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CHIPTRONIC TECNOLOGIA AUTOMOTIVA

TÉCNICAS DE LEITURA E SOLDAGEM DE


COMPONENTES

JULHO DE 2013

V2. 0.
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Sumário
1. APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... 4
1.1 Surgimento da Eletrônica. ....................................................................................................... 4
1.2 CHIPTRONIC no Mercado. ....................................................................................................... 6
1.3 Produtos CHIPTRONIC e suas Funções. ................................................................................... 6
2. TEÓRICA........................................................................................................................................... 8
2.1 Definições Iniciais, Medidas Eletrônicas e Equipamentos de Medição. ................................. 8
2.1.1 Resistencia, Corrente e Tensão. ...................................................................................... 8
2.1.2 Capacitância. ................................................................................................................... 8
2.1.3 Tensão Contínua.............................................................................................................. 9
2.1.4 Tensão Alternada. ........................................................................................................... 9
2.1.5 Continuidade ................................................................................................................... 9
2.1.6 Componentes DIP. ........................................................................................................... 9
2.1.7 Componentes SMD.......................................................................................................... 9
2.1.8 Multímetro Analógico. .................................................................................................. 10
2.1.9 Multímetro Digital. ........................................................................................................ 15
2.1.10 Capacimetro. ................................................................................................................. 16
2.2 Componentes eletrônicos. .................................................................................................... 17
2.2.1 Resistores. ..................................................................................................................... 17
2.2.2 Capacitores. ................................................................................................................... 21
2.2.3 Diodos............................................................................................................................ 25
2.2.4 Transistores. .................................................................................................................. 27
2.2.5 Circuitos Integrados (CI’s). ............................................................................................ 28
2.3 Soldagem. .............................................................................................................................. 30
2.3.1 Materiais e Ferramentas. .............................................................................................. 30
2.3.2 Formas de Soldagem. .................................................................................................... 34
2.3.3 Manutenção. ................................................................................................................. 35
2.3.4 Limpeza da placa. .......................................................................................................... 38
2.4 Defeitos de Soldagem e Posicionamento de Componentes. ................................................ 40
2.4.1 Conectores e pentes...................................................................................................... 40
1.1.2 Defeito de Soldagem ..................................................................................................... 40
1.1.1 Defeito: Soldas Trincadas .............................................................................................. 43
2.4.2 Defeito: Solda Sem Liga ................................................................................................. 44
2.5 Soldas e Componentes Alinhados Corretamente. ................................................................ 45
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2.6 Prova Teórica......................................................................................................................... 47


3. Prática............................................................................................................................................ 48
3.1 Cabos. .................................................................................................................................... 48
3.1.1 Corte de fios. ................................................................................................................. 48
3.1.2 Estanhamento. .............................................................................................................. 48
3.1.3 Soldagem de DB’S e Terminais. ..................................................................................... 49
3.1.4 Cabos Com Circuitos...................................................................................................... 51
3.2 Placas..................................................................................................................................... 52
3.2.1 Soldagem e Remoção de Componentes DIP. ................................................................ 52
3.2.2 Soldagem e Remoção de Componentes SMD. .............................................................. 53
3.3 Lixo Eletrônico. ...................................................................................................................... 55
3.4 Prova Prática. ........................................................................................................................ 55
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1. APRESENTAÇÃO

1.1 Surgimento da Eletrônica.

O advento do transistor no final da década de 40 e o desenvolvimento da tecnologia dos circuitos


integrados permitiram que computadores do tamanho de salas imensas fossem reduzidos às
atuais calculadoras de bolso. O avanço da eletrônica tem tomado uma cadência
assustadoramente rápida, criando uma expectativa constante em torno do qual será sua próxima
conquista.

Até o início do século passado, os conhecimentos sobre os fenômenos elétricos eram


praticamente inexistentes. Em 1821 Faraday descobriu que os ímãs exerciam ação mecânica
sobre condutores elétricos próximos que estivessem sendo percorridos por uma corrente
elétrica.

James Clerk Maxwell trabalho no desenvolvimento do ramo das comunicações.

Em 1800, Volta, inventou a bateria elétrica e, pela primeira vez na história, o homem tinha
a possibilidade de usar corrente contínua em suas experiências.

Os físicos ingleses Wheatstone e Cooke trabalharam muito na popularização do telégrafo


indicando sua aplicação comercial. Caberia, entretanto, a Morse o desenvolvimento, em 1835, do
telégrafo a fio como o conhecemos hoje.

O antepassado dos dispositivos eletrônicos diminutos é a válvula a vácuo. As válvulas a


vácuo foram cruciais ao desenvolvimento do rádio, da televisão, do computador e do telefone.
Eram também frágeis e volumosos. Com a evolução da tecnologia eletrônica, a partir da década
de 20, as válvulas eletrônicas foram se tornando cada vez mais eficientes e menores, tendo
atingido seu pico durante a II Guerra Mundial quando milhões delas foram fabricadas para
atender às necessidades especiais das forças armadas em todos os tipos possíveis de
equipamentos eletrônicos usados na aviação, marinha, exército etc. Uma busca universal para
encontrar um dispositivo mais compacto e de maior confiança ocupou a engenharia após a II
Guerra Mundial e surgiu o transistor.

O transistor foi inventado em 1947 por John Bardeen, Walter H. Brattain e William
Shockley. Em 1956, os três receberam o prêmio Nobel de Física por suas pesquisas com os
semicondutores e pela descoberta do transistor. A forma e o tamanho do transistor eram
bastante diferentes do arranjo enorme das válvulas a vácuo. Também, ao contrário das válvulas,
não tem filamento e pode operar instantaneamente. Em vez de operar exclusivamente pelo
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deslocamento de elétrons, emitidos de um cátodo, opera com cargas elétricas negativas e cargas
positivas artificialmente criadas no corpo dos cristais do semicondutor. Seu modo de funcionar
lembra o da válvula, porém, o modo de operar é mais complexo.

No início dos anos 50, o transistor chamou a atenção do mundo, primeiramente com a
venda no varejo do rádio transistorizado, que se tornou o artigo mais vendido na época. As
aplicações do transistor incluíram osciladores de telefone, dispositivos automáticos da
distribuição de telefones e nos dispositivos das comunicações. A aplicação dos transistores não
era muito utilizada nos computadores até que a IBM contratou uma empresa especializada para
o desenvolvimento do transistor projetado especificamente para aplicações digitais.

