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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO MULTIDISPLINAR DE ANGICOS


CURSOS: BCT/BSI

ATIVIDADES DA III UNIDADE


ANÁLISE E EXPRESSÃO TEXTUAL
PROFA. DRa. MARIA DAS NEVES PEREIRA
2021.1

Profa. Neves Pereira


nevespereia@ufersa.edu.br
ORIENTAÇÕES E CRONOGRAMA DA III UNIDADE – 2021.1

Em cumprimento ao cronograma de atividades, registrado no SIGAA (2021.1), aqui se


encontram orientações para a realização das tarefas propostas para a III Unidade: material
utilizado (Apostila, leituras disponíveis, textos avulsos); tarefas: propostas de atividade;
calendário de recebimento e entrega das atividades, reposição e IV prova.

I MATERIAL – Será disponibilizada uma apostila adaptada da coleção LEITURA E


PRODUÇÃO DE TEXTOS TÉCNICOS E ACADÊMICOS (Resumo e Resenha) dos
autores Anna Rachel Machado; Elianne Lousada e Lília Santos Abreu-Tardelli (2004) para
ser realizada em forma de “estudo programado” (A1), corrigida e avaliada, em forma remota,
com a participação dos agentes: professor-aluno, a partir da data cadastrada no SIGAA, do
semestre em curso, e A2, aplicação do conteúdo da Apostila.

II AS TAREFAS (como Atividades propostas) terão um prazo estendido de


14/10 a 16/11 para serem entregues e avaliadas: A1 e A2, incluindo AE3
(atividade extra de incentivo à produção).

2.1 CONTEÚDO - GÊNEROS TEXTUAIS: GÊNEROS TEXTUAIS


ACADÊMICOS, LEITURA E PRODUÇÃO.

 Resumos – escolar acadêmico, técnico científico e outras modalidades


(SÍNTESE)
 Resenha crítica e expositiva
 Artigo científico

2
2.2 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES E AÇÕES DIDÁTICAS

14/10(5ª) FINAL da II unidade - Orientações sobre a produção dos gêneros acadêmicos:


19/10(3ª.) AS resumos, resenha e artigo científico.
21/10 (5ª) AA Leitura e produção escrita dos gêneros acadêmicos: RESENHA, RESUMO, E
ARTIGO CIENTÍFICO (Apostila com Instrução programada (A1). Abordagem teórica
e prática (MACHADO, A. R.; LOUSADA, E.; ABREU-TARDELLI, L. S.
Resumo. São Paulo: Parábola, 2004 (Resenha).
26/10(3ª.) AA Leitura e produção escrita dos gêneros acadêmicos: RESENHA, RESUMO, E
28/10(5ª) AA ARTIGO CIENTÍFICO (Apostila com Instrução programada (A1). Abordagem teórica
e prática (MACHADO, A. R.; LOUSADA, E.; ABREU-TARDELLI, L. S.
Resumo. São Paulo: Parábola, 2004 (Resenha)).
02/11 (3ª.) FERIADO NACIONAL
04/11 (5ª) AS Continuação do estudo Programado (avaliação com transcrição de questão)
09/11 (3ª) AS Artigo Cientifico e resenha
11/11 (5ª) AS Desenvolvimento do tema e gênero a ser produzido como 2ª. Atividade (A2) e
Produção de AE3 (em planejamento).
Recolhimento das atividades avaliativas da III unidade (Data limite para a entrega de
16/11(3ª) AS trabalhos da III unidade).

CRONOGRAMA DE REPOSIÇÃO E IV AVALIAÇÃO


18/11(5ª) REPOSIÇÃO I, II e III Até às 23h59 Conteúdo das unidades
correspondentes.
23/11(5ª) - IV AVALIAÇÃO Até às 23h59 Todos os conteúdos

III QUADRO DE AVALIAÇÕES (NESTA UNIDADE, REALIZAREMOS APENAS


DUAS ATIVIDADES AVALIATIVAS: A1 e A2 e AE3 (incentivo à produção)

A1 – INSTRUÇÃO PROGRAMADA (Apostila) + transcrição de questões 6,0 pontos.


A2 – ANÁLISE TEXTUAL (Aplicação do estudo: gêneros textuais acadêmicos e modo de
organização textual) 4,0
pontos.
TOTAL DE PONTOS 10,0 pontos.
AE3 - PROPOSTA DA AE3 1,0 ponto.

IV CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A ATIVIDADE A1 será avaliada em três etapas: (a) apresentação da atividade


realizada; (b) correção e auto avaliação - participação do aluno na aula; (c) transcrição
de uma ou duas questões devidamente respondida (6,0 pontos).

Observação - A etapa (c) só será aceita se o discente autor tiver comprovado a emissão
da atividade.

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I PARTE - Resumo Escolar/Acadêmico

Para iniciar o estudo...

O objetivo maior deste material é ajudá-lo a produzir resumos escolares/acadêmicos que


possam ser considerados bons pelos seus professores. Para isso vamos iniciar discutindo
algumas ideias que você tem sobre esse tipo de resumo.

1. Leia os resumos a seguir. Mesmo sem ainda ter lido o texto mencionado, assinale o resumo
que acredita ser o melhor resumo escolar/acadêmico.

( ) RESUMO (1)
Ele explica o que são as famosas pedaladas fiscais e revela novos documentos e bastidores do poder em Brasília
que ainda não tinham vindo a público. O final da história todos conhecem: a presidente Dilma, reeleita em 2014,
sofreu impeachment dois anos depois. Mas como essa história realmente começou? Como a equipe econômica
efetivamente manipulou as contas públicas e como outras áreas do governo reagiram a isso enquanto tudo ainda
era segredo? Como se desenrolou a investigação das contas públicas? Esses e outros pontos são explicados
numa narrativa jornalística e cronológica. De forma clara e concisa, o autor discorre sobre a proporção que a
crise fiscal tomou e o que isso causou na democracia brasileira. Entre esses processos, desvenda disputas
internas do governo de Dilma Rousseff, com intuito de acabar com a crise. Foram investigadas as famosas
operações, durante o primeiro mandato de Dilma, incluindo encontros secretos, sem qualquer registro oficial,
entre ministros do governo, antes, ainda, de o assunto ser capturado pelo mundo político e ser transformado no
cabo de manobra do impeachment. Dilma e o Partido dos Trabalhadores pagaram o preço maior por um erro
grave cometido por autoridades que comandavam duas áreas sensíveis e históricas: o Tesouro Nacional e o
Ministério da Fazenda. Autoridades poderosas e que gozavam da confiança da presidente.

( ) RESUMO (2)

No livro, Perigosas Pedaladas, o jornalista João Villaverde explica o que foram as “pedaladas fiscais”, como
foram as disputas dentro do governo Dilma Rousseff para encerrar a crise, como essas operações foram
investigadas e como, finalmente, a presidente foi destituída. Ele, também, explica o que são as famosas
pedaladas fiscais e revela novos documentos e bastidores do poder em Brasília que ainda não tinham vindo a
público. O autor do livro alerta para o que poderia ser uma política econômica para o futuro. Em todos os
momentos de grave crise, diversas reformas – sociais, políticas e até culturais – surgiram. Foi assim logo após a
Revolução de 1930, após o golpe militar de 1964, mais tarde durante a “década perdida” dos anos 1980 e
também após a quase falência dos bancos públicos e do próprio governo no fim dos anos
1990.
O escritor questiona sobre o Brasil do pós-Dilma, diante de uma nova rodada de transformações. O que sairá
da implosão do acordo político e econômico do pós-Constituição de 1988? Ao dissecar as pedaladas fiscais e o
papel de diferentes segmentos do governo federal (os economistas, os investigadores e os advogados), qual
será nosso futuro depois desta enorme e dramática crise? O autor, finalmente, considera que Dilma e o
Partido dos Trabalhadores pagaram o preço maior por um erro grave cometido por autoridades que
comandavam duas áreas sensíveis e históricas: o Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda.

( ) RESUMO (3)
No livro, Perigosas Pedaladas, João Villaverde revela como foram investigadas as famosas operações durante o
primeiro mandato de Dilma, incluindo encontros secretos, sem qualquer registro oficial, entre ministros do
governo, antes, ainda, de o assunto ser capturado pelo mundo político e ser transformado no cabo de
manobra do impeachment. Dilma e o Partido dos Trabalhadores pagaram o preço maior por um erro grave

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cometido por autoridades que comandavam duas áreas sensíveis e históricas: o Tesouro Nacional e o
Ministério da Fazenda. Autoridades poderosas e que gozavam da confiança da presidente.
2. Assinale as alternativas que justifiquem a escolha do melhor resumo dentre os que foram
dados.

a. ( ) Correção gramatical e léxico adequado à situação escolar/acadêmica.


b. ( ) Seleção das informações consideradas importantes pelo leitor e autor do resumo.
c. ( ) Seleção das informações colocadas como as mais importantes no texto original.
d. ( ) Indicação de dados sobre o texto resumido, no mínimo autor e título.
e. ( ) O resumo permite que o professor avalie a compreensão do texto lido, incluindo a
compreensão global, o desenvolvimento das ideias do texto e a articulação entre elas.
f. ( ) Apresentação das ideias principais do texto e de suas relações.
g. ( ) Comentários pessoais misturados às ideias do texto.
h. ( ) Menção ao autor do texto original em diferentes em diferentes partes do resumo e de
formas diferentes.
i. ( ) Menção de diferentes ações do autor do texto original (o autor questiona, debate,
explica, ...)
j. ( ) Texto compreensível por si mesmo.
k.( ) Cópia de trechos do texto original sem guardar as relações estabelecidas pelo autor ou
com relações diferente.

