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Reitor
Edward Madureira Brasil
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Sandramara Matias Chaves
Pró-Reitora de Graduação
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Pró-Reitor de Pós-Graduação
Laerte Guimarães Ferreira Júnior
Conselho Deliberativo
Alberto Gabriel da Silva
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Antonio Carlos Novaes
Antonio Corbacho Quintela (Diretor)
Daniel Ancelmo
Igor Kopcak
José Luiz Rocha
José Vanderley Gouveia
Maria Lucia Kons
Revalino Antonio de Freitas
Sigeo Kitatani Júnior
A HISTÓRIA ESCRITA
PERCURSOS DA HISTORIOGRAFIA GOIANA
Capa
Keslley Albano
Inclui referências
ISBN 978-85-495-0185-1
I. Título.
CDU 930(817.3)
Sumário
Apresentação
Durval Muniz de Albuquerque Jr. .............................................................9
Introdução ......................................................................... 19
Parte 1 – A Configuração do Campo: entre a memória e
a historiografia
Cristiano Alencar Arrais & Noé Freire Sandes................................... 25
Crimes da paixão
Eliane Freitas............................................................................................. 221
Catalão e a República do trem de ferro
Nasr Chaul.................................................................................................. 241
O Campo configurado
Cristiano Alencar Arrais & Noé Freire Sandes....................... 301
Mágoa e Espera
7 ibidem, p. 34 - 35.
8 QUEIRÓZ, M. I. P. de. O coronelismo numa interpretação socioló-
gica. In: FAUSTO, B. História geral da civilização brasileira: O Brasil
republicano. São Paulo, Difel, 1975, p. 169.
O Exemplo de Saint-Hilaire
38 Ibidem, p. 27.
39 Ciências Humanas em Revista do ICHL, UFG, v.3, n. ½. Jan/dez,
1992.
43 Ibidem, p.254.
57
Idem, p. 10.
58 Boletim Estatístico, n° 7, Departamento Estadual de Estatística. Goiâ-
nia, fevereiro de 1945.
59 Goiás — Uma Nova Fronteira Humana. Conselho de Imigração e
Colonização, Rio de Janeiro, 1949, p. 52.
60 Campos (1985: 35)
Memória e esquecimento
69 Grifos do original.
114 Alguns pratos típicos da culinária goiana como o arroz com pequi
e o arroz com carne-seca cozida, conhecido como Maria Isabel ou
Maria Zabé, comida trivial dos garimpeiros do rio Araguaia, podem
ter surgido nesse contexto de carência de sal. A incorporação do
pequi e da carne-seca a esse cereal deu mais sabor à insossa papa
de arroz (MAGALHÃES. Delícias goianas. Revista Nossa História,
Rio de Janeiro, n. 18, p. 38-40, 2005).
115 Nascido em Valladolid, aos 21 dias do mês de junho de 1927, Luiz Pa-
lacín Gómez ingressou, com 17 anos, na Companhia de Jesus, mais
precisamente no Noviciado de San Estanislau, em Salamanca. Du-
rante os anos de 1948 e 1951, cursou licenciatura em Filosofia pela
Universidade Pontifícia de Comillas; entre 1951 e 1954, dedicou-se
ao curso de História nas Universidades de Salamanca e de Santiago
de Composte1a sendo que, de 1954 a 1958, diplomou-se em Teologia
pela Universidade de Comillas. Em 15 de julho de 1957, foi ordena-
do sacerdote na cidade de Comillas e pouco depois, já em 1958, foi
transferido por seus superiores ao Brasil, onde realizou sua Terceira
Provação. No início da década de 1960, veio para Goiás evangelizar e
ministrar aulas pela Universidade Católica de Goiás. Posteriormen-
te, também ingressou na Universidade Federal de Goiás, onde foi
um dos responsáveis pela consolidação do curso de pós-graduação
em História. Entre os anos de 1965 e 1967, fez seu doutoramento pela
Universidade Complutense de Madri. Desde que chegou à cidade de
Goiânia, Palacín adotou-a como um novo lar, nela permanecendo
até sua morte em 1998.
cou em solo goiano, na década de 1960, para principiar seu
apostolado. Nessa mesma época, devido à vinculação de sua
ordem religiosa, a Companhia de Jesus, com a Universidade
Católica de Goiás,116 Luiz Palacín iniciou também sua carrei-
ra acadêmica, entregando-se à prática docente e à pesquisa
em história. Desde então, esse jesuíta espanhol acabou dedi-
cando grande parte de sua vida à pesquisa e escrita da “his-
tória de Goiás”.
Dessa forma, especialista em História Moderna, mas
com conhecimento nas áreas de Teoria da História, Filosofia
e Teologia, Palacín enveredou-se pelos rastros do “passado
goiano”: adentrou arquivos portugueses e brasileiros,
manuseou cartas oficiais e documentos de Estado, examinou
a literatura de viajantes estrangeiros, visitou monumentos,
constituindo-se, indubitavelmente, num dos maiores
pesquisadores sobre a história deste Estado. O conjunto de
suas obras é prova inconteste desse ardor historiográfico:
Goiás: 1722-1822/ Estrutura e conjuntura numa capitania de
minas, A fundação de Goiânia e o desenvolvimento de Goiás,
O teor de um testamento-cerrado
125 Cf. Mulvey (1976, p. 285), Kiddy (2005, 32-3), Thornton (2002, p. 83-
4), e Karasch (2002, p. 149). Uma razão para a popularidade da Ir-
mandade do Rosário é que o rosário servia como um talismã contra
o mal como “artillery balls” (Kiddy, 2005, p. 15, 169; Sweet, 2003, p.