Com a invenção dos transistores para aplicações digitais, a maioria dos fabricantes de
computador iniciou a substituição das dispendiosas e quentes válvulas eletrônicas pelos novos
dispositivos, bem mais baratos e com pouquíssima dissipação de calor. O primeiro computador
transistorizado foi desenvolvido por Seymour Cray no ano de 1958.

Os avanços eletrônicos citados foram primordiais à invenção de Jack Kilby, em 1958: o


circuito integrado (CI). Ainda em 1958, Robert Noyce desenvolve um circuito integrado
miniaturizado, em que vários transistores eram impressos numa pastilha de semicondutor de
uma única vez. Já em 1961, estava fabricando-se circuitos integrados comercialmente e em
grandes quantidades. No ano seguinte foi o verdadeiro começo da produção em massa desses
circuitos e, ainda hoje, os mesmos dominam o campo da eletrônica, sendo fabricados em escalas
colossais.

No início dos anos 70, aparecem as calculadoras eletrônicas portáteis que revolucionaram
a arte de calcular. Usando circuitos integrados compactos, algumas dessas calculadoras
possuíam mais capacidade computacional que os computadores produzidos em 1958.

O mais importante desenvolvimento na área de informática, desde a sua criação, foi o


microprocessador que é basicamente um computador em miniatura. Este foi desenvolvido pela
Intel Corporation em 1972 e foi logo seguido por várias outras firmas.

O microprocessador consistia de milhões de transistores fixados a uma microplaqueta de


silicone que ficou denominada como microchip. Com o microchip foi possível a invenção de
milhares de novos produtos como: instrumentos médicos, automóveis, telefones celulares, jogos
eletrônicos e os relógios. Os microprocessadores desenvolveram-se e deram origem aos
microcomputadores que evoluíram e deram origem aos microcomputadores atuais.
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1.2 CHIPTRONIC no Mercado.


A CHIPTRONIC é uma indústria que desenvolve soluções para área automotiva, através de
equipamentos eletrônicos que são desenvolvidos para comunicação por protocolos, viabilizando
soluções para diagnóstico e reparação veicular. Iniciou seus trabalhos no ano de 1998, no
segmento de reparação.

Somos uma empresa inovadora sempre aceitando e buscando novos desafios, investindo
em infraestrutura, conhecimento, pessoal e principalmente em tecnologia.

1.3 Produtos CHIPTRONIC e suas Funções.


OBDMAP

O OBDMAP é o equipamento mais completo, especialmente desenvolvido para todos os


profissionais, inclusive para iniciantes! Com ele é possível programar chaves, ler senhas, resetar
e programar ECU via OBD (porta de diagnóstico) ou diretamente da central (ECU) via pinça!

O OBDMAP abrange uma grande linha de veículos e permite ser atualizado via internet,
através da porta USB de seu computador.

MOTODIAG

É um scanner para motos com injeção eletrônica aonde o mecânico pode ter acesso a
todos os parâmetros de defeitos e correções a serem efetuadas na moto. É possível também
acessar os defeitos presentes e passados da moto ou até mesmo acessar a memória da central e
apagar os erros acusados.

TSA

O TSA é um equipamento de testes de sensores e atuadores do sistema de

Injeção Eletrônica de Motocicletas, desenvolvido para realizar leitura dinâmica de níveis de


voltagem, teste de polaridade e acionamento de: By-pass IACV (Atuador de marcha lenta),
Injetores de Combustível, Relés e Bobinas de ignição + Vela.

ECU-TEST

Desenvolvido para simular centrais automotivas linha leve (carros) em bancada, sem
precisar do carro. O Ecu-Test oferece várias conexões de atuadores entre ele e a central, tal
como:

-Corpo de Borboleta;
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-Pedal do Acelerador;

-Imobilizador;

-Diagnóstico;

-Painel.

PIN-OUT

Desenvolvido para trabalhar em conjunto com o Ecu-Test, o Pin-Out facilita a conexão de


equipamentos de medição como multímetro e osciloscópio para visualização de tensão e ondas
emitidas pela central e pelo Ecu-test.

DIESELDIAG

O DIESELDIAG é um Scanner para veículos da linha diesel que utilizam motores com
gerenciamento eletrônico. Sua função é indicar possíveis falhas no gerenciamento eletrônico,
realizar leitura dos sensores e testes nos atuadores. A visualização é feita através do
computador, possibilitando assim uma rápida e eficaz análise do veículo.
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2. TEÓRICA

2.1 Definições Iniciais, Medidas Eletrônicas e Equipamentos de Medição.

2.1.1 Resistencia, Corrente e Tensão.

A resistência nada mais é do que oposição à passagem da corrente elétrica. Para


podermos entender como funciona a corrente, a tensão e a resistência os passos abaixo vão
descrever como são as possibilidades. Por exemplo, temos uma caixa d’água cheia, um cano que
conduz essa água ate um registro e do registro para fora na pia de uma casa.
1 – Se o registro estiver fechado, a água não passa até a torneira, pois está sendo criada uma
resistência muito alta à passagem da água e consecutivamente a água não chega até a pia;
2 – Se você abrir um pouco o registro, essa resistência diminui um pouco e com isso, certa
quantia de água começa a fluir pelo cano, chegando até a torneira e finalmente na pia.

Agora vamos traduzir do convencional, da caixa d’água para a eletrônica, é bem simples:
1 – A caixa d’água é a nossa bateria que passa pelos fios, que são os canos;
2 – O registro é o nosso resistor, que conforme o valor da resistência liberará a passagem da
energia elétrica;
3 – A tensão é o tamanho do diâmetro do cano, supomos que deve sair 50 mm de água por
segundo independentemente do tamanho do cano, quanto maior o cano menor é a pressão, em
relação à caixa, pois mais agua vai passar, só que com menos intensidade. Se o cano for menor a
pressão vai aumentar, pois o espaço é menor para a mesma quantidade de agua passar. E para
terminar a corrente nada mais é do que a pressão;
4 – Traduzindo: quanto maior a tensão, menor a corrente e quanto menor a tensão, maior é a
corrente.

