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Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Eletrônica


e Telecomunicações

Teoria de Filas e Sistemas de


Comunicação

Prof. Gil Pinheiro


(revisão: Outubro/2013)
Rev.: Out - 2013

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Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Programa
• Revisão de Probabilidade e Estatística
• Processos Estocásticos
• Teoria de Filas
• Os Sistemas de Filas M/M/1, M/M/m,
M/M/m/B, M/M/m/m, M/M/1/B, M/M/,
M/M/N/N/K, M/G/1
• Noções de Engenharia de Tráfego
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• Redes de Filas
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Revisão de Probabilidade e
Estatística
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Variável Aleatória
• r é um evento no Espaço
Amostral S, r  S Espaço Amostral
• x é a probabilidade associada ao S
evento r, onde x é um número r
real (x  R) e x  [0 , 1]
• A Variável Aleatória X mapeia os X(r)
eventos de S em x, assim: X(r) = x x
x
• Assim X tem uma distribuição de 0 1
probabilidade na reta dos reais
(x  R)
• Função de Distribuição de Probabilidade (FDP):
A FDP de uma variável aleatória X, também conhecida como Função
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de Distribuição Cumulativa é: F(x) = P[X  x] = Prob[r : X(r)  x ]

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Cálculo da Probabilidade
• Uma variável aleatória contínua X é descrita através de sua função
distribuição de probabilidade F(x) ou sua função densidade de
probabilidade f(x)

• Função Distribuição de Probabilidade:

Pr[X  x] = F(x) , onde: F(-) = 0 e F() = 1

• Função Densidade de Probabilidade:


x +
dF ( x)
f ( x)  então: F(x) = f(y) dy Sendo: f(y) dy = 1
dx - -
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Processos Estocásticos
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Processo Estocástico
• Processo Estocástico: função ou seqüência aleatória
tempo-dependente
• Seja, por exemplo, n(t) a quantidade de pacotes trafegando
em uma rede de computadores no instante t
• n(t) é uma Variável Aleatória
• n(t) pode ser descrita através de uma Função Distribuição
de Probabilidade
• O tempo de espera, w(t), em uma fila também é uma
Variável Aleatória
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Processos Contínuos e Discretos
• Processo de Estados Discretos
Número de estados possíveis de um sistema é uma quantidade finita,
ou contável. Também conhecido como Cadeia Estocástica. Ex.:
quantidade de pessoas numa fila, quantidade de celulares conectados
a uma ERB
• Processo de Estados Contínuos
Número de estados possíveis de um sistema é uma quantidade infinita,
ou não contável. Ex.: tempo de conexão de um aparelho telefônico,
tempo de espera numa fila
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Processos de Markov
• É um Processo Estocástico onde:
– Os estados futuros do processo são independentes dos estados
passados e dependentes apenas do presente
• Para analisar um Processo de Markov não é necessário
conhecer toda a trajetória de estados passados, apenas
o estado anterior (o sistema não possui memória)
• Nome em homenagem a A.A.Markov, que em 1907
definiu e analisou esses processos
• Um Processo de Markov de estados discretos é
chamado Cadeia de Markov
• Aplicação: modelagem de Sistemas de Filas
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Processos de Nascimento e Morte
• São Cadeias de Markov onde as transições de estado são
restritas a estados vizinhos apenas
• É possível representar o estado através de um número
inteiro
• Exemplo:
nascimento ou chegada

Estado
(pessoas 0 1 2  n-1 n n+1 
na fila)
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morte ou partida
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Teoria de Filas
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Teoria de Filas
• Ferramenta matemática para tratar de eventos
aleatórios
• É o estudo da espera em filas
• Proporciona uma maneira de definir o
ambiente de um sistema de filas
matematicamente
• Permite prever respostas prováveis e tempos de
espera
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Teoria de Filas (Objetivo)
• Avaliar o comportamento de um sistema de
filas e seus parâmetros, exemplos:
– Tempo de espera médio
– Probabilidade de formação de fila
– Porcentagem de clientes rejeitados pelo sistema
– Probabilidade de um cliente esperar mais do que um
certo tempo
– Número médio de clientes na fila
– Probabilidade de que todos os servidores estejam
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ociosos
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Análise de Sistemas de Fila
• Os sistemas de filas diferem entre si de
acordo com as hipóteses que fazemos a
respeito dos padrões de chegada e das taxas
de serviço
• Na análise, precisamos adotar hipóteses
sobre o comportamento do sistema. Caso
contrário, não se tem por onde começar
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Hipótese: Sobre o Padrão de
Chegada dos Usuários
• Chegam a intervalos regulares?

• Chegam em grupo?

• Chega um de cada vez?


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Características de um
Sistema de Fila
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(Ex.: Usuários de computadores de uso compartilhado)


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Características de um
Sistema de Fila
1. Processo de Chegada
2. Distribuição de Tempo de Serviço
3. Quantidade de Servidores
4. Tamanho do Sistema de Fila
5. População de Clientes
6. Disciplina de Atendimento
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1. Processo de Chegada
• Se os clientes chegam em instantes t1, t2, ..., tj a
variável randômica j = tj - tj-1 é chamada Tempo
Interchegadas
• Assume-se que os j formam uma seqüência de
variáveis aleatórias independentes identicamente
distribuídas (v.a. IID)
• O processo de chegada mais comum é o Processo
de Poisson. Isto significa que os Tempos
Interchegadas são exponencialmente distribuídos
• Outras distribuições podem ser utilizadas, tais como
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a Hiperexponencial, Erlang e Geral


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2. Distribuição de Tempo de
Serviço (Processo de Serviço)
• O tempo gasto por cada cliente num computador é
chamado Tempo de Serviço
• É aceitável supor que os Tempos de Serviço de cada
cliente sejam variáveis aleatórias IID
• A distribuição mais utilizada para o Tempo de Serviço é a
Distribuição Exponencial
• Outras distribuições podem ser utilizadas, tais como a
Hiperexponencial, Erlang e Geral
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3. Quantidade de Servidores
• Single Server – atende a apenas um
cliente de cada vez
• Multi-Server – possui m servidores,
podendo atender m clientes
simultaneamente
• Infinite Server – cada cliente que
chega encontra sempre um servidor
disponível
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3. Quantidade de Servidores
• Exemplo:

Uma sala de computadores pode possuir um ou


mais computadores idênticos (servidores) e
todos fazendo parte de um sistema de fila único.

Se os computadores não forem idênticos, eles


podem ser subdivididos em grupos de mesmo
tipo, com filas separadas para cada um deles.
Nesse caso, cada grupo é um sistema de fila.
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4. Tamanho do Sistema
(Capacidade do Sistema)
• Capacidade do sistema = capacidade da fila de
espera + quantidade de servidores (posições de
serviço)
• A capacidade máxima de clientes no sistema poderá
ser limitada por questões de espaço, custo ou para
evitar um tempo de espera muito longo
• Na maior parte dos sistemas, a capacidade da fila é
limitada (finita)
• Em sistemas com filas de capacidade infinita, todos
os clientes serão atendidos
• Em sistemas sem capacidade de espera ou com
capacidade limitada, pode ocorrer rejeição de
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clientes
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5. População de Clientes
• É a quantidade de usuários em potencial que
pode, em algum momento, usar o sistema
(ex.: clientes de banco, programa de
computador, assinante de linha telefônica)
• Nos sistema reais a população é limitada
(finita)
• Quando a população é finita, a taxa de
chegada dependerá da população
• População Infinita – taxa de chegada
constante
• População Finita – taxa de chegada variável
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6. Disciplina de Serviço
• De uma fila, é o método de escolha da seqüência de
atendimento dos clientes na fila
• A disciplina mais utilizada é a FCFS ou FIFO
(primeiro a chegar é o primeiro a sair da fila)
• Outras disciplinas: LCFS, SIRO, RR
• O atendimento pode ser priorizado em função de:
– Tempo esperado de atendimento, ex.: menos demorado
primeiro
– Tamanho do cliente (pacote de mensagem), ex.: maior
primeiro, menor primeiro
– Maior sensibilidade a atrasos, ex.: mais sensíveis primeiro
– Qualidade de serviço (QoS)
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Disciplina de Atendimento
(de serviço)
Disciplina de Descrição
Serviço
FCFS/FIFO First Come First to be Served
LIFS/LIFO Last In First to be Served
SIRO Select In Random Order
RD Atendimento baseado em prioridade
GD Distribuição genérica
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Ex: algumas centrais telefônicas utilizam SIRO, comutadores de rede


utilizam FIFO
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Classificação de Sistema de Fila
• Um sistema de fila é classificado por suas
características
• Utiliza-se a Notação de Kendall

