
pode ser capaz de conve r s a r la resp ei to
dele , mas não de soub e r a ele . Ele pode r á ver todas as
front ei r a s dest a s coisas, e medit a r sobr e elas; mas ele não
pode fazer nad a iguais a elas.
22Qu al, de todos os hom e n s , é capaz de ent e n d e r a
larg u r a e o comp ri m e n t o da terr a ?
23Por que m tem sido visto as dime n s õ e s de todas esta s
coisas? Todo hom e m que é capaz de comp r e e n d e r a
exten s ã o do céu; qual é a sua elevaç ã o, e pelo que ele é
apoiad o?
24Qu ais são os núm e r o s das estr el a s; e onde toda s as
lumin á ri a s ficam no desc a n s o ?
Capít ulo 93
1E agor a me deixe exort a r- te, meu filho, a ama r a retid ã o
e a and a r nela; pois os camin h o s da retid ã o são dignos de
aceit a ç ã o; mas os camin h o s da iniqüid a d e rep e n ti n a m e n t e
falha r ã o, e ser ão diminuí do s.
113

2Aos hom e n s de note em sua ger a ç ã o os camin h o s da


opre s s ã o e mort e são revela d o s; mas eles se mant ê m
longe dele.
3Agor a, tam b é m , deixe- me exort a r aqu el e s que são justos,
par a que não ande m nos camin h o s do mal e da opre s s ã o,
nem nos camin h o s da mort e. Não se aproxim e m deles,
par a que não per e ç a s , mas; mas desej a.
4E escolh ei par a vós mes m o s a retid ã o, e boa vida.
5Andai nos camin h o s da paz, par a que sejais encon t r a d o s
dignos. Rete n h ai s minh a s palavr a s em vossos
pens a m e n t o s secr e t o s , e não obliter a t e- os de vossos
coraçõ e s ; pois eu sei que os peca d o r e s acons el h a m os
home n s a com e t e r crime astu cios a m e n t e . Eles não se
enco n t r a m em todo luga r, nem todo consel h o possui um
pouco deles.
6Ai daq u el e s que const r o e m iniqüid a d e e opre s s ã o, e
lança m o funda m e n t o da frau d e; pois repe n ti n a m e n t e eles
são subve r ti d o s, e nunc a obtê m paz.
7Ai daqu el e s que const r o e m suas casa s de crime; pois de
suas próp ri a s funda ç õ e s suas casa s ser ão demolid a s, e
pela espa d a eles mes m o s cairão. Aqueles, tam b é m , que
adq ui r e m ouro e prat a, justa m e n t e e rep e n ti n a m e n t e
per e c e r ã o . Ai de ti, que és rico, pois em tua riquez a
confias t e; mas sereis removido s de tuas riqu ez a s , porq u e
não te lemb r a s t e do Altíssimo nos dias de tua
pros p e ri d a d e .
8Tu tens com e ti do blasfê mi a e iniqüid a d e , e está s
destin a d o ao dia da efusão de sang u e , ao dia da
escu ri d ã o, e ao dia do gran d e julga m e n t o .
9Isto eu decla r o a apon to a ti, que aquel e que te criou te
dest r ui r á .
10Qu a n d o tu caíres, ele não te most r a r á misericó r di a;
mas teu Criado r se regozijar á em tua dest r ui ç ã o.
11Deixe m aquel e s, ent ão, que ser ão retos entr e vós
114

naq u el e s dias, det e s t e m os peca d o r e s , e os mun d a n o s .


Capít ulo 94
1Oh que meu s olhos estej a m nubla d o s de águ a, que eu,
par a que eu poss a chor a r sobr e ti, e der r a m a r minh a s
lágrim a s como um rio, e desc a n s a r da trist ez a do meu
coraç ã o!
2Que m te per mi tiu irar e tra n s g r e d i r ? Julga m e n t o te
sur p r e e n d e r á , ó peca d o r e s .
3Os justos não tem e r ã o os iníquos; porq u e Deus os tra r á
nova m e n t e com seu pode r, par a que poss a vinga r- se deles
de acord o com seu praz e r .
4Ai de vós que est a r ã o tão pres o s por execr a ç õ e s , par a
que não poss ai s ser soltos delas; o rem é di o esta n d o longe
de ser rem ovido de ti por caus a dos teus peca d o s. Ai de
vós que reco m p e n s a m vossos vizinhos com o mal; pois
ser eis reco m p e n s a d o s de acor do com vossa s obra s.
5Ai de vós, falsas test e m u n h a s , vós que provoc ais e
agr av ai s a iniqüid a d e ; pois per e c e r e i s repe n ti n a m e n t e .
6Ai de vós, peca d o r e s , pois rejeit ais os justos; pois
rece b ei s ou rejeita r e i s por praze r aqu el e s que com e t e m
iniqüid a d e ; e seu jugo prevale c e r á sobr e vós.
Capít ulo 95
1Agua r d a i em espe r a n ç a , vós justos; pois os peca d o r e s
per e c e r ã o diant e de vós, e exerc e r e i s domínio sobr e eles,
de acord o com vosso praz e r .
2No dia dos sofrim e n t o s dos peca d o r e s vossa
desc e n d ê n c i a ser á alçad a, e eleva d a como águia s.
Vossos ninhos ser ã o mais exalta d o s do que os da águia; tu
subir á s, e ent r a r á s nas cavida d e s da terr a, e fenda s das
roch a s par a sem p r e , como os coelhos, da vista dos
mun d a n o s ;
3Os quais gem e r ã o sobr e vós, e chor a r ã o como as siren e s .
4Tu não tem e r á s aquel e s que te abor r e c e m ; pois a
rest a u r a ç ã o ser á tua; a esplê n di d a luz brilha r á ao redo r
115