207).
Membros
127 E, ainda, Tabela 3.9, Black and Pardo Brotherhoods of Rio de Janei-
ro, 1753-1852.
128 Pardos: cf. Nishida (1998, nota 4, p. 343) e Karasch (1987, p. 84-6).
Sobre os diversos “ofícios mecânicos” e a “irmandade de São Jorge”,
cf. Santos (2008, p. 200-3).
129 Brancos e pardos no Rosário, Cf. Moraes (2006, cap. 5, p. 28-9; e
cap. 7, p. 5). No século XIX, a Irmandade do Rosário da Cidade de
Goiás tinha 12 africanos servindo a mesa: nove Angolas, dois Mi-
nas, e um conginho (Karasch, 2002, p. 148).
132 São Gonçalo Garcia: Ele não foi canonizado até 1862. Usando o des-
pautério de sua canonização, Manoel D’Sá (1909, p. 379) escreveu
uma breve biografia. Ver também Scarano (1975, p. 38) e Moraes
(2006, cap. 6, p. 12, 44, nota 625).
133 São Benedito: cf. Karasch (1987, p. 282-3), Kiddy (2005, p. 220-1),
Brandão (1986) e Scarano (1975, p. 38). Santo Onofre também lista
como um santo negro.
137 N. S. da Boa Morte: cf. Borges e Palacín (1987, p. 16), Moraes (2006,
cap. 6, p. 9-11) e Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino, 1003, caixa
11, Irmandade da Sr.a da Boa Morte dos homens pardos, confirma-
ção do compromisso, 18 janeiro 1792.
138 N. S. da Conceição: cf. Moraes (2006, cap. 5, p. 36, nota 571); e Rio de
Janeiro, Arquivo Nacional, caixa 293, pacote 2, doc. 47, Devotos da
Senhora da Conceição do Arraial de Jaraguá, 30 abril 1828.
139 São José de Tocantins: cf. Bertran (1985, p. 27, 40-3). Ele mencio-
na que “livro de registro de irmãos”, da irmandade dos pardos de
Boa Morte e São Gonçalo foi guardada de 1768 até 1923. A Igreja do
Carmo também existiu em Luanda, Angola. Ver fotografia 7, Angola
(Site, 2009).
140 Pedindo esmolas: cf. Soares (2000, p. 152-3), Mulvey (1976, p. 313),
Karasch (2002, p. 8-10) e Quintão (s/d). A riqueza das irmandades
nos bens imóveis de Minas Gerais, cf. Scarano (1975, p. 35).
181 Como dito anteriormente, nos crimes contra a honra cabia ao Pro-
motor Público, envolvendo pessoas que não possuíssem recursos
para financiar o processo, a denúncia e condução do processo.
187 Idem.
199 Nesse mesmo ano, a Irmandade celebrou a Festa de São Benedito com
uma missa cantada e um sermão, mas sem procissão. Normalmente
as Irmandades de Nossa Senhora do Rosário celebravam tanto o dia
de Nossa Senhora do Rosário quanto o de São Benedito. Em geral, o
dia de Nossa Senhora do Rosário era marcado com maior pompa e
solenidade. As informações referentes às atividades das irmandades
citadas neste artigo foram retiradas de documentos pertencentes ao
Arquivo Frei Simão Dorvi (AFSD), que estão hoje depositados no Ins-
tituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central (IPEHBC),
da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
a exibição do Santíssimo Sacramento, uma novena e uma
“alvorada de vespera de noite com muzicas pelas ruas”.
A música era, provavelmente, parte integrante de
cada uma das cerimônias listadas acima. Existia música
cantada pelos celebrantes durante cerimônias litúrgicas,
música sacra cantada e tocada por músicos profissionais
durante cerimônias litúrgicas e paralitúrgicas, e música
não necessariamente sacra tocada por músicos durante
cerimônias paralitúrgicas e até mesmo em eventos seculares
da Festa.
A documentação encontrada é rica em referências a
pagamentos a religiosos por serviços com música. O padre
Joaquim Antônio da Rocha recebeu em 1799, 20 oitavas de
ouro da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Santa
Luzia; 16 oitavas eram relativas às missas rezadas pelos
irmãos defuntos e quatro oitavas pela missa cantada no dia
da Festa. Em 1839, a Nossa Senhora do Rosário do Arraial do
Carmo pagou, também, 20 oitavas de ouro ao Padre Manoel
de Souza Moreira, vigário da paróquia; os serviços prestados
pelo vigário incluíram cantar as novenas (quatro oitavas e
meia), proferir o sermão e cantar a missa (12 oitavas).
Contar com artistas profissionais para atuarem
durante as cerimônias litúrgicas e paralitúrgicas da Festa,
era uma das prioridades das confrarias em Goiás. De
fato, é comum encontrar nos “Livros de Termos” dessas
instituições, indicações para se celebrar a missa cantada
“com músicos”. Em 1831, os membros da Irmandade de
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da Cidade de Goiás
204 Existem pagamentos à música feitos entre 1827 e 1846, mas os no-
mes dos diretores musicais não são indicados.
Apresentação do documento
Conclusão
SOBRE O LIVRO
Tiragem: 500
Impressão e acabamento: Cegraf UFG