2.1.2 Capacitância.

É denominada capacitância a propriedade que os capacitores têm de armazenar cargas


elétricas na forma de campo eletrostático.
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2.1.3 Tensão Contínua.

Uma tensão constante com polaridade positiva e negativa, aonde não se alterna, ou
seja, nunca abaixa o nível de tensão. Nos esquemas elétricos é utilizado a nomenclatura DCV
ou DC, por convenção internacional para informar à tensão que aquele circuito necessita
para operar. Ela é formada por baterias e ou retificadores de tensão, as fontes.

2.1.4 Tensão Alternada.

Na tensão alternada a intensidade e a direção são grandezas que variam


ciclicamente ao contrário da tensão contínua, DC, que tem direção bem definida e não
varia com o tempo. Em um circuito de potência de tensão alternada a forma da onda mais
utilizada é a onda senoidal, no entanto, ela pode se apresentar de outras formas como,
por exemplo, a onda triangular e a onda quadrada.

2.1.5 Continuidade

É uma forma de medir de ponto a ponto em um fio, trilha entre outros a


condutibilidade, sendo medida por um multímetro ou condução de energia, alimentando
uma lâmpada no final, por exemplo.

2.1.6 Componentes DIP.

São Componentes com terminais em forma de filetes e para poder soldar necessitam de
placas com furos. Conduzem grandes quantidades de correntes.

2.1.7 Componentes SMD.

São componentes com encapsulamentos pequenos que reduzem o tamanho das placas, pois
não necessitam de grande quantidade de espaço ou furos nas placas. Não conduzem muita corrente.
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2.1.8 Multímetro Analógico.

Com este instrumento de medição podemos comprovar as três grandezas da lei de OHM,
como medir a tensão elétrica, a corrente elétrica, a resistência elétrica e ainda testar diversos
componentes eletrônicos como resistores, capacitores, diodos, transformadores, Led’s,
transistores e outros.

Multímetro analógico.

Trata-se de um instrumento que possui um ponteiro montado sobre uma bobina móvel, a
bobina móvel está fixada no meio de um campo magnético constituído de um imã permanente.
No momento que uma corrente elétrica percorre o enrolamento da bobina móvel surge um
campo magnético na bobina, que interage com o campo magnético do ímã, dependendo do
sentido da corrente elétrica o ponteiro poderá se movimentar para direita ou para esquerda na
escala do instrumento.

Quando o instrumento está sem uso, o ponteiro estará em seu ponto de descanso,
totalmente a esquerda da escala, ao realizar uma medição o ponteiro deverá se movimentar para
a direita na escala. Se a movimentação do ponteiro for para a esquerda entendemos que a
polaridade das pontas em relação ao ponto de medição está invertido.
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Assim podemos afirmar que o nosso multímetro analógico é polarizado, então devemos
tomar o cuidado para sempre utilizar a ponta vermelha no (+) positivo e a ponta preta (-) no
negativo ao ponto de medição.

Antes de começar a utilizar o multímetro analógico, devemos apronta-lo para o uso, a


maioria dos multímetros necessitam de pilhas e baterias para executar certas medições da
resistência elétrica.

Dependendo do modelo adquirido, o instrumento poderá utilizar uma ou mais pilhas e


baterias, que deverão ser instaladas pelo usuário. Utilize pilhas de qualidade, e troque-as
periodicamente para evitar vazamentos e inutilizar o aparelho.

Antes de iniciar os testes, verifique se o ponteiro, em sua posição de descanso se


posiciona corretamente na marca ∞ (infinito).

Se necessitar de ajuste; com uma chave de fenda gire vagarosamente o parafuso plástico posicionando
corretamente o ponteiro na posição de descanso.
Atenção: Ajuste somente se for necessário.

O passo seguinte é verificar se está funcionando corretamente, para isso coloque a chave
de funções na posição X10K, encoste as duas pontas de prova, o ponteiro se deslocará para a
direita e deverá se posicionar em cima da indicação 0 OHM ( observe na primeira faixa de
escalas de cima para baixo), caso contrário, ajuste o botão para que o ponteiro se posicione
corretamente.

Agora passe a chave seletora de funções para a posição Ω X1 e novamente ajuste o


ponteiro para a posição 0 OHM; feito o ajuste corretamente, isso comprova que as pilhas e
baterias foram corretamente instaladas no instrumento. Caso não consiga posicionar
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corretamente o ponteiro como indicado troque as pilhas e baterias por outras, preferivelmente
novas.

Nos multímetros analógicos, toda vez que selecionamos uma escala entre X1 e X10K na
função Ω (OHM), antes de realizar a medição, devemos zerar o instrumento, verificando se o
ponteiro está ajustado na posição 0Ω (zero OHM), caso contrário o valor lido na escala no
momento da medição será incorreta.

Nas demais funções como AC V, DC V e DC mA não é necessário realizar o ajuste.

Antes de começar, temos que saber que se trata de um instrumento sensível e antes de
realizar qualquer medição temos que ter uma noção do que estaremos medindo.
A maioria dos multímetros analógicos tem 4 funções básicas; Ω (OHM), AC V ( Tensão corrente
alternada), DC V (Tensão em corrente contínua) e DC mA (Corrente elétrica contínua); alguns
com mais escalas e outros com menos.

Observe a escala abaixo.

Escala do Multímetro

A primeira faixa da escala é destinada para leituras da função Ω, seu valor é dado em
OHMs. Após a linha reflexiva temos as escalas 10, 50 e 250, estas são utilizadas para a leitura de
AC V, DC V e DC mA.
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As demais escalas são projetadas para as funções especiais que cada modelo possui.
Exemplo: Este modelo em questão tem uma função para teste de pilhas e baterias (BATT), para
isso utilizamos a última escala com a chave de funções na posição BATT 1.5V ou 9V.

As posições X1 a X10K são para medir a resistência elétrica que certos componentes ou
circuitos oferecem a passagem da corrente elétrica. Podemos utiliza-lo para verificar a
continuidade de um circuito, verificar se existe uma trilha aberta nas placas de circuitos,
verificar continuidade ou curto-circuito em terminais ou cabos.

A medição deve ser realizada com o circuito desligado e descarregado. Também serve
para testar componentes eletrônicos.