de ti, e a voz da tran q üilid a d e ser á ouvida do céu. Ai de


vós, peca d o r e s ; pois vossa riquez a vos faz asse m e l h a r aos
santos, mas vossos coraçõ e s vos rep r ov a m , sabe n d o que
sois peca d o r e s .
Vossas palavr a s testifica r ã o cont r a vós, como lemb r a n ç a
do crim e.
5Ai de vós que se alime n t a m sobr e a glória do milho, e
bebe m da força da mais profun d a fonte, e no orgulho do
seu pode r pisa m nos humild e s.
6Ai de vós que tom a m águ a por deleit e; pois
rep e n ti n a m e n t e sereis reco m p e n s a d o s , cons u mi d o s, e
murc h a r e i s, porq u e esqu e c e s t e s da funda ç ã o da vida.
7Ai de vós que age m iniqu a m e n t e , fraud ulo s a m e n t e , e em
blasfê mi a; lá have r á uma lemb r a n ç a cont r a vós por mal.
8Ai de vós, pode r o s o s , que com pode r fere m a justiça,
pois o dia de vossa dest r ui ç ã o virá; enqu a n t o aqu el e
mes m o tem p o muitos e bons dias ser á a porç ão dos justos,
mes m o no tem p o do vosso julga m e n t o .
Capít ulo 96
1Os justos est ão confiant e s que os peca d o r e s ser ã o
desg r a ç a d o s , e pere c e m no dia da iniqüid a d e .
2/vós esta r ei s cônscios dele; pois o Altíssimo vos lemb r a r á
de vossa dest r ui ç ã o, e os anjos regozija r ã o sobr e ela. O
que farão os peca d o r e s ? E par a onde fugireis no dia do
julga m e n t o , qua n d o ouvireis as palavr a s da oraç ã o dos
justos?
3Vós não sereis iguais àquel e s que a esse resp ei to
test e m u n h a m cont r a vós; vós sois associa d o s a peca d o r e s .
4Naq u e l e s dias as oraçõ e s dos justos virá diant e do
Senh o r. Quan d o o dia do vosso julga m e n t o cheg a r á ; e
toda circu n s t â n c i a de vossa iniqüid a d e ser á relat a d a
diant e do Gran d e e do Santo.
5Voss a s faces se cobrir ã o de vergo n h a ; enq u a n t o todo
feito, fortale cido pelo crime, ser á rejeit a d o.
116

6Ai de vós, peca d o r e s , que no meio do mar, e na ter r a


seca, são aqu el e s cont r a que m um mau test e m u n h o
existe. Ai de vós que desp e r di ç a m prat a e ouro, não
obtidos em retid ã o, e dizem: Somos ricos, possuí m o s
abu n d â n ci a , e temo s adq ui ri do tudo o que des eja m o s .
7Ent ã o fare m o s tudo o que estive r m o s dispost o s a fazer,
pois amon t o a r e m o s prat a; nossos celeiros est a r ã o
reple t o s, e os chefes de noss a s famílias serã o como águ a
tra n s b o r d a n t e .
8Como águ a a falsida d e pass a r á ; pois tua riqu ez a não
ser á per m a n e n t e , mas rep e n ti n a m e n t e asce n d e r á de ti,
porq u e toda ela tua a obtives t e iniqu a m e n t e , e ser á s
ent r e g u e à extr e m a maldiçã o.
9E agor a eu te juro, astu t o s e insen s a t o s ; par a que tu,
freq ü e n t e m e n t e cont e m p l a n d o a ter r a , vós que sois
home n s vos vestis mais eleg a n t e m e n t e que as mulh e r e s
casa d a s , e ambos, juntos, muito mais do que as solteir a s,
(138) em todos os lugar e s ador n a n d o- vos em majest a d e ,
em mag nificê n ci a, em autorid a d e , e em prat a: mas ouro,
púrp u r a , honr a, e saúd e, riqu ez a, como a águ a, fluirá.
(138) Mais eleg a n t e m e n t e que as mulh e r e s casa d a s… as
solteir a s. Ou, "mais do que uma mulhe r e mais colorido
(as vestim e n t a s ) que uma moça…" (Knibb, p. 230).
10Er u di ç ã o, port a n t o , e sabe d o ri a, não ser ã o vossa s.
Assim eles per e c e r ã o , junto com suas riquez a s , com toda
a sua glória, e com suas honr a s;
11En q u a n t o com desg r a ç a , com mat a n ç a , e em extre m a
penú ri a, seus espíritos ser ã o confiado s à fornalh a de fogo.
12Eu jurei a vós, peca d o r e s , que nem mont a n h a , nem
colina fora m ou ser ão serviçais (139) da mulh e r.
(139) Serviçal. Liter al m e n t e , "um servo". Talvez os
abas t e c e n d o com tesou r o s par a orna m e n t o s (Laur e n c e , p.
159).
13N e m dess a man ei r a o crim e foi enviado a vós sobr e a
117