II PARTE - O gênero resumo escolar/ acadêmico e outros gêneros


Inúmeros tipos de textos, que aparecem em diferentes situações de comunicação, apresentam
informações selecionadas e resumidas de um e outro texto. Nestas, observaremos alguns
desses textos e algumas de suas características que os distinguem de um resumo escolar/
acadêmico.

1. Observe a diagramação de textos que seguem e o veículo em que foram divulgados e tente
identificar a que gênero pertencem. Se tiver dúvida, leia os textos e observe expressões que
indicam opinião/ avaliação do autor.

( ) Resumos de filme.
( ) Resumo (introdutório a artigo científico) ou abstract.
( ) Resumo de livro.
( ) Crítica de filme.

5
( ) Resenha crítica de livro.
( ) Quarta capa (ou contracapa) de livro.

TEXTO (EXEMPLO 1)

Real e Fantástico

Em a Festa do Bode (mandarim). Mário Vagas Llosa descreve um período nebuloso na política da
república Dominicana. Durante 30 anos (1930-1961), a população daquele país vivei sob a tirania do
ditador Trujillo Molina. Os desmandos do general e a queda do regime, depois do seu assassinato,
servem para o escritor peruano construir cenários e personagens fantásticos sem deixar de lado a
precisão histórica. Quem conduz a história é Urania Cabral que volta para são Domingos de Guzman,
capital dominicana, depois de 30 anos de ausência para reencontrar o pai – um ex-senador de Trujillo.
De repente ela está de volta ao passado (Manuela Aquino. História, julho de 2003).

TEXTO (1)

O LÉXICO DOS UNIVERSITÁRIOS UFERSIANOS DE ANGICOS/RN: RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE,


LINGUAGEM E CULTURA

Maria das Neves Pereira/UFERSA-CAMPUS ANGICOS;GEL-UFERSA


nevespereira@ufersa.edu.br;nevesj7@hotmail.com

RESUMO - Para a identificação cultural e linguística, há regras de práticas e usos linguísticos que identificam
os membros de uma comunidade ou de uma região e que marcam o seu cotidiano. Uma das funções da cultura é
a possibilidade de adaptar o indivíduo à sociedade, já que é pelo aspecto cultural que a comunicação se
estabelece, e a linguagem identifica a personalidade humana. Não apenas pela linguagem, mas também por seu
comportamento, os indivíduos assumem determinada identidade, construída a partir da cultura. Esta, por sua
vez, é construída através de manifestações linguísticas. Dessa perspectiva, a presente comunicação tem como
objetivo proceder a uma análise das relações existentes entre identidade, linguagem e cultura pelo estudo do
léxico dos universitários da UFERSA/Angicos relativo à alimentação (à culinária), ao lazer (aos divertimentos)
e às atividades acadêmicas como marca diatópica nessa comunidade. É um estudo que dá continuidade às
investigações sobre os diversos falares de Angicos, cidade da região Central Potiguar, onde residem estudantes
imigrantes de várias regiões do Brasil e do Rio Grande do Norte, realizado pelo Grupo de Pesquisa Estudos da
Linguagem - GEL/UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido) e pela equipe do Projeto Atlas
Linguístico do Rio Grande do Norte/ALiRN. As publicações sobre léxico (Isquerdo, 2010) e práticas linguísticas
nos Documentos II e III - Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), (2006) e (2012), reunindo dados cartografados em
atlas linguísticos regionais publicados ou em construção no Brasil, e o Atlas Linguístico do Brasil (2015),
apresentando amostras de descrição do português brasileiro e marcas de distribuição geográfica de fenômeno
linguístico e um panorama geral de como falam os brasileiros, nortearam teoricamente as análises e discussões
deste estudo para a obtenção de resultados, em que se pôde observar o léxico como identificação cultural e
linguística regional nessa nova comunidade de fala, a cidade de Angicos.

6
Palavras-chave: linguagem; distribuição geográfica; léxico; variaç ão geo-sociolinguística.
APOIO: PRO-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO/UFERSA – PROPPG CÓDIGO:PI0912F3

TEXTO (2)

A coleção “Leitura e produção de textos técnicos e acadêmicos” compõe um curso: volume após
volume, o leitor terá cursado um programa de leitura e produção de textos fundamental para o seu
bom desempenho na escola, na universidade ou mesmo na empresa. Os livros são didáticos, em seus
propósitos, na metodologia de ensino aprendizagem com que trabalham, nos conteúdos que abordam,
nas recomendações ao professor que os utilizar.
Esta coleção tem como objetivo suprir a falta de material didático para a produção dos gêneros
textuais utilizados na escola e no meio universitário. Ela se inicia com o material referente à produção
do resumo acadêmico/ escolar e encerra com o material referente à produção de artigo
científico. (EGON RANGEL, RESUMO.E, Parábola, 2008).

TEXTO (3)

ESTRELAS ALÉM DO TEMPO – Lançamento 2017.

No auge da corrida espacial travada entre Estados Unidos e


Rússia durante a Guerra Fria, uma equipe de cientistas da NASA,
formada exclusivamente por mulheres afro-americanas, provou
ser o elemento crucial que faltava na equação para a vitória dos
Estados Unidos, liderando uma das maiores operações
tecnológicas registradas na história americana e se tornando
verdadeiras heroínas da nação.

A data de lançamento deste filme no Brasil foi 02 de fevereiro de


2017, tendo como Diretor Tehoddore Melfi com indicação de
Oscar de melhor Filme no mesmo ano, e como roteirista
Theodore Meslfi e Alisson Schroeder.

O filme também obteve o prêmio de melhor elenco da Satellite


Award. Encontra-se disponível em: Youtube; Google Play
Filmes.

7
TEXTO 4

UM SENHOR ESTAGIÁRIO

Ben Whittaker é um viúvo com 70 anos que descobriu que a


aposentadoria não é tudo aquilo de bom que as pessoas falam.
Aproveitando uma oportunidade de voltar à ativa, ele se torna
estagiário sênior de um site de moda, fundado e dirigido por Jules
Ostin, com quem cria uma forte amizade.

A data de lançamento deste filme foi 24 de setembro de 2015 no


Brasil sob a direção e roteiro de Nancy Meyers e obteve uma
bilheteria no valor de 194,6 milhões USD.

A protagonista Teen Choice Award foi indicada a melhor atriz


em Filme de Comédias.

TEXTO (5) – PERIGOSAS PEDALADAS

No livro, Perigosas Pedaladas, o jornalista João Villaverde explica o que foram as “pedaladas fiscais”, como
foram as disputas dentro do governo Dilma Rousseff para encerrar a crise, como essas operações foram
investigadas e como, finalmente, a presidente foi destituída. Ele, também, explica o que são as famosas
pedaladas fiscais e revela novos documentos e bastidores do poder em Brasília que ainda não tinham vindo a
público. O livro alerta para o que poderia ser uma política econômica para o futuro. Em todos os momentos de
grave crise, diversas reformas – sociais, políticas e até culturais – surgiram. Foi assim logo após a Revolução de
1930, após o golpe militar de 1964, mais tarde durante a “década perdida” dos anos 1980 e também após a quase
falência dos bancos públicos e do próprio governo no fim dos anos 1990.
O escritor questiona sobre o Brasil do pós-Dilma, diante de uma nova rodada de transformações. O que sairá da
implosão do acordo político e econômico do pós-Constituição de 1988? Ao dissecar as pedaladas fiscais e o
papel de diferentes segmentos do governo federal (os economistas, os investigadores e os advogados), qual será

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nosso futuro depois desta enorme e dramática crise? O autor, finalmente, revela que Dilma e o Partido dos
Trabalhadores pagaram o preço maior por um erro grave cometido por autoridades que comandavam duas áreas
sensíveis e históricas: o Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda (Perigosas Pedaladas.
Capa_perigosas_pedaladas_00.indd ·COMPRAR. Coleção: História Agora – Vol. 14. Autor: João Villaverde
Gênero: Reportagem)

TEXTO 6

A Dança dos Dragões, de George R.R. Martin (Livro cinco das cônicas de
Gello) 864 páginas; Editora: LeYa.

Com o recente lançamento de A Dança dos Dragões, livro 5 das Crônicas


de Gelo e Fogo de George R.R. Martin, é chegada a hora de enfiarmos
uma estaca no coração de J. R. R. Tolkien e sua trilogia O Senhor dos
Anéis. Como seus predecessores, A Dança tem sua quota de dragões,
espadas e feiticeiras, porém isso não torna o Sr. Martin o Tolkien
americano, como muitos têm falado. A série, que ele iniciou com A
Guerra dos Tronos, em 1996, é como um imenso e panorâmico romance
do século XIX transformado numa fantasia multicor — algo mais relativo
a Balzac e Dickens que a Tolkien. O Sr. Martin escreve fantasia para
adultos de uma forma brusca, indecente e pé no chão que deve
caracterizar o filho de um carregador portuário de Nova Jersey. Seu
personagem principal é um rapaz que sabe simplesmente tudo sobre
cuidado e tratamento de dragões. Quem estiver assistindo seu trabalho
. na HBO, na série adaptada de A Guerra dos Tronos, com certeza sabe
disso.