O valor a ser lido na escala é multiplicado pela posição da chave de funções em Ω.

Exemplo: Se a chave de funções estiver na posição X1 e o valor lido na escala for 20,
então 20X1=20 Ω (OHM). Se tivesse em X100 e o valor lido na escala for 15, então 15X100=1500
Ω, (abreviando 1500Ω = 1,5KΩ ou 1K5Ω) e assim sucessivamente para as outras escalas.
Cada valor lido na escala deve ser multiplicado pela posição da chave de funções em Ω do
multímetro. Para observar o valor que está sendo lido utilize a primeira faixa da escala do
instrumento.

A função ACV é destinada para medições de tensões em circuitos de corrente alternada


(AC). Encontramos este tipo de tensão AC na rede elétrica de nossas casas, na saída de
estabilizadores e nobreaks e também na saída de transformadores AC/AC. Para a verificação do
valor medido utilizaremos a quarta escala ACV.

A função ACV utiliza a escala numérica da função DCV, isso quer dizer que ao ler um valor
na função ACV utilizaremos a escala ACV com a numeração da escala DCV.
Posicionando a chave de funções na posição ACV, você conseguirá medir as seguintes
tensões de acordo com a tabela abaixo.

Posição chave funções AC V Valor máx. a ser medido Escala para leitura

1000 1000 volts AC 10 (acrescentar dois zeros imaginários)

250 250 volts AC 250

50 50 volts AC 50

10 10 volts AC 10

Atenção: Nunca tente medir tensões acima do indicado, posicione a chave seletora de
funções corretamente para evitar danos ao multímetro.
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Função DCV é utilizada para a medição de tensões contínuas, podemos encontrar este
tipo de tensões em pilhas, baterias, na saída de fontes AC/DC, e nos circuitos eletrônicos em
geral.

O ponto de referência para medir tensões DC é o 0 volt (terra ou negativo da fonte). Para
a medição de tensão DC com o multímetro analógico devemos observar a posição correta das
pontas; sendo a ponta vermelha (+) no positivo e a ponta preta (-) no negativo ou 0 volt.

Se ao realizar a medição, o ponteiro do multímetro mover para a esquerda, inverta a


posição das pontas para a posição correta.

Quando não sabemos o quanto vamos medir no local, devemos sempre começar
selecionando a chave de funções no maior valor, para depois ir reduzindo seu valor até obter
uma leitura adequada na escala.

Para a verificação do valor medido utilizaremos a segunda escala DCVA, com as três
escalas numéricas.

A função DC mA utiliza a escala numérica da função DCV, isso quer dizer que ao ler um
valor na função DCmA utilizaremos a escala DC VA.
Posicionando a chave de funções na posição DCmA, você conseguirá medir a corrente
elétrica de um circuito de acordo com a tabela abaixo.

Posição chave de funções DCmA Malor máx. a ser medido Escala para leitura

250 250 mA 250

25 25 mA 250

2.5 2.5 mA 250

50uA 50 uA (micro ampères) 50

Atenção: Nunca tente medir correntes acima do indicado, posicione corretamente a


chave seletora de funções para evitar danos ao multímetro.
Outras funções que podem ser encontradas no multímetro são utilizadas para testes
específicos como:
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 Teste de pilhas e baterias (1.5V e 9V);

 Teste em transístores bipolar (hFE);

 Teste de diodos;

 Teste de capacitores;

 Teste de indutores;

 Teste sonoro de continuidade (bip);

 Teste em circuitos de RF.

2.1.9 Multímetro Digital.

O multímetro Digital não é muito diferente do Analógico, tem as mesmas funções, mas é um pouco
mais didática a utilização.

foto do multímetro analógico


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Apresentação das escalas:

OFF: desliga o multímetro;

200v a 650v alternados: para tensões de tomada, por exemplo.

200microA a 200mA contínuos : utilizado para medir baixa corrente, para isso você precisa
posicionar em série as pontas do multímetro em relação ao fio ou ao componente com a ilha da
placa;

10 A: utilizado para medir altas correntes. Para isso é necessário posicionar a ponta vermelha no
Born 10 A.

°C: para medir temperaturas, para isso precisa da ponta de prova adequada;

Desenho do diodo: para medir continuidade. Verificar funcionamento de diodos, transistores e


continuidades em cabos ou trilhas;

200Ohm a 20Mohm: Escalas para medir resistência;

200mV a 600V continudos: para medir tensão contínua.

2.1.10 Capacimetro.

É o instrumento usado para medir o valor dos capacitores comuns e eletrolíticos. Há dois
tipos de Capacimetro: o analógico (de ponteiro) e o digital (de cristal líquido). Existem os
multímetros digitais com um Capacimetro que podem medir capacitores de 0 a 20 µF e os
Capacimetro propriamente ditos (sem outras funções) que podem alcançar valores maiores
como, por exemplo, de 0 a 20.000 µF.
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Fig4: imagem de um Capacimetro

A utilização de um Capacimetro é bem simples. O operador deve selecionar a


capacitância correspondente e posicionar as ponteiras nos polos do capacitor, o valor do
capacitor será mostrado no visor.

Caso não tenha o valor do capacitor, comece da maior escala e posicione as ponteiras no
capacitor, se o display estiver zerado ou o numero mostrado estiver com apenas o primeiro
dígito (da direita para a esquerda) mostrando algum valor diferente de zero, diminua o valor da
escala para que seja mais preciso o valor medido e mostrado no visor do Capacimetro.

2.2 Componentes eletrônicos.

2.2.1 Resistores.

O resistor é um componente elétrico que, dentro dele existe um semimetal (mal


condutor de eletricidade, como o carbono) e serve para "reduzir" a voltagem gerada por um
transformador de certo sistema elétrico.
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(a) imagem de um resistor DIP (2K Ohms); (b) representação do resistor (esse resistor pode ser SMD ou DIP)
em um esquema elétrico.

Não existe um único valor de resistor e por conta disso existe um padrão a ser seguido.
Os Resistores DIP seguem um padrão de cores enquanto o valor dos SMD é escrito no seu corpo,
mas mesmo assim, temos que saber como interpretá-los.