terr a , mas os hom e n s de sua próp ri a cabe ç a o


invent a r a m ; e aqu el e s que a ele der a m eficiênci a, ser ã o
gra n d e m e n t e exec r a d o s .
14Gr avid e z não ser á previa m e n t e infligida à mulh e r; mas
por caus a das obra s de suas mãos, elas morr e r ã o sem
filhos.
15Eu jurei a vós, peca d o r e s , pelo Santo e pelo Gran d e ,
que toda s as vossas más obra s ser ão divulga d o s nos céus;
e que nenh u m de vossos atos opre s sivos ser ão escon di do s
e secr e t o s.
16N ã o pens ei s em vossas men t e s , nem digais em vossos
coraçõ e s , que todo crime não é manifes t a d o e visto. No
céu ele é diaria m e n t e escrito diant e do Altíssimo. De
agor a em diant e ele ser á manifes t a d o; pois todo ato de
opre s s ã o que vós come t e r d e s ser á ser á diaria m e n t e
regist r a d o , até o mom e n t o da vossa cond e n a ç ã o .
17Ai de vós, ingê n u o s , pois per e c e r e i s na vossa
simplicid a d e . Ao sábio não ouvireis, e aquilo que é bom,
não obte r ei s.
18Agor a, port a n t o, saibais que estais destin a d o s ao dia da
dest r ui ç ã o; nem a esp e r a n ç a daqu el e s peca d o r e s , viver á;
mas com o pass a r do tem po morr e r e i s; pois não ser eis
marc a d o s par a a red e n ç ã o;
19M a s são destin a d o s par a o dia do gra n d e julga m e n t o ,
par a o dia de aflição, e a extr e m a ignomí ni a de vossa s
almas.
20Ai de vós, obstin a d o s de coraç ã o, que com e t ei s crim e s,
e vos alime n t a i s de sang u e . De onde é que vos alime n t ei s
de coisas boas, beb eis e estais satisfeitos? Não é porq u e
nosso Senho r , o Altíssimo, tem supri do abun d a n t e m e n t e
toda boa coisa sobr e a ter r a ? A vós lá não have r á paz.
21Ai de vós que ama m os atos de iniqüid a d e . Por que
espe r ai s por aquilo que é bom? Sab ei que ser eis
ent r e g u e s nas mãos dos justos; os quais cort a r ã o vossos
118

pescoço s, vos mat a r ã o , e não vos most r a r ã o comp aixã o.


22Ai de vós que vos regozijais no sofrim e n t o dos ínteg r o s;
pois uma sepult u r a não ser á cavad a par a vós.
23Ai de vós que frust r ai s a palavr a dos justos; pois par a
vós não have r á espe r a n ç a de vida.
24Ai de vós que escr ev eis palavr a de falsida d e , e palavr a
de iniqüid a d e ; pois vossa s falsida d e s eles lemb r a r ã o , par a
que eles possa m ouvir e não esqu e c e r .
25A eles não haver á paz; mas eles por certo morr e r ã o
rep e n ti n a m e n t e .
Capít ulo 97
1Ai daqu el e s que age m impia m e n t e , que louva m e honr a m
a palavr a de falsida d e . Vós tend e s sucu m bi d o na per diç ã o;
e nunc a tend e s levado uma vida virtuos a .
2Ai de vós que mud a d o as palavr a s de integ ri d a d e . Eles
tra n s g ri d e m cont r a o eter n o decr e t o; (140)
(140) Eles tran s g r i d e m … o eter n o decr e t o. Ou, "eles
distorc e m a lei ete r n a " (Knibb, p. 232).
3E fazem com que as cabe ç a s daqu el e s que não são
peca d o r e s sejam pisad a s sobr e a terr a .
4Naq u e l e s dias vós, justos, ter ã o sido julga do s dignos de
ter vossas oraçõ e s eleva d a s em lemb r a n ç a ; e as
deposit a r ã o em test e m u n h o diant e dos anjos, par a que
eles poss a m regist r a r os peca d o s dos peca d o r e s na
pres e n ç a do Altíssimo.
5Naq u e l e s dias as naçõ e s esta r ã o subve r ti d a s ; mas as
famílias das naçõ e s se levant a r ã o nova m e n t e no dia da
per diç ã o.
6Naq u e l e s dias aqu el a s que estive r e m grávid a s sairão,
levar ã o seus filhos, e os aba n d o n a r ã o . Seus filhos fugirão
delas, e enqu a n t o ama m e n t a m - nos eles as esqu e c e r ã o ;
eles nunc a reto r n a r ã o a elas, e elas nunc a instr ui r ã o seus
bem ama d o s.
7Nova m e n t e eu juro a vós, peca d o r e s , que crim e s têm
119

sido pre p a r a d o s par a o dia de sang u e , que nunc a cess a m .


8Eles ador a r ã o às ped r a s , e ao ouro grava d o, à prat a, e às
imag e n s de mad ei r a . Eles ador a r ã o espíritos impu ro s,
demô nios, e todo ídolo, nos tem plos; mas nen h u m a ajuda
ser á obtida por eles.
Seus coraçõ e s se torn a r ã o ímpios por caus a de sua
loucu r a , e seus olhos esta r ã o cegos com supe r s ti ç ã o
men t al. (141) Em seus sonho s visioná rio s eles ser ão
ímpios e supe r s t icioso s, menti n d o em toda s as suas ações,
e ador a n d o uma ped r a. Eles per e c e r ã o compl e t a m e n t e .
(141) Supe r s t iç ã o men t al. Liter al m e n t e , "com o temo r de
seus coraçõ e s" (Laur e n c e , p. 162).
9Mas naqu el e s dias eles ser ã o abe n ç o a d o s , a que m a
palavr a de sabe d o ri a é entr e g u e ; o qual apont a e proc u r a
o camin h o do Altíssimo; o qual and a no camin h o da
retid ã o, e não age impia m e n t e com os ímpios.
10Eles ser ã o salvos.
11Ai de vós que expa n d e m o crim e de vossos vizinhos;
pois no infern o ser eis mortos.
12Ai de vós que lança m a fund a ç ã o do peca d o e eng a n a m ,
e sois ama r g o s na terr a; pois nela ser eis cons u m i d o s.
13Ai de vós que const r o e m casa s pelo labor dos outro s,
cad a part e da qual é const r uí d a com tijolos e com a ped r a
do crim e; Eu digo- vos que não obte r ei s paz.
14Ai de vós que desp r e z ai s a pror r o g a ç ã o da eter n a
her a n ç a de vossos pais, enqu a n t o vossa s alvas segu e m
atrá s dos ídolos; pois par a vós não have r á tra n q üilid a d e .
15Ai daq u el e s que come t e m iniqüid a d e , e dá ajuda à
blasfê mi a; que mat a m seus vizinhos até o dia do gra n d e
julga m e n t o; pois vossa glória cairá; malevolê n ci a Ele
coloca r á em vossos coraçõ e s, e o espírito de ira vos
incita r á ; par a que cad a um de vós per e ç a pela esp a d a .
16Ent ã o os justos e os santo s rele m b r a r ã o vossos crim e s.
Capít ulo 98
120

