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Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Electrotécnica
CURSO: Licenciatura em Engenharia Electrónica
DISCIPLINA: Controle e Supervisão de Sistemas Industriais
Conteúdo:
• Fundamentos de redes industriais
• Níveis de uma Rede Industrial
• Especificação de uma rede de comunicação industrial
Fundamentos de redes industriais
• Uma rede industrial consiste numa variedade notável de domínios (uma fábrica de
produção de produtos alimentares, supervisão de máquinas, etc).
• Tais domínios são potenciais utilizadores das redes de campo, sendo que para
alguns, as redes de campo estão infiltradas na configuração da produção.
• Dentro de uma planta industrial pode-se encontrar uma gama enorme de
equipamentos e dispositivos diferentes sendo utilizados em redes industriais.
• Uma rede industrial faz a comunicação entre um determinado número de
equipamentos (estações) de forma que possam trocar dados (informações) entre
sí.
• A rede industrial, entre outras coisas, transmite informações para o controle de um
processo. Uma rede é caracterizada pelo tipo de sistema que compõem o seu
backbone.
• Suas características são determinadas em função do gerenciamento do fluxo de
informação dentro do sistema.
Uso de Redes no Ambiente Industrial
• Cada subsistema adota o tipo de rede mais adequado para si levando em conta o
tipo de equipamento que utiliza e os requisitos da atividade que executa.
• Subsistemas devem estar interligados para que sejam feitos a coordenação das
actividades e a supervisão do processo produtivo como um todo.
• Resultado: não existe um tipo de rede que seja capaz de atender a todos os
requisitos dos diversos subsistemas existentes em um ambiente industrial.
Requisitos de Redes Industriais
• Nível de controle:
• É a rede central localizada na planta incorporando PLCs, e PCs.
• A informação deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a actualização dos dados nos
softwares que realizam a supervisão da aplicação.
• Nível de gestão:
• É o nível mais elevado, o qual é destinado a um computador central que processa o escalonamento da
produção da planta e permite operações de monitoramento estatístico da planta sendo implementado,
geralmente, por softwares gerenciais.
• O padrão Ethernet operando com o protocolo TCP/IP é o mais comumente utilizado neste nível.
• Nível de controle:
• É a rede central localizada na planta incorporando PLCs, e PCs.
• A informação deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos dados nos
softwares que realizam a supervisão da aplicação.
Redes determinísticas X probabilísticas
• Redes determinísticas:
• São aquelas cuja transmissão de dados ou de informações ocorre em instantes e
intervalos de tempo determinados.
• Redes desse tipo permitem que o tempo de resposta seja perfeitamente conhecido,
evitando problemas de inicialização e atrasos.
• Redes probabilísticas:
• Permitem apenas calcular a probabilidade da transferência de informações ocorrer em
um determinado intervalo de tempo.
• Exemplificando:
• Pode-se comparar redes determinísticas ao transporte aéreo, em que decolagens têm horário
marcado (aviões de passageiros), enquanto redes probabilísticas seriam equivalentes a
transportes aéreos em que aeronaves ou helicópteros aguardam passageiros durante um tempo
para então decolar.
Especificação de uma rede de comunicação industrial
• Taxa de Transmissão
• É a quantidade média de dados a serem transmitidos na rede em um período de tempo.
O termo utilizado para esta especificação é throughput.
• A taxa de transferência de dados é medida em kilobits por segundo (kbps).
• Tecnologia de Comunicação
• E a forma de gerenciamento entre os pontos de comunicação (nós) da rede no
tocante à comunicação de dados.
• As tecnologias típicas de comunicação são mestre/escravo e produtor/consumidor.
A. PONTO A PONTO
• Redes ponto a ponto têm comunicação entre dois ou mais processadores, não
necessariamente conectados diretamente e que podem usar outros nós como
roteadores.
• Vantagens:
• é fácil acrescentar novas estações de trabalho ou novos nós de comunicação;
• é a topologia que necessita da menor quantidade de cabos (suportes de transmissão);
• a falha de uma estação de trabalho ou nó de comunicação não paralisa a rede.
