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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA -CET

CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA


DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA
PROFESSOR: MANUELLE RODRIGUES

RESENHA DESCRITIVA

Aluna: Marcileny Rodrigues De Paiva De Macedo

Teresina -PI
2020
Ao ler o capítulo do livro e o artigo se tem um grande conhecimento sobre vários
aspectos do sistema digestório, iniciando com os aspectos gerais desse sistema, esse capitulo
foca nos órgãos envolvidos na fragmentação dos alimentos que são coletivamente chamados de
sistema digestório.

Dois grupos de órgãos compõem o sistema digestório, o canal alimentar e os órgãos


digestórios acessórios. O canal alimentar é um tubo contínuo que se prolonga da boca ao ânus
ao longo das cavidades torácica e abdominopélvica. Os órgãos do canal alimentar incluem a
boca, a maior parte da faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso.
Os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a
vesícula biliar e o pâncreas. O canal alimentar contém o alimento desde o momento em que ele
é consumido até quando é digerido e absorvido ou eliminado.

Em geral, o sistema digestório executa seis processos básicos: Ingestão que é um


processo que envolve colocar os alimentos e líquidos na cavidade oral, depois temos a secreção
que diariamente, as células nas paredes do canal alimentar e nos órgãos digestórios acessórios
secretam um total de aproximadamente 7 ℓ de água, ácido, tampões e enzimas para o lúmen do
canal alimentar, a mistura e propulsão corresponde a contração e relaxamento alternados do
músculo liso das paredes do canal alimentar misturam os alimentos e secreções e movem em
direção ao ânus, na digestão que é o processos mecânicos e químicos que fragmentam os
alimentos ingeridos em pequenas moléculas, na digestão mecânica, os dentes cortam e trituram
os alimentos antes de eles serem engolidos; em seguida, os músculos lisos do estômago e do
intestino delgado agitam o alimento para ajudar ainda mais no processo, as enzimas digestórias
produzidas pelas glândulas salivares, língua, estômago, pâncreas e intestino delgado catalisam
essas reações catabólicas, na absorção a entrada nas células epiteliais de revestimento do lúmen
do canal alimentar dos líquidos, íons e produtos da digestão ingeridos e secretados é chamada
absorção, essas substâncias absorvidas passam para o sangue ou linfa e circulam até as células
do corpo, e por último vem a defecação, as escórias metabólicas, substâncias não digeridas,
bactérias, células descamadas da túnica mucosa do canal alimentar e materiais digeridos que
não foram absorvidos ao longo do canal alimentar deixam o corpo através do ânus, em um
processo chamado defecação. O material eliminado é denominado fezes.

Após abordar os processos digestórios, já falando dos tipos de digestão que se dividi em
digestão mecânica e digestão química, na digestão mecânica que é na boca e resulta da
mastigação, em que o alimento é manipulado pela língua, triturado pelos dentes e misturado
com saliva, e como resultado, a comida é reduzida a uma massa macia flexível, facilmente
engolida, chamada bolo alimentar.
A digestão química na boca necessita da ação de duas enzimas, a amilase salivar e a
lipase lingual. A amilase salivar, que é secretada pelas glândulas salivares, inicia a degradação
do amido. Os carboidratos dietéticos são açúcares monossacarídios e dissacarídios ou
polissacarídios complexos, como os amidos. A maior parte dos carboidratos que ingerimos são
amidos, mas apenas os monossacarídios podem ser absorvidos para a corrente sanguínea.
Assim, os dissacarídios e amidos ingeridos precisam ser clivados em monossacarídios. Falando
em digestão mecânica e digestão química no estômago fica claro que a digestão mecânica
ocorre apenas na mastigação e obviamente é efetuada pelos dentes, já a digestão química que
atua em todo o tubo digestório é realizada pelos sucos digestórios.

Já nas camadas do canal alimentar vemos que pós a cavidade oral, o tubo digestório se
diferencia em quatro órgãos principais: esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
Cada um destes órgãos é formado por quatro camadas concêntricas:  a mucosa, a submucosa, a
túnica muscular, e a adventícia ou serosa.

A mucosa possui três componentes: o epitélio de revestimento, a lâmina própria


subjacente, formada por tecido conjuntivo frouxo vascularizado e uma delgada camada de
músculo liso, a camada muscular da mucosa. A túnica mucosa apresenta variações
significativas que de segmento para segmento no trato digestório. A submucosa é formada por
tecido conjuntivo denso não modelado com grandes vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos
que se ramifica na mucosa e na túnica muscular. Glândulas estão presentes na submucosa do
esôfago e duodeno.

A túnica muscular contêm duas camadas de músculo liso: a camada circular interna,


organizadas ao redor do lúmen do tubo, e a camada longitudinal externa, dispostas ao longo do
tubo. A contração das fibras musculares da camada circular interna diminui o lúmen; a
contração das fibras da camada longitudinal externa encurta o tubo. Fibras musculares
esqueléticas estão presentes na porção superior do esôfago e no esfíncter anal.