1Naq u e l e s dias os pais ser ã o der r u b a d o s com seus filhos


na pres e n ç a uns dos outro s; e os irmãos com seus irmãos
cairão morto s: até que um rio fluirá de seu sang u e .
2 Pois um hom e m não cont e r á sua mão de seu filho, nem
dos filhos dos seus filhos; sua misericó r di a est a r á em
mat á- los.
3O peca d o r não cont e r á sua mão de seu irmão honr a d o .
Desde o nasc e r do dia até o por do sol a mat a n ç a
contin u a r á . O cavalo camin h a r á com dificuld a d e até à
altur a do seu peito, e a carr u a g e m afund a r á até seu eixo
no sang u e dos peca d o r e s .
Capít ulo 99
1Naq u e l e s dias os anjos desc e r ã o aos luga r e s de
escon d e r ijo, e reuni r ã o em um luga r todos os que tem
ajuda d o no crime.
2Naq u e l e dia o Altíssimo se levant a r á par a execu t a r o
gra n d e julga m e n t o sobr e todos os peca d o r e s , e par a
confiar a gua r d a de todos os justos e santos aos santos
anjos, par a que eles prot ej a m- nos como à menin a do olho,
até que todo mal e todo crim e seja aniquila d o.
3Se os justos dormi r e m em segu r a n ç a , ou não, hom e n s
sábios ent ão verd a d ei r a m e n t e perc e b e r ã o .
4E os filhos da terr a ente n d e r ã o toda palavr a daqu el e
livro, sabe n d o que suas riqu ez a s não pose m salvá- los da
ruína de seus crime s.
5Ai de vós, peca d o r e s , qua n d o ser eis afligidos por caus a
dos justos naq u el e dia da gra n d e tribul aç ã o; ser eis
quei m a d o s no fogo; e reco m p e n s a d o s de acor do com
vossa s obra s.
6Ai de vós, perve r s o s de coraç ã o, que estais cuida n d o
par a obte r um acur a d o conh e ci m e n t o do mal, e par a
desco b ri r terr o r e s . Ning u é m vos ajud a r á .
7Ai de vós, peca d o r e s ; pois com as palavr a s de vossa s
bocas, e com a obra de vossa s mãos, tend e s agido
121

impia m e n t e ; na cha m a de um fogo ard e n t e sereis


quei m a d o s .
8E agor a sabei, que os anjos no céu inquirir ã o pela vossa
cond u t a ; do céu, da lua, e das estr el a s, e eles inquirir ã o a
res p eit o dos vossos peca d o s; pois sobr e a terr a vós
exercit a r e i s jurisdiç ã o sobr e os justos.
9Cad a nuve m pres t a r á test e m u n h o cont r a vós, a neve, o
orvalho, e a chuva; pois todos eles vos serã o neg a d o s ,
par a que não desç a m sobr e vós, nem se torn e m
subs e r vi e n t e s aos vossos crime s.
10Agor a ent ão trazei pres e n t e s de saud a ç ã o à chuva; par a
que, não sendo retid a, ela poss a desc e r sobr e vós; e ao
orvalho, se ele tiver rece bi do de vós ouro e prat a. Mas
quan d o a gea d a , a neve, o frio, todo vento nevad o, e cada
sofrim e n t o que pert e n c e a eles, cair sobr e vós, naqu el e s
dias sereis total m e n t e incap a z e s de per m a n e c e r diant e
deles.
Capít ulo 100
1Consid e r a i ate n t a m e n t e o céu, todos vós prog ê ni e do
céu, e todas as obra s do Altíssimo; tem ei- o, e não vos
cond uz ai s peca mi n o s a m e n t e diant e dele.
2Se Ele fecha r as janelas do céu, rete n d o a chuva e o
orvalho, par a que não desç a m sobr e a terr a por caus a de
vós, o que fareis?
3E se Ele enviar ira sobr e vós, e sobr e todas as vossa s
obra s, não ser eis vós que podeis suplica r- lhe; vós que
pron u n ci a s t e s cont r a sua retid ã o, lingu a g e m orgul ho s a e
pote n t e . Par a vós não have r á paz.
4Vós não vedes os coma n d a n t e s dos navios, como seus
barcos são arr e m e s s a d o s cont r a as onda s, torn a d o s em
peda ç o s pelos ventos, e expos to s aos maior e s perigo s?
5Que eles, port a n t o tre m a m , porq u e toda sua prop ri e d a d e
est á emb a r c a d a com eles no ocea n o; e que eles rep ri m a m
o mal em seus coraçõ e s , porq u e ele pode engoli- los, e eles
122

pode m pere c e r nele?