A/ S / m / B / K / DS
Onde:
A = Distribuição de tempo interchegada
S = Distribuição de tempo de serviço
m = Número de canais de serviço simultâneo (servidores)
B = Quantidade de Buffers ou capacidade do sistema
K = Tamanho da população
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DS = Disciplina de serviço

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Classificação de Sistemas de Fila -
Distribuições
• As distribuições utilizadas para o tempo
interchegada e tempo de serviço são
simbolizadas por uma letra, conforme a seguir:
M = Exponencial
Ek = Erlang, com parâmetro K
Hk = Hiperexponencial, com parâmetro K
D = Determinístico
G = Distribuição Genérica
• A distribuição exponencial é chamada
memoryless (M)
• Uma distribuição determinística (D) significa
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tempo de chegada e tempo de serviço constante,


ou sem variância
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Classificação de Sistemas de Fila -
Exemplo 1
M/M/3/20/1500/FCFS
• Tempo interchegada exponencialmente distribuído
• Tempo de serviço exponencialmente distribuído
• Existem 3 servidores
• A fila possui um total de 20 posições de buffer. Consistindo
em 3 buffers para cada servidor, 17 posições de espera
compartilhados entre os tres servidores. Se a quantidade de
clientes no sistema for 20, os clientes que chegam são
perdidos até que a fila diminua
• Há uma população de 1500 clientes que podem ser
atendidos
• A disciplina de serviço é FCFS (primeiro a chegar, primeiro a
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ser servido)
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Classificação de Sistemas de Fila -
Exemplo 2
M/M/1
• Tempo interchegada exponencialmente distribuído ( =
processo de chegada do tipo Poisson)
• Tempo de serviço exponencialmente distribuído
• Existe 1 servidor
• A fila possui quantidade ilimitada de buffer (default)
• A população de clientes é infinita (default)
• A disciplina de serviço é FCFS (primeiro a chegar, primeiro
a ser servido) - (default)
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Classificação de Sistema de Fila -
outros exemplos
não utilizados

• M/M/1 => M/M/1/  /  / FCFS


- Desprezar os três últimos símbolos quando:
disciplina é FCFS, população infinita e tamanho da fila
infinito
• M/M/1/B • M/M/
• M/M/m • M/G/1
• M/M/m/B • M/D/1
• M/M/m/m • M/M/m//k
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Processos de Chegada -
Processo de Poisson
Hipóteses
• Dois clientes nunca chegam simultaneamente
– O 1º cliente chega no instante t0, o 2º no instante t1
e assim por diante ( 0 < t0 < t1 ,, ... , < tn )
• Os tempos entre chegadas estão distribuídos
exponencialmente
• A taxa de chegada (1/) também terá
distribuição exponencial
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Processo de Poisson
• Se a taxa de chegada possui distribuição exponencial,
a probabilidade de k clientes chegarem dentro de T
segundos pode ser modelada pela distribuição de
Poisson: T T onde:  > 0, k = 0,1,2, ...
Pk (T )  e
k!
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Número de
Chegadas

1
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Chegadas
tc1 tc2 tc3 tc4 tempo
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Processo de Poisson
• Num sistema com  = 0,4 chegadas/s, em T = 8 s, ocorrerão 3,19959
chegadas aproximadamente. Em média: 0,4 x 8 = 3,2 chegadas
0,25
k Pk k.Pk Pk
0 0,04076 0,00000 Valor médio
1 0,13044 0,13044 0,20
2 0,20870 0,41740
3 0,22262 0,66785
4 0,17809 0,71237 0,15
5 0,11398 0,56990
6 0,06079 0,36473
7 0,02779 0,19452 0,10
8 0,01112 0,08893
9 0,00395 0,03557
10 0,00126 0,01265
0,05
11 0,00037 0,00405
12 0,00010 0,00118
Rev.: Out - 2013

Soma = 0,99997 3,19959


0,00
k
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

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Propriedades dos Processos de
Poisson
1
2  =  i
3
A junção de fluxos de Poisson resulta num fluxo de Poisson

p1
 p2 1 =  pi
p3
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A partição de um fluxo de Poisson resulta em fluxos de Poisson


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Propriedades dos Processos de
Poisson
  

>
Partidas de um sistema de fila M/M/1 é um fluxo de Poisson
1
 
2
3  i >
Rev.: Out - 2013

Partidas de um sistema de fila M/M/m é um fluxo de Poisson


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Distribuição Exponencial
• Um método alternativo para descrever a distribuição de chegadas de clientes
é através do tempo decorrido entre chegadas sucessivas de clientes. A
distribuição de probabilidade F(t), em que o tempo interchegadas (ti) é
menor que t, para a distribuição discreta de Poisson de chegadas, é dada por
(Distribuição Exponencial):
P(tempo interchegadas t) = F(t) = 1 – e–t ,  > 0, t > 0

• Graficamente, a distribuição
exponencial, de tempos
interchegadas, é mostrada ao
lado
• Dado um tempo t no eixo
horizontal, o eixo vertical do
gráfico indica a probabilidade
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de chegadas com ti < t


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A Distribuição Exponencial
• É importante no estudo das filas pois o tempo de serviço pode ser
modelado por uma distribuição exponencial. Exemplos:
– No tráfego telefônico, é a duração de uma ligação
– Numa rede de comutação de pacotes é o tempo de transmissão de um
pacote, que é proporcional ao seu comprimento
• Não existe um embasamento matemático que justifique essa hipótese,
porém, a prática se aproxima bastante de uma distribuição exponencial
• Além disso, essa hipótese simplifica o tratamento matemático
• Do mesmo modo, a distribuição exponencial também pode ser
utilizada com boa aproximação na modelagem do tempo interchegada
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A Distribuição Exponencial
0 , se t < 0
• Função Densidade de Probabilidade: f(t) =
 e–t , se t  0

0 , se t < 0
• Função Probabilidade acumulada: F(t) =
1 – e–t , se t  0

Densidade de
probabilidade Probabilidade
acumulada
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Propriedades da Distribuição
Exponencial

• Média: E[X] = X = y . f(y) dy =1/
-

• Variância: V2[X] = y2 . f(y) dy = 1 / 2
-

• Desvio Padrão: x = 1/ ( é igual a Média!!! )

• Essa distribuição é utilizada para modelar:


– O tempo de serviço em uma central telefônica, o tempo em que um cliente
fica conectado
– Numa rede de comunicação, o tempo de serviço é o tempo necessário para
transmissão de um pacote através de um link de rede
Rev.: Out - 2013

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Aplicação da Distribuição
Exponencial

• Gráficos do tamanho da fila para diferentes valores de desvio padrão


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• Quando: desvio/valor médio = 1, temos a Distribuição Exponencial

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Aplicação da Distribuição
Exponencial
Rev.: Out - 2013

Tempo de residência para diversas relações de


utilização () e desvio padrão ()
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Notação de Modelos de Fila
Rev.: Out - 2013

 = Tempo interchegada = tempo decorrido entre duas chegadas


sucessivas
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Notação de Modelos de Fila
m Quantidade de servidores idênticos.
 Taxa média de chegada, de clientes (=1/E[]). Em alguns sistemas, poderá
depender do estado do sistema (quantidade de clientes).
s Tempo de serviço (de atendimento) de um cliente.
 Taxa média de serviço por servidor (=1/E[s])). Para m servidores, a taxa
média de serviço é m
n Quantidade total de clientes no sistema, também chamada tamanho da fila.
Inclui os clientes em espera por um servidor e os que estão sendo atendidos.
nq Quantidade de clientes aguardando atendimento. É sempre menor que n, pois
não inclui os clientes em serviço.
ns Quantidade de clientes em serviço.
r Tempo de resposta do sistema. Ou tempo total de residência dos clientes
dentro do sistema de fila (tempo de espera + tempo de atendimento).
w Tempo de espera para ser atendido. É o tempo decorrido entre a chegada e o
início do atendimento (serviço) do cliente.