No mercado termos 3 tipos de resistores: convencionais, potencia e resistores de


precisão.
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Resistor DIP

Abaixo segue a tabela com os códigos de cores e os valores correspondentes:

Tabela com os códigos de cores do resistor.


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Resistor SMD

Os resistores SMD (surface Mounting device), são componentes relativamente pequenos


e que possibilitam a utilização de menor espaço nas placas, sendo assim podendo diminuir o
tamanho dos equipamentos eletronicos.

Abaixo segue uma imagem de modelos de resistores SMD:

modelos de resistores SMD com 3 e 4 dígitos.

Na primeira imagem os dois primeiros números representam os dois primeiros dígitos


da resistência, no caso 33. O terceiro dígito significa o fator de multiplicação ou número de zeros
que deve ser acrescentado. No caso 0000. Ficamos então com 330 000 ohms ou 330 k ohms.

Na segunda imagem temos um resistor de precisão, pois tem 4 dígitos, os 3 primeiros são
o valor da resistência, nesse caso 100 e o quarto dígito é o fator de multiplicação, a quantidade
de zeros que será acrescentado, 000. Então temos 100.000 ohms ou 100K ohms, preciso sem
variação para mais ou para menos.

Para resistências de menos de 10 ohms pode ser usada a letra R tanto, para indicar isso
como em lugar da vírgula decimal. Assim, podemos 10R para 10 ohms ou 4R7 para 4,7 Ohms. Em
certos casos, com resistores na faixa de 10 a 99 ohms podemos ter o uso de apenas dois dígitos
para evitar confusões: por exemplo, 33 ou 56 para indicar 33 ohms ou 56 ohms.

Também existem casos em que o k (quilo) e M (mega) é utilizado no lugar da vírgula. No


entanto, para as tolerâncias mais estreitas há diversos outros tipos de códigos. Conforme
a tabela 1 logo abaixo:
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Exemplos de códigos de 3 Exemplos de códigos de 4


dígitos dígitos
220 é 22 ohms, e não 220 1000 é 100 e não 1000 ohms
ohms
331 é 330 ohms 4992 é 49 900 ohms, ou 49K9
563 é 56 000 ohms 1623 é 162 000 ohms, ou
162K
105 é 1 000 000 ohms, ou 1 M 0R56 ou R56 é 1,56 ohms
ohms
6R8 é 6,8 ohms

2.2.2 Capacitores.

Também chamado de condensador, ele é um dispositivo de circuito elétrico que tem


como função armazenar cargas elétricas e consequente energia eletrostática, ou elétrica. Ele é
constituído de duas peças condutoras que são chamadas de armaduras. Entre essas armaduras
existe um material que é chamado de dielétrico. Dielétrico é uma substância isolante que possui
alta capacidade de resistência ao fluxo de corrente elétrica. A utilização dos dielétricos tem
várias vantagens. A mais simples de todas elas é que com o dielétrico podemos colocar as placas
do condutor muito próxima sem o risco de que eles entrem em contato, ocasionando o curto.
Qualquer substância que for submetida a uma intensidade muito alta de campo elétrico pode ser
tornar condutor, por esse motivo é que o dielétrico é mais utilizado do que o ar como substância
isolante, pois se o ar for submetido a um campo elétrico muito alto ele acaba por se tornar
condutor.

Os capacitores são utilizados nos mais variados tipos de circuitos elétricos, nas máquinas
fotográficas armazenando cargas para o flash, por exemplo. Eles podem ter o formato cilíndrico
ou plano, dependendo do circuito ao qual ele está sendo empregado.

Modelos de Capacitores

Vamos comentar sobre os três principais modelos de capacitores, que são os mais
empregados em projetos eletrônicos, temos mais modelos, como o de tântalo, mas não vamos
aprofundar, apenas trataremos dos mais utilizados na empresa CHIPTRONIC.

Os tipos de capacitores comercialmente disponíveis diferem basicamente pelo material do


dielétrico e das placas (também chamadas eletrodos) e da forma construtiva.
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Capacitor Cerâmico

Este tipo de capacitor apresenta uma constante dielétrica alta, permitindo valores
relativamente altos em pequenos volumes. Características boas para altas frequências. Os
elementos podem ter forma de disco ou outras e podem ser apenas um conjunto ou vários
empilhados. Em geral disponível em valores de 1 pF a 2,2 µF e tensões até 6 kV.

Neste caso, os dois primeiros dígitos são os algarismos significativos e o terceiro, o


número de zeros a acrescentar (multiplicador) e o resultado é dado em picofarads (pF).

Na figura abaixo temos:

Fig5: Capacitor A: 100000 pF = 100 nF = 0,1 µF; Capacitor B: 3300 pF = 3,3 nF = 0,0033 µF.

Alguns capacitores cerâmicos usam o símbolo "K" para indicar o valor. Isso significa 1000
pF ou 1 nF. Por exemplo: 0,68 K = 0,68 nF = 680 pF.

Capacitor Cerâmico SMD

Esses capacitores devido ao seu tamanho reduzido, não são possíveis inserir a marcação
dos seus valores. A única maneira para poder saber o valor do componente é utilizando um
Capacimetro.

imagem de um capacitor cerâmico.


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Capacitores de Poliester e Poliester Metalizado

A tolerância do capacitor de poliéster não é muito boa (faixa de 5 a 10%). É barato, tem
boa estabilidade com a temperatura, disponível em larga faixa de valores e, por tudo isso, é
bastante utilizado. Tem um dielétrico robusto, podendo suportar temperaturas de -55 a +85ºC.

Aplicações típicas é acoplamento, desacoplamento, by-pass. Se usado em fontes chaveadas,


a corrente deve ser limitada para reduzir o auto aquecimento. Adequado também para
aplicações de armazenagem e descarga de energia, devido à robustez e elevada rigidez dielétrica
do poliéster.

O capacitor de poliéster metalizado por sua vez, apresenta características semelhantes às


do anterior, mas as correntes de pico que pode suportar são mais baixas devido às menores
espessuras dos eletrodos. Desde que o conjunto é mais fino, dimensões são menores para os
mesmos valores.

Capacitor Eletrolítico

Este capacitor é composto de um filme de alumínio recebe um revestimento de óxido e


essa camada de óxido fica em contato com um eletrólito viscoso, mantido por um filme poroso.