6Não é todo o mar, toda s as suas águ a s e todo a sua
comoç ã o, obra dele, o Altíssimo; dele que selou todas as
suas exte n s õ e s , e cingiu- o em todo lado com areia?
7À sua rep rov a ç ã o , não é ele seca d o, e alar m a d o ;
enqu a n t o todos os seus peixes com tudo o que est á
contido nele morr e ? E vós, peca d o r e s , que est ão sobr e a
terr a , não O tem e r ã o ? Não é Ele o criado r do céu e da
terr a , e de todas as coisas que neles est ão?
8E que m deu eru diç ã o e sabe d o ri a a tudo o que se move e
prog ri d e sobr e a terr a, e e sob o mar?
9Não ficam os coma n d a n t e s do navio ate r r o riz a d o s no
ocea n o? E não ficar ão ater r o r iz a d o s os peca d o r e s diant e
do Altíssimo?
Capít ulo 101 (não tem)
Capít ulo 102
1Naq u e l e s dias, quan d o Ele lança r a calami d a d e do fogo
sobr e vós, par a onde fugir eis, e onde est a r ei s a salvo?
2E qua n d o Ele enviar sua palavr a cont r a vós, não ser eis
poup a d o s , e ate r r o riz a d o s ?
3Toda s as lumin á ri a s estão agita d a s com gran d e temo r; e
toda a terr a é poup a d a , enq u a n t o elas tre m e m , e sofre m
ansie d a d e .
4Todos os anjos cum p r e m os man d a m e n t o s que
rece b e r a m dele, e est ão desejoso s de se escon d e r da
pres e n ç a da Sua gran d e glória; enq u a n t o as crian ç a s da
terr a est ão alar m a d a s e ang u s ti a d a s .
5Mas vós, peca d o r e s , sereis amaldiço a d o s par a sem p r e ;
par a vós não haver á paz.
6Não tem ai, alma dos justos; mas espe r ai com paciê n ci a
pelo dia vossa mort e em retid ã o. Não vos aflijais porq u e
vossa s almas desc e m em gra n d e sofrim e n t o , com gemido,
lame n t a ç ã o , trist ez a, par a o rece p t á c u l o dos mortos. No
tem p o da vossa vida vossos corpos não rece b e r a m a
123

reco m p e n s a na propo r ç ã o da vossa bond a d e , mas no


período da vossa existê n ci a os peca d o r e s existir a m ; no
período da execr a ç ã o e da puniç ã o.
7E quan d o tu mor r e r e s , os peca d o r e s dirão com resp eit o
a ti: Como nós morr e m o s , os justos morr e m . Que proveito
têm em suas obra s ? Eis que, igual a nós, eles expir a m em
trist ez a e em escu ri d ã o. Que vant a g e m eles têm sobr e
nós? De hoje em diant e nós somos iguais. O que have r á
dent r o do seu alcanc e, e diant e de seus olhos par a
sem p r e ? Pois eis que eles est ão morto s; e nunc a verão a
luz nova m e n t e . Eu vos digo, peca d o r e s : Vós tend e s est a d o
satisfeitos com carn e e bebid a, com pilha g e m hum a n a e
rapin a, com peca d o, com aquisiçã o de riqu ez a e com a
visão de bons dias.
Não tend e s obse rv a d o os justos, como o seu fim é em paz?
Pois nenh u m a opres s ã o é enco n t r a d a neles, mes m o no dia
da sua mort e. Eles per e c e m , como se não existiss e m ,
enqu a n t o suas almas desc e m em trist ez a ao rece p t á c u l o
dos mortos.
Capít ulo 103
1Mas agor a Eu juro vós, justos, pela gra n d e z a de seu
esple n d o r e de sua glória; por seu ilust r e reino e por sua
majes t a d e , a vós Eu juro, que eu comp r e e n d o este
mist é rio; que Eu leio a tábu a do céu, tenho visto o
regist r o dos santo s, e tenho desco b e r t o o que está escrito
e impr e s s o conce r n e n t e a vós.
2 Eu tenho visto que toda bond a d e , alegri a e glória têm
sido pre p a r a d a par a vós, e tem sido escrito pelos espíritos
daq u el e s que mor r e m emine n t e m e n t e justos e bons. A vós
ser á dado em reto r n o pelas vossa s aflições; e vossa
porç ã o de alegri a exced e r á em muito a porç ão dos vivos.
3Os espíritos dos que morr e r a m em retid ã o existir ão e se
regozijar ã o. Vossos espíritos exulta r ã o ; e vossa lemb r a n ç a
est a r á diant e da face do Pode r o s o de gera ç ã o em ger a ç ã o.
124

Eles ent ão não tem e r ã o ades g r a ç a .