Todas as variáveis, exceto  e , são variáveis aleatórias.


Rev.: Out - 2013

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Notação de Modelos de Fila
 Utilização do servidor (= / )
B Tamanho da fila, quando esta for finita (tamanho do Buffer)
 Tempo interchegadas (= 1/)
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Estabilidade dos Sistemas de Filas
• Condição de Estabilidade: se a quantidade de clientes
no sistema aumenta, tendendo a infinito, o sistema é dito
Instável. Para haver estabilidade, a taxa média de
chegada deve ser menor que a taxa média de serviço (
< m). Esta regra não se aplica para população finita e
buffer finito (podem haver clientes rejeitados) – sistema
nunca fica instável
• Utilização de um servidor:  =  / 
 < 1, para Sistema de Fila ser Estável
• População no Sistema: n = nq + ns  E[n] = E[nq]+
E[ns]
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• Tempo no Sistema: r = w + s  E[r] = E[w]+ E[s]


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Equação de Little
• Permite calcular a quantidade de clientes (itens)
em qualquer Sistema de Fila. Resume-se a:
quantidade média = taxa de chegada x tempo médio
de resposta
• Esta relação se aplica a um Sistema Inteiro ou
parte de um Sistema de Fila
• Baseia-se numa visão tipo “Caixa Preta” do
Sistema de Fila
Chegada
Sistema de Partidas
s
Fila
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(Caixa Preta)

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Equação de Little - Aplicação
• A equação de Little pode ser aplicada a um subsistema
ou todo o sistema de Fila.

Quantidade
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Tempo
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Equação de Little - Aplicação
• Aplicando a equação de Little num subsistema
ou em todo o sistema de Fila:
– Na fila de espera: nq =  . w
– No servidor: ns =  . s =  / 
– No sistema inteiro: n =  . r
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Equação de Little - Exemplo 1
Linha de
  
Buffer Transmissor Transmissã
(chegadas) (partidas) (partidas) o

• Se  é a taxa de chegada numa linha de transmissão,


nq é a quantidade média de pacotes esperando no
buffer (não sendo transmitidos), e w é o tempo
médio gasto por um pacote no buffer. Então, pela
equação de Little:
nq =  . w
Rev.: Out - 2013

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Equação de Little – Exemplo 2
• Numa sala de espera de um consultório, há 15
clientes em média e taxa de chegada é de 1 cliente
a cada 30 segundos. Calcule o tempo médio de
espera dos clientes na sala. Os clientes são
atendidos na ordem de chegada (FIFO).
Temos que:
nq =15  = 2 clientes/minuto
Aplicando a equação de Little na fila: nq =  . w
Rev.: Out - 2013

Tempo de espera na fila: w = 15 / 2 = 7,5 minutos


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O Sistema de Fila M/M/1
Rev.: Out - 2013

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O Sistema de Fila M/M/1
• Sistema de fila com um servidor –
Exemplo: clientes na fila do caixa eletrônico
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Modelo do Sistema de Fila M/M/1
Modelo

Simbologia

Rev.: Out - 2013


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Características do Sistema de
Fila M/M/1
• Processo de chegada tipo Poisson (M)
• Tempo de serviço - distribuição exponencial
(M)
• Quantidade de servidores (= 1)
• Infinitas posições na fila de espera (clientes não
são perdidos)
• Disciplina de serviço do tipo FIFO
• População de clientes é infinita (taxa de
Rev.: Out - 2013

chegada é constante)
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Sistema de Fila M/M/1 -
Diagrama de Transição de Estados
0 1 2 n-2 n-1 n n+1

Estado: 0 1 2  n–1 n n+1 

1 2 3 n-1 n n+1 n+2

Estado = quantidade total de clientes no sistema

Para o sistema M/M/1, temos:


n =  (Cte), n = 0, 1, 2, .... (taxa de chegadas no sistema)
Rev.: Out - 2013

n =  (Cte), n = 1, 2, 3, .... (taxa de partidas do sistema)


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Estados do Sistema M/M/1
Distribuição de Tempo de serviço exponencial
Poison na chegada com média 1

1 partida,
n Estado 0 chegadas
0 partidas, 0 chegadas
ou
n+1 1 partida, 1 chegada

Mudanças de estado
n
possíveis entre os
instantes t e t + t
0 partidas,
n-1
1 chegada
Rev.: Out - 2013

t t + t Tempo
t
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Estados do Sistema M/M/1
• Um sistema de fila M/M/1 será estudado a
seguir visando determinar seu equilíbrio, ou
seja, quando atinge a condição de regime
permanente
• Nessas condições, o sistema pode ser
identificado através de suas propriedades
estatísticas (tempo de espera, tempo de
residência, tamanho da fila, tempo de espera
na fila, etc)
• Esse estudo poderá ser estendido para
Rev.: Out - 2013

outros sistemas de fila (M/M/N, M/M/N/N, etc)


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Cálculo do Estado do Sistema
.t .t

n–1 n n+1

.t .t

As 4 condições para haver n clientes no sistema em t + t:


1. Haviam n+1 pacotes no sistema em t, no intervalo t houve 1 partida e
nenhuma chegada
2. Haviam n-1 pacote no sistema em t, no intervalo t houve 1 chegada e
nenhuma partida
3. Haviam n pacotes no sistema em t, no intervalo t não houve partida e
nem chegada
4. Haviam n pacotes no sistema em t, no intervalo t houve 1 partida e 1
Rev.: Out - 2013

chegada
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Transições de Estado (resumo)
Estado Inicial Eventos Durante Estado Final
(Instante t) t (t+t)
1 partida + 0
n+1 clientes n
chegada
0 partida + 1
n-1 clientes n
chegada
0 partida + 0
n clientes n
chegada
1 partida + 1
Rev.: Out - 2013

n clientes n
chegada
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Cálculo do Estado do Sistema
(T)k e- t
Relembrando que: P(k=1) =
(1 chegada) 1!
( t)k e- t
P(k=1, T=t) =
Onde T = t , sendo t pequeno, logo:
1!
(.t)2+ .... ]
= .t [ 1 - .t +
Então, para o processo de chegada:
2!
P( k = 1 e com T = t ) =  t + 0(t ) 0(t ) / .t
P( k = 0 e com T = t ) = 1   t + 0(t )
O tempo de serviço obedece a distribuição exponencial, assim as partidas
também seguem um processo de Poisson, então:
P(1 partida em t ) =  t + 0(t )
Rev.: Out - 2013

P(0 partida em t ) = 1   t + 0(t )

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Cálculo do Estado do Sistema
1 partida,
Estado 0 chegadas
0 partidas, 0 chegadas
ou
n+1 1 partida, 1 chegada

0 partidas,
n-1 1 chegada

t t + t Tempo
t

pn(t+t) = pn(t).[1 – .t – 0(t)].[1 – .t – 0(t)]


+ pn(t).[.t + 0(t)].[.t + 0(t)]
+ pn+1(t).[1 – .t – 0(t)].[.t + 0(t)]
Expressão + pn-1(t).[.t + 0(t)].[1 – .t – 0(t)]
Rev.: Out - 2013

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61
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Cálculo do Estado do Sistema
Quando n=0:
p0 (t+ t) = p0 (t).[1 – . t – 0( t)].[1 – . t – 0( t)]
+ p0 (t).[ . t + 0( t)].[ . t + 0( t)]
Expressão B
+ p1 (t).[ . t + 0( t)].[ . t + 0( t)]
Da expressão B:
Lim p0 (t – t) – p0 (t)
t 0 t = – .p0 (t) + .p1 (t)
d p0 (t)
= – .p0 (t) + .p1 (t)
dt
Em regime permanente:
d p0 (t)  – .p0 (t) + .p1 (t) = 0
= 0
dt
Rev.: Out - 2013

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62
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Cálculo do Estado do Sistema