2. Preencha a tabela, identificando as características da situação de produção dos textos 2, 3,


4, 5 e 6.
Caracterização Texto Texto 1 Texto 2 Texto 3 Texto 4 Texto 5 Texto 6
E1
Autor M. Aquino Alunos de BSI,
do CMA
UFERSA - 1
período
Função social do Jornalista
autor especializad
a em

9
literatura
Imagem que o autor Destinatário
tem de seu que não leu
destinatário. o livro e que
se interessa
em
literatura.
Locais e/ou veículos Revista
onde possivelmente o História de
texto circulará. 2003
Momento possível da Anterior a
produção publicação
da obra.
Objetivo do autor do Dar
texto informações
centrais
mínimas
sobre o
livro

3. Qual a diferença entre o objetivo dos textos denominados de resumo dos demais?

___________________________________________________________________________
4. Preencha o quadro, indicando algumas das características da situação de produção de um
resumo escolar/ acadêmico.

Autor do Aluno
resumo
Destinatário
Local onde o
texto
circulará
Objetivo do
autor do
resumo

Conclusão (1)
Podemos, então, concluir que, antes de ler, resumir ou produzir qualquer texto,
precisamos ter consciência de que:

(i) a antecipação do conteúdo do texto pode facilitar a leitura;


(ii) todo texto é escrito tendo em vista um leitor potencial;
(iii) O texto é determinado pela época e local em que foi escrito.
(iv) Todo texto possui um autor que teve um objetivo para escrita daquele texto.
(v) O texto é produzido tendo em vista o veículo em que irá circular.

III Parte - Sumarização: processo essencial para a produção de


resumos
PARA COMEÇAR A CONVERSA...

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Nesta seção, vamos trabalhar com um dos processos mentais essenciais para a produção de resumos, o
processo de sumarização, que sempre ocorre durante a leitura, mesmo quando não produzimos um
resumo oral ou escrito. Esse processo não é aleatório, mas guia-se por uma certa lógica, que
buscaremos identificar nas atividades que seguem abaixo. Veja os exemplos:

a. No supermercado, Paulo encontrou Margarida, que estava usando um lindo vestido azul de
bolinhas amarelas.
Sumarização: Paulo encontrou Margarida.
Informações excluídas: circunstancias que envolvem o fato (no supermercado), qualificações/
descrições dos personagens (que estava usando um lindo vestido de bolinhas amarelas)
b. Você deve fazer as atividades, pois, do contrário, não vai aprender e vai tirar nota baixa.
Sumarização: Você deve fazer as atividades.
Informações excluídas: justificativas para uma afirmação.
1. Sumarize os períodos abaixo, quando possível. À medida que for fazendo cada exemplo,
assinale no quadro o procedimento que você utilizou, preenchendo os parênteses com as letras
dos períodos correspondentes.

(a) Apagamento de conteúdos facilmente inferíeis a partir de nosso conhecimento de mundo.


( ) Apagamento de sequências de expressões que indicam sinonímia ou explicação.
( ) Apagamento de exemplos.
( ) Apagamento das justificativas de uma afirmação.
( ) Apagamento de argumentos contra a posição do autor.
( ) Reformulação das informações, utilizando termos mais genéricos. (ex: homem, gato, cachorro →
mamíferos
( ) Conservação de todas as informações, dado que elas não são resumíveis.

a. Maria era uma pessoa muito boa. Gostava de ajudar as pessoas.


b. Discutiremos a construção de textos argumentativos, isto é, aqueles textos nos quais o autor
defende determinado ponto de vista por meio de uso de argumentos, procurando convencer o leitor da
sua posição.
c. Não corra tanto com seu carro, pois, quando se corre muito, não é possível ver a paisagem e, além
disso, o número de acidentes fatais aumenta com a velocidade.
d. O principal suspeito do assassinato era o marido: era ciumento e não tinha um álibi, dado que
afirma ter ficado rodando a casa para ver se a mulher se encontrava com o amante.
e. De manhã, lavou a louça, varreu a casa, tirou o pó e passou roupa. À tarde, foi ao banco pagar
contas, retirar talão de cheques e extrato e, à noite, preparou aula, corrigiu os trabalhos e elaborou a
prova.
f. O iluminismo ataca as injustiças, a intolerância religiosa e os privilégios típicos do Antigo Regime.
g. A pena de morte tem muitos argumentos a seu favor, mas nada justifica tirar a vida de nosso
semelhante.

11
h. No resumo de uma narração, podem-se suprimir as descrições de lugar, de tempo, de pessoas ou de
objetos, se elas não são condições necessárias para a realização da ação. Por exemplo, descrever um
homem como ciumento pode ser relevante e, portanto, essa descrição não poderá ser suprimida, se
essa qualidade é que determinará que o homem assassine sua esposa. Já a sua descrição como alto e
magro poderá nesse caso ser suprimida.

2. Resuma os períodos abaixo ao mínimo, pensando que o seu destinatário é o seu professor e
que ele vai avaliar a sua compreensão das ideias gerais desses trechos. Use os procedimentos de
sumarização já estudados.
a) Com a evolução política da humanidade, dois valores fundamentais consolidaram o ideal
democrático: a liberdade e a igualdade, valores que foram traduzidos como objetivos maiores dos
seres humanos em todas as épocas. Mas os avanços e as conquistas populares em direção a esses
objetivos nem sempre se desenvolveram de forma pacífica. Guerras, destituições e enforcamentos de
reis e monarcas em revoluções populares e golpes de Estado marcaram a trajetória da humanidade em
sua busca de liberdade e igualdade.
(Clóvis Brigagão & Gilberto M. A. Rodrigues. 1988. Globalização a nu: o mundo conectado. São
Paulo: Moderna)
b) A cultura indígena é complexa, como a de qualquer outra sociedade. Seu grande diferencial, porém,
é que foge à regra geral de todas as outras, é a não-existência de desníveis econômicos.
Na sociedade indígena não existem também normas estabelecidas que confiram a alguém as
prerrogativas de mandante ou líder do grupo populacional. Aquele que é chamado de cacique não tem
privilégios de autoridade, tem somente os de conselheiro. Não é escolhido, é ligado, até quando
possível, a uma linhagem lendária. E, quando essa condição desaparece, passa a responder como
conselheiro da aldeia aquele que pelo número de aparentados alcança essa posição mais respeitada.
(O. Villas Bôas. 2000. A arte dos pajés. Impressões sobre o universo espiritual do índio xinguano.
São Paulo: Globo. p. 25).

c) Na linguagem comum e mesmo culta, ética e moral são sinônimos. Assim dizemos: “Aqui há um
problema ético” ou “um problema moral”. Com isso emitimos um juízo de valor sobre alguma pratica
pessoal ou social, se boa, se má ou duvidosa.
Mas aprofundando a questão, percebemos que ética e moral não são sinônimos. A ética é parte da
filosofia. Considera concepções a fundo, princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. Uma
pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos, então, que tem caráter e boa
índole. A moral é parte da vida concreta. Trata da pratica real das pessoas que se expressam por
costumes, hábitos e valores aceitos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os
costumes e valores estabelecidos que podem ser, eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa
pode ser moral (segue costumes) mas não necessariamente ética (obedece a princípios).
(http://www.leonardoboff.com/)

CONCLUINDO...
Sintetize suas conclusões sobre o processo de sumarização.

12
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________.

IV Parte – A compreensão global do texto a ser resumido

PARA COMEÇA A CONVERSA...


Nesta seção, começaremos a enfocar as diferentes fases de produção do resumo
escolar/acadêmico de um texto especifico, começando por uma leitura e um estudo detalhado
do texto para depois chegar a seu resumo. Para isso, vamos tomar o texto que serviu de base
para os resumos apresentados na Parte I deste estudo.

1. Passe os olhos pelo texto, buscando identificar:

a) o gênero de texto;
b) o meio de circulação;
c) o autor;
d) a data de publicação;
e) o tema;

Cultura da paz
1 A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade de poder que se
traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a
logica dos dinossauros que criou a cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os
países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Os meios
de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência, bem
simbolizado nos filmes de Schwarzenegger como o “Exterminador do Futuro”. Nessa cultura,
o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos
processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da paz.
E sempre de novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a Freud
nos idos de 1932: é possível superar ou controlar a violência? Freud, realisticamente
responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte... Esfaimados
pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes de
receber a farinha.”
2 Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da violência funcionam poderosas
estruturas. A primeira dela é o caos sempre presente no processo cosmogênico. Viemos de

13
uma imensa explosão, o big bang. E a evolução comporta violência em todas as suas fases.
São conhecidas cerca de 5 grandes dizimações em massa, ocorridas há milhões de anos atrás.
Na última, há cerca de 65 milhões de anos, pereceram todos os dinossauros após reinarem,
soberanos, 133 milhões de anos. A expansão do universo possui também o significado de
ordenar o caos através de ordens cada vez mais complexas e, por isso também, mais
harmônicas e menos violentas. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos
limites à violência e conferir-lhe um sentido construtivo.
3 Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação do
homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de
violência como o Estado, as classes, o projeto da tecno-ciência, os processos de produção
como objetificação da natureza e sua sistemática depredação.
4 Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra, como forma de resolução dos
conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é
a competição e não a cooperação, por isso, gera guerras econômicas e políticas e com isso
desigualdades, injustiças e violências. Todas estas forças se articulam estruturalmente para
consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos.
5 A essa cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa.
6 É imperativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas as partes, o pacto
social mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. É imperativa porque o potencial
destrutivo já montado pode ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a continuidade do projeto
humano. Ou limitamos a violência e fazemos prevalecer o projeto da paz ou conheceremos,
no limite, o destino dos dinossauros.
7 Onde buscar as inspirações para a cultura da paz? Mais que imperativos voluntarísticos, é o
próprio processo antropogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A
singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato
de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de
agressividade, temos capacidades de afetividade, com-pai-xão, solidariedade e amorização.
Hoje é urgente que desentranhemos tais forças para conferir rumo mais benfazejo à história.
Toda a protelação é insensata.
8 O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a
marcha de evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia de violência
mediante processos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A competitividade
continua a valer mas no sentido do melhor e não de destruição do outro. Assim todos ganham
e não apenas um.
9 Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga tradição
que remonta aos tempos de César Augusto, veem no cuidado a essência do ser humano. Sem
cuidado para continuar ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a
existir. Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de
uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou
Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que
representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como
Gandhi, Dom Hélder Câmara e Luther King e outros. Importa fazermos as revoluções
moleculares (Guattari), começando por nós mesmos. Cada um estabelece como projeto

14
pessoal e coletivo a paz enquanto método e enquanto meta, paz que resulta dos valores da
cooperação, do cuidado, da compaixão e amorosidade, vividos cotidianamente.
Artigo disponível no site http://www.leonardoboff.com/.Último acesso em 18/02/2004. Originalmente publicado no Jornal
do Brasil em 8 de fevereiro de 2002, p. 9.

