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Lição 4

24 de Abril de 2016
TEXTO DO DIA

“E pelo conhecimento se encherão as


câmaras de todas as substâncias
preciosas e deleitáveis”
(Provérbios 24.4)
SÍNTESE

Deus tem interesse em abençoar os


jovens na construção de um novo lar,
mas, para isso, todos devem se submeter
ao plano divino.
OBJETIVOS

CONSCIENTIZAR-SE
de que a construção de
uma nova família, dentro
do propósito de Deus,
exige preparação;

ASSUMIR o compromisso de observar o padrão


divino nas fases de namoro e noivado;

DEFINIR o casamento como uma bênção que


deve ser almejada por todo e qualquer jovem.
INTERAÇÃO
Professor, é necessário que haja um bom
relacionamento entre os docentes da classe dos
jovens.
Porém, queremos chamar a atenção para a
relação professor-aluno.
É muitíssimo importante que você construa um
vínculo afetivo e de confiança com aqueles que
Deus lhe confiou pra ensinar e orientar.
Evite aquele contato apenas semanal e
extremamente superficial.
INTERAÇÃO

Se eles confiarem em você, receberão de bom


grado o seu ensino, seguirão suas orientações,
ouvirão seus conselhos, etc.
Por outro lado, a proximidade com eles
proporcionará a você um melhor conhecimento
sobre suas vidas, e isso é algo que todo
professor de Escola Dominical deve buscar com
afinco.
Na próxima lição, falaremos mais sobre essa
busca.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado docente, inicie a aula com a
apresentação, pelos alunos, dos resultados da
pesquisa solicitada na aula passada (sobre as
estatísticas de casamento e divórcio no Brasil,
bem como sobre curiosidades como o número
de solteiros e o tempo médio de duração do
casamento).
Essa apresentação vai abrir a discussão sobre a
aula de hoje, que vai tratar da preparação
necessária à construção de uma nova família,
debaixo da orientação divina.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Reflita com os alunos, por alguns instantes,


sobre as causas de tantos casamentos
destruídos, muitas vezes em tão pouco tempo, e
por que isso ocorre até mesmo entre cristãos.
Conclua dizendo que, para existir um casamento
abençoado e duradouro, é preciso observar o
padrão divino desde a fase preparatória (namoro
e noivado).
TEXTO BÍBLICO
9 – Estando ele ainda falando com eles, veio
Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela
era pastora.
10 – E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel,
filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas
de Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e
revolveu a pedra de sobre a boca do poço, e
deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de
sua mãe.
11 – E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua
voz, e chorou.
TEXTO BÍBLICO

12 – E Jacó anunciou a Raquel que era irmão


de seu pai e que era filho de Rebeca. Então, ela
correu e o anunciou a seu pai.
13 – E aconteceu que, ouvindo Labão as novas
de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro,
e abraçou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa. E
contou ele a Labão todas estas coisas.
14 – Então, Labão disse-lhe: Verdadeiramente
és tu o meu osso e a minha carne. E ficou com
ele um mês inteiro.
TEXTO BÍBLICO

15 – Depois, disse Labão a Jacó: Porque tu és


meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-
me qual será o teu salário.
16 – E Labão tinha duas filhas; o nome da mais
velha era Leia, e o nome da menor, Raquel.
17 – Leia, porém, tinha olhos tenros, mas
Raquel era de formoso semblante e formosa à
vista.
18 – E Jacó amava a Raquel e disse: Sete anos
te servirei por Raquel, tua filha menor.
TEXTO BÍBLICO

19 – Então, disse Labão: Melhor é que eu ta dê


do que a dê a outro varão; fica comigo.
20 – Assim, serviu Jacó sete anos por Raquel; e
foram aos seus olhos como poucos dias, pelo
muito que a amava.
INTRODUÇÃO
 O propósito de Deus na vida do seu povo, em
regra, é que ninguém esteja só, não obstante
alguns, por escolha própria ou determinação
de Deus, não constituirão uma nova família,
como foi o caso do profeta Jeremias (Jr 16.2).
 Vale dizer que, mesmo solteiro, é possível ser
feliz [aliás, tudo leva a crer que o profeta
Daniel (Dn 1.9), e o apóstolo Paulo (1Co
7.7,8), homens de grande envergadura
espiritual, eram solteiros].
 A felicidade de uma pessoa não se resume ao
casamento.
INTRODUÇÃO
 Não obstante, o casamento feito no Senhor
é uma grande fonte de alegria (Ec 9.9).
 Para a construção de um lar sólido e feliz é
indispensável uma boa preparação, o que
envolve muitas coisas, mas serão citados,
aqui, para fins didáticos, somente sete
passos: esperar no Senhor, escolha certa,
preparação intelectual (profissional),
trabalho, namoro, noivado e casamento.
 Esses passos não estão elencados
cronologicamente, mas todos eles devem
ser dados.
I. O CAMINHO DO AMOR