Logo: 
p1 =  p0 Utilização:  =
 

Para n  1
Lim pn(t – t) – pn(t) Ignorando os termos em t2
t0 t e de ordem superior

d pn(t)
Teremos: = –.pn(t) – .pn(t) + .pn-1(t) + .pn+1(t)
Rev.: Out - 2013

dt
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63
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Cálculo do Estado do Sistema
d pn (t)
Em regime permanente: = 0
dt
( + ).pn = .pn-1 + .pn+1 n 1
.p1 = .p0 n=0

Para a fila M/M/1:  n (1- )


pn = = 
1 -  n+1 

Para: > 1 N ∞ Para n  1:


Rev.: Out - 2013

pn =  n (1- )
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64
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Cálculo do Estado do Sistema
População média no sistema em regime permanente:
  
E[n] =
n=1
n.p
n =
n=1

n.n .(1- ) =
1–

Tempo de residência no sistema, utilizando a Lei de Little:


/ 1 1
E[r] = E[n] /  = = =
(1 – ) .(1 – ) ( – )

Tempo na fila de espera:


1 1 
E[w] = E[r] – E[s] = – =
Rev.: Out - 2013

.(1 – )  ( – )

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Sistema de Fila M/M/1 -
Gráfico de Chegadas e Partidas
6
Chegadas/Partidas

5
Número de

C(t) n
4
r4
3
r
3
2
r
1 2 P(t)
r1
Chegadas
tc1 tc2 tc3 tc4 tc5 tc6 tempo
Rev.: Out - 2013

Partidas
tp1 tp2 tp3 tp4
66
66
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Sistema de Fila M/M/1 -
Quantidade de Clientes no Sistema
6
Clientes no Sistema

5
Estado Médio do Sistema (n)
4

Chegadas
tc1 tc2 tc3 tc4 tc5 tc6 tempo
Rev.: Out - 2013

Partidas
tp1 tp2 tp3 tp4
67
67
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Sistema de Fila M/M/1 -
Tempo de Resposta do Sistema
Tempo de Resposta

Tempo de Resposta
Médio (r)

1 2 3 4 5 6 Número da Chegada
Rev.: Out - 2013

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68
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Sistema de Fila M/M/1 -
Cálculo do Estado do Sistema
1. Parâmetros:  = Taxa de chegada (por unidade de tempo)
 = Taxa de serviço (por unidade de tempo)
2. Utilização do servidor (=intensidade de tráfego):    / 
3. Condição de Estabilidade:   1
4. Probabilidade de zero clientes no sistema: p0 = 1 – 
5. Probabilidade de n clientes no sistema:
pn = P[N = n] = (1 – )n , n = 0, 1, 2, ....
6. Probabilidade de haver mais que n clientes no sistema:
pn+ = P[R > n] = n
7. Quantidade média de clientes no sistema: n = /(1– )
8. Quantidade média de clientes na fila: nq = 2/(1– )
9. Tempo de residência (tempo de resposta) médio: r = 1 / [ (1 – )]
Rev.: Out - 2013

10. Probabilidade acumulada do tempo de residência:


P[ r  t ]= 1 – e–t(1)
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Sistema de Fila M/M/1 -
Cálculo do Estado do Sistema
• P(r < t) é a probabilidade do
tempo de residência ser menor
do que t
• Do gráfico, para t = 1.2 rmédio ,
então P(t) = 0.7, é a
probabilidade de um cliente ter
seu tempo de residência menor
que 1.2 rmédio
• Sendo rmédio o tempo médio de
residência = 1/(1–)
11. q-Percentil do tempo de residência: m(q) = r ln [ 100 / (100 – q) ]
m(q): é o tempo máximo de residência para q (%) de clientes
Rev.: Out - 2013

12. Tempo médio de espera na fila: w = nq /  = (2 /  ) / (1 - )

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Sistema de Fila M/M/1 -
Exemplo 1
Um servidor de rede esta associado a 100 computadores através de uma
rede (LAN). O servidor mantêm um banco de dados para consultas dos
computadores. O tempo médio de resposta de uma consulta no servidor é
de 0,6 segundos e o desvio do tempo é igual a média. No horário de pico, a
taxa de consultas atinge a taxa de 20 consultas/minuto. Responda as
seguintes questões:
(1) Qual o tempo de resposta médio?
(2) Se o tempo de resposta máximo aceitável for 1,5 s (para 90% das
consultas), qual o percentual de aumento de tráfego?
(3) Com um acréscimo de 20% de tráfego, qual o aumento no tempo de
resposta?
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/1 -
Exemplo 1
s

c c c ... c

Assumindo um modelo M/M/1 para o sistema servidor, rede e micros. Os


atrasos na rede (tempo de propagação) e as colisões) são ignorados.
(1) Tempo de Resposta Médio:
• Taxa de chegada:  = 20 / 60 = 1/3 clientes/segundo
• Taxa de atendimento:  = 1 / 0,6 = 10 / 6 clientes/segundo
• Intensidade de tráfego (=utilização do servidor):    /  = 1/3 x 6/10
= 0,2
• Tempo de Resposta do Sistema: r = 1 / [(1 – )]  0,6 / (1 – 0,2) =
Rev.: Out - 2013

0,75 s (=0,6 s no atendimento + 0,15 s na fila de espera do servidor)


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Sistema de Fila M/M/1 -
Exemplo 1
(2) Aumento de tráfego:
• Acréscimo no Tráfego quando r = 1,5 s para 90 % das requisições:
1,5 = r x ln[100/(100 - 90)] então: r = 0,65
• Como r = (1/) / (1 – )  (1/1,667) / (1 – )  0,65
• Logo:   0,077
• Assim, a intensidade de tráfego () deve cair de 0,2 para 0,077 para
que o tempo de residência (r) caia de 0,75 para 0,65
(3) Acréscimo no tempo de resposta:
• A intensidade de tráfego (utilização) foi aumentada em 20%, então: 
= 0,2 + 0,2 = 0,4
• Logo: r = (1/) / (1 – )  (1/1,667) / (1 – 0,4) = 1,00 s
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/m
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/m

• Sistema com m servidores iguais


• Cada servidor possui uma taxa de serviço igual a 
• Sistema sem perdas - se todos os servidores estiverem
ocupados, novos clientes aguardam na fila de espera
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/m -
Diagrama de Transição de Estados
     

Estado: 0 1  m–1 m m+1 

 2. (m1). m. m. m.

Para o sistema M/M/m:


n =  , n = 0, 1, 2, ..., 
n. , n = 1, 2, 3, ..., m-1
n =
Rev.: Out - 2013

m., n = m, m+1, m+2, m+3, ..., 


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76
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Sistema de Fila M/M/m -
Cálculo do Estado do Sistema
1. Parâmetros:  = Taxa de chegada
 = Taxa de serviço
m = Quantidade de servidores
2. Utilização (intensidade de tráfego) média de um servidor:   (/m) / 

3. Condição de Estabilidade:   1

4. Intensidade de tráfego do sistema (dos m servidores): ’   / 

1 Pq 
r  1 
  m(1   ) 
5. Tempo de residência médio:

 .Pq
Rev.: Out - 2013

6. Quantidade média de clientes no sistema: n  m. 


(1   )
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Sistema de Fila M/M/m -
Cálculo do Estado do Sistema
 Pq 
7. Tempo de espera médio, sendo: w  r  s  s 1  s
 m(1   ) 
sPq sPq
Logo: w 
m(1   ) m A
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/m -
Cálculo do Estado do Sistema
Pq = probabilidade de todos os servidores estarem ocupados (ocorre
formação de fila). Onde:
(.m)m P0
Pq =
m! (1)

A equação anterior é conhecida como equação de Erlang-C. Tendo sido


tabulada e é bastante utilizada em sistemas de telefonia.