2. Leia essa pequena biografia do autor do texto. Baseando-se nos dados da biografia e
no título do texto, responda:
Como você acha que o autor vai abordar o tema? Qual será sua posição?
Leonardo Boff (1938-) é teólogo e um dos principais formuladores da teologia da libertação,
além de conferencista requisitado internacionalmente. É professor emérito de ética, de
filosofia da religião e de ecologia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Dedica-se
atualmente ao tema da ecologia e espiritualidade com vistas à construção de um
ecodemocracia integradora e planetária. Escreveu mais de 60 livros nas áreas de teologia,
espiritualidade, ecologia, filosofia, antropologia e mística, dentre eles: A oração de São
Francisco. Uma mensagem de paz para o mundo atual; O destino do homem e do mundo;
Ecologia – grito da Terra, grito dos povos; São Francisco de Assis: ternura e vigor.
3. Agora, você já pode reler o texto atentamente, buscando detectar as ideias colocadas
pelo autor como sendo as mais relevantes, grifando-as e verificando se suas hipóteses
sobre o texto se confirmam ou não.
Procedimentos de compreensão de vocabulário
Assinale os procedimentos que você usou para compreender algumas das palavras ou partes
mais difíceis do texto, exemplificando cada caso.
( ) procurar no dicionário;
( ) procurar a explicação da palavra no próprio texto, antes ou depois dela;
( ) ver como a palavra é formada: sufixos, prefixos etc.;
( ) outros: ___________________________________________
O que é processo antropogênico? Como se pode deduzir seu significado a partir de índices do
texto? (7° parágrafo) ___________________________________
Que palavras se relacionam com a palavra voluntarístico, que são da mesma família? (7°
parágrafo) _____________________________________________
O que significa imperativos voluntarísticos?
_______________________________________________________________
Como você pode descobrir o seu significado?
_______________________________________________________________
4. Leia o primeiro parágrafo e faça as atividades.
a. Resuma com suas próprias palavras o fato inicialmente constatado pelo autor.

15
_______________________________________________________________
b. Dê os exemplos que o autor dá para comprovar que o fato é verdadeiro.
_______________________________________________________________
c. Levante a questão que o autor vai discutir a partir da constatação desse fato.
Sublinhe-a no texto.
_______________________________________________________________

5. Que respostas são dadas a essa pergunta por Freud e pelo próprio autor?
Tente verificar se as duas estão explícitas no texto ou se alguma delas pode ser inferida a
partir do que é exposto. Indique o(s) parágrafo(s)em que essas respostas são dadas
explícita ou implicitamente. Complete o quadro.

RESPOSTA PARÁGRAFOS

Freud

Boff

6. Releia os parágrafos 2, 3 e 4 e responda.


a. O autor apresenta três argumentos que podem ser usados para justificar a ideia de que é
impossível chegarmos à cultura da paz. Quais são as expressões que indicam essa
enumeração de argumentos?
_______________________________________________________________

b. Quais são os três argumentos introduzidos por essas expressões? Resuma com suas
próprias palavras.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

16
7. Releia o sexto parágrafo e responda.
a) Quais são os argumentos usados pelo autor para justificar sua afirmação de que a
construção da cultura da paz é absolutamente necessária?
_______________________________________________________________
b) Qual é o conectivo que introduz esses argumentos?
_______________________________________________________________

8. Leia o sétimo, o oitavo e nono parágrafos.


a. Que pergunta o autor faz? Sublinhe-a no texto.
_______________________________________________________________
b. Qual é o objetivo dessa pergunta?
( ) Introduzir os argumentos dos autor a favor da ideia de que é possível construir uma
cultura da paz.
( ) Introduzir argumentos contrários à ideia de que é possível construir uma cultura de paz.
( ) Introduzir exemplos da cultura dominante.
c. A partir de sua compreensão do texto inteiro, como podemos reformular essa pergunta de
forma afirmativa?
d. Assinale a frase que melhor exprime e generaliza os dois primeiros argumentos que
sustentam a ideia de que é possível construir uma cultura da paz.
( ) O ser humano tem 1% de carga genética que o separa dos primatas superiores.
( ) O ser humano tem, geneticamente, condições biológicas que favorecem a socialização, a
cooperação e a criação, diferentemente dos animais.
( ) O ser humano é o único que pode intervir nos processos da natureza e influir na marcha
da evolução.
e. Assinale a frase que melhor exprime e generaliza o terceiro argumento que sustenta a
ideia de que é possível construir uma cultura da paz.
( ) Heidegger considera que a essência do ser humano é o cuidado, a relação amorosa com a
realidade.
( ) A cultura da paz começa quando cultivamos figuras como Ghandi, Dom Hélder Câmara e
Luther King.
( ) Do ponto de vista filosófico, podemos considerar que a essência do humano é o cuidado,
pode nos levar a vencer a violência.

17
f. Releia a conclusão mais geral a que o autor chega e indique qual é o seu objetivo maior
com o texto.
( ) Levar o leitor a ter consciência dos processos da constituição humana.
( ) Levar o leitor a construir um projeto pessoal e coletivo para colaborar com a paz no
mundo.
( ) Levar o leitor a cultuar heróis como Ghandi, Dom Hélder Câmara e Luther King.
( ) Levar o leitor a se conscientizar de que a paz é possível.

Conclusão (2)
A primeira etapa para se escrever um bom resumo é compreender o texto que será
resumido. Auxilia essa compreensão o conhecimento sobre o autor, sua posição
ideológica, seu posicionamento teórico, etc. Também é preciso detectar as ideias que o
autor coloca como sendo mais relevantes, buscando sobre tudo quando se trata de
gêneros argumentativos (como artigos de opinião (de jornal), ou artigos científicos),
identificar
 a questão que é discutida;
 a posição 9tese) que o autor rejeita;
 a posição que o autor sustenta;
 os argumentos que sustentam ambas as posições e
 a conclusão do autor.

V PARTE - Menção ao autor do texto resumido


Um resumo é um texto sobre outro texto, de outro autor, e isso deve ficar sempre claro,
mencionando-se frequentemente o seu autor, para evitar que o leitor tome como sendo nossas
as ideias que, de fato, são do autor do texto resumido.

1. Releia o resumo (2) da parte 1. Transcreva do texto as diferentes maneiras usadas para se
referir ao autor. _____________________________________________________________
_ _________________________________________________________________________.
2. A partir do que fez no exercício anterior, tire sua conclusão e complete os espaços.

Geralmente, iniciamos o resumo com o ____________________ do autor. Ao longo do


resumo, podemos nos referir ao autor utilizando __________________________________,
___________________________________ , ____________________________________.

3. Complete as lacunas do texto seguinte, fazendo menção ao autor de diferentes formas.

A Dança dos Dragões, de George R.R. Martin (Livro cinco das Crônicas de Gello) 864 páginas; Editora:

18
LeYa.
Com o recente lançamento de A Dança dos Dragões, livro 5 das Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R.
Martin, é chegada a hora de enfiarmos uma estaca no coração de J. R. R. Tolkien e sua trilogia O Senhor dos
Anéis. Como seus predecessores, A Dança tem sua quota de dragões, espadas e feiticeiras, porém isso não
torna ____________ o Tolkien americano, como muitos têm falado. A série, que ______ iniciou com A
Guerra dos Tronos, em 1996, é como um imenso e panorâmico romance do século XIX transformado numa
fantasia multicor — algo mais relativo a Balzac e Dickens que a Tolkien. _________ escreve fantasia para
adultos de uma forma brusca, indecente e pé no chão que deve caracterizar o filho de um carregador portuário
de Nova Jersey. Seu personagem principal é um rapaz que sabe simplesmente tudo sobre cuidado e
tratamento de dragões. Quem estiver assistindo seu trabalho na HBO, na série adaptada de A Guerra dos
Tronos, com certeza sabe disso.

4. Releia o resumo 3, da Parte I, e verifique de que forma o autor do resumo se refere ao autor
do texto original. Aponte os principais problemas que você pôde observar.

Conclusão (3)
Sintetize suas conclusões para evitar os problemas discutidos.

VI PARTE - Atribuição de atos ao autor do texto


resumido

PARA COMEÇAR A CONVERSA...