1. Esperar com paciência.


2. Fazendo a escolha certa.
3. A conquista.
I. O CAMINHO DO AMOR
1. Esperar com paciência.

 Adão foi criado por Deus e ficou sozinho no


Éden, esperando nEle, não se sabe por
quanto tempo.

 Isso não é tão ruim quanto parece, antes pelo


contrário.

 O fato de se estar só traz benefícios


circunstanciais para o jovem (Lm 3.26-28).
I. O CAMINHO DO AMOR
1. Esperar com paciência.

 Assim, foi excelente para Adão ter suportado


o “jugo” da mocidade.

 Muitas vezes ele deve ter se sentado sozinho


na relva verde, sem ninguém para conversar,
quando tudo em volta era silêncio, e então
pôde refletir sobre a vida e buscar a Deus.
I. O CAMINHO DO AMOR
1. Esperar com paciência.

 Sem Eva, por algum tempo, o primeiro


homem colocou umas coisas importantes em
ordem (por exemplo: deu nome aos animais e
cuidou do jardim), bem como, certamente,
compreendeu suas limitações emocionais,
pois ficou frente a frente consigo mesmo e
também com Deus, vindo a conhecer melhor
o seu Criador.
I. O CAMINHO DO AMOR
1. Esperar com paciência.

 Posteriormente o Todo-Poderoso disse não


ser bom que o homem estivesse só e, em
consequência, anestesiou a Adão (fê-lo
dormir), e retirou uma costela do homem,
preenchendo com carne o lugar e, em
seguida, o presenteou com uma formosa
mulher, celebrando na sequência o primeiro
casamento.
I. O CAMINHO DO AMOR
2. Fazendo a escolha certa.

 Quando, enfim, termina a espera, inicia-se a


fase do deslumbramento.

 O primeiro olhar, aquele que chama a atenção


e desestabiliza, é, em regra, inesquecível
(o que não significa necessariamente amor à
primeira vista).

 Foi o que aconteceu na vida do patriarca Jacó


(Gn 29.10,11).
I. O CAMINHO DO AMOR
2. Fazendo a escolha certa.

 Aquele que tinha esperado em Deus durante


tanto tempo (diferentemente de seu irmão
Esaú, que casara fora da vontade de Deus —
Gn 26.34,35), teve enorme emoção ao se
encontrar com sua amada.

 Mas por que ele chorou?

 Porque Jacó percebera que Raquel, mais que


uma mulher bonita, era também a bênção há
tanto tempo esperada.
I. O CAMINHO DO AMOR
2. Fazendo a escolha certa.

 Ele percebeu que a ponte afetiva entre eles


tinha sido construída por Deus.

 Não se tratava só de aparência física, mas,


sobretudo, de providência divina.

 Jacó podia ver que Deus estava naquele


negócio.
I. O CAMINHO DO AMOR
3. A conquista.

 Depois do primeiro olhar, chegou o momento


da conquista.

 A Bíblia não narra com detalhes todos os


fatos.

 Entretanto deixa claro que Jacó esperou,


ainda, um mês inteiro para agir (Gn 29.14-18).

 A estratégia, certamente, ele estava


construindo em Deus.
I. O CAMINHO DO AMOR
3. A conquista.

 O Senhor criou uma circunstância, e Jacó a


aproveitou, seguindo os costumes locais.
 Como deve acontecer ainda hoje, o
relacionamento precisava ter a bênção do pai
da moça.
 O esforço de Jacó em trabalhar sete anos por
Raquel seria o preço para ter em seus braços
aquela que ele tanto amava.
I. O CAMINHO DO AMOR
3. A conquista.