4Ai de vós, peca d o r e s , qua n d o morr e r d e s em vossos
peca d o s; e aqu el e s, que são iguais a vós, dirão com
res p eit o a vós: Abenço a d o s são estes peca d o r e s . Eles
vivera m todo o seu período; e agor a mor r e m em alegri a e
em abun d â n c i a. Angústi a e mat a n ç a eles não conh e c e r a m
enqu a n t o viviam; em honr a eles morr e m ; nunc a em sua
vida o julga m e n t o os surp r e e n d e u .
5 Mas, não tem sido most r a d o a eles que, qua n d o suas
almas desc e r e m ao rece p t á c u l o dos morto s, suas más
obra s se torn a r ã o seu gran d e torm e n t o ? Em escu ri d ã o,
em arm a dil h a, e em cha m a , que quei m a r á até o gran d e
julga m e n t o , seus espíritos ent r a r ã o ; e o gran d e
julga m e n t o tom a r á efeito par a sem p r e e sem p r e .
6Ai de vós; pois par a vós não have r á paz. Nem pode r ei s
dizer aos justos e aos bons que vivem: Nos dias da noss a
aflição nós fomos afligidos; todo tipo de trist ez a nós
vimos, e muita s coisas más nós temo s sofrido.
7Noss o s espíritos têm sido cons u mi d o s e diminuí do s.
8Nós temo s per e ci d o; nem tem havido uma possibilida d e
de ajud a par a nós em palavr a ou em obra; nós: não temos
enco n t r a d o , mas temo s sido ator m e n t a d o s e dest r uí d o s.
9Nós não temos espe r a d o viver dia após dia.
10Nós espe r a m o s cert a m e n t e , ter sido a cabe ç a ;
11M a s temos nos torn a d o a caud a. Nós temo s sido
afligidos, quan d o temos nos esforç a d o s ; mas temo s sido
devor a d o s pelos peca d o r e s e mun d a n o s ; seu jugo tem sido
pesa d o sobr e nós.
12Eles tem exercido domínio sobr e nós, a que m eles
det e s t a m , e nos afer r o a m ; e aqu el e s que nos odeia m tem
humilh a d o nosso pescoço; e eles não têm most r a d o
comp aix ão par a conosco.
13Nós temo s deseja d o esca p a r deles, par a que poss a m o s
fugir e desc a n s a r ; mas não temo s encon t r a d o lugar par a
125

onde poss a m o s fugir, e esta r segu r o s deles. Nós temos


proc u r a d o um abrigo com os príncip e s em noss a ang ú s ti a,
e temo s clam a d o àquel e s que est ão nos devor a n d o ; mas
nosso clamo r não tem sido consid e r a d o , nem estã o eles
dispos t o s a ouvir noss a voz;
14M a s ant e s, eles ajuda m aqu el e s que saqu ei a m e nos
devor a m ; aqu el e s que nos diminu e m , e escon d e m sua
opre s s ã o; os quais remove m seu jugo de sobr e nós, mas
devor a m , nos enfra q u e c e m e nos mat a m ; os quais
escon d e m a mat a n ç a , e não lemb r a m que tem levant a d o
suas mãos cont r a nós.
Capít ulo 104
1Eu juro a vós, justos, que no céu os anjos regist r a m
vossa bond a d e diant e da glória do Pode r o s o.
2Esp e r a i com pacie n t e espe r a n ç a ; pois antig a m e n t e
fostes desg r a ç a d o s com o mal e com aflição;
mas agor a brilha r ei s como as lumin á ri a s do céu. Vós
ser eis vistos, e os portõ e s do céu esta r ã o aber t o s par a
vós. Vossos clamo r e s têm clam a d o por julga m e n t o; e ele
tem apa r e ci d o a vós; pois um regist r o de vossos
sofrim e n t o s ser á req u e ri d o dos príncip e s, e de todos os
que tem ajud a d o vossos saqu e a d o r e s .
3Esp e r a i com pacie n t e espe r a n ç a ; não renu n ci eis de
vossa confianç a; pois gra n d e aleg ri a ser á a vossa; como
aqu el a dos anjos no céu. Cond uz e- vos como podeis, still
não est a r ei s escon di d o s no dia do gra n d e julga m e n t o . Não
ser eis como os peca d o r e s ; e a eter n a cond e n a ç ã o est a r á
longe de vós, enqu a n t o o mun do existir.
4Ent ã o não tem ais, justos, qua n d o virde s os peca d o r e s
floresc e n d o e prós p e r o s em seus camin h o s.
5Não vos associeis a eles; mas man t e n d e- vos dista n t e de
sua opre s s ã o; estej ais associa d o s às host e s do céu. Vós,
peca d o r e s , dizeis: Todas as noss a s tran s g r e s s õ e s não
ser ã o toma d a s em cont a, e reco r d a d a s . Mas toda s as
126

vossa s tran s g r e s s õ e s serã o recor d a d a s diaria m e n t e .


6E est á asse g u r a d o por mim, que luz e escu ri d ã o, dia e
noite, verão todas as vossa s tran s g r e s s õ e s .
Não sejais ímpios em nossos pens a m e n t o s ; não mint ais;
não rend ei a palavr a de hone s ti d a d e ; não mint ais cont r a a
palavr a do Santo e Pode r o s o; não glorificai vossos ídolos;
pois toda s as vossas men ti r a s e toda vossa impied a d e não
é par a retid ã o, mas par a crim e.
7Agor a eu apon t o um misté rio: Muitos peca d o r e s se
volta r ã o e tran s g r e d i r ã o cont r a a palavr a de hone s ti d a d e .
8Eles falar ã o coisas más; eles pron u n ci a r ã o falsida d e ;
execu t a r ã o gran d e s emp r e e n d i m e n t o s ; (142) e compo r ã o
livros em suas próp ri a s palavr a s. Mas qua n d o eles
escr ev e r e m toda s as minh a s palavr a s corr e t a m e n t e em
suas próp ri a s lingu a g e n s ,
(142) Execu t a r ã o gra n d e s emp r e e n d i m e n t o s .
Liter al m e n t e , "criar ã o uma gra n d e criaç ã o" (Laur e n c e , p.
173).
9Eles não os mud a r ã o ou os diminui r ã o; mas os
escr ev e r ã o todos corr e t a m e n t e ; tudo o que desd e o
princípio eu tenho pron u n ci a d o conce r n e n t e a eles. (143)
(143) A desp ei to do man d a m e n t o de Enoq u e , seu livro foi
muito cert a m e n t e mud a d o e diminuído pelos últimos
editor e s ,
embo r a este s frag m e n t o s dele tenh a m sobr evivido.
10Out r o misté rio tam b é m eu apon t o. Aos justos e aos
sábios haver á livros de aleg ri a de integ ri d a d e e de
gra n d e sabe d o ri a. A eles livros serã o dados, nos quais
eles acre di t a r ã o ;
11E nos quais eles se regozijar ã o. E todos os justos ser ão
reco m p e n s a d o s , os quais deles adq uirir ã o conh e ci m e n t o
de todo camin h o elevad o.
Capít ulo 104A
1Naq u e l e s dias, diz o Senho r , eles cha m a r ã o aos filhos da
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terr a , e os farão ouvir a sua sabe d o ri a,l h e s most r a r ã o que