Outro filme de alumínio, sem revestimento de óxido, completa o conjunto (os primeiros
eletrolíticos construídos tinham eletrólito líquido). No capacitor eletrolítico, o filme que recebe o
óxido é um eletrodo, a camada dióxido é o dielétrico e o eletrólito é o outro eletrodo. O filme
seguinte serve apenas para contato elétrico. Desde que o óxido tem elevada rigidez dielétrica e
podem ser depositados em camadas bastante finas, altos valores de capacitância podem ser
obtidos em reduzidas dimensões. Há polaridade: o filme revestido de óxido deve ser sempre
positivo e o eletrólito, negativo. A inversão ou aplicação de tensão acima da máxima especificada
danifica o dispositivo, podendo até explodir (regra geral, a tensão especificada do capacitor deve
ser o dobro da de operação). Usados principalmente em filtros e outros circuitos como
temporizadores. São baratos, encontrados em uma variedade de valores, mas a resistência de
isolação é relativamente baixa, a tolerância é ruim e outras características tornam inviável o
emprego em frequências mais altas.
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LADO NEGATIVO. EM CAPACITORES ELETROLÍTICOS


SEMPRE SERÁ A FAIXA BRANCA OU PODEMOS NOS
BASEAR NO TERMINAL, QUE É O MENOR DO
COMPONENTE.

LADO POSITIVO DO CAPACITOR, ESTE LADO SEMPRE


ESTA ESCRITA A CAPACITÂNCIA DO MESMO OU
PODEMOS NOS BASEAR NO TERMINAL, QUE É O
MAIOR DO COMPONENTE

NAS PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO HÁ O SINAL DE +


INDICANDO QUE ALI DEVERÁ SER POSICIONADO O
TERMINAL POSITIVO DO CAPACITOR

A tabela seguinte dá alguns valores de capacitância (µF) x tensão (V) comercialmente


disponíveis para capacitores eletrolíticos. Evidentemente não estão inclusos todos os valores
possíveis de se encontrar. A pesquisa foi elaborada com apenas um fornecedor.

Capacitor Eletrolítico SMD

Leitura de valores de componentes SMD consiste num problema sério para os leitores
menos experientes, principalmente os que estão envolvidos nos serviços de equipamentos
modernos.

Assim, códigos de componentes SMD são sempre informações de grande utilidade, que
devem ser colecionadas e colocadas e local de fácil acesso, pois nunca se sabe quando vamos
precisar delas.

Os capacitores eletrolíticos SMD, apesar de suas reduzidas dimensões, através têm


marcada tanto a capacitância como a tensão de trabalho. Assim, 47 6V consiste num capacitor de
47 uF x 6 V. No entanto, também pode ser usado um código especial formado de uma letra e 3
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dígitos. A letra indica a tensão de trabalho e os três dígitos consistem no valor, sendo os dois
primeiros dígitos o valor e o terceiro o multiplicador. O valor obtido é dado em pF. A faixa indica
o terminal positivo. A tabela abaixo dá os valores de tensão para a letra:

Exemplo: C475 significa um capacitor de 4,7 uF x 16 V já que:

475 = 47 x 105 pF = 4,7 x 106 pF = 4,7 uF

Outros modelos de capacitores SMD

Muitos modelos de capacitores SMD não possuem marcação de valores, devido ao seu
pequeno espaço para grava-los. Para fazer a leitura dos mesmos é necessário um Capacimetro.

2.2.3 Diodos.

Um díodo é um componente de larga utilização na eletrônica. Os diodos são componentes


eletrônicos formados por semicondutores. São usados como semicondutores, por exemplo, o
silício e o germânio, que em determinadas condições de polarização, possibilitam a circulação de
corrente. Externamente, os diodos possuem dois terminais: Ânodo (A) e o Cátodo (K) e há,
próximo ao terminal Cátodo uma faixa que o indica. Possui formato cilíndrico. O diodo é a
aplicação mais simples da união PN (semicondutores) e tem propriedades retificadoras, ou seja,
só deixa passar a corrente em certo sentido (Anodo-Catodo), sendo o contrário impossível,
exceto nos diodos zener, que nessa condição deixam passar uma voltagem constante.
Existem certas variações na sua apresentação, de acordo com a corrente que o percorre. Existem
também os diodos emissores de luz, os famosos Led’s (light emissor diode), que são
representados por um diodo normal mais duas pequenas flechas para fora, que indicam que
emite luz. Possuem as mesmas propriedades dos diodos normais, porém, é claro, emitem luz.
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Catodo

Anodo

Imagem de um diodo

Catodo

Anodo

Imagem de um diodo. Esse modelo de encapsulamento é encontrado no diodo 1N4148 ou no zener.

O LED também tem polaridade, para localizar o terminal negativo procure na carcaça
dele um chanfro.

Imagem de diodo emissor de luz ou mais conhecido como Led.


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2.2.4 Transistores.

O transístor ou transistor é um componente eletrônico que começou a popularizar-se


na década de 1950, tendo sido o principal responsável pela revolução da eletrônica na década de
1960. São utilizados principalmente como amplificadores e interruptores de sinais elétricos. O
termo provém do inglês transfer resistor (resistor/resistência de transferência), como era
conhecido pelos seus inventores.

Transistores com encapsulamentos diferentes.


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2.2.5 Circuitos Integrados (CI’s).

A invenção deste componente resultou do desenvolvimento e miniaturização do


transistor, já que sua constituição não passa de uma sábia associação de transistores e partes de
transistores.

O circuito integrado propriamente dito chama-se pastilha (chip em inglês). A maior parte
do tamanho externo do circuito integrado deve-se à ligações aos pinos externos. Na figura abaixo
é mostrado o interior de um circuito integrado com as referidas ligações externas.

Imagem de um CI sem o encapsulamento.

Para ter a ideia da complexidade desta miniaturização, refira-se que existem hoje
circuitos integrados com vários milhões de transistores, como é o caso dos microprocessadores
que se usam nos computadores pessoais, ou também, como encontramos em circuitos
integrados em computadores pessoais ou em componentes chamados PIC que contém memória
E2Prom e um microprocessador integrado ao mesmo corpo.