No resumo, o autor do texto original aparece como se estivesse realizando vários tipos de
atos, que, frequentemente, não estão explicitados no texto original. Você é que tem de
interpretar esses atos usando o verbo adequado. Observe esse fenômeno, fazendo as
atividades que seguem.

1. Relacione os verbos abaixo com os atos que indicam:


( ) define, classifica, enumera, argumenta.

19
( ) incita, busca levar a
( ) afirma, nega, acredita, duvida
( ) aborda, trata de
( ) enfatiza, ressalta
a. posicionamento do autor em relação à sua crença na verdade do que é dito;
b. indicação do conteúdo geral;
c. organização das ideias no texto;
d. indicação de relevância de uma ideia no texto;
e. ação do autor em relação ao leitor.

2. Agora, releia o Resumo 2 da Seção 1 e grife com dois traços os verbos que indicam os
diferentes tipos de atos que são atribuídos ao autor

3. Explique os significados dos seguintes verbos encontrados no Resumo 01 em relação a


esses atos.
a. EXPLICA:
b. QUESTIONA:
c. CONSIDERA

4. Observe o exemplo em que destacamos os verbos utilizados para indicar diferentes


atos do autor do texto resumido. Em seguida, leia os trechos e preencha os espaços dos
resumos correspondentes com os verbos mais adequados, dentre os do quadro abaixo.
apontar – definir – descrever – elencar – enumerar – classificar – caracterizar – dar
características – exemplificar – dar exemplos – contrapor – confrontar – comparar – opor –
diferenciar – começar – iniciar – introduzir – desenvolver – finalizar – terminar – concluir –
pensar – acreditar – pensar – julgar – afirmar – negar – questionar – criticar – descrever –
narrar – relatar – explicar – expor – comprovar – provar – defender a tese – argumentar – dar
argumentos – justificar – dar justificativas – apresentar – mostrar – tratar de – abordar –
discorrer – esclarecer – convidar – sugerir – incitar – levar a

EXEMPLO (1)
Um amigo me disse:
- Não guarde nada para uma ocasião especial. Cada dia que se vive é uma ocasião especial.
Ainda estou pensando nestas palavras... Já mudaram minha vida. Agora estou lendo mais e
limpando menos. Sento-me no terraço e admiro a vista sem preocupar-me com as pragas.
Passo mais tempo com minha família e menos tempo no trabalho. Compreendi que a vida
deve ser uma fonte de experiências a desfrutar, não para sobreviver. Já não guardo nada. Uso
meus copos de cristal todos os dias. Coloco uma roupa nova para ir ao supermercado, se me
dá vontade. Já não guardo meu melhor perfume para ocasiões especiais, uso-o quando dá
vontade.
(Mensagem distribuída por e-mail)

20
Resumo
O autor relata o que um amigo lhe disse e mostra como as palavras desse amigo
influenciaram sua vida, elencando diversas ações de seu cotidiano que ele realiza de forma
diferente.

Trecho 1
Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas
a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar. Que tal começarmos a
exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos
fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível:
- O ar estará livre do veneno que não vier dos medos humanos e das humanas paixões;
- Nas ruas, os automóveis serão esmagados pelos cães;
- As pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas pelo computador, nem
compradas pelo supermercado e nem olhadas pelo televisor
(Eduardo Galeano, Fórum Social Mundial 2001. Caros Amigos 01/2000)
Resumo do trecho 1
O autor (_______________) a contradição entre a existência de extensas listas de direitos
humanos e o fato de a maioria da humanidade não ter nenhum. Diante disso,
(_______________) o leitor a sonhar com um mundo possível e (_______________)
algumas das características desse mundo.

Trecho 2
Há três tipos de jornalistas:
1) o repórter, que escreve o que viu;
2) o repórter interpretativo, que escreve o que viu e o que ele acha que isso significa
3) o especialista, que escreve a respeito do significado daquilo que não viu.
(adaptado de Elio Gaspari, Folha de S. Paulo, 13/09/1998)
Resumo do trecho 2
O autor (_______________) os jornalistas em três tipos.

Trecho 3
Às vezes ainda se ouve por aí alguém dizendo que sexo sem amor não dá. Soa um tanto
ingênua a alegação, meio fora de tempo, como um simca chambord atrasando o trafego.
Amor, o que é isso? Coisa mais anos 50... (...) O que se quer dizer, quase sempre, não é que
sexo precisa de amor, mas que sexo precisa de narrativa.
(Eugênio Bucci. O melodrama e a gente. Folha de S. Paulo, 24/02/2002)

21
Resumo do trecho 3
O autor (_______________) a afirmação corrente de que sexo sem amor não dá; questiona-a
(ironicamente) e (_______________) o seu sentido.

Trecho 4
(...) E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. (...)
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo. Sexo é contra a lei, no fundo de tudo.
O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso
desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre
sem tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão a
posteriori pelos prazeres do sexo.
(Arnaldo Jabor, Amor atrapalha o sexo, O Estado de S. Paulo, 29/08/2002)
Resumo do trecho 4
O autor (_______________) sexo e amor, (_______________) as características de cada um.

Trecho 5
Chat, para quem não sabe, é um lugar onde fica uma porção de chatos, todos com
pseudônimos (homem diz que é mulher e mulher vira homem) a te perguntar: você está ai?
(Mário Prata, Chats e chatos pela internet, O Estado de S. Paulo, 02/12/1998)
Resumo do trecho 5
O autor (_________________________) o chat de forma irônica.

Trecho 6
As obras mais significativas no campo da economia foram redigidas por especialistas de
outras áreas. Adam Smith, por exemplo, tido como o “pai da economia”, era um professor de
filosofia moral.
Resumo do trecho 6
O autor (_______________) que as obras mais importantes da economia são feitas por
especialistas de outras áreas, (_______________) com Adam Smit

Trecho 7
Período de férias

22
O início do ano escolar no mês de fevereiro merece ser revogado, voltando à antiga praxe de
começo das aulas em março. O carnaval geralmente cai em fevereiro e interrompe as aulas
recém-iniciadas. O verão escaldante torna as aulas penosas e com baixo rendimento.
Finalmente, as férias escolares comandam grande parte das férias dos trabalhadores. E as
férias destes são o motor do turismo, atividade geradora de empregos e riqueza para o País.
(...) Portanto, há grande vantagem para todos na transferência do início das aulas para o mês
de março.

Resumo do trecho 7
O autor (_______________) a tese de que as aulas devem voltar a começar em março,
(_______________) os seguintes argumentos: o fato de que o carnaval normalmente cai em
fevereiro, o fato de que o calor é forte e prejudica as aulas e o fato de que as férias dos
trabalhadores, coincidindo com as escolares, são benéficas para a economia.

CONCLUINDO...
Escreva aqui suas conclusões sobre o que você estudou nesta seção.

VII PARTE - Praticando o Gênero Acadêmico – Resenha -


O plano global de uma resenha acadêmica (prototípica)
Nesta seção, analisaremos o plano global de uma resenha, começando por sua leitura
superficial e, passando, a seguir, a uma análise que leva à identificação de suas diferentes
partes.
1. A seguir, vem uma resenha, que você ainda não precisa ler integralmente. Passe os olhos
por ela, buscando informações que o auxiliem a completar o quadro abaixo.

Obra resenhada

Autor da obra
Anos 60, período da guerra fria entre
Contextualização da obra: do livro ou do Estados Unidos e Rússia e de segregação
filme racial, correndo nos Estados Unidos.

Tema abordado

Autor da resenha

Área em que se insere o resenhista

23
Veículo em que ela foi publicada

Livros citados nas referências bibliográficas

Modelo de resenha
Resenha de filme: “Estrelas Além do Tempo” (2016)
Por: Lucas Donato

O filme Estrelas Além do Tempo é baseado na história real das mulheres negras que trabalharam na
NASA nos anos 60, quando a Guerra Fria estava pairando sobre o mundo e havia a incessante disputa
entre a Rússia e os Estados Unidos para ver quem mandaria o primeiro homem para o espaço.
Também importante para o filme é o contexto da segregação racial acontecendo nos Estados Unidos.
Havia banheiro para brancos e negros (ou pessoas de cor, como seria a tradução pro termo em inglês
“colored people”), havia lugares em que pessoas negras não podiam entrar e eventos que não podiam
comparecer. Fazer um filme sobre essa época tão conturbada da História, no ponto de vista de três
mulheres negras em um ambiente dominado por homens brancos, foi algo completamente
sensacional.

A narrativa se concentra na brilhante Katherine Johnson, interpretada pela magnífica Taraji P.


Henson, que trabalhava como “computador” na área segregada da NASA, mas consegue uma
promoção em um setor superior atuando diretamente com o grupo que gerenciava o lançamento do
futuro astronauta para o espaço. O objetivo ainda não era mandar o homem à Lua, apenas colocá-lo
em órbita ao redor do planeta. O prédio onde Katherine foi trabalhar não possuía um banheiro para
pessoas negras, portanto, ela precisava andar centenas de metros todas as vezes que precisava se
aliviar. Ela era vista com maus olhos pelos seus colegas de trabalho e era sempre subestimada. Mas,
com o tempo, Katherine consegue mostrar toda sua genialidade e sua força, conseguindo se
estabelecer e ser admirada pelo seu chefe.