P0 = probabilidade do sistema estar vazio (sem clientes). Dada por:


1
m-1 (.m)n (.m)m
P0 =  n!
+
m! (1)
Rev.: Out - 2013

n=0

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79
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Exemplo: Sistema M/M/2
1/
1. Tempo de residência médio: r=
(12)
2
2. Quantidade média de clientes no sistema: n =
12
22
3. Probabilidade de formação de fila: Pq =
1
Rev.: Out - 2013

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80
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Sistema de Fila M/M/
Rev.: Out - 2013

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81
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Sistema de Fila M/M/
• Sistema com quantidade infinita de servidores
• Todo o cliente que chega ao sistema encontra um
servidor livre e é imediatamente atendido
• Taxas de chegada e de serviço possuem distribuição
exponencial
• Não existe fila de espera, o comprimento da fila e o
tempo de espera são nulos
• É um sistema que introduz apenas um atraso
equivalente ao tempo de serviço
• Utiliza as equações do sistema M/M/m na situação
Rev.: Out - 2013

limite, quando m = 
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82
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Sistema de Fila M/M/

• Probabilidade de sistema vazio: p0  e 
• Probabilidade de n clientes no sistema:
n 
 e 
pn    Para n > 0
   n!


• Quantidade de clientes no sistema: n 

1
• Tempo médio de residência:  r 
Rev.: Out - 2013

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83
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Sistema de Fila M/M/m/B
Rev.: Out - 2013

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84
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Sistema de Fila M/M/m/B
• Distribuição do tempo entre chegadas: Exponencial
• Distribuição do tempo de serviço: Exponencial
• Quantidade de Servidor(es): m
• Capacidade do Sistema: B
• Trata-se de um sistema com m servidores e B buffers,
onde B  m (cada servidor possui uma posição de
buffer)
• Se as B posições estiverem ocupadas, os clientes
subseqüentes são perdidos
Rev.: Out - 2013

85
85
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Sistema de Fila M/M/m/B -
Diagrama de Transição de Estados
0 1 m-2 m-1 m m+1 k-1

Estado: 0 1  m–1 m m+1  B

1 2 m-1 m m+1 m+2 b

Estado = quantidade de clientes no sistema


Para o sistema M/M/m/B , onde B  m
n =  , n = 0, 1, 2, ..., B-1 e n = 0, para n  B
Rev.: Out - 2013

n = n. , n = 1, 2, 3, ..., m e n = m., para n > B


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Sistema de Fila M/M/m/B -
Diagrama de Transição de Estados
      

Estado: 0 1  m–1 m m+1  B

 2. (m1). m. m. m. m.

Estado = quantidade de clientes no sistema


Sistema M/M/m/B , onde: B(buffers)  m(servers)
Rev.: Out - 2013

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87
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Sistema de Fila M/M/m/B
• Probabilidade do sistema estar vazio, nenhum servidor
ocupado: B  m 1 m
(n 1
 1 
m1
p0  1 
( )
m )

(m ) 

 m !(1   ) n 1 n! 

• Probabilidade de haverem n clientes no sistema:

pn 
(m )
n
p0
Para n < m:
n!
mm  n
Para m ≤ n ≤ B: pn  p0
m!
Rev.: Out - 2013

88
88
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Sistema de Fila M/M/m/B
• Probabilidade do sistema estar vazio, nenhum servidor
ocupado:
( )
1
 1   Bm1 (m )m m1 (m )n 
p0  1   
 m !(1   ) n 1 n! 

• Probabilidade de haverem n clientes no sistema:

pn 
(m )
n
p0
Para n < m:
n!
mm  n
Para m ≤ n ≤ B: pn  p0
m!
Rev.: Out - 2013

89
89
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/M/m/B
B
• Quantidade de clientes na fila: nq   (n  m) p
n  m 1
n

nq
• Tempo de espera na fila: w 
'
Rev.: Out - 2013

90
90
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Casos Particulares
do Sistema M/M/m/B
• O sistema M/M/m/B pode originar dois
tipos de sistemas de fila:
– Sistema M/M/m/m, onde m=B, que é aplicável a
sistemas de capacidade m e quantidade de
servidores m, sem espaço de espera. Cada um dos
m servidores comporta um cliente
– Sistema M/M/1/B, onde m=1, que é aplicável a
sistemas de capacidade B e 1 servidor. Ou seja, B-
1 posições de espera
Rev.: Out - 2013

91
91
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Sistema de Fila M/M/m/m
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/m/m
• Distribuição do tempo entre chegadas: Exponencial
• Distribuição do tempo de serviço: Exponencial
• Quantidade de Servidor(es): m
• Capacidade do Sistema: m
• Trata-se de um sistema com m servidores e de
capacidade m (1 posição por servidor), sem espaço de
espera
• Se os m servidores estiverem ocupados, os clientes
subseqüentes são perdidos (ocorre bloqueio do
sistema)
Rev.: Out - 2013

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93
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Sistema de Fila M/M/m/m
1. Sistema M/M/m/m, sem espaço de espera
’
2. Número de posições em serviço = 1

número de servidores (não há fila de espera)
2

3. Chamadas que chegam:   3

4. Chamadas bloqueadas: .Pb
.Pb m
5. Chamadas não bloqueadas: ‘ .(1Pb) (Bloqueio) 

6. Pb = probabilidade dos m servidores


Rev.: Out - 2013

(linhas) estarem bloqueados (ocupadas)

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Sistema de Fila M/M/m/m
1
 (m )  m n

Probabilidade de nenhum cliente no sistema: 0 


p  
 n  0 n! 

Probabilidade de n clientes no sistema: pn 


(m )
n
p0
n!
(m )m
Probabilidade de bloqueio do sistema P[n=m]: pb  m!
m
(m )n
 n!
Rev.: Out - 2013

n 0

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Sistema de Fila M/M/m/m
m
Número médio de clientes no sistema: n   np
n 1
n

Taxa de chegada efetiva (clientes não rejeitados):


m1 m1
 '   pn    pn   (1  pb )
n 0 n 0

Tempo de residência: r  n  s
'
Rev.: Out - 2013

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Sistema de Fila M/M/m/m

• Quando n=m, todas as linhas estão


ocupadas, as próximas requisições serão
bloqueadas
• A probabilidade de bloqueio será:
(m)m / m!
Pb = onde: =/
m
 (m) / i!
i

i=0

A equação anterior também é conhecida como distribuição Erlang-B de bloqueio, distribuição


Rev.: Out - 2013

de Erlang ou equação de perdas de Erlang do tipo B

97
97
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/M/1/B
Rev.: Out - 2013

98
98
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/M/1/B
• Sistema com 1 servidor e B-1 posições de
espera
• Caso particular do sistema M/M/m/B, onde
m=1
• Fila de espera possui tamanho finito, então
podem haver clientes perdidos, ou rejeitados
(bloqueio do sistema)
• Como todo o sistema com capacidade de fila
limitada, é sempre estável (<).
Rev.: Out - 2013

99
99
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Sistema de Fila M/M/1/B
• Probabilidade de sistema vazio:
1  1
p0  para  ≠ 1 p0  para  = 1
1   B 1 B 1

• Probabilidade de n clientes no sistema:


1 
pn  p0  n   n
para 0 ≤ n ≤ B
1   B 1

• Probabilidade de bloqueio:
1 
pb  PB]  p0  B   B

1   B1
Rev.: Out - 2013

100
100
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Sistema de Fila M/M/1/B
• Número de clientes no sistema:
( B  1)  B 1
n 
1  1   B 1
Rev.: Out - 2013

101
101
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/M/N/N/K
Rev.: Out - 2013

102
102
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Sistema de Fila M/M/N/N/K
• Sistema representado esquematicamente conforme a
figura: 
1 
 1
2

2
T  n.

 N
K

• Sistema com N servidores, população K finita (onde: K


 N). Sem espaço de espera
• A taxa de serviço  possui distribuição exponencial
• Em dado instante, existirão n clientes (onde: 0 ≤ n ≤ N)
e cada um será atendido por um único servidor
Rev.: Out - 2013

• Se n > N, pode haver rejeição de clientes (bloqueio)


103
103
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Sistema de Fila M/M/N/N/K
• Pode ser utilizado para modelar:
– Uma central telefônica com K assinantes
entradas e N troncos de saída
– Uma ERB com K usuários e N freqüências
de RF (canais)
Rev.: Out - 2013

104
104
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/G/1
Rev.: Out - 2013