 Isso nos mostra que, mesmo Deus


aprovando o relacionamento, não significa
que será fácil o caminho até o casamento.
PENSE !
PONTO IMPORTANTE

O Senhor é quem mais se interessa pela


construção de um novo lar em sua
presença.
II. NAMORO E NOIVADO

1. Contextualização bíblica.
2. Significados.
II. NAMORO E NOIVADO
1. Contextualização bíblica.

 Em toda a história bíblica não se visualiza o


namoro como etapa de algum relacionamento,
pelo menos não como conhecemos
atualmente, pois, normalmente os
casamentos eram arranjados pelos próprios
pais dos nubentes, alguns logo que os filhos
nasciam, envolvendo, inclusive, pagamento
pecuniário (dote) pela mão da noiva
(Gn 34.10,11; Jz 14.2).
II. NAMORO E NOIVADO
1. Contextualização bíblica.

 Assim, não havia, em regra, esse contato


prévio, haja vista que os pais
desempenhavam esse importante papel no
estabelecimento do novo lar.
II. NAMORO E NOIVADO
1. Contextualização bíblica.

 Se por um lado na Bíblia não existe a palavra


namoro, por outro as ocorrências da palavra
noivado são abundantes, tanto no Antigo
quanto no Novo Testamento, sendo este um
compromisso muito sério, que inibia, inclusive,
o homem de ir à guerra (Dt 20.7).
II. NAMORO E NOIVADO
1. Contextualização bíblica.

 Caso houvesse fornicação nesse período, o


castigo seria o apedrejamento (Dt 22.22-29).

 Essa era a situação da qual Maria poderia ser


acusada, ao ter concebido do Espírito Santo,
e foi por isso que José intentou deixá-la
secretamente (Mt 1.18,19).
II. NAMORO E NOIVADO
2. Significados.
 O namoro corresponde a uma importante fase
do relacionamento humano, que deve ser
marcado, sobretudo, por intimidade intelectual
e emocional. Nada mais.

 Tudo que passar disso, foge do propósito de


Deus.

 É aqui onde os jovens observam se existe


verdadeiro amor no relacionamento, que,
óbvio, precisa ser recíproco e igualmente
forte.
II. NAMORO E NOIVADO
2. Significados.

 Vê-se, por exemplo, que Jacó, somente


depois de trinta dias que havia conhecido
Raquel, fez uma proposta de compromisso.

 Nesse período de “pré-namoro” Jacó estava


analisando a sua pretendente, certamente
procurando descobrir seus gostos pelas
coisas, seus projetos, seus ideais de vida etc.

 Depois disso foi que ele teve coragem de


“pedir a mão dela”.
II. NAMORO E NOIVADO
2. Significados.

 Seu “namoro” estava programado para durar


sete anos, porém as coisas se complicaram
muito (Gn 29.21-30).

 Por outro lado, o noivado, fase do


relacionamento humano tão relevante quanto
o namoro, caracteriza-se por intimidade
intelectual, emocional, mas também
econômica.
II. NAMORO E NOIVADO
2. Significados.
 Nesse momento da vida dos nubentes, os
preparativos para o casamento já ficam mais
concretos.

 Começam os planejamentos para as compras


essenciais do novo lar.

 A intimidade, nesse momento, não deve


avançar além daquilo que é a vontade de
Deus, para que não se percam as bênçãos
decorrentes de um relacionamento centrado
nEle (1Ts 4.3). Nada de intimidades físicas.
PENSE !
PONTO IMPORTANTE

Os encontros significativos na vida do


crente fiel são promovidos pelo Senhor
(Pv 19.14), como aqueles que
aconteceram entre Isaque e Receba, e
Jacó e Raquel.
III. CASAMENTO

1. Significado.
2. Meios de subsistência.
3. Solteiro, mas feliz.
III. CASAMENTO
1. Significado.

 Depois de aguardar um tempo bastante longo,


Jacó casou-se com Raquel (Gn 29.30).

 Ele soube aguardar a chegada do tempo de


Deus.

 Agora, enfim, a intimidade física seria o ponto


alto, pois eles se tornariam uma só carne.
III. CASAMENTO
2. Meios de subsistência.
 O casamento pressupõe a existência de um
caminho marcado pelo amor, que perpassa
pelo namoro e noivado.

 Porém, antes de casar, os nubentes precisam


garantir os meios de subsistência (trabalho) e,
para tanto, necessitam de preparação
intelectual.