• Desvantagens:
• requere distância mínima entre os ramais das estações de trabalho para evitar a
interferência de sinais;
• existem dificuldades para a realização de diagnósticos da rede;
• a segurança da rede pode ser comprometida por um usuário não autorizado pois todas
as mensagens são enviadas ao longo de uma pista comum de dados.
Topologia Física da Rede
C. ANEL
• Trata--se de uma arquitetura ponto a ponto em que cada
processador é conectado a outro, fechando-se o último
segmento ao primeiro.
• O sinal circula no anel até chegar ao ponto de destino.
• Para a adição de outros nós a conexão deve ser
interrompida.
• Vantagens:
• permite uma redução considerável quanto ao custo e complexidade de instalação do
meio físico de transmissão.
• se a estação de monitoração falha, a rede permanece em operação
• Desvantagens:
• é relativamente mais difícil acrescentar novas estações de trabalho;
• o fato de cada nó de comunicação participar do processo de transmissão coloca a
confiabilidade da rede dependente da confiabilidade individual dos elementos
repetidores distribuídos pelos nós de comunicação.
Topologia Física da Rede
D. ESTRELA
• Consiste num nó de comunicação central que toma
todas as decisões de roteamento, e por estações ou
nós de comunicação secundários ligados fisicamente
ponto a ponto ao nó central.
• Vantagens:
• facilita o acréscimo de novas estações de trabalho;
• fornece análises detalhadas da rede (fácil realização de diagnósticos) pois todas as
mensagens passam pelo nó central.
• Desvantagens:
• uma falha no nó de comunicação central resulta em falha geral da rede;
• a complexidade do nó central aumenta com o número de nós que lhe são
interconectados, ou seja, o processador central tem que ser relativamente grande.
Tecnologia de comunicação
A. MESTRE-ESCRAVO
• Escravo (Slave)
• Um escravo é um periférico (dispositivos inteligentes de Entrada/Saída, Drivers, Interfaces
Homem-Máquina, Válvulas, Transdutores etc.), que recebe uma informação do processo e/ou
utiliza informações de saída do mestre para actuar na planta.
• Escravos são dispositivos passivos que somente respondem a requisições directas vindas do
mestre.
• Monomestre
• Há somente um mestre no barramento durante a operação.
• Geralmente a CPU do CLP é o componente de controle central.
• Os escravos são descentralizadamente acoplados no barramento através do meio de
transmissão de dados.
• Multimestre
• A imagem das entradas e saídas pode ser lida por todos os mestres, porém somente um mestre
pode controlar um dado escravo.
Tecnologia de comunicação
C. PRODUTOR-CONSUMIDOR
• Neste modelo, os dados possuem um identificador único, origem ou destino. Todos
os nós podem ser sincronizados. Usando esse modelo, múltiplos nós (produtores)
podem transmitir dados para outros nós (consumidores).
• Também alguns nós podem assumir na rede os papéis de produtor e consumidor
Algoritmo de acesso ao barramento
• CSMA/CD
• Neste algoritmo CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access/Colision Detection) um
dispositivo começa a transmitir dados assim que detecta que o canal está disponível.
• Caso dois dispositivos tentem transmitir simultaneamente, haverá uma colisão.
• Quando um dispositivo detecta que sua transmissão colidiu com outra ele aborta sua
transmissão e, após um tempo randômico, tenta transmitir novamente.
• Token passing
• Nesta forma de algoritmo de acesso, a rede física tem a topologia em anel. Nesse anel
é indicada a direção onde circula o Token (ficha).
• Caso um dispositivo deseje transmitir, ele deve "capturar" o token, substituindo-o por
um frame (informações, dados).
Algoritmo de acesso ao barramento
• Cíclica ou Varredura ( Cyclic Polling)
• Os dispositivos produtores transmitem dados a uma taxa configurada pelo
usuário (entrada/saída).
• As características dessa forma de transferência cíclica são:
• os dados são transferidos numa taxa adequada ao dispositivo/aplicação;
• os recursos podem ser preservados para dispositivos com alta variação.