105
105
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/G/1
• Sistema de fila onde a taxa de serviço
atende a distribuição Geral
• Pode ser utilizado, por exemplo, para
modelar o tráfego em:
– Sistemas com prioridade não preemptivos
– Sistemas onde o tempo de serviço está
dividido em classes conhecidas
Rev.: Out - 2013

106
106
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema de Fila M/G/1
   
• Quantidade de clientes no sistema: n   ( 
1  1   2 2  )
 1    2 
 1   
• Tempo de residência no sistema: r
n
  ( 
1  1   2 2 
  1    2
)

• Tempo de espera na fila: w r s


• Um caso particular do sistema M/G/1 é o M/D/1
(sistema determinístico), onde: =0
Rev.: Out - 2013

107
107
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Noções de Engenharia
de Tráfego
Rev.: Out - 2013

108
108
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Comutação de Circuitos
• Numa central de comutação de
circuitos podem haver M circuitos
de entrada e N circuitos de saída
1 1 • Cada circuito pode ser um canal
do tipo full-duplex
2 2
Central de • Cada circuito de entrada estará
Comutação conectado a uma saída durante
um certo tempo (tempo de
M N conexão)
• Se M>N, uma entrada poderá
não ter uma saída disponível,
num determinado instante de
tempo, se os N circuitos de saída
Rev.: Out - 2013

estiverem ocupados, ocorrendo


um bloqueio
109
109
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Central Telefônica
• Uma central telefônica típica utiliza
uma central de comutação de circuitos
1 1
• Possui M assinantes e N linhas tronco
2 2 (trunk), onde: M >> N
Central
Telefônica • Não há espera por linha livre, então a
M N
central pode ser modelada por um
sistema de fila do tipo M/M/m/m, onde
m=N
• A taxa de chegada de chamadas para
as N linhas tronco é: N.
AN / N!
• A intensidade de tráfego total,
Pb = N oferecida para as N linhas tronco, é
 Ai / i!

dada pela letra A
A probabilidade de perdas (ligações
i=0
rejeitadas) é calculada utilizando a
Onde: A = (N.) /  = N. equação de perdas do tipo B de Erlang
Rev.: Out - 2013

110
110
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Tráfego Telefônico
• A equação de perdas Erlang-B pode ser usada para
dimensionar sistemas telefônicos. Fornecendo uma estimativa
da probabilidade de ocupação (bloqueio) dos troncos (linhas), a
partir da demanda (tráfego) e da quantidade de linhas (troncos).
• Erlang – É uma unidade de tráfego telefônico, definida como a
quantidade de tempo, em horas (ou minutos), gasta para
atender todas as ligações que entram num sistema durante
uma hora (ou um minuto) de funcionamento.
• EXEMPLO:
– Numa central telefônica com 100 linhas, qual a demanda produzida
se cada linha recebe, em média, 2 chamadas / hora e essas têm
duração média de 3 minutos?
Solução:
chegam à central 100 x 2 = 200 chamadas por hora, que ocupam
200 x 3 = 600 minutos = 10 horas. Conseqüentemente, o tráfego é
de 10 horas por hora, ou seja: 10 erlang.
Rev.: Out - 2013

111
111
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Tráfego Telefônico
• A central telefônica possui N linhas, que podem operar
simultaneamente
• Cada linha possui uma ocupação média de s unidades de
tempo (segundos, minutos, ... ), que é a duração média de uma
chamada
• A demanda da central telefônica é de N. chamadas por
unidade de tempo
• Cada linha possui uma intensidade de tráfego igual a , onde:
– Duração média de uma ligação: s
– Taxa de serviço por linha:  = 1/s
– Intensidade média de tráfego por linha:  = /
• A intensidade de tráfego total é simbolizada pela letra A e o
tráfego total (de todas as linhas) oferecido à central será:
– A = N. = N./
Rev.: Out - 2013

112
112
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Tráfego Telefônico
• Quando aumenta-se a
1
quantidade de linhas da
0.9 central, o tráfego por linha
Pb = Probabilidade de Bloqueio

diminui
0.8
• Resultando na diminuição da
0.7
probabilidade de bloqueio
0.6 • Quando a quantidade de
0.5
linhas é maior que a
intensidade de tráfego (N >
0.4 A), resulta  < 1, ocorrendo
0.3
uma quede brusca na
probabilidade de bloqueio
0.2
• O gráfico ao lado mostra que
0.1 Pb cai bruscamente quando
0
A/N =  < 1
Rev.: Out - 2013

0 2 4 6 8 10 12

A/N

113
113
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Dimensionamento de Centrais
Telefônicas
• Dada uma certa intensidade de tráfego (em
Erlangs)
• Avalia-se a probabilidade de bloqueio (ou de
perda) para diferentes quantidades de
troncos da central
• Ver gráfico Probabilidade de Bloqueio x
Quantidade de Troncos (linhas)
• O gráfico é obtido a partir da equação de
perdas de Erlang-B
Rev.: Out - 2013

114
114
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Probabilidade de Bloqueio
x Quantidade de Linhas
1

0.9
Probabilidade de Bloqueio

0.8

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3 30
25
0.2 20
10 15
0.1
A=5

0
Rev.: Out - 2013

0 5 10 15 20 25 30 35

Quantidade de Linhas (N)

115
115
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Exemplo - 1
1
• Dada uma intensidade de tráfego
0.9
máxima de 10 erlangs, avalia-se
Probabilidade de Bloqueio

0.8
a quantidade de troncos
0.7 necessária para uma
0.6 probabilidade de bloqueio
0.5 • No gráfico, verifica-se a
0.4
quantidade de linhas necessárias
para uma probabilidade de
0.3
A=10 bloqueio (ou perda) esperada
0.2
• Para o cálculo também se utiliza:
0.1
calculadora programável, tabela
0 de Erlang, programa de
Rev.: Out - 2013

0 5 10 15 20 25 30 35

Quantidade de Linhas (N) microcomputador

116
116
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Tabela de Erlang do tipo B

Exemplo: Sistema do tipo M/M/N/N com A=2.158 Erlangs, N=7 linhas. Probabilidade
Rev.: Out - 2013

de bloqueio: Pb=0,005 (B= 0,5%)

117
117
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Exemplo - 2
• Determinar a quantidade de linhas de
saída de uma central onde:
– Probabilidade de perdas: 0,5 %
– Quantidade de chamadas (m.): 31 por
minuto
– Duração média das chamadas: 3 minutos
Rev.: Out - 2013

118
118
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Exemplo - 2
• Tráfego oferecido: A (m./) = 31x3 = 93
erlangs
• Achar N, tal que: Pb (A,N) < 0,005
• Calculando iterativamente:
– Pb(93,115)=0,0034
– Pb(93,114)=0,0042
– Pb(93,113)=0,0051
– N=114
• A central deve possuir 114 troncos de saída
Rev.: Out - 2013

119
119
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Verificar o Dimensionamento
de uma Central Telefônica
• Avaliar o desempenho de uma central
telefônica com N troncos
• Um parâmetro de desempenho de uma
central telefônica é a probabilidade de
bloqueio para diversas intensidades de
tráfego (A)
Rev.: Out - 2013

120
120
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Probabilidade de Bloqueio
x Tráfego
1

0.9
Probabilidade de Bloqueio

0.8

0.7
N=5
0.6
10
0.5
15
0.4 20
25
0.3 30
0.2

0.1

0
Rev.: Out - 2013

0 10 20 30 40 50 60

Intensidade de Tráfego (A - Erlangs)

121
121
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Avaliação de uma Central
• Dada uma central com
– N=100 linhas
– s = 5 minutos / ligação
– Pb < 0,4 %
• Determinar
– Máxima intensidade de tráfego admissível
– A máxima taxa de chegada de ligações
para não ocorrer bloqueio
Rev.: Out - 2013

122
122
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Avaliação de uma Central
• Tráfego oferecido: A = ?
• Probabilidade de perda: Pb(A,100) < 0,004
• Calculando iterativamente:
– Pb(79,100) = 0,003074
– Pb(80,100) = 0,003992
– Pb(81,100) = 0,00511
• Amax = 80 erlangs
• Sendo: A = m. = m./ = m..s
• Logo: max = 80/(100x5) = 0,16 chamadas/min.
Rev.: Out - 2013