 O emprego deve, sempre, anteceder ao


casamento, pois ninguém deve casar e ser
sustentado pelos pais.
III. CASAMENTO
2. Meios de subsistência.
 Deus, antes de fazer o casamento de Adão e
Eva, deu ao marido uma “casa” (Gn 2.8) e um
emprego (Gn 2.15).
 Ademais, está escrito: “Com a sabedoria se
edifica a casa, e com a inteligência ela se
firma; e pelo conhecimento se encherão as
câmaras de todas as substâncias preciosas e
deleitáveis” (Pv 24.3,4).
 Assim, a preparação intelectual fornece
conhecimento (ciência), que propicia os meios
para a subsistência material da família.
III. CASAMENTO
3. Solteiro, mas feliz.

 Há alguns, como Jacó, que esperaram muito


tempo, e Deus lhes providenciou um
casamento.

 Outros, porém, igualmente fiéis ao Senhor,


ficaram sem se casar, como foi o caso de
Jeremias (Jr 16.2).

 Por que isso acontece?

 A resposta: soberania divina.


III. CASAMENTO
3. Solteiro, mas feliz.

 Não devemos questionar os porquês dos


propósitos divinos, mas, como servos, cabe-
nos agradecer ao Senhor pelo dom da vida e
pela sua presença conosco.

 Afinal, está escrito: “Canta alegremente, ó


estéril que não deste à luz! Exulta de prazer
com alegre canto e exclama, tu que não
tiveste dores de parto! Porque mais são os
filhos da solitária do que os filhos da casada,
diz o Senhor” (Is 54.1).
PENSE !
PONTO IMPORTANTE

A preparação intelectual é indispensável


para, quando chegar o tempo certo, o
Senhor usar o conhecimento adquirido
a fim de que, pelo trabalho, a casa se
encha de bens (Pv 24.4).
CONCLUSÃO
O jovem cristão deve entender o tempo de
Deus para sua vida.
Às vezes, tudo parece que não vai dar certo.
Decepções amorosas, condições
materiais desfavoráveis, incertezas etc.,
tudo fustiga o jovem que espera em Deus
pelo seu novo lar.
O ideal é seguir o conselho bíblico:
“Lançando sobre ele toda a vossa
ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós” (1Pe 5.7).
Um dia, ainda que demore, a promessa de
Deus cumprir-se-á.
HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, como os namorados


devem se relacionar?

Devem relacionar-se somente no campo


intelectual e emocional.
HORA DA REVISÃO

2. Segundo a lição, como os noivos devem se


relacionar?

Intensa intimidade intelectual, emocional e


social.
HORA DA REVISÃO

3. Mencione dois personagens bíblicos que


esperaram em Deus pelo casamento.

Adão e Jacó.
HORA DA REVISÃO

4. Segundo a lição, para obter os meios de


subsistência, antes do casamento, qual “passo”
deve ser dado pelo jovem?

Preparação intelectual.
HORA DA REVISÃO

5. Qual profeta do Antigo Testamento que


Deus determinou que não se casasse?

Jeremias.
SUBSÍDIO

“Por causa da forte influência tribal e da


unidade do clã na sociedade patriarcal, os
pais consideravam seu dever e prerrogativa
assegurar esposas para seus filhos
(Gn 24.3; 38.6).

Normalmente, a noiva em perspectiva, assim


como o noivo, simplesmente concordava
com os arranjos feitos de acordo com os
interesses da família e da lealdade à tribo.
SUBSÍDIO
[...] O casamento com mulheres estrangeiras
era desaconselhado (Gn 24.3; 26.34,35;
27.46; 28.8) e mais tarde foi totalmente
proibido (Êx 34.16; Dt 7.3; Ed 10.2,3,10,11)
[...]. Casamentos mistos eram tolerados
apenas no caso dos exilados (por exemplo,
José, Gn 41.45; Moisés, Êx 2.21) e dos reis
apenas por razões políticas.

Por outro lado, havia em Israel a


oportunidade para casamentos baseados
no namoro. O jovem podia declarar a sua
preferência (Gn 34.4; Jz 14.2).
SUBSÍDIO
[...] Na época do Antigo Testamento as
mulheres não eram mantidas como
reclusas, como nos países muçulmanos, e
podiam sair às ruas com o rosto descoberto
(cf. 1Sm 1.13). Elas cuidavam das ovelhas
(Gn 29.6; Êx 2.16), carregavam água (Gn
24.13; 1Sm 9.11), colhiam nos campos (Rt
2.3) e visitavam outros lares (Gn 34.1).
Dessa maneira, os jovens tinham a
liberdade de procurar a futura noiva
sozinhos”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012,
p.388).

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