O filme também discorre pela vida de duas amigas de Katherine, Dorothy Vaughn (Octavia Spencer)
e Mary Jackson (Janelle Monaé). Ambas trabalhavam na área segregada da NASA, e ambas
enfrentavam seus problemas no trabalho. Dorothy fica sabendo sobre o supercomputador que a NASA
adquiriu que poderia calcular milhões de vezes mais rápido que as trabalhadoras do seu setor. Ela,
então, resolve aprender sobre programação, pois ela queria continuar útil no seu local de trabalho para
não ser demitida. No entanto, ela encontra o obstáculo da segregação racial: a área da biblioteca que
possui livros sobre programação não é permitida a pessoas de sua cor. O que ela faz? Ela ROUBA o
livro. Ela simplesmente olhou para a dificuldade imposta pela sociedade racista e passou por cima de
tudo e todos.

24
A história da Mary Jackson também é marcada pelas barreiras do racismo. Ela quer se tornar
engenheira, também com intenção de se especializar e se tornar mais útil à NASA, mas não pode, pois
o curso é apenas para pessoas brancas. Como ela é uma das mulheres mais fodas que já habitaram
esse planeta, Mary vai até ao tribunal e consegue convencer o juiz a dar permissão para os seus
estudos em engenharia. O discurso que ela faz é emocionante e totalmente convincente e persuasivo.

“Estrelas Além do Tempo” é um filme comovente, com atuações excepcionais, personagens


marcantes e um final que te deixa em caquinhos no assento do cinema. Eu quero um dia assisti-lo
novamente para reaprender tudo o que filme tem a ensinar, pois, apesar de se passar quase 60 anos
atrás, ele não deixa de ser atual e importante.

https://medium.com/@lucasrdonato
Feb 14, 2017 ·

VIII PARTE - A expressão da subjetividade do


autor da resenha
Vimos, na III parte deste estudo, que a resenha difere do resumo por conter elementos
avaliativos, ou seja, comentários do resenhista sobre a obra resenhada. Vimos também, na
parte 3, que existem trechos da resenha em que podemos perceber esses comentários. Nesta
seção, identificamos os comentários feitos pelo resenhista na resenha estudada.

1. Leia o trecho abaixo, tirado do Manual Sobre a elaboração e a estrutura dos pareceres,
escrito por Egon de Oliveira Rangel, que trata de regras a seguir na elaboração de pareceres.
Nesse trecho o autor cita a última máxima conversacional de Grice (1962), filósofo da
linguagem americana, preocupado com a eficiência das interações.

Por fim, o parecerista deve obrigar-se a observar a “máxima da polidez”, deixando de lado
as expressões que possam agredir ou desrespeitar os destinatários. A propósito, outro
lógico, COPI (1974), argumentando em direção semelhante, chama a atenção para a
“neutralidade emocional” que deve caracterizar a linguagem técnico-científica e, no caso
específico, a dos laudos.

O que você conclui em relação à linguagem que deve ser usada em uma resenha?

RESPOSTA:_______________________________________________________________.
2. Uma das maneiras negativas, que possam agredir o autor da obra resenhada. Qual é a
crítica negativa contida no trecho abaixo? Sublinhe as expressões que atenuam essa crítica
negativa do resenhista à obra de ser “polido” é atenuar as afirmações.
“Aqui me parece manifestar-me uma das lacunas deste que é um bom trabalho”.

________________________________________________________
25
Algumas considerações e conclusões sobre a
“resenha acadêmica”
Conclusão (1)
Com o estudo realizado sobre o gênero resenha acadêmica podemos concluir que:
no início de uma resenha encontramos informações sobre o contexto e o tema do livro ou
obra resenhada. Em seguida, o(s) objetivo(s) da obra resenhada. Antes de apontar os
comentários do resenhista sobre a obra é importante apresentar a descrição estrutural da obra
resenhada. Isso pode ser feito por capítulos ou agrupamento dos capítulos. Depois
encontramos a apreciação do resenhista sobre a obra. Aliás, é importante que haja tanto
comentários positivos quanto negativos. Finalmente, a conclusão, em que o autor deverá
explicitar/reafirmar sua posição sobre a obra desenhada.

Conclusão (2)
Numa resenha, como em outros textos acadêmicos ou mesmo jornalísticos, é comum o autor
evitar escrever em primeira pessoa, mas continuar expressando sua subjetividade. Isso
garante mais veracidade ao que está sendo dito, pois não parece que é a opinião de um
resenhista, mas uma característica da própria obra.

Conclusão (3)
Vimos que na resenha acadêmica aparecem comentários do resenhista sobre a obra
resenhada. Generalizando, reveja as atividades desta seção e complete o texto abaixo com
suas conclusões sobre a expressão e subjetividade do resenhista na resenha. Quando se faz
uma resenha sobre a obra de alguém, é importante seguir algumas regras de
________________, para evitar agredir o autor da obra resenhada. Para tanto podemos usar
vários recursos linguísticos. Dentre eles, temos: “parece-me”, uso do futuro do pretérito:
gostaria de adjetivos, substantivos e mesmo advérbios.
1. O uso de expressões que atenuam as opiniões como: “parece-me”,
2. O uso de alguns tempos verbais que também têm a função de atenuar o que está sendo dito,
como: futuro do pretérito, como por exemplo “gostaria”
3. O uso de adjetivos, substantivos e mesmo advérbios para expressar a opinião do
resenhista.

Conclusão (4)
Para que a resenha seja clara e coerente para o leitor, é preciso dar indicações que guiem a
leitura, mostrando a elação entre as ideias sobre a obra resenhada e destacando seu

26
posicionamento em relação a ela. Para isso utilizamos os organizadores textuais (conectores)
que melhor expressam as relações que queremos estabelecer.

Portanto, podemos dizer que a função dos organizadores textuais é guiar o leitor, organizar
o que é dito, estabelecer relações entre ideias nas frases e, finalmente, estabelecer as relações
entre as ideias entre os parágrafos e nas frases.

ATIVIDADE PRÁTICA (AE3): INCENTIVO À PRODUÇÃO

Elabore sua resenha

PARA COMEÇAR A CONVERSA...

Nesta seção, você irá elaborar sua resenha a partir da análise que já fez de uma resenha
prototípica, de suas reações ao texto “Designação: a arma secreta, porém incrivelmente
poderosa, da mídia em conflitos internacionais”, registradas em seu diário de leitura e da
leitura crítica do texto.

1. Como já vimos, ao produzir um texto, você deve ter claro para quem está escrevendo,
com que objetivo, etc. Complete o quadro com as possíveis características de produção
de sua resenha.

Autor

Função social do autor


Destinatário real Professor que conhece a obra
Pessoa que não conhece a obra e por isso lerá a
Imagem que o autor tem resenha (apesar de o destinatário real ser o professor, o
que ter de seu destinatário resenhista/ aluno deve escrever pensando que o leitor é
alguém que não conhece a obra.
Tema/ objetivo
Locais e/ ou veículos onde o
texto possivelmente
circulará
Momento da produção
Objetivo do autor do texto

2. Faça um levantamento de aspectos que você apresentará para valorizar o artigo lido e
as restrições em relação a ele.
Aspectos para valorizar o artigo Restrições em relação ao artigo

27
3. Resuma as principais etapas do texto lido. Para isso apoie-se no esquema apresentado
(FALTA ENVIAR O TEXTO)
O artigo de.../ No artigo “...”, (nome do autor)...
O objetivo do autor...
Para isso...
O artigo divide-se em...
Primeiro.../ Primeiramente.../ Na primeira parte...
No item seguinte.../ A seguir...
Finalmente...
O autor conclui...

4. Dentre os verbos abaixo, escolha aqueles que melhor expressam o efeito que você
acha que o autor quis causar no leitor em cada uma das etapas de seu artigo.

Sustentar – contrapor – confrontar – opor – justificar – defender a tese – afirmar – objetivar


– ter o objetivo de – se propor a – apresentar – desenvolver – descrever – explicar –
demonstrar – mostrar – narrar – analisar – apontar – estruturar-se – concluir – dividir-se –
organizar-se – concluir – terminar – começar – debruçar-se – sustentar que – dedicar-se ao
estudo – fazer um relato – eleger – abordar

5. Agora faça um inventário de adjetivos e substantivos, negativos e positivos, que você


poderia usar para fazer comentários sobre a obra original.
Adjetivos Substantivos
Negativos
Positivos

6. Quais expressões você vai usar para ser polido? Escreva-as aqui.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

IX - PARTE: Artigo Científico/Opinião

28
O artigo científico é um gênero textual destinado especificamente a ser publicado em
revistas e periódicos científicos. Tem por finalidade registrar e divulgar para o público especializado
resultados de novos estudos e pesquisas sobre assuntos ainda não devidamente explorados no meio
científico.

O artigo tem a estrutura comum ao trabalho científico em geral, mas quando


relacionado aos resultados de uma pesquisa, deve destacar os objetivos, a fundamentação teórica e
metodologia empregada no desenvolvimento da pesquisa, seguindo-se da análise dos dados
envolvidos e as conclusões a que se chegou, completando-se com o registro das referências
bibliográficas e documentais.

Quanto à formatação técnica do texto, as revistas e periódicos costumam estabelecer


normas específicas para a publicação dos artigos, cabendo ao autor se inteirar delas antes de enviar
seu trabalho à editoria. (v. informações complementares no texto anexo)

De acordo com a ABNT (2003, p.2) “Artigo científico é parte de uma publicação com autoria
declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processo e resultados nas diversas
áreas do conhecimento.”

São considerados trabalhos completos, embora resumidos, tendo em vista sua divulgação em
revistas especializadas ou, em anais de congressos, livros organizados para publicação ou de outros
diversos.