eles são seus líder e s;
2E que rem u n e r a ç ã o tom a r á lugar sobr e toda a terr a; pois
Eu e meu Filho par a sem p r e mant e r e m o s comu n h ã o com
eles nos camin h o s da retid ã o, enq u a n t o eles estiver e m em
vida. A paz ser á deles. Regozijai, filhos da integ ri d a d e , em
verd a d e .
Capít ulo 105
1Depois de um tem p o, meu filho Matu s al é m tomo u uma
espos a par a seu filho Lame q u e .
2Ela ficou grávid a dele, e deu um filho, a car n e do qual
era tão bran c a qua n t o a neve, e verm el h o como uma rosa;
o cabelo de sua cabeç a era bran c o como o algod ã o, e
longo; e cujos olhos era m belos. Quan d o ele os abriu, ele
ilumino u toda a casa, como o sol; toda a casa abu n d o u de
luz.
3E qua n d o ele foi tira do da mão da part ei r a , Lame q u e seu
pai ficou com medo dele; e corr e n d o veio ao seu próp rio
pai Mat us al é m e disse: Eu ger ei um filho, difere n t e dos
outro s filhos . Ele não é hum a n o; mas, asse m e l h a n d o- se à
ger a ç ã o dos anjos do céu, é de uma natu r e z a difer e n t e
dos nossos, sendo compl e t a m e n t e difere n t e de nós.
4Seu s olhos são brilha n t e s como os raios do sol; seu
sem bl a n t e é glorioso, e ele par e c e como se não
pert e n c e s s e a mim, mas aos anjos.
5Eu estou tem e r o s o de que algo mirac ulos o deva
acont e c e r na terr a nest e s dias.
6E agor a meu pai, deixa- me pedir e req u e r e r de ti ir ao
nosso prog e ni t o r Enoq u e , e apr e n d e r dele a verd a d e ; pois
sua resid ê n ci a é com os anjos.
7Qua n d o Matu s al é m ouviu as palavr a s de seu filho, e veio
a mim nas extr e mi d a d e s da ter r a; pois ele estav a
infor m a d o de que eu estav a lá: e ele choro u.
8Eu ouvi sua voz, e fui a ele dizen d o: Vede, eu estou aqui ,
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meu filho; já que tu vieste a mim.


9Ele respo n d e u e disse: Por caus a de um gran d e evento
eu venho a ti; e por caus a de uma visão difícil de ser
comp r e e n d i d a eu me aproxim ei de ti.
10E agor a, meu pai, ouví- me; pois ao meu filho Lame q u e
um filho nasc e u , o qual não se par e c e com ele; e cuja
natu r e z a não é igual à nat u r e z a do hom e m . Sua cor é
mais bran c a que a neve; ele é mais verm el h o que a rosa; o
cabelo de sua cabeç a é mais bran c o que a lã; seus olhos
são iguais aos raios do sól; e quan d o ele abriu- os ele
ilumino u toda a casa.
11Qu a n d o ele foi tom a d o ma mão da part ei r a ,
12Se u pai Lame q u e tem e u , e fugiu par a mim, não
acre dit a n d o que a crianç a pert e n c e s s e a ele, mas que ele
ass e m el h a- se aos anjos do céu. E eis que eu vim a ti par a
que poss a s me apon t a r a verd a d e .
13Ent ã o eu, Enoqu e, respo n di e disse: O Senho r efet u a r á
uma nova coisa sobr e a terr a. Isto eu tenho explica do, e
visto num a visão. Eu tenho most r a d o a ti que nas
ger a ç õ e s de Jared meu pai, aquel e s que est av a m no céu
desco n si d e r a r a m a palavr a do Senho r. Eis que eles
come t e r a m crime s; deixar a m de lado sua class e, e
mist u r a r a m - se com mulhe r e s . Com elas tam b é m eles
tra n s g r e d i r a m ; casa r a m - se com elas e ger a r a m filhos.
(144)
(144) Depois dest e versículo, um papiro grego acre s c e n t a :
"os quais não são iguais aos ser e s espirit u ais, mas
criat u r a s de carn e" (Milik, p. 210).
14U m a gran d e dest r ui ç ã o, port a n t o virá sobr e toda a
terr a; um dilúvio, uma gran d e dest r ui ç ã o, toma r á lugar
em um ano.
15Est a crian ç a que nasc e u ao teu filho sobr evive r á na
terr a , e seus três filhos ser ão salvos com ele.
Enqu a n t o toda a hum a ni d a d e que está na ter r a morr e r á ,
129

ele est a r á a salvo.