123
123
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Análise de um Concentrador
• 10 terminais estão conectados a um concentrador de
terminais
• Cada terminal gera um pacote a cada 8 segundos
• Pacotes têm 960 bits de comprimento em média
• Linha de saída com capacidade de 2400 b/s
• Tamanho do pacote e tempo entre chegadas de
pacotes com distribuição exponencial
• Determinar:
– Ocupação média do buffer
– Atraso médio no sistema
– Tempo médio de espera na fila
Rev.: Out - 2013

124
124
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema com Espera
• Quando as requisições podem esperar uma
linha livre, haverá fila de espera.
• Se a capacidade da fila for muito grande, não
haverá rejeição de clientes.
• O modelo M/M/m (sem perdas) pode ser
utilizado
• Central PABX com espera
–m = 8 linhas de saída.
–A = 4,5 Erlangs
Rev.: Out - 2013

–Calcular a probabilidade de espera


125
125
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema com Espera
• Os sistemas com espera e capacidade
infinita (muito elevada) são modelados
pelo sistema M/M/m
• Sendo a intensidade de tráfego A=(m.)/
• A probabilidade de espera (fila) será dada
pela equação de Erlang-C:
1
Am P0 m-1 An Am
Pq = Onde: P0 =  +
Rev.: Out - 2013

m! (1A/m) n=0 n! m! (1)

126
126
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema com Espera
• PBX
–Capacidade 40 ramais
–Cada ramal realiza diariamente, em média,
54 ligações
–A duração de cada ligação é, em média, 3
minutos
• Qual é o número de troncos de saída
necessários para uma probabilidade 5%
de espera?
Rev.: Out - 2013

• Qual o tempo de espera?


127
127
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistemas com Prioridade
• Em sistemas com prioridade, os clientes são
atendidos pelo servidor conforme a
prioridade
• Num sistema com prioridade, cada classe de
prioridade é alocada em uma fila. Existirão
tantas filas quanto as classes pré-definidas.
• Normalmente, o servidor é alocado à fila de
menor prioridade, passando a atender outra
fila ao chegar um cliente de maior prioridade
Rev.: Out - 2013

128
128
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
QoS – Qualidade de Serviço
• A qualidade de serviço é necessária para adequar o
desempenho da rede ao atraso admissível para uma
determinada aplicação
• Um dos problemas do tráfego de redes é a latência, que
é decorrente da espera em filas de switches (FIFOs), do
desempenho aleatório do tráfego da rede, etc.
• Aplicações de multimídia requerem baixa latência, da
ordem de dezenas de milissegundos
• São definidas classes para os fluxos de dados, ao
passarem pelos switches, os fluxos de maior prioridade
são enviados primeiro num segmento de rede. Para
isso, são criadas filas de saída por classe de tráfego,
Rev.: Out - 2013

para cada segmento de rede.


129
129
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Arquitetura de um Switch
Ethernet
Filas de
saída
Rev.: Out - 2013

130
130
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Tipo de Serviço e Prioridade
- Exemplos

Prioridade do
Datagrama IP

Prioridade do Quadro
(VLAN)
Rev.: Out - 2013

131
131
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
QoS - Classes de Prioridade
(Conforme a IEEE 802.1D)
Rev.: Out - 2013

132
132
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Comparação dos Sistemas STDM
x TDM Determinísticos e não
Determinísticos
Rev.: Out - 2013

133
133
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Comparação dos Sistemas
TDM e STDM
• Serão avaliados os sistemas de transmissão do tipo
TDM (Time Division Multiplexing) e STDM (Statistical
Time Division Multiplexing) não determinísticos ou com
algum grau de determinismo
• O determinismo geralmente é utilizado em sistemas
onde o Jitter elevado é um fator restritivo no projeto do
sistema de transmissão, por exemplo, em sistemas de
voz ou vídeo em tempo real
• Na transmissão de dados, onde os atrasos não são
críticos, os sistemas não determinísticos são mais
eficientes
• O determinismo será considerado em dois aspectos, na
taxa de chegada e na taxa de serviço da informação a
Rev.: Out - 2013

ser transmitida
• Para simplificar a análise, serão avaliados sistemas com
apenas dois
Prof. Gil Pinheiro
fluxos
134 de informação
DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
134
Sistemas TDM e STDM não
determinísticos
Rev.: Out - 2013

135
135
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema TDM
• O sistema TDM reserva o uso do canal de maneira
determinística. Ou seja, para cada fluxo de
informação há uma fração exata da capacidade do
canal
• Porém, o TDM deixa de ser eficiente quando aloca
um canal a um fluxo que não possui informação para
transmitir (a informação não chegou ao MUX,
multiplexador) ou não chegou totalmente durante a
reserva do canal)
• Os pacotes de informação de cada fluxo possuem
taxas de chegadas e de atendimento com distribuição
Rev.: Out - 2013

exponencial
136
136
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema TDM
• A capacidade disponível no canal (μ) é
dividida entre os 2 fluxos de informação no
domínio do tempo
• Teremos então, dois canais dedicados com
capacidade (μ/2) cada um
• Se cada fluxo possui taxa de chegada λ/2
• Como as taxas de chegada e de serviço
possuem distribuição exponencial, cada fluxo
é um sistema tipo M/M/1 com tempo de
resposta: r  1  2  2s
Rev.: Out - 2013

1
    (1   )

2 2
137
137
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema STDM
• Diferente do TDM, que reserva parte do
canal, haja ou não informação disponível
• O sistema STDM reserva o uso do canal de
maneira não determinística, alocando toda a
capacidade do canal ao fluxo que estiver
pronto para ser enviado
• Considerando que os pacotes de informação
da cada fluxo cheguem com uma taxa
distribuição exponencial
Rev.: Out - 2013

138
138
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema STDM
• A capacidade disponível no canal (μ) é
alocada totalmente, sob demanda, a cada
fluxo
• Teremos então um canal de alta capacidade
(μ) alocado a cada fluxo
• Se todos os fluxos associados possuem taxa
de chegada λ
• Como as taxas de chegada e de serviço
possuem distribuição exponencial, o canal
todo é um sistema tipo M/M/1 com tempo de
resposta:
Rev.: Out - 2013

1 s
r2  
  (1   )
139
139
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Comparação TDM x STDM
• Comparando os tempos de residência: r1  2.r2
• Indicando que o STDM é 2 vezes mais eficiente
• O sistema STDM reserva o uso do canal de maneira
não determinística, alocando toda a capacidade do
canal ao fluxo que estiver pronto para ser enviado
• A comparação só é valida se os pacotes de
informação da cada fluxo chegarem com uma taxa
distribuição exponencial e as taxa de serviços forem
também exponenciais
• Esta situação ocorre em sistemas orientados a
pacotes (transmissão de dados), onde o tempo de
Rev.: Out - 2013

atraso variável (Jitter) não é crítico

140
140
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistemas TDM e STDM com
Determinismo
Rev.: Out - 2013

141
141
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistemas com Determinismo
• Os sistemas de transmissão analisados
até aqui assumiram modelos do tipo
M/M/1, sem nenhum determinismo
• No caso de haver determinismo, ou
desvio padrão nulo, os seguintes
sistemas são possíveis:
– M/D/1
– D/M/1
Rev.: Out - 2013

– D/D/1
142
142
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema TDM tipo M/D/1
• Nesse sistema, o tempo de serviço é fixo e a taxa de
chegada possui distribuição exponencial
• A capacidade disponível no canal (μ) é dividida entre os
2 fluxos de informação no domínio do tempo
• Teremos então, dois canais dedicados com capacidade
(μ/2) cada um
• Se cada fluxo possui taxa de chegada λ/2
• Como apenas as taxas de chegada possuem
distribuição exponencial, cada fluxo é um sistema tipo
M/D/1 com tempo de resposta:
2  (2   ) s
r1  
Rev.: Out - 2013