Caracteres formais

O artigo deve apresentar forma clara e eficaz de apresentação de resultados de estudos


científicos ou de pesquisa à comunidade científica, constituir-se de um estilo claro, coeso, coerente e
objetivo.

Tipos de artigo

(a) Artigo Original ou divulgação: quando apresenta tema ou abordagens inéditas, relatando dados
de pesquisas.

(b) Artigo de Revisão (ou de opinião): analisa e discute trabalhos já publicados, geralmente é
resultado de uma pesquisa bibliográfica.

29
Normas de artigo para fins de trabalhos acadêmicos
A estrutura do artigo deve conter os mesmos elementos pré-textuais e pós textuais que
normalmente compõem uma MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, e TESE DE
DOUTORAMENTO.

Estrutura do Artigo Científico

A Estrutura do artigo científico é constituída de elementos pré-textuais, textuais, e pós-textuais como


se vê no diagrama a seguir.

ARTIGO
CIENTÍFICO

Elementos Elementos Elementos


Pré-textuais Textuais Pós-Textuais

Título, subtítulo
Introdução (em língua
Título Desenvolvimento estrangeira)
Subtítulo (se Conclusão Resumo (em língua
houver)
estrangeira)
Nome do autor
Palavras- chave
Sumário
( em língua
Resumo (língua
estrangeira)
vernácula)
As notas podem ser de rodapé ou notas finais. Notas Explicativas
Palavras-chave
Referências
(língua do texto)
Algumas particularidades sobre o Artigo Científico Glossário
Apêndices, anexos
a) Resumo (técnico ou científico)

O resumo é a síntese da introdução, desenvolvimento e conclusões alcançadas no artigo, tendo a


finalidade de representar, de forma concisa, o conteúdo do artigo. É um elemento obrigatório, que deve
ser redigido e elaborado de acordo com a ABNT – NBR – 6028/87. É estabelecido pela ABNT, um número de
200 a 250 palavras para sua redação.

Deve ser digitado em um parágrafo único com fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 11 (ou 12) e
com espaços simples entre linhas. (v. texto ilustrativo), localizado(s) abaixo do (s) nome (s) do (s) autor (es).

30
b) Palavras-chave

São termos que indicam o conteúdo do artigo, ou seja, seus assuntos principais. É um elemento
obrigatório. As palavras devem ser apresentadas abaixo da redação do resumo alinhadas à margem
esquerda. Essas deverão estar separadas entre si por ponto (.) ou (;) e também finalizadas por ponto (.),
precedidas pela expressão em negrito Palavras-chave, seguidas de dois pontos (:). Apenas esta
expressão fica em negrito, nas demais palavras, usa-se a fonte normal. Todo o texto, exceto as citações
com mais de três linhas, deve estar em fonte 12 (v. modelo 4.3).

Modelo estrutural de artigo científico


SINOPSE DA OBRA “COMO FALAM OS BRASILEIROS” DE DINAH CALLOU E YONNE LEITE
(2002)

Maria das Neves Pereira/UFERSA


nevespereia@ufersa.edu.br
nevesj7@hotmail.com

RESUMO - A obra, em estudo, Como falam os brasileiros de Leite e Callou (2002) trata de uma
abordagem geral sobre a maneira de falar dos brasileiros, partindo de uma amostra da fala padrão
urbana colhida em cinco cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e
Recife por serem estas cidades escolhidas para recolhas de dados de um Projeto Científico
chamado NURC (Norma Urbana Culta), elaborado por um grupo de professores pesquisadores das
universidades dos respectivos estados – UFRJ, USP, UFRS, UFBA e UFPE, na década de 70. A
escolha destas cidades se deu em consequência de que as mesmas são consideradas histórica e
economicamente as principais cidades do Brasil. O objetivo deste artigo é apresentar uma sinopse da
obra referenciada para a melhor compreensão de leitores leigos sobre o falar do Brasil.

Palavras-chave: língua; fala; diferenças linguísticas; português do Brasil.

INTRODUÇÃO

As autoras iniciam a obra, apresentando uma introdução em que se define a linguagem como
retrato do conhecimento e entendimento do falante e do mundo que o cerca; a linguagem como fator
de identificação e diferenciação de cada comunidade e também como marca de inserção do
indivíduo em diferentes grupos sociais, estratos, faixas etárias, gêneros e graus de escolaridade.
Destaca, ainda, na introdução, à fala carioca como “fala padrão do Brasil” por motivos históricos, por
exemplo, ser o Rio de Janeiro o centro político há mais tempo, capital da colônia desde 1763, cuja
linguagem em uso tendia a ser culta por apresentar menos números de marcas locais e regionais,
com uma tendência universalista dentro do país.

A obra é dividida em dez tópicos além da introdução: “Uma visão geral do Brasil - o mito da
homogeneidade; Assumindo a diversidade; O falar carioca no conjunto dos falares brasileiros; Sexo,
idade e variação linguística; Para a caracterização dos falares do Brasil; A fonética da fala culta; Os
sotaques sintáticos da fala culta; Normas e pluralismos; Traçando linhas imaginárias e Voltando ao
começo” em que são discutidos e analisados aspectos linguísticos e extralinguísticos para uma
caracterização dos falares do Brasil.

1 Uma visão geral do Brasil: mito da homogeneidade(p. 11-16)

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Esta parte da obra trata de uma abordagem sobre a oposição entre as variantes brasileira e
europeia da língua portuguesa; línguas faladas no Brasil no início da colonização. A história da
colonização se reflete na diversidade linguística existente no país, a qual veio aos poucos sendo
reconhecida. A evolução da língua não depende de fatores linguísticos apenas, mas, em maior, grau
de fatores históricos. A língua não é homogênea, pois a mesma é condicionada por fatores sociais (v.
p.16): “Para a sociolinguística, ciência que estuda a língua e os fatores sociais que condicionam sua
produção, é natural aceitar a ideia de que seria espantoso negar a diversidade que a língua brasileira
supõe, dadas as características pluriculturais tanto do nosso passado quanto do nosso presente”.

2 Assumindo a diversidade (p.16-26)

Com a elaboração de Atlas Linguísticos (mapeamento das diversas formas de linguagem, em


uso, numa região) é que se passa a assumir a diversidade linguística no Brasil . Antes essa
diversidade foi muito enfocada apenas em variantes populares, como glossários regionais, mais tarde
em alguns atlas linguísticos (Bahia, Paraíba, Sergipe e Minas Gerais) p.17-25: ilustrações da
diversidade linguística.

3 O falar carioca no conjunto dos falares brasileiros (p.26-36)

Há 80 anos o carioca, filólogo e linguista, Antenor Nascentes, autor de “O Linguajar Carioca


(1922)”, seguindo os passos de outro pesquisador com a mesma formação, Amadeu Amaral, autor
da obra o Dialeto Caipira (1920), afirmou que “essas pesquisas não seriam para essa geração”, mas
encontrariam nelas uma fotografia da língua na posteridade. Nas primeiras décadas do século XX,
fazer um estudo dialetal seria mediante a intuição de o seu próprio falar como fez Nascentes (1922),
legítimo representante da fala genuinamente carioca, habilitado a fazer o estudo dela (uma
monografia baseada no seu próprio falar, contrastando-o com observações diversas sobre os demais
falares brasileiros em oposição a um português europeu virtual p.27). Nascentes, em seus estudos,
também dividiu as áreas limites dos falares do Brasil em falar amazônico, nordestino, baiana,
mineiro, sulista e fluminense, partindo de dados linguísticos que singularizariam os dialetos. As
razões dessas diferenciações não se apoiam apenas na geografia das cidades, nem nos dados
linguísticos, mas também nas diferenças sociais, embora estas estejam relacionadas às diferenças
geográficas. Caracterização do falar carioca em o Linguajar carioca, como uma variedade do
subfalar fluminense. São os diversos aspectos caracterizadores da mobilidade econômica, cultural e
social que marcaram o Rio de Janeiro nos últimos dois séculos que tornam possível entender a
dinâmica linguístico-educacional atualmente. Dados sobre o desenvolvimento econômico, social e
educacional podem servir como argumento para que a linguagem do RJ seja o “padrão nacional”.
Marcas da fala carioca: “r” final, consoante vibrante, chamado “r” rolado. Ex. tomar [to´ma] (tomá ) ~
[to´mar] (tomar); a palatização do “s” (chiado) como em “mesmo” [‘memu]; a palatização do “t” e
“d” antes de [i], como em “dia” [di] e em “tia” [ti].

4 Sexo, idade e variação linguística (p. 36-38)

Os fatores variantes sexo, idade são categorias determinantes ao uso de variantes


linguísticas. Os gêneros masculino e feminino são categorias procedentes de uma construção
histórica, cultural e social e, na sociolinguística (estudo da linguagem em uso numa comunidade de
fala) a diferença entre a fala de homens e mulheres é objeto de permanente discussão. Já ficou
demonstrado em estudos científicos que essa diferenciação é um fator condicionante da
heterogeneidade linguística. As mulheres são mais conservadoras. Tendem a seguir o padrão
linguístico das classes mais favorecidas, favorecendo-as principalmente no mercado de trabalho,
acentuando a competição entre o sexo oposto. As diferenças existentes entre a linguagem masculina
e feminina é a de que a identidade homem/mulher interage com outras identidades culturais e não
pode ser vista isoladamente, e sim em conjunto com outros fatores; a interação gênero/faixa etária
constitui um papel de suma importância na análise do processo de mudança linguística; o fator faixa
etária condiciona a variação histórica ou diageracional.