16E sua post e ri d a d e procri a r á na terr a os giga n t e s , não
espirit u ai s, mas carn ai s. Sobr e a ter r a uma gra n d e
puniç ão ser á infligida, e ela ser á lavad a de toda
corr u p ç ã o . Agora, port a n t o, inform a ao teu filho Lame q u e
que aquel e que é nascido é seu filho na verd a d e ; e seu
nome ser á cha m a d o Noé, pois ele ser á um sobr evive n t e .
Ele e seus filhos serã o salvos da corr u p ç ã o que toma r á
luga r no mun d o; de todo o peca d o e de toda a iniqüid a d e
que consu m i r á a terr a em seus dias. Depois disso haver á
uma impie d a d e maior do que aquel a que ant e s havia se
consu m a d o na terr a; pois eu estou familiariza d o com
santos mist é rio s, que o próp rio Senho r desco b ri u e
explicou a mim; e os quais eu li nas tábu a s do céu.
17N el a s eu vi escrito, que ger a ç ã o após ger a ç ã o
tra n s g r e d i r á , até que, até que uma raça de justo se
levant a r á ; até que tran s g r e s s ã o e crim e des a p a r e ç a m da
face da terr a; até que toda bond a d e venh a sobr e ela.
18E agor a, meu filho, vai dizer ao teu filho Lame q u e ;
19Qu e a crianç a que é nascid a é na verd a d e seu filho; e
que não há dece p ç ã o.
20Qu a n d o Matu s al é m ouviu as palavr a s de seu pai
Enoqu e, o que lhe havia most r a d o toda coisa secr e t a , ele
reto r n o u com ent e n di m e n t o , e cha m o u o nom e da crianç a
Noé; porq u e ele consolou a terr a por caus a de toda sua
dest r ui ç ã o.
21Out r o livro, que Enoq u e escr ev e u par a seu filho
Mat u s al é m , e par a aqu el e s que devia m vir depois dele, e
pres e r v a r sua pur ez a de cond u t a nos últimos dias. Tu, que
tens trab al h a d o , espe r a r á naqu el e s dias, até que os que
pratic a m o mal sejam consu m i d o s , e o pode r do culpa d o
seja aniquila do. Espe r a , até que pass e o peca d o; pois seus
nome s ser ão apa g a d o s dos livros santos; sua sem e n t e seja
dest r uí d a , e seus espírito s mortos. Eles clam a r ã o e
130

lame n t a r ã o na vastid ã o invisível, e no fogo sem fundo eles


quei m a r ã o . (145) Ali eu perc e bi, como se fosse uma
nuve m atrav é s da qual não se podia ver; pois das
profun d e z a s dela eu fui incap a z de olhar par a cima. Eu vi
tam b é m uma cha m a de fogo arde n t e brilha n t e , e como se
fosse m mont a n h a s brilha n t e s pass a n d o ao redo r, e
agita d a s de lado a lado.
(145) No fogo sem fundo eles quei m a r ã o . Liter al m e n t e
"no fogo eles quei m a r ã o , onde ali não é ter r a" (Laur e n c e ,
p. 178).
22Ent ã o eu inquiri de um santo anjo que estav a comigo e
disse: o que é esse esplê n di d o objeto ? Pois não é céu, mas
só uma cha m a de fogo que queim a; e nela há o clamo r de
excla m a ç ã o , de ai, e de gra n d e sofrim e n t o .
23Ele disse: Ali, àqu el e lugar que tu viste, ser ã o confiados
os espíritos dos peca d o r e s e blasfe m a d o r e s ; daqu el e s que
pratic a m o mal, e perve r t e r ã o tudo o que Deus disse pela
boca dos profet a s; tudo o que eles devia m fazer. Pois com
res p eit o a est a s coisas ali haver á regist r o s e ser ão
impr e s s o s no céu, pár a que os anjos poss a m lê- las e sab e r
o que acont e c e r á aos peca d o r e s e aos espíritos dos
humild e s; àqu el e s que sofre r a m em seus corpos, mas têm
sido reco m p e n s a d o s por Deus; os quais têm sido
injurios a m e n t e trat a d o s pelos hom e n s iníquos; os quais
têm ama d o a Deus, que não tem acu m ul a d o nem ouro
nem prat a, nem qualq u e r coisa no mun d o, mas der a m
seus corpos ao torm e n t o ;
24A este s que no período de seu nasci m e n t o não tem
est a d o cobiçoso s de riquez a s terr e n a s ; mas tem se
res g u a r d a d o como um alento que pass a.
25Tal tem sido sua cond u t a ; em muito o Senho r os tem
prova d o; e seus espíritos têm sido encon t r a d o s puros,
par a que eles poss a m abe n ç o a r Seu nom e. Todas as suas
bênç ã o s eu tenho relat a d o num livro; e Ele os tem
131

reco m p e n s a d o ; pois eles têm sido enco n t r a d o s a ama r o


céu com uma ete r n a aspir a ç ã o. Deus tem dito : Enqu a n t o
eles têm sido pisado s por hom e n s iníquos, eles têm ouvido
deles insultos e blasfê mi a s ; e tem sido ignomi nios a m e n t e
trat a d o s , enq u a n t o eles me abe n ç o a m . E agor a eu
cha m a r e i os espíritos do bem da ger a ç ã o da luz, e
mud a r e i aqu el e s que nasc e r a m em escu ri d ã o; os quais
não tem tido seus corpo s reco m p e n s a d o s em glória, como
sua fé poss a ter mer e ci do.
26Eu os trar ei par a a esplê n di d a luz daq u el e s que ama m
meu santo nom e: e Eu coloca r ei cada um deles em um
trono de glória, da glória peculia r m e n t e sua, e eles
desc a n s a r ã o dur a n t e período s inum e r á v ei s. Retos são os
julga m e n t o s de Deus;
27Pois ao fiel ele dar á fé nas habit a ç õ e s dos justos. Eles
verão aqu el e s que tem nascido na escu ri d ã o, par a a
escu ri d ã o ser ão lança d o s; enqu a n t o que os justos
desc a n s a r ã o . Os peca d o r e s clam a r ã o , vendo- os, enqu a n t o
eles existe m em esple n d o r e pross e g u e m em direç ã o dos
dias e período s a eles presc ri t o s. Fim

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