Um circuito integrado é um bloco indivisível que funciona como um circuito eletrônico


feito com peças separadas. Tem a vantagem de ter dimensões microscópicas, rapidez e baixo
consumo. Por outro lado, não é possível repará-lo. Quando está defeituoso tem de ser
substituído por outro.
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Identificando o Pino 1 do CI

Os circuitos integrados tem uma única posição correta de soldagem, pois o componente
recebe alimentação para poder operar, caso não seja respeitado essa marcação, o componente
será danificado. Para encontrar a posição correta de soldagem do componente, é necessário
localizar o pino 1 do componente. Abaixo temos uma imagem explicando como se localizar esse
pino.
Tarja: a localização do pino 1
do lado de baixo (em relação Nesse componente é possível
a figura), sendo o primeiro localizar o pino 1 através de 3
pino do lado esquerdo métodos.

Chanfrado: olhando o
chanfrado, o primeiro pino
está localizado do lado de
Pino 1
baixo (em relação a figura)

Nome do componente: coloque o componente com a frente


(em relação ao escrito) voltada para você, como mostra a
figura. O pino 1 é o primeiro pino abaixo do escrito e do lado
esquerdo do escrito

Vale lembrar que nesse componente foi encontrado os 3 tipos existentes de marcação
do primeiro pino ou pino 1 do CI., mas cada componente tem a sua marcação, muitas vezes
encontramos apenas uma dessas marcações.
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2.3 Soldagem.

2.3.1 Materiais e Ferramentas.

Os materiais de um soldador são:

FERRO DE SOLDA; COM POTENCIAS COMERCIAIS


INDICDAS PARA ELETRONICA 30W, 40W E 60W

SOLDA AZUL, COM 1MM DE DIAMETRO E 2.4% DE


FLUXO, MUITO UTILZIADA PARA SOLDA PESADA
DE COMPONENTES.

SOLDA BRANCA, COM 0.7MM DE DIAMETRO E


1.0% DE FLUXO É UTILIZADA PARA COMPONENTES
SMD.
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SUPORTE DE FERRO DE SOLDA

ESPONJA VEGETAL PARA LIMPEZA DE FERRO DE


SOLDA

SUGADOR DE SOLDA

PASTA DE SOLDA UTILIZADA APENAS PARA SOLDA


DE FIOS OU TERMINAIS PEQUENOS
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PASTA DE SOLDA PARA COMPONENTES


ELETRONICOS

FLUXO PARA SOLDAR

CADINHO DE SOLDA, PARA ESTANHAMENTO.

BARRA DE SOLDA PARA SER UTILIZADA APENAS


PARA CADINHO. É ENCONTRAOD NO MERCADO
POR KILO
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ESTAÇÃO DE FERRO DE SOLDA. INDICADO PARA


SOLDAGEM DE COMPONENTES SMD, PARA ISSO A
TEMPERATURA IDEAL DE TRABALHO É EM TORNO
DE 250° A 300°.

ESTAÇÃO DE SOLDA, UTILIADA PARA


DESOLDAGEM E OU PARA CONTRAIR CONDUITES.

GRAFITE EM PÓ
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2.3.2 Formas de Soldagem.

A solda é feita encostando o ferro de solda no fio ou na trilha e no terminal ao mesmo


tempo, pré-esquentando as partes metálicas antes de encostar a solda para derreter e cobrir
totalmente a ilha ou o fio desencapado.

formas de soldagem.

Cada potencia de ferro é indicada para uma única aplicação e não se deve inverter, pois pode
acabar danificando componentes ou dificultando o processo de soldagem, criando assim as soldas
frias.

A solda fria nada mais é do que a solda que não grudou no terminal do componente e na ilha
ou então no fio com o terminal. Isso é causado por curto período de tempo que o ferro ficou
encostado no terminal e na trilha.

Do mesmo modo que não podemos deixar pouco tempo o ferro no terminal e na ilha,
também não podemos deixar por muito tempo, pois assim corremos o risco de queimar a ilha e ou o
componente.

Outro ponto interessante e que deve se tomar cuidado, no tempo que o ferro de solda, em
contato com a solda na ilha, por exemplo, chegar a queimar todo o fluxo e causa uma solda
esteticamente feia, ou gerando também a solda fria.

Para ter uma soldagem boa é interessante utilizar a solda e o soldador corretos, além da
técnica e podemos também incluir o fluxo, que auxilia na soldagem de componentes pequenos como
os SMD.
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Agora será descrito quais ferros utilizar em cada modo de soldagem especificadamente.

Ferros de 30W

São utilizados para soldagem de componentes muito delicados, essencialmente os SMD. Se


for utilizado em fios, o tempo de solda será muito maior, não sendo viável.

Ferros de 40W

Utilizados em soldagem de fios de até 1mm em terminais, por conta de sua alta temperatura.
Não é aconselhável a sua utilização em placas, pois a sua alta temperatura danifica alguns
componentes que são sensíveis ao calor, especialmente os SMD. Componentes maiores em placas,
como no caso do ECU-TEST que temos os reles automotivos, é necessário utilizar o soldador de 40W
para conseguir uma solda de melhor qualidade.

Ferros de 60W

Apenas utilizados em soldagem ou emenda de fios elétrico com mais de 1mm, não deve ser
utilizado no nosso sistema de produção CHIPTRONIC por conta da sua alta temperatura,
normalmente esse ferro é mais utilizado em trabalhos de instalação elétrica.

2.3.3 Manutenção.

Ferro de solda

Para conseguir manter um ferro de solda em bom estado de utilização é necessário nunca
“afundar” a ponta do ferro nas pastas e sempre que for desligar o equipamento aplique uma
quantidade de solda azul na ponta do ferro, assim você vai criar uma camada protetora que ajuda
aumentar a vida útil do ferro.
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Antes de iniciar o trabalho de soldagem, ao ligar o soldador aplique solda azul na ponta do ferro, isso ajuda a
proteger o ferro enquanto estiver ligado além de melhorar a qualidade da solda.

Durante os processos de soldagem, ao invés de colocar a ponta do soldador na pasta, passe a esponja na
ponta do ferro. ATENÇÃO a esponja deve estar levemente umedecida, quando apertada, não deve pingar uma
gota de água, pois se estiver com o excesso, ocasiona choque térmico, danificando o soldador. Tenha sempre
em mãos uma esponja em bom estado.
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Ponta do soldador estanhada. O soldador esta pronto para ser desligado.