A camada adventícia do trato digestório é formada por várias camadas contínuas de


tecido conjuntivos adjacentes. Quando o tubo digestório é suspenso por uma prega do
mesentério ou peritoneal, a camada adventícia é recoberta por um mesotélio, constituído de
epitélio simples pavimentoso, e sustentada por uma delgada camada de tecido conjuntivo, que
juntas forma uma serosa, ou membrana serosa.

Em geral, os processos do trato gastrointestinal podem ser divididos em fases cefálica,


oral, gástrica e intestinal. Inicialmente, os processos acontecem antes da entrada do alimento na
boca, caracterizando a fase cefálica. O estímulo visual ou olfativo e a presença do alimento na
boca promovem a ativação de regiões bulbares, que enviam eferências autonômicas para as
glândulas salivares e para o SNE, promovendo estímulo de secreções e aumento da motilidade,
fatores que preparam o trato gastrointestinal para a chegada do alimento.

Na fase oral na boca, ocorre a liberação da secreção salivar, que é uma solução que
auxilia na deglutição, gustação, umidificação da mucosa e dos alimentos, proteção por presença
de IgA e higiene, além de conter enzimas como a ptialina (a-1,4-amilase), que catalisa a quebra
do amido. Existem três tipos de glândulas salivares, que se diferenciam pelo tipo de secreção:
parótida (serosa), submandibular (mista predominantemente serosa) e sublingual (mista
predominantemente mucosa), com abertura dos ductos na cavidade oral.

A fase gástrica inicia após passagem do alimento em direção ao estômago, órgão que


tem função de armazenamento, secreção do fator intrínseco para absorção de vitamina B12,
digestão química e mecânica, mistura dos alimentos, entre outras. Será regulada por um reflexo
longo antecipatório que promove a liberação de secreções, além de reflexos curtos que
possibilitam a distensão da parede estomacal e também produção de substâncias.

A fase intestinal se inicia com a saída do quimo do estômago, caracterizando um bolo


alimentar mais triturado e aquoso. A presença de acidez, gordura, aminoácidos e
enterogastronas no duodeno sinalizam para que o estômago reduza suas taxas de esvaziamento,
permitindo que o quimo permaneça um período no duodeno e receba as secreções intestinais e
hepatopancreáticas.

Após abordar o formação, funcionamento do sistema digestório, de acordo com o artigo


falando sobre o termo psicossomático, que não deve ser utilizado no sentido de causalidade,
mas de várias relações existentes entre a mente e o cérebro, entre fenômeno e processo a serem
observados tanto em termos psicológicos quanto somáticos.

Desta forma, considera-se que toda doença é psicossomática, já que incide num ser
provido sempre de soma e psique, inseparáveis, anatômica e funcionalmente. Sendo assim, seja
qual for o fator etiológico, a doença incide no ser humano detentor de vida mental, além de
social e somático. Passa, portanto, a ser psicossomática pelas suas repercussões.

Existem várias doenças relacionadas ao sistema digestório, e de acordo com o artigo as


mais conhecidas são a gastrite que é uma das doenças mais comuns que corresponde ao sistema
digestório, de origem inflamatória, apresentando como característica o ataque a mucosa
gástrica, a gastrite se divide em gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada,
por serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente
causador que muitas vezes são medicamentos, infecções (má alimentação ou alimentação
carregada) e estresse físico ou psíquico, e a gastrite crônica é caracterizada em primeiro lugar
pela presença da bactéria Helicobacter pylori no estômago, a segunda característica é a
considerável redução na produção do ácido gástrico e inflamação.

A úlcera duodenal é mais comum que a gástrica, sendo que os dois tipos ocorrem com
mais frequências em pessoas que são normalmente tensas, preocupadas ou que vivem em
situação de estresse. Uma grande importância é enfatizar as doenças hepáticas, já que o fígado
tem grande importância no sistema digestório no que diz respeito à degradação dos alimentos
para posterior absorção pelo organismo, assim, a bile que é produzida no fígado, é responsável
pela emulsificação das gorduras e sua quebra, para o armazenamento na vesícula biliar e
posterior liberação para o duodeno onde ocorrerá a absorção dos alimentos e nutrientes pelo
corpo.

Para concluir sabe-se que a psicossomática traz em si uma visão de homem na sua
totalidade, este ser humano que é dotado de corpo e de mente, mas vistos não mais de uma
maneira dicotômica, mas de forma integral, permitindo assim falar de interrelação,
circularidade, o corpo é apontado, sobretudo como o veículo de expressão das emoções, o
processo de somatização ocorre quando algo não vai bem e, geralmente, o indivíduo não
consegue externalizar, causando assim no mesmo um sofrimento psíquico que passa também a
ser físico, levando ao adoecimento.

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