5 Para uma caracterização dos falares brasileiros (38-39)

Como já foi visto na experiência de Antenor Nascentes, os estudos dialetais baseavam-se,


de início, na introspecção da própria fala ou em impressões assistemáticas e generalistas, em forma
de monografias (o estabelecimento de uma variante padrão de uma região x uma variante culta de

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uma região y, no falar brasileiro, através de percentuais aritméticos (MA) não foram eficientes e,
portanto não tiveram continuidade. A partir de 1960, iniciaram-se estudos para elaboração de atlas
linguísticos, incidindo apenas sobre linguagem popular e umas poucas áreas do território nacional.
Somente na década de 70, com a utilização de programas computacionais de análises variacionistas,
pôde-se dar continuidade aos estudos dialetais mais precisos.

6 A fonética da fala culta (39-43)

Fonética é a ciência que estuda a substância do plano de expressão das línguas humanas,
ou seja, descreve os fonemas, sons distintivos das línguas humanas do ponto de vista da sua
composição. (Fonologia estuda a forma do plano de expressão das línguas humanas ou naturais, ou
seja, a descrição dos fonemas do ponto de vista da sua distribuição e função). Os fonemas são
classificados em vogais e consoantes. Então, o termo vocalismo se refere ao estudo das
ocorrências vocálicas e consonantismo se refere ao estudo das ocorrências consonânticas. (i)
Vocalismo átono: vogais pretônicas têm sido fator de diferenciação não só entre as falas do
português brasileiro, mas também entre o português do Brasil e de Portugal [e] ~ [ ]; [o] ~ []: pelé,
perigo; bolota, coração; oposição (vogais abertas e fechadas). Abaixamento e alteamento das vogais
(vogais altas /i/ e /u/): colher ~ culher; melhor ~ milhor. Observa-se, portanto, esse fenômeno na fala
de homem/mulher, +jovem/+velho e então calculam-se os percentuais, apresentando os resultados
estatisticamente. Através dessas ocorrências linguisticossociais, pode-se caracterizar o português do
Brasil e das respectivas regiões. (ii) As consoantes pós-vocálicas: os fonemas /s/, /r/ e /l/
apresentam, em posição final de sílaba, variações significativas e prestam-se à caracterização dos
dialetos regionais. O “s” pode ser chiado ou sibilantes, com aspiração ou zero: rosto, cisco, mesmo.
O “r” pode ser vibrante/retroflexo (caipira), com uma mera aspiração e ou neutro: carta, amar; O “l”
admite duas possibilidades: variante vocalizada e outra velarizada como em mal [‘maw] ~ [‘mal].
(resultados: p.43-49) (iii) Padrão entonacional em estruturas de tópicos: o ritmo das frases ou
cadência pode ser considerado um tema de interessante discussão (acima da diferenciação fônica)
na percepção auditiva do interlocutor, o qual constitui um traço marcante na diferenciação dos falares
brasileiros. É justamente aí que fica ressaltada a maneira de falar nordestina em relação às outras
áreas (p. 48-51).

7 Os sotaques sintáticos da fala culta (p. 51)

Com base na análise de fatos gramaticais que mostram diferenças nítidas entre as cinco
cidades brasileiras selecionadas para este estudo, tornou-se evidente a existência de sotaques
sintáticos. São os seguintes: (i) o artigo definido diante de nomes próprios e de possessivos: A
Maria ~ Maria; o meu livro ~ meu livro. (p.51-53); (ii) Alternância nós/a gente: no português do
Brasil, a distribuição de nós/a gente é mais ou menos equilibrada 56% e 44%, respectivamente. Não
se encontram grandes divergências entre as cinco capitais brasileiras, mas o Rio de Janeiro é a
capital onde há maior índice. (iii) o uso de ter por haver em construções existenciais: Costuma-
se dizer que a substituição do verbo haver por ter no sentido de existir (em estruturas existenciais)
constitui uma das marcas do português do Brasil, em oposição ao português de Portugal e à
semelhança de Angola e de Moçambique. No português brasileiro contemporâneo, modalidade oral
culta, o uso de ter ainda não foi consolidado, segundo os resultados (p. 55-57), mas já existem
estudos apontando essa tendência.

8 Normas, pluralismo etc. ( p.57-59)

A variação existente hoje no português do Brasil, que nos permite reconhecer uma
pluralidade de falares, é decorrente da dinâmica populacional e da natureza do contato dos diversos
grupos étnicos e sociais nos diferentes períodos de nossa história. São fatos desta natureza que
demonstram que não se pode fazer julgamento de valores em termos de uso linguístico. Daí ser
inaceitável considerar variante regional “melhor ou pior”; “certo ou errado”; “bonita ou feia” ( p.57-59).

9 Traçando linhas imaginárias (p.59-60)

Outro aspecto digno de destaque nesta área de estudos é que se pode constatar que não
existe coincidência entre o comportamento linguístico dos falares em estudos e suas respectivas

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áreas geográficas. Por exemplo. Recife (nordeste), muitas vezes se aproxima de Porto alegre. RJ
(incluído entre os falares do Sul) e considerado padrão médio brasileiro, apresenta realizações de
Porto Alegre e Salvador (p.61, mapa 4).

10 Voltando ao começo (p. 60-63)

Todo o comportamento linguístico, aqui discutido, teve início com a chegada de Cabral que,
ao aportar no Novo Mundo, que se deparou com povos, costumes e línguas diversos
(aproximadamente 1300 línguas diferentes). Com a chegada dos jesuítas, com a missão de
transformar a cultura religiosa dos índios, surge a primeira gramática, como instrumento de
normatização e homogeneização linguística (Arte da gramática da língua mais usada na costa do
Brasil do padre José de Anchieta). A política posta em prática pelos jesuítas com apoio da coroa
tirou dos índios seus hábitos, costumes e sua língua; dentre uma diversidade linguística, instituiu-se
uma homogeneidade cujo objetivo era manter a unidade do território conquistado. (v. p. 62-63). Hoje,
legisla-se uma “língua brasileira” sem considerar o grau de complexidade dos fatos que caracterizam
cada falar. Elege-se um padrão supranacional, do mesmo modo como foi institucionalizada uma
língua indígena como língua geral. E assim, tudo continua e permanece. Eis o motivo básico e o
fundamento do preconceito linguístico que predomina na sociedade brasileira.

Para encerrar o estudo da caracterização do falar brasileiro, as autoras tentam estabelecer


limites de fatos linguísticos e situar o início da questão da unidade e diversidade em fatos históricos e
sociais com apoio de outros autores que tratam do mesmo tema.

REFERÊNCIAS
LEITE, Yonne; CALLOU, Dinah. Como falam os brasileiros. (Coleção Descobrindo o Brasil). Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2002.

O artigo Sinopse da obra “Como falam os brasileiros” constitui-se uma amostra para
explicitação do de Artigo científico, um dos gêneros acadêmicos mais cultivado entre
estudantes e pesquisadores no meio universitário. Sabe-se que há uma gama de gêneros
discursivos que atende as demais necessidades sócio comunicativas, mas a finalidade, aqui, é
orientar e apresentar o perfil de um artigo científico para a complementação do conteúdo
específico deste material didático.

PRÁTICA RELACIONADA À VIII PARTE DO ESTUDO DO GÊNERO


ACADÊMICO: artigo científico

1 Responda às questões seguintes com base no modelo de ARTIGO apresentado nesta


sessão. Quais os:

1.1 elementos pré-textuais:


1.2 elementos do texto ou textuais:
1.3 elementos pós-textuais.

2 Que aspecto principal nos leva a identificar esse gênero textual como tal.

3 Qual a diferença entre um resumo técnico e um resumo escolar acadêmico.

34
NOTA IMPORTANTE

Existem vários tipos de pesquisa: pesquisa teórica; pesquisa empírica, levantamento


documental e pesquisa histórica e outras.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA A PRODUÇÃO DESTE MATERIAL


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. Informação e Documentação –
artigo em publicação periódica científica impressa. Rio de Janeiro: ABNT, 2003c.

ISKANDOR, Jamil Ibrahim. Normas da ABNT: comentadas para trabalhos científicos. 3ª.
ed. Curitiba: Juruá, 2008.

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção
textual. São Paulo: Contexto, 2009.

MACHADO, Anna Raquel; LOUSADA, Eliane Govêa; ABREU-TARDELLI, Lília Santos.


Resumo. São Paulo: Parábola,2004.

_________. Resenha. São Paulo: Parábola, 2004.

MAIA, Fernando dos Santos; OLIVEIRA, Marcus Vinícius de Faria. Princípios Normas e
Técnicas. Natal: CEFET/RN, 2006.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍZIO,


Ângela Paiva; MACHADO, Anna Raquel; BEZERRA, M. Auxiliadora (orgs.). Gêneros
textuais & ensino. Rio de Janeiro: Contexto, 2005, pp. 53-102.

SEVERINO, Joaquim Antônio. Metodologia de Trabalho Científico. 22. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Cortez, 2002.

Manual de Normalização Bibliográfica para elaboração de Artigo Científico. Natal:


UnP/RN, 2006.p.6.

Site: www.comciencia.br/resenhas/impactos.htm
Profa. Maria Neves Pereira/UFERSA-ANGICOS
nevespereira@ufersa.edu.br

35
“DEUS É FIEL E JUSTO PARA NOS
PERDOAR OS PECADOS e nos purificar
de toda injustiça”
I João 1:9)

36

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