Sugador de Solda

É indicado colocar grafite em pó no interior do ferro, para que a solda sugada não grude nas
laterais da ferramenta, mas CUIDADO NÃO COLOQUE EM EXCESSO, POIS QUANDO FOR SUGAR,
PODERÁ CAIR GRAFITE NA PLACA OCASIONANDO CURTO CIRCUITO. Para saber se está com muito
grafite, aperte a alavanca do soldador e solte se em ambos os casos sair grafite pela abertura, faça
uma limpeza para diminuir a quantidade de grafite.

Sugador de solda e frasco com grafite em pó


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Cadinho

O cadinho deve receber apenas a solda em barra, não coloque os restos de soldas que são
retirados do soldador, pois a solda já está totalmente misturada com fluxo e estanho e não tem mais
liga. NÃO É NECESSÁRIO DEIXAR EM TEMPERATURA ALTA, POIS DANIFICA O CADINHO E A SOLDA
ACABA PERDENDO A LIGA.

2.3.4 Limpeza da placa.

Para limpeza da placa é aconselhável utilizar thinner e um pincel, o álcool isopropílico


esbranquiça a placa, não dando o brilho final, mas também é indicado.

Itens utilizados na limpeza de placas.

Molhe um pouco o pincel e passe na placa para tirar totalmente o fluxo, deixe um pano do
lado. Depois de retirar o fluxo, enxugue o pincel e passe na placa fazendo movimentos de vai e vem
com isso à placa não vai ficar “grudenta” e dará mais brilho e melhor estética para o seu trabalho.
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Placa do cabo A3 sendo limpa após solda.


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2.4 Defeitos de Soldagem e Posicionamento de Componentes.

2.4.1 Conectores e pentes.

1.1.1 Defeito de Soldagem


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1.1.2 Defeito: Soldas Trincadas


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2.4.2 Defeito: Solda Sem Liga


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2.5 Soldas e Componentes Alinhados Corretamente.


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2.6 Prova Teórica.

 Leitura de componentes
 Calibração do multímetro Analógico
 Leitura de capacitores com o Capacimetro
 Identificação de defeitos em solda
 Explicação da utilização de cada ferramenta
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3. Prática.

3.1 Cabos.

3.1.1 Corte de fios.

Os fios devem ser cortados com até 3mm de comprimento, para uma melhor estética e não
ocasionar curto.

Fios corretamente desencapados no tamanho certo.

3.1.2 Estanhamento.

Para estanhar o fio é aconselhável molhar com fluxo a ponta do fio cortado e mergulhar
apenas uma pontinha do fio no cadinho, a solda vai subir até o restante do fio, se for mergulhado a
ponta totalmente, o plástico que isola o fio vai derreter e se misturar com o fio, criando certa
dificuldade para soldar o fio, além de ficar esteticamente incorreto.
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Fio corretamente estanhado

Fio não foi estanhado corretamente, a proteção dele foi danificada

3.1.3 Soldagem de DB’S e Terminais.

Encoste o soldador no terminal do DB e coloque um pouco de solda, deixe a solda uniforme.

Para os terminais muito pequenos, grandes ou oxidados é necessário estanhar a ponta do fio
e deixar com uma pequena sobra de solda na ponta, depois mergulhe os fios na pasta Best. Não
retire os terminais da tira, apenas corte a tira, separando de 5 em 5 terminais, no caso para montar
por exemplo o cabo KK.
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Fio corretamente soldado no terminal PCI (KK), desse modo, sobra espaço para apertar as abraçadeiras do
terminal.

Fio corretamente soldado no terminal do DB9


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3.1.4 Cabos Com Circuitos.

Segue o mesmo princípio da soldagem dos DB’s, mas com uma atenção especial para as
trilhas que ficam quase que totalmente encobertas pelos terminais dos DB’s, pois nesse caso é
necessário observar com muita atenção se a solda que está no DB, chegou corretamente no terminal.
Sempre encoste totalmente a placa na carcaça do DB.

DB15 soldado corretamente na placa. Observe principalmente a placa encostada no DB e a solda encostando-
se aos terminais da placa.
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3.2 Placas.

3.2.1 Soldagem e Remoção de Componentes DIP.

É acrescentado solda nos terminais do


Remoção do componente R43.
componente.

É posiciona o soldador ate derreter a solda e quando ela


É retirado a solda dos 2 terminais.
estiver borbulhando, após posicione o sugador para sugar
a solda.

R43 removido da placa Posicionando o novo componente


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Para posicionar e alinhar melhor o componente


Componente ressoldado.
solde primeiramente um dos terminais.

3.2.2 Soldagem e Remoção de Componentes SMD.

Remoção do resistor indicado. Remoção do resistor indicado. Intercale a


ponta do soldador entre os terminais do
resistor a ser removido.

Depois de retirado o componente com a Ilhas sem a solda, pronta para receber o
ferramenta da foto e o soldador, retire as componente.
soldas das ilhas.
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Para posicionar o novo componente, utilize Antes de colocar o componente, coloque um


uma pinça de boa qualidade e bem alinhada. pouco de solda em uma das ilhas que vai
receber o componente. Após posicionar o
componente, o alinhe e solde o outro terminal.

Troca de componente concluído.


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3.3 Lixo Eletrônico.

Todo material eletrônico utilizado durante a soldagem ou remoção de componentes deve ter o seu
descarte correto.

A CHIPTRONIC se preocupa com o meio ambiente e o descarte correto dos resíduos e é por esse
motivo que todo material eletrônico interno coletado é enviado para a reciclagem correta dos
mesmos. Todos nós devemos nos preocupar com o futuro das próximas gerações que viram a
usufruir do nosso planeta.

Materiais como solda e componentes são prejudiciais ao meio ambiente, pois contém índices de
chumbo e outros matérias que tem um tempo elevado para decomposição.

3.4 Prova Prática.

 Avaliado soldagens e desoldagens de componentes;


 Soldagem de placa contendo componentes DIP e SMD;
 Estanhamento de fio e soldagem em DB.
 Manutenção de ferramentas
 Limpeza de placas

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