 (1   )
2 (1   )
2
143
143
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistema STDM tipo M/D/1
• Nesse sistema, o tempo de serviço é fixo e a taxa
de chegada possui distribuição exponencial
• A capacidade disponível no canal (μ) é alocada
totalmente, sob demanda, a cada fluxo
• Teremos então um canal de alta capacidade (μ)
alocado a cada fluxo
• Se todos os fluxos associados possuem taxa de
chegada λ
• Como apenas as taxas de chegada e de serviço
possuem distribuição exponencial, o canal todo é
um sistema tipo M/D/1 com tempo de resposta:
2  (2   )( s / 2)
Rev.: Out - 2013

r2  
2 (1   ) (1   )
144
144
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Sistemas Totalmente
Determinísticos - D/D/1
• Nesse sistema, o tempo de serviço é fixo e a
taxa de chegada é fixa
• Como é um sistema estável, logo:
– λ / μ é fixo e menor do que 1
– Então: λ < μ
• É um sistema sem espera e sem perdas
• Como não há espera, o tempo de residência é
o próprio tempo de serviço:
r2  s
Rev.: Out - 2013

145
145
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Resumo - Tempos de Residência

Sistema TDM Sistema STDM

Não 2s
determinísticos
s
(M/M/1) (1   ) (1   )

Determinísticos (2   ) s (2   )( s / 2)
(M/D/1) (1   ) (1   )
Rev.: Out - 2013

146
146
Prof. Gil Pinheiro DETEL – Depto. de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações
Tempo de Residência
com Baixo Tráfego
ρ quase nulo

Sistema TDM Sistema STDM

Não
determinísticos s
2s
(M/M/1)

Determinísticos
(M/D/1) 2s s
Rev.: Out - 2013

147
Prof. Gil Pinheiro Melhor DETEL – Depto. de Engenharia
Pior Eletrônica e Telecomunicações 147
Tempo de Residência
com Tráfego Intenso
ρ quase unitário

Sistema TDM Sistema STDM

Não 2s s
determinísticos
(M/M/1) (1   ) (1   )

Determinísticos s ( s / 2)
(M/D/1) (1   ) (1   )
Rev.: Out - 2013

148
Prof. Gil Pinheiro Melhor DETEL – Depto. de Engenharia
Pior Eletrônica e Telecomunicações 148
Comparação Gráfica
12,000

10,000 TDM
Tempo de Resposta

(M/M/1)
8,000
STDM
6,000 (M/M/1)

4,000 TDM
(M/D/1)
2,000
STDM
0,000 (M/D/1)
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Rev.: Out - 2013

Intensidade de Tráfego
TDM
(D/D/1)
149
149
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Conclusão
• A inclusão do determinismo no tempo de serviço
permitiu quadruplicar o desempenho em relação
ao sistema TDM não determinístico
• O sistema de multiplexação estatística teve
sempre melhor desempenho que o não
estatístico
• Para baixas intensidades de tráfego, o sistema
determinístico D/D/1 é menos eficiente que o
M/D/1
• O sistema D/D/1 possui desempenho constante,
Rev.: Out - 2013

sendo o mais eficiente para intensidades de


tráfego elevadas
150
(> 67%)
150
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Redes de Filas
Rev.: Out - 2013

151
151
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Redes de Filas

Rede Paralela

Rede em série com re-alimentação


Rev.: Out - 2013

A existência de re-alimentação anula a característica


de distribuição de
152Poisson na rede.
152
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Redes de Filas -
Propriedades Importantes
Rev.: Out - 2013

153
153
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Teorema de Jackson
• É utilizado para analisar redes de Filas. O
Teorema de Jackson estabelece o seguinte:
1. Uma rede de filas possui m nós, cada nó fornece
um serviço independente com distribuição
exponencial
2. Todos os itens que entram na rede de filas (de
fora) possuem distribuição de Poisson
3. Qualquer item que sai de um nó, vai
imediatamente para o próximo nó, com uma
Rev.: Out - 2013

probabilidade k, ou sai do sistema


154
154
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Redes de Filas
Teorema de Jackson
s2 d2
Nó 1
Nó 2

Nó 5
Nó 4

d4
Rev.: Out - 2013

s1
155
155
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Redes de Filas -
Modelo de Rede de Fila
Servidor

Terminal 2
de Origem
1

Terminal 5 4
de Origem

Rede de Comutação Servidor


de Pacotes (roteadores)
Rev.: Out - 2013

156
156
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Redes de Filas -
Modelo de Rede de Fila
s2 d2
1
2

4 d4
Rev.: Out - 2013

s1

157
157
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Redes de Filas -
Modelo de Rede de Fila
Análise do Nó (Roteador) 1:
Probabilidades de Roteamento:  pi = 1

 sistema M/M/1 Balanço de Fluxo:  –  ki pi = 0


p1
link 1
p1. Tempo de Residência (pacote percorre
M nós roteadores):
1
p2 M
1 M
1 / i
E[r] =  = 
p2. link 2
i=1 i – i i=1 1 – i
p3
p3.
1
Entrada  Link 1 : E[r] =
link 3 1 – p1 
Rev.: Out - 2013

158
158
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Redes de Filas -
Exemplo: Rede de 5 Nós 2 = 2
Probabilidade
de Roteamento
1 = 2 1/4 2
1
1/3
3/4 ?
1/2 2/3
3

5 1/2
5 = 2 4

?
Capacidade de Transmissão de cada link = 3 pacotes/s
T1,3 (Tempo de resposta entre nós 1 e 3, rota 1-2-3) = ?
Rev.: Out - 2013

T1,4 (Tempo de resposta entre nós 1 e 4, rota 1-5-4) = ?


T1,4 (Tempo de resposta entre nós 1 e 4, rota 1-5-2-4) = ?
159
159
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Redes de Filas -
Exemplo: Rede de 5 Nós
2 = 2

1 = 2 1/4 2
1
(1/2)
1/3
3/4 (17/12) 17/12
(3/2) 1/2 2/3
(17/6) 3

5 1/2
5 = 2 4
(7/4)
55/12

Fora do parênteses: probabilidades


Rev.: Out - 2013

Valores associados a cada link


Entre parênteses: fluxo de informação

160
160
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Redes de Filas -
Exemplo: Rede de 5 Nós
Tempos de Resposta:

1 1
T1,3 (rota 1-2-3) = + = 1,031 s
3 – 1/2 3 – 17/12
1 1
T1,4 (rota 1-5-4) = + = 1,467 s
3 – 3/2 3 – 7/4
1 1 1
T1,4 (rota 1-5-2-4) = + + = 7,467 s
3 – 3/2 3 – 7/4 3 – 17/6
Rev.: Out - 2013

161
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Calculando o Estado da Rede
População média no sistema em regime permanente:
  
E[n] =
n=1

n.pn =
n=1

n.n .(1- ) =
1–

Onde: =

Tempo de residência no sistema, utilizando a Equação de Little:

/ 1
E[r] = E[n] /  = =
(1 – ) .(1 – )
Rev.: Out - 2013

162
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Redes Abertas e Fechadas
• Uma rede aberta possui chegadas e saídas
para o meio externo

• Uma rede fechada não possui chegadas ou


partidas para o meio externo
Rev.: Out - 2013

163
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Referências Bibliográficas
[1] Bertsekas, D., Gallager, R. - Data Networks, Prentice Hall, 1992.
[2] Giozza, W.F. (et al.) - Redes Locais de Computadores: Protocolos de Alto Nível e
Avaliação de Desempenho, McGraw-Hill / Embratel, 1986.
[3] Jain, Raj - The Art of Computer Systems Performance Analysis, John Wiley & Sons,
1991.
[4] Kleinrock, Leonard - Queueing Systems - Volume I, John Wiley & Sons, 1975.
[5] Rappaport, Theodore S. Wireless Communications, Prentice Hall, 2nd. Edition
[6] Schwartz, Mischa - Telecommunication Networks, Addison-Wesley, 1988.
[7] Stallings, William - Data and Computer Communications, Maxwell Macmillan, 1991.
[8] Stallings, William - Queueing Analysis, Apostila, 2000
(http://www.WilliamStallings.com/DCC6e.html).
[9] Teoria do Tráfego Telefônico, SIEMENS A.G., 1975
[10] http://athena.mat.ufrgs.br/~portos/erlang.html
Rev.: Out - 2013

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